Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas Divisão da Protecção Qualidade Produção. Relatório de Actividades. Estação de Avisos da Guarda

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1 Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas Divisão da Protecção Qualidade Produção Relatório de Actividades 2011 Estação de Avisos da Guarda 1

2 Índice INTRODUÇÃO REDE METEOROLÓGICA POMOIDEAS Macieiras e Pereiras Pedrado (Venturia inaequalis) Maturação de peritecas Previsão das contaminações Avaliação do Grau de Ataque Oídio da macieira (Podosphaera leucotricha) Bichado da Fruta (Cydia pomonella) Curvas de Voo Grau de Ataque Avaliação do Risco Potencial Piolho de S.José (Quadraspidiotus perniciosus) Aranhiço Vermelho (Panonychus ulmi) Afideos (Dysaphis plantaginea e Aphis pomi ) Lagartas mineiras (Leucoptera scitella ) Mosca da fruta - Ceratitis capitata PRUNOIDEAS (Pessegueiros, Ameixeiras e Cerejeiras) OLIVEIRA Mosca da Azeitona (Bactrocera oleae) Traça da Oliveira (Prays oleae) Euzofera (Euzophera pinguis) Avaliação de Grau de Ataque Gafa (Gloeosporium olivarum) e Olho de Pavão (Spilocaea oleagina) VINHA Oídio (Erysiphe necator) Míldio (Plasmopora vitícola) Escoriose (Phomopsis viticola) Cigarrinha Verde (Empoasca vitis) Traça da Uva (Lobesia botrana) CASTANHEIRO Bichado da Castanha (Cydia splendana) Avaliação do Grau de Ataque OUTRAS ACTIVIDADES ANEXOS Anexo 1 - Datas dos estados fenológicos das pomóideas Anexo 2 - Datas dos estados fenológicos dos pessegueiros Anexo 3 - Datas dos estados fenológicos das cerejeiras Anexo 4 - Datas dos estados fenológicos do olival Anexo 5 - Datas dos estados fenológicos da vinha

3 INTRODUÇÃO O trabalho desenvolvido pelo Serviço de Avisos tem como principal objectivo o aconselhamento das intervenções fitossanitárias com oportunidade, visando o combate racional dos inimigos das principais culturas da região. Em consequência este trabalho, vai permitir aos destinatários uma redução do número das intervenções fitossanitárias, garantindo uma maior eficácia na protecção fitossanitária, maior protecção do ambiente, mantendo o equilíbrio dos ecossistemas agrários. Realça-se ainda a importância do Serviço de Avisos na redução dos impactes ambientais, nomeadamente com a redução dos produtos fitofarmacêuticos lançados no ambiente, menores contaminações do solo água e ar e ainda na redução do risco na aplicação dos produtos fitofarmacêuticos, para o homem como aplicador e consumidor dos produtos agrícolas. O Serviço de Avisos veicula ainda nas circulares de Avisos, informação relativa aos efeitos de toxicidade dos produtos fitofarmacêuticos, alertando os agricultores para o risco que estes produtos apresentam, dando informações visando a redução da exposição para níveis aceitáveis. As actividades desenvolvidas pela Estação de Avisos da Guarda, tem como objectivo fundamental uma redução racional dos custos da protecção das plantas, de forma que os seus utentes mantenham a actividade agrícola e o uso dos produtos fitofarmacêuticos seja feita de modo sustentável. O acompanhamento das actividades da Estação de Avisos da Guarda, nos postos biológicos e fenológicos, recolha e tratamento de toda a informação foi efectuado pelo responsável do serviço, ainda pelo técnico superior Engº Roque Saraiva, que prestou apoio técnico á Estação de Avisos da Guarda e ainda a assistente técnica Helena Fonseca que colaborou nas tarefas de leituras de armadilhas em campo e trabalhos de gabinete. O tratamento da informação recolhida do campo, foi apoiado pela rede estações meteorológicas automáticas, pertencentes à Estação de Avisos da Guarda. 3

4 1 REDE METEOROLÓGICA Para que a informação veiculada no aviso agrícola, chegue com oportunidade aos seus utentes, os técnicos efectuam análises do risco das diferentes fases de desenvolvimento das culturas e da evolução dos principais inimigos das culturas. A rede meteorológica é fundamental para o apoio das metodologias da previsão, dado que são as condições climáticas, que alteram ou propiciam o desenvolvimento vegetativo das plantas e dos inimigos. A Estação de Avisos da Guarda, possui uma rede de 14 estações meteorológicas automáticas ( EMA ), distribuídas na sua área de intervenção o distrito da Guarda. A localização destas estações meteorológicas automáticas, tiveram em consideração as especificidades das culturas e as características climáticas das diferentes zonas. Os dados são transmitidos via (GSM), para o posto central em Castelo Branco, sendo de imediato disponibilizado os dados para o terminal do computador na Estação de Avisos da Guarda. O apoio técnico ás estações meteorológicas da Estação de Avisos da Guarda é realizado pelo assistente técnico Ricardo Monteiro da Estação de Avisos de Castelo Branco, que tem desenvolvido excelente trabalho, mantendo em boas condições técnicas toda a rede meteorológica, para o apoio do serviço de avisos. Quadro 1 - Localização das estações meteorológicas da Estação de Avisos. Posto Meteorológico Local Concelho Almeida Vale de Coelha Almeida Carvalheda Amendoeira Celorico da Beira Fig. Castelo Rodrigo Qta da Torre Fig. Castelo Rodrigo Longroiva Qta do Falhas Meda Meda Poço do Canto Meda Martim Rei Sabugal Sabugal Nabais Qta do Mataduço Gouveia Pala Pala Pinhel Pinhel Pinhel Pinhel Relvas Aldeia Viçosa Guarda Seia Vila Verde Seia Trancoso Qta S. Pedro Trancoso Vila Franca Naves Moimentinha Trancoso Vila Garcia Qta Naves Guarda 4

5 2 - POMOIDEAS Macieiras e Pereiras As observações biológicas e fenológicas foram realizadas, sempre que possível semanalmente nos postos biológicos de Vela, Qta da Relvas e Moimentinha, relativamente aos seus principais inimigos, Pedrado, Bichado, Piolho de S.José, Ácaros e Afídios Pedrado (Venturia inaequalis) O Pedrado é doença-chave na região, representando cerca de 40 a 50% das intervenções no pomar, onde na maioria dos anos por falta de oportunidade da aplicação dos produtos fitofarmacêuticos ou de outros factores, poderão resultar em níveis de estragos superiores a 10% de frutos atacados, inviabilizando a comercialização de parte da produção, reduzindo a eficiência técnico-económica da exploração agrícola. Conscientes desta situação, tem procurado o serviço de avisos da Guarda, efectuar uma informação de qualidade dos avisos agrícolas aos agricultores inscritos no Serviço de Avisos. Assim, resumidamente, as metodologias seguidas pelo serviço de Avisos da Guarda foram: - Maturação de peritecas - Previsão das contaminações - Aconselhamento de tratamentos Maturação de peritecas Para avaliação do início do risco da doença, a partir de inicio do mês de Março, procedeu-se semanalmente à recolha de folhas portadoras de peritecas, dos postos de observação biológicos, para observação à lupa binocular da evolução da maturação de peritecas. Constatamos de modo geral que as peritecas se encontraram maduras, a partir de meados do mês de Março, quando as Pomóideas apresentavam início da rebentação. Em 29 de Março, foi emitido o 1º aviso, quando as macieiras se encontravam no estado fenológico Botão verde/botão Rosa, pelo que a partir desta data, se ocorressem condições climáticas favoráveis, caso da chuva, poderiam ocorrer infecções de Pedrado. Dadas as condições climáticas no presente ano, ausência de precipitação durante a 1ª quinzena de Abril e temperaturas bastante elevadas, provocaram uma elevada maturação de 5

