MARA CRISTINA RIPOLI MEIRA RELAÇÃO CRECHE FAMÍLIA: MITO OU RELIDADE

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1 MARA CRISTINA RIPOLI MEIRA RELAÇÃO CRECHE FAMÍLIA: MITO OU RELIDADE Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção de grau de Mestre em Enfermagem, do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Área de Concentração - Prática Profissional de Enfermagem - Setor Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná. Orientadora: Drª Maria de Lourdes Centa. CURITIBA 2004

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SISTEMA DE BIBLIOTECAS COORDENAÇÃO DE PROCESSOS TÉCNICOS Meira, Mara Cristina Ripoli Relação creche família: mito ou realidade / Mara Cristina Ripoli Meira viii, 118f. Inclui bibliografia Orientadora: Profª Dra. Maria de Lourdes Centa Dissertação (mestrado) Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. 1. Creches. 2. Família. 3. Educação pré-escolar. I. Centa, Maria de Lourdes. II. Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. III. Título. CDD Andrea Carolina Grohs CRB 9/1.384

3 TERMO DE APROVAÇÃO MARA CRISTINA RIPOLI MEIRA RELAÇÃO CRECHE FAMÍLIA: MITO OU REALIDADE Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau Mestra Área de Concentração Prática Profissional de Enfermagem Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora: Orientadora: Profa. Dra. Maria de Lourdes Centa Presidente da Banca: Universidade Federal do Paraná UFPR Profa. Dra. Maguida Stefanelli Membro Titular Universidade de São Paulo - USP Profa. Dra. Maria Helena Lenardt Membro Titular Universidade Federal do Paraná - UFPR Curitiba, 10 de dezembro de 2004 ii

4 DEDICATÓRIA A José Carlos, meu esposo maravilhoso e meu grande amor, meu companheiro, melhor amigo, anjo da guarda. Por brindar-me com sua presença e o verdadeiro sentido da palavra amor, e pelo incentivo ao meu crescimento profissional. Aos meus queridos filhos, Paulo Henrique, Pedro Augusto e Vitória Beatriz, meus tesouros, que, pela felicidade que me proporcionam, me inspiraram durante esta jornada. Aos meus amados pais, David e Vanda, exemplos de vida, luta e sabedoria, em reconhecimento pelo privilégio de ser sua filha. iii

5 AGRADECIMENTOS À Profa. Dra. Maria de Lourdes Centa, que me concedeu o privilégio de ser minha orientadora e conviver durante esta jornada. Pela pessoa afetiva que é, pelas palavras estimulantes que chegavam sempre na hora exata. Por ter sido muito mais que orientadora, receba minha admiração, meu carinho e minha amizade. À Profa. Dra. Maria Helena Lenardt, pelo apoio no decorrer desta caminhada. À Profa. Dra. Maguida Stefanelli, por me transmitir confiança e conhecimento. Às famílias, crianças e funcionários da creche onde realizei a pesquisa, pela sua colaboração e carinho, porque, sem eles, este estudo não poderia ser concretizado. À equipe do Grupo de Pesquisa Família, Saúde e Desenvolvimento, pelo apoio e amizade, em especial ao Marquinho. À coordenação do Programa da Pós-Graduação e aos professores que compartilharam comigo esta busca por novos conhecimentos, dando-me apoio, compreensão e afeto. Às minhas colegas do mestrado, pela a amizade demonstrada, especialmente às amigas Carolina, Marisa, Salete e Sandra. Às minhas irmãs, irmão, cunhada e cunhados, pela disponibilidade e dedicação para com meus filhos nos momentos em que me fiz ausente e também por serem tios tão amorosos e carinhosos, e às minhas sobrinhas e sobrinhos. Aos meus amigos enfermeiros Roberto, Laura e Érica, pelo apoio e incentivo durante esta minha caminhada repleta de desafios. À Profa. Carmen Liane Pertille Ramos, coordenadora do Curso de Enfermagem da Uniamérica, pela compreensão e o apoio. A CAPES, pelo apoio financeiro. iv

6 SUMÁRIO RESUMO... vii ABSTRACT... viii 1 INTRODUÇÃO MOTIVO PARA A REALIZAÇÃO DO ESTUDO OBJETIVO REVISÃO DA LITERATURA A FAMÍLIA E SEUS PAPÉIS A CRECHE E SEU PAPEL NA ATUALIDADE A RELAÇÃO CRECHE/FAMÍLIA REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL METODOLÓGICO A COLETA DE DADOS ETNOGRÁFICOS A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE A ENTREVISTA ETNOGRÁFICA O REGISTRO DOS DADOS A ANÁLISE DOS DADOS CRITÉRIOS DE RIGOR QUESTÕES ÉTICAS PERCORRENDO O CAMINHO METODOLÓGICO CENÁRIO CULTURAL FASES DA OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE APRESENTAÇÃO DOS INFORMANTES v

7 8 APRESENTAÇÃO DOS DESCRITORES CULTURAIS DESCRITORES CULTURAIS DOS PROFISSIONAIS DA CRECHE DESCRITORES CULTURAIS DAS FAMÍLIAS TEMA CULTURAL RELAÇÃO CRECHE FAMÍLIA: MITO OU REALIDADE CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICE1- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO vi

