ESPECIFICIDADES DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ROSAS NA COM- PANHIA DE ENTREPOSTOS E ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESPECIFICIDADES DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ROSAS NA COM- PANHIA DE ENTREPOSTOS E ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO."

Transcrição

1 ESPECIFICIDADES DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ROSAS NA COM- PANHIA DE ENTREPOSTOS E ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO. Cibele Ribeiro Arnaldi Eng. Agrônoma, mestranda do Curso de Pós-Graduação em Agronomia, Fac. de Ciências Agronômicas Campus de Botucatu UNESP Faz. Exp. Lageado Cx. P Botucatu SP Grupo de Pesquisa CEPEAGRO - CNPq cibelearnaldi@uol.com.br CPF José Matheus Yalenti Perosa Depto de Gestão e Tecnologia Agroindustrial Fac. de Ciências Agronômicas Campus de Botucatu UNESP Faz. Exp. Lageado Cx. P Botucatu SP Grupo de Pesquisa CEPEAGRO - CNPq dede@fca.unesp.br CPF: Área Temática: Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Forma de Apresentação: com presidente da sessão e sem a presença de debatedor 1

2 ESPECIFICIDADES DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ROSAS NA COM- PANHIA DE ENTREPOSTOS E ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO. Resumo A floricultura brasileira apresenta-se como um setor competitivo e tecnificado. O estado de São Paulo é o principal pólo comercial de flores e plantas ornamentais, tanto pela área produtiva como pela presença dos grandes centros de distribuição, dentre os quais se destaca a Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). Nesse sistema de distribuição, foi possível verificar a existência de diferentes estruturas organizacionais, atendendo diferentes canais de distribuição. O objetivo deste trabalho foi descrever a organização dessas diferentes formas de distribuição para rosas, analisando a eficiência dos diferentes segmentos da comercialização. Os resultados indicam que para cada tipo de estrutura, os arranjos econômicos se mostraram adequados para otimizar o sistema, minimizando os custos transacionais. Características que poderiam induzir a formas organizacionais contratuais não se apresentam nos diferentes sistemas de distribuição analisados na comercialização de rosas da CEAGESP. PALAVRAS-CHAVE: rosas, sistemas de distribuição, estruturas de governança. 2

3 ESPECIFICIDADES DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ROSAS NA COM- PANHIA DE ENTREPOSTOS E ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO. 1. INTRODUÇÃO A floricultura brasileira, setor que engloba flores e plantas ornamentais, vem apresentando altos índices de crescimento e especialização. Tratar-se de um setor tecnificado e competitivo, com produção intensiva centrada em pequenos e médios produtores, colocando-se como gerador de empregos direto e indireto, desempenhando importante papel sócio-econômico. Os números crescentes das exportações são sinalizadores do crescimento do setor, bem como a estabilização das importações, acarretando um aumento na balança comercial. Kiyuna et al. 2004, textualiza essa tendência comparando os valores de exportação dos períodos de janeiro a setembro de 2003 e 2004, comprovando um aumento das exportações em 24,2%, atingindo US$ 18,1 milhões enquanto que as importações mantiveram-se estáveis, desde 1997, em US$ 4,5 milhões. Neste mesmo período analisado, as principais exportações do setor foram: flores e botões frescos cortados para buquês, com variação de 123,4%. Para atender às exigências internacionais de qualidade, padronização e durabilidade do produto, a exportação de flores de corte, como as rosas, fez com que os produtores se especializassem. Essa especialização no estado de São Paulo, se traduz em competitividade e tecnificação, tornando-se um nicho de mercado altamente exigente. No mercado interno, o volume de negócios gerado no varejo de flores em 2001 variou entre R$ 1,36 bilhão e R$ 1,53 bilhão, com participação de 70% do total para o Estado de São Paulo e o consumo per capita de R$ 8,00 a R$ 9,00 ao ano (KIYUNA et al 2001). No panorama nacional, o Estado de São Paulo destaca-se como principal pólo produtor e consumidor, favorecido pela concentração das áreas produtivas e proximidade dos centros de distribuição e comercialização, como Ceasa Campinas, Veiling e CEAGESP, apresentando estratégica localização, favorecida por uma extensa malha rodoviária e acesso aos aeroportos, auxiliando no desenvolvimento do setor. A produção de rosas (Rosa sp) se destaca pela representatividade no Estado de São Paulo, ocupando 23,5% em área de produção (Kiyuna et al. 2001). Ao comparar os valores de produção, no mercado interno, do setor florista no ano de 2001, com valores da produção de algumas culturas consideradas importantes economicamente, verifica-se a importância do crescimento do setor. Enquanto que no ano de 2001 registrou-se: R$ 17 milhões para a produção de tomate para indústria, R$ 110 milhões para produção de algodão em caroço, R$ 268 milhões para feijão; o mercado varejista de flores gerou neste período R$ 235 milhões (FRANCISCO, V.L.F.S. et al. 2003). Do total comercializado internamente, a principal espécie cultivada no Estado de São Paulo é a rosa, seguida da cultura do crisântemo. Para atender às exigências do setor é imprescindível apresentar bons índices de qualidade, padronização e aceitação das variedades pelo mercado consumidor interno. O mesmo se verifica para os diferentes sistemas de comercialização, com forma de atuação distinta. Esses fatores influenciam diretamente a qualidade e a determinação dos 3

4 custos do produto, se colocando como fatores importantes para a formação de preços competitivos nos mercados externo e interno. Porém, mesmo diante do significante crescimento do setor, existem fatores relevantes a serem estudados como, organização da produção e das centrais de comercialização, especialização e coordenação dos elos da cadeia produtiva (CLARO et al, 1999). Bem como de problemas decorrentes das perdas, tanto tecnológicas como sistêmicas, que se coloca como importante indicador econômico para análise do sistema produtivo. O crescimento do número de produtores, das áreas e localidades produtoras, bem como o aumento da rede varejista, tornaram as transações comerciais e as ações ao longo da cadeia produtiva mais complexas. O Estado de São Paulo se destaca pela importância em área produtiva e pela presença das principais redes atacadistas de distribuições de flores. Segundo Arruda et al (1996), o sistema de distribuição Veiling totaliza 29% sobre o total comercializado no atacado, enquanto que a CEAGESP e a Ceasa Campinas juntos totalizam 53% do total comercializado no atacado. A comercialização de flores e plantas ornamentais, incluindo rosas de corte, na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), é realizada através da venda direta entre produtores e varejo. Tais compradores podem ser diferenciados em consumidor final, atacadistas, setores especializados como decoradores e floriculturas, caracterizando formas distintas de varejo. Dado o pressuposto de que cada sistema de distribuição apresenta atributos específicos e/ou estruturas organizacionais distintas para realizar as transações comerciais, a análise de interferências pontuais como perdas e margens de comercialização, são relevantes para a análise da eficiência da cadeia produtiva. Tendo em vista a importância de estudos direcionados à análise das relações entre agentes da cadeia, o objetivo deste trabalho é descrever as diferentes formas de distribuição de rosas a partir do mercado atacadista da CEAGESP, analisando a eficiência nos diferentes segmentos da comercialização. 2. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO Os Sistemas Agroindustriais podem ser compreendidos como um conjunto seqüencial de atividades no processo de produção agroindustrial, envolvendo desde a produção de insumos até a entrega do produto ao consumidor final (BATALHA, 2001). Os estudos de problemas nos sistemas agroindustriais tratam de equacionar o desempenho, organização e ordenação do conjunto de políticas públicas, formas organizacionais e estratégias mercantis, de maneira a viabilizar o melhor conjunto de características para cada sistema agroindustrial (ZYLBERSZTAJN et al, 2000). A partir de estudos da Nova Economia Institucional, a análise dos sistemas agroindustriais, através do fator microanalitico, possibilita a análise das características que influenciam e regulamentam as relações existentes entre os agentes econômicos envolvidos no processo comercial. Neste contexto, a Economia dos Custos de Transação (ECT) se coloca como uma importante ferramenta de análise das estruturas organizacionais das firmas, do mercado e da regulamentação das relações contratuais. 4