6 peritecas que aguardavam a chuva para expulsarem os ascósporos. A projecção dos ascósporos em natureza, verifica-se após a ocorrência de precipitação, onde constatamos que o máximo de ascósporos projectados ocorreu este ano na fase fenológica queda de pétalas início de vingamento, no período de 19 a 21 de Abril, com projecção importante de ascósporos Previsão das contaminações A previsão das contaminações é realizada com a comparação das condições bióticas e abióticas do fungo, tendo em atenção a fenologia sensível. O risco de contaminação do Pedrado é determinado recorrendo às Curvas de Mills, onde é verificado o n.º de horas de humectação e a temperatura média do período correspondente. Assim foram determinados os períodos de risco mencionados no quadro 2, os quais teve por base a emissão dos Avisos Agrícolas, tendo sempre presente a previsão meteorológica do tempo. Data Provável Infecção Quadro 2 - Previsão das contaminações de pedrado Venturia inaequalis N.º horas Risco de Infecção Temperatura folha (Curvas de Mills) molhada Estado Fenológico 19 a 21 Abril 13,20 36 h I I I H / I 28 a 30 Abril 13,80 18 h II I 6 e 7 Maio 17,5 7 h I J 17 e 18 Maio 17,3 16 h I I J 23 Maio 19,6 7 h I J 30 de Maio 17,2 10 h II J 9 de Junho 12,4 4 h I J 6

7 Avisos Fig 1 Evolução das condições infecções de Pedrado e Avisos emitidos. Avisos emitidos 29 Março A maioria dos pomares da região encontravam-se no estado fenológico Botão verde, início de botão rosa, dada a susceptibilidade destes estados fenológicos aconselhámos um tratamento com um fungicida de acção preventiva. Deram-se informações na circular para alguns conceitos de protecção ao pedrado. 14 Abril As condições climáticas não eram favoráveis ao pedrado, contudo a previsão meteorológica previa a ocorrência de chuvas para 18 de Abril, dado o período de risco, elevada maturação de peritecas prontas a expulsarem ascósporos e estado fenológico muito sensível queda de pétalas / vingamento, aconselhamos a realização de tratamento antes das chuvas com produto de acção preventiva. 20 Abril - Foi enviado SMS, as condições bióticas e abióticas do fungo estavam reunidas, temperaturas muito favoráveis, quantidades de chuvas em algumas zonas tinham provocado lavagens e grande quantidade de ascósporos projectados. Chamamos atenção para o risco biológico e da necessidade de tratamento para evitar infecções da doença. 27 Abril Previsão de saída de manchas da doença para o período de 1 a 6 de Maio, resultantes da contaminação do período de 19 a 21 de Abril. Dada previsão de ocorrência de precipitação para os próximos dias aconselhamos os fruticultores a proteger novamente os pomares com produto de acção preventiva. 11 Maio Conforme nossa previsão verificamos a presença de manchas de pedrado em pomares, onde os tratamentos não foram posicionados com oportunidade. Foi emitido novo 7

8 aviso com carácter preventivo devido á grande quantidade de inoculo da doença nos pomares e tendo em atenção da instabilidade climática que se verificava. 20 Maio Foi aconselhado novo tratamento, dado o período de contaminação grave de 17 a 18 de Maio, tendo em atenção a existência de muito inoculo em pomares, por outro lado a previsão de ocorrência de chuvas com importância para os próximos dias. 2 Junho - Aconselhamos a renovação de tratamento de carácter preventivo, dada a previsão de chuvas e a generalidade dos pomares verificava-se a presença de manchas de pedrado. 30 Junho Chamámos atenção para os pomares com inoculo, aconselhando tratamento com produto de acção preventiva, afim de evitar as contaminações secundárias Avaliação do Grau de Ataque Afim de avaliarmos o grau de ataque do Pedrado, efectuamos observações nos nossos postos biológicos em finais de Junho, e á colheita. Observamos, em cada posto biológico, 1000 frutos (50arvores x 20frutos), 10 árvores na bordadura e 40 no interior do pomar, obtivemos os seguintes resultados: Na estimativa realizada em finais de Junho para avaliação das manchas provenientes das infecções primárias, foram contabilizados em Qta da Relvas 0,6 % e á colheita 0,5 % de frutos afectados, em Moimentinha 0,3 % e á colheita 0,4%, e na Quinta da Cruzinha 0,2 % e á Colheita 0,3%, de frutos afectados com pelo menos uma mancha. Constatamos algum aumento de inoculo na estimativa do grau de ataque á colheita, em consequência de algumas infecções secundárias, provenientes de chuvas e neblinas durante o Verão. Contudo os valores estimados á colheita situam-se dentro dos valores normais, pelo que os métodos de previsão funcionaram com eficiência. Conclusões - No presente ano verificaram-se no início do período vegetativo temperaturas muito altas e com ausência de precipitação, que contrariou o período normal de expulsão em natureza de ascósporos. As chuvas ocorridas no período de 19 a 22 de Abril, provocaram elevada percentagem de ascósporos libertados em natureza, com condições climáticas muito favoráveis á infecções da doença, com dificuldades de posicionamento de tratamentos para o controlo da doença, tendo resultado estas infecções em manchas generalizadas de pedrado na maioria dos pomares da região. - Os períodos de risco posteriores da doença foram alternados com períodos secos pelo que os fruticultores puderam realizar os tratamentos com oportunidade. 8

9 - Pela avaliação do grau de ataque nos POB S da Estação de Avisos, constatamos que o Pedrado atingiu uma incidência baixa, nos frutos, pelo que as metodologias funcionaram com eficiência. - Continuamos a verificar em pomares na região, a falta de eficácia de fungicidas aplicados o que poderá estar associado o fenómeno resistência, seria interessante proceder a uma avaliação da resistência dos fungicidas na região, para que tecnicamente se faça uma gestão adequada dos fungicidas a utilizar para o combate ao pedrado Oídio da macieira (Podosphaera leucotricha) No presente ano verificaram-se condições favoráveis, para o desenvolvimento desta doença, no inicio do ciclo vegetativo, tendo a Estação de Avisos da Guarda aconselhado uma intervenção em 14 de Abril e renovações de tratamentos com produtos que combatam em simultâneo o pedrado e oídio da macieira. Verificámos no Pob da Cruzinha, grande incidência da doença, fundamentalmente na variedade Lysgolden, sendo esta variedade bastante susceptível ao Oídio. Continuamos a combater bem as infecções primárias do fungo, com tratamentos posicionados para o combate deste fungo, contudo continuamos a registar a falta de eficácia dos produtos aplicados Bichado da Fruta (Cydia pomonella) As metodologias para acompanhamento e monitorização deste inimigo, utilizadas pela Estação de Avisos da Guarda, para a emissão dos Avisos Agrícolas foram a seguintes: Curvas de Voo, capturas em armadilhas sexuais. Avaliação do Somatório das temperaturas acumuladas. Aconselhamento ao Agricultor. Estratégia a privilegiar Curvas de Voo Foram colocadas armadilhas sexuais, em meados de Abril, nos postos biológicos de Qtª Cruzinha, Qta da Relvas e Moimentinha. As observações foram efectuadas sempre que possível uma vez por semana, nos três postos de observação biológica, com os seguintes resultados das capturas. 9

