PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO JUNHO 2013
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- Levi Jardim Castilhos
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1 PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO JUNHO 2013
2 SÍNTESE do período entre 1 e 30 de JUNHO de 2013 As temperaturas observadas no mês de junho apresentaram-se relativamente baixas até dia 21, começando a subir progressivamente a partir deste dia. Entre os dias 22 e 30 as temperaturas máximas observadas foram elevadas, com Setúbal, no dia 24, e Santarém, no dia 30 a atingir a temperatura mais alta do período em análise, 39ºC. O dia mais quente a nível nacional foi o dia 30 de junho com uma média nacional de 35ºC, seguido dos dias 25 e 29, com uma média de 34ºC, sendo que entre os dias 23 e 30 a média das temperaturas máximas em Portugal esteve acima dos 30ºC. Devido às temperaturas elevadas que se fizeram sentir no período em análise foram emitidos alertas amarelos para os distritos de Castelo Branco (7 dias), Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja ( dias), Lisboa, Braga Coimbra, Leiria (5 dias) e Viana do Castelo e Porto (3 dias), totalizando 3 alertas amarelos. A procura dos serviços de urgência não evidenciou aumento da procura no período em análise nem foram reportadas à DGS quaisquer ocorrências relacionadas com a procura dos serviços de urgência ou de outras situações diretamente ligadas ao calor. De acordo com os dados fornecidos pelo Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade, monitorizado pelo INSA, a mortalidade diária no Continente revelou um comportamento de subida (a partir do dia 9) que parece acompanhar a curva da média da temperatura máxima, verificando-se o valor mais elevado, nos dias 28 e 30. Foram efetuadas 158 chamadas para a Linha Saúde 24, das quais 149 foram relativas a Queimaduras e as restantes 9 relativas a Exposição ao Sol ou Calor.
3 ÍNDICE SÍNTESE do período entre 1 e 30 de JUNHO de INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO DIÁRIA DO RISCO Temperaturas Análise Nacional Análise Regional Emissão de alertas Índice-Alerta-Ícaro Excedências de ozono Radiação Ultravioleta... 3 MONITORIZAÇÃO Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade Procura dos serviços de urgência Procura dos serviços de emergência (INEM) Procura do Serviço Saúde OUTRAS INFORMAÇÕES... 8 ANEXO I TABELAS... 9 ANEXO II - GRÁFICOS ANEXO III MAPAS DE ALERTAS... 13
4 1 - INTRODUÇÃO De acordo com o que se encontra estipulado no Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas Módulo Calor 2013, a Divisão de Saúde Ambiental e Ocupacional apresenta o Relatório de Acompanhamento e Avaliação das Ocorrências verificadas entre 1 e 30 de junho. Este relatório foi elaborado com as informações disponibilizadas pelas várias entidades que colaboram no Plano. 2 - AVALIAÇÃO DIÁRIA DO RISCO 2.1 Temperaturas Análise Nacional No mês de junho, as temperaturas máximas observadas variaram entre os 12ºC, na Guarda, nos dias 7 e 8 de junho e os 39ºC, em Setúbal e Santarém, nos dias 24 e 30 de junho, respetivamente (ver Tabela n.º 1, no Anexo I) Análise Regional A nível regional podemos verificar que: Norte: verificaram-se temperaturas máximas entre os 15ºC, em Vila Real (dia 17) e os 3ºC, em Braga (dia 30). Não foram disponibilizadas pela meteorologia as temperaturas máximas observadas para Viana do Castelo, no dia e para Braga nos dias 22 e 23; Centro: as temperaturas máximas observadas situaram-se entre os 12ºC, na Guarda (dias 7 e 8) e os 37ºC, em Leiria (dias 29 e 30). Nesta região, não foi disponibilizada pela meteorologia a temperatura máxima observada para Aveiro (dias 8, 22 e 23) e Leiria (dia 14); Lisboa e Vale do Tejo: as temperaturas máximas observadas situaram-se entre os 17ºC, em Lisboa (dias 8 e 9) e os 39ºC, em Setúbal (dia 24) e em Santarém (dia 30). Não foram disponibilizadas as temperaturas máximas para Lisboa (dias 5, 8 e 10); Alentejo: verificaram-se temperaturas máximas entre os 14ºC, em Portalegre (dia 9) e os 38ºC, em Évora (dias 25 e 30) e Beja (dias 24, 25 e 30); Algarve: as temperaturas máximas observadas em Faro variaram entre os 20ºC (dia 8) e os 32ºC (dia 30). Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 4
5 Nota: nos distritos e nos dias em que não foram disponibilizadas as temperaturas observadas consideraram-se as temperaturas previstas para esses dias. No Anexo II encontra-se o Gráfico n.º 1 com a evolução das temperaturas máxima e mínima no país e no Gráfico n.º 2 a evolução da média das temperaturas máxima e mínima observadas por distrito. 2.2 Emissão de alertas Devido às temperaturas elevadas que se fizeram sentir no período em análise foram emitidos alertas amarelos para os seguintes dias e distritos (Ver Tabela 1): Tabela 1 Alertas amarelos emitidos Data Distritos 24-Jun Castelo Branco 25-Jun Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja 2-Jun 27-Jun 28-Jun 29-Jun Braga, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja Braga, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja Viana do Castelo, Braga, Porto, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja Viana do Castelo, Braga, Porto, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja 30-Jun Viana do Castelo, Braga, Porto, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja No Anexo III podem ser consultados os mapas com os alertas emitidos. No Gráfico n.º 8 do referido Anexo pode ver-se o número de alertas emitidos por distrito no mês de junho. 2.3 Índice-Alerta-Ícaro De acordo com os Boletins Ícaro recebidos, o valor de índice-alerta-ícaro a nível nacional foi positivo entre os dias 22 e 30, sendo o valor mais elevado verificado no dia 30, com 2,242, para toda a população e com 2,552, para a população com mais de 75 anos, com o significado de possível efeito sobre a mortalidade. Em relação ao Índice de Lisboa 2005, este apresentou valores positivos entre os dias 24 e 30, sendo o mais elevado de 2,00 (dia 30). Em relação aos índices regionais pode verificar-se que: Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 5
6 Norte: apresentou valores positivos entre os dias 25 e 30 de junho, com o maior valor a ocorrer no dia 30, com 1,183 (para toda a população) e com 0,89 (para a população com mais de 75 anos); Centro: apresentou valores positivos entre os dias 22 e 30 de junho, com o maior valor a ocorrer no dia 30, com 0,917 (para toda a população) e com 0,9 (para a população com mais de 75 anos); Lisboa e Vale do Tejo: apresentou valores positivos entre os dias 22 e 30 de junho, com o maior valor a ocorrer no dia 30, com 1,573 (para toda a população) e com 1,547 (para a população com mais de 75 anos); Alentejo: apresentou valores positivos entre os dias 22 e 30 de junho, com o maior valor a ocorrer no dia 27, com 0,048 (para toda a população) e no dia 30, com 0,30 (para a população com mais de 75 anos); Algarve: apresentou valores positivos entre os dias 22 e 30 de junho, com o maior valor a ocorrer no dia 27, com 0,032 (para toda a população) e no dia 30, com 0,192 (para a população com mais de 75 anos). No Gráfico n.º 3 (Anexo II) encontra-se a evolução da média da temperatura máxima nacional e dos valores previstos de índice-alerta-ícaro para o período em análise. 2.4 Excedências de ozono Durante o período em análise foram comunicadas 15 excedências do valor de concentração de ozono na região de Lisboa e Vale do Tejo, nos dias 25, 27 e 28 de junho, sendo que o valor mais elevado ocorreu no dia 25, com 204 µg.m -3, entre as 17h e as 18h, na estação do Laranjeiro, concelho de Almada. 2.5 Radiação Ultravioleta Os níveis de radiação ultravioleta previstos em para o período em análise, variaram entre um índice UV 5 (Moderado) e 10 (Muito Alto), sendo que os níveis 9 e 10 se registaram em mais dias do período em análise. Esteve previsto um índice UV de 11 (Extremo) na Guarda (dias 22 e entre os dias 24 e 2) e em Faro (dias 24 e 25). 3 MONITORIZAÇÃO 3.1 Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade De acordo com os dados fornecidos pelo Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade, monitorizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a mortalidade Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página
7 diária no Continente revelou um comportamento de descida até dia 9 seguindo-se um período de subida até final do mês que parece acompanhar a curva da média da temperatura máxima. O valor mais elevado (295 óbitos) verificou-se nos dias 28 e 30. O período em análise apresentou uma média diária de 255 óbitos. O Gráfico n.º 4 (Anexo II) mostra a relação entre a evolução da mortalidade a nível nacional e a média das temperaturas máximas observadas, no período entre 1 e 30 de junho. 3.2 Procura dos serviços de urgência De acordo com o Sistema de Suporte a Emergências de Saúde Pública, o valor mais elevado de procura dos serviços de urgência a nível nacional (Hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde), para o período em análise, ocorreu no dia 3 de junho (8.50), registando-se uma procura média diária de entradas. No Gráfico n.º 5 (Anexo II) apresenta-se a relação entre a evolução da procura dos serviços de urgência e a média das temperaturas máximas observadas, no período de 1 a 30 de junho. 3.3 Procura dos serviços de emergência (INEM) No período em análise, a procura diária dos serviços de emergência médica, a nível nacional, foi em média de ocorrências, tendo o dia 29 de junho sido o que apresentou maior número de chamadas (3.48). Esta procura apresentou um comportamento estável, com uma subida a partir do dia 23, que parece acompanhar a curva da média da temperatura máxima. No Gráfico n.º (Anexo II) apresenta-se a relação entre a evolução da procura dos serviços de emergência médica nacional e a média das temperaturas máximas observadas, no mês de maio. 3.4 Procura do Serviço Saúde 24 No período em análise, foram efetuadas 158 chamadas para a Linha Saúde 24, das quais 149 foram relativas a Queimaduras e as restantes 9 relativas a Exposição ao Sol ou Calor. Segundo o encaminhamento dado a cada situação de contacto temos que a maioria das chamadas por Queimaduras teve como orientação os Autocuidados, enquanto na Exposição ao sol ou calor a maior parte das chamadas foram encaminhados para Urgência Hospitalar (ver Tabela 2). Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 7
8 Tabela 2 Encaminhamento das situações de contacto Queimaduras Exposição ao sol ou calor INEM 2 0 Urgência Hospitalar 14 5 Consulta médica 59 1 Autocuidados 74 3 No Gráfico n.º 7 (Anexo II) pode ver-se o número de chamadas da Linha Saúde 24 relacionadas com Calor por tipo de encaminhamento para o período entre 1 e 30 de junho. 4 OUTRAS INFORMAÇÕES Neste período de implementação do Módulo Calor do Plano de Contingência foram introduzidos no sistema informático da DGS quatro Planos Específicos referentes ao início do período de vigência do Plano. Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 8
9 ANEXO I TABELAS Tabela n.º 1 Temperaturas máximas observadas por distrito de 1 a 30 de junho Temperaturas máximas entre 32 e 34ºC Temperaturas máximas superior ou igual a 35ºC A vermelho temperaturas máximas previstas Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 9
10 Temperatura (ºC) 01/Jun 02/Jun 03/Jun 04/Jun 05/Jun 0/Jun 07/Jun 08/Jun 09/Jun 10/Jun 11/Jun 12/Jun 13/Jun 14/Jun 15/Jun 1/Jun 17/Jun 18/Jun 19/Jun 20/Jun 21/Jun 22/Jun 23/Jun 24/Jun 25/Jun 2/Jun 27/Jun 28/Jun 29/Jun 30/Jun Temperatura (ºC) Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas Módulo CALOR 2013 ANEXO II - GRÁFICOS Temperaturas máxima e mínima observadas em Portugal junho 2013 Data Fonte: IM Média Temperatura máxima Portugal Média Temperatura mínima Portugal Gráfico n.º 1 Evolução da média das temperaturas máxima e mínima observadas em Portugal Continental Temperaturas máximas por distrito junho 2013 Data (dias) Viana do Castelo Braga Porto Bragança Vila Real Aveiro Coimbra Leiria Viseu Guarda Castelo Branco Santarém Lisboa Setúbal Portalegre Évora Beja Faro Gráfico n.º 2 Evolução das temperaturas máximas por distrito Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 10
11 Temperatura (ºC) Mosrtalidade (n.º) Temperatura (ºC) Índice-alerta-Ícaro (n.º) Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas Módulo CALOR Temperatura máxima observada em Portugal vs índice-alerta-ícaro junho Fonte: IM/INSA Data Média temperatura máxima Portugal IAÍcaro toda população Gráfico n.º 3 - Evolução da média da temperatura máxima nacional e dos valores previstos de índice-alerta-ícaro Temperatura máxima observada em Portugal vs mortalidade junho Data Fonte: IM/INSA Média Temperatura máxima Portugal Mortalidade diária 2013 Gráfico n.º 4 Evolução da média das temperaturas máximas observadas e da mortalidade a nível nacional Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 11
12 Temperatura (ºC) Emergências (n.º) Temperatura (ºC) Urgências (n.º) Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas Módulo CALOR Temperatura máxima observada em Portugal vs urgências junho Data Fonte: IM/ACSS Média temperatura máxima Portugal Urgências (Hosp. + CS) Gráfico n.º 5 - Evolução da média das temperaturas máximas observadas e da procura dos serviços de urgência Temperatura máxima observada em Portugal vs emergências junho Data Fonte: IM/INEM Média temperatura máxima Portugal Ocorrências INEM Gráfico n.º Evolução da média das temperaturas máximas observadas e da procura dos serviços de emergência Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 12
13 Encaminhamento chamadas calor a 30 de junho Queimaduras Exposição ao sol ou calor INEM Urgência Hospitalar Consulta médica Autocuidados Gráfico n.º 7 - Número de chamadas da Linha Saúde 24 relacionadas com Calor por tipo de encaminhamento ANEXO III MAPAS DE ALERTAS Distritos com alertas amarelos em junho Total Porto Viana do Castelo Leiria Coimbra Braga Lisboa Beja Évora Portalegre Setúbal Santarém Castelo Branco Gráfico n.º 8 Distritos com alertas amarelos Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 13
14 Relatório de acompanhamento 1 a 30 de junho de 2013 Página 14
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