4º. Congresso de Inovação Educação, na perspectiva da Indústria 16/11/2011

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1 4º. Congresso de Inovação Educação, na perspectiva da Indústria 16/11/2011

2 ABIMAQ: > 4500 empresas e > 260 mil empregos diretos

3 Fotografia do Mercado de Trabalho - RS Dados do Ministério do Trabalho (2010): a indústria de transformação no Estado emprega trabalhadores. Destaque para o setor Metal, Mecânico, Eletro, Eletrônico e de Automação: indústrias, empregando, diretamente, mais de 200 mil pessoas: 1 em cada 3 trabalhadores da indústria gaúcha! Gera 42,4 % da renda (massa salarial) industrial gaúcha! Além da matriz industrial bastante desenvolvida, é importante ressaltar que os produtos industriais gaúchos estão presentes em mais de 190 países, evidenciando não apenas seu dinamismo e capacidade de competição, mas também sua importância para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. A mão-de-obra da indústria no RS é predominantemente formada por trabalhadores do sexo masculino, que correspondem a quase 65% do total dos empregados formais.

4 Importância Estratégica do setor de BK RENDA = emprego + agregação de valor Cada emprego no setor gera, pelo menos e em média, outros 4 empregos nos diversos setores da economia, em função da longa, complexa e transversal cadeia produtiva, e, portanto, sustenta, com renda mais elevada, aprox. 15 pessoas (se incluirmos os dependentes). A indústria de máquinas e equipamentos agrega mais valor que a maioria das demais indústrias - quando se considera a totalidade de sua longa, complexa e transversal cadeia produtiva, que mobiliza inúmeros outros setores industriais: do plástico ao aço, da instrumentação e eletrônica à informática.

5 Importância Estratégica do setor de BK Tecnologia e Inovação A indústria de máquinas e equipamentos é necessariamente inovadora, pois seus Clientes exigem equipamentos tecnologicamente cada vez mais avançados e produtivos. Para isto, investe maciçamente em P&D, necessita de mão de obra qualificada e, conseqüentemente, melhor remunerada e de menor rotatividade. Segundo a PINTEC-Pesquisa de Inovação Tecnológica do IBGE, a taxa média de inovação é de 33,5 para a indústria em geral e de 41 para a indústria de máquinas. Setor estratégico, que serve de alavanca da competitividade dos demais setores industriais. Somos uma fábrica de fábricas!

6 Importância Estratégica Relativa do setor de BK Que setor deve ser incentivado?

7 O paradoxo da produtividade Por José Milton Dallari - Jornal Valor Econômico - 31/10/2011 Na busca pela produtividade, as empresas brasileiras estão vencendo a primeira barreira, a de investir em modernização de equipamentos, softwares e instalações. Falta, porém, vencer o obstáculo mais difícil, o de ter mão de obra treinada e capaz de acelerar as tarefas sem aumentar perdas com erros e retrabalho. Todos os empresários, independentemente do ramo -indústria, infraestrutura, comércio e serviços, sabem que a insuficiência de trabalhadores PROFISSIONAIS e QUALIFICADOS, é o maior obstáculo para o aumento de produtividade. Educação básica fraca compromete competitividade e deixa os jovens sem perspectivas.as centenas de faculdades particulares com suas centenas de cursos acabam criando um imaginário que só um diploma de ensino superior vai resolver o problema da empregabilidade.

8 O paradoxo da produtividade Por José Milton Dallari - Jornal Valor Econômico - 31/10/2011 A boa notícia é que o Brasil tem 20 milhões de brasileiros para serem treinados, segundo dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA). São eles que precisam aprender ofícios para atuar nessa faixa intermediária do mercado de trabalho. São profissões que não precisam de uma faculdade, apenas de pessoas bem preparadas para exercê-las.a oferta de cursos profissionalizantes em cidades médias e pequenas é crucial para romper com a ideia de "precisar sair para estudar fora". Os 20 milhões apontados pelo Ipea são pessoas que terminaram o Ensino Fundamental e acabaram ingressando no mercado de trabalho, por necessidade financeira, exercendo funções como empacotadores de supermercado, operadores de máquina xerox, office-boys. Sem especialização, eles também não encontram estímulo para fazer carreira. É essa turma que, recebendo treinamento, poderá manter o crescimento econômico do Brasil num ritmo de 4% a 5% ao ano.

9 Qualificação do trabalhador Reflexões!! Segundo a OIT, em cada cinco jovens no mundo um não tem emprego. São 88 milhões de pessoas com idade entre 16 e 24 anos sem ocupação, representando 40 % dos desempregados no planeta, sendo que 85 % vivem em países em desenvolvimento. No Brasil, são 3,5 milhões de pessoas entre 16 e 24 anos sem trabalho, representando 45 % dos desempregados no país. Criar ocupação para esse contingente é um dos grandes desafios para os formuladores de políticas públicas. O Brasil precisa de açõesde curto, médio e longo prazos que equacionem as necessidades destes jovens trabalhadores e das empresas. A qualificação do trabalhador assumiu um papel de grande peso para a competitividade econômica e a omissão da sociedade irá gerar um grande gargalo para a produção do país.