10 Nº capturas Fig. 2 Dinâmica populacional de Cydia pomonella e avisos emitidos Verificamos população elevada em todos os postos biológicos em ambas as gerações, verificando-se que o N.E.A foi sempre superado (2/ 3 capturas/ha/semana). Foram contabilizadas um total de 486 capturas de adultos no posto biológico de Qta da Cruzinha, 450 capturas no posto biológico de Qta da Relvas e 522 capturas no posto biológico de Moimentinha. Esta situação foi verificada na generalidade dos pomares da região, verificando-se pomares com elevadas capturas, como nos Pob s da Estação de Avisos, com elevada pressão populacional. Validação da metodologia do Somatório das temperaturas acumuladas, através das E.M.A. Através do somatório das temperaturas acumuladas superiores a 10ºc a partir de Janeiro, vai permitir aferir para a região o modelo que permita ao técnico dos Avisos, com alguma antecipação temporal, aferir o grau de risco imediato do inimigo, nas diferentes zonas da região, permitindo efectuar o aconselhamento e posicionamento correcto dos insecticidas aos agricultores do Serviço de Avisos em tempo oportuno. Assim, dando continuidade ao trabalho desenvolvido para a validação do modelo proposto para a região, estão descritas as datas em que, foram atingidos os parâmetros para os Pob s em estudo, no respectivo modelo. 10

11 Quadro 3 Datas dos somatórios das temperaturas acumuladas superiores a 10ºc de 1 Janeiro, nos postos biológicos Somatório de Posição do Voo Qta Cruzinha Qta da Relvas Moimentinha Temperaturas 80ºC Início de voo 11/04 10/04 21/04 130ºC Inicio de posturas 20/04 19/04 06/05 220ºC Inicio de penetrações 10/05 10/05 20/05 340ºC Máximo 1º voo 25/05 25/05 05/06 470ºC 1ªs Larvas abandonando os 12/06 10/06 22/06 frutos 700ºC Fim da 1ª geração 02/07 01/07 15/ Grau de Ataque Foram realizadas observações, para avaliar o grau de ataque nos frutos da 1ª geração e 2ª geração nos pob s de Qta da Cruzinha, Qta da Relvas e em Moimentinha. Fig. 3 Grau de ataque à 1ª Geração e 2ªGeração Verificamos que o grau de ataque nos Pob s da Estação de Avisos, na 1ª e na 2ª geração, estiveram dentro dos valores normais, apesar da elevada pressão populacional da praga, os tratamentos químicos utilizados e posicionados com oportunidade controlaram a praga registando-se á colheita uma percentagem de frutos bichados abaixo e próximo do nível económico de ataque. 11

12 Avaliação do Risco Potencial Para avaliação do Risco Potencial, foram colocados 40 cartões canelados por posto biológico em meados de Julho para capturar lagartas hibernantes.. Fig 4 - Lagartas hibernantes de Cydia pomonella capturadas em cartão canelado Os cartões foram retirados em Outubro e contabilizadas as larvas hibernantes, que estão descritas no gráfico abaixo Fig. 5 Risco Potencial Cydia pomonella Na avaliação do risco potencial nos Pob s da Estação de Avisos da Guarda, no presente ano verificamos que os valores obtidos se enquadram em valores normais de população com média de 1,3 larvas/cartão, no Pob de Moimentinha,1,0 larva / cartão no Pob de Qta da Relvas e 0,9 larva/cartão no Pob de Qta da Cruzinha. 12

13 Tendo em consideração o valor aceitável (V.A) de 0,5 larvas por cartão, para uma população normal, podemos inferir que estamos em presença de uma população normal de bichado. Aconselhamento A estratégia do Serviço de Avisos, foi a de informar correctamente a oportunidade do tratamento, sendo o aconselhamento feito com uma dupla estratégia; tratamentos de acção Ovicida, ou tratamentos com produtos de acção Larvicida, nas diferentes gerações da praga, possibilitando ao agricultor escolher a estratégia mais conveniente em função da dinâmica populacional, do tipo de produtos utilizados nos últimos anos e do histórico do seu pomar. Avisos Emitidos 14 Abril Inicio do voo, informação aos fruticultores para a colocação dos difusores de confusão sexual. 27 Abril Vôo da praga com intensidade, capturas muito elevadas em armadilhas sexuais, condições climáticas favoráveis para acasalamento e posturas. Aconselhamento de tratamento com produtos de acção ovícida. Chamada de atenção para quem optar pela estratégia de produtos larvicidas, aguardar novo aviso. 11 Maio Foi aconselhado o 1º tratamento para os fruticultores que utilizaram uma estratégia com produtos de acção larvícida dado o início das penetrações nos jovens frutos. Chamada de atenção à localização dos pomares em zona fria concelhos de Pinhel, Trancoso, Almeida e Figueira Castelo Rodrigo para a realização do tratamento uma semana mais tarde. 02 Junho Foi aconselhada a renovação do tratamento, dado o elevado período de risco da praga, aconselhando-se produto com características de acção larvicida. 30 Junho - Verificava-se o início da 2ª geração, com condições favoráveis ao inicio das posturas, demos informação para um posicionamento do tratamento com características ovicidas a partir do dia 4 de Julho. Os fruticultores da zona fria concelhos Pinhel, Trancoso, Almeida e Figueira Castelo Rodrigo para a realização do tratamento uma semana mais tarde a partir de 11 de Julho. 28 Julho As condições climáticas eram propícios ao desenvolvimento da praga (voo, acasalamento e posturas), pelo que foi aconselhada a renovação do tratamento. Dado o 13

14 período de risco que a praga apresentava, e a observação de frutos bichados em pomares mal protegidos, aconselhamos tratamento com produtos de características larvicidas. 24 Agosto Mantinham-se as condições propícias ao desenvolvimento da praga, tendo sido aconselhado renovar o tratamento. Os tratamentos aconselhados pelo serviço de avisos e posicionados de forma correcta, controlaram a população de forma eficiente nos Pob s cobrindo o período de risco da praga. Conclusões As condições climáticas desfavoráveis verificadas na 1ª Geração (temperatura crepusculares e precipitação) provocaram uma redução dos estragos na 1ª Geração. Verificamos no presente ano populações do bichado elevadas, com níveis de capturas nas armadilhas sexuais por semana sempre elevadas, contudo face aos tratamentos bem posicionados, o grau de ataque á colheita situava-se em valores próximos do nível económico de ataque de estragos provocados pela praga. Ao nível de algumas parcela constatámos que em alguns casos o fenómeno Resistência poderá estar presente, dada a falta de eficácia dos produtos utilizados em campo, pelo que as autoridades fitossanitárias a nível nacional (DGADR), deveriam implementar medidas de avaliação do fenómeno Resistência, para que técnicos e agricultores efectuem uma gestão dos produtos fitofarmacêuticos no sentido de evitar o aumento deste fenómeno Piolho de S.José (Quadraspidiotus perniciosus) Foi feito acompanhamento do ciclo biológico da praga e avaliação da utilização do método do somatório das temperaturas na previsão da actividade da praga, tendo em vista o correcto posicionamento dos produtos fitofarmacêuticos, no Pob da Qta da Cruzinha. A determinação das fases de desenvolvimento da Cochonilha de S. José foi realizada através de armadilhas sexuais, com o objectivo de determinação da evolução dos machos; armadilhas de intercepção para determinar a evolução da saída das ninfas e para determinação dos valores acumulados recorreu-se á estação meteorológica automática de Belmonte. Dada a irregularidade da presença da praga, nos pomares da região neste ano este inimigo foi acompanhado no Pob da Qta da Cruzinha, onde algumas plantas tinham a presença da praga. 14

