INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS

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1 0 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS PROPOSTA DE PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA GRUPAL COM ADOLESCENTES QUE CUMPREM MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO NO MUNICIPIO DE JI-PARANÁ/RO CAMILA STREILING TINELI MILANI Cacoal, 2013

2 1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS PROPOSTA DE PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA GRUPAL COM ADOLESCENTES QUE CUMPREM MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO NO MUNICIPIO DE JI-PARANÁ/RO CAMILA STREILING TINELI MILANI Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Psicoterapia Breve do ICS FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO CACOAL, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Especialista. ORIENTADORA: Profª. Ms Cristiane Araujo Dameto Cacoal, 2013

3 2 CAMILA STREILING TINELI MILANI PROPOSTA DE PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA GRUPAL COM ADOLESCENTES QUE CUMPREM MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO NO MUNICIPIO DE JI-PARANÁ/RO Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Psicoterapia Breve do ICS FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO CACOAL, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Especialista. Aprovada em / / BANCA EXAMINADORA Orientadora Profª Dra Carmen Maria Bueno Neme Profª Ms Cristiane Araujo Dameto Profº Ms Plínio Marinho de Carvalho Júnior Cacoal, 2013

4 3 EPIGRAFE Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse o respeito aquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída. Mahatma Gandhi

5 4 DEDICATORIA Dedico A Deus, que sempre me abençoou e guiou. Á meu pai Sergio Luiz Milani e minha mãe Fatima Streiling Tineli Milani que sempre me apoiaram incansavelmente em todos os aspectos da minha vida, me motivando, mostrando a importância do trabalho árduo e o estudo, dedico também ao meu irmão Sergio Luiz Milani Filho que tanto amo, futuro advogado.

6 5 AGRADECIMENTOS A Deus, Aos meus pais Sergio Luiz Milani e Fatima Streiling Tineli Milani Ao meu irmão Sergio Luiz Milani Filho A minhas amigas e colegas de profissão: Maideli Ananias Batista da Silva, Margarete Aparecida Porto, Adriana Garcia e pedagoga Késia de Oliveira Vieira Às professoras, Carmen Maria Bueno Neme e Cristiane Araujo Dameto Pelas orientações deste trabalho.

7 6 RESUMO A adolescência é uma fase de desenvolvimento humano, permeada por descobertas e intensos conflitos, o presente trabalho volta seu olhar para o adolescente que cumpre medida socioeducativa de internação, ou seja, o adolescente autor de ato infracional, especificamente do município de Ji-Paraná, estado de Rondônia. Foi elaborado um plano de atendimento com o objetivo de formar grupos de 5 (cinco) a 8 (oito) participantes, sendo planejado um total de 12 (doze) sessões, baseada na Psicoterapia Breve, que utilizada de técnicas como a identificação de um foco a ser trabalhado, estabelecimento de objetivos específicos e limitados, delimitação do tempo, postura ativa do terapeuta e planejamento das sessões. Com o passar dos anos surge a Psicoterapia Breve Operacionalizada criada por Ryad Simon na década de 1970, que tem por método de avaliação a Escala Diagnóstica Operacionalizada Adaptativa- EDAO, na qual será utilizada de acordo com o planejamento elaborado, fez-se referência também aos conceitos de grupo, sua importância, características e finalidade. Para realização de tal planejamento se faz essencial abordar os conceitos que envolvem a adolescência, como distinção entre adolescência e puberdade, conceitos de crise, construção da identidade, a origem do termo adolescência suas mudanças com o decorrer dos anos na maneira de lidar com esta fase do desenvolvimento, a legalização dos direitos até a chegada aos tempos atuais com o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA. É abordado ainda a respeito do universo que envolve a medida socioeducativa de internação e o histórico da internação no município de Ji-Paraná/RO. Palavras-chave: Adolescência, adolescente infrator e Psicoterapia Breve.

8 7 ABSTRACT Adolescence is a stage of human development, permeated by intense conflicts and discoveries, this work returns his gaze to the teenager who meets admission by social, ie, the teenage author of offense, specifically the city of Ji-Paraná, Rondonia state. It was a plan of care in order to form groups of five (5) to eight (8) participants, planned a total of twelve (12) sessions, based on the Brief Psychotherapy, which used techniques such as identifying a focus being worked, setting goals specific and limited definition of time, active attitude of the therapist and planning sessions. With the passing years comes the Brief Psychotherapy Operationalized Ryad created by Simon in the 1970s, whose valuation method Operationalized Adaptive Diagnostic Scale-EDAO, which will be used in accordance with the elaborate planning, reference was made to also terms group, its importance, characteristics and purpose. To carry out such planning becomes essential to address the concepts involving teens, as distinction between adolescence and puberty, concepts of crisis, construction of identity, the origin of the term adolescence with its changes over the years in dealing with this phase development, the legalization of duties until the arrival to the present times with the Statute of Children and Adolescents - ACE. It also discussed about the universe that involves hospitalization by social and historical hospital in the city of Ji- Paraná/RO. Keywords: Adolescence, teen offender and Brief Psychotherapy.

9 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ADOLESCÊNCIA Construção da identidade MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS E UNIDADE SOCIOEDUCATIVA A internação socioeducativa em Ji-Paraná OBJETIVOS MÉTODO A PSICOTERAPIA BREVE A psicoterapia breve operacionalizada A psicoterapia breve operacionalizada em grupo PROPOSTA DE PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA EM GRUPO PARA ADOLESCENTES ATENDIDOS EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO EM JI- PARANÁ Descrição do processo de atendimento CONSIDERAÇÕES FINAIS...30 REFERENCIAS ANEXOS... 33