8 RESUMO De asilo para crianças pobres, como a creche era vista no passado, ela passa hoje a ser considerada como primeira etapa da educação básica. Para isso ela deve interagir com as famílias, buscando ações compartilhadas de co-responsabilidade. Tentando desvelar este processo é que estabeleci como objetivo deste estudo compreender a relação vivenciada entre a creche e a família, com o objetivo de obter subsídios para promover uma assistência adequada e de qualidade para as crianças que freqüentam esta instituição. Para obtenção dos dados seguiram-se as regras da Resolução nº196/96 que instituiu as "Normas de Pesquisa em Saúde envolvendo Seres Humanos". Utilizou-se o método etnográfico e o conceito de cultura preconizado por Laininger. Para a apreensão dos dados, foram adotadas as fases da observação participante propostas por esta autora e a entrevista preconizada por Spradley. Para referencial teórico optou-se pelo da comunicação de acordo com Stefanelli. Da análise dos dados, emergiram os descritores culturais, os quais relato a seguir. 1) Descritores culturais dos funcionários da creche: percepção da creche pelos profissionais; o trabalho das pessoas da equipe e perspectivas da profissão; atribuindo significado ao ato de cuidar e educar; falta de relacionamento com a família; participação da família na creche. 2) descritores culturais das famílias: utilização da creche por falta de opção; sentimentos ambíguos em relação à creche; desconhecimento da rotina da criança na creche; expectativas com relação à creche; falta de relacionamento com as educadoras; participação na creche, gerando insatisfação. Estes descritores nos permitiram construir o tema cultural. RELAÇÃO CRECHE FAMÍLIA: MITO OU REALIDADE. Concluímos que a comunicação entre a creche e a família é quase inexistente, havendo necessidade de valorização tanto dos educadores da creche como das famílias para que eles possam interagir de forma plena e serem co-participantes e co-responsáveis pelo processo de cuidar/educar de seus filhos. PALAVRAS-CHAVES: Creches; Família; Educação pré-escolar. vii

9 ABSTRACT Crèches have gone from being considered poor children s shelters in the past to today being considered part of the first step in basic education. The crèche must, therefore, interact with families, seeking shared actions of co-responsibility. Trying to unveil this process has been established as the objective of this study: To understand the relationship experienced between the crèche and the family, with the objective of obtaining subsidies to promote adequate quality assistance to the children who frequent these institutions. To obtain the data, the rules of Resolution number 196/96 were followed. Resolution number 196/96 instituted the Norms of Health Research Involving Human Beings. The ethnographic method and the concept of culture commended by Laininger were utilized. For the gathering of data, the phases of participant observation proposed by this author and the interview commended by Spradley were adopted. For a theoretical system of reference, the communication one in accordance with Stefanilli was opted for. From the analysis of the data, cultural descriptors emerged, which are described as follows: 1) cultural descriptors of the crèche staff: perception of the crèche by the professionals; the work of the people on the team and perspectives of the profession; attribution of significance to the act of caring for and educating children; lack of relationship with the family; participation of the family in the crèche; 2) cultural descriptors of the families: utilization of the crèche because of lack of options; ambiguous feelings in relation to the crèche; ignorance of the routine of the child in the crèche; expectations in relation to the crèche; lack of relationship with the educators; participation in the crèche engendering dissatisfaction. These descriptors permit us to construct the cultural theme. CRECHE FAMILY RELATIONSHIP: MYTH OR REALITY. We concluded that the communication between the crèche and the family is almost nonexistent, it being necessary to give value to the educators of the crèche as well as the families so that they can interact fully and be co-participants and coresponsible in the process of caring for and educating their children. KEY WORDS: Crèches, Family; Nursery school. viii

10 1 1 INTRODUÇÃO... As relações estabelecidas entre adultos e crianças de zero a seis anos, no contexto das creches são permeadas por múltiplas influências; entre elas podemos destacar diversos fatores interligados, tais como os princípios e valores constituídos, em uma esfera cultural, no interior das famílias. Conforme Cunha (2002), a história da creche passou por diferentes funções no contexto da sociedade brasileira, tais como recurso que beneficiava a mãe trabalhadora, instrumento social para prevenir a mortalidade infantil, ou, ainda, como instância educativa, que contribui para a constituição de uma sociedade mais justa, por meio do exercício da cidadania, em prol da população infantil. De asilo para crianças pobres, como a creche era vista no passado, ela passou por inúmeras transformações, chegando hoje a ser definida, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), como instrumento de educação infantil, que visa o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996 b). Atualmente, o papel da mulher inserida no mercado de trabalho, contribuindo cada vez mais com o sustento dos filhos, fez com que a utilização da creche assumisse importante papel na vida das famílias. Isto ocorre na medida em que a creche se responsabiliza, juntamente com a família, pelo cuidado e educação da criança, possibilitando à mulher profissionalizar-se e contribuir, como mão-de-obra produtiva, para o crescimento econômico do país e melhoria da qualidade de vida familiar. Além das necessidades apresentadas pela mulher trabalhadora, outros fatores interferem na vida familiar, fazendo com que os pais utilizem a creche como suporte na educação, socialização e cuidado de seus filhos. Entre eles, encontramos a característica dos grandes centros, onde as famílias de classes sociais menos abastadas vivem em lares cada vez menores, onde não existe espaço para brincadeiras. Isto é agravado pelos riscos apresentados pelo trânsito

11 2 intenso, drogas, violência, o que, muitas vezes, impossibilita a utilização de espaços públicos como ruas, praças e parques (SANTANA, 1998). Conforme este autor, com a evolução do tempo, houve mudança nos costumes e valores familiares, influenciados pela inserção da mulher no mercado de trabalho, mídia, publicidade, tecnologia e globalização, fatores estes que também contribuíram para a modificação da vida em família. Além disso, no Brasil verifica-se que a condição de miséria e desinformação de uma parcela significativa da população leva a uma transferência da responsabilidade educativa e socializadora das crianças, antes funções exclusivas da família, para o sistema educacional. De acordo com Sanches (2003), a educação infantil conquistou muitos avanços nas últimas décadas, entre os quais se encontra o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA (BRASIL, 1990), e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB (BRASIL, 1996 b). Esta lei conceitua educação infantil como primeira etapa da educação básica, a qual deve ser desenvolvida de modo integrado e complementar à educação recebida da família. Nota-se, que a creche é um importante aliado da família na socialização e proteção da criança, não podendo ficar alheia às suas necessidades, anseios, expectativas, sonhos e conquistas. O Estado, por sua vez, vem assumindo papéis cada vez mais variados ligados à saúde, educação, socialização, manutenção e modo de vida de nossas crianças, papéis antigamente exercidos exclusivamente pelas famílias. Sabe-se que, na impossibilidade de as famílias exercerem suas funções de educar/cuidar/criar seus filhos com dignidade e afeto, isso as leva, cada vez mais, a procurar instituições que abriguem, cuidem e eduquem as crianças da melhor forma possível, entre essas se encontra a creche. Isso ocorre porque as mães necessitam trabalhar e contribuir com o sustento dos seus filhos. Elas almejam o melhor para os filhos: proteção, cuidados, alimentação, higiene, carinho e amor. Segundo Santana (1998), as mães esperam que os educadores de creche sejam pessoas motivadas, sensibilizadas e conscientes do seu papel, de forma a atender à criança nas suas necessidades biopsicossociais. Portanto as