15 Foi colocada uma armadilha sexual, para captura dos machos em 01 de Abril em macieiras com a presença da praga e colocadas cintas armadilhas com cola para captura das ninfas. Relativamente à captura de machos da geração hibernante, foram observadas as primeiras capturas em 11 de Abril com 25 machos na armadilha, decorrendo o voo até 2 de Maio. Verificamos as primeiras capturas de machos da 1ª geração em 19 de Julho com 8 capturas decorrendo o voo até 3 de Agosto. A captura de ninfas em cintas armadilhas, foi efectuada semanalmente eram retiradas e colocadas novas cintas com observação à lupa binocular. Foram observadas no Pob da Qta da Cruzinha a saída das ninfas da 1ª geração em 13 de Maio, tendo havido capturas até 2 de Junho. As ninfas da 2ª geração, foram observadas em 16 Agosto e 23 de Agosto, não tendo havido mais capturas. Parece-nos que as poucas evidências quer do vôo dos machos e da saída das ninfas, se deve ao facto da pouca população existente na parcela e esta é originária de plantas isoladas com a presença deste inimigo. Verificou-se clara separação do vôo dos machos da geração hibernante e da 1ª geração, bem com da saída das ninfas. Quanto á monitorização do modelo das temperaturas acumuladas (superiores a 7,3 a partir de 1 de Janeiro) verificamos que o voo dos machos da geração hibernante, acorreu com 223,0 graus e os machos da 1ª geração com 1284 graus. Relativamente ao aparecimento da saída das ninfas, ocorreu o início da 1ª geração com 476,0 graus e o máximo aos 550,0 graus em 20 de Maio. A saída de ninfas da 2ª geração, foi verificada em 16/8 quando foram atingidos 1700,0 graus temperatura acumulados A saída das ninfas da 1ª e 2ª Geração foram observadas 3-4 semanas após o inicio do voo dos machos hibernantes e de machos de 1ª geração, o máximo da saída das ninfas da 1ª Geração verificou-se quando foi atingido 550,0 ºC, somatório temperatura acumulado para 7,3ºC. Estes dados foram já verificados em anos anteriores, contudo é necessário o acompanhamento biológico da praga, o somatório das temperaturas revelam-se importantes para a modelização, permitindo ao técnico tomar decisões com maior rigor, resultando em beneficio dos agricultores. Avisos Emitidos 11 Março Foi aconselhado tratamento de Inverno, para os pomares com a presença da praga, visando a redução da população, dado que nesta fase o óleo de verão tem boa eficácia, uma vez que nesta fase já temos evolução larvar. 15

16 11 Maio Tínhamos verificado a saída de ninfas da 1ª geração, tendo sido aconselhado tratamento em pomares onde a praga estiver presente. 28 Julho - Recomendamos tratamento para a saída das ninfas da 2ª Geração, para pomares com a presença da praga Aranhiço Vermelho (Panonychus ulmi) Este inimigo, foi acompanhado em três postos biológicos localizados em Qtª da Cruzinha, Qta da Relvas e Moimentinha. As metodologias seguidas para acompanhamento da praga, foram as seguintes: - Estudo da eclosão das larvas provenientes dos ovos de Inverno. - Avaliação da taxa de ocupação das formas moveis Para o estudo da eclosão das larvas, foi utilizado o método das tabuinhas. Foram contabilizados os ovos de Inverno á lupa binocular, em ramos com 20 cm e foram colocadas 3 tábuas no POB de Cruzinha e duas tabuinhas nos Pob s de Qta da Relvas e Moimentinha, as contagens das eclosões das larvas foram efectuadas sempre que possível uma vez por semana. Quadro 4- Eclosões Ovos Inverno de Panonychus ulmi Koch em Qta Cruzinha 2011 Data Observação Tábua 1 Tábua 2 Tábua 3 Total Eclosões Est. fenológico Total de Ovos de Inverno /03/ B 10/03/ B/C 21/03/ C3 D 29/03/ D 05/04/ E 11/04/ E2/ F 26/04/ H/I 02/05/ J No posto biológico da Qta Cruzinha o início das eclosões, verificou-se em 10 de Março, atingindo-se o máximo das eclosões 11 de Abril, quando o estado fenológico dominante era o de Botão rosa / inicio da floração. 16

17 Quadro 5- Eclosões Ovos Inverno de Panonychus ulmi Koch em Qta da Relvas 2011 Data Observação Tábua 1 Tábua 2 Total Eclosões Est. fenológico Total de Ovos de Inverno /03/ B 10/03/ B 21/03/ B/C 29/03/ D 05/04/ E 11/04/ E2/F 26/04/ I 02/05/ J Quadro 6- Eclosões Ovos Inverno de Panonychus ulmi Koch em Moimentinha 2011 Data Observação Tábua 1 Tábua 2 Total Eclosões Est. Total de Ovos de Inverno fenológico 05/03/ B 10/03/ B 21/03/ C3 D 29/03/ D 05/04/ E 11/04/ E2 / F 26/04/ I 02/05/ J 09/05/ J No posto biológico da Moimentinha o inicio das eclosões, verificou-se em 21 de Março, atingindose o máximo das eclosões 11 de Abril, quando se verificava o estado fenológico de Botão rosa / inicio de floração. A taxa das eclosões dos ovos de Inverno, nos três postos de observação biológica situou-se entre 50 e 75 % de eclosões, apresentando uma taxa de viabilidade elevada. Na avaliação da taxa de ocupação das formas moveis, foram monitorizados dois Pob s Cruzinha e Moimentinha que tinham a presença da praga, onde eram colhidas 100 folhas ( 2 17

18 folhas x 50plantas ) com observação da lupa de bolso era verificada a taxa de ocupação, para fundamentar o suporte da tomada de decisão dos avisos agrícolas. Avisos emitidos: 11 Março Aconselhou-se tratamento de Inverno, para as formas hibernantes em pomares com a presença de Ácaros e ou cochonilha de S. José com óleo de Verão. 29 de Março Chamada de atenção dos agricultores para a importância da aplicabilidade da Protecção Integrada nomeadamente ao nível da parcela para efectuarem a avaliação da intensidade de ataque e em função do nível económico de ataque ponderar a estratégia a implementar. Prevíamos o máximo de eclosões dos ovos de Inverno nos próximos 10 dias, pelo que aconselhamos a tratar se a estratégia fosse na utilização de produtos de características de acção ovícida, relevando a importância desta estratégia em termos da eficácia no combate ao aranhiço vermelho e por outro lado o beneficio da utilização de produtos pouco tóxicos para a fauna auxiliar, resultando no equilíbrio da acarofauna ao nível da parcela. 30 Junho - As temperaturas eram favoráveis ao desenvolvimento das populações deste inimigo. Chamou-se atenção da importância da Protecção Integrada da necessidade de efectuar a estimativa do risco ao nível da parcela, avaliando a taxa de ocupação dos ácaros, dando-se informação como proceder e na utilização de produtos pouco tóxicos para a fauna auxiliar. 24 Agosto Chama-se atenção para o início das posturas de Inverno, fotoperíodo inferior a 14 horas de luz, recomendávamos tratar os adultos por forma de baixar as posturas para o ano seguinte. Em conclusão os tratamentos aconselhados, nas fases biológicas sensíveis da praga, controlaram de forma eficaz a praga na região, apenas se registando sintomatologia da praga em pomares desequilibrados. Verifica-se um aumento populacional dos Ácaros (aranhiço vermelho e aranhiço amarelo) nos pomares da região, chegando alguns deles a verificar-se bronzeamento das folhas, com redução da fotossíntese e consequentemente uma redução significativa do calibre dos frutos. 18

19 2.6 - Afideos (Dysaphis plantaginea e Aphis pomi ) A monitorização dos Afideos, foi realizada nos postos biológicos de Qta da Relvas Moimentinha e Qta da Cruzinha através da observação visual, observações feitas semanalmente. Foi aconselhado tratamento fitossanitário em 14 de Abril para o afídeo Dysaphis plantaginea, dada a observação das fundadoras da praga, tendo sido atingido o N.EA nos postos biológicos de Qta da Cruzinha. Não aconselhamos quaisquer tratamentos para o afídeo Aphis pomi, porque quer nos POBs, quer em pomares comerciais não verificamos populações deste inimigo que justificassem intervenção fitossanitária. Dado que a maioria dos agricultores da região, executam a produção integrada nas seus pomares, a fauna auxiliar tem aumentado, pelo que as populações dos afideos têm sido controladas de forma natural Lagartas mineiras (Leucoptera scitella ) A monitorização deste inimigo, foi realizada nos postos biológicos de Qta da Cruzinha, Qta da Relvas e Moimentinha, através de armadilhas com feromona sexual para captura dos adultos, com observações semanais para determinação da curva de voo. Nº capturas Fig. 6 Dinâmica populacional de leucoptera scitella nos pob s