5 Esse referencial teórico possibilita analisar as relações econômicas através dos custos inerentes às transações, diferenciando-os entre aqueles ligados à obtenção das informações, dos custos relacionados às negociações e formações de contratos (AMARAL; NEVES; MORAES, 2003). Na relação de troca entre os agentes econômicos, a transação é a unidade de análise norteada pelo comportamento oportunista e pela racionalidade limitada dos agentes envolvidos. O oportunismo aparece quando uma das partes envolvidas detém de informações que não são de conhecimento mútuo, causando uma ameaça na condução e manutenção dos contratos. Enquanto que a racionalidade assume que os contratos são incompletos, pelo fato dos agentes não poderem visualizar e administrar todos os fatores ex-post, que possam invalidar um contrato. A partir do pressuposto de que os mercados têm custos inerentes ao funcionamento do seu processo econômico, além dos custos ligados aos fatores de produção, é possível incorporar e mensurar custos de transação relacionados à política de preços, à escolha, condução e garantia dos contratos e de todos os custos relacionados ao sistema econômico. A estrutura de coordenação, no âmbito de cada sistema agroindustrial, varia conforme o nível de integração entre as firmas. Lourenzani e Silva (2004) colocam que existem diferentes estruturas de governança, adequadas às características das transações havidas entre os agentes, como mercado spot, forma híbrida ou hierarquia. A estrutura de governança mais adequada para cada conjunto de transação será aquela que minimize os riscos transacionais, diminuindo o comportamento oportunista dos agentes, tornando o sistema mais eficiente. Farina et al (1997) coloca que o emprego das diferentes características das dimensões nas transações: freqüência, incerteza e especificidade dos ativos são fundamentais para a escolha da estrutura de governança. Entende-se por freqüência a repetição em que uma transação pode ocorrer, podendo ser realizada uma única vez (mercado spot) ou repetir-se em períodos continuados. Essa característica é importante, pois possibilita que os agentes envolvidos adquiram conhecimento mútuo, diminuindo a incerteza e os custos do processo econômico. Além de possibilitar o estabelecimento da reputação e a confiabilidade do sistema econômico, agregando valores ao processo gerando um ativo específico. A incerteza relaciona-se aos fatores contratuais que não podem ser previstos ex-ante, impossibilitando os agentes econômicos de terem conhecimento anterior à elaboração dos contratos a serem utilizados nas futuras transações. Essa característica revela o fato de que diante da ausência de um pré-conhecimento, o ambiente organizacional pode propiciar o surgimento de ações oportunistas, evidenciando os limites da racionalidade dos agentes. A especificidade de um ativo está ligada à sua continuidade do processo econômico, portanto quanto maior a especificidade dos ativos, maiores serão os riscos e os custos de transação (FARINA et al, 1997). Em uma transação, onde as partes envolvidas na relação contratual empregaram ativos específicos, quanto maior for a especificidade dos ativos maior será a dependência bilateral da relação, pois ambas as partes envolvidas terão interesse na continuidade do contrato para minimizar os custos da transação. 5

6 Para análise de diferentes sistemas de distribuição de produtos de origem agrícola, o referencial precedente possibilita uma compreensão mais adequada dos fatores que estariam influenciando na eficiência dos mesmos. Para atender os objetivos propostos, a pesquisa foi dividida em duas partes: primeiramente foi realizada uma revisão de literatura e levantamento de dados secundários sobre o tema; na segunda parte realizou-se uma pesquisa de campo, com entrevistas semiestruturadas, com levantamento de dados e informações qualitativas, baseadas no conhecimento técnico prévio do funcionamento da estrutura de mercado analisado. Os questionários foram aplicados aos agentes econômicos envolvidos diretamente com a comercialização de rosas, no local e horário da comercialização. As entrevistas foram aplicadas uma única vez, caracterizando-se como uma pesquisa ocasional, onde os resultados obtidos são decorrentes de um corte da realidade. A pesquisa através de entrevistas, juntamente com a coleta de informações de fontes secundárias, possibilitou a descrição das estruturas de comercialização ocorridas na CE- AGESP. Foram entrevistados 8 agentes econômicos, escolhidos aleatoriamente, identificados como produtores, que realizam a comercialização com o varejo diretamente pelo entreposto CEAGESP, que comercializam somente rosas de corte, exclusivamente neste entreposto. Neste universo houve distinção entre eles por variações de alguns aspectos técnicos, como cor, tamanho de haste e quantidade de botões por maço. Foi realizada a descrição dos diferentes tipos de sistemas de comercialização ocorridos dentro da CEAGESP, analisando as diferentes estruturas de governança através das dimensões das transações e dos pressupostos comportamentais dos agentes envolvidos nos sistemas. Como suporte de análise ao poder econômico e à eficiência da comercialização nos diferentes sistemas de distribuição, foram calculadas as margens de comercialização relativas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A comercialização de flores dentro da Ceagesp atende diferentes tipos de varejo, que se diferenciam tanto pela característica do agente envolvido como pelas relações econômicas realizadas entre eles. A estrutura existente no pavilhão do Mercado Livre do Produtor (MLP) é composta por boxes, onde cada agente, descrito por Claro (1998) 1, realiza a comercialização diretamente com os diferentes varejos. Havendo também espaço destinado à comercialização de acessórios e produtos ligados ao setor florista. A comercialização acontece as terças e sextas-feiras no período da manhã. Grande parte da venda de flores, especialmente de corte, acontece as segundas e quintas-feiras no período noturno que antecede a venda dentro da CEAGESP, em locais pré-determinados nas proximidades do entreposto (CASTRO, 1998). Neste período as transações econômicas se realizam principalmente entre produtores e grandes atacadistas, principalmente de outros estados, sendo que a retirada das mercadorias acontece posteriormente dentro do pavilhão. 1 O agente, produtor, conhecido como permissionário, é quem comercializa a produção dentro dos boxes, com pagamento de uma taxa mensal de permissão de uso (TPRU), tida como aluguel do espaço, cedida pela administração da CEAGESP. 6

7 As transações econômicas realizadas dentro do espaço do Mercado Livre do Produtor acontecem ainda com atacadistas, além de agentes ligados ao setor como floriculturas, decoradores, funerárias, paisagistas além da venda direta ao consumidor final. Através da descrição de cada tipo de sistema de distribuição, foi possível observar a existência de diferentes estruturas de governança. Cada estrutura mostra-se adaptada a favorecer as relações efetuadas entre os agentes econômicos de modo a permitir a melhor eficiência do sistema. Segundo Sproesser (2001) é possível classificar o canal de distribuição em dois tipos, de acordo com a composição dos agentes inseridos nele: o canal direto, onde o produtor realiza as transações econômicas diretamente com o consumidor final; e o canal indireto, que envolve outros agentes econômicos no transcorrer do processo até chegar ao consumidor final. O canal indireto pode ser subdividido em curto, quando o produtor vende a varejistas e estes ao consumidor final; e longo quando há a presença de um ou mais atacadistas entre o produtor e o varejista. No caso da CEAGESP, verificou-se a presença de três sistemas de distribuição. Essa diferenciação é fundamental para que se possa compreender a função dos agentes, atacadistas e varejistas, no processo econômico, assim como auxiliar na escolha da melhor estrutura organizacional para cada tipo de transação. Devido a essas diferentes formas de processo econômico, surgem estruturas organizacionais distintas, que serão mais adequadas para cada tipo específico de transação. A estrutura de governança torna-se mais eficaz à medida que o conjunto de relações efetuadas entre os agentes econômicos se torna mais adaptado, tornando o sistema mais eficiente. Nas transações realizadas no canal direto (produtor - consumidor final), a principal característica é a ausência do comprometimento econômico entre as partes envolvidas, gerando incerteza no processo econômico. Embora essa relação possibilite o surgimento da ação oportunista, não foi possível identificar esse aspecto no levantamento efetuado. Como não se pode prever que haja repetição da transação e continuidade do processo econômico, a elaboração de contratos torna-se inviável, pois aumentaria os custos transacionais. Essa estrutura de governança é caracterizada como mercado spot, onde o mecanismo de ajuste é o preço. O segundo tipo de sistema de distribuição observado foi caracterizado como canal indireto curto: produtor varejistas (decoradores, floristas, paisagistas) consumidor final; onde a estrutura organizacional mescla transações pontuais, com pouca tendência a repetições e relações onde se observa uma freqüência nas transações. Nas relações entre produtor-decoradores/paisagistas a pesquisa evidenciou a inexistência de vínculos mais formais e estáveis. Quando o setor varejista (flora e floricultura) repete uma transação, o sistema se torna mais conhecido pelas partes, favorecendo a continuidade do processo econômico, temse uma maior confiança nas relações econômicas. Porém, mesmo com conhecimento do processo, os contratos precisam ser bem analisados, pois o seu emprego podem elevar os custos transacionais inviabilizando o mesmo. O terceiro tipo de sistema de distribuição observado foi o canal indireto longo, com a presença de um atacadista intermediando o produtor e o varejista: produtor atacadistas varejistas (floriculturas, decoradores) consumidor final. Ë importante ressaltar que nesse sistema de distribuição, existe ainda a relação comercial dos atacadistas com outras centrais de abastecimento, com outros atacadistas, bem como relações com setores terciários, como supermercados, restaurantes etc. Porém, esta 7

