O CONSUMIDOR INFANTO JUVENIL. PALAVRAS-CHAVE: Infanto-Juvenil; vulnerabilidade agravada; consumidor; publicidade.

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1 1 O CONSUMIDOR INFANTO JUVENIL Edineia Nascimento de Magalhães 1 RESUMO O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise do consumidor infanto-juvenil ressaltando que este público possui uma vulnerabilidade agravada frente às relações de consumo. Destaca que a criança e o adolescente devido a sua condição peculiar de pessoa em processo de desenvolvimento devem ser protegidos pelos princípios constitucionais que trazem instrumentos que garantirão sua proteção. PALAVRAS-CHAVE: Infanto-Juvenil; vulnerabilidade agravada; consumidor; publicidade. INTRODUÇÃO Acerca da vulnerabilidade agravada dos consumidores infanto juvenis, é feita uma abordagem sobre as mensagens publicitárias que são veiculadas pelos meios de comunicação que muitas vezes são persuasivas levando a um consumismo. Destaca o interesse da mídia e da publicidade nestes consumidores, pois reconhece a condição privilegiada de consumidores em potencial e sua influência no consumo da família. 1 A DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA A Declaração Universal dos Direitos da Criança, do ano de 1959, foi adotada pela ONU, onde dispõe que a criança, devido a sua imaturidade física e mental, precisa de proteção e de cuidados, inclusive a proteção legal antes e depois de seu nascimento. Portanto o Estado deve tutelar o bem estar das crianças e adolescentes. O Brasil já se posicionou em termos legislativos, através do Estatuto da Criança e Adolescente, lei 8069/1990, no artigo 1 estabelece esta lei dispõe sobre a proteção integral à criança e 1 Aluna do 10º período das Faculdades Integradas do Brasil Unibrasil, orientada pela Profª Ms. Maria Cecília Naréssi Munhoz Affornalli.

2 2 ao adolescente. 2 A lei 8069 de 1990 dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e conforme o art. 2 desta lei considera-se criança, e será protegida por essa lei a pessoa até doze anos de idade incompletos, e como adolescentes; a pessoa que está entre doze e dezoito anos de idade, e o art. 5 desta mesma Lei prevê que nenhuma criança ou adolescente poderá ser objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão e sofrerá punições aquele que atentar contra os seus direitos fundamentais. 3 Tanto a Constituição Federal em seu art. 227 como o Estatuto da Criança e do Adolescente nos arts. 4 e 17 asseguram a proteção da Criança e do Adolescente, garantindo-lhe respeito físico, psíquico e moral, é dever do Estado, da família e da Comunidade assegurar a efetivação dos seus direitos. Portanto cabe ao Estado proibir a participação do público infanto juvenil em qualquer evento que possa o prejudicar ou estimular algum vício. 4 A Constituição Federal no art. 227 dispõe É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade. 5 Tem-se por este princípio a prioridade do interesse da criança, a proteção de uma pessoa de maior vulnerabilidade e rege este artigo o dever da família, assim como do Estado e da sociedade de efetivar esses direitos. 6 No Brasil, além da Lei 8069/90, há outros textos legais que também regulam as relações que envolvem a criança e o adolescente, podendo citar o Direito Civil, o objetivo é a proteção integral, que é um sistema que tem a criança e o adolescente como titular de interesses que são priorizados frente à família, à sociedade e ao 2 SCREMIN, Mayra de Souza. A Lei /2000 e as Restrições à Publicidade do Cigarro Aspectos Jurídicos e Sociais. In: EFING, Antônio Carlos (coord.). Direito do Consumo 2. Curitiba: Juruá, p p LEI 8069 de Estatuto da Criança e do Adolescente. 4 SCREMIN, Mayra de Souza. Op. cit., p MIRAGEM, Bruno. Direito do Consumidor. São Paulo: RT, p Idem.