20 Foram também realizadas observações visuais nos postos biológicos, afim de avaliar o N.E.A para estes inimigos, que nunca foram atingidos nos pomares em estudo. O número de capturas de adultos nas armadilhas foi quase sempre elevado, contudo não verificamos estragos destes inimigos, dado o equilíbrio biológico, para o qual terá contribuído o posicionamento de produtos insecticidas para o bichado pouco tóxicos para a fauna auxilia. O serviço de Avisos não emitiu quaisquer circular para estes inimigos Mosca da fruta - Ceratitis capitata Este inimigo, foi acompanhado em 3 postos biológicos localizados em Qta da Cruzinha, Moimentinha e Qta da Relvas, através da colocação de armadilhas sexuais e alimentares, a monitorização sempre que possível foi efectuada semanalmente. Avisos emitidos: 24 Agosto. Ainda não tínhamos registo de capturas Ceratitis capitata nos nossos pob s da rede da Estação de Avisos da Guarda, contudo alertamos os fruticultores para possíveis capturas em pomares de macieiras, que tenham por perto as prunoideas onde o risco era mais elevado, e por acompanhamento e monitorização da praga se estivesse presente aconselhamos a intervenção fitossanitária. Quadro 7 - Capturas de adultos Ceratitis capitata em pob s da região Data Qta da Relvas Moimentinha Qtª Cruzinha

21 Conclusões No presente ano a mosca da fruta Ceratitis capitata apareceu em meados de Setembro onde somente existem macieiras, verificando-se um aumento populacional em plena colheita dos frutos o que dificultou a intervenção para este inimigo, sendo contudo o grau de ataque baixo. 21

22 3 PRUNOIDEAS (Pessegueiros, Ameixeiras e Cerejeiras) As Prunoídeas têm alguma representação no concelho da Guarda, nas freguesias de Vela e Gonçalo e Aldeia Viçosa, localizadas a norte da região da Cova da Beira. Foram efectuadas observações para os principais inimigos, no posto biológico da Qta da Cruzinha e Qta da Relvas. Relativamente às doenças Lepra, Oídio, Fusicocum dos pessegueiros foi efectuado acompanhamento da evolução destas doenças por observação visual, tendo em consideração a evolução fenológica da cultura e as condições climáticas mais susceptíveis, tendo sido aconselhados tratamentos em 24/02, 11/03, 29/03, 14/04, 20/05, e em 13/10 tratamento á queda das folhas no Outono. Os afideos do pessegueiro, foram monitorizados por observações visuais, nos Pob s de Qta de Cruzinha e Qta da Relvas, tendo sido aconselhado tratamento para o afídio Mysus persicae em 14 de Abril para intervir em caso de atingido o NEA ao nível da parcela. A praga Anarsia lineatella foi monitorizada com armadilha sexual, para verificação da dinâmica de adultos, no posto biológico da Qta Cruzinha em Vela, com observações semanais. Fig. 7 Curva de voo da Anarsia lineatella em vela. Apesar das capturas de adultos verificadas nos Pob s, não foi aconselhado qualquer tratamento, dado não verificarmos a relação de capturas /grau de ataque, não foram observados estragos e ou prejuízos. 22

23 Na cultura da Cerejeira foram aconselhados tratamentos para a Monilia laxa, doença com importância económica na região, tendo sido efectuada recomendação em 29 de Março no estado fenológico D/E botões separados/estames visíveis. Para avaliação da dinâmica populacional da mosca da cereja Ragoletis cerasi, foi colocada uma armadilha cromotrópica em Qta da Relvas em pomar de cerejeiras, para capturas de adultos. Verificamos as primeiras capturas em 18 de Maio, com as variedades precoces em início de maturação, prolongando-se o voo com intensidade até meados de Junho, afectando as variedades mais tardias. Fig. 8 Curva de voo da Ragoletis cerasi em Relvas. Foram aconselhados dois tratamentos para combater a mosca da cereja em 20 de Maio e 2 de Junho, verificando população muito elevada, registando-se prejuízos económicos. No posto biológico de Qta da Relvas, verificamos um número elevado de cerejeiras contaminadas de Pseudomonas syringae, pelo que foi aconselhado tratamento com carácter preventivo com cobre imediatamente antes das chuvas. Foi também efectuado neste local um ensaio comparativo para avaliação da evolução da doença nos próximos anos, com base em tratamentos com cobre á queda das folhas e posicionados antes das chuvas. 23

24 4 OLIVEIRA A Estação de Avisos da Guarda acompanhou durante o ano 2011, os principais inimigos desta cultura: Mosca da azeitona, Traça da Oliveira, Euzophera e as doenças Gafa e Olho de Pavão. As observações da fenologia, observações visuais, leituras das armadilhas, foram efectuadas semanalmente, nos postos biológicos de Valbom, Carvalheda, Qta Relvas e Vela Mosca da Azeitona (Bactrocera oleae) A monitorização desta praga foi efectuada pela observação e contabilização das capturas em armadilhas cromotrópicas com feromona, em quatro postos biológicos (Vela, Valbom, Carvalheda e Qta da Relvas) e para a determinação do grau de ataque, a colheita de frutos foi efectuada também nestes postos biológicos. Sempre que possível foram colhidos semanalmente 100 frutos em cada posto biológico (10 frutos x 10 árvores), que posteriormente eram observados à lupa binocular, para contabilização dos frutos picados, ovos viáveis e larvas vivas. A fig.9, apresenta a dinâmica populacional da mosca da azeitona, nos postos biológicos de Carvalheda, Valbom, Vela e Qta da Relvas, onde se verifica uma forte dinâmica populacional do n.º de capturas de adultos elevada, sobressaindo o Pob de Qta da Relvas. O voo da praga no presente ano esteve bastante elevado durante o mês de Setembro, subindo as capturas no início do mês de Outubro, quer de machos e fêmeas. N.º capturas Fig. 9 Dinâmica populacional da Bactrocera oleae em olivais da região e avisos emitidos. 24

25 Evolução Larvar da Mosca da Azeitona A partir de meados de Agosto, procedemos à colheita dos frutos de azeitona nos Pob s para observação da evolução larvar, nomeadamente posturas e larvas. As condições climáticas foram muito propícias para o desenvolvimento da praga, o mês de Setembro e Outubro desenvolveram temperaturas e humidade relativa muito favoráveis, favorecendo o desenvolvimento da praga. Em finais de Agosto e início do mês de Setembro, com alteração das condições climáticas, há um desenvolvimento da praga atingindo o N.E.A, no princípio do mês de Setembro, nos postos de Qta da Relvas, Carvalheda e Valbom. Verificamos que a dinâmica populacional da praga, foi sempre muito elevada durante o mês de Setembro, registando-se um aumento populacional no início do mês de Outubro quer na captura de adultos na armadilha sexual quer o grau de ataque larvas vivas, verificando-se no presente ano prejuízos significativos devido ao ataque de mosca. Quadro 8 Evolução do n.º de larvas vivas Mosca da Azeitona Data Qta da Relvas Carvalheda Valbom Vela Avisos emitidos: 12 Setembro Verificávamos elevadas capturas de adultos nas armadilhas sexuais e em observações nos frutos, tinha sido atingido o NEA (8-12% de Frutos c/ larvas vivas), aconselhamos a realização de tratamento generalizado a toda a região. 13 Outubro As condições bióticas e abióticas da praga eram muito favoráveis, verificando se que os níveis económicos eram muito ultrapassados, pelo que aconselhamos a renovação do tratamento. 25