12 3 mães necessitam sentir confiança na instituição, que se conquista por meio de uma relação de empatia e respeito entre educadores e família. De acordo com Sanches (2003), historicamente a creche é considerada como substituta da família, espaço de assistencialismo e não educativo, ou seja, como mal necessário. Foi em 1943, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que surgiu a primeira lei no país que determina a obrigatoriedade da existência de creches nas empresas com mais de 30 mulheres em seu quadro de pessoal, com o objetivo de guardar, sob vigilância e assistência, seus filhos no período da amamentação. Esta Lei, ainda hoje, não é seguida pela maioria das grandes empresas (BRASIL, 1972). Para Oliveira et al. (2001), a creche não deve ser vista como substituto da família, mas como local de socialização diferente do ambiente familiar. Nela a criança deve construir uma visão de mundo e de si mesma, constituindo-se como sujeito. A proposta pedagógica para a creche, portanto, deve considerar o conjunto de fatores interligados: creche, família e comunidade. A função da creche, na atualidade, vai além dos cuidados assistenciais, como alimentação, banho, higiene, guarda e segurança das crianças. O objetivo da creche, segundo Sanches (2003), é atender a criança em todas as suas necessidades, em seu sentido mais amplo, onde deve ser considerado o direito de brincar em ambiente aconchegante e em contato com a natureza, promoção de higiene e saúde, alimentação sadia, proteção, afeto, carinho, amor, liberdade de expressar seus sentimentos, construção de sua identidade e de sua cidadania. Para este autor a creche, na atualidade, é local necessário para que as famílias de classe social menos favorecida possam enfrentar a realidade social, política e econômica do país contribuindo com o processo de educar e cuidar crianças, auxiliando as famílias, possibilitando o crescimento e desenvolvimento de crianças saudáveis, cidadãos responsáveis, futuros trabalhadores do país. Para desenvolver este processo com eficiência, eficácia e efetividade, a creche deve promover o vínculo familiar, respeitando os aspectos históricos, culturais e sociais de cada família, bem como promover a saúde e prevenir

13 4 doenças. Deve ocupar, de forma adequada, seu espaço na educação e socialização das crianças, estabelecendo interações com as famílias e a comunidade, proporcionando educação e cuidados às crianças de forma compartilhada, responsável e harmônica, para que elas tenham um crescimento e desenvolvimento saudável e de qualidade. Ao participar do cotidiano vivido na creche, foram observadas diversas situações que despertaram interesse em compreender as relações existentes entre a creche e a família, tendo em vista a descontinuidade da assistência prestada à criança por parte desta instituição, pois a falta de interação de ambas prejudica a continuidade das ações de educar e cuidar a criança, afetando seu crescimento e desenvolvimento. Com fundamento no exposto, foi realizado este trabalho, tentando compreender a relação vivenciada entre a creche e a família, com a finalidade de obter subsídios para promover uma assistência adequada e de qualidade às crianças que freqüentam esta instituição.

14 5 2 MOTIVO PARA A REALIZAÇÃO DO ESTUDO Nasci e vivi em área rural até os 17 anos e sempre fui apaixonada por crianças. Aos dez anos de idade eu já cuidava dos filhos pequenos dos nossos vizinhos, enquanto suas mães trabalhavam na lavoura; aos 12 anos, resolvi ser catequista e adorei a experiência; aos 14 anos fui convidada por autoridades do município para ser professora em uma escola da zona rural, que ficava próxima de minha casa, dada a minha desenvoltura e habilidade demonstrada para trabalhar com crianças. Nessa época tinha apenas terminado o ensino fundamental. Penso que, pela coragem e vontade de vencer no mundo, o que é peculiar aos adolescentes, aceitei sem medo, assumindo a primeira, segunda, terceira e quarta série do ensino fundamental. Lecionava na terceira e quarta série de manhã e na primeira e segunda à tarde. Lembro-me, até hoje, da angústia que senti, até que meus alunos da primeira série aprendessem a ler. Naquele primeiro ano de experiência, já no segundo semestre do ano letivo, em meados do mês de agosto, foi que a turminha se soltou e a maioria aprendeu a ler. A emoção foi única, recompensa maior, impossível! Parei de lecionar aos 19 anos para freqüentar o Curso de Graduação em Enfermagem. Apesar de atuar na educação, optei por fazer Enfermagem, pois meu objetivo era ser docente, porém na área da saúde. Minha formação acadêmica transcorreu em uma universidade Estadual do Estado do Paraná, no período de 1988 a Não diferente de outras Universidades, minha formação teve ênfase na assistência curativista; mas, desde essa época, percebia minha tendência para atuar na docência, em especial na área de saúde coletiva. Durante todo o período de graduação participei de projetos de extensão, em que prestávamos assistência à saúde de adultos, mulheres e crianças da zona rural. Ao terminar a graduação, fui para o município de Foz do Iguaçu, onde atuei, por algum tempo, em serviço hospitalar e, durante o mesmo período, em instituições de ensino de nível médio, ocasião em que procurei, paulatinamente, encontrar minha área de atuação preferida.