3 3 Estado. 7 A conceituação de proteção integral é essencialmente jurídica, muito embora seja reflexo da política de um povo em relação à criança e ao adolescente. A lei impõe obrigações à Família, à Sociedade e ao Estado, considerando, reitere-se, o valor da criança e do adolescente em determinado momento histórico-cultural. Quando a normativa internacional e o Estatuto da Criança e do Adolescente referem-se à proteção integral, estão indicando um conjunto de normas jurídicas concebidas como direitos e garantias frente ao mundo adulto, colocando os pequenos como sujeitos ativos de situações jurídicas. Moral ou valores sociais são apenas os elementos informadores ou determinantes da lei, devendo ser afastada qualquer consideração extrajurídica permissiva da intromissão de outros componentes na definição de seu conteúdo. 8 A Proteção Integral da Criança e do Adolescente começou a ser construído a partir da necessidade de protegê-los frente à Família, Sociedade e Estado. Proteção integral fala-se no sentido de totalidade de suas relações interpessoais sem exclusão. 9 Esse sistema de proteção integral impõe regras que determinam direitos e garantias que protegem as crianças e os adolescentes das transgressões cometidas pelo adulto, no âmbito familiar, na sociedade e pelo Estado. Essa proteção integral tem sua essência na proteção dos direitos fundamentais como a vida, a saúde, a educação, a liberdade, bem como, o lazer, a convivência na família, na comunidade e a integridade física e mental. 10 A proteção integral não pode ser concebida como recurso utilitário no mundo adulto, mero expediente garantidor da maturidade, mas como um dever de todos, mero expediente garantidor da maturidade, mas como um dever de todos, uma obrigação correlata ao magno direito de viver como criança e como adolescente expresso em interesses juridicamente protegidos que permitam existir em condições de dignidade e respeito, de modo que os movimentos progressivos, mais perceptíveis na infância e adolescência, afigure-se como conseqüências naturais e não como fins em si mesmos. 11 O interesse da sociedade esta centrada neste continuar evolutivo, a perene atualização de potencialidades, a melhoria da nação e que o Direito que protege a criança e o adolescente alcance também o coletivo, tutelando tanto o interesse da 7 PAULA, Paulo Afonso Garrido de. Direito da Criança e do Adolescente e tutela Jurisdicional Diferenciada. São Paulo: RT, p Idem. 9 PAULA, Paulo Afonso Garrido. Op. cit., p Idem. 11 Ibidem, p. 25.

4 4 pessoa como o da sociedade. 12 Os direitos das crianças e dos adolescentes são indisponíveis, e essa indisponibilidade surge em decorrência da titularidade dual, isto é, que a efetivação da norma jurídica especial interessa de forma igual à criança ou adolescente e à sociedade. 13 (...) o Direito da Criança e do Adolescente enxerga seus sujeitos principais como aquilo que são e não como aquilo que podem ser. O desenvolvimento saudável e harmonioso, em condições dignas de existência, tem imenso valor intrínseco, devendo ser considerado como necessidade do presente e não como instrumento do futuro. Embora possa afirmar-se que a infância e a adolescência saudáveis projetam igualmente um adulto saudável, os interesses das crianças e adolescentes derivam de necessidades imediatas, muitas delas próprias das fases peculiares, de modo que seu reconhecimento e efetivação atendem ao imperativo da atualidade. 14 O Direito da Criança e do Adolescente estão assentados em enunciados que condicionam e conduzem a criança e o adolescente a uma proteção especial, pois respeitam a condição de ser uma pessoa que está em processo de desenvolvimento e por isso necessitam de proteção integral nesta fase da infância e da adolescência. E a partir dessa relevância sócio-individual nascem princípios que trazem garantias e instrumentos para a realização dos direitos previstos pela legislação. 15 Um princípio se traduz no Respeito à Condição Peculiar de Pessoa em Processo de Desenvolvimento e o outro princípio é o da Prioridade Absoluta que exigem assim a Proteção Integral da Criança. 16 O respeito à condição peculiar de pessoa em processo de desenvolvimento se traduz que a criança se encontra em uma fase que necessita ser levado em conta, pois a criança neste estado está em constante modificação. 17 O direito de brincar, expresso na legislação brasileira, é dos mais claros exemplos do respeito à condição peculiar de pessoa em processo de desenvolvimento. Trata-se de um interesse juridicamente protegido, porquanto o Direito valora um fato da infância com o grau da 12 Idem. 13 Ibidem, p Ibidem, p Ibidem, p Idem. 17 Ibidem, p 38.