26 4.2 - Traça da Oliveira (Prays oleae) As armadilhas sexuais para monitorização desta praga, foram colocadas nos Pob s de Valbom, Carvalheda, Qta da Relvas e Vela. As observações foram efectuadas sempre que possível semanalmente. Verificamos elevadas capturas nas armadilhas sexuais, no Pob de Valbom tendo sido aconselhado tratamento á geração antófaga. Verificamos este ano que esta geração apresentou elevadas capturas de adultos nas armadilhas e condições ambientais para a evolução da praga a conjugar o facto deste ano a floração ser fraca. N.º capturas Fig. 9 - Dinâmica populacional da Prays oleae e Avisos emitidos Avisos emitidos: 11 Maio Já tinha ocorrido o máximo de capturas de adultos, em olivais onde a floração fosse fraca, justificava-se tratamento próximo da abertura das flores Euzopfera (Euzophera pinguis) No sentido de darmos continuidade ao conhecimento com maior profundidade do ciclo biológico da Euzophera pinguis na região, nomeadamente o comportamento do vôo ao longo do ano, foram colocadas armadilhas sexuais nos Pob s de Carvalheda, Vela, Qta da Relvas e Valbom. Foram também realizadas observações visuais para avaliação de estragos e ou prejuízos. 26

27 As armadilhas sexuais para capturas de adultos, foram colocadas no início do mês de Abril nos postos de observação biológica. Verificamos que o inicio do 1º voo ocorreu no mês de Maio, prolongando se o mesmo durante os meses de Junho e Julho. O 2º voo decorreu durante o mês de Agosto com uma intensificação do voo no mês de Setembro. Nos Pob s localizados em zonas climáticas diferentes, no estudo mostram numa primeira abordagem que o voo de adultos é bastante irregular, com períodos de voo a sobreporem-se, para as diferentes zonas ecológicas. N.º capturas Fig Dinâmica populacional de euzophera pinguis em olivais na região Avaliação de Grau de Ataque Para a avaliação da indispensabilidade de intervenção, nomeadamente a estimativa do risco e verificação dos NEA, procedemos a observação visual em cada posto biológico com a seguinte metodologia; Observação de (10 ramos em 10 oliveiras) incidindo a observação visual nos pontos de inserção das primeiras pernadas. Nas observações realizadas, não verificamos posturas, nem galerias provocadas pelas larvas em todo o período vegetativo. De salientar que os olivais dos Pob s são todos eles jovens e bem cuidados e bem equilibrados ao nível da fertilização, não existindo também a ronha ou tuberculose da oliveira, factores desfavoráveis para a instalação deste inimigo. Em face das capturas de adultos nas armadilhas sexuais, não verificamos quaisquer estragos provocados pela praga, pelo que este inimigo poderá estar sujeita a efeitos de mortalidade natural com importância. Por outro lado o equilíbrio vegetativo das plantas, contraria as 27

28 condições de instalação da praga. A fauna auxiliar, fortemente activa nos olivais pela acção de predadores e parasitóides, pode ter contribuído para reduzir os níveis de estragos deste inimigo Gafa (Gloeosporium olivarum) e Olho de Pavão (Spilocaea oleagina) A metodologia seguida pela Estação de Avisos relativamente a estas doenças, resulta da previsão do risco, fazendo o acompanhamento do ciclo biológico das doenças e da monitorização das condições ambientais favoráveis às mesmas, para determinação dos períodos de risco. As observações para o Olho de Pavão decorreram nos meses de Março e Abril, e nos meses de Agosto, Setembro e Outubro, com uma periodicidade semanal. Para a Gafa, e uma vez que o período de maior risco corresponde ao momento em que os frutos se encontram em fase de maturação, e quando ocorrem as 1ªs chuvas as observações tiveram um a periodicidade semanal e decorreram nos meses de Setembro Outubro e Novembro, onde fizemos a observação de 100 órgãos (folhas, frutos e ramos) ao acaso na parcela. Os tratamentos aconselhados, foram emitidos numa estratégia de protecção preventiva. Avisos emitidos: Olho de Pavão 11 Março As condições ambientais eram favoráveis ao desenvolvimento da doença. Verificamos em diversos olivais sintomatologia a justificar intervenção fitossanitária, pelo que aconselhamos a realização de tratamento. Gafa, Olho de pavão e Cercosporiose 12 Setembro - O estado fenológico, início da mudança da cor dos frutos, associadas às condições climáticas verificadas favoráveis ao desenvolvimento da doença, justificava o aconselhamento do tratamento para estas doenças. 28

29 5 VINHA Efectuamos o acompanhamento dos principais inimigos da cultura da Vinha nesta região: Oídio, Míldio, Escoriose, Esca, Cigarrinha verde e Traça da uva nos Postos biológicos de Qta Cruzinha, Moimentinha, com as observações sempre que possível semanais Oídio (Erysiphe necator) O aconselhamento dos tratamentos visando o combate desta doença, foi feita com base na monitorização da doença, atendendo aos estados fenológicos sensíveis, condições meteorológicas susceptíveis e observação da intensidade de ataque nos Pob s e em parcelas de referência. Avisos emitidos: 27 Abril A maioria das vinhas da região, encontravam-se nesta altura nos estados fenológicos cachos visíveis (F) e cachos separados (G), estados fenológicos muito sensíveis á doença, aconselhávamos a realização de tratamento nesta fase, dando preferência ao enxofre em pó. 11 Maio Chamada de atenção para os viticultores que ainda não tinham realizado o ultimo tratamento, o fazerem quanto antes dado o estado fenológico muito sensível. 20 Maio - A maioria das vinhas da região, encontravam-se nesta altura no inicio de estado fenológico Floração / Alimpa estados fenológicos de grande susceptibilidade á doença. Alertávamos os viticultores para as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da doença, pelo que era importante manter a vinha protegida, com produto de acção sistémica. 2 Junho As condições climáticas (temperaturas e humidade relativa), eram favoráveis ao desenvolvimento do fungo. Aconselhamos a renovação do tratamento, dada a fase muito sensível Floração/Alimpa. 30 Junho Já tínhamos detectado focos de oídio em vinhas mal protegidas, pelo que recomendámos, renovar o tratamento até ao fecho do cacho utilizando de preferência o enxofre em pó, tendo o devido cuidado com as temperaturas elevadas. 29

30 Conclusões O oídio, doença chave na região obriga os viticultores a efectuarem tratamentos sistemáticos para o seu controlo. Quando a estratégia é mal delineada, verifica-se que apesar da utilização química (4 a 6 tratamentos) por campanha, os estragos aparecem no final provocando prejuízos quantitativos e qualitativos. Os tratamentos aconselhados pelo Serviço de Avisos, nas épocas fenológicas mais susceptíveis e quando as condições climáticas eram mais propicias, conduziram a resultados positivos, do ponto de vista fitossanitário, com ausência da doença nos Pob s. Parece-nos haver uma correlação interessante entre o fungo e o vigor da planta. Assim, á medida que o vigor da arborescência aumenta, o fungo acompanha e manifesta-se com intensidade. Em plantas mais equilibradas e quando a parte vegetativa permite um bom arejamento das plantas, verificamos ausência da doença. O uso do enxofre em pó, nas primeiras aplicações aos estados fenológicos de cachos visíveis e floração, temos verificado que são fundamentais para um controlo atempado da doença. No presente ano em algumas vinhas, com castas mais susceptíveis ou com maior vigor, verificamos alguns prejuízos quantitativos e qualitativos, com uvas muito afectadas pela doença Míldio (Plasmopora vitícola) O acompanhamento desta doença, foi efectuado através de observações fenológicas, biológicas e de parâmetros climáticos, com periodicidade semanal, afim de avaliarmos os períodos de risco da doença, nomeadamente as condições de contaminação das infecções primárias. Verificamos condições de infecções primárias na região, no período de chuvas que ocorreu em 19, 20 e 21 Abril, com temperaturas médias próximas de 14,0 ºC e o estado fenológico cachos visíveis, cachos separados. Foram observadas as primeiras manchas de míldio em (05/05/2011), zona baixa do concelho da Meda onde as condições fenológicas eram mais susceptíveis para o fungo. Em meados de Maio dias 13,17,18 e 19 de Maio, ocorreram em muitos locais novas infecções primárias e secundarias do fungo, com a fenologia em estado muito sensível início de floração, cujas manchas apareceram em início do mês de Junho em vinhas desprotegidas. 30