15 6 Em 1996 fui aprovada em concurso público da Secretaria Municipal de Saúde, de Foz do Iguaçu, onde atuei por quatro anos em unidade básica de saúde (UBS), realizando programa de puericultura e dando assistência às creches que pertenciam à área de abrangência da UBS na qual eu trabalhava. No ano de 2000, foi criado o curso de graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) em Foz do Iguaçu, onde então tive a oportunidade de realizar o meu sonho e iniciei minha vida na docência. Entre as disciplinas que ministrei, uma delas foi Assistência à Criança Sadia, em que acompanhei estágio supervisionado em creches municipais. Observei, a partir da minha experiência profissional, atuando em creche como docente, que em Foz do Iguaçu ainda não foi implantado o que a LDB preconiza para as creches, pois percebi que o atendimento por elas prestado ainda não pode ser considerado satisfatório devido ao tipo de processo educativo desenvolvido nesses locais. Em algumas creches o cuidado e educação das crianças é entregue a pessoas que nem sequer completaram sua formação no ensino fundamental e estes cuidadores/educadores não receberam capacitação específica para o trabalho que desenvolvem, demonstrando falta de habilidade para educar e cuidar as crianças sob sua responsabilidade, pois não conhecem e/ou não compreendem suas verdadeiras necessidades. Percebi, também, que as crianças retratam problemas sociais vividos pelas suas famílias, na maioria das vezes os problemas não eram percebidos e, muito menos, trabalhados pelos profissionais que ali exerciam suas funções. Exemplo típico disto: algumas crianças consideradas quietas, que não interagiam com os seus colegas, eram qualificadas como bem comportadas, quando, na realidade, essa quietude poderia representar sentimentos não exteriorizados por medo, ansiedade e isolamento, oriundos de diversas causas. Verifiquei, também, a precariedade dos cuidados realizados, principalmente em relação à higiene, pois muitas crianças apresentavam dermatites de fraldas, pediculose, escabiose e cárie dentária. A alimentação das crianças menores era realizada por uma ou no máximo duas educadoras, número

16 7 pequeno de profissionais para a quantidade de crianças; no intuito de atender a todas as crianças, alimentavam-nas com os mesmos talheres. No berçário era oferecida pouca água aos bebês e as mamadeiras, por longo período de tempo, permaneciam com leite nas bancadas após as mamadas, leite que era oferecido às crianças posteriormente. Os medicamentos, trazidos pelas mães, eram administrados sem receita médica. Apesar de a creche possuir amplo espaço para lazer e banho de sol, às crianças não eram oferecidas estas atividades; portanto elas não ocupavam este local. Observei, também, a dicotomia estabelecida entre a assistência prestada à criança pela equipe de profissionais da creche e pela família. A família só interagia com a instituição para fazer matrícula, levar e buscar suas crianças, ouvir reclamações ou pedidos de ajuda e apoio para festas e obras. É sabido que os pais da classe trabalhadora participam pouco do processo de formação escolar de seus filhos e que o sistema educacional contribui para esta realidade, porque, geralmente, solicitam a presença dos pais só para reclamar do mau comportamento ou insuficiente aproveitamento apresentado pelos seus filhos. Verifiquei que praticamente não havia participação dos pais no cotidiano de seus filhos na creche. Por outro lado, os profissionais da creche nada faziam para estimular a participação ativa da família no processo de educação, socialização e cuidado das crianças por eles realizados. Vivenciando o exposto, percebi que a creche é espaço privilegiado para trabalhar a promoção da saúde e prevenção de doença, bem como para atender às necessidades biológicas, psicológicas e sociais da criança. Por meio das creches também é possível trabalhar com as famílias, para que elas cuidem de suas crianças de forma a propiciar-lhes condições para que se tornem adultos saudáveis e, assim, contribuam para a formação de uma sociedade mais humana, fraterna e solidária. Nesta experiência, observei a relação, quase inexistente, entre a creche e a família e quanto esta distância interfere na atividade de educar/cuidar as crianças que freqüentam esta instituição.

17 8 Isto me levou a tentar compreender a relação vivenciada entre a creche e a família, foco deste estudo.

18 9 3 OBJETIVO Compreender a relação vivenciada entre a creche e a família, com a finalidade de obter subsídios para promover uma assistência adequada e de qualidade às crianças que freqüentam esta instituição.

19 10 4. REVISÃO DA LITERATURA 4.1 A FAMÍLIA E SEUS PAPÉIS Desde tempos remotos, a família exerce os papéis de protetora, educadora e mantenedora de sua prole. Se observarmos a sua evolução histórica, visualizaremos as profundas transformações por que ela passou e como isso interferiu na vida de suas crianças. Antigamente, mesmo quando as mulheres exerciam o papel exclusivo de mães e donas de casa, a educação dos filhos era, em parte, realizada por ama-de-leite e por outras famílias, onde a criança deveria aprender um ofício. Atualmente, a mulher insere-se no mercado de trabalho e, muitas vezes, não dispõe de tempo para realizar a tarefa de mãe, lançando mão de instituições ou de outras pessoas para desempenhá-las. O modo de educar e criar os filhos ao longo dos tempos também sofreu profundas modificações; mas ainda continua atrelado a valores, ritos, mitos e costumes familiares. Para entendermos o processo de criar e educar filhos devemos antes compreender suas famílias. De acordo com Vanzin & Nery (1999), a família é um grupo de pessoas unidas por laços de casamento, de sangue ou de adoção, que convivem em um mesmo local, onde interagem e se comunicam uns com os outros, exercem seus respectivos papéis sociais de marido, esposa, mãe, pai, irmão, irmã, criando uma cultura comum e escrevendo sua história. Para estes autores a família é entendida como uma unidade social, administrativa, de trabalho, composta por pessoas de diferentes faixas etárias, que buscam o atendimento de suas necessidades. Concordo com Centa (2001), quando afirma que, na atualidade, a família brasileira é formada por uma comunidade de amor, apoio, compreensão e solidariedade, e que o vínculo afetivo é o único que une o grupo familiar, pois ele fundamenta a qualidade das relações e a interdependência, compatibiliza os projetos de vida familiar, mantendo a individualidade de cada um. Este autor ressalta, ainda, que o ideal de família moderna se caracteriza pela escolha do cônjuge com base no amor romântico,