8 pesquisa considerou apenas as relações dos atacadistas com o setor varejista de floriculturas. Neste sistema de distribuição existem características importantes a serem analisadas que proporcionam um maior envolvimento e confiabilidade entre as partes. Estão relacionadas às características inerentes ao produto, como qualidade, padronização e classificação. Essas características também são desejáveis nas transações econômicas realizadas nos outros sistemas de distribuição, porém neste segmento se tornam mais específicas. Embora os agentes econômicos não consigam prever ex-ante possíveis alterações no cumprimento futuro da transação, como fatores de quebra de produção, intempéries ou instabilidade da demanda, este sistema favorece a existência de contratos, mesmo que informais. Serão mais adaptados os contratos em que os custos de quebra possam ser absorvidos por uma ou ambas as partes envolvidas. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS No âmbito do referencial utilizado, duas características se colocam como fundamentais na análise dos custos das transações e da existência de contratos. Os contratos são utilizados como mecanismo de redução de riscos envolvidos em determinadas transações econômicas. São utilizados em transações que envolvem especificidades significativas. Dependem do objetivo que se quer atingir: regularidade de suprimento ou qualidade dos insumos obtidos. No caso do presente estudo, essas características não são relevantes para determinar a necessidade de contratos como estrutura organizacional mais adequada. Os diferentes sistemas de distribuição presentes na CEAGESP evidenciam a multiplicidade do setor no abastecimento de rosas. Embora favoreça o atendimento diversificado de varejo, as questões da regularidade de suprimento e da qualidade não se constituem em entraves para a comercialização deste produto. Não se pode afirmar que essas características não estejam presentes na comercialização de rosas em outros sistemas de distribuição, mas as mesmas não interferem nas transações verificadas na CEAGESP. No momento da pesquisa não foi constatada junto aos agentes econômicos, qualquer dificuldade relacionada ao suprimento de rosas no mercado (exceção a datas comemorativas), nem uma padronização específica como empecilho à comercialização. A rosa, como todo produto perecível, exige um processo de comercialização ágil. Na pesquisa realizada, o sistema identificado como canal curto, que a princípio poderia ser percebido como o mais ágil, na realidade é o que apresenta maiores perdas de qualidade. Isto porque esta transação só se realizará após o término dos demais sistemas de distribuição. Embora para o presente trabalho não tenha sido possível a determinação das perdas ocorridas nos diferentes sistemas, assim como as margens aferidas pelos agentes econômicos, tais parâmetros podem se constituir em indicadores tanto do poder de mercado dos agentes envolvidos, assim como da eficiência e eficácia da cadeia. Nesse sentido, tornamse relevantes estudos sobre as perdas físicas e de qualidade das rosas comercializadas e sua influência nos diferentes sistemas pesquisados. 8

9 5. Referencias bibliográficas AMARAL, T.M.; NEVES, F.M.; MORAES, M.A.D. Cadeias Produtivas do Açúcar do Estado de São Paulo e da França: comparação dos sistemas produtivos, organização, estratégias e ambiente institucional. Agricultura em São Paulo, IEA, São Paulo, v.50, n.2, p.65-80, ARRUDA, S.T.; OLIVETTE, M.P.A.; CASTRO, C.E.F. Diagnóstico da floricultura do Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v.2, n.2, p 1-18, AZEVEDO, P.F. Nova Economia Institucional: referencial geral e aplicações para a agricultura. Agricultura em São Paulo, IEA, São Paulo, v.47, n.1, p.33-52, BATALHA, M.O. Gestão Agroindustrial.GEPAI. 2 ed. São Paulo. Ed. Atlas CASTRO, C. E. F. de. Cadeia produtiva de plantas e flores ornamentais. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v.4, n.1/2, p. 1-46, CLARO, D.P.; SANTOS, A.C.; ALENCAR,E.; ANTONIALLI, L.M.; LIMA, J.B. O complexo agroindustrial das flores do Brasil e suas peculiaridades.lavras, v.1, n Disponível em: < Acesso: 14 jan CLARO, D.P. Análise do complexo agroindustrial de flores no Brasil Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Lavras. FARINA, E.M.M.Q.; AZEVEDO, P.F.; SAES, M.S.M. Competitividade: mercado, estado e organizações. São Paulo. Ed. Singular FRANCISCO, V.L.F.S.; PINO, F.A.; KIYUNA, I. Floricultura no estado de São Paulo. Informações Econômicas, IEA, São Paulo, v.33, n.3, mar KIYUNA, I.; ASSUMPÇÃO, R.; ALVES, H. S. Mercado de Flores: o Caso das Rosas em São Paulo. IEA, KIYUNA, I.; ÂNGELO, J. A. COELHO, P.J. Floricultura: balança comercial no período janeiro-setembro de IEA Disponível em: < Acesso em: 17 jan LOURENZANI, A.E.B.S.; SILVA, A.L. Custos de Transação na Distribuição de Tomate in Natura. Agricultura em São Paulo, IEA, São Paulo, v. 51, n.1, p.41-50, SPROESSER, R.L. Gestão estratégica do comércio varejista de alimentos. In: BATA- LHA, M.O. Gestão Agroindustrial.GEPAI. 2 ed. São Paulo. Ed. Atlas p ZYLBERSZTAJN, D.; NEVES, M.F. Economia e gestão dos negócios agroalimentares: indústria de alimentos, indústria de insumos, produção agropecuária, distribuição. São Paulo. Ed. Pioneira

Introdução a Engenharia Agronômica Floricultura

Introdução a Engenharia Agronômica Floricultura Bom dia! Introdução a Engenharia Agronômica Floricultura Comercialização de Flores e Plantas 24/06/2019 Bom dia! Eng. Agr. Fernanda Hattnher - Graduada em Engenharia Agronômica - ESALQ USP (F-94) - Pós-Graduação

Leia mais

Coordenação e Governança da Cadeia Produtiva do Café em Ambiente Cooperativo no município de Barra do Choça Bahia

Coordenação e Governança da Cadeia Produtiva do Café em Ambiente Cooperativo no município de Barra do Choça Bahia Coordenação e Governança da Cadeia Produtiva do Café em Ambiente Cooperativo no município de Barra do Choça Bahia José Antonio Gonçalves dos Santos Valdemiro Conceição Júnior Sandra Elizabeth de Souza

Leia mais

Mercado Brasileiro. O Mercado de Flores no Brasil 2010

Mercado Brasileiro. O Mercado de Flores no Brasil 2010 Mercado Brasileiro O Mercado de Flores no Brasil 2010 Informações do Setor O Setor de Floricultura movimenta mundialmente algo em torno de U$ 18 bilhões (base mercado produtor) e por volta de U$ 54 bilhões

Leia mais

CUSTOS DE TRANSAÇÃO E COMPETITIVIDADE NA CADEIA DO CAFÉ

CUSTOS DE TRANSAÇÃO E COMPETITIVIDADE NA CADEIA DO CAFÉ CUSTOS DE TRANSAÇÃO E COMPETITIVIDADE NA CADEIA DO CAFÉ MATOS, A. K. V.; SANTOS, A. C. RESUMO: O presente trabalho traz um estudo da cadeia agroindustrial do café em duas regiões de Minas Gerais, Brasil,

Leia mais

LOGÍSTICA DA DISTRIBUIÇÃO: O PAPEL DAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO. Wander de Oliveira Villalba Diretor Presidente

LOGÍSTICA DA DISTRIBUIÇÃO: O PAPEL DAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO. Wander de Oliveira Villalba Diretor Presidente LOGÍSTICA DA DISTRIBUIÇÃO: O PAPEL DAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO Wander de Oliveira Villalba Diretor Presidente Ceasa Campinas um breve histórico As Centrais de Abastecimento foram criadas na década de

Leia mais

A Economia das Organizações Híbridas

A Economia das Organizações Híbridas A Economia das Organizações Híbridas MENARD, Claude Aluno: Murilo S. de Carvalho Formas Híbridas MERCADO HÍBRIDAS HIERÁRQUICA TRANSAÇÕES regidas pelos contratos. Redes como formas híbridas Ciências sociais

Leia mais

Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill., Lactuca sativa L., comercialização.

Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill., Lactuca sativa L., comercialização. PERDAS PÓS-COLHEITA DE FRUTAS E HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS EM ANÁPOLIS GO Bruna Nascimento Oliveira 1, 4 ; Maria Madalena Rinaldi 2, 4 ; Rívia Darla Álvares Amaral 3, 4. 1 Bolsista PBIC/UEG 2 Pesquisadora

Leia mais

A VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO LOCAL E COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS (ASSENTAMENTO CINTURÃO VERDE, ILHA SOLTEIRA) Resumo

A VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO LOCAL E COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS (ASSENTAMENTO CINTURÃO VERDE, ILHA SOLTEIRA) Resumo A VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO LOCAL E COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS 2008-2010 (ASSENTAMENTO CINTURÃO VERDE, ILHA SOLTEIRA) Rafael Luis da Silva 1 Silvia Maria de Almeida Lima Costa 2 Juliana Costa Pereira

Leia mais

LEVANTAMENTO DA PRODUÇÃO DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS NO CAPARAÓ CAPIXABA. Miqueias de Laires Moreira¹, Cintia dos Santos Bento²

LEVANTAMENTO DA PRODUÇÃO DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS NO CAPARAÓ CAPIXABA. Miqueias de Laires Moreira¹, Cintia dos Santos Bento² LEVANTAMENTO DA PRODUÇÃO DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS NO CAPARAÓ CAPIXABA Miqueias de Laires Moreira¹, Cintia dos Santos Bento² 1 Graduando em Agronomia. Centro de Ciências Agrarias e Engenharias. Universidade

Leia mais

Comercialização de Produtos Agroindustriais. Breve Revisão

Comercialização de Produtos Agroindustriais. Breve Revisão Comercialização de Produtos Agroindustriais Breve Revisão Mecanismos de comercialização Contratos de suprimento regular Integração Vertical Mercado Spot Contratos de longo prazo Diminuição da incerteza

Leia mais

Direcionadores de mudanças na cafeicultura e estratégias contratuais de suprimento de cafés especiais

Direcionadores de mudanças na cafeicultura e estratégias contratuais de suprimento de cafés especiais Direcionadores de mudanças na cafeicultura e estratégias contratuais de suprimento de cafés especiais Prof. Dr. Samuel Giordano Diretor Università del Caffè Brasile Objetivos da Pesquisa Identificar e

Leia mais

MERCADO DE FLORES E MUDAS ORNAMENTAIS NO Brasil e DF

MERCADO DE FLORES E MUDAS ORNAMENTAIS NO Brasil e DF MERCADO DE FLORES E MUDAS ORNAMENTAIS NO Brasil e DF Dra. Loiselene Carvalho da Trindade Eng. Agrônoma, Fitopatologista EMATER-DF Perfil do setor de Plantas Ornamentais no Brasil 8248 produtores 14.992

Leia mais

CADEIA DO LEITE: FERRAMENTAS METODOLÓGICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE DIRECIONADORES COMPETITIVOS 1. INTRODUÇÃO

CADEIA DO LEITE: FERRAMENTAS METODOLÓGICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE DIRECIONADORES COMPETITIVOS 1. INTRODUÇÃO CADEIA DO LEITE: FERRAMENTAS METODOLÓGICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE DIRECIONADORES COMPETITIVOS MACHADO, Morgan Yuri Oliveira Teles 1 ; GOMES, Mário Conill 2 1 Programa de Pós-Graduação em Sistema de Produção

Leia mais

Módulo 5 Fortalecimento de Vínculos Comerciais. Criação de vínculos comerciais verticais e horizontais. cadeia e estratégia.

Módulo 5 Fortalecimento de Vínculos Comerciais. Criação de vínculos comerciais verticais e horizontais. cadeia e estratégia. Módulo 5 Fortalecimento de Vínculos Comerciais Criação de vínculos comerciais verticais e horizontais Módulos Delimitação do projeto Análise da cadeia e estratégia Implementação Monitoria 0 Decisão sobre

Leia mais

desenvolver estágios crescentes de inovação, através do aprendizado por interação entre tais empresas e entre elas e o ambiente no qual estão

desenvolver estágios crescentes de inovação, através do aprendizado por interação entre tais empresas e entre elas e o ambiente no qual estão 14,QWURGXomR O sistema de Produção em Massa (ou fordismo) durante anos foi considerado um paradigma, ou seja, um modelo de organização industrial para se atingir o sucesso. Porém, os seus problemas internos,

Leia mais

Coordenação de Serviços e Comércio COSEC 07/2017

Coordenação de Serviços e Comércio COSEC 07/2017 Coordenação de Serviços e Comércio COSEC 07/2017 Pesquisa Anual de Comércio PAC 2015 Sumário Objetivos da PAC Segmentos e classes de atividade Aspectos metodológicos Principais resultados Objetivos da

Leia mais

Faculdade de Ciências Agronômicas FCA / Unesp / Campus de Botucatu 11 e 12 de Maio 2010

Faculdade de Ciências Agronômicas FCA / Unesp / Campus de Botucatu 11 e 12 de Maio 2010 Faculdade de Ciências Agronômicas FCA / Unesp / Campus de Botucatu 11 e 12 de Maio 2010 Eng. Agrônomo Msc Maurício Ercoli Zanon Gerente Comercial Itograss 20 cultivares Novas tecnologias BRASIL Itapetininga/SP

Leia mais

COMERCIALIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO POR EMPRESAS PARANAENSES RESUMO

COMERCIALIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO POR EMPRESAS PARANAENSES RESUMO COMERCIALIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO POR EMPRESAS PARANAENSES RESUMO Melissa Watanabe 1 José Roberto Canziani 2 Vania Di Addario Guimarães 3 Este artigo apresenta um retrato da comercialização de queijo prato

Leia mais

Balanço 2016 Perspectivas Hortaliças

Balanço 2016 Perspectivas Hortaliças Hortaliças 99 100 Balanço 2016 Perspectivas 2017 Perspectivas 2017 DESTAQUE PARA MAIS INVESTIMENTOS EM SISTEMAS DE CULTIVO DAS HORTALIÇAS Com área cultivada de aproximadamente 837 mil hectares e volume

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA FRORICULTURA DA ZONA URBANA E PERIURBANA DE BELÉM. Apresentação: Pôster

DIAGNÓSTICO DA FRORICULTURA DA ZONA URBANA E PERIURBANA DE BELÉM. Apresentação: Pôster DIAGNÓSTICO DA FRORICULTURA DA ZONA URBANA E PERIURBANA DE BELÉM Apresentação: Pôster Caroline Silva Ferreira 1 ; Danielle Pereira Mendonça 2 ; Fernanda Beatriz Bernaldo da Silva 3 ; Roberta Aparecida

Leia mais

Comercialização de Produtos Agrícolas

Comercialização de Produtos Agrícolas CURSO DE AGRONOMIA ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO RURAL Comercialização de Produtos Agrícolas Prof. Augusto Santana 19/02/2013 PARTICULARIDADES DOS PRODUTOS AGROINDUSTRIAIS Aspectos da Demanda Caracterização

Leia mais

PLANEJAMENTO E AGREGAÇÃO DE VALOR EM EMPREENDIMENTOS RURAIS

PLANEJAMENTO E AGREGAÇÃO DE VALOR EM EMPREENDIMENTOS RURAIS PLANEJAMENTO E AGREGAÇÃO DE VALOR EM EMPREENDIMENTOS RURAIS Profª Caroline P. Spanhol CONTEXTUALIZAÇÃO Necessidade de eficiência e eficácia; Competitividade A gerência do negócio assume grande importância,

Leia mais

5 Discussão dos resultados

5 Discussão dos resultados 5 Discussão dos resultados Este capítulo aborda os principais resultados da pesquisa e sua influência na resposta às perguntas intermediárias, levando-se em consideração o referencial teórico e as limitações

Leia mais

VANTAGEM COMPETITIVA

VANTAGEM COMPETITIVA Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia Programa de Pós-GraduaP Graduação em Engenharia de Produção VANTAGEM COMPETITIVA Disciplina: Inovação e estratégia empresarial para competitividade

Leia mais

Custo de Transação e Mensuração nas relações contratuais entre supermercados e produtores agrícolas convencionais e orgânicos no Brasil e EUA.

