Controle interno e o último ano de mandato. Flávia Cristina Mendonça Faria Da Pieve Auditora-Geral do Município de Belo Horizonte
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- Daniel Alcântara Branco
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1 Controle interno e o último ano de mandato Flávia Cristina Mendonça Faria Da Pieve Auditora-Geral do Município de Belo Horizonte
2 I SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Art. 74 da Constituição da República: sistema de controle interno Competências constitucionais do Controle Interno: - metas previstas no plano plurianual; - execução dos programas de governo e do orçamento; - legalidade; - resultados, quanto à eficácia financeira e patrimonial; e eficiência, da gestão orçamentária, - parceiro do controle externo.
3 Responsabilidade solidária do controle interno: 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
4 Responsabilidade dos Gestores: a existência da Unidade Central do Sistema de Controle Interno não exime os gestores das unidades executoras, no exercício de suas funções, da responsabilidade individual pela gestão dos controles internos, nos limites de sua competência (Cartilha de Orientações sobre Controle Interno do TCE-MG).
5 Caberá ao novo Governo atestar que: 1 as despesas realizadas ao final do mandato tenham sido quitadas ou que haja disponibilidade financeira para tanto (art. 42 da LRF); 2 os níveis de gastos com pessoal estão sob controle (art. 19 da LRF); 3 liquidez financeira e orçamentária.
6 II GASTOS COM PESSOAL Art. 21 da LRF: É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento de despesa com pessoal e não atenda: I as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no 1º do art. 169 da Constituição; II o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo. Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
7 Exceções: 1 concessão de vantagens pessoais aos servidores; 2 despesas com pessoal da Educação, que dependerão do desempenho das receitas que comporão os recursos transferidos para os fundos de educação, dos quais 60% deverão ser utilizados no pagamento de salários; 3 contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (inciso IX, do art. 37, da Constituição).
8 Contratação temporária: requisitos constitucionais 1 previsão legal dos casos; 2 contratação por tempo determinado; 3 atender necessidade (demanda) temporária; e 4 presença de excepcional interesse público.
9 Despesas com contratação temporária e terceirização ilícita: - Gastos com pessoal: Os contratados temporariamente são servidores públicos em sentido amplo. Terceirização ilícita: - Art. 18, 1º da LRF: Os valores dos contratos de terceirização de mãode-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como outras despesas de pessoal.
10 Despesas com pessoal no período eleitoral (art. 73 da Lei n /97): Art. 73 São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: V nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
11 Exceções: a) A nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança; b) A nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República; c) A nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo; d) A nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo; e) A transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;
12 CONCLUSÕES: 1 As regras referentes ao final de mandato previstas na LRF deverão ser analisadas de forma sistêmica com as vedações eleitorais. 2 Equipe de transição para encerramento do mandato - Responsabilidades: - Elaboração de relatórios e a separação de documentos comprobatórios do cumprimento das regras com despesas com pessoal, restos a pagar, nível de endividamento, serviços terceirizados, convênios, etc.
13 3 Equipe de transição da nova Administração Pública Responsabilidades: - Conhecer as informações disponíveis que permitem avaliar a saúde econômica e financeira do Município, tais como, os relatórios da LRF (Relatório de Gestão e Relatório Resumido de Execução Orçamentária). - Atenção para: disponibilidades de caixa, despesas com pessoal, nível de endividamento, contratos que permitam a continuidade dos serviços públicos, convênios em curso e que a prestação de contas será feita pelo novo Prefeito.
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