20 11 laço conjugal e aconchego ao lar, como proteção e segurança contra pressões externas, em função da importância dos filhos e da assistência centralizada a eles ofertada. A família exerce o papel de socializadora e educadora, o que é realizado principalmente pela mãe, e tem no amor e no apoio mútuo do casal a principal determinante da educação dos filhos, cuja tarefa é formar hábitos, atitudes e valores. A história da família, porém, não foi sempre assim. Segundo Bachofen apud Engels (1995), na história primitiva, os seres humanos viviam em promiscuidade sexual, os homens praticavam a poligamia e as mulheres a poliandria. Estas relações excluíam a possibilidade de estabelecer, com certeza, a paternidade, motivo pelo qual a filiação só podia ser contada por linhagem feminina e as mulheres gozavam de grande apreço e respeito. Nesta época, quando o pai de família falecia, seus bens não passavam para seus filhos e, sim, para seus irmãos, pois os filhos só podiam ser herdeiros de suas mães. Com a criação de gado, elaboração de metais, a arte de tecer e, por fim, a agricultura, houve acúmulo de riquezas, que foram convertidas em propriedades particulares das famílias e deram ao homem uma posição mais importante do que a da mulher. Este fato fez modificar a história em relação à ordem da herança estabelecida, porquanto, a partir daí, houve a revolução da ordem familiar, o que resultou na abolição da filiação feminina e do direito hereditário materno que foi substituído pela filiação masculina e o direito hereditário paterno, resultando na monogamia feminina. Com isso a mulher passa a pertencer a um só homem, a filiação é contada pela linhagem masculina, e as mulheres perdem sua posição de respeito e liberdade, passando a serem tratadas como objetos de posse dos homens. O homem apoderou-se também da direção da casa; a mulher viu-se degradada, convertida em servidora, em escrava da luxúria do homem, em simples instrumento de reprodução, caracterizando-se assim a família patriarcal (BACHOFEN apud ENGELS, 1995). As transformações sociais e culturais de nossa sociedade estão expressas no livro A História Social da Criança e da Família, de Philippe Ariès. Nele encontramos a análise das transformações da vida social, por meio da

21 12 representação da família, desde a era medieval até o século XIX, onde o autor descreve muito bem o cenário encontrado na época. Segundo Ariès (1986), nessa época a educação ocorria por meio da aprendizagem do serviço doméstico, como se lê na passagem seguinte. A criança aprendia pela prática, e essa prática não parava nos limites de uma profissão, ainda mais porque na época não havia limites entre a profissão e a vida particular; a participação na vida profissional expressão bastante anacrônica, aliás acarretava a participação na vida privada, com a qual se confundia aquela. Era através do serviço doméstico que o mestre transmitia a uma criança, não ao seu filho, mas ao filho de outro homem, a bagagem de conhecimentos, a experiência prática e o valor humano que pudesse possuir (ARIÈS,1986, p. 239). Neste modelo de família, o pai, a mãe e os filhos tinham papel definido, devendo conviver juntos a vida inteira, integrando uma ordem social firme (SHORTER, 1975). De acordo com Ariès (1986), acreditava-se que nasciam muitas crianças para a sobrevivência de poucas. Isto ocorria em conseqüência de fatores culturais e religiosos da época e, também, em função das condições higiênicas e demográficas, que eram pouco favoráveis. Em Londres, em 1750, a mortalidade de crianças variava entre oitenta e noventa por cento (ARIÈS, 1986). De acordo com este autor, no século XVI e XVII existiam hábitos que contribuíam para a alta taxa de mortalidade infantil. Ele refere-se à prática exercida pelas mães, incluindo as utilizadas pelas mulheres da elite, de enviarem os seus bebês para amas de leite, para serem amamentados até seus dois anos; pelo grande número de bebês abandonados em instituições de caridade; por deixarem os bebês, por longos períodos de tempo sozinhos e, também, pelo costume de enviar as crianças, a partir dos sete anos, para viverem com outras famílias para aprenderem ofícios, motivo pelo qual a socialização e educação das crianças não era assegurada nem controlada pela família e, sim, por adultos estranhos.

22 13 Estes hábitos, comuns na época, hoje nos assustam, dada a importância que representa a criança no seio familiar e a força e o poder do sentimento de amor materno vivenciado pela maioria das mães. Priore (1997) relata que no Brasil, durante o período colonial, o abandono de crianças era prática comum durante o primeiro e o segundo século da colonização. Esta situação causou indignação numa sociedade que herdou a religião católica, motivo pelo qual também foram criadas as casas de caridade e as rodas dos expostos, para acolher crianças abandonadas. O abandono ocorria por vários motivos, entre eles, o realizado por mulheres brancas da elite, quando tinham filhos fora do matrimônio o que era condenado moralmente, ou no caso de mulheres da classe trabalhadora, devido à morte e adoecimento dos pais. Para este autor, o abandono era forma paradoxal de proteger a criança, e a história secreta da dor feminina, principalmente das mulheres que enfrentavam obstáculos, ao tentar assumir e sustentar seus filhos nascidos fora do casamento. A família transformou-se profundamente na medida em que modificou suas relações internas com a criança. Nesse processo, a criança foi fundamental para entender o que estava ocorrendo na época; a necessidade de educá-la ou prepará-la para a vida futura passou a fazer parte da dinâmica familiar, tendo a escola como principal complemento. Com a inserção da criança na escola e sua permanência nos lares, observa-se que a família se distancia da sociedade para se fechar, cada vez mais, num espaço privado. No final do século XVII, a família passou a manter-se distante da sociedade, devido à necessidade de intimidade e de identidade dos seus membros, fator este que se tornou constante na dinâmica da estrutura familiar. O ficar juntos demonstrou ser eficaz nas relações familiares; porém, até o início do século XVIII, grande parte da população pobre ainda tinha suas crianças afastadas de suas casas (PRIORE,1997). De acordo com Ariès (1986), em meados do século XVIII, a preocupação dos adultos com as crianças passa a ser observada. Embora a mortalidade infantil continuasse elevada, o sentimento de infância fez com que os pais se preocupassem mais com os filhos em relação à atenção, cuidados de higiene, vacinação contra varíola, contribuindo com a redução da mortalidade

