ESTAÇÃO DE AVISOS BAIRRADA RELATÓRIO DE ACTIVIDADES DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO DIVISÃO DE PROTECÇÃO E QUALIDADE DA PRODUÇÃO

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1 DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE AGRICULTURA E PESCAS DIVISÃO DE PROTECÇÃO E QUALIDADE DA PRODUÇÃO ESTAÇÃO DE AVISOS BAIRRADA RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA 2011 Isabel Magalhães Martins Dolores Ribeiro Dias Anabela Andrade Madalena Neves

2 ÍNDICE NOTA INTRODUTÓRIA... 4 BATATEIRA... 6 POMÓIDEAS Pedrado Aranhiço vermelho Bichado Blancardella e scitella Mosca do Mediterrâneo...15 Afídeos e Cochonilha de S. José OLIVEIRA DOENÇAS Olho de pavão Gafa PRAGAS Mosca da azeitona Euzophera Traça da oliveira VINHA DOENÇAS Míldio Oídio Podridão cinzenta Black rot Escoriose PRAGAS Traça da uva Cigarrinha verde Cigarrinha dourada Cochonilhas TRABALHOS DE EXPERIMENTAÇÃO, DEMONSTRAÇÃO E DIVULGAÇÃO DESENVOLVIDOS INSCRIÇÃO DOS UTENTES E ACTUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DE UTENTES INSCRITOS EXPEDIÇÃO DE CIRCULARES DE AVISOS ARTIGOS E RELATÓRIOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO PARTICIPAÇÃO EM ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE FORMAÇÃO

3 APOIO TÉCNICO A AGRICULTORES PARTICIPAÇÃO NO CONCURSO AS MELHORES VINHAS DA BAIRRADA ANEXO I Pomar - Postos de Observação Biológica ANEXO II Olival - Postos de Observação Biológica ANEXO III Vinha - Postos de Observação Biológica ANEXO IV Artigos e Relatórios de trabalhos de experimentação e investigação

4 NOTA INTRODUTÓRIA O presente relatório de actividades pretende traduzir, de forma sucinta, as actividades desenvolvidas pela equipa técnica da Estação de Avisos da Bairrada, durante o ano de 2011, e que, principalmente, culminaram na emissão de 14 Circulares e de 5 SMS. O acompanhamento fenológico das culturas, a biomonitorização de inimigos e estimativa de risco quantitativa nos Postos de Observação Biológica foram, pois, efectuados, e sempre que possível, semanalmente. Ainda, a estimativa de risco qualitativa por ponderação dos factores de sensibilidade (desenvolvimento fenológico da cultura, condições climáticas, fase de desenvolvimento do inimigo, etc.) e a implementação de metodologias de previsão, com a consequente organização e tratamento de dados meteorológicos, teve lugar. As circulares e sms assentaram em avaliações de estimativa de risco, quer qualitativas quer quantitativas, em cada uma das culturas alvo da Estação de Avisos. A emissão de circulares implicou, ainda, um conjunto de tarefas de cariz administrativo como a actualização da base de dados de utentes, a preparação dos envelopes para expedição postal, a duplicação e envelopagem, o envio da circular via correio electrónico para os utentes inscritos nesta opção e entidades oficiais, bem como a sua introdução na página do SNAA. Também, a preparação da mensagem escrita em caso de alerta por SMS a par com o seu envio aos Serviços de Informática da DRAP Centro, os quais procederam de imediato ao seu envio para os utentes beneficiários desta modalidade, integra o conjunto de tarefas administrativas subjacentes ao Aviso Agrícola. Acompanhando as circulares foi facultada informação técnica diversa com destaque para a seguinte: estados fenológicos da vinha, artigo sobre análise foliar da videira, informação sobre a campanha de recolha de embalagens de produtos fitossanitários e sobre o procedimento para requerimento de habilitação como aplicador de produtos fitofarmacêuticos, a recepção de candidaturas de apoio à reestruturação e reconversão da vinha e sobre as acções de divulgação no âmbito do Concurso As Melhores Vinhas da Bairrada e Flavescência Dourada e o Scaphoideus titanus. Elaborou e divulgou as listas de substâncias activas homologadas para os diversos inimigos das culturas da batateira, pomóideas, olival e vinha que foram facultadas juntamente com as circulares. Foram, também, contempladas informações de âmbito cultural, complementares para o adequado estado fitossanitário das culturas, no corrente ano, indicaram-se medidas para a traça da batateira, face à expressão e difícil controlo que este inimigo tem adquirido em armazém. De referir, que a Equipa Técnica da Estação de Avisos da Bairrada desenvolveu, em 2011, trabalhos de experimentação e prospecção na cultura da vinha e dois estudos em olival, 4

5 relativamente aos seguintes inimigos: Vinha - podridão cinzenta e Scaphoideus titanus (ST); Olival Euzophera pingüis e Prays oleae. Desenvolveu ainda colaborações com entidades públicas e privadas através de: acções de divulgação, avaliações fitossanitárias, apoio e colaboração técnica na identificação, estratégia de luta e controlo/combate de inimigos e participação no júri do concurso As melhores vinhas da Bairrada. 5

6 BATATEIRA A emissão de circulares com aconselhamento para o míldio da batateira, teve como base a implementação da metodologia de previsão segundo o Método de Guntz-Divoux, em quatro postos meteorológicos convencionais - Bencanta, Oliveirinha, Tamengos e Vilarinho do Bairro e três postos meteorológicos automáticos Anadia, Cerdeiras e Poçariça. As recomendações à cultura visaram, fundamentalmente, as plantações de época normal, isto é, as de emergência ocorrida a partir de meados de Abril, não obstante tenham sido igualmente contempladas as plantações precoces. A estratégia de recomendações foi baseada na implementação da metodologia de Guntz- Divoux, já referida, para a emissão da 1ª recomendação. A partir desta data, com o aparecimento das primeiras manchas, as recomendações acabaram por ter um carácter essencialmente preventivo à probabilidade de ocorrência de chuvas potencialmente contaminadoras. DATA PROVÁVEL DE APARECIMENTO DE MANCHAS ANADIA BENCANTA CERDEIRAS OLIVEIRINHA POÇO DO TAMENGOS VILARINHO Data de infecção LOBO 13 e 14 Março 22 Mar 21 Mar 21 Mar 21 Mar 21 Mar 21 Mar 25 a 27 Março 01 Abr 31 Mar 02 Abr 02 Abr 31 Mar 01 Abr 31 Mar 28 e 29 Março 03 Abr 02 Abr 04 Abr 04 Abr 04 Abr 05 Abr 02 Abr 18 e 19 Abril 24 Abr 23 Abr 23 Abr 23 Abr 24 Abr 23 Abr 23 Abr 29 Abr 05 Mai 04 Mai 04 Mai 05 Mai 05 Mai 05 Mai 05 Mai 8 e 10 Maio 12 Mai 13 Mai 15 Mai 13 Mai 13 Mai 13 Mai 17 a 18 Maio 21 Mai 24 Mai 21 Mai 22 Mai 23 Mai 23 Mai 19 Mai 22 Mai 23 Mai 25 Mai 30 Mai 27 a 29 Maio 01 Jun 02 Jun 04 Jun 01 Jun 03 Jun 04 Jun Esta situação deveu-se ao facto da referida previsão de ocorrência de precipitação coincidir, frequentemente, com o término da persistência do tratamento recomendado anteriormente e/ou aparecimento de novas manchas e apontavam para períodos mais ou menos prolongados (dias seguidos) de instabilidade climática. Este facto conduziu à recomendação de uma estratégia de protecção de carácter preventivo contra o míldio da batateira ao longo da campanha. 35 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO DEMARÇO A MAIO DE 2011 BENCANTA 30 OLIVEIRINHA TAMEGOS VILARINHO Mar 03 Mar 05 Mar 07 Mar 09 Mar 11 Mar 13 Mar 15 Mar 17 Mar 19 Mar 21 Mar 23 Mar 25 Mar 27 Mar 29 Mar 31 Mar 02 Abr 04 Abr 06 Abr 08 Abr 10 Abr 12 Abr 14 Abr 16 Abr 18 Abr 20 Abr 22 Abr 24 Abr 26 Abr 28 Abr 30 Abr 02 Mai 04 Mai 06 Mai 08 Mai 10 Mai 12 Mai 14 Mai 16 Mai 18 Mai 20 Mai 22 Mai 24 Mai 26 Mai 28 Mai 30 Mai 6

7 Os primeiros focos da doença foram detectados no final do mês de Março, o que determinou a emissão da primeira recomendação a 5 de Abril, face à previsão de chuvas potencialmente contaminadoras, mesmo que as plantações normais apresentassem escasso desenvolvimento vegetativo. DISTRIBUIÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES EMITIDAS PARA A CULTURA DA BATATA mildio escaravelho traça da batateira 1 0 Abril Maio Junho TOTAL ANUAL Como se pode verificar pelo gráfico anterior, foram feitas 5 recomendações para tratamento ao míldio da batateira, três das quais durante o mês de Abril. Destas, duas pretendiam abranger as infecções que se iriam verificar a partir do dia 18 e do 29 de Abril. No quadro de distribuição espacial da precipitação de Março a Maio, verificou se que a precipitação da 2ª quinzena de Abril foi concentrada em 2 períodos bem definidos. Aliás, podese mesmo afirmar que, a precipitação ocorrida durante estes 3 meses, foi concentrada em espaços temporais bem definidos que, como foi referido, constituiu um factor de decisão à emissão de recomendação de tratamento, por coincidir com final da persistência do tratamento anterior. No que se refere ao míldio da batateira, embora as condições do ano tenham sido bastante propícias ao seu desenvolvimento, não se detectou um número significativo de plantações com ataques de elevada intensidade. GRÁFICO TERMOPLUVIOMÉTRICO T e m p e r a t u r a ºC P r e c i p i t a ç ã o 40 m m Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro BENCANTA Precipitação OLIVEIRINHA Precipitação TAMENGOS Precipitação VILARINHO Precipitação 0 BENCANTA Temperatura Média OLIVEIRINHA Temperatura Média TAMENGOS Temperatura Média VILARINHO Temperatura Média Na Região predominaram ataques de míldio de ligeira intensidade, mesmo nas plantações precoces, as quebras de produção, daí decorrentes, não se revelaram significativas. 7

8 Para este facto, afigura-se ter contribuído, de maneira decisiva, a realização do primeiro tratamento (Circular nº 3 de 5 de Abril), que terá dificultado a instalação precoce da doença nas plantações de época normal. Evolução de pragas e doenças em batateira Posto: Vilarinho do Bairro traça da batateira Epitrix Estado intensidade escaravelho intensidade Data fenológico míldio capturas de ataque Observações Intensidade de ataque capturas de ataque Observações 08-Abr A2 1-- C 1 14-Abr A2 a A3 1-- (tratado (adultos moribundos) 1-- C 21-Abr A3 a C- 1+ curado (larvas e ovos viáveis Abr B a C 1+ curado (ovos) Mai 1 (curado) Mai início floraç M 1- (l3 a l5) Mai início floraç (L5 E ADULTOS) Jun adultos e ovos Jan COLHEITA Durante o ano de 2011 foi feito o acompanhamento visual de pragas, como é o caso do escaravelho da batateira, e por armadilhas para a traça da batateira e epitrix sp. numa plantação na localidade de Vilarinho do Bairro. Os primeiros adultos de escaravelho foram detectados no início do mês de Abril, quando as plantas ainda apresentavam escasso desenvolvimento vegetativo, alertando-se para a necessidade de manter a plantação sob vigilância à presença e intensidade de ataque desta praga. No que se refere ao coleóptero Epitrix sp., pretendeu-se avaliar a possibilidade de monitorização com recurso a armadilha adesiva cromotrópica. Durante o ciclo vegetativo da cultura não foram detectados adultos na armadilha, embora se tenham observado estragos nas folhas desde muito cedo, estado fenológico A2. Os estragos observados consistiam em partes/pequenos círculos de folha roídos, com forma circular regular na parte interior do limbo dos folíolos, sintomas em tudo semelhantes aos provocados por este inimigo. A monitorização da traça da batateira foi feita com recurso a armadilha sexual, tipo delta, colocada ligeiramente acima do nível da cultura. A presença de adultos logo após a colocação da armadilha sugere que estes já se encontravam em voo ao abrolhamento da cultura. No entanto, é na época próxima da maturação dos frutos que o voo se intensifica Precipitação Temperatura Média Nº de adultos capturados P r e c i p i t a ç ã o m Mar 08 Mar 15 Mar 22 Mar 29 Mar 05 Abr 12 Abr 19 Abr 26 Abr 03 Mai 10 Mai 17 Mai 24 Mai 31 Mai 07 Jun 14 Jun 21 Jun 28 Jun 8

9 No gráfico anterior pode-se observar que a temperatura e a precipitação não parecem influenciar o voo deste lepidóptero, pelo que estamos em crer que a sua actividade no campo estará muito ligada ao fotoperíodo e a fenologia da cultura. A Estação de Avisos da Bairrada elaborou a lista de produtos homologados para o míldio da batateira, escaravelho e epitrix, tendo procedido à sua expedição e divulgação juntamente com a circular nº 3 emitida a 5 de Abril de À proximidade da colheita foi incluída informação sobre os produtos homologados para o combate à traça da batateira e medidas culturais profilácticas no controlo a esta praga. 9

10 POMÓIDEAS A biomonitorização de pragas e doenças, e a evolução do estado fenológico das pomóideas incidiram sobre dois Postos de Observação Biológica: a) uma parcela localizada em Ventosa do Bairro, concelho da Mealhada e b) um pomar sito na Quinta da Capa Rota, freguesia de Casas Velhas, no concelho de Soure. De referir que a parcela em Ventosa do Bairro é multivarietal, e com plantas de idade avançada. O pomar da Quinta da Capa Rota, instalado com cariz experimental, é também multivarietal e de idade avançada. Foram observados os estados fenológicos predominantes, mas as diferentes variedades apresentaram grande heterogeneidade registada, em anexo, nas fichas de registo dos POBs. Em 2011, verificou-se a antecipação do início do ciclo cultural, relativamente ao normal para a região. A eclosão dos ovos de Inverno, do aranhiço vermelho foi seguida em placas colocadas no POB de Ventosa do Bairro e em Anadia, na Estação Vitivinícola da Bairrada. As pragas são os inimigos do pomar para os quais, no seu conjunto, se emitem maior número de avisos /recomendações, embora alguns dos tratamentos recomendados combatam simultaneamente várias pragas. De realçar, em 2011, o elevado número de tratamentos emitidos para os afídeos (7). Para o aranhiço vermelho, efectivamente, foram recomendados três tratamentos, pois a recomendação de Março (16/3) e de Julho (5/7) foram condicionadas à não realização dos tratamentos anteriores (em Fevereiro e Junho). Para a cochonilha de S. José, o último tratamento (5/7) foi também condicionado à não realização do tratamento anteriormente recomendado (21/6). O pedrado foi o inimigo para o qual foram emitidos, em 2011, um maior número de recomendações (9), tendo, no corrente ano, sido em número superior ao de 2010 (7). 10

11 GRÁFICO 1. DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS RECOMENDAÇÕES / AVISOS EMITIDOS PARA AS POMÓIDEAS Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total MESES Afídeos Aranhiço vermelho Bichado Cochonilha de S. José Mosca do mediterrâneo Pedrado Cancro Pedrado Para o pedrado foi seguida a metodologia clássica de previsão apoiada no ábaco de Mills- Laplace, com gravidade do ataque em função do número de horas de folha molhada e a temperatura média do período de humectação. Em 2011, as primeiras manchas, foram detectadas na região, no início de Maio, tanto no POB de Soure como no pomar da Ventosa. Contudo, rapidamente evoluíram de forma diferente, conforme se pode observar no gráfico: em Soure, em meados de Maio, a intensidade de ataque nas folhas e em frutos atingiu o valor máximo (3), enquanto em Ventosa do Bairro se manteve sempre bastante baixa. Os quatro primeiros avisos, emitidos em Março e Abril, tiveram carácter essencialmente preventivo, em função da susceptibilidade dos estados fenológicos e da precipitação ocorrida. Do ponto vista climático, o ano de 2011 foi caracterizado por uma Primavera em que as temperaturas médias foram mais elevadas do que é normal para a época e as temperaturas estivais (Junho, Julho e Agosto) mantiveram-se em valores constantes, não muito elevados, não ocorrendo aumentos significativos de temperatura, que limitassem o desenvolvimento desta doença. A precipitação, em Abril e Maio, no distrito de Coimbra, foi mais elevada do que é normal para a época. Em toda a região, distribuiu-se por períodos contínuos (3 a 5 dias ou mais) seguidos por períodos secos de idêntica duração, o que criou condições favoráveis à ocorrência de infecções, principalmente nos pomares em que não foram seguidas as recomendações de tratamento emitidas para o pedrado. A título de exemplo, apresenta-se o gráfico termopluviométrico de 2011, das Estações Meteorológicas Convencionais de Bencanta (Coimbra) e Tamengos (Anadia). 11

12 Temperatura ºC CLIMATOGRAMA BENCANTA e TAMENGOS Precipitação mm Meses Tamengos Precipitação Bencanta Tmáxima Bencanta Tmédia Bencanta Precipitação Bencanta Tminima Tamengos Tmáxima Tratamentos recomendados para o pedrado Apresenta-se, também, o gráfico das intensidades de ataque verificadas nos POBs de Soure e da Ventosa do Bairro. Intensidade de ataque 3,25 3 2,75 2,5 2,25 2 1,75 1,5 1,25 1 0,75 0,5 0, Abr folhas 23-Abr 3-Mai 13-Mai Pedrado Intensidade de ataque folhas e frutos folhas 23-Mai 2-Jun 12-Jun 22-Jun 2-Jul 12-Jul 22-Jul 1-Ago 11-Ago 21-Ago 31-Ago 10-Set 20-Set 30-Set 10-Out 20-Out 30-Out 9-Nov Datas de Observação Soure Ventosa do Bairro 12