Custo de Transação e Mensuração nas relações contratuais entre supermercados e produtores agrícolas convencionais e orgânicos no Brasil e EUA. 7º Fórum Brasileiro de Agricultura Orgânica e Sustentável Transação e Mensuração nas relações contratuais entre supermercados e produtores agrícolas convencionais e orgânicos no Brasil e EUA. Palestra

Leia mais

EVOLUÇÃO DA CULTURA E DO MERCADO MUNDIAL DE MAMÃO

EVOLUÇÃO DA CULTURA E DO MERCADO MUNDIAL DE MAMÃO EVOLUÇÃO DA CULTURA E DO MERCADO MUNDIAL DE MAMÃO Papaya Brasil - 2005 Adelaide de Fátima Santana da Costa, David dos Santos Martins, Aureliano Nogueira da Costa, Levy Heleno Fassio 1 Instituto Capixaba

Leia mais

PROPOSTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CAFEICULTURA DO PARANÁ

PROPOSTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CAFEICULTURA DO PARANÁ PROPOSTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CAFEICULTURA DO PARANÁ INTRODUÇÃO A cafeicultura do Paraná tem um histórico de sucesso com participação efetiva no desenvolvimento sócio-econômico do Estado. O café

Leia mais

INDICADORES ECONÔMICOS NO COMÉRCIO VAREJISTA DE FLORES: UM ESTUDO DE CASO

INDICADORES ECONÔMICOS NO COMÉRCIO VAREJISTA DE FLORES: UM ESTUDO DE CASO INDICADORES ECONÔMICOS ARTIGO NO COMÉRCIO CIENTÍFICO VAREJISTA DE FLORES... 17 INDICADORES ECONÔMICOS NO COMÉRCIO VAREJISTA DE FLORES: UM ESTUDO DE CASO JOSÉ MATHEUS PEROSA 1 ; JOÃO PAULO LOPES e LÍVIA

Leia mais

CUSTOS DE TRANSAÇÃO E DESEMPENHO CONTRATUAL: O CASO DA TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE MANUTENÇÃO EM REFINARIAS DA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A.

CUSTOS DE TRANSAÇÃO E DESEMPENHO CONTRATUAL: O CASO DA TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE MANUTENÇÃO EM REFINARIAS DA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Ciências Administrativas Mestrado Profissional em Administração CUSTOS DE TRANSAÇÃO E DESEMPENHO CONTRATUAL: O CASO

Leia mais

Comercialização de hortaliças

Comercialização de hortaliças Comercialização de hortaliças Estimativa do consumo de hortaliças em países selecionados* Israel 1022 Itália 824 China 572 Austrália Bélgica Japão Dinamarca Finlândia 479 465 454 419 381 * Consumo: g/per

Leia mais

Blocos Econômicos e a Globalização, a Competitividade da Agroindústria no Brasil.

Blocos Econômicos e a Globalização, a Competitividade da Agroindústria no Brasil. Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agronômicas Depto. de Economia, Sociologia e Tecnologia Blocos Econômicos e a, a da Agroindústria no Brasil. Núria Rosa Gagliardi Quintana Engenheira

Leia mais

CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) UTILIZADOS POR AGRICULTORES FAMILIARES DE MOJU, PA

CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) UTILIZADOS POR AGRICULTORES FAMILIARES DE MOJU, PA CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) UTILIZADOS POR AGRICULTORES FAMILIARES DE MOJU, PA Moisés de Souza Modesto Júnior 1, Raimundo Nonato Brabo Alves 2 1 Eng. Agrôn.

Leia mais

II WORKSHOP sobre o Índice de Desempenho Sustentável para a Cadeia de Suprimentos da Piscicultura Continental

II WORKSHOP sobre o Índice de Desempenho Sustentável para a Cadeia de Suprimentos da Piscicultura Continental II WORKSHOP sobre o Índice de Desempenho Sustentável para a Cadeia de Suprimentos da Piscicultura Continental UFRGS, MPA, Epagri,, Sebrae, APTA/SP COOPISC Embrapa (Meio Ambiente, Pantanal, Agropecuária

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. Tabela 1 Valor exportado do agronegócio brasileiro

1 INTRODUÇÃO. Tabela 1 Valor exportado do agronegócio brasileiro 1 INTRODUÇÃO O Brasil encontra-se num ambiente favorável de crescimento econômico nos últimos anos. A economia brasileira tem como principais forças o comércio, o setor industrial e o agronegócio. O agronegócio,

Leia mais

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DO DIA E ESTABELECIMENTO PARA COMPRA DE FRUTAS

FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DO DIA E ESTABELECIMENTO PARA COMPRA DE FRUTAS FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DO DIA E ESTABELECIMENTO PARA COMPRA DE FRUTAS Antonio Jerônimo de ALMEIDA NETO (1); Dalenio Augusto de Oliveira SANTOS (2); Edgleudo Coelho de SOUZA (3); Antonio Vladimir

Leia mais

PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO INTERNACIONAL DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS 1

PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO INTERNACIONAL DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS 1 PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO INTERNACIONAL DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS 1 PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO MERCADO INTERNACIONAL DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS 1 JOSÉ MATHEUS YALENTI PEROSA 2 RESUMO

Leia mais

3 Apresentação do problema

3 Apresentação do problema 3 Apresentação do problema 3.1 A cadeia de suprimentos da indústria petrolífera Conforme se definiu no início do capítulo anterior, a cadeia de suprimentos é um processo em que fornecedores, fabricantes,

Leia mais

A empresa, a organização do mercado e o desempenho

A empresa, a organização do mercado e o desempenho Les 590 Organização Industrial A empresa, a organização do mercado e o desempenho Aulas 1 e 2 Márcia A.F. Dias de Moraes 16 e 17/02/2016 Preocupação central: Organização Industrial - Ação das firmas -

Leia mais

A Competitividade das pequenas firmas de Suco de Laranja pela ótica da Teoria dos Custos de Transação. Fernanda Geraldini Palmieri

A Competitividade das pequenas firmas de Suco de Laranja pela ótica da Teoria dos Custos de Transação. Fernanda Geraldini Palmieri A Competitividade das pequenas firmas de Suco de Laranja pela ótica da Teoria dos Custos de Transação Fernanda Geraldini Palmieri A indústria brasileira de suco de laranja A citricultura no Brasil Uma

Leia mais

Análise da coordenação das indústrias sucroalcooleiras no fornecimento de cana-de-açúcar na região de Piracicaba (SP).