23 14 infantil. Tudo o que se referia à família e à criança tornava-se assunto sério. Passou-se a dar ênfase à higiene e à saúde física da criança. Segundo Ariès (1986), a partir desta época, a realidade e os sentimentos das famílias passaram a transformar-se, numa revolução lenta e profunda, principalmente pelo abandono da prática de enviarem os bebês para amas de aluguel e das crianças para aprenderem a viver e trabalhar com outras famílias, pois a educação passou a ser atribuição da família de origem e da escola. Essa evolução surge da preocupação dos pais em vigiar seus filhos de perto, ficar mais próximos deles e de não abandoná-los, mesmo que temporariamente estivessem aos cuidados de outras famílias. Tal mudança contribuiu para a aproximação da família com a criança, para aumentar o sentimento de família e de infância. A família concentrou-se em torno da criança. Nas famílias modernas começou a existir a preocupação em preservar a inocência infantil, o que resultou em dupla atitude moral em relação à infância, ou seja, preservá-la da sujeira da vida, especialmente da sexualidade tolerada, e fortalecê-la, desenvolvendo o caráter e a razão. As medidas de atenção, de amor, de carinho e de higiene, desenvolvidas pela família em prol das crianças, sem dúvida, contribuíram acentuadamente para a redução da mortalidade infantil (ARIÈS, 1986). Segundo Shorter (1975), no fim do século XVIII, os jovens começaram a dar mais valor aos sentimentos do que às condições exteriores, como a propriedade e o desejo dos pais na escolha dos parceiros conjugais, quando, então, se percebe que o amor e o carinho, tanto em relação à união conjugal como em relação aos cuidados ofertados à criança, começarem a aflorar. Observa-se que as famílias passam a dar maior ênfase à existência da criança, ao seu bem-estar físico e emocional, quando ela passa a assumir lugar central no contexto familiar. Para este autor, houve, entre o final do século XIX e início do século XX, grande declínio da mortalidade infantil em toda a sociedade, tendo como fatores os alimentos esterilizados e a pasteurização do leite. Ele afirma que, além disto, o amor maternal funcionou como variável independente na complexa equação da

24 15 mortalidade infantil. Com o processo de industrialização, a família moderna evoluiu, passando a ter uma nova conotação, a de família nuclear, formada pelo pai, mãe e seus filhos. Formou-se o sentimento de família, que está diretamente ligado ao sentimento de infância, que surge da união do pai, da mãe e dos filhos. A família nuclear passa a ter consciência dos aspectos emocionais que envolvem a família, aspectos que devem ser protegidos, pois o amor materno gerou um ninho afetivo que uniu a família moderna, isolando-a em sua domesticidade. De acordo com a teoria funcionalista que dominou o pensamento norteamericano, a partir da década de 50, a família é, sobretudo, uma agência socializadora, cujas funções se concentram na formação da personalidade dos indivíduos. Deste modo, não se admite que a família tenha perdido, ao longo da história, as suas funções econômicas e políticas, ocupando-se somente das funções básicas da socialização primária das crianças e da determinação de sua personalidade adulta. Esta teoria possui como características básicas o isolamento da família nuclear, constituindo-se em organismo independente de outros membros familiares, tendo como principal recurso monetário o rendimento advindo do pai provedor (PRIORI,1997). Este autor define a família nuclear como pequeno grupo-tarefa, em que os membros adultos realizam tarefas diferenciadas e complementares, transparecendo modelos femininos e masculinos de ações intrafamiliares. O pai tem o papel de provedor, constituindo-se na principal fonte de recursos monetários; a mãe, por sua vez, tem o papel de cuidar, zelando pelo bem-estar do convívio social entre os membros da família, organizando, protegendo-a e administrando o orçamento doméstico, no sentido de proporcionar clima familiar ameno e harmonioso. As funções domésticas direcionadas à mulher perdem força de atuação ao longo da história, deixando para trás alguns preconceitos e situações existentes. Oliveira et al. (2001) afirmam que a evolução da importância da criança na família e, por conseqüência, na sociedade moderna, reforça a idéia de que a situação de bem-estar das crianças e dos adolescentes se encontra diretamente relacionada à possibilidade de manter um vínculo familiar seguro.

25 16 Com o passar do tempo, a família nuclear ou moderna transforma-se em família pós-moderna, termo este utilizado para caracterizar as famílias na nossa contemporaneidade. O que caracteriza a família e o casamento numa situação pós-moderna é justamente a inexistência de um modelo dominante, seja a respeito das práticas ou do discurso normatizador das práticas, em qualquer contexto social (VAITSMAN, 1994). Percebe-se que as mudanças ocorridas no seio familiar estão levando a uma rápida perda das tradições como em nenhuma outra época da história. Ao estudar a história do desenvolvimento da família, verificou-se que questões preestabelecidas nas famílias patriarcais (como o casamento, o trabalho, a sexualidade e o amor) transformaram-se em projetos individuais. A busca da individualidade incidiu diretamente nas mudanças dos padrões familiares, porquanto, segundo Carvalho (1995), um dos fatores determinantes deste processo foi impulsionado principalmente pelas mulheres, a partir do momento em que assumiram o controle da reprodução e conquistaram seu espaço na sociedade. Por outro lado, esta conquista tem gerado muitos problemas no meio familiar. Um deles é compatibilizar a individualidade e a reciprocidade familiar. Na medida em que existe espaço social para o desenvolvimento da individualidade parece que os papéis familiares se tornam conflitivos. Os papéis sexuais e as obrigações entre pais e filhos não se encontram mais definidos. A divisão sexual das funções, o detentor da autoridade e todas as questões dos direitos e deveres familiares, na atualidade, são negociados entre os membros da família. A divisão do trabalho doméstico e do cuidado dos filhos entre os cônjuges e a cooperação financeira da mulher no sustento do lar levaram a um questionamento da autoridade masculina no seio familiar (CARVALHO,1995). Conforme este autor, o contexto de perda do modelo tradicional de autoridade familiar, dos pais sobre os filhos e do marido sobre a esposa, tem gerado um conflito entre os exageros da autoridade do tipo tradicional e a diminuição da autoridade necessária dos pais, levando a uma permissividade que tem prejudicado as crianças que, por vezes, estão sendo criadas sem limites