10 9 INTRODUÇÃO De acordo com Feijó (2007), a puberdade é a consequência de um processo físico de transformações no desenvolvimento das características sexuais nas meninas, como o desenvolvimento dos seios e o alargamento dos quadris e a menarca (primeira menstruação). Nos meninos, ocorrem alterações no tom de voz e o crescimento dos pêlos faciais. Estas mudanças da puberdade se dão devido às intensas atividades hormonais responsáveis pelas características sexuais relacionadas à reprodução. Feijó (2007) argumenta ainda que a adolescência é um período geralmente conflituoso para os jovens, diante do novo período que os rodeia. Além das mudanças corporais e emocionais, eles costumam ser cobrados para a tomada de decisões importantes, que poderão levar a novos conflitos. Nessa fase de crise, os adolescentes poderão procurar, longe de seus pais, respostas e a proteção necessária nos grupos de iguais. Por esta razão, segundo Knobel (1981), a adolescência se constitui uma fase de crise normal do desenvolvimento, estando o adolescente, vulnerável a diversos fatores de risco. Gebara (2003, p. 36) argumenta que: Nesses momentos de crise, o indivíduo fica exposto ao perigo e à oportunidade, esta última porque conta com uma maior motivação para mudar e, consequentemente, tende a aceitar uma intervenção terapêutica. O adolescente que comete algum ato infracional, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (1990) deve passar por medidas socioeducativas que o auxilie a retomar o desenvolvimento saudável e reintegrar-se a vida social. A atenção a este adolescente deve ser integral e efetiva, de modo a se conseguir essa reintegração. Atualmente, discutem-se e pesquisam-se, medidas, programas e intervenções que mostrem efetividade no auxilio desses adolescentes.

11 10 1. ADOLESCÊNCIA O ambiente desempenha, neste estágio, papel de imensa importância, a ponto de ser mais adequado, num relato descritivo, supor a continuidade da existência e do interesse do pai, da mãe, da família pelo adolescente. Muitas das dificuldades por que passam os adolescentes, e que muitas vezes requerem a intervenção de um profissional, derivam de más condições ambientais. (DONALD WINNICOTT, 2005, p. 117). Assis et al (2003) afirmam que a adolescência é uma fase marcada por grandes transições, que afetam aspectos emocionais, cognitivos, sexuais e físicos. Paladino (apud HALL, 1978) afirma que apesar de Hall considerar a infância uma fase comandada pelas forças da natureza, ele supunha que a adolescência seria um período mais plástico e fluido, caracterizando esta fase do desenvolvimento enquanto tempestade e tormenta. No que se refere à etimologia da palavra adolescer, Paladino (apud CARVAJAL 1998) coloca a palavra adolescer, associada ao latim adulescens (homem jovem), como particípio ativo de adolescere (crescer), na qual o significado seria cair enfermo ou ser acometido por alguma doença comum, tratando-se de paixões, vícios ou ainda causar doenças. Paladino (apud ABERASTURY & KNOBEL 1981) referem que o indivíduo, ao adolescer, passa por três lutos essenciais: luto pelo corpo infantil, luto pela identidade e pelo papel infantil e luto pelos pais infantis. Deste modo, na transcorrência do seu desenvolvimento o indivíduo necessita passar por uma fase de lutos para conseguir elaborar a perda de sua condição infantil e conseguir desenvolver e estabelecer sua identidade adulta. Paladino (apud ABERASTURY & KNOBEL 1981) define os três lutos: a perda do corpo infantil se refere à perda real do corpo infantil, às mudanças físicas que a puberdade acarreta e ao novo modo de lidar com este novo corpo em ativo desenvolvimento; o luto pela identidade infantil é um período confuso e doloroso, no qual ocorrem separações do meio familiar e a perda do corpo infantil. Pode levar a dificuldades em reconhecer seu próprio eu e o luto pela relação dos pais da infância

12 11 o que, muitas vezes, resulta no distanciamento da família, no abandono da imagem heroica idealizada dos filhos pelos pais, além do luto dos pais, ao perceberem a nova fase em que o filho se encontra, muitas vezes não conseguindo lidar com a independência e a perda da infância dos filhos. No que se refere à história da adolescência, segundo Grossman (apud PERROT & FUGIER 1993). O século XIX caracterizou-se pela redefinição dos papéis sociais dos menos favorecidos, ou seja, mulheres e crianças, pelo crescente avanço da industrialização e pela organização de trabalhadores. A infância passou a ser encarada como um momento privilegiado da vida, os filhos começaram a receber atenção de acordo com sua faixa etária, se passou a dedicar amor e investimento no futuro os filhos. Nesse momento, a figura do adolescente foi distinguida com nitidez. Ao longo do século, a adolescência passou a ser percebida como um momento crítico da vida, temida como uma fase de potenciais riscos para o indivíduo e para a sociedade. Segundo Grossman (apud SILBER, 1995), a partir de então, a adolescência passou a ser elemento de interesse para médicos e educadores. Ainda, para Grossman (apud PERROT & FUGIER, 1993), a criminalidade na adolescência foi estudada na obra Criminalidade na adolescência: causas e remédios de um mal social atual, de Nela, os adolescentes são identificados como "vagabundos naturais", profundamente instáveis e com absoluto desprezo por quaisquer obstáculos e perigos. Apesar da sabida fase de turbulência vivenciada na adolescência, do quanto é comum à instabilidade e continuo desejo dos adolescentes em exporem-se a riscos, atualmente não raro é possível nos depararmos com pessoas que compartilham desta opinião de que os seres humanos que encontram-se na fase da adolescência são pessoas profundamente instáveis, com absoluto desprezo por quaisquer obstáculos e perigos, mantendo-se em uma postura rígida de falta de conhecimento a respeito desta fase do desenvolvimento. Bock et al (2007, p.292) utilizam-se da seguinte argumentação: Parece contraditório afirmar que não existe adolescência, mas que exista adolescentes. Acontece que os critérios que poderiam definir essa etapa não fazem parte da constituição do individuo, mas são construídos pela cultura. Não podemos falar em uma fase natural do desenvolvimento humano denominada adolescência. Mas, quando uma determinada sociedade exige de seus membros uma longa preparação para entrar no mundo adulto, como na nossa, teremos de fato o adolescente e as características psicológicas que definirão a fase, que, a título de compreensão, diremos que foi artificialmente criada.