5 5 importância que o lúdico tem no desenvolvimento infantil e que vai decrescendo ao longo dos anos, substituído por outras formas de entendimento, comunicação, prazer ou superação das adversidades. Ainda que saudável o brincar na idade adulta, não é um interesse erigido a categoria de direito, não tendo, via de conseqüência, força subordinante na vida de relação. 18 O segundo princípio Prioridade Absoluta significa dizer que a concretização do interesse juridicamente protegido da criança e do adolescente é prioridade, pois antecede qualquer outro direito do mundo, e exige uma imediata realização de seus direitos para melhor conduzir à consolidação de uma existência madura e saudável. 19 Condições fundamentais são pressupostos para viver uma infância de forma saudável e digna, e além dessas condições materiais não deve haver negligência, discriminação, explorar a violência, crueldade e opressão, pois os direitos da criança e do adolescente devem ser validados com presteza necessária para que sirvam, no tempo certo, como alicerces do desenvolvimento pessoal e garantias da integridade. 20 Em resumo, o respeito à condição peculiar de pessoa em processo de desenvolvimento e a prioridade absoluta constituem-se instrumentos de garantia da proteção integral, revelada pelos direitos relacionados ao desenvolvimento saudável e integridade. 21 A Constituição Federal de 1988 seguiu uma linha diferente das outras constituições, pois definiu princípios e valores bem específicos, no que diz respeito às relações do direito civil que serviram de base para o Código Civil e para os chamados microssistemas. 22 A Carta Magna enuncia os direitos fundamentais da infância e da juventude, os quais passaram a fazer parte a partir de 1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente, criado para esse fim, de maneira ampla e específica, a detalhar os princípios constitucionais. 23 Por ser uma norma específica, e seguindo as diretrizes constitucionais, o 18 Ibidem, p Ibidem, p Ibidem, p Idem. 22 MILANO FILHO, Nazir David; MILANO, Rodolfo César. Obrigações e Responsabilidade Civil do Poder Público perante a Criança e o Adolescente. São Paulo: Universitária de Direito, p Idem.

6 6 Estatuto da Criança e do Adolescente, dispõe no art. 3º que a criança e o adolescente são sujeitos de direitos fundamentais à pessoa humana, sem prejuízo aos princípios dispostos na Lei 8069/90, assegurando que a criança e o adolescente tenham um desenvolvimento físico, mental, espiritual e social de liberdade e dignidade, é dever da família, da comunidade, de toda a sociedade e ainda do Poder Público de assegurar e efetivar os direitos fundamentais. 24 O art.4º do ECA Lei 8069/90 prevê os direitos fundamentais como saúde, vida, alimentação, educação, esporte, lazer, direito a uma profissão, à cultura, à dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária. 25 Maria de Fátima Carrado FIRMO leciona que cada ameaça ou lesão ao direito violado da criança e do adolescente, será julgada pelo Poder Judiciário, cabendo-lhe inclusive reparação e responsabilização à aquele que infringir a Lei, dispõe o art. 208 da Lei 8069/90 a proteção judicial dos interesses individuais difusos e coletivos, relativos à ofensa dos direitos assegurados à criança e ao adolescente. 26 Como o Brasil ratificou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança ONU (decreto nº /90) e de forma expressa adotou a Doutrina Jurídica da Proteção Integral, não há porque excluir as crianças e os adolescentes brasileiros da titularidade dos direitos da personalidade e negar-lhes o ressarcimento por danos morais A VULNERABILIDADE AGRAVADA NO CONSUMIDOR INFANTO JUVENIL O conceito da vulnerabilidade difere do conceito de hipossuficiência, pois todo o consumidor é vulnerável enquanto hipossuficientes são certos consumidores ou certas categorias, como os idosos, as crianças, os índios, os doentes, os rurícolas, os moradores da periferia. A vulnerabilidade é aferida de forma objetiva e a 24 Ibidem, p Idem. 26 FIRMO, Maria de Fátima Carrada. A Criança e o Adolescente no Ordenamento Jurídico. Brasileiro. Rio de Janeiro: Renovar, p Idem.