26 17 estabelecidos. A fase de transição acelerada, pela qual atualmente atravessam os valores e atitudes em relação à família e suas relações, geram fatores de tensão e conflito referentes ao controle e distribuição de poder. Isto é agravado pelas oscilações e ambivalências ao longo da contínua permissividade versus controle rígido, porque, para os pais, está em jogo, além do interesse dos seus filhos, a projeção de sua auto-imagem como agentes socializadores. A família, na sociedade contemporânea, sofre influência de fatores como o mercado de trabalho, possibilidades de consumo, acesso a sistema de saúde e educacional, informação e ação da mídia, entre outros. Como resultado, temos lógicas diferenciadas de articulações das relações familiares, que se expressam no significado dos seus vários papéis familiares. Em relação à criança e ao adolescente, é no atual contexto da família em que eles vivenciam a vida social, cabendo aos pais a responsabilidade da sua criação, educação, desenvolvimento e formação. Portanto a família aparece como unidade econômica e de direito das crianças e adolescentes (OLIVEIRA,1997). Segundo este autor, fatores como a globalização, os ajustes econômicos ocorridos, a dificuldade de acesso a bens e serviços, bem como a alta taxa de desemprego têm levado a família brasileira a um processo de empobrecimento e aumento da exclusão social, formando uma sociedade desigual, causando alterações na família, afetando diretamente as crianças e adolescentes. Estes últimos ingressam cada vez mais cedo no mercado de trabalho clandestino, para reforço da renda familiar, deixando os estudo para um segundo plano. Apesar da grande evolução dos cuidados dispensados às crianças no decorrer dos séculos, ainda hoje é grande o número de crianças abandonadas que sofrem os mais diversos tipos de violência: passam fome, morrem por causas evitáveis, não têm acesso à saúde e educação. Conforme Goldani apud Oliveira (1997), outro fator importante que ocorreu na família pós-moderna é a diminuição da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida, fatores que contribuíram para a mudança no arranjo familiar, causando impacto na estrutura etária e na longevidade da população. Da segunda metade do século XIX para cá, o Brasil aumentou sua

27 18 população de 70 para mais de 160 milhões de habitantes, passando de predominantemente rural para urbano; a taxa de fecundidade caiu de 6.2 para 2.5 filhos por mulher, e houve aumento na esperança de vida de 54 para 67 anos de idade, sendo que estas transformações sociais, econômicas e demográficas promoveram uma diversificação ainda maior nos arranjos familiares; mas também conservaram as formas tradicionais de família. O sentido de infância, na atualidade, deve ser pensado, levando-se em consideração as transformações por que passa a família; a mudança das funções materna e paterna; o tamanho das famílias; a constituição de famílias com filhos de distinto pai e mãe; as transformações ocorridas na vida cotidiana e na intimidade dos núcleos familiares. Para Freitas apud Oliveira (1997), a família, enquanto forma de agregação, tem dinâmica de vida própria, afetada pelo processo de desenvolvimento da humanidade; pode ser influenciada por problemas sociais de natureza diversa que afetam o desenvolvimento integral de seus membros. Desta forma, pode deixar de ser agente de socialização de seus componentes, em que o bem-estar infantil se manifesta de forma precisa, podendo ser percebido por meio das condições gerais de sobrevivência, nível de educação e respeito dos seus direitos humanos básicos, entre os quais o de manter vínculo estável com a família. O lar é entendido como forma de organização social e, como tal, concentra responsabilidades relacionadas ao desenvolvimento de suas crianças, envolvendo aprendizagem, solidariedade social, entre outras. Este autor afirma que a família, na atualidade, reorganizou-se em torno da criança, seus membros unem-se pelo sentimento de amor, pois a criança necessita de amparo e proteção, seus direitos estão situados na esfera da ordem privada (amor, proteção, alimentação, moradia) e na pública (saúde, educação). A partir das condições de existência familiar e da qualidade de relacionamento, a família tende a propiciar à criança condições de vida em que a manutenção do vínculo afetivo é fator necessário para o seu desenvolvimento integral. Resgatando a história, observa-se que a infância vem sendo entendida de diferentes maneiras, quer no seio familiar quer na sociedade, e que a família,

28 19 seja ela tradicional, moderna, pós-moderna, é um grupo social constituído por pessoas diferentes que são responsáveis pela formação do ser humano. Em relação aos cuidados com os filhos, podemos dizer que, tanto na família moderna como na pós-moderna, a criança continua sendo o centro de atenções da família; porém isso é concretizado por meio de uma educação diferente daquela realizada pela mulher tradicional, cujo papel era exclusivamente cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos. A mulher, hoje, encontra-se no mercado de trabalho, auxiliando a prover os recursos financeiros para manter o bem-estar de seus membros e também exercendo sua função de mulher mãe, cuidadora e socializadora de seus filhos. É importante ressaltar que uma das principais transformações ocorridas ao longo da história foi à incorporação da mulher no mercado de trabalho, entendida como parte integrante das estratégias familiares. A mulher, nesta dinâmica familiar, passa a ser integrada na força produtiva, porque trabalhadora, e reprodutiva como mãe. Com isso amplia-se sua escolaridade, autonomia, independência financeira, o que contribui para o aumento da composição salarial da família. Em contrapartida, observa-se o aumento do número de divórcios, expressivo declínio dos salários médios, devido ao aumento da oferta de mão-deobra não-especializada, principalmente feminina, e o próprio surgimento da mulher como provedora exclusiva do lar (OLIVEIRA, 1997). Para Vaitsman (1994), algumas características predominantes se fortalecem e se solidificam na família pós-moderna: a consolidação da mulher na esfera pública por meio de sua inserção no mercado de trabalho; a distinção entre o pai provedor e mãe zeladora cada vez menos acentuada; famílias dependentes de mais de um salário; porém ainda persistem as desigualdades entre homens e mulheres, como conseqüências importantes deste processo. Atualmente se observa o aumento da taxa de divórcios, o aumento da taxa de uniões sem formalidades contratuais (modelos de coabitação), maternidade e paternidade de solteiros, reprodução assistida, laços matrilineares extensos, acirramento da rede de parentesco fictício.