13 Aranhiço vermelho A biomonitorização deste inimigo teve início antes do abrolhamento através da colocação, em placas com vaselina, de fracções de ramos com aglomerados de posturas e decorreu, semanalmente, sob a forma de contagem do número de larvas eclodidas. O início das eclosões ocorreu em meados de Fevereiro, tal como está patente no gráfico que se apresenta de seguida e respeitante aos postos de Anadia e de Ventosa do Bairro. O elevado número de eclosões, ocorridas nas duas primeiras semanas de Março (1116 larvas em Anadia e 306 larvas em Ventosa do Bairro), originou a emissão da 1ª recomendação contra esta praga em 16 de Março (aviso nº 2). O pico das eclosões, nas quatro placas, foi atingido em Anadia a 21 de Março (3454 larvas) e em Ventosa do Bairro a 28 de Março (1940 larvas). Até à 1ª semana de Abril, estas eclosões mantiveram-se elevadas ECLOSÃO DO ARANHIÇO VERMELHO (2011) Eclosões (nº) Anadia Ventosa do Bairro Fev 18- Fev 25- Fev 04- Mar 11- Mar 21- Mar 28- Mar 04- Abr 11- Abr 18- Abr 10- Fev Datas de observação 23- Fev 02- Mar 11- Mar 21- Mar 28- Mar 04- Abr 11- Abr 18- Abr Placa 1 Placa 2 Placa 3 Placa 4 No POB de Quinta da Capa Rota (Soure), a intensidade de ataque aumentou significativamente em meados de Junho e manteve-se sempre em níveis elevados até final de Agosto, como já ocorreu nos anos anteriores. Este pomar tem tido elevadas intensidades de ataque de aranhiço vermelho, muito difíceis de controlar. No POB de Ventosa do Bairro (Mealhada), tal como em anos anteriores, esta praga teve uma intensidade de ataque bastante baixa, mas de meados de Junho até meados de Julho observaram-se algumas folhas ocupadas com aranhiço vermelho. Estas observações levaram à recomendação do 2º tratamento em 21 de Junho (e novamente em 5 de Julho, caso não tivesse sido efectuado o tratamento anteriormente recomendado) e do 3º tratamento em 28 de Julho, dado que esta praga ainda apresentava níveis elevados de ataque no pomar de Soure. Neste POB de Soure, somente no final de Agosto, depois da ocorrência de precipitação, foi possível controlá-lo. Bichado No bichado (Cydia pomonella l.), o comportamento da praga foi bastante diferente nos dois POBs. No POB de Soure, as capturas foram bastante baixas e a intensidade de ataque foi nula durante toda a campanha, não se tendo observado quaisquer frutos perfurados. No POB de Ventosa do Bairro registaram-se capturas significativas e, durante todo o mês de Junho, a intensidade de ataque foi bastante elevada, assim como, em meados de Agosto, observou-se o nível 3 de frutos atacados. 13

14 Estas observações justificaram as recomendações emitidas, em 11 de Maio para o voo da 1ª geração, e em 6 de Junho e 5 e 28 de Julho. BICHADO Abr 21-Abr 5-Mai 19-Mai 2-Jun 16-Jun 30-Jun 14-Jul 28-Jul 11-Ago 25-Ago Nº adultos capturados 8-Set 22-Set 6-Out 20-Out 3-Nov Soure Ventosa do Bairro Blancardella e scitella Nos POBs não foram detectados sintomas nem estragos de Blancardella (mineira marmoreada) e Scitella, pragas que, apesar das capturas que se apresentam, geralmente não provocam quaisquer estragos, na região. BLANCARDELLA Nº adultos capturados Mar 12-Abr 26-Abr 10-Mai 24-Mai 7-Jun 21-Jun 5-Jul 19-Jul 2-Ago 16-Ago 30-Ago 13-Set 27-Set 11-Out 25-Out 8-Nov Datas de observação Soure Ventosa do Bairro 14

15 SCITELLA Abr 21-Abr 5-Mai 19-Mai 2-Jun 16-Jun 30-Jun 14-Jul 28-Jul 11-Ago 25-Ago 8-Set 22-Set 6-Out 20-Out Nº adultos capturados 3-Nov Datas de observação Soure Ventosa do Bairro Mosca do Mediterrâneo No que respeita à mosca do Mediterrâneo, as primeiras capturas ocorreram em finais de Julho, pelo que se emitiu o primeiro alerta e recomendação de tratamento em 28 de Julho. As capturas aumentaram significativamente a partir de meados de Agosto, no POB de Soure e em finais de Agosto, no POB da Ventosa do Bairro, assim como o número de frutos picados, o que levou à emissão do 2º aviso para a realização dum tratamento insecticida. Nesta circular aconselhou-se a realização de medidas culturais e a utilização de meios de luta biotécnica, essenciais para o controlo da praga. Nestes dois POBs, constatou-se que a não realização das medidas culturais recomendadas, principalmente a fruta atacada que não foi colhida e a que ficou no solo sem ter sido retirada ou destruída, teve como consequência um aumento exponencial de adultos capturados durante os meses de Setembro e Outubro, em que também se verificaram condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento. MOSCA DO MEDITERRÂNEO Nº adultos capturados Jun 6-Jul 13-Jul 20-Jul 27-Jul 3-Ago 10-Ago 17-Ago 24-Ago 31-Ago 7-Set 14-Set 21-Set 28-Set 5-Out 12-Out 19-Out 26-Out 2-Nov 9-Nov Datas de observação Soure Ventosa do Bairro 15

16 Afídeos e Cochonilha de S. José Em 2011, a intensidade de ataque dos afídeos, nos dois POBs, foi relativamente baixa (variando entre o nível -1 e +1), embora tenha sido constantemente observada a sua presença, no POB de Soure até 1 de Julho e no POB de Ventosa do Bairro até 31 de Agosto. No POB de Soure, os tratamentos realizados para controlo do aranhiço vermelho poderão ser responsáveis pelo desaparecimento mais precoce desta praga. Nos dois POBs constata-se que os afídeos verdes e cinzentos aparecem em Abril até final de Maio e, a partir desta data, só se observa a ocorrência de afídeo verde. Estas observações determinaram as recomendações de tratamento emitidas em 5 e 13 de Abril, 11 e 23 de Maio e 6 e 21 de Junho condicionadas à ocorrência do Nível Económico de Ataque. Em 2011, a cochonilha de S. José teve um comportamento bastante diferente daquele que se verificou em anos anteriores. Durante todo o ciclo cultural, as capturas de cochonilhas foram muito baixas, tanto no POB de Soure, como no POB de Ventosa do Bairro (em 2010, no POB de Ventosa, em duas observações consecutivas realizadas em Junho / Julho, ultrapassaram-se os 600 adultos capturados, em cada observação realizada). A observação da eclosão das larvas durante o mês de Abril e as capturas efectuadas, nessa data, determinaram o aconselhamento do 1º tratamento em 11 de Maio, reforçando-se esta recomendação nas quatro circulares seguintes de 23 de Maio, 6 e 21 de Junho e 5 de Julho, devido ao aumento da intensidade de ataque observado no POB de Ventosa do Bairro, onde esta praga, em anos anteriores, tem provocado prejuízos elevados. Este ano, neste POB, não ocorreram os elevados prejuízos de 2010 e, a partir de meados de Julho, esta praga ficou controlada. COCHONILHA DE S. JOSÉ Nº adultos capturados Mar 12-Abr 26-Abr 10-Mai 24-Mai 7-Jun 21-Jun 5-Jul 19-Jul 2-Ago 16-Ago 30-Ago 13-Set 27-Set 11-Out 25-Out 8-Nov Datas de observação Soure Ventosa do Bairro Os registos efectuados nos Postos de Observação Biológica podem ser consultados no Anexo I. 16

17 OLIVEIRA Durante o ano de 2011, a biomonitorização de pragas e doenças do olival bem como a evolução do estado fenológico, decorreu em Cerdeiras - Miranda do Corvo, Rabaçal - Penela, Quinta de Famalicão - Soure e Outil - Cantanhede. ESTADO A ESTADO B ESTADO C ESTADO DI ESTADO DII ESTADO E Jan-Fev 22-Março 27-Março 14-Abril 20-Abril 28-Abril ESTADO FI ESTADO FII ESTADO G ESTADO H ESTADO I ESTADO J 9-Maio 16-Maio 25-Maio 30-Maio 16-Setembro Novembro As recomendações efectuadas para as doenças tiveram em consideração as fases de sensibilidade da cultura e as condições climáticas. Para as pragas foi feita a biomonitorização com recurso a armadilhas sexuais e cromotrópicas, e a estimativa de risco, avaliando-se a intensidade de ataque. Excepção feita ao lepidóptero Euzophera pingüis Haworth, em que a monitorização foi efectuada apenas com recurso a armadilha sexual. As recomendações incidem, de uma maneira geral, na realização de intervenção fitossanitária com base na estimativa de risco efectuada nos POB s, condicionando-se a sua realização à ponderação dos factores de nocividade para as doenças e ao Nível Económico de Ataque (NEA) para as pragas. Contudo, também foram feitas recomendações de intervenções culturais, nomeadamente para o caruncho da oliveira, circulares nº 2 e 5, de 16 de Março e 27 de Abril, respectivamente, preconizando-se a adopção de medidas culturais limitativas à sua instalação e desenvolvimento. DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS RECOMENDAÇÕES/AVISOS EMITIDOS PARA O OLIVAL Algodão Caruncho Cercosporiose Gafa Cochonilha H Mosca da azeitona Olho de pavão Traça da oliveira 1 0 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total O maior número de recomendações incidiu sobre a mosca da azeitona (4), seguida da gafa, do olho de pavão e da traça da oliveira, com 2 recomendações, e da cochonilha H com apenas 1 recomendação. As 2 recomendações feitas ao caruncho dizem respeito a intervenções culturais. No total as doenças foram responsáveis por 37% das recomendações, enquanto as pragas representaram 63%. 17

18 DOENÇAS Olho de pavão Em 2011, as condições climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento desta doença, sendo aconselhada a realização de 2 intervenções na Primavera. Estas intervenções tiveram carácter essencialmente preventivo face à existência de inóculo nas folhas mais velhas, ao estado de desenvolvimento da cultura e às condições climáticas propícias. No início de Outono, às primeiras chuvas, foi feita uma recomendação, tirando-se partido do efeito dos meios de luta aconselhados para a gafa. Tratando-se de uma doença que pode provocar elevada desfoliação do olival, comprometendo não só a produção como a recuperação vegetativa da planta, os tratamentos têm carácter preventivo. A intensidade dos sintomas da doença observada em folhas jovens foi reduzida em todos os POB s, embora presente desde o final de Maio. Gafa As recomendações a esta doença tiveram um carácter preventivo, não apenas devido a condições meteorológicas e fenológicas, mas essencialmente devido à elevada intensidade de frutos picados pela mosca da azeitona em grande parte dos olivais. Mesmo que muitas das posturas não tivessem evoluído face às elevadas temperaturas que se iam fazendo sentir, as picadas constituíam portas de entrada ao fungo, que se revestiram de particular importância face à distribuição da precipitação a partir dos finais de Agosto. Os primeiros sintomas de gafa em frutos foram detectados a partir do início do mês de Agosto em azeitonas picadas das variedades Redondil e Cobrançosa, com mais intensidade em olivais com disponibilidade de água no solo ou regados. Tendo, de uma maneira geral, evoluído de forma moderada até ao mês de Setembro, a partir desta data os sintomas intensificaram-se, em particular nos olivais com muitos frutos picados e onde os teores de humidade se apresentaram elevados. Por altura da colheita, partir da 2ª quinzena de Outubro, eram visíveis sintomas de gafa nos frutos que se traduziram numa intensidade de ataque moderada (2 intensidade de ataque mediana), muito dependente da intensidade de ataque de mosca da azeitona ao nível da parcela. PRAGAS Mosca da azeitona Durante o ano de 2011 o voo e a intensidade de ataque desta praga foram intensos, tendo-se atingido o NEA em todos os POB s Cerdeiras Outil Qta Famalicao Rabaçal 50 0 IIIº Junho Iº Julho IIº Julho IIIº Julho Iº Agosto IIº Agosto IIIº Agosto Iº Setembro IIº Setembro IIIº Setembro Iº Outubro IIº Outubro IIIº Outubro Iº Novembro Nº capturas MOSCA DA AZEITONA

19 As primeiras capturas tiveram lugar no final de Junho tendo-se, desde logo, observado os primeiros frutos picados com intensidade de ataque inferior a NEA em azeitonas para consumo em fresco (1% de frutos com formas vivas). Esta situação manteve-se estável até ao 3ª decêndio do mês de Julho, data a partir da qual se verificou um aumento significativo da intensidade de ataque, tendo as variedades para consumo superado o NEA de referência para as variedades que se destinam à produção de azeite (8 a 12% de frutos picados com formas vivas). Foi, de facto, nas variedades destinadas ao consumo (por exemplo: Redondil) e nos olivais com rega que se observaram os valores mais elevados de frutos picados, assim como os primeiros sintomas de gafa nos frutos, observados já durante o mês de Julho. As elevadas temperaturas que se fizeram sentir influenciaram a viabilidade das posturas, tendo provocado uma elevada mortalidade dos ovos e das larvas recém eclodidas, em especial nas variedades/frutos que, à época, apresentavam reduzido desenvolvimento da polpa. Esta situação foi bem evidenciada no POB do Rabaçal, sujeito a stress hídrico intenso, em que as variedades Galega, Cobrançosa, Picual não atingiram o NEA até às primeiras chuvas de Setembro, enquanto que a variedade Redondil apresentou-se sempre com uma intensidade de ataque superior ao NEA, sendo frequente a existência de frutos com três e quatro picadas, com 2 formas vivas no seu interior MOSCA DA AZEITONA CURVA DE VÔO & CLIMATOGRAMA Cerdeiras 2011 Precipitação Temperatura máxima Nº de adultos capturados Temperatura º Jul 8 Jul 15 Jul 22 Jul 29 Jul 5 Ago Set 9 Set 16 Set 23 Set 30 Set 7 Out 14 Out 21 Out 28 Out 4 Nov Após a precipitação do início de Setembro o ataque da praga generalizou-se a todas as variedades e olivais. A conjugação de factores propícios ao seu desenvolvimento: elevado número de adultos em voo, frutos receptivos e condições climáticas propícias (principalmente no que se refere aos valores de humidade) até à colheita, traduziu-se num ano de forte pressão da praga que obrigou a uma forte vigilância do olival e à realização de um maior número de tratamentos. A oportunidade do tratamento e a escolha do produto a utilizar foram essenciais para manter a praga a níveis considerados toleráveis (ligeiramente superiores aos 12% de frutos picados com formas vivas). De uma maneira geral, o ataque desta praga foi muito intenso em todos os olivais e durante um período de tempo muito prolongado, desde início de Setembro até à colheita. Mesmo com uma boa produção quantitativa, a qualidade foi seriamente comprometida, não só pelos estragos directos provocados pela praga, mas também pela instalação e desenvolvimento de outros agentes patogénicos, em particular da gafa. Euzophera As capturas decorreram desde o 3º decêndio de Março até aos finais do mês de Outubro, tendo-se observado uma grande irregularidade nos voos. Pelo gráfico podemos distinguir os períodos de capturas, o primeiro de Março a Julho e o segundo de Agosto a Outubro. 19

20 No entanto, tal observação pode ser resultado da dificuldade em efectuar a real contagem do número de adultos capturados, uma vez que as armadilhas eram frequentemente alvo de formigas e outros predadores, pese embora se tenha procedido à alteração da localização da armadilha semanalmente EUZOPHERA PINGÜIS 2011 Cerdeiras Outil Qta Famalicao Rabaçal IIº Março IIIº Março Iº Abril IIº Abril IIIº Abril Iº Maio IIº Maio IIIº Maio Iº Junho IIº Junho IIIº Junho Iº Julho IIº Julho IIIº Julho Iº Agosto IIº Agosto IIIº Agosto Iº Setembro IIº Setembro IIIº Setembro Iº Outubro IIº Outubro Nº capturas IIIº Outubro Iº Novembro De referir que os POB s de Quinta de Famalicão e Rabaçal, olivais adultos em plena produção e inseridos em zonas de olival, continuam a ter os mais elevados valores de capturas, embora sem se detectar sintomas, em particular no parâmetro da mortalidade de plantas. No entanto, o POB de Outil Cantanhede, olival jovem e inserido numa zona de vinha, onde estão a surgir novas plantações de olivais, apresenta um número de capturas muito próximo das do Rabaçal e Quinta de Famalicão, o que constitui um factor de nocividade a ter em conta de futuro. Traça da oliveira Como se pode observar no gráfico, a traça da oliveira manifestou as três gerações bem evidenciadas pelos picos apresentados. Embora o número de adultos capturados tenha sido elevado, não se atingiram os NEA para cada uma das gerações, nem se observaram prejuízos significativos. As recomendações emitidas pela Estação de Avisos incidiram sobre as gerações antófaga e carpófaga, sendo feitas 2 referências à carpófaga condicionadas à realização do tratamento aconselhado na circular nº8, dada a influencia que esta geração da praga tem na produtividade do olival TRAÇA DA OLIVEIRA 2011 Cerdeiras Outil Qta Famalicao Rabaçal IIº Março IIIº Março Iº Abril IIº Abril IIIº Abril Iº Maio IIº Maio IIIº Maio Iº Junho IIº Junho IIIº Junho Iº Julho IIº Julho IIIº Julho Iº Agosto IIº Agosto IIIº Agosto Iº Setembro IIº Setembro IIIº Setembro Iº Outubro IIº Outubro IIIº Outubro Iº Novembro Nº capturas Os registos efectuados nos postos de observação biológica podem ser consultados no Anexo II. 20