7 7 hipossuficiência de forma subjetiva, esta hipossuficiência pode ser físico-psiquica, econômica ou circunstancial. 28 A vulnerabilidade é um traço universal de todos os consumidores, ricos ou pobres, educados ou ignorantes, crédulos ou espertos. Já a hipossuficiência é marca pessoal, limitada a alguns até mesmo a uma coletividade-, mas nunca a todos os consumidores. A utilização, pelo fornecedor, de técnicas mercadológicas que se aproveitem da hipossuficiência do consumidor caracteriza a abusividade da prática. A vulnerabilidade do consumidor justifica a existência do Código. A hipossuficiência, por seu turno, legitima alguns tratamentos diferenciados no interior do próprio Código, como, por exemplo, a previsão de inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII). 29 De acordo com art. 2º e art. 4º, I, do Código de Defesa do Consumidor a vulnerabilidade já é presumida para a pessoa física classificada como destinatário final de produto e serviço em uma relação de consumo. 30 A vulnerabilidade é uma situação que coloca o sujeito de direitos em uma situação de fragilidade, provocando um desequilíbrio entre o consumidor e fornecedor, e essa situação pode ser provisória ou permanente, individual ou coletiva. 31 Em resumo, existem três tipos de vulnerabilidade: a técnica, a jurídica, a fática. E um quarto tipo de vulnerabilidade básica ou intrínseca do consumidor, a informacional. 32 Em relação à vulnerabilidade técnica o consumidor não possui conhecimentos específicos sobre o produto ou serviço que está adquirindo, sendo assim, pode ser facilmente enganado, pois não tem conhecimento para saber as características e a utilidades do bem. 33 Já a vulnerabilidade jurídica ou científica acontece quando o consumidor não possui um entendimento jurídico específico em determinada área do conhecimento, 28 GRINOVER, Ada Pellegrini...et al. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 9 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p BENJAMIN, Antônio Herman V. MARQUES, Cláudia Lima. BESSA, Leonardo Roscoe. Manual de Direito do Consumidor. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: RT, p Ibidem, p Idem. 32 Idem. 33 Ibidem, p. 74.

8 8 cabendo ao fornecedor o dever de informar com clareza o conteúdo de um contrato, por exemplo. 34 Um outro tipo de vulnerabilidade é a fática ou sócio-econômica, que destaca o consumidor como a parte frágil, já que o fornecedor está em uma posição de superioridade em razão de seu poder econômico elevado ou conhecimento jurídico. 35 Cláudia Lima MARQUES destaca um 4º tipo de vulnerabilidade chamada informacional, como uma vulnerabilidade ligada à pessoa do consumidor, e que merece um destaque, pois na sociedade atual são de grande importância a aparência, a confiança, a comunicação e a informação, já que o consumo hoje é mais visual, rápido e de risco, caracterizando assim a importância da informação. 36 Esta vulnerabilidade informativa, não deixa, porém, de representar hoje o maior fator de desequilíbrio da relação vis-à-vis os fornecedores, os quais, mais do que experts, são os únicos verdadeiramente detentores da informação. Presumir a vulnerabilidade informacional (art. 4º,I, do CDC) significa impor ao fornecedor o dever de compensar este novo fator de risco na sociedade. Aqui mais do que técnica, jurídica ou fática, esta vulnerabilidade é essencial à dignidade do consumidor, principalmente enquanto pessoa física. 37 Tanto a sociedade como o direito está preocupado e valorizando a vulnerabilidade informacional dos consumidores, principalmente com relação à informação de produtos perigosos, medicamentos, alimentos e serviços, que quando oferecidos no mercado de consumo podem afetar a saúde dos consumidores e também de suas famílias, neste sentido é de salutar a norma do art. 220 da Constituição Federal, sobre limites à publicidade de tabaco e medicamentos. 38 Atualmente, é grande o déficit informacional dos consumidores, por isso a jurisprudência está demonstrando uma tendência de valorizar as informações prestadas, mesmo que através da marca ou aparência, e daí tirando instrumentos de 34 Ibidem, p Ibidem, p Ibidem, p Idem. 38 Ibidem, p. 78.

9 9 compensação do papel do consumidor. 39 Contudo na sociedade atual essa vulnerabilidade atinge muitos, mesmo alguns que não são exatamente os destinatários finais dos produtos e serviços. Neste sentido é importante relembrar que o CDC equipara alguns destes sujeitos de direito a consumidores. 40 Em 1982 a Câmara Internacional de Comércio, que é uma organização privada, a respeito da Industria de publicidade, promulgou normas de orientação com relação ao comportamento publicitário dirigido a criança a seguir: A publicidade dirigida a crianças deve ser veraz e claramente identificável como tal: não deve aprovar a violência ou aceitar comportamentos que contrariem as regras gerais de comportamento social: não se pode criar situações que passe a impressão de que alguém pode ganhar prestígio com a posse de bens de consumo, que enfraqueçam a autoridade dos pais, contribuam para situações perigosas para a criança, ou que incentivem as crianças a pressionarem outras pessoas a adquirirem bens. 41 A vulnerabilidade é entendida como um enfraquecimento do consumidor em face ao outro sujeito da relação de consumo, no aspecto econômico, poder aquisitivo e aspecto técnico. E essa vulnerabilidade agravada pode configurar tanto na fase précontrato, que é quando o produto é apresentado pela publicidade e é ofertado, ou na fase de contratação que é onde se adquire o produto, ou ainda na fase pós-contrato que pode ocorrer vício ou defeito tornando o produto adquirido ou serviço contratado inadequado. 42 Hélio Zaghetto GAMA define a vulnerabilidade como um predicado da norma inserida no Código de Defesa do Consumidor, classifica o consumidor como a parte frágil nas relações de consumo, por isso, cabe ao consumidor o direito de ser bem 39 Idem. 40 Ibidem, p GRINOVER, Ada Pellegrini...et al. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 9 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de Direitos do Consumidor. 9 ed. São Paulo: Atlas, p. 12.

10 10 informado sobre os produtos e serviços que recebe e sobre os contratos que assina. 43 Bruno MIRAGEM leciona que a vulnerabilidade do consumidor significa um estado de fragilidade ou de debilidade de um dos sujeitos presente na relação de consumo, sendo assim, o legislador estabeleceu a presunção de vulnerabilidade do consumidor, significando assim que todos os consumidores são vulneráveis frente a uma relação jurídica de consumo, pois estão expostos às práticas comerciais dos fornecedores no mercado. 44 A vulnerabilidade pode ser classificada com os seguintes aspectos, vulnerabilidade técnica, que se confirma quando o consumidor não possui conhecimentos específicos sobre determinando produto ou serviço, e dessa forma se enganar com as características deste objeto. A vulnerabilidade técnica, no sistema do CDC, é presumida para o consumidor não profissional, mas também pode atingir excepcionalmente o profissional, destinatário final fático do bem. 45 Na concepção de Luis Antônio Rizzatto NUNES, consumidor vulnerável significa dizer que o sujeito identificado como consumidor é à parte fragilizada na relação de consumo e esta fragilidade decorre do fator econômico e técnico. 46 A ordem técnica está relacionada com o fornecedor, já que este é que determina o que produzir, quando e a forma que vai realizar a produção, sendo assim, o consumidor fica na espera daquilo que vai ser produzido e só pode optar por aquilo que está no mercado, e essa oferta foi decidida somente pelo fornecedor que visa oferecer os produtos no mercado de consumo com a finalidade de obter lucro. 47 Quanto ao aspecto econômico, está relacionada à capacidade econômica do fornecedor perante o consumidor, pode acontecer de um consumidor possuir melhores 43 GAMA, Hélio Zaghetto. Curso de Direito do Consumidor. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense, p MIRAGEM, Bruno. Op. cit., p MARQUES. Cláudia Lima. BENJAMIN, Antônio Herman V., Miragem, Bruno. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor: Arts. 1º a 74 Aspectos Materiais.São Paulo: RT, p NUNES, Luis Antonio Rizzatto. Curso Direito de Consumidor: com exercícios. 4. ed. São Paulo: Saraiva, p Ibidem, p. 130.