Análise da coordenação das indústrias sucroalcooleiras no fornecimento de cana-de-açúcar na região de Piracicaba (SP). Análise da coordenação das indústrias sucroalcooleiras no fornecimento de cana-de-açúcar na região de Piracicaba (SP). Lucas Conceição Araujo 17 de junho de 2019 Agenda Introdução Referencial teórico Procedimentos

Leia mais

atacadista de São Paulo

atacadista de São Paulo Levantamento preliminar das características qualitativas observadas pelos compradores de morango, durante a safra 2006, no mercado atacadista de São Paulo Débora Queiroz Martinho1 Anita de Souza Dias Gutierrez2

Leia mais

Cap 3: Drivers de Valor e o Relacionamento entre Indústrias e Distribuidores no Setor de Insumos

Cap 3: Drivers de Valor e o Relacionamento entre Indústrias e Distribuidores no Setor de Insumos Cap 3: Drivers de Valor e o Relacionamento entre Indústrias e Distribuidores no Setor de Insumos AGRODISTRIBUIDOR: O Futuro da Distribuição de Insumos no Brasil. São Paulo: Atlas, 2011. Org: Matheus Alberto

Leia mais

O atendimento à agricultura empresarial

O atendimento à agricultura empresarial O atendimento à agricultura empresarial Banco do Brasil Diretoria de Agronegócios Qualquer que seja o objetivo definição de estratégias empresariais ou de políticas públicas o agronegócio será melhor compreendido

Leia mais

Estudo do Complexo Agro-industrial da Caprino-Ovinocultura no Brasil. Convênio Convênio 31/ MDIC/Sebrae, Processo no

Estudo do Complexo Agro-industrial da Caprino-Ovinocultura no Brasil. Convênio Convênio 31/ MDIC/Sebrae, Processo no Caprino-Ovinocultura no Brasil Convênio Convênio 31/2009 - MDIC/Sebrae, Processo no. 52.000.0437/2009-15 Caprino-Ovinocultura no Brasil:Premissas O Brasil conta atualmente com um rebanho de 10,3 milhões

Leia mais

A ESTRUTURA DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE NO NOROESTE GAÚCHO 1. Aline De Mattos 2, Argemiro Luis Brum 3.

A ESTRUTURA DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE NO NOROESTE GAÚCHO 1. Aline De Mattos 2, Argemiro Luis Brum 3. A ESTRUTURA DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE NO NOROESTE GAÚCHO 1 Aline De Mattos 2, Argemiro Luis Brum 3. 1 Projeto de Pesquisa realizado no curso de Mestrado em Desenvolvimento da Unijuí. 2 Aluna do Mestrado

Leia mais

VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro de 2013

VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro de 2013 Diagnóstico da comercialização de hortaliças no município de Bambuí-MG Roberta FONSECA ¹; Marcos Winícius Gonçalves de SOUZA²; Luciano Donizete GONÇALVES ³; Anderson Mendes ARAUJO 4. ¹ Estudante de Agronomia

Leia mais

A DIFUSÃO DO CONHECIMENTO DE GESTÃO RURAL AOS PRODUTORES DE MARACUJÁ DO PÓLO DE FRUTICULTURA SÃO JOÃO, PORTO NACIONAL, TOCANTINS

A DIFUSÃO DO CONHECIMENTO DE GESTÃO RURAL AOS PRODUTORES DE MARACUJÁ DO PÓLO DE FRUTICULTURA SÃO JOÃO, PORTO NACIONAL, TOCANTINS A DIFUSÃO DO CONHECIMENTO DE GESTÃO RURAL AOS PRODUTORES DE MARACUJÁ DO PÓLO DE FRUTICULTURA SÃO JOÃO, PORTO NACIONAL, TOCANTINS Felipe Divino Alves Monteiro¹; Hugo Gabriel Guedes de Oliveira²; Edvaldo

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO Nome da Evolução do Pensamento Administrativo I Semestre 1º Estudo da administração, suas áreas e funções, o trabalho do administrador e sua

Leia mais

ANÁLISE CONJUNTURAL DAS EXPORTAÇÕES DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS DO BRASIL 1. (Janeiro a dezembro de 2004)

ANÁLISE CONJUNTURAL DAS EXPORTAÇÕES DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS DO BRASIL 1. (Janeiro a dezembro de 2004) ANÁLISE CONJUNTURAL DAS EXPORTAÇÕES DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS DO BRASIL 1. (Janeiro a dezembro de 2004) Antonio Hélio Junqueira 2 Marcia da Silva Peetz 3 Exportações recordes de flores e plantas

Leia mais

Sumário. Prefácio, xi

Sumário. Prefácio, xi Sumário Prefácio, xi 1 Agronegócios: Conceitos e Dimensões, 1 1.1 Agricultura e agronegócios, 1 1.2 Conceito de agronegócio, 3 1.3 Sistemas agroindustriais, 7 1.3.1 Especificidades da produção agropecuária,

Leia mais

Teoria da Administração (RAD 0111) Prof. Dr. Jorge Henrique Caldeira de Oliveira

Teoria da Administração (RAD 0111) Prof. Dr. Jorge Henrique Caldeira de Oliveira Teoria da Administração (RAD 0111) Prof. Dr. Jorge Henrique Caldeira de Oliveira Fundamentos da adm. de operações A administração de operações pode ser definida como o campo da administração responsável

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Administração e Economia Rural Código: VET231 Curso: Medicina Veterinária Semestre de oferta: 5 p Faculdade responsável: Medicina Veterinária Programa em vigência a partir

Leia mais

6ª Jornada Científica e Tecnológica da FATEC de Botucatu. Características da Comercialização de Plantas Ornamentais no Município de Jales - SP

6ª Jornada Científica e Tecnológica da FATEC de Botucatu. Características da Comercialização de Plantas Ornamentais no Município de Jales - SP 6ª Jornada Científica e Tecnológica da FATEC de Botucatu 23 a 27 de Outubro de 2017, Botucatu São Paulo, Brasil Características da Comercialização de Plantas Ornamentais no Município de Jales - SP Michel

Leia mais

BALANÇO GERAL DA ECONOMIA E DO MERCADO DE TRABALHO NO ESTADO DE GOIÁS

BALANÇO GERAL DA ECONOMIA E DO MERCADO DE TRABALHO NO ESTADO DE GOIÁS 6 BALANÇO GERAL DA ECONOMIA E DO MERCADO DE TRABALHO NO ESTADO DE GOIÁS 2004-2012 A proposta deste texto é estabelecer parâmetros para análises sobre a economia e o mercado de trabalho no Estado de Goiás.

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade II DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade II DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade II DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Centro de Distribuição - CD Centro de Distribuição - CD Centro de Distribuição (CD) é um armazém cuja operação é realizar a gestão dos estoques

Leia mais

Caracterização da produção de hortaliças no município de Bambuí MG

Caracterização da produção de hortaliças no município de Bambuí MG Caracterização da produção de hortaliças no município de Bambuí MG Sylmara SILVA ¹; Raul Magalhães FERRAZ ¹ ; Luiz Fernando Ghetti PEREIRA ¹; Luciano Donizete GONÇALVES ² ¹ Aluno do curso de Agronomia

Leia mais

PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA

PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA 8 PANORAMA ATUAL DA ECONOMIA GOIANA A crise econômico-financeira originada nos Estados Unidos, em 2008, denominada Crise dos Subprime, afetou toda a economia mundial. A atual crise da União Europeia, chamada

Leia mais

Módulo 11 Monitoria de Impactos. Monitoria de Impactos de Projetos de Cadeia de Valor. cadeia e estratégia. Análise da

Módulo 11 Monitoria de Impactos. Monitoria de Impactos de Projetos de Cadeia de Valor. cadeia e estratégia. Análise da Módulo Monitoria de s Monitoria de s de Projetos de Cadeia de Valor Módulos Delimitação do projeto Análise da cadeia e estratégia Implementação Monitoria 0 Decisão sobre engajamento na promoção Seleção

Leia mais

CUSTOS DO ALGODÃO BRASILEIRO

CUSTOS DO ALGODÃO BRASILEIRO Uberlândia 13 a 16 de agosto de 2007 CUSTOS MR2: COMPETITIVIDADE : MERCADOS ANÁLISE DE CUSTO Lucilio Rogerio Aparecido Alves Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Cepea/Esalq/Usp Email: lualves@esalq.usp.br

Leia mais

LISIANTHUS DE CORTE. É determinado pelo tamanho da haste desde a sua base até a ponta da haste floral principal, obedecendo à tabela abaixo.

LISIANTHUS DE CORTE. É determinado pelo tamanho da haste desde a sua base até a ponta da haste floral principal, obedecendo à tabela abaixo. LISIANTHUS DE CORTE Classificar é separar os produtos em lotes homogêneos quanto ao padrão e qualidade, caracterizados separadamente. O critério de classificação é o instrumento que unifica a comunicação

Leia mais

10 SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM LOGÍSTICA AGROINDUSTRIAL RECURSOS HUMANOS E AGRONEGÓCIO: QUAL PAPEL PARA O PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA?