21 VINHA No ano de 2011 a cultura da vinha foi considerada em 13 das 14 circulares de aviso e em 3 dos 5 SMS emitidos pela Estação de Avisos da Bairrada. As informações disponibilizadas tiveram como base as observações biológicas e fenológicas efectuadas nos POB s (Postos de Observação biológica) e na implementação da metodologia de previsão de acordo com o descrito no manual - Métodos de Previsão e Evolução dos inimigos das culturas Vinha (DGADR, 2009). Os POB s acompanhados localizam-se em Águeda Aguieira; Anadia - Amoreira da Gândara - Estação Vitivinícola (2 POB s) e Pedralvites; Miranda do Corvo Cerdeiras; e Cantanhede - Cordinhã. A metodologia de previsão para o míldio da videira foi implementada em 6 locais, 3 com dados meteorológicos provenientes de Estações meteorológicas convencionais (Anadia-Vilarinho do Bairro; Coimbra-Bencanta e Aveiro-Oliveirinha) e outros 3 provenientes de Estações meteorológicas automáticas (Anadia, Cantanhede-Poço do Lobo e Miranda do Corvo- Cerdeiras). Nos POB s é feito o acompanhamento fenológico da cultura, a biomonitorização, estimativa do risco e avaliação da intensidade de ataque de pragas e doenças. No quadro seguinte apresentam-se as datas médias de desenvolvimento fenológico nos POB s acompanhados. castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas 14 Março 21 Março 21 Março 28 Março 28 Março 4 Abril 4 Abril 11 Abril 11 Abril 18 Abril 20 Abril 28 Abril castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas castas brancas castas tintas 5 Maio 11 Maio 11 Maio 20 Maio 26 Maio 7 Junho 14 Junho 15 Julho 29 Junho 22 Julho 10 Julho 17 Julho Pode-se constatar que o ciclo vegetativo teve lugar no início do mês de Março. Embora o abrolhamento tenha decorrido em época considerada normal, verificou-se uma precocidade, aproximada de 2 semanas, por altura da floração que se manteve até ao final do ciclo vegetativo, com a vindima a decorrer com uma antecipação, sensivelmente, idêntica, dependendo das castas, técnicas culturais e do terroir. A distribuição mensal das circulares emitidas durante o ano de 2011 é visível no gráfico seguinte. 21

22 O período de Abril a Julho é aquele onde se concentra o maior número de recomendações e de inimigos abrangidos, destacando-se os meses de Maio e Junho como aqueles em que houve maior número de aconselhamentos, com 7 e 6 dirigidos às doenças, num total de 8 e 10 recomendações, respectivamente. As doenças foram as responsáveis por 73% das recomendações num total de 36,destacandose o oídio e o míldio que, juntos, perfazem 42%. As pragas, com apenas 10 recomendações, representam apenas 27%. Embora seja normal as doenças serem responsáveis por maior número de recomendações e de tratamentos na cultura da vinha, no corrente ano não nos podemos alhear das condições meteorológicas que se fizeram sentir. O ano de 2011 apresentou temperaturas moderadamente mais elevadas que o normal e uma precipitação considerada normal no que se refere à quantidade, mas não à sua distribuição. Durante os períodos de maior desenvolvimento da cultura, em especial nos meses de Março a Maio, a precipitação foi distribuída por períodos contínuos (3 a 5 dias ou mais) seguidos por períodos secos de idêntica duração, como se pode verificar no gráfico seguinte. 22

23 Esta distribuição da precipitação foi decisiva na instalação e desenvolvimento de doenças, assim como na estratégia adoptada para o seu controle. Complementando as recomendações efectuadas aos diferentes inimigos da cultura, foram elaboradas e enviadas listas de todos os produtos homologados para os diferentes inimigos, referindo-se: a substância activa, tipo de acção, nome comercial, intervalo de segurança e homologação em Protecção Integrada. DOENÇAS As condições meteorológicas que se fizeram sentir durante 2011 foram propícias à instalação e desenvolvimento das doenças da vinha, em particular do míldio e da podridão negra (black-rot). As doenças alvo de recomendação nas circulares de aviso foram: a escoriose, o míldio, o oídio, a podridão cinzenta e a podridão negra, num total de 26 referências. Com se pode verificar o oídio e o míldio, com 8 e 7 recomendações, foram responsáveis por mais de metade das recomendações emitidas, seguidas de perto pela podridão negra. 23

24 Míldio Para o míldio da videira, foi avaliada a maturação de oósporos e implementada a metodologia clássica de previsão, nos postos de Anadia, Bencanta, Cerdeiras, Oliveirinha, Poço do Lobo e Vilarinho do Bairro, entre Março e Julho de Ainda, foram avaliadas as condições climáticas e a intensidade de ataque nos postos de observação biológica e na Região. O estudo de maturação de oósporos teve início no Outono de 2010 através da recolha de folhas com míldio mosaico, a partir de vinhas onde se tinham observado ataques tardios de míldio. Com recurso a lupa binocular prepararam-se fragmentos de folhas, de aproximadamente 1 cm 2, contendo oósporos, os quais foram depois colocados nas condições de campo nos diferentes postos de observação biológica. A 22 de Fevereiro de 2011 teve início a recolha e observação dos fragmentos para avaliar o estado de maturação dos oósporos. Resultado desta avaliação, constatou-se que a germinação dos primeiros macroconídeos, após 24 horas de colocação em estufa a uma temperatura de 22ºC, teve lugar ao início do 2º decêndio de Abril nos postos de Cerdeiras, Aguieira, Cordinhã e Pedralvites, de acordo com o seguinte Quadro: 24

25 ESTUDO DA MATURAÇÃO DOS OÓSPOROS Data de colocação em estufa Posto biológico Nº de dias de permanência em estufa Fev Anadia S D S D Gatanha S D S D 24-Fev Pedralvites 0 S D S D F Amoreira 0 S D S D F Aguieira 0 S D S D F Cordinhã 0 S D S D F Cerdeiras 0 S D S D F 9-Mar Anadia 0 S D 2 S D Gatanha 0 S D 0 S D Pedralvites 2 S D 12 S D Amoreira 0 S D 0 S D Aguieira 0 S D 0 S D Cordinhã 0 S D 23 S D 14-Mar Cerdeiras 0 0 S D 0 21-Mar Aguieira S D S D Amoreira S D S D Anadia S D S D Cordinhã S D S D Gatanha S D S D Pedralvites S D S D 22-Mar Cerdeiras S D S D 30-Mar Cerdeiras 0 3 S D S D 04-Abr Aguieira S D 0 S D Amoreira S D 0 S D Anadia S D 2 S D Cordinhã S D 0 S D Gatanha S D 1 S D Pedralvites S D 0 S D 07-Abr Cerdeiras 0 S D S D 11-Abr Aguieira S D 4 S D Amoreira S D 1 S D Anadia S D 0 S D Cordinhã S D 0 S D Gatanha S D 0 S D Pedralvites S D 0 S D 14-Abr Cerdeiras 2 S D F S D F 18-Abr Aguieira F S D F S D Amoreira F S D F S D Anadia F S D F S D Cordinhã F S D F S D Gatanha F S D F S D Pedralvites F S D F S D 26-Abr Cerdeiras S D 3 S D Cordinhã S D 2 S D 28-Abr Aguieira 1 S D 0 S D Amoreira 3 S D 3 S D Anadia 1 S D 3 S D Gatanha 6 S D 8 S D Pedralvites 2 S D 2 S D 09-Mai Anadia S D S D Cordinhã S D S D 10-Mai Cerdeiras S D S D 11-Mai Gatanha 2 0 S D S D 12-Mai Pedralvites 0 S D S D 16-Mai Amoreira 0 0 S D S D 24-Mai Cerdeiras S D F 0 S D Pedralvites S D F 0 S D 25-Mai Anadia 0 0 S D F 0 S D Gatanha 0 0 S D F 0 S D 26-Mai Aguieira 0 S D F 0 S D Amoreira 0 S D F 0 S D Cordinhã 0 S D F 0 S D 07-Jun Aguieira 0 0 F S D 0 S D Amoreira 0 0 F S D 0 S D Cordinhã 0 0 F S D 0 S D Pedralvites 0 0 F S D 0 S D 08-Jun Anadia 0 F S D 0 S D Gatanha 0 F S D 0 S D 25

26 À data de observação dos primeiros oósporos maduros em laboratório, 14 de Abril Cerdeiras a vinha já se encontrava com elevado desenvolvimento vegetativo, de cachos separados (estado G) a botões florais separados (estado H). Assim como também já se tinham verificado condições climáticas para a ocorrência da infecção primária. Conscientes da importância de precisão da data da infecção primária, procedeu-se à implementação da metodologia clássica de previsão no início do 2º decêndio de Março. A pesquisa de manchas primárias iniciou-se em finais de Março, tendo-se detectado a 1ª mancha de míldio a 18 de Abril no POB da Aguieira Águeda. Como se pode observar no quadro seguinte, quadro resumo de implementação da metodologia clássica de previsão do míldio da vinha, a data provável de aparecimento de mancha de 18 de Abril, não é prevista. Face a esta situação e tendo em consideração os pressupostos da metodologia, uma infecção deveria ter ocorrido entre os dias 3 e 9 de Abril, no entanto, em nenhuma das nossas Estações meteorológicas, houve registo de quantidade de precipitação que indicasse a ocorrência de uma infecção, mesmo assim foi implementada a metodologia de previsão durante o 1º decêndio de Abril para os locais onde se registou qualquer valor de precipitação (Cerdeiras- Miranda do Corvo e Poço do Lobo-Cantanhede). DATA PROVÁVEL DE APARECIMENTO DE MANCHAS Data de infecção ANADIA BENCANTA CERDEIRAS OLIVEIRINHA POÇO DO LOBO VILARINHO 12 Mar 31 Mar 14 Mar 02 Abr 26 Mar 12 Abr 09 Abr 27 Mar 12 Abr 10 Abr 12 Abr 10 Abr 29 Mar 10 Abr 10 Abr 10 Abr 09 Abr 10 Abr 31 Mar 12 Abr 11 Abr 02 Abr 12 Abr 03 Abr 13 Abr 05 Abr 15 Abr 11 Abr 23 Abr 18 Abr 02 Mai 28 Abr 29 Abr 30 Abr 29 Abr 29 Abr 14 Mai 09 Mai 10 Mai 12 Mai 10 Mai 07 Mai 17 Mai 14 Mai 16 Mai 15 Mai 10 Mai 17 Mai 15 Mai 23 Mai 17 Mai 27 Mai 22 Mai 25 Mai 24 Mai 23 Mai 19 Mai 26 Mai 27 Mai 05 Jun 04 Jun 29 Mai 03 Jun 07 Jun 05 Jun 05 Jun 07 Jun 18 Jun 17 Jun 24 Jun 27 Jun 04 Jul 14 Jul 08 Jul 18 Jul 17 Jul 10 Jul 20 Jul 16 Jul 25 Jul 26 Jul 25 Jul 18 Jul 26 Jul A primeira recomendação de tratamento para o míldio da videira teve lugar a 13 de Abril, circular nº4. Por esta data as vinhas da Região já apresentavam um significativo desenvolvimento vegetativo, estados G a H (cachos separados a botões florais separados), já 26

27 se tinham reunido as condições climáticas e fenológicas para a ocorrência da infecção primária, só não se tinha obtido o aparecimento de macroconídios em 24 horas. No processo de tomada de decisão de emissão da circular foram ponderados vários factores: O significativo desenvolvimento vegetativo da vinha, muito superior aos 10 cm de pâmpano. A ocorrência de temperatura e precipitação potencialmente contaminadoras no período de 26 de Março a 3 de Abril, tendo-se em consideração os pressupostos da metodologia de previsao do míldio da videira. A hipótese de haver oósporos maduros na natureza, mesmo que não se tenham ainda observado em laboratório. A proximidade e longa duração de um período de queda de precipitação com o aparecimento provável de manchas (9 a 13 de Abril) provenientes das referidas potenciais infecções primárias. A necessidade de fazer chegar a recomendação em tempo útil aos utentes. Da avaliação conjunta destes factores afigurou-se estar perante um elevado risco de instalação da doença, optando-se pela emissão de uma recomendação para o controlo do míldio antes da queda de precipitação prevista para o início da semana de 18 a 24 de Abril (semana antes da Páscoa). A observação de macroconídeos que ocorreu no dia 14 de Abril, no dia seguinte à emissão da circular, assim como o aparecimento da mancha primária a 18 de Abril, vieram legitimar a avaliação de risco efectuada. Por outro lado, veio confirmar a existência de oósporos maduros em campo e a ocorrência de uma infecção anterior, de comportamento não totalmente enquadrável na metodologia de previsão clássica. A decisão de recomendar um tratamento anti-míldio nesta data, estamos em crer, contribuiu de forma decisiva para a baixa intensidade de ataque que se fez sentir por toda a Região ao longo da campanha. As restantes recomendações para a doença tiveram como base a persistência do tratamento anterior e a implementação da metodologia de previsão. As características climáticas do ano de 2011 que, como foi anteriormente referido, se caracterizou pela alternância entre períodos chuvosos e períodos mais ou menos secos, condicionaram as recomendações. A previsão de precipitação do Instituto de Meteorologia era, frequentemente, coincidente ora com o aparecimento de manchas de infecções anteriores, ora com o término de persistência do anterior tratamento, o que levou a que as recomendações se enquadrassem, na maioria dos casos, numa estratégia preventiva à infecção. 27

28 35 30 p r 25 e c i 20 p i t a 15 ç ã o (mm) de Abril Aparecimento de BENCANTA OLIVEIRINHA TAMEGOS VILARINHO TRATAMENTO PRECIPITAÇÃO PREVISTA Fev 08 Fev 15 Fev 22 Fev 01 Mar 08 Mar 15 Mar 22 Mar 29 Mar 05 Abr 12 Abr 19 Abr 26 Abr 03 Mai 10 Mai 17 Mai 24 Mai 31 Mai 07 Jun 14 Jun 21 Jun 28 Jun 05 Jul 12 Jul 19 Jul 26 Jul 02 Ago 09 Ago 16 Ago 23 Ago 30 Ago 06 Set 13 Set 20 Set 27 Set O ano de 2011 apresentou forte pressão da doença e que requereu, por parte dos viticultores e da Estação de Avisos, atenção especial no posicionamento e realização dos tratamentos, assim como na escolha dos produtos a utilizar. No que se refere aos produtos recomendados pela Estação de Avisos da Bairrada, a estratégia passou pelo posicionamento de fungicidas sistémicos (em apenas 2 recomendações), nas fases de maior desenvolvimento vegetativo e maior pressão da doença, seguido pelos penetrantes e concluindo com os orgânicos com cobre. Ao contrário do que aconteceu na esmagadora maioria das Regiões vitivinícolas do país, a Bairrada não apresentou quebras significativas de produção devido a míldio, o que não invalida a existência de vinhas com elevadas quebras de produção que, quando comparadas com a dimensão da Região, não são representativas. Oídio As condições climáticas de 2011 foram favoráveis à instalação de oídio, em particular nas vinhas onde não se implementaram alguns cuidados culturais, no entanto, não se observaram ataques ou perdas significativas. Foram emitidas oito circulares para o oídio, Erysiphe necator (Schwein) (teleomorfo), assim como, duas notas culturais aconselhando a realização de medidas que favorecessem o arejamento dos cachos. As recomendações de tratamento foram baseadas nas fases/estádios de maior sensibilidade da videira saída das folhas, floração-alimpa e bago de ervilha-cacho fechado mas, também, as condições climáticas previstas e/ou ocorridas na Região, e atendendo à persistência dos produtos. O primeiro tratamento, recomendado com a circular nº 3, de 5 de Abril, foi ditado pelo estado fenológico F- cachos visíveis, estado de alta sensibilidade aliando a instabilidade climática, assim como o tratamento recomendado na circular nº 6, de 11 de Maio, à floraçãoalimpa. As outras recomendações tiveram como base as condições favoráveis ao desenvolvimento da doença, nomeadamente os elevados valores de humidade relativa associados às temperaturas médias amenas e propícias ao desenvolvimento da doença. 28