29 20 A família, no período pré-moderno, moderno e pós-moderno se situa como representação de modelos específicos pertencentes a determinados estágios da história, resultando em conquistas, avanços e reflexões sobre o impacto de tais transformações sobre o cotidiano da vida das pessoas e, conseqüentemente, na criação e educação das crianças. Neste contexto, a família utiliza, muitas vezes, meios oferecidos pela comunidade para suprir suas necessidades e funções no processo de criar e educar suas crianças. Dentre os meios utilizados encontra-se a creche, pois esta é uma conquista obtida pela Constituição Brasileira de 1988, definida como um direito das crianças, dever do Estado e opção da família (OLIVEIRA, 2001). 4.2 A CRECHE E SEU PAPEL NA ATUALIDADE A primeira creche surgiu na França, na aldeia de Ban de La Roche, quando um pastor de ovelhas passou a cuidar de crianças, para que as mulheres pudessem trabalhar; porém as primeiras creches estruturadas, como as conhecemos hoje, surgiram por volta de 1854, em Portugal e Nova Iorque, com os nomes de Creche São Vicente de Paulo e "Day Nurse", respectivamente (SANTANA, 1998). De acordo com este autor no Brasil a primeira experiência de instituição de assistência às crianças foi desenvolvida pelo padre Anchieta, que trabalhou na catequização de crianças indígenas. A Igreja seguiu seu exemplo, recolhendo crianças abandonadas nas rodas dos expostos, nas Santas Casas de Misericórdia, criando-as, dando-lhes um ofício e inserindo-as no mercado de trabalho como mão-de-obra barata. Kuhmann apud Veríssimo (2001) mostra eventos importantes relacionados ao advento das creches no Brasil. Ele aponta um artigo publicado pelo Dr. K. Vinell, médico que atendia os expostos da Santa Casa do Rio de Janeiro, em 1897, o qual define creche como asilo para a primeira Infância e relata que na França e nos países europeus a creche foi criada em função do trabalho feminino nas indústrias, enquanto no Brasil foi para atender os filhos das

30 21 mães trabalhadoras domésticas. Kulmann relata também que neste período se desenvolveu o setor privado da educação pré-escolar, os chamados jardins da infância, que eram direcionados para as elites, ou seja, eles tinham caráter totalmente distinto das creches/asilos, pois desenvolviam atividades pedagógicas. De acordo com o autor acima citado, o processo de surgimento da creche determinou que ela seja vista, até hoje, como serviço de assistencialismo, com precárias condições para atender crianças pobres, enquanto para a população de maior poder aquisitivo esta instituição de atendimento infantil é conhecida como jardim da infância, escolinha, berçário, hotelzinho. Na época em que as creches começaram a se expandir em São Paulo, houve preocupação a respeito das conseqüências negativas que a institucionalização precoce poderia trazer para o desenvolvimento infantil, destacando a necessidade de serem realizados estudos para avaliar o desempenho das creches e do perfil das crianças que nelas fossem atendidas. Estudos recentes revelam que o cuidado alternativo de boa qualidade não interfere na ligação afetiva com a mãe, tampouco prejudica o desenvolvimento da criança, embora estes estudos tenham sido realizados em creches de alto padrão de qualidade, em que os educadores tinham um pequeno número de crianças para cuidar. Sabe-se que tão ou mais importante quanto o número de crianças sob os cuidados de cada adulto é o seu preparo para esta função (KULHMANN apud VERÍSSIMO, 2001). Para Preuss (1986), foi a partir do momento em que as mulheres de classe média e alta começaram a utilizar as creches para a socialização das crianças, que se iniciam estudos sobre o efeito das creches no comportamento infantil. Segundo Cunha (2002), a creche foi concebida como instituição de assistência social, assumiu as funções de proteção, amparo e guarda de crianças, filhos de mães trabalhadoras, em regime semi-integral que, ao acolherem as crianças, afastando-as da rua e do trabalho servil, contribuíram para a diminuição da taxa de mortalidade infantil. Elas tinham o objetivo de beneficiar as populações mais carentes e a sociedade em geral. Este autor afirma também que às pré-escolas foram atribuídas as funções

31 22 educativas, organizadas em instituições de caráter escolar, com funcionamento em turno parcial, regidas por professores. A concretização de objetivos comuns, tanto para as creches como para as pré-escolas, terá ainda longo caminho a ser percorrido, pois a creche busca aspectos relativos aos cuidados básicos da criança, como higiene, alimentação e sono, enquanto a pré-escola se preocupa em elaborar propostas pedagógicas educativas e articuladas aos cuidados básicos, que devem ser realizados por profissionais de educação, ou seja, professores. A LDB prevê a gradual incorporação da educação infantil aos sistemas municipais de ensino, pois ela define as diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, onde estão incluídas propostas pedagógicas, tanto para a creche como para a pré-escola. Estas propostas devem promover práticas de educação e cuidados que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos, lingüísticos e sociais da criança, entendendo-se que ela é ser completo, total e indivisível (MONTENEGRO, 2001). De acordo com o autor supracitado, a unificação das funções atribuídas à creche e à pré-escola é postura política que reflete a opinião de especialistas da comissão especial de estudos sobre educação infantil do MEC que, a partir de estudos e pesquisas produzidos na década de 80, defenderam o estabelecimento de objetivos comuns para estas duas instituições de origens tão diversas. Para Montenegro (2001) a discussão sobre a indissociabilidade do educar e do cuidar em creches e pré-escolas terá de considerar aspectos relacionados à formação do profissional de educação infantil e às possibilidades da construção de propostas pedagógicas para esta etapa da educação, ou seja, uma pedagogia da infância. A LDB determina que a formação mínima para o profissional de educação infantil seja a de nível médio, na modalidade normal, embora a mais desejável seja a formação de nível superior, em curso de graduação e de licenciatura plena, na área de pedagogia, e estabelece como prazo, para que os professores sejam habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço, até o ano 2007, fim da década da educação (BRASIL, 1996b).

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