11 11 condições econômicas que o fornecedor, mas isto é uma exceção a regra O INTERESSE DA PUBLICIDADE E DA MÍDIA NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE Há duas questões que possibilitam o ingresso das crianças e dos adolescentes nas esferas públicas mediáticas, uma das questões esta relacionada ao fato da mídia oferecer para as crianças e adolescentes condições facilitadoras de acesso às comunicações. E a outra questão, é o fato da mídia televisiva estimular a posição do interlocutor para o público infantil. 49 É uma tendência global essa enorme participação das crianças e dos adolescentes na mídia televisiva, assim como esse enorme acréscimo nas ofertas de comunicação e de produtos dirigidos para o público infantil, por isso a tendência a valorizar esse segmento. 50 A expressividade desse segmento na mídia tende a ser correlata à sua importância no mercado de consumo dos diversos países. Isso se verifica em função do seu peso no mercado consumidor de cada país, da sua autonomia como consumidor, da sua capacidade de influir nas decisões de compras de outros segmentos, etc. A natureza de sua presença e participação na mídia obedece, ainda, a regulamentações particulares de cada mais que visam proteger a sua imagem e evitar a sua exposição em situações constrangedoras. 51 Descobrir a criança como um consumidor em potencial foi à base para o ingresso da criança e do adolescente nas esferas públicas mediáticas. Em 1986 houve uma ampliação da programação infantil das emissoras que vieram a ocupar espaços que antes eram destinados ao público feminino. Assim, os programas infantis ofereceram às emissoras a chance de ampliar significativamente seu público. Não só o mercado infantil, no caso do Brasil, apresenta proporções gigantescas, como se tem à possibilidade de comunicação com a família através dos programas infantis. Do ponto 48 Idem. 49 SAMPAIO, Inês Sílvia Vitorino. Televisão, publicidade e infância. São Paulo: AnnaBlume, p Idem. 51 Ibidem, p

12 12 de vista comercial essa fórmula é um sucesso, tanto que em diversas emissoras a programação infantil movimenta um mercado econômico bem alto. 52 No Brasil, a programação infantil começou buscando uma maior audiência, os programa eram pensados para divertir as crianças e prender sua atenção com desenhos, brincadeiras, músicas, e algo recente é a introdução de mininovelas. 53 Um programa atrativo tem sua base no apresentador, que deve ser carismático, e também nos desenhos animados, que responde por uma parcela expressiva da programação. As emissoras melhoram a imagem do apresentador e este já sendo um apresentador em foco, empresta sua imagem para produtos e marcas. Assim com o sucesso de venda, novas verbas entram na emissora que continuam a investir no financiamento dos mesmos programas e também no apresentador. 54 É a descoberta, portanto, do enorme potencial de consumo da criança e do adolescente que funciona como mola propulsora da dual presença e expressividade nas esferas públicas mediáticas. Por um lado, verifica-se a extensão das ofertas de comunicação dirigidas à criança e ao adolescente. Tanto programações tradicionais do público adulto passam a incluir ingredientes considerados atrativos para esse segmento de público quanto as propagandas a ele dirigidas proliferam na mídia como apresentadores na programação infantil, atores com presença acentuada nos diversos gênero (novelas, minisséries, comédias, etc.), entrevistados em talk-shows, anunciantes de produtos e serviços, garotos (as)-propagandas em campanhas de utilidade pública ou governamentais 55 Tanto a criança como o adolescente tem um destaque no mercado de consumo, o qual impulsiona uma maior visibilidade na mídia. A publicidade já reconhece neste público infanto juvenil, sua condição privilegiada de um consumidor em potencial, e com poder razoável de decisão na compra de artigo infantil, como um futuro consumidor fiel às marcas, e sua influência no consumo da família. A literatura específica atribuiu a esse poder infantil como estes sendo os novos ditadores de hábitos e consumo, pois as crianças assumem este papel dentro de suas casas e passam a significar um mercado potente de consumo para muitos produtos e serviços. 56 Desde o fim de 1980 há no Brasil o interesse no consumidor infantil, como um 52 Ibidem, p Ibidem, p Idem. 55 Ibidem, p Ibidem, p. 152.