29 T e m p e r a t u r a H u m i d a d e R e l a t i v a % Bencanta Humidade Relativa Oliveirinha Humidade Relativa Tamengos Humidade Relativa Vilarinho Humidade Relativa Bencanta Temperatura média Oliveirinha Temperatura média Tamengos Temperatura média Vilarinho Temperatura média 0 01 Abr 15 Abr 29 Abr 13 Mai 27 Mai 10 Jun 24 Jun 08 Jul 22 Jul 0 A intensidade dos ataques de oídio observados durante 2011 não ultrapassou a presença de sintomas, não se tendo detectado estragos ou prejuízos significativos resultantes desta doença. Os focos foram detectados desde os finais de Maio até ao início de Julho e, como já referido, sempre de baixa intensidade. Os sintomas de maior intensidade foram detectados já na fase final do ciclo vegetativo, na segunda quinzena do mês de Outubro, caracterizados pelo aparecimento de micélio nas folhas e cleistotecas em diferentes graus de maturação (POB de Aguieira-Águeda). Podridão cinzenta Em 2011 procedeu-se às 4 recomendações preconizadas pela metodologia do SNAA para o controlo da podridão: floração-alimpa, fecho do cacho, início do pintor e 3 a 4 semanas antes da data prevista de vindima, sendo acompanhadas de referências à realização de intervenções culturais. 35 PODRIDÃO CINZENTA T e m p e r a t u r a P r e c i p i t a ç ã o m m Bencanta Precipitação Oliveirinha Precipitação Tamengos Precipitação Vilarinho do Bairro Precipitação Bencanta Temperatura Média 0 Jan Iº Jan IIº jan IIIº Fev Iº Fev IIº Fev IIIº Mar Iº Mar IIº Mar IIIº Abr Iº Abr IIº Abr IIIº Mai Iº Mai IIº Mai IIIº Jun Iº Jun IIº Jun IIIº Jul Iº Jul IIº Jul IIIº Ago Iº Ago IIº Ago IIIº Set Iº Set IIº Set IIIº Out Iº Out IIº Decêndio 0 Oliveirinha Temperatura Média Embora as características do ano se tenham apresentado propícias ao seu desenvolvimento, e tendo em consideração o aparecimento precoce de sintomas (início de Abril), não se observaram estragos com significado económico. A intensidade de ataque registada nos POB s não ultrapassou a presença/ataque ligeiro, não se observando evolução da doença desde Abril a Julho. 29

30 A precipitação do 3º decêndio de Agosto e 1º de Setembro, com a vindima já a decorrer ou muito próxima, veio propiciar o rachamento de bagos e o aparecimento de alguns focos, em particular nas castas de película mais fina e/ou com cachos mais compactos, que acabaram por não evoluir devido às temperaturas que se seguiram. Black rot A doença está oficialmente presente na Região desde 2006 tendo-se manifestado com maior ou menor intensidade todos os anos. O ano de 2011 não foi excepção, tendo-se observado sintomas em folhas, pecíolos, ráquis, pedicelos e em bagos, desde o 2º decêndio de Abril ao final de Junho, embora, regra geral, os ataques tenham tido uma severidade baixa. Realça-se o facto de se terem observado parcelas de vinha onde os ataques foram significativos, tendo provocado quebras de produção. Estas situações verificaram-se em vinhas onde se têm registado sintomas e prejuízos em anos consecutivos ou ladeadas de vinhas abandonadas atacadas e não são representativas da situação geral da Região. Os primeiros sintomas foram observados em folhas e pedúnculos a 18 de Abril, com as vinhas na fase de cachos separados-botões florais separados. A precipitação ocorrida nos dias seguintes a esta data originou um aumento de incidência da doença, que determinou a 1 ª de 4 recomendações de controlo a este inimigo, datada de 27 de Abril. A 2ª e 3ª recomendações, de 11 e 23 de Maio circulares 6 e 7, respectivamente, tiveram como base a ponderação dos factores de nocividade: a existência de inóculo, a sensibilidade da cultura e as condições climáticas favoráveis. A 4ª e última recomendação, de 21 de Junho, pretendeu não apenas o controlo da doença por via da aplicação de fungicida homologado mas também a diminuição da quantidade de inóculo presente, em particular, nas parcelas mais atacadas. A importância da diminuição da quantidade de inóculo presente nas parcelas como forma de controlo da doença viu-se reforçada com as medidas culturais recomendadas na circular nº 14 de 19 de Outubro. Escoriose A doença continua bem presente na Região, sendo frequentemente descurada uma vez que só quando origina quebras de produção, o agricultor se sente impelido a proceder ao seu controlo. A estratégia de controlo à doença preconizada pelo SNAA consiste na adopção de medidas culturais preventivas à instalação da vinha e durante a poda, e a realização de intervenção(s) com fungicidas homologados entre os estados fenológicos D (saída das folhas) e E (folhas livres). A Estação de Avisos da Bairrada adoptou as recomendações preconizadas pelo SNAA aconselhando, na circular nº 3 de 16 de Março, a realização de tratamento baseada em uma de duas estratégias em função do estado fenológico e o tipo de produto a utilizar. A 19 de Outubro, na circular nº 14, foram recomendadas as medidas profilácticas a adoptar durante a operação de poda, medidas transversais a um conjunto de doenças designadas como doenças do lenho. 30

31 PRAGAS As pragas, alvo de recomendação nas circulares de aviso, foram: a traça da uva, as cochonilhas e o cicadelídeo vector da Flavescência dourada Scaphoideus titanus Ball., com 10 num total de 36 referências, o que representa 27% das recomendações. Traça da uva A biomonitorização da Lobesia botrana Den & Schiff. foi efectuada com recurso a armadilhas sexuais e à estimativa do risco por observação visual de cachos. As recomendações de tratamento para a traça da uva tiveram por base as observações fenológicas e biológicas efectuadas nos POB s, assim como a ponderação dos factores de nocividade, p.e., evolução do voo, sensibilidade da casta, historial da parcela. No ano de 2011 a traça da uva apresentou 3 vôos bem definidos e, um modesto, início de um 4º vôo. Nº de adultoa capturados TRAÇA DA UVA 2011 aguieira amoreira cerdeiras cordinhã pedralvites 0 Iº Março IIº Março IIIº Março Iº Abril IIº Abril IIIº Abril Iº Maio IIº Maio IIIº Maio Iº Junho IIº Junho IIIº Junho Iº Julho IIº Julho IIIº Julho Iº Agosto IIº Agosto IIIº Agosto Iº Setembro IIº Setembro IIIº Setembro Iº Outubro IIº Outubro IIIº Outubro As armadilhas sexuais foram colocadas a 14 e 21 de Março, estimando-se que o voo da primeira geração teve início, muito provavelmente, no 1º decêndio de Março e se prolongou até ao 2º decêndio de Maio, tendo um pico bem definido, dependendo dos POB s, entre o 1º e 2º decêndio de Abril. Esta regularidade de voo à 1ª geração não é habitual, no entanto apresentou o padrão usual no que concerne à intensidade de ataque, não se justificando a realização de qualquer tratamento, situação referida na circular nº 6, emitida a 11 de Maio. O 2º voo teve lugar desde o 3º decêndio de Maio e o 2º de Julho, tendo-se recomendado a realização de um tratamento tendo em conta o NEA numa estratégia ovicida e larvicida, respectivamente, nas circulares nº 8 e nº 9, emitidas a 6 e 21 de Junho. No que se refere à intensidade de ataque, foi contabilizada uma percentagem de cachos atacados, com posturas viáveis, que se enquadra nos valores do NEA em grande parte dos POB s acompanhados. Destas posturas, assim como das larvas eclodidas, não resultou, na generalidade da Região, uma intensidade de ataque que originasse prejuízos para a cultura, facto para o qual se julga terem contribuído as temperaturas que se fizeram sentir durante o mês de Junho e 1º decêndio de Julho. 31

32 40 35 AMOREIRA DA GÂNDARA 2011 CURVA DE VOO DA TRAÇA DA UVA & CONDIÇÕES CLIMÁTICAS Temperatura (ºC) Precipitação (mm) Mar 08 Mar 15 Mar 22 Mar 29 Mar 05 Abr 12 Abr 19 Abr 26 Abr 03 Mai 10 Mai 17 Mai 24 Mai 31 Mai 07 Jun 14 Jun 21 Jun 28 Jun 05 Jul 12 Jul 19 Jul 26 Jul 02 Ago 09 Ago 16 Ago 23 Ago 30 Ago 06 Set 13 Set 20 Set 27 Set 04 Out 11 Out 18 Out 25 Out Nº de adultos capturados Precipitação Temperatura Máxima Temperatura Minima Temperatura Média Nº de adultos capturados Para a 3ª geração repetiu-se a estratégia adoptada anteriormente, recomendação ovicida e larvicida na circular nº 12, emitida a 27 de Julho, com tratamento a realizar em função do NEA e o produto escolhido, tendo em conta a data de realização do tratamento. Este voo teve início perto do 3º decêndio de Julho e prolongou-se até meados de Setembro, atingindo-se os valores mais elevados de capturas nas proximidades do 2º decêndio de Agosto. À semelhança do que se referiu para o 2º voo, também não se observaram ataques de elevada intensidade, estando em crer, mais uma vez, que viabilidade e sobrevivência da descendência (ovos e lagartas) terá sido influenciada pela temperatura elevada e precipitação que se fizeram sentir. Resumindo, o ano de 2011 não apresentou prejuízos nem estragos directos nem indirectos resultantes dos ataques de traça da uva, na generalidade dos POB s acompanhados e da Região. Verificou-se uma excepção no POB de Cerdeiras, no qual a queda de granizo de 28 de Maio (que causou gravíssimos estragos em toda a vegetação), apresentou para a 2ª e 3ª gerações elevadissimas intensidades de ataque, com uma incidência sempre muito próxima dos 90% de cachos atacados e uma severidade superior a 2 a 3 lagartas por cacho, só em observação visual. Não há a certeza quanto à realização dos tratamentos aconselhados (quer pelas circulares quer pessoalmente), nem, em caso de realização, do tipo de produto utilizado e data da aplicação. Cigarrinha verde À semelhança de anos anteriores este inimigo volta a não ser visado em qualquer circular emitida pela EAB em A monitorização foi feita em todos os POB s com recurso a armadilhas cromotrópicas e a intensidade de ataque avaliada em número de videiras com sintomas e ninfas contabilizadas na página inferior das folhas. As capturas contabilizadas nas armadilhas cromotrópicas originaram curvas de voo características da praga, nas quais se podem observar 2 picos de capturas. O primeiro, compreendido entre o 2º decêndio de Maio e o 2º de Junho, ocorre quando a vinha apresenta um desenvolvimento compreendido entre o bago de chumbo e o cacho fechado (estados K- e L). O segundo pico verifica-se, durante o mês de Agosto, com a vinha em fase de maturação do cacho. Em nenhum dos POB s acompanhados se atingiu o NEA, nem foram observadas videiras com sintomas deste inimigo. No que se refere à Região, também não foram detectadas videiras, nem parcelas com sintomas. 32

33 CIGARRINHA VERDE Aguieira Amoreira Anadia Cerdeiras Cordinhã Gatanha Pedralvites 0 Iº Março IIº Março IIIº Março Iº Abril IIº Abril IIIº Abril Iº Maio IIº Maio IIIº Maio Iº Junho IIº Junho IIIº Junho Iº Julho IIº Julho IIIº Julho Iº Agosto IIº Agosto IIIº Agosto Iº Setembro IIº Setembro IIIº Setembro Iº Outubro Nº de adultos capturados IIº Outubro IIIº Outubro Iº Novembro Cigarrinha dourada O cicadelídeo Scaphoideus titanus Ball (ST), presente na Região desde 2008, e vector da Flavescência Dourada (FD), doença exclusiva da videira, em 2011 foi capturado em mais um dos Postos de Observação Biológica, concretamente no POB de Pedralvites Casta Camarate, em 5 de Agosto. Este inimigo foi alvo de 2 avisos por parte da EAB: circulares nº 8 e nº 10, de 6 de Junho e 5 de Julho, respectivamente. A observação das primeiras ninfas, resultado da implementação da técnica das pancadas, no âmbito da prospecção alargada à Região, conduziu a Estação de Avisos da Bairrada, à emissão da 1ª recomendação de tratamento ao cicadelídeo Scaphoideus Titanus Ball. (circular nº 8 de 6 Junho de 2011), referindo-se a preferência de utilização de um insecticida homologado, conforme a lista anexa à circular, que combata a praga nas fases de ovo e larva. O segundo tratamento foi recomendado, aproximadamente 1 mês após, à captura dos primeiros adultos da praga. Dada a importância do controlo deste insecto, vector do fitoplasma da Flavescência Dourada, foi sugerida a adopção de algumas medidas culturais durante o Inverno, tal como a retirada da parcela e queima da madeira de poda com mais de dois anos nas freguesias onde já se encontra presente circular nº1 de 2 de Fevereiro de Cochonilhas A presença desta praga, em particular da cochonilha algodão (familia Pseudococcídae), tem vindo a aumentar na Região de há alguns anos a esta parte. Em 2011, a praga foi referida em três circulares: circular nº 1 de 2 de Fevereiro (tratamento de Inverno) para cochonilhas em geral, circular nº 9 de 6 de Junho (à eclosão das larvas) e circular nº 13 de 27 de Setembro, para a cochonilha algodão. O tratamento recomendado em Setembro foi resultado da elevada incidência e severidade que a praga atingiu, a partir da segunda quinzena de Agosto, em número significativo de vinhas na Região e pretendia diminuir a população hibernante. 33

34 DRAPC/ MN 2011 Regra geral, tratou-se de vinhas onde se detectou a presença da praga e/ou em anos anteriores se detectaram sintomas, e onde não foi efectuado o tratamento preconizado na circular nº 9, uma vez que, por esta data, a intensidade de ataque não justificaria o tratamento julgando o viticultor que o tratamento de Inverno manteria a praga sob controlo, como em anos anteriores. Em outras parcelas a justificação da não realização do tratamento prendeu-se com a tentativa de tirar partido do efeito secundário do tratamento larvicida à traça da uva sobre a cochonilha algodão, que se revelou extemporânea. Os registos efectuados nos postos de observação biológica podem ser consultados no Anexo III. 34

35 TRABALHOS DE EXPERIMENTAÇÃO, DEMONSTRAÇÃO E DIVULGAÇÃO DESENVOLVIDOS No ano de 2011 foram desenvolvidos os seguintes trabalhos de experimentação, demonstração e divulgação: Divulgação e Prospecção da nova praga Scaphoideus titanus e da doença Flavescência Dourada Combate à Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.), comparando diferentes estratégias Contributo para a biomonitorização do lepidóptero Euzophera pingüis na área de abrangência da Estação de Avisos da Bairrada Contributo para a biomonitorização do lepidóptero Prays oleae na área de abrangência da Estação de Avisos da Bairrada Nota Confusão sexual No ano de 2011, a Estação Vitivinícola da Bairrada, devido à sua localização em freguesia onde se detectou a presença do vector do fitoplasma da Flavescência dourada, Scaphoideus titanus Ball., realizou tratamentos insecticidas em todos os talhões (da Avenida, do Colégio, da Cooperativa e da Adega), que estavam submetidos à confusão sexual. Por este motivo, o estudo do controlo de traça da uva por meio de luta biotécnica confusão sexual, apesar de ter sido instalado, não foi avaliado segundo a metodologia utilizada nos anos anteriores. O texto integral destes relatórios técnicos pode ser consultado no Anexo IV. 35

36 INSCRIÇÃO DOS UTENTES E ACTUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DE UTENTES INSCRITOS Em 2011, a ficha de inscrição foi enviada juntamente com a circular nº1, emitida a 2 de Fevereiro. Com o objectivo de contrariar a esperada redução do número de utentes foram tomadas as seguintes iniciativas: - Enviou-se a ficha de inscrição a todos os utentes que estiveram inscritos na Estação de Avisos da Bairrada desde Tivemos o apoio do Sector de Informática de Coimbra (Engº Agostinho) que criou um ficheiro com todos os utentes desde essa data, evitando as repetições de nomes, em cada ano, até Com esta medida foi possível voltar a contactar utentes, que por variadas razões não se inscreveram num determinado ano e, por esse motivo, nos anos seguintes deixavam de receber a ficha de inscrição; Após o envio da ficha de inscrição para o ano de 2011, teve início a actualização da base de utentes pagantes inscritos neste serviço. A actualização da base de dados consistiu na introdução de novos utentes nome, morada, telefone, telemóvel, NIF, nº de cliente, ano de inscrição, envio SMS, data e nº da Venda a dinheiro, culturas e data de introdução e na actualização dos dados existentes e introdução de novos dados para os utentes já constantes no ficheiro. A par da actualização da base de dados de utentes inscritos na Estação de Avisos, procedeuse à introdução dos dados respeitantes ao inquérito enviado em 2010 e ao seu tratamento. Esta tarefa contou, mais uma vez, com a colaboração do Sector de Informática de Coimbra (Engº Agostinho), na criação de suporte informático para a sua digitação, organização e tratamento estatístico. De uma maneira geral, as circulares de aviso chegam aos utentes 2 a 3 dias após a sua expedição, contém informações úteis que são seguidas pela maioria dos inquiridos. Ao todo, a Estação de Avisos da Bairrada teve um total de 937 utentes inscritos no ano de 2011, sendo o número de utentes pagantes de 865. Em 2011, receberam as circulares de Avisos Agrícola, por correio electrónico, 337 utentes e, entre estes, 158 utentes dispensaram recebê-las por correio, via CTT. Verificou-se uma duplicação do número de utentes que preferem a recepção apenas por correio electrónico, o que significou uma redução de custos de envio das circulares, via CTT, superior a 16%. 36

37 EXPEDIÇÃO DE CIRCULARES DE AVISOS A expedição de uma Circular de Avisos compreende tarefas que vão desde a preparação dos envelopes para envio por via postal, à elaboração, duplicação, dobragem e envelopagem da Circular, a sua colocação na Estação de Correios local, o seu envio via correio electrónico para os utentes com endereço electrónico e serviços oficiais e colocação no website do SNAA. Em situações pontuais quando é necessário um alerta urgente é emitido um SMS, que após elaborado é enviado para o Sector de Informática, em Coimbra, desta DRAP que procede ao seu envio aos utentes que usufruem deste serviço. No presente ano foram emitidas 14 Circulares de Aviso e 5 SMS, num total de, aproximadamente, circulares enviadas por correio postal (via CTT) e 4500 por correio electrónico (via ). 37