10 SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM LOGÍSTICA AGROINDUSTRIAL RECURSOS HUMANOS E AGRONEGÓCIO: QUAL PAPEL PARA O PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA? 10 SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM LOGÍSTICA AGROINDUSTRIAL RECURSOS HUMANOS E AGRONEGÓCIO: QUAL PAPEL PARA O PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA? Mário Otávio Batalha GEPAI DEP - Piracicaba março/2013 AGRONEGÓCIO: O

Leia mais

CAFÉ: PRODUÇÃO E VALORES PAGOS AO PRODUTOR NO BRASIL DE 2001 A 2015

CAFÉ: PRODUÇÃO E VALORES PAGOS AO PRODUTOR NO BRASIL DE 2001 A 2015 CAFÉ: PRODUÇÃO E VALORES PAGOS AO PRODUTOR NO BRASIL DE 2001 A 2015 Karoline Maso dos Reis (1) RESUMO: Este trabalho objetivou identificar o fluxo sazonal do valor pago ao produtor e da produção do café

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA DA EVOLUÇÃO DO CUSTO DA CESTA BÁSICA NOS MUNICÍPIOS DE IJUÍ, PANAMBI, SANTA ROSA E TRÊS PASSOS EM 2015 E

ANÁLISE COMPARATIVA DA EVOLUÇÃO DO CUSTO DA CESTA BÁSICA NOS MUNICÍPIOS DE IJUÍ, PANAMBI, SANTA ROSA E TRÊS PASSOS EM 2015 E ANÁLISE COMPARATIVA DA EVOLUÇÃO DO CUSTO DA CESTA BÁSICA NOS MUNICÍPIOS DE IJUÍ, PANAMBI, SANTA ROSA E TRÊS PASSOS EM 2015 E 2016 1 Dilson Trennepohl 2, Everton Gabriel De Oliveira Santos 3, Jeorgia Gabriela

Leia mais

Desempenho do Comércio Varejista Janeiro e Fevereiro de 2009

Desempenho do Comércio Varejista Janeiro e Fevereiro de 2009 Desempenho do Comércio Varejista Janeiro e Fevereiro de 2009 Pesquisa realizada mensalmente desde outubro de 2006 pelo Convênio entre Sindicato do Comércio Varejista e Departamento de Economia da UNESP

Leia mais

Resumo Expandido INTRODUÇÃO:

Resumo Expandido INTRODUÇÃO: Resumo Expandido Título da Pesquisa: Caracterização do mercado de sementes de hortaliças na região de Bambuí - MG Palavras-chave: Hortaliças, Comercialização, Insumos. Campus: Bambuí Tipo de Bolsa: PIBIC

Leia mais

Agricultura familiar e mercados: algumas reflexões

Agricultura familiar e mercados: algumas reflexões Agricultura familiar e mercados: algumas reflexões Claudia Job Schmitt CPDA/UFRRJ 1. A construção social dos mercados na agricultura camponesa e familiar: perspectivas de análise 2. Diversidade e historicidade

Leia mais

ARRANJOS ORGANIZACIONAIS DE FORNECEDORES DE HORTALIÇAS: CASO DE UMA GRANDE REDE VAREJISTA

ARRANJOS ORGANIZACIONAIS DE FORNECEDORES DE HORTALIÇAS: CASO DE UMA GRANDE REDE VAREJISTA XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro

Leia mais

Um canal de distribuição corresponde a uma ou mais empresas que participam do fluxo de produtos e/ou serviços desde o fabricante até o consumidor.

Um canal de distribuição corresponde a uma ou mais empresas que participam do fluxo de produtos e/ou serviços desde o fabricante até o consumidor. 3UREOHPD,QWURGXomR Um canal de distribuição corresponde a uma ou mais empresas que participam do fluxo de produtos e/ou serviços desde o fabricante até o consumidor. O objetivo da fábrica é levar os produtos

Leia mais

ANÁLISE DA GESTÃO AMBIENTAL E DE PROCESSOS PRODUTIVOS DAS PRINCIPAIS CADEIAS PRODUTIVAS DO OESTE CATARINENSE

ANÁLISE DA GESTÃO AMBIENTAL E DE PROCESSOS PRODUTIVOS DAS PRINCIPAIS CADEIAS PRODUTIVAS DO OESTE CATARINENSE ANÁLISE DA GESTÃO AMBIENTAL E DE PROCESSOS PRODUTIVOS DAS PRINCIPAIS CADEIAS PRODUTIVAS DO OESTE CATARINENSE PATRÍCIA DA CRUZ VALGOI 1, LARISSA DE LIMA TRINDADE 2, ÉVERTON MIGUEL DA SILVA LORETO 3, MOACIR

Leia mais

Informações de mercado nas Ceasas. Wilson Guide da Veiga

Informações de mercado nas Ceasas. Wilson Guide da Veiga Informações de mercado nas Ceasas Wilson Guide da Veiga Maceió/AL - 2010 Mercados Atacadistas das Ceasas São espaços físicos que reunem vendedores, compradores, agentes públicos e informais. Estrutura

Leia mais

ATACADISTAS NO MERCADO PAULISTANO DA CEAGESP EM

ATACADISTAS NO MERCADO PAULISTANO DA CEAGESP EM ATACADISTAS NO MERCADO PAULISTANO DA CEAGESP EM 211 1 Anita de Souza Dias Gutierrez 2 Sabrina Leite de Oliveira 3 Daiane Mitiko Hirata 4 1 - INTRODUÇÃO 1 2 3 4 As centrais atacadistas, conhecidas como

Leia mais

Canais de distribuição. Logística

Canais de distribuição. Logística 1 Canais de distribuição Logística 2 Canais de distribuição Conceitos: Inbound Logistics ou logística de suprimento = processo de abastecer a manufatura com matéria-prima e componentes; Outbound Logistics

Leia mais

VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro de 2013

VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro de 2013 Caracterização do mercado de sementes de hortaliças na região de Bambuí MG. Ana Carolina Domingos Oliveira FRANCO¹, Michele de Araújo MORAIS 2, Tiago Chaves dos REIS 3, Luciano Donizete GONÇALVES 4. 1

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO Evolução de Pensamento Administrativo I Estudo da administração, suas áreas e funções, o trabalho do administrador e sua atuação; a evolução

Leia mais

Artigo Acadêmico Realizado no Curso de Graduação em Ciências Econômicas, UFSM. 2

Artigo Acadêmico Realizado no Curso de Graduação em Ciências Econômicas, UFSM. 2 ANÁLISE DO DESEMPENHO E COMPETITIVIDADE DAS PEQUENAS EMPRESAS AGROINDUSTRIAIS DO MUNICÍPIO DE PANAMBI-RS 1 ANALYSIS OF THE PERFORMANCE AND COMPETITIVENESS OF THE SMALL AGRO-INDUSTRIAL COMPANIES OF THE

Leia mais

Normas de classificação

Normas de classificação Normas de classificação Situação atual 1ª Exigências legais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 2ª Adesão voluntária do Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura A lei

Leia mais

APLICAÇÃO DE ecr EFFICIENT CONSUMER RESPONSE À REDE SUBWAY COM BASE NA LOGISTICA DE SUPRIMENTO

APLICAÇÃO DE ecr EFFICIENT CONSUMER RESPONSE À REDE SUBWAY COM BASE NA LOGISTICA DE SUPRIMENTO UNIVERSIDADE DE BRASILIA DEPARTAMENTO DE ADMINISTAÇÃO LOGISTICA EMPRESARIAL APLICAÇÃO DE ecr EFFICIENT CONSUMER RESPONSE À REDE SUBWAY COM BASE NA LOGISTICA DE SUPRIMENTO GRUPO 19Z ARTHUR BIOCALTI ILO

Leia mais

Índice de Desempenho Sustentável para a Cadeia de Suprimentos da Piscicultura Continental. Embrapa UFRGS SEAP Epagri Sebrae

Índice de Desempenho Sustentável para a Cadeia de Suprimentos da Piscicultura Continental. Embrapa UFRGS SEAP Epagri Sebrae Índice de Desempenho Sustentável para a Cadeia de Suprimentos da Piscicultura Continental Embrapa UFRGS SEAP Epagri Sebrae Introdução A aqüicultura vem ganhando importância Estagnação do estoque pesqueiro

Leia mais

PERSPECTIVAS DE VENDAS DE FLORES PARA O DIA DE FINADOS 2017

PERSPECTIVAS DE VENDAS DE FLORES PARA O DIA DE FINADOS 2017 PERSPECTIVAS DE VENDAS DE FLORES PARA O DIA DE FINADOS 2017 SINDIFLORES Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado

Leia mais

Palavras-chave: Qualidade. Coordenação. Manga. Cadeia Produtiva.