13 12 Paladino (apud CALLIGARIS, 2000) afirma que os rituais de iniciação ocorridos em outras culturas, apesar de dolorosos, são mais suportáveis do que a indefinida moratória moderna. O autor afirma que a definição de homem mulher na cultura ocidental atual esta em aberto, assim como o tornar-se adulto. Para Bock et al (2007, p.294): (...) fica difícil estabelecer um critério cronológico que defina a adolescência, ou um critério de aquisição de determinadas habilidades, como ocorre desenvolvimento infantil. Dá-se o nome de adolescência ou juventude a fase caracterizada pela aquisição de conhecimentos necessários para o ingresso do jovem no mundo do trabalho e de conhecimento e valores para que ele constitua sua própria família. A flexibilidade do critério, que nos pode levar a categorizar alguém com vinte e cinco anos como adolescente e alguém com quinze como adulto, levou-nos a evitar até aqui o termo adolescência, que passaremos a usar agora com as restrições já apontadas. Dessa forma de acordo com Bock et al (2007, p.296): A sociedade obriga alguns jovens a se tornarem adultos muito cedo e, ao mesmo tempo, considera esse jovem adulto como adolescente. Então não temos a adolescência como uma fase definida do desenvolvimento humano, mas como um período da vida que apresenta suas características sociais e suas implicações na personalidade e identidade do jovem. É um período de transição para fase adulta que, na sociedade contemporânea, prolongou-se bastante se tomarmos, como parâmetro, as sociedades primitivas. (...) Sendo a adolescência um período do desenvolvimento humano marcado por intensas transições biológicas, psicológicas e sociais motivadoras de conflitos relacionados à auto-imagem, delimitação de papéis, entre outros aspectos que também estão totalmente vinculados à identidade, que será conceituada a seguir Construção da identidade No que concerne à construção de identidade em Bock (2007, p.204) vamos encontrar o seguinte esclarecimento: Várias correntes da psicologia (a psicanalise, inclusive) nos ensinam que o reconhecimento do eu se dá no momento em que aprendemos a nos diferenciar do outro. Eu passo a ser alguém quando descubro o outro e a falta de tal reconhecimento não me permitiria saber quem sou, pois não teria elementos de comparação que permitissem ao meu eu destacar-se dos outros eus. Dessa forma, podemos dizer que a identidade, o igual a si mesmo, depende da sua diferenciação em relação ao outro.

14 13 De acordo com Bock (2007), é no conjunto de experiências diárias, na relação com os outros eus que elaboramos os que pretendemos ser, assim pode-se afirmar que a identidade é algo em constante transformação. Segundo Kaplan et al (1997), o pediatra Erick Erickson fundamentou-se no conceito do Princípio Epigenético da embriologia, assim Erickson sustenta que o desenvolvimento ocorre em estágios sequenciais e nitidamente definidos. Erickson descreveu oito estágios do ciclo vital, marcados por uma ou mais crises internas. A fase da adolescência se encaixa no estágio 5 (cinco) do ciclo vital formulado por Erickson, sendo este o estágio da Identidade versus difusão de papéis (dos 11 anos de idade ao final da adolescência). Como descrito por Kaplan et al (1997), nesta fase é desenvolvido o senso de identificação física e psicológica, para se obter sucesso na formação da identidade é preciso além de ter uma identificação com pais ou substitutos saudáveis também é importante possuir um histórico de experiências positivas nos estágios anteriores. A identidade envolve uma dependência reciproca das ideias e valores de um grupo social. O adolescente encontra-se em uma moratória psicossocial entre a infância e a idade adulta, ou seja, encontra-se em um período de experimentações de papéis. Kaplan et al (1997, p. 255) abordam o conceito de crise de identidade postulado por Erickson: Uma crise de identidade ocorre ao final da adolescência. Erickson chama-a de crise normativa, pois trata-se de um evento normal. O fracasso em administrar este estágio deixa o adolescente sem uma identidade sólida; ocorre uma difusão de papéis, caracterizada por não possuir um senso de self e por uma confusão acerca do próprio lugar no mundo. A confusão de papeis pode manifestar-se em anormalidades comportamentais tais como fuga de casa, criminalidade e psicose manifesta. Problemas na identidade de gênero e papel sexual podem manifestar-se neste momento. O adolescente pode defender-se da difusão de papeis unindo-se a cultos ou turmas ou pela identificação com heróis populares. No que se refere à família, Paladino (2005) assegura a nítida mudança ao longo dos tempos. Paladino (apud ROUDINESCO, 2003) distingue a formação da família em três grandes períodos: a primeira que consiste na família tradicional, submissa ao patriarca; a família moderna, na qual valoriza a divisão do trabalho entre o casal e coloca a criança como centro e a família dita contemporânea que une o casal em busca de intimidade e vida sexual. Para Paladino (2005, p. 114) A família moderna assemelha-se a uma tribo

15 14 insólita, a uma rede assexuada, fraterna, sem hierarquia nem autoridade, na qual cada um sente autônomo ou funcionalizado. Paladino afirma que diante desta realidade os jovens contemporâneos solicitam referenciais. Kaplan et al (1997, p. 64) afirmam que: Os adolescentes procuram estabelecer uma identidade pessoal, distinta de seus pais, porém suficientemente próxima, para que a estrutura da família seja incluída. Assim são formados os grupos, os adolescentes se agrupam para distanciarem da família, mas ainda levam consigo seu modelo de relacionamento. Segundo Rappaport et al (2003), inseguros quanto ao que são, os adolescentes procuram nos amigos da mesma faixa etária e interesses o que não encontram em si mesmo. Através dos grupos, os jovens sentem-se mais seguros para se expressarem e agirem, transferem para o grupo a dependência antes vinculada intrinsecamente à família. No grupo são descobertas novas experiências positivas e negativas, proporcionando a seus integrantes, vivenciarem novas situações, principalmente as que envolvem riscos, com a vantagem de proteção, pois a responsabilidade envolve o todo, e não apenas o individuo. A respeito de experiências negativas, Padovani (apud BATTIN-PEARSON, THORNBERRY, HAWKINS & KROHN, 1998) descreve que, achados de dois estudos longitudinais envolvendo jovens de cidades nos Estados Unidos, mostraram que membros de grupos como gangues possibilitam maior envolvimento em comportamentos de risco. Pesquisas recentes na área da Psicologia Jurídica mostram que a formação de gangues intensifica o comportamento infracional. Padovani (2003) afirma que o adolescente ator de atos infracionais é um fenômeno universal, e, que é possível constatar nestes adolescentes, uma sólida conduta repetitiva, na qual as regras sociais são invariavelmente violadas. Padovani (apud KAUFFMAN, 2001) sinaliza que os adolescentes delinquentes associados aos problemas de conduta raramente apresentam apenas um problema de comportamento isolado. O autor acrescenta que geralmente tais adolescentes apresentam Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno Desafiador Opositivo (TDO). Abordando o tema adolescente infrator, é importante fazer referência ao incomparável trabalho desenvolvido por Donald Winnicott. Elsa Oliveira Dias e Zeljko Loparic dois dos seguidores de Winnicott, através de seu artigo: O Modelo Winnicott

16 15 de atendimento ao adolescente em conflito com a lei, decidiram, no ano de 2008, criar um modelo de atendimento ao adolescente em conflito com a lei, sendo seu objetivo o mesmo do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SINASE, que vem a ser proporcionar aos adolescentes uma real reconstrução de seu projeto de vida. Para tal, é necessário mencionar a teoria do amadurecimento pessoal postulado por Winnicott (1987). Para Winnicott, o amadurecimento pessoal salienta a tendência natural à integração dos seres humanos, que só é possível através de um ambiente facilitador. Winnicott afirma que a integração ocorre em várias etapas como: a dependência absoluta e relativa, os primeiros anos de vida após o nascimento na relação materna, a construção da identidade pessoal (eu sou), entrada para a independência relativa diante do fato de se tornar capaz de ter responsabilidades e interagir com o ambiente infantil, o desenvolvimento da sexualidade inicial e madura, o alcance do status em se tornar adulto com suas características e responsabilidades. Levando em consideração os adolescentes infratores, Winnicott (1987) elaborou uma teoria da adolescência que acrescentou à teoria do amadurecimento, os distúrbios presentes nesta fase do desenvolvimento. Winnicott (1987) afirma que o período da adolescência é o período em que o sujeito firma as conquistas já realizadas e tem a oportunidade de agregar à personalidade o que será vivenciado neste período. Dias e Loparic (2008) afirmam que o sujeito maduro modifica sua relação com o ambiente, passando a interagir de maneira responsável e ativa. Para Dias e Loparic (2008), de acordo com a teoria Winnicottiana dos distúrbios do amadurecimento, quando o ambiente falha, não oferecendo oportunidades para a efetivação de atividades de integração, acontecem interrupções no processo do amadurecimento. Ao invés de amadurecer o sujeito reage instintivamente se defendendo, podendo, assim. Ocorrer cristalizações e diversos tipos de distúrbios psíquicos, como a psicose e a tendência antissocial. Como descrito por Winnicott (1987, apud DIAS E LOPARIC 2008) quando as falhas ambientais ocorrem no período da dependência absoluta, antes mesmo do contato com o mundo exterior, para o sujeito, estas falhas tem caráter de privação, ou seja, privação do contato com a mãe, gerando profundas angustias. Já quando as falhas ambientais ocorrem após a construção do mundo interior e o inicio da relação com o mundo exterior, estas falhas são vivenciadas como deprivação, ou

17 16 seja, a perda do ambiente favorável, acolhedor, seguro, responsabilizando assim o próprio ambiente por esta perda, esta perda nada mais é do que a sociedade em si, e suas desigualdades socioeconômicas, assim a tendência antissocial, é a busca inconsciente de ser ressarcido pela da perda sofrida. Sendo assim, de acordo com Dias e Loparic (2008, p. 54) A criança ou o adolescente, ao praticar um ato antissocial está procurando, de um modo violento ou brando, levar o mundo a reconhecer sua dívida para com ela. Ainda de acordo com Dias e Loparic (2008) o adolescente com conduta antissocial, necessita de um ambiente favorável, ou seja, de um local seguro e confiável, com indivíduos também confiáveis, para que seja dada a oportunidade de uma adaptação ativa e o restabelecimento de suas relações com o mundo. Apesar das prováveis resistências iniciais, com o passar do tempo, poderá haver a remissão ou mesmo desaparecimento da tendência antissocial, a não ser quando o adolescente já começou a obter vantagens secundárias do distúrbio. Conforme Dias e Loparic (2008) assim se faz essencial que o adolescente em conflito com a lei, durante seu período de internação vivencie um ambiente modificado. De acordo com seus direitos, sendo possibilitado a estes jovens o restabelecimento da referencia afetiva da confiança e esperança em si próprio e no ambiente que o cerca. Dessa forma, para Dias e Loparic (2008, p. 56), A contenção social é necessária, porém ela precisa ser exercida no intuito de amparar o adolescente na retomada do seu crescimento pessoal e na re-elaboração pessoal das relações ambientais. Padovani (apud WESTPHAL, 2002) complementam que, simplesmente colocar esses adolescentes em locais inapropriados, visivelmente agrava o problema, ao invés de resolvê-lo. 2. MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS E UNIDADE SOCIOEDUCATIVA De acordo com Silva (2011), em 1808 com a chegada da família real portuguesa, no âmbito do Direito Penal assim como em Portugal o Brasil era regido pelas Ordenações Filipinas. Naquele período, as crianças e adolescentes eram

18 17 rigidamente punidos, sem muita diferenciação dos adultos, iniciando a imputabilidade penal aos 7 anos de idade. Em 1830 é aprovado o primeiro Código Criminal, e este implantou a imputabilidade penal plena aos 14 anos de idade. Nessa mesma época surgem as Santas Casas de Misericórdia que inauguraram a chamada Roda dos Expostos, que visava salvar vidas de recém-nascidos abandonados. No entanto, as crianças eram obrigadas a trabalhar. Em 1871 surge a lei do Ventre Livre, na qual foi definitiva a luta pelos direitos da infância no Brasil e, a partir de então, as crianças que antes eram dominadas pelos donos de suas famílias, tornaram-se responsabilidade do governo. Segundo Silva (apud RIZZINI, 1997), com a vigência do Código Penal de 1890 que abordava à infância de forma a criminalizar a pobreza, a proteção à infância sofre um retrocesso, tendo sido rebaixada a idade penal de 14 para 9 anos de idade. De acordo com Silva (2011), em 1927 foi elaborado o Código de Menores e em 1964 é criada a Fundação Estadual de Bem-Estar do Menor FEBEM. A seguir, é elaborado o novo código de menores de 1979, e, por fim, em 1990, foi promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA, a Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, redigida com objetivo de esclarecer e criar meios legais para toda ampla esfera que engloba a infância e adolescência. No ECA se instaura a proteção integral à criança e ao adolescente, considerando criança o indivíduo até 12 de idade e adolescente, o indivíduo entre 12 e 18 anos de idade. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA, o adolescente que comete ato infracional é submetido a Medidas Socioeducativas, que tem caráter sancionatório e pedagógico, são consideradas de acordo com a gravidade do ato praticado, não sendo permitido prestação de trabalho forçado e aos adolescentes portadores de deficiências são determinados atendimentos especifico de acordo com suas condições físicas e mentais. São 7 (sete) as medidas socioeducativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviço a comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semi-liberdade e internação em estabelecimento educacional. A sétima Medida Socioeducaitva, trata da internação, que se caracteriza de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA (1990), por: privação de liberdade, baseada nos princípios da brevidade, excepcionalidade e respeito á condição de individuo em desenvolvimento peculiar, é autorizada atividades

19 18 externas aos socieoeducando exceto sob ordem judicial contraria. A internação não estabelece prazo fixo e deve ser reavaliada semestralmente. Não pode ultrapassar 3 anos e, atingindo os 3 anos, o adolescente deverá ser liberado. É automaticamente liberado o adolescente que completar 21 anos de idade. Qualquer desinternarão será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público. A medida de internação só poderá ser aplicada quando for cometido ato infracional mediante grave ameaça ou violência à pessoa, por reincidência e por descumprimento de medida anteriormente imposta. Ainda de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA (1990), a internação deverá ser cumprida em instituição especifica para adolescentes infratores, separados por faixa etária e gravidade da infração, devendo obrigatoriamente, durante todo o período de realização de atividades pedagógicas. São direitos do adolescente privado de liberdade: entrevistar-se com representante do Ministério Público, receber atendimento jurídico reservado, receber informações quanto a sua situação processual, ser tratado com respeito e dignidade, ser interno no mesmo município que seus responsáveis, ou mais próximo possível, receber visitas, corresponder-se com seus familiares e amigos, ter acesso objetos de higiene pessoal, habitar local salubre e em condições de higiene, receber escolarização, profissionalização, participar de atividades culturais, esportivas, de lazer, ter acesso aos meios de comunicação, receber assistência religiosa segundo sua crença, dispor de local seguro para guardar seus objetos pessoais, quando desinternado receber os documentos pessoais necessários, em nenhum caso haverá incomunicabilidade, exceto quando ordenado judicialmente por período temporário. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de contenção e segurança A internação socioeducativa em Ji-Paraná Vieira (2011), realizou uma pesquisa sobre a história do atendimento aos adolescentes em conflito com lei em regime de privação de liberdade no município de Ji-Paraná. Nessa pesquisa, Vieira realizou analise documental e entrevistas com funcionários da 2º Delegacia de Policia que cuidaram dos primeiros adolescentes

20 19 apreendidos neste município por cerca de doze anos ( ). A 2º Delegacia de Policia não apresentava condições mínimas de habitação, desrespeitando completamente a legislação vigente, contando apenas com dois alojamentos, posterior a este período os atendimentos passaram a ser realizados por uma Pedagoga, alem de Diretor Geral, Diretor de Segurança e sócioeducadores que alternavam plantões individuais, em parceria com agentes de Polícia Civil. Segundo Vieira (2011), em 2004 foi estabelecida a criação de uma secretaria especifica, a Fundação de Amparo ao Menor Carente e a Ação Social de Rondônia FAZER, que assumiu apenas a partir do dia 02 de julho de Concomitantemente ao trabalho da FAZER, existia uma ação não governamental denominada Centro de Reintegração e Capacitação do Menor CERCAME, o qual foi fundado em 29 de março de 1993, perdurando por 14 anos. Vieira (2011) relata que a Unidade de Atendimento às Medidas Socioeducativa de Ji-Paraná/RO - UAMSJP/RO foi inaugurada em 17 de dezembro de Sua estrutura física e arquitetônica ainda não atende a todas as determinações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), por se tratar de uma estrutura improvisada. Porém, considerando os padrões do estado de Rondônia, está entre as mais bem estruturadas do estado. Vieira (2011) destaca que o município referido sempre atendeu aos adolescentes das cidades circunvizinhas o que a torna um pólo regional no atendimento a estes jovens. Ressalta ainda que não existe uma delegacia especializada e profissionais para o atendimento adequado a estes adolescentes. Existe apenas uma delegacia especializada em todo o estado de Rondônia localizada na capital, Porto Velho. Considerando as necessidades de aperfeiçoamento da estrutura física e dos recursos humanos para um atendimento adequado da demanda de adolescentes em medida socioeducativa de Ji-Paraná e que o Estado tem o dever de cuidar da integridade física e mental dos internos, propõe-se, neste trabalho, que sejam realizados avanços no que diz respeito aos atendimentos psicológicos a se oferecer à população assistida. Tendo em vista a necessidade de se atender com qualidade os menores em conflito com a lei, buscando-se sua recuperação e prevenção de problemas futuros, sugere-se que seja oportunizada a realização de tratamento psicoterápico com finalidades terapêuticas e preventivas a esses menores, contemplando, também, uma forma de trabalho que auxilie a integração da equipe com a atuação do psicólogo.

21 20 Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo, realizar uma proposta de intervenção psicoterápica junto aos adolescentes infratores pelo profissional da Psicologia, que seja de tempo breve e planejada a partir de uma avaliação operacionalizada das principais áreas de conflito dos atendidos. 3. OBJETIVOS Apresentar proposta fundamentada teoricamente de realização de psicoterapia breve operacionalizada grupal com adolescente em conflito com a lei na Unidade de Atendimento às Medidas Socioeducativas de Ji-Paraná/RO, com base em avaliação com a Escala Diagnóstica Operacionalizada Adaptativa EDAO. 4. METODO Trata-se de estudo teórico sobre da Psicoterapia Breve e a técnica da Psicoterapia Breve Operacionalizada (PBO), com proposta de avaliação dos menores atendidos por meio da Escala Diagnóstica Operacionalizada Adaptativa EDAO, a ser aplicada na Unidade de Atendimento de Ji-Paraná (RO), após aprovação das instancias competentes. 5. A PSICOTERAPIA BREVE A Psicoterapia Breve surgiu como único tratamento adequado às indigências da guerra, com objetivos delimitados, vinculados à remoção ou melhoria dos sintomas, atendendo mais prontamente a demanda da população, suscitada pelo aumento das necessidades de serviços terapêuticos, segundo Maia (apud LEMGRUBER 1984). Para Dameto (2005, p.6):

22 21 A Psicoterapia Breve é baseada na teoria psicanalítica que orienta a compreensão psicodinâmica do paciente, foi desenvolvida com base na observação dos próprios terapeutas de que os pacientes, em sua maioria, desejam um tratamento mais rápido, que diminua o tempo de sofrimento e que também um número maior de pessoas pudessem se beneficiar de tal tratamento, até então inviável para a maior parte da população em função das dificuldades que a terapia á longo prazo apresenta como tempo, dinheiro, dedicação por tempo indeterminado. Segundo Fiorini (1993 apud DAMETO 2005) a Psicoterapia Breve se orienta essencialmente, no sentido da compreensão psicodinâmica das situações atuais vivenciadas pelo individuo, sendo estas: situações de enfermidade, crise ou desequilíbrio emocional. Não significa desconsiderar os fatores históricos do individuo, mas estar principalmente voltado para a estrutura da situação em que atualizam os determinantes patogênicos. Dameto (2005, p.7) afirma, ainda, que As principais características da Psicoterapia Breve é ter como objetivo a recuperação do equilíbrio homeostático, o alivio da ansiedade e a atenuação ou supressão dos sintomas. Segundo Gebara (2003), Malan realizou dois estudos relacionados a critérios de seleção para Psicoterapia Breve. E pontuou uma série de "fatores de exclusão", como: Pacientes que já apresentaram sérias tentativas de suicídio; dependência de drogas, pacientes psicóticos em surto, pacientes com dificuldades em estabelecer aliança terapêutica, pacientes hospitalizados a longo prazo e pacientes com reações transferenciais difíceis. Por outro lado, Marmor (1983 apud GEBARA, 2003) assinala que com os diversos critérios de exclusão propostos por Malan e outros autores, poucos seriam os candidatos aptos para a Psicoterapia Breve. O paciente ideal teria de ser jovem, ativo, possuir capacidade verbal, inteligência e ser realizado. Porém, como diz o autor, este seria um bom candidato para qualquer psicoterapia. Considerando que a adolescência é uma fase de crise normal, Simon (1990 apud GEBARA, 2003) acredita que, quando o individuo se encontra em crise, todo o interesse do ego está submerso nos fatos dolorosos da realidade; por sua vez, este se encontra motivado para sanar ou discutir seus problemas específicos. Nesse momento, a indicação seria um processo de psicoterapia breve e não um processo psicanalítico. Padovani (apud Huziwara 2003) afirma que ao desenvolver um grupo terapêutico com adolescentes infratores com objetivo de diminuir os índices de

23 22 ocorrência do comportamento ameaçador, constatou a eficácia do programa no sentido de registrar quedas expressivas nos índices do comportamento ameaçador entre os participantes no final da intervenção. Caplan (1966 apud GEBARA, 2003) define "crise" como um período de desorganização temporária, gerada por situações provisórias, que ultrapassam as capacidades adaptativas internas e externas, levando o paciente a uma necessidade de soluções. Knobel (1986, apud GEBARA, 2003) propõe que, para a psicoterapia breve, não sejam feitas seleções, mas um ajustamento mútuo com o objetivo de auxiliar, aliviar, melhorar, modificar o que for possível, e inclusive eliminar o que dificulta alcançar uma vida mais feliz e com projeções de futuro e possibilidades de prazer. No que se refere ao foco em psicoterapia breve Fiorini caracteriza (2004, p.90) Dinamicamente, a focalização é guiada pela dominância de uma motivação que hierarquiza tarefas com vistas a resolver certos problemas vividos como prioritários. A atividade do terapeuta é descrita por Fiorini (2004) O terapeuta deve ser empático, acolhedor, espontâneo, ativo e assumir uma atitude docente, esta última característica é composta por: motivar o paciente para a tarefa; esclarecer os objetivos do processo que se inicia; reforçar todo o avanço na tarefa; ter clareza do método expositivo; exposição aberta de seu método de pensamento, ou seja, seu modo de analisar a situação e utilizar todo recurso facilitador do processo de investigação e compreensão da problemática, assim o terapeuta estará sempre aberto a adicionar novos métodos ao já utilizados por ele. No que se refere ao acolhimento Fiorini (2004, p. 110) descreve: O terapeuta evidencia em seus gestos e tom de voz que a pessoa de que está tratando não lhe é indiferente. Soma-se que o acolhimento é um estimulo extremamente eficiente pra motivação as tarefas do processo terapêutico. Ainda segundo Fiorini (2004, p. 122): A personificação do vínculo na relação de trabalho deve ser entendida, portanto, em suas duas vertentes: adequação do vínculo às necessidades específicas de cada paciente e acionamento de capacidades e atitudes reais do terapeuta a serviço do processo. Para Bloom (1992, apud LEMGRUBER, 1997), os componentes básicos da

24 23 psicoterapia breve planejada seriam a postura ativa do terapeuta, intervenção imediata, o estabelecimento de objetivos específicos e limitados, identificação e manutenção do foco e delimitação de um limite temporal. Lemgruber (1997) descreve ainda a importância de táticas para maior atividade do terapeuta e maior agilidade do planejamento terapêutico, como: saber avaliar as condições internas do paciente, com intuito de melhor definir o diagnóstico de cada paciente; esquematizar as estratégias básicas a serem seguida para alcançar o objetivo ao final do tratamento; estabelecer um foco junto ao paciente de maneira que este esteja consciente, aderindo ao tratamento; saber atuar em função do foco estabelecido; opor-se ao desenvolvimento da neurose de transferência, enfatizando a intervenção imediata, o aqui e agora e propiciar o máximo possível de vivencias dentre elas a Experiência Emocional Corretiva E.E.C. que de acordo com Fiorini (2004, p.37) A experiência emocional corretiva representada pelo tipo original de relação com um terapeuta visto com objeto efetivamente bom, tolerante, que ajuda A Psicoterapia Breve Operacionalizada No que concerne ao conceito de crise Younes et al (apud SIMON 1989) descrevem que a crise é originada por experiências internas ou externas ao individuo, que acontece de maneira brusca, configurando-se uma nova situação transformadora, que proporciona momentaneamente a falta de resposta solução. Tais acontecimentos provocam um aumento ou redução significativa do espaço no universo pessoal. Foi com base na analise do conceito de crise e adaptação que Simon, a partir da década de 1970, criou a Psicoterapia Breve Operacionalizada e a Escala Diagnóstica Operacionalizada Adaptativa (EDAO). Simon (2005, apud Simon e Yamamoto, 2008 p.146) A Psicoterapia Breve Operacionalizada PBO é uma modalidade de psicoterapia breve idealizada por Ryad Simon. Simon e Yamamoto (2008) afirmam ainda que esta modalidade deriva da teoria da adaptação, também estabelecida por Simon em 1989, a partir do seu conceito de adaptação, definida como o conjunto de respostas que visam a

25 24 manutenção da organização de um organismo que, em diferentes momentos e diversas situações é modificado. Para Simon, a Psicoterapia Breve Operacionalizada (PBO) é um tipo de psicoterapia breve que deriva da teoria de adaptação, apresentada por Simon em 1989, a partir da conceituação de adaptação e que pode ser definida como sendo... um conjunto de respostas de um organismo vivo, em vários momentos, a situações que o modificam, permitindo manutenção de sua organização (por mínima que seja) compatível com a vida. (Simon 1989, p.14) A respeito do conceito de adaptação Simon (1989) afirma que o conjunto de respostas de um organismo vivo, em diversos momentos, a situação que foge a rotina, permitindo a manutenção da organização por mínima que seja é denominada de adaptação. Simon assegura a capacidade de adaptação nos permite separar os organismos vivos dos não vivos e, assim como na abordagem psicanalítica, considera os conceitos de adaptação e de crise como inseparáveis. Simon e Yamamoto (2008) conceituam que a Psicoterapia Breve Operacionalizada tem o intuito de ajudar o paciente a localizar seus conflitos que deram origem e sustentação às soluções pouco ou pouquíssimo adequadas, que assim diante da falta de soluções e repetição constituíram-se nas situaçõesproblema. Através da psicoterapia se torna possível substituir as situações pouco e pouquíssimo adequadas por situações adequadas por meio da resolução da situação problema, dirigindo-se então a maturidade emocional e por consequência a melhor adaptação. Simon (apud JUSTI, 2009) propõe avaliar a adequação de acordo com três critérios, sendo eles: analisar primeiro se a resposta dada pelo sujeito soluciona o problema, ou seja, satisfaz seu ego; segundo verificar se a resposta dada traz alguma satisfação para o próprio sujeito, ou seja, satisfaz a instância psíquica mais inconsciente denominada id e terceiro avaliar se o problema não gera conflito com o ambiente, sendo assim a satisfação do superego. Segundo Justi (2009) o campo abrangido pelo conceito de adaptação, é subdividido por Simon em quatro setores de funcionamento, sendo eles: Setor A-R (afetivo-relacional), setor Pr (produtividade), setor Or ( orgânico) e setor S-C (sóciocultural).

26 25 De acordo com Simon e Yamamoto (2008), após esclarecer os critérios classificatórios, as soluções são denominadas de: adequada, quando o sujeito consegue resolver a situação-problema, trazendo satisfação pessoal sem influenciar negativamente no ambiente; pouco adequada, quando apesar de resolver a situação-problema acaba por provocar conflito em uma das outras duas áreas, ou seja, satisfaz o sujeito e traz conflitos com o ambiente, ou não gera conflitos com o ambiente, mas acarreta insatisfação pessoal e pouquíssimo adequada, quando resolve o problema, no entanto, além de não gerar satisfação pessoal ainda gera conflitos com o ambiente. Justi (2009) relata que através de pesquisas a EDAO foi complementada, passando a ser além de qualitativa também quantitativa, acrescentando pontuações diferentes as categorias de adaptação, sendo elas: Adaptação Eficaz; Adaptação Ineficaz Leve; Adaptação Ineficaz Moderada; Adaptação Ineficaz Severa. Ainda de acordo com Justi (2009), o professor Abílio da Costa Rosa argumentou que a escala necessitava de alguns ajustes. Justi (2009, p. 43) afirma que: Simon então propôs nova quantificação das categorias da EDAO, o que resultou numa nova versão daquela escala, como Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada Redefinida (EDAO R). Na nova versão, são quantificados o setor Afetivo Relacional (A-R) e o da Produtividade (Pr), sendo que os demais são objeto de avaliação qualitativa, instrumentalizando a Psicoterapia Breve Operacionalizada (PBO) 5.2. A Psicoterapia breve operacionalizada em grupo Como descrito por Miranda (2000) desde antes de Cristo o ser humano já vivia em bandos, o desenvolvimento da espécie humana nos ensinou que viver em grupo oferece maiores vantagens de sobrevivência, desde então vivemos em grupos, mesmo que com novos objetivos com a instituição da família monogâmica, a valorização da infância e o surgimento do capitalismo. McLuhan e Fiore (1971, apud MIRANDA, 2000) definem grupo como um aglomerado pouco menor que se conhece um ao outro, ao mesmo tempo em que possuem os mesmos objetivos. Para Santos (1997), em Viena na década de 1920, Jacob Levi Moreno

27 26 desenvolveu uma técnica denominada psicodrama, que por sua vez já nasceu breve e grupal. Moreno não conseguia compreender o indivíduo isolado de seu meio, principalmente o familiar. Santos (1997) argumenta que no atendimento psicoterapêutico em grupo o foco torna-se os pacientes, sendo trabalhadas questões referentes à suas relações sociais e pessoais, compartilhando entre si as situações vivenciadas em comum. De acordo com Miranda (2000) entende-se por característica intrínseca ao grupo a interação, ou seja, a ação recíproca entre seus membros, visando um mesmo objetivo. Müller (2005 apud SILVA ET AL. 2011, p. 55): Na psicoterapia grupal, os encontros com pessoas que estão enfrentando as mesmas dificuldades são oportunidades de trocar informações e compartilhar sentimentos, além de ser fonte de apoio, ao permitir que as pessoas possam ver suas fraquezas e forças refletidas nos demais e perceber que os companheiros também sofrem e têm a mesma fonte de dor. Dessa forma Silva et al. (2011, p.59): A intervenção grupal permite a criação de um ambiente que oportuniza aos participantes falarem de si e se verem nos demais, mas também é um espaço em que se deparar com a dor e o sofrimento é necessário para que possam experimentar não apenas novas formas de se relacionar consigo mesmos e com os outros, como também novas vias de expressão dos afetos. Miranda (2000) descreve a dinâmica de grupo atuante em duas frentes: teórica e prática. A teórica sinaliza a importância das interações sociais e a prática que demonstra através de oficinas de dinâmicas, por exemplo, a identificar e testemunhar as situações corriqueiras de ação e reação nas relações humanas. Considerando o perfil semelhante entre os adolescentes em conflito com a lei, os fatores de crise pelos quais passa o adolescente interno em unidade socioeducativa e a crescente demanda institucional de atenção a esta população torna-se necessária à proposta de forma de intervenção que possa contribuir para o tratamento dos problemas apresentados e a prevenção de futuros atos infracional. Portanto, o trabalho psicoterapêutico grupal com adolescentes focalizado na problemática atual que enfrentam, pode ser de grande valia para os adolescentes internos nas unidades de internação e para os profissionais que nelas atuam.

28 27 6. PROPOSTA DE PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA EM GRUPO PARA ADOLESCENTES ATENDIDOS EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO EM JI- PARANA-RO Com base no estudo teórico realizado, propõe-se que os atendimentos dos adolescentes em medida socioeducativa estabeleçam como objetivos gerais, além dos específicos em cada caso, o aumento da motivação para a recuperação e reintegração social, a elevação da auto-estima, com base no auto-conhecimento e o estabelecimento de um projeto de vida com metas realísticas. A proposta tem por objetivo realizar Psicoterapia Breve Grupal com adolescentes internos na Unidade Socioeducativa de Ji-Paraná. Focalizando a conscientização a cerca de suas condições atuais, ou seja, a prática de ato infracional e internação. Os atendimentos individuais e em grupo devem ocorrer na Unidade de Internação socioeducativa de Ji-Paraná, na sala das profissionais de psicologia e serviço social. A Unidade tem capacidade para acolher 16 adolescentes do sexo masculino. Os atendimentos em grupo devem incluir de 5 (cinco) a 8 (oito) adolescentes em cada grupo, os quais se encontram na faixa etária de 12 á 18 anos de idade, sendo todos do sexo masculino. Serão realizadas 12 sessões com cada grupo de adolescentes, sendo 2 sessões individuais para aplicação da EDAO e devolutiva quanto aos resultados da escala aplicada, 8 sessões em grupo e ao final 2 sessões individuais para reaplicação da EDAO no final do processo, quando se deve avaliar os ganhos obtidos com a psicoterapia breve realizada. Os encontros grupais (sessões) devem acontecer uma vez por semana com duração de 40 a 50 minutos, respeitando as regras da instituição. Além da EDAO (Anexo A) poderão ser utilizados recursos como slides psicoeducatvos, vídeos psicoeducativos e técnicas de Dinâmica de Grupo para motivar os adolescentes a participarem ativamente do processo grupal. Esta proposta de intervenção será submetida à aprovação da Secretaria de Justiça SEJUS, ao Juiz responsável pela Vara da Infância e Juventude de Ji- Paraná/Rondônia e Diretor Geral da Unidade Socioeducativa. Após aprovação os grupos serão formados levando em consideração faixa etária, ato infracional cometido e o resultado da aplicação da Escala Diagnóstica Operacionalizada

29 28 Adaptativa EDAO, agrupando os adolescentes de acordo com as áreas de conflitos apontadas Descrição do processo de atendimento: 1º Entrevista individual, anamnese aplicação Escala Diagnóstica Operacionalizada Adaptativa EDAO, com intuito de selecionar adolescentes para os futuros grupos; 2º Atendimento individual para entrega do resultado da escala aplicada; 3º Em grupo já selecionados, apresentar a proposta de intervenção, temas a serem trabalhado, número de encontros, identificação do foco e delimitação dos objetivos, então realizar técnica de dinâmica grupal de acolhimento e apresentação; 4º Iniciar debate sobre o tema adolescência, abordando de acordo com o interesse do grupo os temas que cercam esta fase da adolescência, a partir do interesse dos adolescentes serão utilizadas técnicas de dinâmica grupal, slides psicoeducativos e vídeos; 5º Debate sobre adolescência, tema livre; 6º Debate sobre adolescência, tema livre; 7º Debate sobre adolescência, tema livre; 8º Técnica de dinâmica grupal: Linha do tempo Objetivo: Refletir acerca de experiências já vividas e projeto de vida. Material: barbante, cola, lápis ou caneta, folha A4. Passo: 1. Entregar a cada participante os pedaços de barbantes referentes a cada cinco anos de vida vividos, adicionando um pedaço de barbante para os cinco próximos anos; 2. Solicitar que façam nos ligando os pedaços de barbantes e colem na folha de papel A4; 3. Escrever os fatos que marcaram sua vida, desde seu nascimento até o

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