38 ARTIGOS E RELATÓRIOS TÉCNICOS E DIVULGAÇÃO - PROSPECÇÃO DO FITOPLASMA DA FLAVESCÊNCIA DOURADA E DO INSECTO VECTOR SCAPHOIDEUS TITANUS BALL. E MEDIDAS DE ERRADICAÇÃO; - A PODRIDÃO NA VINHA NA REGIÃO DA BAIRRADA; - CONTRIBUTO PARA O CONHECIMENTO DO LEPIDÓPTERO EUZOPHERA PINGUIS HAWORTH NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA; - CONTRIBUTO PARA O CONHECIMENTO DO LEPIDÓPTERO PRAYS OLEAE BERNARD NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA; - BLACK-ROT UMA DOENÇA DA VIDEIRA ANABELA ANDRADE, SIMAGAZINE Nº1 Agosto O texto integral destes artigos e relatórios técnicos pode ser consultado no Anexo IV. 38

39 PARTICIPAÇÃO EM ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO A equipa técnica da Estação de Avisos da Bairrada promoveu ou colaborou na organização das seguintes acções de divulgação: Data Designação da Acção Local 17 e 18 de Março Encontrus de Cultura Vinha 2011, promovido pela Syngenta: - Podridão cinzenta comparação de diferentes estratégias; - Black-Rot Algumas considerações. Palace Hotel da Cúria 18 de Março Dia do Agricultor das Caves Primavera - Black-Rot Uma doença da videira Auditório do Museu do Vinho 23 de Março (2 acções) 5 de Maio (2 acções) Concurso As melhores vinhas da Bairrada : - Gestão da nutrição e fertilização da vinha. Concurso As melhores vinhas da Bairrada : - Utilização racional dos fungicidas na vinha; - Utilização racional dos insecticidas na vinha; - A doença da Flavescência Dourada e o insecto vector Scaphoideus titanus Ball.. - Black-Rot Algumas considerações. Anadia (EVB) e Cantanhede (Adega Coop.) Anadia (EVB) e Cantanhede (Adega Coop.) 13 de Junho Encontrus de Cultura Vinha 2011, promovido pela Syngenta: - Traça da uva Algumas considerações. 15 de Junho Acção de divulgação, promovida pela DPQP/EAB: - Luta contra a doença Flavescência dourada e seu vector Scaphoideus titanus. 30 de Junho Dia Aberto da Estação Agrária de Viseu, no âmbito das comemorações 75 anos da EAViseu: - Painel sobre o olival; - Painel sobre as variedades tradicionais de macieiras. 30 de Julho Dia do Agricultor, na EXPO-FACIC: - Mosca do mediterrâneo Bioecologia e meios de luta. Hotel Palácio do Freixo- Porto Auditório da Estação Vitivinícola da Bairrada - Anadia Estação Agrária de Viseu EXPO-FACIC Cantanhede 39

40 FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO Os técnicos da Estação de Avisos da Bairrada estiveram presentes nas seguintes acções de divulgação: Data Designação da Acção de Divulgação Promotor / Local 17 e 18 de Março - Syngenta- Encontrus de Cultura Vinha 2011 Palace Hotel da Curia 13 de Junho Workshop - Traça da uva - Syngenta- Encontrus de Cultura Vinha 2011 Hotel Palácio do Freixo- Porto 14 de Julho - Black- Rot Estratégia Syngenta Dia Aberto Estação Vitivinícola da Bairrada 12 de Novembro Entrega dos prémios do Concurso As Melhores Vinhas da Bairrada 2011 Auditório da Estação Vitivinícola da 30 de Novembro Jornadas Técnicas da Estação Agrária de Viseu - Comemorações 75 anos da EAViseu Bairrada Instituto Politécnico de Viseu 40

41 FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE FORMAÇÃO Os técnicos da Estação de Avisos da Bairrada frequentaram as seguintes acções: Data Designação da Acção Promotor - Local 8 de Outubro INFINET DRAPC - Viseu 6 de Dezembro Erwinia armylovora Situação, medidas e legislação DGADR/DRAPC - Aveiro 41

42 APOIO TÉCNICO A AGRICULTORES Durante o ano de 2011, e à semelhança de anos anteriores, a Estação de Avisos da Bairrada recebe um elevado número de solicitações de apoio técnico nas mais variadas culturas, embora seja nas culturas da vinha, olival, macieiras e batata que recai o maior número. A resposta é dada em gabinete e/ou na parcela do agricultor, quando necessário. Sempre que persista dúvida quanto à causa que deu origem à solicitação do agricultor é contactado e/ou procede-se ao encaminhamento do agricultor para o serviço da DRAPC ou outro mais conveniente (DGADR, por ex.) O maior número de solicitações vem por telefone, o que dificulta a sua contabilização agravada por surgirem durante a fase de desenvolvimento activo das culturas, época de pico de actividade deste Serviço, pelo que qualquer número será uma mera aproximação do valor real. 42

43 PARTICIPAÇÃO NO CONCURSO AS MELHORES VINHAS DA BAIRRADA 2011 A participação da Estação de Avisos da Bairrada no Concurso das Melhores Vinhas da Bairrada teve a vertente da divulgação e a de avaliação estado fitossanitário das vinhas concorrentes. A divulgação consistiu na participação em 2 acções de divulgação, que decorreram em 23 de Março e 5 de Maio em Anadia (Auditório da Estação Vitivinícola da Bairrada) e em Cantanhede (Adega Cooperativa de Cantanhede). A acção de divulgação do dia 23 de Março foi subordinada ao tema Nutrição e Gestão do solo, a de 5 de Maio dedicada à protecção Fitossanitária da vinha, abordando-se o uso racional de fungicidas e insecticidas e a situação da podridão negra e da flavescência dourada e seu vector, o cicadelídeo Scaphoideus titanus Ball. A avaliação do estado fitossanitário das vinhas concorrentes, decorreu durante a 2ª e 3ª visita e tiveram lugar nos dias 11 e 12 de Julho e 6 e 7 de Setembro. Na avaliação à 2ª visita é analisada a intensidade de ataque de míldio, oídio, escoriose, podridão cinzenta, traça da uva e cochonilhas e atribuída a respectiva pontuação em função do estabelecido no regulamento do concurso para cada um dos inimigos, tendo em consideração a sua importância na época de avaliação, assim como a possibilidade de o viticultor poder intervir e se é resultado de práticas culturais e/ou fitossanitárias inadequadas/inoportunas. 43

44 Data Nº Casta Míldio Oídio Podridão cinzenta CONCURSO AS MELHORES VINHAS DA BAIRRADA Edição de 2011 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FITOSSANITÁRIA 2ª Visita Escoriose Traça da uva Cochonilhas Observações e Notas gerais Touriga N Embora se tenham observado sintomas de míldio, oídio e escoriose, não foram sujeitos a notação por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. A COCHONILHA deve ser alvo de cuidada análise à 3ª visita. 2 Merlot O míldio notado foi resultado de ataque por altura do bago de ervilha, mas encontra-se sob controle. Foram observadas muitas formigas na vinha, sem se detectar a causa, pelo que a COCHONILHA deve ser alvo de cuidada observação na próxima visita. 3 Baga Embora se tenham observado sintomas de míldio (1----) não foi sujeito a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. Observados sintomas de Black-rot (1--). 4 Sauvignon Blanc Embora se tenham observado sintomas de míldio (1--) não foi sujeito a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. Observados sintomas de Black-rot (1). 5 Touriga N Ataque intenso de caracóis. Vinha com fraca expressão vegetativa e produção, que por intervenções extemporâneas, por limitações decorrentes das medidas Agro-ambientais (não mobilização da linha) ou por inoportunidade de intervenção lhe conferem um aspecto debilitado/adoentado 6 Baga Observou-se a presença de cochonilha algodão e ninfas, não sujeito a notação pela sua fraca expressão. A COCHONILHA deve ser alvo de cuidada análise à 3ª visita. 44

45 Data Nº Casta Míldio Oídio Podridão cinzenta Escoriose Traça da uva Cochonilhas Observações e Notas gerais 7 Touriga N Embora se tenham observado sintomas de míldio (1--) não foi sujeito a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. Deve ter iniciado precocemente a aplicação de cobre dado a lenhificação das varas. 8 Baga Embora se tenham observado sintomas de oídio (1--) não foi sujeito a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. O míldio observado principalmente a nível das folhas, o que confere à vinha uma tonalidade envelhecida. Embora sem esporulação, crê-se resultado de uma estratégia de protecção mais curativa do que preventiva face a esta doença. A notação atribuída foi tendo em conta o ataque na folhagem, uma vez que no cacho é reduzida, o que deve ser considerado na próxima visita Baga Embora se tenham observado sintomas de oídio (1--) não foi sujeito a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. O míldio observado teve lugar na fase, imediatamente, pós-floração (folha e cacho). O ataque de traça da uva é superior ao NEA (10% cachos atacados), tendo em conta que o 2º voo se encontra praticamente finalizado, não se reveste de elevada importância. 10 Touriga N Embora se tenham observado sintomas de míldio (1--) não foi sujeito a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. Foram observadas muitas formigas na vinha, sem se detectar a causa, pelo que a COCHONILHA deve ser alvo de cuidada observação na próxima visita. 45

46 Data Nº Casta Míldio Oídio Podridão cinzenta Escoriose Traça da uva Cochonilhas Observações e Notas gerais 11 TN / Baga Embora se tenham observado sintomas de míldio e de traça da uva (1--) não foram sujeitos a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. No que se refere às cochonilhas observam-se videiras já muito atacadas (ninfas em várias fases de desenvolvimento e MELADA) e uma distribuição significativa de videiras atacadas ao longo da parcela, com sintomas ligeiros. A COCHONILHA deve ser alvo de cuidada análise à 3ª visita. 12 Baga Embora se tenham observado sintomas de míldio e de podridão cinzenta (1--) não foram sujeitos a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. O oídio foi observado na 1ª parte da parcela, enquanto que observada a podridão cinzenta se encontrou na 2ª parte. 13 Touriga N Embora se tenham observado sintomas de míldio e de traça da uva (1--) não foram sujeitos a notação, por não se considerar resultado de má prática fitossanitária. Foram observadas muitas formigas na vinha, sem se detectar a causa, pelo que a COCHONILHA deve ser alvo de cuidada observação na próxima visita. Na avaliação à colheita, 3ª visita, são avaliadas a intensidade de ataque de míldio, oídio, podridão cinzenta e cochonilhas e atribuída a respectiva pontuação, tendo-se em consideração se a intensidade de ataque é resultado de condições naturais adversas e independentes da acção do viticultor ou se houve imprevidência. 46

47 Data Nº Casta Míldio Oídio Podridão cinzenta CONCURSO AS MELHORES VINHAS DA BAIRRADA Edição de 2011 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FITOSSANITÁRIA 3ª Visita Escoriose Traça da uva Cochonilhas Observações e Notas gerais Touriga N Embora se tenham observado alguns sintomas de cochonilha não foi pontuado, uma vez que não se considerou com expressão. 2 Merlot Foram observados sintomas de cochonilha algodão mas sem relevância de pontuação. Observado número significativo de videiras com sintomas do virus do enrolamento (folhas revolutas e avermelhadas, entrenós de tamanho irregular alternados) 3 Baga Observados caracóis. 4 Sauvignon Blanc A pontuação atribuída prende-se com o estado avançado de maturação, assim como á existência de bagos mortos no interior dos cachos, frequentemente resultado de black-rot anterior. Afigura-se que a precipitação ocorrida de 1 a 3 de Setembro influenciou o desenvolvimento da podridão cinzenta. Observados novos sintomas de Black-rot, bagos com esporulação. 5 Touriga N Foram observados sintomas de traça e de podridão cinzenta, mas sem expressão. Os cachos apresentamse soltos, abertos e com pelicula resistente. 6 Baga Observou-se a presença de cochonilha algodão, não sujeito a notação pela sua fraca expressão. A podridão cinzenta observada tem como principal origem a compacidade do cacho e seu posicionamento/distribuição na cepa. Só uma pequena parte se deve à presença de traça da uva, não contabilizada pela sua fraca expressão. 47

48 Data Nº Casta Míldio Oídio Podridão cinzenta Escoriose Traça da uva Cochonilhas Observações e Notas gerais 7 Touriga N Observados sintomas de podridão acética. Focos de podridão cinzenta e acética que se afiguram consequência de deficiente / inexistente intervenção cultural Baga Predominam focos constituídos por 1 a 5 bagos, embora se tenham observado alguns cachos com 40% de área atacada. 9 Baga O ataque de traça da uva é amplamente superior ao NEA, observando-se lagartas L2 a L5, na sua maioria responsáveis pelos focos de podridão cinzenta observados. Embora predominassem os focos de podridão cinzenta constituídos por 3 a 10 bagos, verificou-se a existência de cachos com 2 a 4 focos de podridão. 10 Touriga N Não foram sintomas de cochonilhas. A podridão cinzenta não é resultado de ataques de traça, observando-se cachos com mais de 40% de área atacada. 11 TN / Baga Embora se tenham observado sintomas e ninfas de cochonilha algodão, são resultado de ataque anterior, dando a parecer que houve uma tentativa de combate na sequência da visita efectuada a 12/07/ Baga/TN Os focos de podridão cinzenta localizam-se preferencialmente na casta Baga, assim como a presença de traça da uva. Cachos de Baga grandes, com várias camadas de bagos sobrepostas, bastante compactos. 13 Touriga N Foram observados alguns sintomas de podridão cinzenta predominando focos constituídos por 1 a 3 bagos, não considerados dada a sua fraca expressão. 48

49 ANEXO I Pomar Postos de Observação Biológica 49

50 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NO POMAR LOCAL: Soure intensidade de ataque Data est. fen. pedrado AV afídeos cancro capt blancardella scitella cochonilha de S. José bichado mosca do mediterrâneo int. de ataque Obs. capt int. de ataque Obs. capt int. de ataque Obs. capt int. de ataque Obs. capt 22-Mar * 0 2 C C C C * Macieiras - escarchamento a botão rosa e Pereiras - escarchamento a plena floração. 29-Mar Per-F2/H & Mac-E,E tripes Abr Per-H+ & Mac-FaG c.cintas0 Cecidómia pereiras-3 e Stenfiliose-1-14-Abr Per - H a I; Mac-F2 a pv e 1+ pc nas cint 2 Cecidómia pereiras-3 e Stenfiliose-1 20-Abr Per - I; Mac-H a I pv e 1+ pc ? Abr Per - I a J; Mac - I a J0 0 tratado ? 1 0 Cecidómia-tratada 06-Mai J 1- (folha) cintas= Mai J 3 folhas e 2 fo M 4 M 5 M 0 0 M Cecidómia a ressurgir 24-Mai J 3 14% frutos 0 0 pulgão lanígero=1 30-Mai J 3 desceu 1-- pv Jun J 3 20%fo Jun FRUTOS EM DESENV 1+ fruto >60%fo1-- pv Jun J (1fo 1-12 M 2 M 0 M 3 M C garrafa+delta 01-Jul J pv Jul FRUTOS MATURAÇÃO 2 80%FO Jul FRUTOS MATURAÇÃ1 90%FO Jul 17 M 0 M 0 M 12 M 1+2 tinha sido tratado há menos de 1 hora 03-Ago FRUTOS MATURAÇÃ1+ folhas 10%Fo Ago FRUTOS MATURAÇÃ1+ folhas 40% Fo Ago FRUTOS MATURAÇÃ2 folhas 40% Fo Ago FRUTOS MATURAÇÃ2 folhas 40% fo %, frutos caídos 30-Ago FRUTOS MATURAÇÃ3 esporulachuva frutos pic. Na árvore 07-Set FRUTOS MATURAÇÃ2 novo 10% Fo Muita fruta na chão 16-Set FRUTOS MATURAÇÃ2 novo 13% fo frutos picadom 21-Set FRUTOS MATURAÇÃ2 novo 5% fo Out colheita final 2 novo > ** **- a agua estava quase seca e muitas moscas domesticas e varejeiras, impossível contagem, muitas med. Desfeitas. Era uma "papa húmida) 12-Out em colheita na placa todas vivas moscas vivas na delta e em frutos, há 28-Out algumas variedades nas árvores > ainda muita fruta no chão e em árvores. o tapete de cola não colava, pelo que 10-Nov fruta arvore e chão VIVAS muitas voaram ao tocar na espia. int. de ataque Obs. Obs. 50

51 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NO POMAR LOCAL: Ventosa do Bairro 2011 intensidade de ataque Data est. fen. pedrado AV afídeos cancro capt blancardella scitella cochonilha de S. José bichado int. de ataque Obs. capt int. de ataque Obs. capt int. de ataque Obs. capt int. de ataque Obs. capt mosca do mediterrâneo int. de ataque Obs. Obs. 21-Mar * 0 2 C C C C * Macieiras - inicio floração e Pereiras - floração a plena floração. 28-Mar D, E, E2** 1* *verde e cinzento 04-Abr E2, F, F2 folha? ? 4 1 verde, preto e sobretudo cinzento cecidómia e stenfiliose - 2, predomina 11-Abr F2 a I (pereira NÃO LOCALIZADA 4 8 afídeo cinzento. 26-Abr I a J-(pereir0 0 tratado cintas=1 8 Muitas joaninhas 06-Mai J 1- (folha) 0 tratado cintas= frutos 2 16-Mai frutos em d1-- 0 tratado M 2 M frut M 2 0 M 0 nova cecidómia - csjosé ainda vivas 23-Mai frutos em d1-0 1 (verde) frutos cochonilha algodão 30-Mai J 1-- 5%fo f.a. 09-Jun J folha 1 pv f.a 1 bichado na armadilha da cochonilha 16-Jun frutos em d0 5% 1- pv Jun 1-- novo 16% 0 27 M 2 M M M C garrafa 29-Jun J % 1- pv recentes L1EL2 0 C delta 06-Jul % M 22 M MOSCA NA GARRAFA E 0 NA DELTA 15-Jul % Jul pv * * fruta no chão, já há fruta picada (1---) 26-Jul pv 56 M 0 M 0 M 0 M Ago (1 árvore) a) garrafa+delta 17-Ago PV (algumas maci FA FA 25-Ago frutos matu Ago peras colhid garrafa+delta 9-Set 1 (novo) (frutos na árvore) garrafa+delta 21-Set fruta colhid Out > ** ** agua tinha secado, era uma "pasta" de mosca domésticas, varejeiras e meds. Impossível contar. 12-Out Out moscas vivas na delta e na garrafa. 10-Nov

52 ANEXO II Olival Postos de Observação Biológica 52

53 LOCAL: Cerdeiras EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NO OLIVAL 2011 estado fenológico intensidade de ataque traça da oliveira mosca da azeitona Euzophera intensidade de ataque Data var. precoce s olho de pavão cercosp oriose gafa traça intensid ade de ataque Obs. mosca da azeitona intensid ade de ataque Obs. euzophera intensidade de ataque Obs. algodão cochonilha negra Caruncho marg Observações 14-Mar A/B C C 22-Mar em post. 1+ (lag L2/L3) 27-Mar C 2 velho Abr C Abr D2 3 velho Abr D2+ 3 velho a) 28-Abr E 3 velho Mai F1 2 velho M 5 M 1 b) b) c/ ovos 16-Mai F em posturas 25-Mai G+/H b) b) s/ larvas 31-Mai I 0 novo b) c) b) inicío eclosão 08-Jun I 0 novo b) b)c/ larvas 20-Jun I M 13 M 0 1+ b) b) melada nas folhas 29-Jun I1 (end.ca C C cromo+delta 08-Jul I <1% Jul I >10% Jul I1 1-- (novo) 0 M >10% 14 M 1 Ronha - árvore junto ao caminho e poste cimento 08-Ago I c/ 1larva viva Ronha - árvore junto ao caminho e poste cimento 23-Ago % fvivas Ronha nas extremidades - provável 1 causa - o granizo 30-Ago % fv "ninhos vazios" 07-Set Fpicado %FP sem FV Set %FPP Set M ** 12 M Out I %FP Out I (d) %FP? Nov ** - sem lupa, mas foram observadas picadas recentes. Cerca de 90% frutos picados. Muitos frutos caídos pelo vento 53

54 LOCAL: Rabaçal EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NO OLIVAL 2011 estado fenológico intensidade de ataque traça da oliveira mosca da azeitona Euzophera intensidade de ataque Data var. precoce s olho de pavão cercosp oriose gafa traça intensidade de ataque Obs. mosca da intensidade azeitona de ataque Obs. euzophera intensidade de ataque Obs. algodão cochonilh a negra Caruncho mar Onservações Precoce Tardia 14-Mar B A/B C C 22-Mar em posturas 0 MUITO DESFOLIADA 27-Mar B 3 velho Abr C Abr E- D2 2+ velho Abr E- D2 2+ velho Mai E lenha retitada do olival Inacessível Chuva e gradagem 16-Mai F M 21 M Mai G+ G 2+ velho c/ ovos; s/ larvas 31-Mai I H+ 2+velho c/ ovos; s/ larvas 08-Jun I I 1-- novo c/ larvas 24-Jun I1 I M C delta+c110 M Jun I1 I cromo=8;delta=0 08-Jul <<1% Jul nlocaliz1% Jul M % 1 M Ago 0 (novo) a) 97 cromo=48;delta=14 16-Ago Ago % fv Ago % fv ** todas comidas Set % FP Redondil Set 1 (novo) % FP Redondil 37 (35 comidas,só 2 inteiras) **- observações na Redondil, incomparavelmente mais atacada do que qualqer outra varieddae (estão murchas e posturas insignificantes e esem evolução) Frutos picados (não há registo formas vivas). Tuberculose intensa numa árvore (na linha das armadilhas duas após a traça) Frutos picados, com identificação de uma lagarta. Tuberculose intensa numa árvore (na linha das armadilhas duas após a traça) 29-Set M ** ** - sem lupa, redondil 100% picadas, com >3 pic por fruto, restabntes murchas, quase sem picadas. 13-Out J- I *(a) %Redondil*0Cobran52 (a) Redondil (a) Redondil;(b)mutias azeitonas no 31-Out J(frutos mj *(a) 49 (b) % fv (c) 3 chão;(c) ambas caídas pelo vento 54

55 LOCAL: Quinta de Famalicão EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NO OLIVAL 2011 estado fenológico intensidade de ataque traça da oliveira mosca da azeitona Euzophera ntensidade de ataqu Data olho de pavão cercosp oriose gafa traça intensid ade de ataque Obs. mosca da azeitona intensid ade de ataque Obs. euzophe ra intensid ade de ataque Obs. algodão cochonil ha negra Caruncho marg Observações 22-Mar C C em posturas 0 fumagina 3 29-Mar C fumagina 3 e tripes Abr D fumagina 3 14-Abr E Fumagina 3 - primeiros sintomas nos 0 jovens crescimentos 20-Abr E+/F Abr F Cochonilhas c/ovos 06-Mai FII Cochonilhas em posturas 17-Mai I M 42 M 1 3 a eclodir 24-Mai I 1 novo em plena eclosão 0 30-Mai I/I1 1- novo % em plena eclosão 08-Jun I em plena eclosão 17-Jun I REBENTOS ROÍDOS 24-Jun I M 3 frutos p C 10 M 2 3 C delta 01-Jul (???) 4 1 C cromo em posturasrebentos roídos= Jul <1% Jul % Jul M 8+des 28 M Ago cromo=27;delta=8 09-Ago?? Ago?? Ago ** ** ** Set ** ** ** Set "A PINTAR" ** ** ** Set "A PINTAR" ** ** ** 46 M M Out 417 SIM 12-Out frutos a Out % fv Nov **- A fumgina é tanta que não se consegue observar doenças nem pragas. Estava a chover, não foi feita colheita de frutos. **- A fumgina é tanta que não se consegue observar doenças nem pragas. DIA DE CAÇA- TIROS POR TODOS OS LADOS 55

56 LOCAL: Outil EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NO OLIVAL 2011 estado fenológico intensidade de ataque traça da oliveira mosca da azeitona Euzophera intensidade de ataque Data var. precoc es olho de pavão cercosp oriose gafa traça intensidade de ataque Obs. mosca da azeitona intensidade de ataque Obs. euzophe ra intensidade de ataque Obs. algodão cochonilha negra Caruncho marg Observações 07-Abr D1 a D2 2 (velho) C C fumagina 3 14-Abr D+ a E nos crescim 0 fumagina 1 e tripes 1 21-Abr E a F 1 (velho) fumagina 1 e tripes 1 29-Abr F a F1 1 (velho) fumagina 1 09-Mai FII 1 (velho) Mai I 1+ novo 108 M 22 M a eclodir 26-Mai I 1 novo a eclodir 0 31-Mai I % a eclodir 07-Jun I % 45 2 a eclodir 1- a escavar galerias 16-Jun I a eclodir 22-Jun caroço duro 1 1 M C 17 M 2 A ECLODIR E MELADA 29-Jun caroço duro A ECLODIR E MELADA 06-Jul A ECLODIR E MELADA 1 15-Jul Jul sem fumagina 0 01-Ago I1 1+ (antigo) 1 M % 36 M (arbequina?) 12-Ago I e 2+ (só na entrada) 1-19-Ago I (Redo e 2+ (só na entrada) 1-26-Ago (Redo % FV e 2+ (só na entrada) 1-09-Set 0 1 (F.picad % F.picados Redondil (alastrar por todo o olival) Set "a pintar" % de frutos com formas v a evoluir 0 ** variedades Redondil e Cobrançosa, na Arbequina não há frutos picados. 21-Set " a pinatr" M M 0 2 a evoluir 1 (adultos nas galerias) 06-Out 12-Out frut Out Out % fv Nov colhido NAÕ SE CONSEGUE ENTRAR NO OLIVAL, TUDO FECHADO COM ARAMES FORTES. não houve evolução na maturação dos frutos, parece ter ocorrido uma "paragem" 56

57 ANEXO III Vinha Postos de Observação Biológica 57

58 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA LOCAL: Aguieira estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde Scaphoideus titanus intensidade de ataque Data castas brancas castas tintas black-rot escoriose míldio oídio podridão capturas intensidade de ataque Obs. capturas intensidade de ataque Obs. placa 1 placa 2 cochonilha algodão cochonilha preta Observações 21-Mar C C- C 28-Mar F- D 4 C Escoriose Abr G- F 18 8 Escoriose Abr G- F folhas brilhantes 18-Abr G+ G a mancha esporolada podridaão na folha nível 2 e na inflorescência 1-28-Abr H+ (b) H (a) Mai J++ I M DESTRUÍDA C Podridão folha e cacho 26-Mai L- K Jun L Jun L Jun M L M 57 0 M 0 COLOCAÇÃO Jul M L Jul M L (subst) Jul M M MONDA DE CACHOS NAS CASTAS BRANCAS E TINTAS, RETIRANDO OS DOENTES (pc) 04-Ago M M folhas Ago M M M ST-Planta suspeita 24-Ago vindimada M (sbs) 2 09-Set vindimada M 0 1 (mosaico Set colhida colhidas subs 0 subs Out colheita de folhas elevada percentagem de queda de folhas da extremidade 07-Nov RECOLHA DE ARMADILHAS 58

59 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA LOCAL: Amoreira da Gândara estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde Scaphoideus titanus intensidade de ataque Data castas brancas castas tintas black-rot escoriose míldio oídio podridão capturas intensidade de ataque Obs. capturas intensidade de ataque Obs. placa 1 placa 2 cochonilha algodão cochonilha preta Observações 21-Mar C+ C 28-Mar E- 40 C 04-Abr F Abr G (seco) erinose Abr H- G erinose 2+ (a) :b na folha e inflorescencia =1- e Abr H H (a) Mai I+ I M 7 M 26-Mai k K Jun L Jun L Jun M L M 93 M 0 COLOCAÇÃO 06-Jul M L Jul M L M 0 0 (subst) 22-Jul M M Jul M M % ov M 6 0 M 0 0(subst) 04-Ago M M folhas % ov Ago M M % CA Ago M M % ca Set colhida em colheita Set colhida colhida subs 0 subs 17-Out mosca da fruta = 11 59

60 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA LOCAL: Anadia estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde Scaphoideus titanus intensidade de ataque Data castas brancas castas tintas black-rot escoriose míldio oídio podridão capturas intensidade de ataque Obs. capturas intensidade de ataque Obs. placa 1 placa 2 cochonilha algodão cochonilha preta Observações 21-Mar D C C 29-Mar F D, E, F- 0 C 04-Abr F+ E DESTRUÍDA VENTO 11-Abr G a H Abr H- H Abr H a H+ H c 09-Mai I/J I Mai J++ J Mai K Pb destruída 03-Jun K K Jun K+ K Jun L Jun L L M 7 M NÃO COLOCADA PQ EM TRATAMENTO 28-Jun M L COLOCADA NO CHARDONNAY 8ª LINHA 08-Jan M L Jul M L Jul M M subs 0 0 (subs) 27-Jul M M / Ago M M M 8 0 desapareceu 25-Ago em colheitam (chard) subs 0 (subs) 0 (subs) 2+ (chard) Muitas juvenis e ovisacos. 05-Set colheita em colheita Set em colheita Set colhido Set colhido subs Out (subs) 0 (subs) 20-Out Nov RECOLHA DE ARMADILHAS 60

61 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA LOCAL: Cerdeiras Data estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde Scaphoideus titanus castas castas intensidade intensidade de black-rot escoriose míldio oídio podridão capturas Obs. capturas Obs. placa 1 placa 2 brancas tintas de ataque ataque intensidade de ataque cochonilha cochonilha preta algodão Observações 14-Mar B/C C 22-Mar D C Mar E D C Abr G F DESAPARECEU C Abr H- G Abr H G Abr H H Mai I H/I M 0 M 16-Mai J+(Pb) J Mai K J+(Pb) 1 na folha Destruição por granizo em 28- Mai 31-Mai K+ K Destruição por granizo em 28-Mai Jun L- L- Destruição por granizo em 28-Mai Jun L L M 13 0 M 29-Jun L+ L- 1- (tratado) C 08-Jul M L >40% CA 11 0 NÃO LOCALIZADA, COLOCADA NOVA JUNTO AO POSTE/ESCADAS >70%CA 19-Jul M M L2AL Jul M M (folhas) %CA M (1ninfa N5) M Ago M M 1-- folhas n %CA 67 8% 1 ninfa Ago M M e pa ca (ceratitis) 30-Ago M M ca (ceratitis) 07-Set M M % ca L2 el ninfas em 20 folhas c/ sintomas Set M M %CA 33 N2 e N5 0 0 Vinha em muito mau estado fitossanitário 95 ca (só ninhos) 5 0 subs 0 subs pcinzenta e pacética - 29-Set M M Out Colhida Colhida Out Nov 0 0 1?? 0 61

62 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA LOCAL: Cordinhã estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde Scaphoideus titanus intensidade de ataque Data castas brancas castas tintas black-rot escoriose míldio oídio podridão capturas intensidade de ataque Obs. capturas intensidade de ataque Obs. placa 1 placa 2 cochonilha algodão cochonilh a preta Observações 21-Mar D C C 28-Mar F D 79 C 04-Abr F a G- E a F B rot f?? 11-Abr G- F (seco) 67 DESTRUÍDA E NÃO SUBST. 18-Abr H- G N TINHA PLACA C 26-Abr H+ H a H (a) 17 (a) 3 ninhos em 200 cachos 09-Mai I I % M 11 M 18-Mai K Pb % Mai l- k % Mai K L % ovos v 5 M 07-Jun l- L %CA Jun l- L Jun L L M destruída C C (Junto à nogueira) 29-Jun M L CA Jul M L CA destruída C 0 (subst) 15-Jul M L Jul M M destruída C 0 0 (subst) 01-Ago M M M 0 M 0 0 (subst) 12-Ago M M % CA Ago M M % CA Ago M M %CA ninhos s/lagartas Set M M %CA ninhos s/lagartas Set M M % ca. Só o.inviáveis Set colheita colheita Out (subst) 0(subst) 17-Out mosca da fruta=4 28-Out 0 0 recolhida recolhida recolhida 62

63 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA LOCAL: Gatanha estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde Scaphoideus titanus intensidade de ataque Data castas brancas castas tintas black-rot escoriose míldio oídio podridão capturas intensidade de ataque Obs. capturas intensidade de ataque Obs. placa 1 placa 2 cochonilha algodão cochonilha preta Observações 21-Mar C C C 29-Mar D, E, F* 1 C * Pinot, o mais homogeneo e regular 04-Abr F+ E Abr G a H- G 2 12 C 18-Abr H- G a H Abr H H a H Mai I I Mai J J M 4 M 18-Mai K- K Mai K K Mai L Jun l Jun L Jun L L M 13 M C junto à entrada - lado direito 28-Jun M L Jul M L Jul M L Jul M M (SUBS) 27-Jul M M Ago M M Ago m M Ago M M (subs) 06-Set colhido em colheita Set em colheita Set colhido subs 0 subs 08-Out Out Nov RECOLHA DE ARMADILHAS 63

64 EVOLUÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS NA VINHA LOCAL: Pedralvites estado fenológico intensidade de ataque traça da uva cigarrinha verde Scaphoideus titanus intensidade de ataque Data castas brancas castas tintas black-rot escoriose míldio oídio podridão capturas intensidade de ataque Obs. capturas intensidade de ataque Obs. placa 1 placa 2 cochonilha algodão cochonilha preta Observações 21-Mar D B+ C 28-Mar F- B a E 17 C 04-Abr F a G- E Abr G E A F (seco) 41 DESTRUÍDA C erinose Abr H- F a G DESTRUÍDA C erinose (a) :b na folha e inflorescencia =1- e Abr H H- a H (a) Mai I/J I/I M 5 M 24-Mai L- K-/K (viva) 5 ninhos 4 31-Mai L- K-/K % O.V Jun L % C.A Jun L % C.A Jun M L CA M 33 M 0 COLOCAÇÃO 07-Jul M L CA Jul M L M 0 0 (subst) 22-Jul M M Jul M M % ov M 7 0 M 0 0 (subst) 05-Ago M M % CA L Ago M M % CA Ago M M camarat51 8 ca Set colhida em colheita a ca Set subs 0 coloc 17-Out mosca da fruta=2 64

65 ANEXO IV Artigos e Relatórios de trabalhos de experimentação e investigação 65

66 Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro DSAP DPQP Scaphoideus titanus Ball./ Flavescência Dourada na DRAP Centro - Bairrada Trabalho realizado por: Anabela Andrade, Isabel Magalhães, Madalena Neves, Dolores Dias Dezembro de

67 INTRODUÇÃO Scaphoideus titanus Ball./ Flavescência Dourada na DRAP Centro A Flavescência Dourada (FD), é uma doença, exclusiva da videira, provocada pelo fitoplasma Grapevine flavescence dorée MLO, o qual é transmitido de forma epidémica na vinha pelo cicadelídeo Scaphoideus titanus Ball. (ST) durante o seu processo de alimentação. O fitoplasma causal da Flavescência Dourada é um organismo nocivo de quarentena listado na Directiva n.º 2000/29/CE, do Conselho de 8 de Maio (1), directiva que está transposta para a lei nacional pelo DL 154/2005 (recentemente republicado através do DL 243/2009 de 17 de Setembro), e suas actualizações, com destaque para a portaria nº 976 de 1 de Setembro de 2008 (Anexo I), a qual define as directrizes de protecção fitossanitária, adicionais e de emergência, destinadas à erradicação no território nacional do fitoplasma de quarentena responsável pela Flavescência Dourada (FD), e também à contenção da dispersão do seu insecto vector, o S. titanus Ball.. O insecto vector (2), e o fitoplasma da Flavescência Dourada (3), identificados na Região Centro, pela primeira vez, em 2008 e 2009, respectivamente, conduziram a DRAP Centro, a dar continuidade e a intensificar os seus trabalhos de prospecção, cujas principais actividades levadas a cabo em 2011 se dão a conhecer no presente documento. Demais, ao abrigo do nº 13 da Portaria 976/2008 de 1 de Setembro, a presença do insecto e/ou do fitoplasma da Flavescência Dourada têm sido dadas a conhecer através de Editais (2) (3) (4) emitidos pela DRAP Centro, afixados nas suas instalações, nas Câmaras Municipais envolvidas e respectivas Juntas de Freguesia. (1) Directiva que estabelece as medidas de protecção fitossanitária destinadas a evitar a introdução e dispersão de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais na Comunidade. (2) Despacho nº 11473/2009 emanado pela Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Diário da República, nº 91, 2ª série. (3) Despacho nº 8439/2010, publicado no Diário da República, 2ª série, nº97, de 19 de Maio de (4) Despacho nº 7325/2011, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 94, 16 de Maio de (5) Instituto Nacional dos Recursos Biológicos. 67

68 1. PROSPECÇÃO 1.1. METODOLOGIAS No acompanhamento da evolução das ninfas foi usada a técnica das pancadas, técnica recorrente em estudos de dinâmica populacional, traduzida na utilização de um funil e um pau, através de uma a duas pancadas secas nos sarmentos, e que permite a extracção das ninfas presentes na folhagem (Foto 1). De referir que a observação de ninfas, além de permitir um melhor conhecimento do insecto, permite um melhor posicionamento do primeiro tratamento, o qual deve ser próximo dos primeiros estados pré-alados, estado normalmente coincidente com oito dias antes do aparecimento dos primeiros adultos. Na prospecção do S. titanus Ball. foi seguido o documento do INRB (5), Prospecção de adultos do cicadelídeo S. titanus Ball. em vinhas Plano de amostragem, e assim foram usadas armadilhas cromotrópicas, isto é, armadilhas adesivas amarelas (Foto 2) que ao capturarem adultos facultam informação quantitativa sobre a sua presença. Tais armadilhas, à razão de duas por vinha, foram colocadas preferencialmente nos locais mais frescos da unidade vitícola e na zona mais densa da folhagem. Foram substituídas, sempre que possível, num espaço de 10 a 15 dias. Foram observadas à lupa binocular para validação das suspeitas macroscópicas. Foto 1: Funil usado na técnica das pancadas. Bairrada, Foto 2. Placa adesiva cromotrópica. Bairrada, Na prospecção do fitoplasma da Flavescência Dourada foi respeitado o Protocolo de colheita de amostras FD, disponibilizado pelo INRB, segundo o qual as amostras devem ser colhidas em vinhas onde existe o S. titanus e, preferencialmente, em plantas com sintomas suspeitos da doença REGIÃO DEMARCADA DA BAIRRADA A observação visual da folhagem e a utilização da técnica das pancadas teve início em meados de Maio, em duas vinhas distribuídas pelos concelhos de Mealhada e de Anadia, e prolongou-se com periodicidade semanal até finais de Junho. 68

69 Os trabalhos de prospecção do S. titatuns Ball., incidindo sobre 32 pontos, decorreram de 24 de Junho a 13 de Outubro de 2011 e abarcaram quatro concelhos, num total de 22 freguesias, conforme consta da Tabela 1. Da totalidade dos pontos sob prospecção, 6 respeitaram aos POB s da Estação de Avisos da Bairrada, distribuídos pelos concelhos de Águeda (1), Anadia (4), Cantanhede (1). Os restantes 26 pontos distribuíram-se pelos concelhos de Mealhada (8 pontos), Anadia (13 pontos) e Cantanhede (5). Tabela 1. Concelhos e freguesias alvo de trabalhos de prospecção ST. Bairrada, Concelho Freguesias alvo de prospecção ST Freguesias alvo de prospecção FD Anadia Mealhada Aguim; Amoreira da Gândara; Arcos; Paredes do Bairro; Sangalhos; S. Lourenço do Bairro; Tamengos; Vilarinho do Bairro; Mogofores; Ois do Bairro Antes; Barcouço; Casal Comba; Mealhada; Vacariça; Ventosa do Bairro Cantanhede Cordinhã; Murtede; Ourentã; Sepins; Bolho Aguim; Arcos; Tamengos; S. Lourenço do Bairro Antes; Mealhada; Casal Comba Águeda Aguieira - - Complementarmente aos trabalhos de prospecção do insecto vector, foram levadas a cabo colheitas de material vegetal para prospecção do fitoplasma responsável pela doença da Flavescência Dourada, num total de 21 amostras, as quais depois de devidamente referenciadas foram remetidas ao Laboratório do INRB. As colheitas de material, efectuadas em Setembro com base no Protocolo de colheita de amostras FD do INRB, visaram fundamentalmente freguesias vitícolas onde o insecto vector esteve presente pela primeira vez e/ou esteve presente com maior incidência em 2011 e, assim, tiveram lugar nos concelhos de Mealhada e de Anadia. Relativamente a 2010 foram colhidas menos 12 amostras (Gráfico 1), sem que, todavia, o número total de freguesias alvo de prospecção FD (sete) tivesse sido alterado. De referir que os resultados FD positivos obtidos em 2009 haviam confirmado laboratorialmente a doença da Flavescência Dourada na Bairrada e ditado que a freguesia da Mealhada (Gráficos 1 e 2) constasse do despacho 8439/2010 do Director Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 97, de 19 de Maio de Por sua vez, os resultados positivos de 2010, também patentes nos Gráficos 1 e 2, inscreveram as freguesias de Vacariça e de Ventosa do Bairro no despacho 7325/2011 do Director Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, publicado no Diário da República, 2.ª série N.º de Maio de Em 2011 não se registaram quaisquer resultados 69

70 positivos contabilizando-se, assim, e desde 2009 até ao presente, três freguesias com presença da doença da Flavescência Dourada, e confinadas ao concelho da Mealhada. Gráfico 1.Resultados da prospecção da Grapevine flavescence dorée MLO. Bairrada, Gráfico 2. Total de freguesias prospectadas (8)/ freguesias com Grapevine flavescence dorée MLO confirmada (3). 0- Ausência; 1-Presença; Bairrada,

71 RESULTADOS Os primeiros pré-alados (Foto 3) - ninfas do 5º instar - foram detectados, quer no concelho da Mealhada, quer de Anadia, na primeira semana de Junho. Foto 3: Pré-alado de Scaphoideus Titanus Ball obtido pela técnica das pancadas em inicio de Junho. Bairrada, As primeiras capturas de adultos do cicadelídeo S. titanus Ball. (Foto 4) na Região Demarcada da Bairrada foram registadas nos primeiros dias de Julho, na freguesia da Mealhada (concelho da Mealhada), e assim com uma antecipação de três e de duas semanas relativamente a 2009 e 2010, respectivamente. Já as últimas capturas foram verificadas durante a primeira semana de Outubro (Gráfico 3), cerca de três e 4 semanas depois das ocorridas em 2009 e 2010, respectivamente. Foto 4: Adulto de Scaphoideus Titanus Ball. Bairrada, Ainda da apreciação do Gráfico 3 sobressai que o maior número de capturas ocorreu entre 25 de Julho e 24 de Agosto. Mais, as freguesias de Antes e de Mealhada foram as que detiveram maior número de insectos capturados, com 37 e 16 capturas, respectivamente. A freguesia de S. Lourenço do Bairro, pertencente ao concelho da Anadia, registou pela primeira vez a presença do vector da Flavescência Dourada (Gráficos 3, 4 e 5). 71

72 Gráfico 3. Evolução das capturas de S. titanus Ball., Bairrada, Gráfico 4. Distribuição, por freguesia, das capturas totais de S. titanus Ball., Bairrada,

73 Gráfico 5. Total de capturas de S. titanus Ball., por freguesia. Bairrada, 2009/2011. Em 2011, resumindo, e tal como ocorrido em 2010, as capturas do cicadelídeo S. titanus Ball. não se fixaram ao concelho da Mealhada: foram, também, verificadas nas freguesias de Aguim, e de Tamengos, freguesias do concelho de Anadia. Curiosamente, em 2011, não houve registo de S. titanus Ball., nas freguesias de Ventosa do Bairro e de Casal Comba, duas das freguesias do concelho da Mealhada onde o insecto havia sido detectado em 2010 (Gráfico 5). Mas, tal como referido acima, ele foi detectado, pela primeira vez, na freguesia de S. Lourenço do Bairro pertencente ao concelho de Anadia. E, no total, desde o seu aparecimento em 2008, são já nove as freguesias da Bairrada com registo de Scaphoideus titanus Ball., distribuídas pelos concelhos da Mealhada e de Anadia (Gráfico 5). Aliás, parte significativa do concelho da Mealhada é um concelho de Scaphoideus titanus Ball., uma vez que, das oito freguesias do concelho, cinco freguesias têm já registo da presença do insecto: Mealhada, Antes, Ventosa do Bairro, Vacariça e Casal Comba. No concelho de Anadia, a presença geográfica do insecto tem vindo a alastrar sendo já quatro as freguesias com presença do insecto: Aguim, Tamengos, Arcos e S. Lourenço do Bairro (Figura 1). Ainda, e da apreciação do Gráfico 5, ressalta que 2011 foi, dos três anos de prospecção, aquele que evidenciou o menor número de insectos capturados, facto para o qual poderão ter contribuído as condições climáticas específicas de 2011 a par com a introdução, no ciclo anual de 2010, de medidas culturais e de tratamentos fitossanitários dirigidos contra o Scaphoideus titanus Ball.. 73

74 Figura 1. Evolução temporal da presença de Scaphoideus titanus Ball./freguesia. Concelhos de Anadia e de Mealhada. Bairrada Anadia Mealhada 2008; 2009; 2010;

75 MEDIDAS DECORRENTES Intervenção do Serviço Nacional de Avisos Agrícolas Estação de Avisos da Bairrada Tendo em vista contribuir para a contenção da dispersão do insecto vector da grave doença da videira, a Flavescência Dourada, a Estação de Avisos da Bairrada recomendou, em 2 de Fevereiro, e através da sua circular nº 2, a queima da madeira de poda com dois anos, visando assim a eliminação de ovos eventualmente existentes na mesma. Estas medidas foram dirigidas a todos os viticultores com vinhas nas freguesias onde o insecto foi detectado em 2010: Mealhada, Antes, Vacariça, Ventosa do Bairro, Casal Comba, Arcos, Tamengos e Aguim. Também, na mesma circular, foi alertada a importância da utilização de material de propagação vitícola de qualidade (garfos, portaenxertos e enxertos prontos) uma vez que a dispersão do insecto Scaphoideus titanus Ball. e da doença da Flavescência Dourada, a longas distâncias, se faz através de material de multiplicação vegetativa infectado. A observação periódica de ninfas permitiu o registo dos primeiros pré-alados, em princípios de Junho, nos concelhos de Anadia e da Mealhada, facto que conduziu a Estação de Avisos da Bairrada a recomendar o primeiro tratamento contra o Scaphoideus titanus Ball em 6 de Junho, através da sua circular nº 8 de O tratamento, com produto combatendo ovos e ninfas, revestiu carácter obrigatório para todas as vinhas das freguesias onde a doença estava confirmada (Mealhada, Vacariça e Ventosa do Bairro), bem como para todos os viveiros das freguesias com presença de Scaphoideus titanus Ball (Antes, Casal Comba, Mealhada, Vacariça, Ventosa do Bairro, Arcos, Aguim, Tamengos e S. João do Campo). Foram referidos os produtos comerciais, respectivas substâncias activas e alvos biológicos a combater. A captura de adultos em princípios de Julho levou a Estação de Avisos da Bairrada, em 5 de Julho de 2011, a recomendar o segundo tratamento contra a cigarrinha da Flavescência Dourada através da circular 10. À semelhança do primeiro tratamento, também este foi de cariz obrigatório para todas as vinhas das freguesias onde a doença estava confirmada (Mealhada, Vacariça e Ventosa do Bairro), bem como para todos os viveiros das freguesias com presença de Scaphoideus Titanus Ball (Antes, Casal Comba, Mealhada, Vacariça, Ventosa do Bairro, Arcos, Aguim, Tamengos e S. João do Campo). Nesta circular foi incluída uma nota correctiva à lista de substâncias activas para combate a Scaphoideus titanus 2011 que havia sido remetida com a circular nº 8. No sentido de alargar a informação ao máximo de intervenientes do sector vitícola regional daquelas freguesias, os avisos agrícolas foram remetidos a todos os presidentes de Junta de Freguesia dos concelhos de Anadia, Mealhada e Coimbra. 75

76 Notificações e arranques À medida que foram laboratorialmente validadas as suspeitas de insectos S. titanus Ball., todos os viticultores e/ou produtores de materiais vitícolas envolvidos directamente nos trabalhos de prospecção foram informados do facto, pessoalmente e/ou via electrónica, bem como da necessidade de efectuar tratamento. É de referir que, contrariamente ao ocorrido em anos anteriores, em 2011, todos os envolvidos referiram ter realizado os tratamentos sugeridos pela Estação de Avisos da Bairrada. Em 2011 foram arrancadas e destruídas 485 plantas na sequência de resultados positivos de Flavescência Dourada inerentes a amostras de Estes arranques distribuíram-se pelas freguesias de Mealhada (479 plantas), Vacariça (4 plantas) e Ventosa do Bairro (2 plantas), todas do concelho da Mealhada, e foram cumpridos depois de notificados os respectivos proprietários. De notar que em 2010 tinham sido arrancadas as primeiras plantas infectadas com o fitoplasma da Flavescência Dourada, num total de 4, todas na freguesia e concelho de Mealhada DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO REGIONAL Tendo em vista a sensibilização do sector vitivinícola regional, foram levadas a cabo, em 2011, diversas acções com destaque para as seguintes: - Realização de reuniões informais com Associação de Protecção Integrada da Bairrada API (1); - Acção de sensibilização para viticultores e técnicos - Luta contra a doença Flavescência Dourada na vinha e o seu vector Scaphoideus titanus -, em 13 de Junho, Auditório da Estação Vitivinícola da Bairrada, com 46 participantes, e de acordo com programa em anexo. Em todas as acções acabadas de mencionar foi facultado um lote de documentos composto por: Portaria 976 /2008 de 1 de Setembro ; Despacho nº 7325/2011, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 94, 16 de Maio de 2011; Folheto de Flavescência Dourada - MADRP. Mais, foram aproveitadas outras acções para dar conhecimento aos presentes sobre esta doença e o seu insecto vector, com realce para a acção de Maio do Concurso das Melhores Vinhas da Bairrada, Edição 2011 (2 acções: Anadia e Cantanhede com um total de 37 participantes). 76

77 COMBATE À PODRIDÃO CINZENTA (BOTRYTIS CINEREA PERS.), COMPARANDO DIFERENTES ESTRATÉGIAS A Estação de Avisos da Bairrada vem desenvolvendo estudos no sentido de aumentar a eficácia do controlo da podridão cinzenta (Botritys cinérea) na vinha, na casta BAGA, da maior importância para a região da Bairrada e que é a mais afectada por esta doença. Neste sentido, para o ano de 2011, foi realizado um ensaio, com a aplicação de produtos estimuladores das defesas naturais (SND), comparando-os com os esquemas de tratamentos standard preconizados para o controlo da podridão cinzenta. OBJECTIVO Este estudo tem como objectivo melhorar o combate à podridão cinzenta da uva, comparando diferentes produtos alternativos aos fungicidas clássicos, no sentido de encontrar possíveis soluções inovadoras no âmbito dos Estimuladores das Defesas Naturais (SND) e que vão ao encontro da redução da utilização de pesticidas. Para atingir este objectivo instalou-se um ensaio, em que se aplicaram dois produtos de origem natural: i) a Quitosana obtida do esqueleto de crustáceos, que é utilizada no controlo da escoriose e outras pragas e doenças; ii) a Trichoderma atroviride (TIFI), um fungo do solo, micoparasita, conhecido pela sua capacidade de biocontrolo contra uma gama de fungos patogénicos, incluindo a Botrytis cinérea. Paralelamente, na sequência dos ensaios anteriores, e para comparar com as épocas de aplicação seleccionadas para estes dois produtos, fizeram-se duas modalidades testemunhas com aplicação de fungicidas, seguindo os tratamentos standard recomendados pelo SNAA (ABCD e AC). MODALIDADES ENSAIADAS 6 Modalidade 1 Test 0 Ausência de tratamentos anti-podridão; Modalidade 2 Quitos Aplicação de Quitosana, na dose de 1 litro/ha, em cada aplicação, em duas aplicações: ao fecho dos cachos e cerca de 3-4 semanas antes da vindima, alternando com dois tratamentos químicos com fungicidas, à floração e ao pintor; Modalidade 3 Tricoder 3 Aplicação de Trichoderma atroviride, de acordo com os estudos em curso, em Espanha: 1ª aplicação com um fungicida anti-podridão à floração (tratamento A), 2ª aplicação com Trichoderma atroviride ao fecho dos cachos (tratamento B) na dose de 3 kg/ha, 3ª aplicação com Trichoderma atroviride ao pintor (tratamento C) na dose de 2 kg/ha e 4ª aplicação com Trichoderma atroviride cerca de 3-4 semanas antes da vindima (tratamento D) na dose de 2 kg/ha. Modalidade 4 Fung 2 - Aplicação de fungicidas ant-podridão, em dois estádios recomendados pelo SNAA (A floração-alimpa e C pintor) Modalidade 5 Fung 4 Aplicação de fungicidas ant-podridão nos estádios recomendados pelo SNAA (tratamentos Standard), em quatro aplicações: (A floração-alimpa, B bago de ervilha - fecho do cacho, C pintor e D 3 a 4 semanas antes da colheita) Modalidade 6 Tricoder 2 Aplicação de Trichoderma atroviride, de modo idêntico à Quitosana e como tem sido predominantemente aplicado, ou seja alternando os tratamentos biológicos com tratamentos químicos: 1ª aplicação com um fungicida anti-podridão à floração (tratamento A), 2ª aplicação com Trichoderma atroviride ao fecho dos cachos (tratamento B) na dose de 3 kg/ha, 3ª aplicação com Trichoderma atroviride ao pintor (tratamento C) na dose de 2 kg/ha e 4ª aplicação com Trichoderma atroviride cerca de 3-4 semanas antes da vindima (tratamento D) na dose de 2 kg/ha. 77