Palavras-chave: Qualidade. Coordenação. Manga. Cadeia Produtiva. João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 MECANISMOS DE COORDENAÇÃO DA QUALIDADE NO PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DA MANGA PRODUZIDA NO VALE DO SÃO FRANCISCO: UM ESTUDO DE CASO NO PROJETO MANDACARU-BA

Leia mais

Evolução do Mercado de Pequenas Frutas no Brasil

Evolução do Mercado de Pequenas Frutas no Brasil Evolução do Mercado de Pequenas Frutas no Brasil Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida Engenheiro Agrônomo, Dr. Centro de Qualidade em Horticultura - CEAGESP Centro de Qualidade em Horticultura TENDÊNCIAS

Leia mais

1. Introdução 1.1 Problema de Pesquisa

1. Introdução 1.1 Problema de Pesquisa 1. Introdução 1.1 Problema de Pesquisa Há algumas décadas é possível observar uma mudança no quadro econômico brasileiro que, a reboque das mudanças no ambiente econômico internacional, vem apresentando

Leia mais

MAPEAMENTO DA CADEIA PRODUTIVA E DE VALOR DO APL CELEIRO 1

MAPEAMENTO DA CADEIA PRODUTIVA E DE VALOR DO APL CELEIRO 1 MAPEAMENTO DA CADEIA PRODUTIVA E DE VALOR DO APL CELEIRO 1 Emerson Juliano Lucca 2, Jose Valdemir Muenchen 3, Daniel Claudy Da Silveira 4, Jussiano Regis Pacheco 5, Guilherme Gadonski De Lima 6. 1 Projeto

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS REITORIA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS REITORIA PLANO DE TRABALHO Identificação Aluno (a): Kelly da Cunha Neves Curso: Tecnologia em Logística Coordenador (a) no IF: André Luís Machado Instituição de Destino: Instituto Politécnico do Porto Coordenador

Leia mais

PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: REALIDADE DAS EMPRESAS VAREJISTAS DE SANTA ROSA 1

PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: REALIDADE DAS EMPRESAS VAREJISTAS DE SANTA ROSA 1 PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: REALIDADE DAS EMPRESAS VAREJISTAS DE SANTA ROSA 1 Claudio Edilberto Höfler 2, Jovani Patias 3, Bruna Gabriela Warmbier 4. 1 Projeto de Pesquisa realizado no Curso de Administração

Leia mais

PERFIL DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS DO SUDOESTE GOIANO

PERFIL DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS DO SUDOESTE GOIANO PERFIL DA CADEIA PRODUTIVA DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS DO SUDOESTE GOIANO Marcos Vinícius da Silva¹; Anailda Angélica Lana Drumond 2 ; Divina Aparecida Leonel Lunas 2 ; Karine Feliciano Barbosa 3 1

Leia mais

Estratégias de coordenação da cadeia produtiva para superar os desafios da ovinocultura e da caprinocultura no Brasil

Estratégias de coordenação da cadeia produtiva para superar os desafios da ovinocultura e da caprinocultura no Brasil Estratégias de coordenação da cadeia produtiva para superar os desafios da ovinocultura e da caprinocultura no Brasil Juan Diego Ferelli de Souza Pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos Desafios da Ovinocultura

Leia mais

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 369

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 369 Página 369 ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO E RECEITA DA MAMONA NAS REGIÕES OESTE E CENTRO OCIDENTAL DO PARANÁ Gerson Henrique da Silva 1 ; Maura Seiko Tsutsui Esperancini 2 ; Cármem Ozana de Melo 3 ; Osmar

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA Curso de Pós-Graduação em Agronomia Disciplina: Sistemas Agrários de Produção e Desenvolvimento Sustentável ABORDAGENS

Leia mais

Determinação do grau de satisfação e importância dos sub-processos da distribuição física: um estudo de caso

Determinação do grau de satisfação e importância dos sub-processos da distribuição física: um estudo de caso Determinação do grau de satisfação e importância dos sub-processos da distribuição física: um estudo de caso Jiane Toller da Rocha (UFSM) jianetoller@mail.ufsm.br Angela Pellegrin Ansuj (UFSM) angelaansuj@yahoo.com

Leia mais

Cadeia produtiva: estruturas de governança

Cadeia produtiva: estruturas de governança Cadeia produtiva: estruturas de governança Cynthia Cândida Corrêa (UEM) cynthiacandida@yahoo.com.br Juvancir da Silva (UEM/UNIANDRADE) silvajuvancir@ibest.com.br Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar

Leia mais

Produção Associada ao Turismo: uma estratégia de competitividade turística e inclusão econômica de pequenos negócios.

Produção Associada ao Turismo: uma estratégia de competitividade turística e inclusão econômica de pequenos negócios. Produção Associada ao Turismo: uma estratégia de competitividade turística e inclusão econômica de pequenos negócios. Autor: Mauricio Tedeschi Resumo Neste artigo, a intenção é se aprofundar no conceito

Leia mais

1 Introdução Justificativa

1 Introdução Justificativa 1 Introdução Neste estudo foi abordada a cadeia de suprimento e distribuição de derivados de petróleo no Brasil, com foco na avaliação econômica do investimento necessário para a manutenção de estoque

Leia mais

1.1 O cenário. Acesso em: 20 nov Site IBGE: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=330580#>.

1.1 O cenário. Acesso em: 20 nov Site IBGE: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=330580#>. 1 Introdução Apresenta-se aqui dissertação de mestrado sobre o papel do empreendedorismo na produção rural de baixa renda e suas limitações de consumo familiar e da produção rural. É importante ressaltar

Leia mais

ÁREA TEMÁTICA: INICIAÇÃO CIENTÍFICA

ÁREA TEMÁTICA: INICIAÇÃO CIENTÍFICA ÁREA TEMÁTICA: INICIAÇÃO CIENTÍFICA TÍTULO: CONFLITOS TRANSACIONAIS ENTRE PRODUTOR RURAL E AGROINDÚSTRIA EM PRESIDENTE MÉDICI, RONDÔNIA SOB O ENFOQUE DA TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO RESUMO Otacílio Moreira

Leia mais

Exportações do Agronegócio ( )

Exportações do Agronegócio ( ) Exportações do Agronegócio (2009-2010) Em milhões de US$ -0,8% +15,6% + 28,4% + 41,8% +34,7% +69,8% Fonte: CNA, 2011 Pauta de Exportação do Agronegócio PRODUTOS EXPORTADOS 2010 1997 Valor (US$) Part. %

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 Guilherme R. S. Souza e Silva * Introdução Este artigo pretende apresentar e discutir

Leia mais

1 Introdução 1.1 Apresentação

1 Introdução 1.1 Apresentação 1 Introdução 1.1 Apresentação O Brasil é, notoriamente, um país com características geográficas favoráveis ao cultivo de produtos agrícolas. O primeiro registro dos predicados agrícolas desta terra data

Leia mais

Empresas e Sistemas. Disciplina: Gestão da Tecnologia de Sistemas. Professor: Thiago Silva Prates

Empresas e Sistemas. Disciplina: Gestão da Tecnologia de Sistemas. Professor: Thiago Silva Prates Empresas e Sistemas Disciplina: Gestão da Tecnologia de Sistemas Professor: Thiago Silva Prates Empresas e Sistemas A empresa é um sistema (um conjunto de partes que interagem entre si para alcançar objetivos

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 31 DE JANEIRO DE 2018.

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 31 DE JANEIRO DE 2018. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 31 DE JANEIRO DE 2018. O COLEGIADO DE CURSO DO CURSO DE MESTRADO E DOUTORADO EM ADMINISTRAÇÃO da Escola de Administração e Negócios, no uso de suas atribuições legais, resolve: Aprovar

Leia mais