31 Verificamos novas condições de infecções de míldio nos dias 5 e 6 de Junho, verificando-se saída de manchas afectar os cachos em bago de chumbo, provocando prejuízos económicos. Foi efectuada a previsão tendo sido aconselhados três tratamentos e duas renovações para os locais com a presença de inoculo, que posicionados com oportunidade controlaram a doença. A pressão do inoculo na região foi alta, verificamos que as zonas com maior precocidade da fenologia, foram as zonas onde verificamos maiores danos de míldio, caso do concelho da Meda, onde os prejuízos provocados pela doença atingiram em alguns locais mais de 30% de quebra de produção. Fig. 11 Evolução das condições para Infecções de Míldio e avisos emitidos. Avisos emitidos: 27 Abril As condições bioclimaticas ocorridas em 19 e 20 de Abril genericamente foram favoráveis para as infecções primárias da doença. Prevíamos a saída de manchas no período de 30 de Abril a 7 de Maio. Aconselhamos os Srs. Viticultores a tratar nesta fase com produto anti-mildio de acção sistémico. 20 Maio A ocorrência de chuva em vários dias de meados de Maio, provocaram novas infecções primarias e secundarias, pelo que aconselhamos novo tratamento, dado o estado fenológico muito susceptível inicio de Floração em que as videiras se encontravam. 2 Junho A previsão meteorológica, o aparecimento de focos de míldio em toda a região, o estado fenológico muito sensível Floração/ Alimpa, justificava a realização de tratamento anti-mildio. 31

32 30 Junho Apesar das condições climáticas serem desfavoráveis ao desenvolvimento do míldio, verificava-se que em zonas baixas o inoculo do fungo mantinha-se activo, pelo que aconselhamos tratamento com cobre, para os locais onde tinha havido a ocorrência do míldio. Conclusões O Serviço de Avisos acompanhou a dinâmica do inoculo da doença e efectuou algumas avaliações das quebras de produção devido ao míldio. Assim em termos gerais na região, verificamos quebras de produção globais com valores compreendidos até 20% nas áreas das adegas de Figueira Castelo Rodrigo, Pinhel e Vila Franca das Naves e 25 % da produção normal, na área da região da Meda. Constatamos, que os viticultores que seguiram as indicações do Serviço de Avisos, ou dos técnicos ligados a O. As e que efectuaram os tratamentos nas fases indicadas, não tiveram quebras de produção ou foram muito reduzidas. Contudo em termos gerais o Míldio manifestou forte agressividade no presente ano, com condições biológicas e climáticas muito favoráveis ao seu desenvolvimento Escoriose (Phomopsis viticola) Tem-se verificado nos últimos anos, um incremento do inoculo desta doença na região, em vinhas novas e algumas castas mais susceptíveis. O Serviço de Avisos tem efectuado acompanhamento da evolução da doença, com estimativas para avaliação do risco imediato e potencial da doença nos Pob s. O Serviço de Avisos, através das circulares de aviso e no contacto com os viticultores tem aconselhado as estratégias para a protecção da doença, nomeadamente as medidas profilácticas, períodos de maior risco da doença e luta química a adoptar. A acção informativa do serviço de avisos, relativamente ás medidas a tomar e á oportunidade das intervenções fitossanitárias para a doença, tem conduzido a resultados positivos, traduzindo numa redução significativa da doença em algumas vinhas onde vínhamos a efectuar a monitorização da doença. Avisos emitidos: 32

33 26 Janeiro A circular de Aviso informava da sintomatologia desta doença e aconselhamento de medidas profilácticas tendo por objectivo a redução do inoculo da doença. 29 Março - Alertávamos nesta circular, para a importância de se avaliarem as parcelas, no sentido de se verificar a presença da doença. Aconselhámos tratamento aos estados fenológicos mais sensíveis, saída das folhas (D) e folhas livres (E), segundo a estratégia dos tratamentos. 14 Abril Chamada de atenção, há medida que se atingiam os estados fenológicos sensíveis, para os agricultores efectuarem intervenção fitossanitária. Conclusão No presente ano as condições climáticas foram desfavoráveis á evolução da Escoriose, dado o desenvolvimento dos estados fenológicos iniciais sem ocorrência de precipitação, traduzindo-se numa redução significativa da presença da doença nas vinhas Cigarrinha Verde (Empoasca vitis) A monitorização da praga, foi efectuada através de observações semanais nos postos de Moimentinha, Qta da Cruzinha tendo sido feita a avaliação da população de adultos, através de armadilhas cromótropicas e pela evolução das ninfas, pela observação visual. Efectuamos a observação visual de 100 folhas, onde verificávamos a presença ou não das ninfas na página inferior das folhas e avaliávamos se N.E.A de 50 ninfas/100 folhas era atingido. Das observações realizadas ao longo do ano nunca verificamos, taxa de ocupação susceptível de intervenção fitossanitária. No âmbito do trabalho da prospecção, acompanhamos a prospecção do cicadelideo Scaphoideus titanus Ball vector da Flavescência dourada no distrito da Guarda, com a responsabilidade de a Estação de Avisos da Guarda efectuar a divulgação nas suas circulares de avisos da altura oportuna para a realização de tratamentos nas zonas onde for detectado o Scaphoideus titanus Ball vector da flavescencia dourada. A prospecção do Scaphoideus titanus na área da Estação de Avisos da Guarda, incidiu em 13 pontos de prospecção em cada ponto foram colocadas 2 armadilhas cromotrópicas, efectuando a cobertura das zonas vitícolas com maior representatividade. 33

34 Quadro 9- Localização dos pontos de prospecção Scaphoideus titanus Ball em 2011 Concelho Freguesia Local Pinhel Alverca da Beira (1,2) Freixedas (7,8) Bouça Cova (5,6) Tapada Grande Prados Prezas Trancoso Moimentinha (9,10) Varzea Meda Vale Flor (17,18) Longroiva (19,20) Pereiro Qta do Fernão Guarda Vela (25,26) Avelas da Ribeira (3,4) Qta da Cruzinha Fernãocalvo Almeida Vale de Coelha (23,24) Vale Mourão Figueira Cast. Rodrigo Almofala (21,22) Qta do Navarro Celorico da Beira S. Pedro (15,16) Qta do Paço Gouveia Cativelos (13,14) Aljão Seia Pinhanços (11,12) Qta da Ponte Pedrinha De salientar que os pontos de prospecção do Scaphoideus titanus Bal, estão na rede de postos de observação da Estação de Avisos da Guarda, visando a maximização dos recursos. Os trabalhos de prospecção do Scaphoideus titanus iniciaram-se com a colocação das armadilhas cromótropicas em 27, 28 e 29 de Junho. As observações sempre que possível foram efectuadas passados 21 dias, sendo substituídas as armadilha, com observação e registo em ficha própria (Ficha de prospecção do Scaphoideus titanus anexo III), sendo posteriormente observadas as armadilhas no laboratório da Estação de Avisos da Guarda. Resultados Dos pontos prospectados no distrito da Guarda, foram observadas capturas de Scaphoideus titanus Ball no ponto de prospecção 1e 2 Tapada grande freguesia de Alverca da Beira, concelho de Pinhel e ponto de prospecção 3 e 4, freguesia de Avelas da Ribeira concelho da Guarda. A colocação das armadilhas cromotrópicas, nestes pontos de prospecção foi efectuada a 27 de Junho, com levantamento a 18 de Julho não tendo sido encontrados quaisquer exemplares. No levantamento das armadilhas a 2 de Agosto, foram capturados adultos nos pontos de prospecção 1 (4 adultos) e 2 (2 adultos), nos pontos de prospecção 3 (5 34