10 2020: Estudo mundial prevê maior escassez de profissionais entre os países do BRIC Até 2020, a escassez de talentos deverá atingir todos os níveis profissionais nas indústrias, em quase todo o mundo, particularmente nos países em desenvolvimento e, em especial BRICs. Empresas da área de mineração e construção devem ser as mais prejudicadas. Essa é uma das conclusões do estudo Global Talent Risk, que foi apresentado no Fórum Econômico Mundial de Davos(Suiça- Janeiro/2011). Em economias como a Brasileira, que possuem mão de obra abundante mas de baixa qualificação, com ensino fundamental e médio precários, a situação tende a se agravar mais. A falta de profissionais, técnicos, engenheiros e especialistas em geral já é uma realidade e será, cada vez mais, o maior desafio(e o maior freio?!) ao crescimento de nosso país. O estudo propõe que governos, associações de classe e empresas assumam a responsabilidade e busquem, em conjunto, uma solução para o problema.

11 A demanda por engenheiros em 2014 pode chegar a quase 650 mil novos profissionais! Mais alguns números: 3,2 milhões de vagas disponíveis por ano, pelo conjunto dos cursos de graduação. Deste total, 322 mil são vagas na área de engenharia (aprox. 10,2 % do total); 830 mil pessoas se graduam anualmente (menos de 26 % do total de vagas ofertadas a cada ano!!); Em 2009, houve a graduação de 47,1 mil engenheiros, que equivaleram a apenas um pouco menos de 15% do total de alunos que ingressam nos cursos de engenharia Conclusões: Faltam engenheiros (e vai piorar muito)... Trata-se de uma profissão (novamente) promissora... 11

12 Problemas atuais, tendências e novos desafios... Mudanças estruturais no mundo e no Brasil; Novas tecnologias; Envelhecimento da população; Aumento do nível de escolaridade e poder aquisitivo; Migração da mão de obra qualificada; ENEM... Qualidade da educação básica; Formar profissionais com perfil mais questionador e participativo; Revisão e atualização dos currículos (e professores), com foco nas necessidades do mercado de trabalho; Mais prática nas empresas; Apagão de mão de obra técnica qualificada: ampliar a oferta de cursos técnicos e operacionais + campanhas motivacionais na sociedade; Sobram cursos, faltam bons profissionais!!!

13 Estudo Economia em Pespectiva 2010 apresentado pela FIERGS demonstra: O RIO GRANDE DO SUL ENVELHECERÁ MAIS RÁPIDO... O bônus demográfico do RS ocorrerá muito antes do Brasil; População Potencialmente Ativa (PPA) versus Razão de Dependência (RD) Isso se deve, principalmente, ao fato queors,emrelaçãoaobrasil,tem: 64,0 68,7 69,1 64,4 menor taxa de natalidade; 56, ,2 menor taxa de fecundidade; 45,5 44,7 maior esperança de vida ao nascer PPA RD A maior razão de dependência se deverá, principalmente, pelo aumento da população idosa. Índice de Envelhecimento (IE) (número de idosos para cada 100 crianças) Conseguiremos ficar ricos antes de ficarmos velhos? BR RS BR RS BR RS BR RS Fonte: IBGE. Elaboração: FIERGS/UEE

14 O que fazer? Necessário quebrar (muitos) paradigmas na educação Brasileira (e Gaúcha!)... Ex: fechar cursos de graduação medíocres (caça-níqueis), enfrentar o corporativismo que impede ou retarda as mudanças, etc... O caminho para o desenvolvimento está na EDUCAÇÃO! OBS: mão de obra qualificada é um dos poucos diferenciais que o Rio Grande do Sul (ainda) tem. Para mantermos esta vantagem competitiva e, eventualmente, ampliá-la, é imprescindível que haja vontade política, mudanças estruturais e muito esforço / trabalho! Só com a união dos Governos, Federações Empresariais e dos Trabalhadores, Universidades, Escolas Técnicas,... Menos debate e mais AÇÃO!

15 Obrigado! Mathias Elter Referências: IPEA Inst. Pesquisas Econômicas Aplicadas; IBGE Inst. Brasileiro Geografia e Estatística; Ministério do Trabalho e Emprego; Confederação Nacional da Indústria; Unidade de Estudos Econômicos FIERGS; Artigos, Entrevistas, Estudos Setoriais: Fotografia Mercado de Trabalho RS, UEE/FIERGS - Publicação: Setor de Máquinas e Equipamentos-Série: Ocupações emergentes-modelo Senai de Prospecção-Brasília, 2004 e Nota Técnica DI 015/2011 SENAI- José Milton Dallari,31/10/2011 -JE - Comitê de Recursos Humanos, ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos