COLÉGIO MAGNO PROVA BIMESTRAL 3.BI - HISTÓRIA 1.ANOS PROF. LEANDRO ANTONIASSE

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1 COLÉGIO MAGNO PROVA BIMESTRAL 3.BI - HISTÓRIA 1.ANOS PROF. LEANDRO ANTONIASSE Gabarito 01. Sobre o período de transição, do fim do Império Romano e o início da Idade Média, cite e explique abaixo alguns elementos desse período, considerando a: a) Economia e sociedade - Colonato (tradição agrícola dos povos germanos); - Economia escravista e comercial para produção agrícola de subsistência; - Sociedade de classes, onde o lugar social poderia ser adquirido por meio da luta por direitos, para uma sociedade Estamental, profundamente hierarquizada, com pouca mobilidade social; - Cristianismo como elemento da identidade social da Europa, não mais o Estado Romano. b) Política e instituições - Descentralização do Estado Romano para a pulverização de reinos dispersos e nada centralizados; - A Igreja se sobressaindo como a maior instituição do período medieval; - A queda do Imperador e a ascensão do Papa, como figura dominante do Ocidente Medieval; - Suserania e Vassalagem: fidelidade guerreira e aliança por meio da fé cristã. 02. Considerando o conceito de Colonato, responda: a) Qual elemento econômico é substituído pelo Colonato, no contexto da crise do Império Romano e início da Idade Média. Explique. - Escravismo/Escravidão;

2 - Fim das expansões romanas e conquista de escravos; - Ruralização da Europa e incentivo as práticas agrícolas germânicas e romanas; b) Qual a relação entre Colonato e o Sistema Feudal. Explique. - Sistema Feudal baseado no trabalho na terra e no trabalho servil; - Relações entre senhores e servos: sociedade com hierarquias e ordens sociais; - Produção para o mercado interno e de subsistência. 03. Considerando o modelo de sociedade no Feudalismo: a) Descreva o significado de Estamentos sociais e quais os atores sociais presentes nessa sociedade. - Estamentos: organização de ordens sociais baseadas em privilégios e tradições antigas; - Nobres (donos das terras, cidadania cargos políticos); clérigos (religiosos, lideranças da igreja, intelectuais), camponeses (trabalhadores braçais, sem cidadania, direitos e privilégios). b) Qual instituição nesse período têm a prerrogativa e o poder de organizar essa sociedade, e quais as razões dessa organização? - A Igreja Católica Romana a instituição com a maior força e poder naquele contexto; - Prerrogativa baseada nas tradições bíblicas; - Sistema teológico que garantia a organização da sociedade por meio de suas interpretações;

3 - Deus é o que garante o funcionamento da sociedade medieval, na perspectiva da Igreja; 04. Leia o texto abaixo e, à seguir, responda as questões a e b. Após os exageros denegridores dos séculos XVI-XVII, nos quais uma Idade das Trevas é criada, com seus exageros e perversidades, e os exaltadores do século XIX, em que uma idealização é transmitida por meio de fábulas, com princesas, romances e príncipes heroicos, hoje temos uma visão mais equilibrada sobre o conceito de Idade Média, isto é, uma percepção que se tem da Idade Média como a grande matriz da civilização ocidental cristã. Nesse sentido, podemos falar em uma longa Idade Média. a) Considerando o texto acima, como poderíamos afirmar, hoje, que somos herdeiros de uma longa Idade Média? - Idade Média como a grande matriz da civilização ocidental cristã ; - A moral cristã, a permanência da Igreja cristã, o casamento, o batismo, alguns sistemas educacionais cristãos. b) Explique abaixo o que o autor quis dizer com o trecho Após os exageros denegridores dos séculos XVI-XVII, nos quais uma Idade das Trevas é criada, com seus exageros e perversidades, e os exaltadores do século XIX, em que uma idealização é transmitida por meio de fábulas, com princesas, romances e príncipes heroicos. - A autor explica como, em diferentes contextos, a Idade Média foi apropriada e reproduzida, seja como época das trevas ou idealizada, com princesas ou cavaleiros, mas é preciso ver uma outra idade média, como outro período

4 histórico qualquer, como beleza e contradições, também presentes em qualquer outro período da história; - Idade Média como um contexto que construiu grandes legados para a sociedade ocidental, seja na arte, no pensamento, nas instituições, etc. 05. [...] Ao magnífico senhor (...), eu (...). Sendo sabido por todos quão pouco tenho para me alimentar e vestir, apelei por essa razão para vossa piedade, tendo em vós decidido permitir-me que me entregue e encomende a vossa proteção; o que fiz nas seguintes condições: devereis ajudar-me e sustentarme tanto em víveres como em vestuário, enquanto vos puder servir e merecer; e eu, enquanto for vivo, deverei prestar-vos serviço e obediência como um homem livre e vassalo de meu senhor. [...] Encomendo minha alma a vossa proteção, pelo amor de Cristo e de nosso Pai da Santa Madre Igreja, que descanso não terei até que o infiel se veja abatido e sua alma dilacerada, ante a ousadia e fidelidade que lhe tenho, senhor meu. Fórmula do século XII, Formulae Merovingici et karolini Aevi, MGH. Hannover, K. Zeumer, P.158. Apud. FILHO, Cyro de Barros Rezende. Guerra e poder na sociedade feudal, São Paulo: Editora Ática) Considerando o texto acima responda a e b: a) Identifique a relação descrita pelo autor do fragmento. - Suserania e Vassalagem. b) Relacione a relação descrita acima à organização política e social na Europa Ocidental durante a Idade Alta Média. - Europa ruralizada e fechada, também pelo avanço da religião árabe;

5 - Ausência de um Estado centralizado e de um exército nacional; - Aliança entre os reinos, por meio da religião cristã e da identidade cristã para proteção; - Juramentos por proteção e sustento da vida em sociedade; - Sociedade de ordens: os que mandam e os que obedecem. 06. [...] Desde sempre os cristãos acreditaram, de um modo confuso, na possibilidade de remir os pecados depois da morte. Mas, no sistema dualista do além, entre Inferno e Paraíso, não havia lugar para o cumprimento das penas do Purgatório. Foi preciso esperar pelo fim do século XII e início do XIII para que surgisse a palavra Purgatório, para que o Purgatório se tornasse um terceiro lugar do além numa nova geografia do outro mundo. Foi em Paris, no último terço do século XII, na escola episcopal de Notre-Dame, em contato com a escolástica emergente e com o pensamento cisterciense, que surgiu a nova forma de crença. Ela situa-se numa revolução mental e social que substituiu os sistemas dualista da ordem dos estamentos, fazendo intervir a noção intermediária, uma nova lógica dentro da lógica que em alguns séculos, uns dizem XVIII e outros XIX, não bastará. [...] Junto aos sistemas de ideias da teologia cristã, intrínseca às ideias estão os homens, em sociedade, um novo personagem histórico surgirá, o homem de negócio, que pervertendo o ordenamento social, não sendo compatível com a estrita organização estamental, ocupará o Purgatório indelevelmente. Nem nobre, nem monge, tampouco camponês, sua participação, como ator social, se insere em um momento de crise e, como todo em momento histórico crítico, repleto de mudanças. (GOFF, Jacques Le. O nascimento do Purgatório. Portugal: Estampa Editorial, 2008). Considerando o texto acima e seus conhecimentos acerca do assunto, responda:

6 a) A relação entre os mercadores e homens de negócio da Europa dos séculos XII e XIII com o conceito de purgatório, criado pela Igreja Católica. - Burguês/comerciante/homens de negócio: surgimento de um novo ator social, dentro da sociedade de estamentos no período medieval; - Estamentos: ordem de privilégios por nascimento e hierarquia; - Renascimento do comércio no Feudalismo; - Sociedade Medieval é bíblica e têm uma fé dual: Céu e Inferno (simbolicamente os mais privilegiados, nobres e clérigos, estão no Céu e os demais, camponeses, estão no Inferno); - A novo ator social, o burguês, simbolicamente, ocupará um lugar intermediário, o Purgatório, lugar esse construído pela Igreja, pois essa organizava a vida social no Período Medieval; b) Por que podemos associar ao surgimento de homens de negócio no contexto da Baixa Idade Média a crise do sistema feudal. - Crise da ordem de privilégios e de hierarquias da sociedade medieval; - Renascimento do comércio e do lucro, dentro da sociedade profundamente rural do Feudalismo. 07. Os contínuos surtos de peste, dessa forma, parecem ter contribuído para gerar mudanças intensas nas formas de espiritualidade de uma população que se sentia ameaçada pela terrível epidemia. A partir da segunda metade do século XIV, quando o homem se deparou de modo mais concreto com a possibilidade da morte iminente, a penitência especialmente ganhou novo ímpeto como forma de religiosidade [...], visando à salvação no fim dos tempos. [...]

7 Com efeito, a ideia mais difundida na época foi a de que a epidemia, um inegável triunfo da morte, havia sido causada pela corrupção moral do homem e pela cólera de Deus. A peste era compreendida por seus contemporâneos como uma punição divina, um inferno antes mesmo da morte, e que anteciparia os castigos eternos causados pelos pecados cometidos em vida deve-se mencionar que ao menos um tratado de época usou a bolha formada normalmente pela doença como uma metáfora para o pecado, a bolha de seus vícios. (QUÍRICO, Tamara. Peste Negra e escatologia: os efeitos da expectativa da morte sobre a religiosidade do século XIV. In: ROSSATTO, Noeli Dutra [org.]. Mirabilia 14: Mística e Milenarismo na Idade Média. Janeiro Junho de 2012.) Com base na leitura do fragmento reproduzido acima e em seus conhecimentos acerca do assunto, explique: a) por que, segundo o texto, há uma contribuição da epidemia de peste bubônica também conhecida como peste negra ocorrida na Europa ocidental no século XIV, para a crise do feudalismo em termos espirituais. - corrupção moral dos homens por meio do comércio, do lucro, dos juros, práticas essas condenadas pela Igreja, dentro de uma sociedade fechada e rural, como a Idade Média; - Peste como sinal de punição pelo pecado da atividade comercial do século XIV; b) outros dois fatores, econômico e político, ocorridos nesse contexto de crise da Idade Média. - colheitas inundadas no século XIV; - subnutrição e dieta pobre da sociedade europeia; - guerras entre as monarquias (França e Inglaterra, além de outras);

8 - Fortalecimento dos reinos, transformados em monarquias; - Enfraquecimento da Igreja Católica como principal instituição do Ocidente Medieval. 08. Na imagem a seguir reproduzida há uma representação da cidade de Nuremberg no ano de Nela, nota-se a expressiva aglomeração de construções nos limites dos muros que circundavam a cidade à época. Dadas essas considerações e seus conhecimentos acerca do assunto, explique : (WOLGEMUT, Michel; PLEYDENWURFF.Wilhelm Nuremberg, In: SCHEDEL, Hartmann. Liber Chronicarum [Crônicas de Nuremberg], Disponível em Acesso em 17/11/2014.) a) por que a referida representação pode ser considerada exemplo de um registro das transformações que ocorreram na Europa ocidental entre os séculos XIII e XIV. - Renascimento das cidades e da vida urbana, no período medieval; - Dinamização do comércio e da atividade de trocas comerciais;

9 - A formação dos Burgos, feiras sazonais, onde os produtos dos comerciantes eram expostos e vendidos; - Fortalecimento das atividades comerciais e incentivo das monarquias para o comércio; (12 linhas para a resposta) b) Estabeleça uma relação da imagem, além do contexto histórico, com o fortalecimento das monarquias europeias - Monarquias se centralizando e criando burocracias e incentivos para o comércio; - União entre Estados e comércio: nascimento do Capitalismo - União de pesos, medidas e valores; - Fortalecimento da figura do Rei, não apenas simbólica, mas política.