35 adultos) e 4 (2 adultos), identificados no laboratório da Estação de Avisos da Guarda guardadas as placas no frigorifico. Nas restantes observações 23/08,06/09,30/09 em ambos os pontos de prospecção não foram observados quaisquer exemplares de Scaphoideus titanus. Saliente-se que já em 2010 no ponto de prospecção em Alverca da Beira, apareceram adultos de Scaphoideus titanus em nº bastante elevado comparativamente ao número deste ano. Por outro lado registamos adultos em vinha limítrofe contudo pertencente a outra freguesia Avelãs da Ribeira, concelho da Guarda. Acompanhamos nestes pontos de prospecção a evolução da vinha, para observação de aparecimento de sintomatologia suspeita de Flavescência dourada, a qual nunca foi observada até meados de Outubro, não tendo sido colhidas amostras para análise. Notificações Em 3 de Agosto contactamos telefonicamente os proprietários das vinhas, referentes aos pontos de prospecção 1,2,3 e 4, onde alertamos da situação do aparecimento do Scaphoideus titanus Ball, tendo sido recomendadas as medidas fitossanitárias para implementar para o controlo do insecto vector Scaphoideus titanus. Foi aconselhado a realizar tratamento fitossanitário a toda a área das vinhas, tendo sido realizado tratamento nos dias 5 e 6 de Agosto em ambos os casos com o produto comercial actara 25 wg. Após a realização do tratamento e em observações posteriores 23/8, 06/09 e 30/09, não foram observados quaisquer exemplares de Scaphoideus titanus nestes pontos de prospecção. Divulgação e sensibilização regional Tendo em vista a sensibilização do sector vitivinícola regional, foi realizada em 21/07/2011 uma acção de sensibilização, para viticultores promovida pelos técnicos da DPQP na cidade de Pinhel com a colaboração da Câmara municipal de Pinhel e junta de freguesia de Alverca da Beira. Foi também enviado aviso agrícola da Estação de Avisos da Guarda chamando atenção da detecção de adultos de Scaphoideus titanus na freguesia de Alverca da Beira e da necessidade de intervenção fitossanitária para o seu combate nesta mesma freguesia. 35

36 5.5 - Traça da Uva (Lobesia botrana) Para a monitorização deste inimigo, foram colocadas armadilhas sexuais nos postos biológicos de Moimentinha, e Qta da Cruzinha, para acompanhamento da curva de voo dos adultos. Apesar da pouca importância que a praga tem na região, foram colocadas armadilhas sexuais, para avaliação de população, em castas recentemente introduzidas para avaliação da susceptibilidade das mesmas á praga. Nas observações realizadas, constatamos sempre uma população baixa, quer no voo de adultos capturados em armadilha, quer ao nível de cachos perfurados, pelo que não foi emitido quaisquer avisos agrícolas para este inimigo. N.º capturas Fig. 11 Curva de Voo Lobesia botrana

37 6 - CASTANHEIRO 6.1 Bichado da Castanha (Cydia splendana) Dando continuidade ao trabalho iniciado em 2010, apesar dos constrangimentos orçamentais e humanos, conscientes da importância do diagnóstico da continuidade do trabalho do Bichado da castanha para esta região, propusemo-nos a avaliar a importância do Bichado da castanha Cydia splendana e verificar o Grau de Ataque, para futuro aconselhamento do Serviço de Avisos. Material e métodos - Foram colocadas três armadilhas sexuais, para captura de adultos - 2 Locais Martin-Rei concelho de Sabugal, souto com 22 anos de idade, área de 1,5ha, uma armadilha na variedade Longal e outra armadilha na variedade Verdeal Casal Cinza, concelho da Guarda, souto com 20 anos de idade, área de 3,0 ha. Variedades- Nos dois locais predominam as variedades Martainha, Longal, a variedade Verdeal encontra-se somente em Martin-rei. - As observações dos adultos nas armadilhas sexuais, foram verificadas sempre que possível semanalmente. - As observações para avaliação do grau de ataque foram realizadas uma vez ao meio da queda dos frutos. Resultados Em Martin Rei as armadilhas sexuais foram colocadas em 10 de Agosto, e em Casal se Cinza foi colocada em 16 de Agosto, para captura de adultos para avaliarmos a dinâmica populacional da praga. As armadilhas colocadas em Casal de Cinza e Martin-rei A e B em zonas climáticas idênticas, sensivelmente com a mesma altitude capturaram 26 adultos em Casal de Cinza, em Martin-Rei A 26 adultos na parcela da variedade Longal e Martin-Rei B 30 adultos em parcela da variedade Verdeal. 37

38 N.º capturas Fig Curva de Voo de Cydia splendana A Cydia splendana apresenta uma geração anual, a actividade desenvolve-se durante a fase de maturação dos frutos, desde meados de Agosto, Setembro ainda parte de Outubro, verificando-se o máximo do voo em finais de Agosto a meados de Setembro, correspondendo este período ao máximo de posturas Avaliação do Grau de Ataque Os estragos provocados pela praga, são exclusivamente efectuados nos frutos provocando a queda de ouriços numa fase inicial, não complementando os frutos a sua maturação, e a perda de frutos e do seu valor comercial com as larvas abrindo galerias com excrementos no interior dos frutos. A avaliação do grau de ataque, foi efectuada ao meio da queda das castanhas em Casal de cinza e em Martin Rei e nas três variedades martainha, longal e verdeal. Foram colhidos 100 frutos em (5 plantas x 20 Frutos) nas variedades martainha, longal e verdeal, por observação macroscópica verificávamos os frutos afectados com a presença das larvas de Cydia splendana. 38

39 Fig 13 - grau de ataque de bichado da castanha. Verifica- se no estudo que as médias de afectação da Cydia splendana, este ano revelaramse superiores ao ano anterior, com valores que se situam no intervalo de 12,0% e 22,0% de castanhas afectadas, considerando uma produção unitária de 1000 Kg/ha, corresponde a uma produção perdida de 220,0 Kg. Importa referir que no presente ano, verificou-se prejuízos significativos de castanha com danos provocados por bichado e gorgulho, onde alguns produtores apontavam prejuízos superiores a 50% de quebra de produção devido a estes inimigos. De salientar que não verificamos ao nível do estudo uma relação capturas/ estragos, dado que no presente ano houve uma redução de capturas na armadilha, relativamente ao ano anterior, verificando um nível de estragos superiores ao ano anterior. Somos de opinião que as condições climáticas verificadas durante o mês de Setembro, contribuíram para uma boa evolução da praga, com os consequentes prejuízos ao nível dos frutos. Será importante a continuidade destes estudos, nos próximos anos para avaliação dos NEA para o Bichado da Castanha, avaliando também que tipo de estratégia de luta a utilizar considerando as vertentes económicas, sociais e ambientais, para que a cultura do castanheiro na região, seja alternativa e sustentável em determinadas zonas do distrito da Guarda. 39

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