13 13 público que vem crescendo muito no mercado de consumo e, além disso, vem ganhando um enorme espaço nas revistas, jornais, rádio e televisão. Há um grande consumo infantil também em outros segmentos. 57 De acordo com esse consumismo intenso, a criança entra neste mercado de consumo muito cedo, são consideradas por alguns estudiosos as consumidoras da atualidade, como as promotoras do consumo na família e também como os futuros consumidores quando estiverem adultos. 58 CONCLUSÃO Neste artigo é feita uma abordagem sobre a vulnerabilidade agravada dos consumidores infanto juvenis, já que as mensagens publicitárias que são veiculadas nos meios de comunicação são quase sempre persuasivas levando a criança e o adolescente a consumir cada vez mais cedo. Tanto a Constituição Federal como o Estatuto da Criança e do Adolescente enunciam direitos fundamentais da infância e da juventude, os quais devem ser respeitados garantindo assim um desenvolvimento digno e saudável. Cabe ressaltar que a publicidade, se veiculada de forma positiva, respeitando os preceitos legais, pode através de campanhas publicitárias passar informações culturais e educacionais permitindo cultivar valores sociais e morais. No entanto, quando a publicidade tem intenção de induzir, persuadir, e levar o consumidor a erro, pratica-se uma publicidade enganosa ou abusiva e a lei 8078 de 1990 que prima pela proteção do consumidor proíbe esta prática comercial. BIBLIOGRAFIA BENJAMIN, Antônio Herman V. MARQUES, Cláudia Lima. BESSA, Leonardo Roscoe. Manual de Direito do Consumidor. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: RT, SANTOS, Luiz Cezar S. A Tevê Como Meio de Comunicação de Massa de Modelar Crianças. Disponível em: < Acesso 26 mar Idem.

14 14 FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de Direitos do Consumidor. 9 ed. São Paulo: Atlas, FIRMO, Maria de Fátima Carrada. A Criança e o Adolescente no Ordenamento Jurídico. Brasileiro. Rio de Janeiro: Renovar, GAMA, Hélio Zaghetto. Curso de Direito do Consumidor. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense, GRINOVER, Ada Pellegrini...et al. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 9 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, LEI 8069 de Estatuto da Criança e do Adolescente. MARQUES. Cláudia Lima. BENJAMIN, Antônio Herman V., Miragem, Bruno. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor: Arts. 1º a 74 Aspectos Materiais.São Paulo: RT, MILANO FILHO, Nazir David; MILANO, Rodolfo César. Obrigações e Responsabilidade Civil do Poder Público perante a Criança e o Adolescente. São Paulo: Universitária de Direito, 2002 MIRAGEM, Bruno. Direito do Consumidor. São Paulo: RT, NUNES, Luis Antonio Rizzatto. Curso Direito de Consumidor: com exercícios. 4. ed. São Paulo: Saraiva, PAULA, Paulo Afonso Garrido de. Direito da Criança e do Adolescente e tutela Jurisdicional Diferenciada. São Paulo: RT, SAMPAIO, Inês Sílvia Vitorino. Televisão, publicidade e infância. São Paulo: AnnaBlume, SCREMIN, Mayra de Souza. A Lei /2000 e as Restrições à Publicidade do Cigarro Aspectos Jurídicos e Sociais. In: EFING, Antônio Carlos (coord.). Direito do Consumo 2. Curitiba: Juruá, 2000.

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