78 DISPOSITIVO EXPERIMENTAL E PRODUTOS UTILIZADOS Local: Estação Vitivinícola da Bairrada, Anadia Dispositivo experimental: Blocos casualizados com 4 repetições. Casta: Baga Produtos utilizados: Modalidade 2 Quitosana (Quitos) é um produto natural obtido do esqueleto dos crustáceos com a seguinte composição química: matéria orgânica > 50 g/l, potássio solúvel em água>20 g/l, quitosana oligossacarido>20 g/l, ph 4-5. Tendo em conta os resultados obtidos desde 2008, optou-se por alternar as aplicações de Quitosana, com tratamentos químicos. Modalidades 3 e 6 Trichoderma atroviride (Tricoder 3 e Tricoder 2) é um fungo ascomiceta, filamentoso, comummente encontrado no solo e isolado, em climas tropicais e temperados e que consegue parasitar uma grande variedade de fungos patogénicos, incluindo a Botrytis cinérea. Entra rapidamente em crescimento e produz esporos profusamente. O uso de Trichoderma para o controlo da Botrytis na vinha, tem sido feito de várias maneiras, predominando aquela em que se intercalam os tratamentos biológicos com os tratamentos químicos. Contudo, considera-se que este tipo de aplicação não permite optimizar o potencial antagónico deste fungo benéfico, pois alguns dos tratamentos químicos intercalados, para além de tentarem eliminar os fungos patogénicos, diminuem consideravelmente as populações de Trichoderma no sistema. Por este motivo ensaiaram-se as duas modalidades, só com Trichoderma e alternando com fungicidas. Modalidades 4 e 5 Fung 2 e Fung 4 tratamentos fungicidas:tratamento A e Tratamento B TELDOR 1,5 kg/ha; Tratamento C SCALA 2,5 l/ha; Tratamento D SWITCH 62.5 WG 0,8 a 1,0 kg/ha ESQUEMA DE CAMPO ª Rep 1X 1X ª Rep 1 1X 3X ª Rep 1X ª Rep 2X 3X 4BX 3X B 3± X 3X B 5 3B 5 3B B B B B 5 4B F F 4B 4B 6 5 3* B 4B 5B B 2F B B 6 5B F B F B F 6 4B F F 5B F F F 4 6 3B 3B F B F F EMA F 5B F Área de cada talão = (5 espaços x 6 x 1,20 m) x (3 x 2,40 m) = 259,2 m2 Área de cada tratamento = 4 x 259,2 m2 =1.036,8 m2 78

79 REGISTOS E OBSERVAÇÕES EFECTUADAS Em cada talhão foram observados 100 cachos A observação inicia-se na 3ª videira do 1º espaço. A partir daí observam-se 6 cachos em cada videira, até perfazer 100 cachos observados. Foi avaliada a Intensidade de Ataque através da Severidade: cálculo da percentagem de colheita destruída em 100 cachos usando a escala de avaliação de severidade (quartos destruídos):0; 0.25/4; 0.5/4; 1/4; 1.5/4; 2/4; 2.5/4; 3/4; 3.5/4; 4/4. Foi ainda avaliada a presença ou ausência de traça da uva e sua relação com o foco de podridão cinzenta. Foi registada a Severidade de podridão por cacho, presença de traça da uva e sua relação com o foco de podridão. Escala de Avaliação de Severidade (quartos destruídos) 79

80 RESULTADOS EM 2011 Podridão cinzenta (% de ) Traça da uva (% de C.A) Traça & Podridão cinzenta (% de C.A) Podridão ácida (% de ) Cochonilha & Podridão ácida (% de C.A) Testemunha T 0 3,30 1,50 0,25 14,36 11,00 Quitosana Quitos 0,89 1,00 0,25 15,30 9,00 Trichoderma Tricoder 3 1,08 0,00 0,00 8,89 9,00 Fungicida ABCD Fung 2 0,59 1,00 0,25 19,88 19,50 Fungicida AC Fung 4 1,11 1,00 0,00 14,83 5,75 Trichoderma Tricoder 2 0,24 1,00 0,25 5,72 4,50 - colheita destruída pela podridão cinzenta ou ácida; C.A.. Cachos Atacados; Traça & Podridão - % de cachos atacados por podridão cinzenta, provocada pela traça, influência da traça na podridão cinzenta); Cochonilha & Podridão ácida - % de cachos atacados por podridão ácida, provocada pelas cochonilhas, influência da cochonilha na podridão ácida) ANÁLISE DOS RESULTADOS Em 2011, do mesmo modo que se verificou em 2010 e 2009, a intensidade de ataque da podridão, avaliada pela % de colheita destruída, foi muito baixa, pois somente a média da testemunha ultrapassou 3% de colheita destruída e, isso ficou a dever-se ao facto da 4ª repetição ter atingido 7%. 80

81 Perante os resultados obtidos, não se pode tirar qualquer conclusão relativamente à eficácia dos produtos ensaiados, no que diz respeito ao controlo da podridão cinzenta Em relação à incidência da podridão ácida, em 2011, nesta parcela da Casta Baga, verificou-se que a % de colheita destruída foi bastante elevada, Quanto às pragas, constatou-se o eficaz controlo da traça através do método da confusão sexual, pois em 2011, a intensidade de ataque média, nesta parcela, foi de cerca de 1%, embora se deva referir que foi necessário fazer dois tratamentos insecticidas, para controlo do Scaphoideus titanus. De realçar, a elevada intensidade de cachos atacados por cochonilha algodão, generalizadamente por toda a parcela, que foi responsável por alguma da podridão ácida observada. AGRADECIMENTOS: Ao Engº César Almeida pelo apoio prestado na obtenção dos produtos ensaiados e na instalação do ensaio; Ao tractorista Sr. Agostinho e ao assistente técnico Sr. Paulo Santos, pelo apoio na instalação dos ensaios. 81

82 CONTRIBUTO PARA O CONHECIMENTO DO LEPIDÓPTERO EUZOPHERA PINGÜIS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA INTRODUÇÃO Euzophera pingüis Haw. é um lepidóptero da família Pyralidae presente em toda a região Mediterrânica, tendo-se observado a sua presença em oliveiras e plantas da espécie Fraxinus excelsior (Durán et al., 1998). Presente em todas as zonas olivícolas a praga apresenta importância económica em olivais jovens (4 a 10 anos) onde, em situações extremas, pode causar a morte das planta. Os estragos são resultado da actividade da lagarta que se desenvolve na zona sob cortical do tronco e ramos, impedindo a passagem da seiva, comprometendo a produção e a longevidade da planta e, consequentemente, do olival. Nos últimos anos a cultura da oliveira tem ganho uma nova dimensão, verificando-se um aumento do número de novas plantações por todo o país e, consequentemente, um aumento do número de jovens árvores, com elas a preocupação acrescida da incidência e desenvolvimento da praga, uma vez que o número de capturas em armadilhas sexuais se tem intensificado. O presente estudo surge na sequência de um trabalho iniciado no ano de 2010 e pretende contribuir para o conhecimento da praga, avaliando a sua evolução e comportamento ao longo dos anos 2006 a 2011, com o objectivo de optimizar os meios de monitorização e a estratégia de luta a adoptar. Palavras-chave: olival, Euzophera, biomonitorização, controlo. MATERIAL E MÉTODOS A monitorização da praga iniciou-se em 2006 em 2 olivais localizados em Cerdeiras-Miranda do Corvo e Rabaçal-Penela, variedades Cobrançosa, Picual, Redondil e Bical, com recurso a armadilhas sexuais tipo delta com feromona sexual de síntese. Em 2008 foi incluído mais um olival Quinta de Famalicão Soure, variedades Cobrançosa e Bical. Em 2011 foi introduzido no estudo um jovem olival (<7 anos) localizado em Outil-Cantanhede, com as variedades Redondil, Cobrançosa, Arbequina. As capturas obtidas de 2008 a 2011 foram analisadas em função da temperatura média diária acumulada (>7,5ºC a partir de 1 de Janeiro) para definição do início e evolução da curva de vôo. 82

83 RESULTADOS E DISCUSSÃO NÚMERO DE CAPTURAS O número de machos capturados nas armadilhas sexuais tem, regra geral, aumentado ao longo dos anos em estudo, o que aponta um aumento populacional progressivo da praga, apenas no POB de Soure Quinta de Famalicão se detecta uma diminuição do número de capturas, não se conseguindo afirmar que este decréscimo se deva, de facto, a uma menor densidade populacional, uma vez que os insectos capturados eram frequentemente comidos, o que retira fiabilidade à contagem. Esta situação é também frequente nos outros POB s, em particular no de Rabaçal, onde apesar desta situação o número de capturas continua a aumentar. De realçar o elevado número de adultos capturados no POB de Outil, localizado na Região de Cantanhede, onde a cultura da oliveira está em franca expansão, observando-se um número significativo de jovens plantações. 900 EUZOPHERA PINGÜIS EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CAPTURAS Cerdeiras Rabaçal Qta de Famalicão Outil Nº de adultos capturados EVOLUÇÃO DO VÔO 83

84 84

85 Evolução da curva de vôo de Euzophera pingüis & Temperaturas Acumuladas cerdeiras 2011 Rabaçal 2011 Qta Famalicão 2011 T.A Mar 21 Mar 28 Mar 4 Abr 11 Abr 18 Abr 25 Abr 2 Mai 9 Mai 16 Mai 23 Mai 30 Mai 6 Jun 13 Jun 20 Jun 27 Jun 4 Jul 11 Jul 18 Jul 25 Jul 1 Ago 8 Ago 15 Ago 22 Ago 29 Ago 5 Set 12 Set 19 Set 26 Set 3 Out 10 Out 17 Out Nº de adultos capturados 24 Out 31 Out 7 Nov Temperatura média acumulada A praga encontra-se em todas as fases do ciclo de vida ao longo do ano, no entanto, podem-se definir, na generalidade, 2 curvas de vôo, embora muito irregulares na sua evolução, dando a sensação de uma 3ª curva. Associando-se os dados recolhidos em 2011, reforça-se que o 1º vôo tem dois períodos em que se intensificam as capturas, inicio de Maio e meados de Junho. No período que medeia estes dois picos verifica-se um decréscimo de capturas. Cruzando os dados de 2006 a 2010 com os de 2011, temos ligeiras alterações ao decorrer do 2º vôo, que apresentou um prorrogação de, sensivelmente, 2 semanas, tendo início no final da segunda quinzena do mês de Julho, intensificando-se durante o mês de Agosto, sofre posteriormente uma diminuição, seguida de um novo período de aumento de capturas no mês de Setembro. OPTIMIZAÇÃO DE MONITORIZAÇÃO DA PRAGA É da maior importância precisar o início e evolução do vôo da praga em cada ciclo vegetativo da oliveira, por forma a optimizar os meios de monitorização e precisar o início do período de risco CERDEIRAS 2007 CERDEIRAS CERDEIRAS 2009 CERDEIRAS 2010 Temperaturas RABAÇAL 2006 RABAÇAL 2007 RABAÇAL 2008 RABAÇAL 2009 RABAÇAL 2010 RABAÇAL INICIO DE VÔO À semelhança do que se referiu em 2010, embora o início de voo varie ao longo dos anos, verifica-se que não ocorre antes de se atingirem 300º C de temperatura média acumulada. Procedendo-se à colocação das armadilhas sexuais no olival imediatamente antes de se atingir 300º C de temperatura média acumulada, pode-se precisar o início do período de risco e ponderar os restantes factores de 85

86 nocividade associados à praga, que irão condicionar a adopção de medidas de controlo e/ou de observação. Este valor de temperatura acumulada atinge-se habitualmente na 2ª quinzena do mês de Março INÍCIO DO 2º VÔO TEMPERATURAS ACUMULADAS CERDEIRAS 2008 CERDEIRAS 2009 CERDEIRAS 2010 CERDEIRAS 2011 RABAÇAL 2008 RABAÇAL 2009 RABAÇAL 2010 RABAÇAL No que se refere ao 2º vôo, tendo em consideração a irregularidade da curva ao longo do ciclo vegetativo da cultura, continua a não se verificar abaixo de 1400º de temperatura acumulada, o que acontece habitualmente entre os meados de Julho e os meados de Agosto. CONSIDERAÇÕES GERAIS Agregando os dados obtido em mais um ano vêm-se reforçadas as considerações já tecidas em relação aos anos de 2006 a 2011: O lepidóptero Euzophera pingüis Haw. tem na Região 2 vôos, embora muito irregulares, não se conseguindo precisar se não haverá, em alguns anos, o início de um 3º vôo. No que se refere à biomonitorização da praga, com os dados actuais, aconselha-se a colocação das armadilhas imediatamente antes de se atingirem os 300º de temperatura média acumulada. De uma maneira geral, aconselha-se a colocação das armadilhas sexuais na 2ª quinzena de Março, precisando-se o inicio do vôo da praga. O controlo da praga, em particular nos olivais jovens e onde a densidade populacional da praga é elevada, reveste-se da maior importância mas existem dificuldades acrescidas: desde a Primavera ao Outono podemos encontrá-la em qualquer uma das suas fases de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto; a localização da postura e de desenvolvimento da larva não é de acesso fácil, pelo que não é fácil estabelecer-se um plano de intervenções contra a praga. Não existindo produtos homologados para este inimigo, deve-se continuar a privilegiar a conjugação de meios de luta: Na luta cultural a diminuição e protecção das feridas ao longo do tronco e ramos e a cobertura do solo de modo a potenciar a biodiversidade da fauna auxiliar e diminuir situações de stress para a planta. A luta biológica como meio importante de luta, tendo em conta que muitos insectos predadores habitam no local de postura e de desenvolvimento inicial da larva de Euzophera. Vários estudos sobre a importância da fauna auxiliar atribuem acção predadora importante a aranhas, coleópteros-coccinelídeos e heterópteros-mirídeos, assim como acção parasitóide a himenópteros. 86

87 CONTRIBUTO PARA O CONHECIMENTO DO LEPIDÓPTERO PRAYS OLEAE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA INTRODUÇÃO Prays oleae Bernard. é um lepidóptero da família Yponomeutidae presente em toda a região Mediterrânica e norte de África. Nos últimos anos a cultura da oliveira tem ganho uma nova dimensão, verificando-se um aumento do número de novas plantações por todo o país e, consequentemente, um aumento do número de jovens árvores, com elas a preocupação acrescida da incidência e desenvolvimento da praga, uma vez que a praga condiciona não só o desenvolvimento vegetativo, mas principalmente a produção final. A traça-da-oliveira, Prays aleae (Bern.), destaca-se, pela gravidade dos prejuízos que pode provocar, trata-se de um inimigo que, desenvolvendo três gerações anuais, ataca sucessivamente, folhas, flores e frutos. Embora o ataque às folhas (geração filófaga) seja, geralmente, inócuo, o ataque a flores e frutos, pode originar graves quebras de produção. O presente estudo surge na sequência de um trabalho iniciado no ano de 2010 e pretende contribuir para o conhecimento da praga, avaliando a sua evolução e comportamento ao longo dos anos 2010 a 2011, com o objectivo de optimizar os meios de monitorização e a estratégia de luta a adoptar. Palavras-chave: olival, Prays oleae, traça da oliveira, biomonitorização, controlo. MATERIAL E MÉTODOS Para efeitos do presente estudo, a monitorização da praga iniciouse em 2010 em 3 olivais localizados em Cerdeiras-Miranda do Corvo, Rabaçal-Penela e Quinta de Famalicão Soure, variedades Cobrançosa, Picual, Redondil e Bical, com recurso a armadilhas sexuais tipo delta com feromona sexual de síntese. As capturas obtidas em 2010 e 2011 foram analisadas em função da temperatura média diária acumulada (>7,5ºC a partir de 1 de Janeiro) para definição do início e evolução da curva de vôo. 87

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