COMUNICADO AOS PARTICIPANTES DO SERPROS
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- Luiz Eduardo Godoi Silveira
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1 COMUNICADO AOS PARTICIPANTES DO SERPROS Nº 11 27/09/2016 Ex-Conselheiros Deliberativo Eleitos Alexandre Jordão, Luiz Antonio Martins e Mauro Roberto Simião NOVA INTERVENÇÃO NO SERPROS RESPOSTAS AS MENTIRAS, MEIA-VERDADES E ILAÇÕES DO SINDPD-DF Em função das mentiras, meia-verdades e ilações contidas no documento do SINDPD- DF divulgado no dia de ontem, 26 de setembro, com o título Para termos transparência dos fatos, a respeito do comportamento dos Conselheiros Eleitos, do Presidente da ASPAS, da atual Diretoria do Patrocinador SERPRO, da diretoria da PREVIC e do Interventor nomeado, divulgamos aos participantes ativos e assistidos os esclarecimentos a seguir. 1 Por que foi elaborado pela Sra. Tatiana uma proposta de adequação do Estatuto do Serpros e encaminhada a PREVIC, no apagar das luzes da intervenção anterior, para que a ASPAS, passasse a ser agente Instituidor do Serpros, e isso em total desconhecimento da patrocinadora (diretoria passada) e com a conivência do Sr. Interventor? A ação foi tão ilegal que a própria PREVIC devolveu a proposta do Estatuto. Resposta: Durante a intervenção anterior, foi elaborada uma proposta de criação de um plano de previdência complementar instituído pela ASPAS para oferecer aos parentes diretos (filhos, cônjuges e netos) dos participantes do SERPROS que sejam associados da ASPAS, plano este que será administrado pelo SERPROS, como Fundo Multipatrocinado, que vai receber uma taxa de administração pela prestação dos serviços. Além dos benefícios para os parentes dos participantes, esta proposta ajudará a reduzir a taxa de administração paga pelos participantes do PSI e PSII. A proposta foi devolvida pela PREVIC, que cobrou a alteração estatutária necessária para efetivar o contrato entre o SERPROS e a ASPAS. Esta alteração precisa da concordância do Patrocinador SERPRO e estava parada desde a gestão de Marcos Mazoni, pois naquela época estava sendo negociada a administração pelo SERPROS de um plano semelhante que seria instituído pela FENADADOS, para os trabalhadores das empresas de TI, negociação esta que não foi avante ainda na última administração do SERPROS (2013 a 2015) anterior à intervenção anterior. 2 - Que compromissos tem o Sr. Interventor com a Sra. Atuária? Pois logo no primeiro dia da intervenção, ou seja no dia 06/09/2016, suas primeiras ações enquanto interventor foram readmitir os ex gestores Sra. Atuária, Sr. Investimento e Sr. Juridico, atendendo o pleito dos interessados pela intervenção ( eleitos, Aspas, patrocinadora ). Aliás, nós participantes e assistidos devemos ficar atentos, pois muito brevemente a Sra. Atuária será empossada como diretora, pois esse é o compromisso firmado. Querem
2 encobrir algumas coisas, pois até emprego no Fundo Mongeral foi dado a Sra. Atuária, conseguido pelo Sr. Interventor. Resposta: Os três Gerentes (Atuarial, Tatiana Cardoso Guimarães da Silva, Jurídico, Tânia Moyses, e de Investimentos, David Moraes) foram arbitrariamente demitidos no terceiro dia de trabalho da Diretoria, ilegalmente nomeada em 28/04/2016, sem qualquer motivo e sem qualquer avaliação dos prejuízos que poderiam ser causados ao SERPROS, dada a qualificação e experiência gerencial dos mesmos. Tatiana Cardoso foi indicada pelo corpo gerencial do SERPROS para ser a Diretora de Seguridade após a intervenção, por ter sido a coordenadora do grupo gestor que conduziu as ações de recuperação e reconstrução do SERPROS. Além disso, é uma das melhores atuárias dos fundos de pensão brasileiros. Temos informações que o Interventor não teve qualquer influência para ela ser contratada pela Mongeral. E se tivesse tido, teria agido muito bem em ajudá-la a encontrar um novo emprego. 3 Por que a mesma empresa que implementou o sistema do processo eleitoral foi a mesma que homologou o sistema, nos deixando em dúvida da legitimidade do processo eleitoral que beneficiou exclusivamente os candidatos apoiados pela ASPAS? 4 Por que foi refeito pelo Sr. Interventor o edital com procedimentos das distribuições de vagas de 2 e 4 anos de mandato para os conselheiros indicados e eleitos, mudando as regras depois de iniciado o jogo? Será que foi para atender ao pedido da ASPAS? ( HÁ REGISTRO de ata do COF fazendo esse relato que de modo claro essa ação beneficiou os conselheiros eleitos ). Resposta: Durante e após as eleições, não houve qualquer contestação aos resultados eleitorais, sendo que os candidatos ligados às ex-diretorias do SERPROS e do SERPRO tiveram uma derrota acachapante, tendo obtido apenas 20% dos votos. 5 - Na sua gestão quem construiu a Política de Risco? Você conhece a Política de Risco da Entidade? Se sim, fique sabendo que ela foi plagiada da Risk Office, você sabia? Achamos que não, até porque o Sr. Interventor como reconhecimento de tal atitude autorizou aumentos salariais da responsável pelo processo a Sra. Responsável, em mais de 40%, bem acima dos demais empregados e gestores do SERPROS. Resposta: A empresa Risk Office era uma consultoria de riscos de investimentos contratada pelo SERPROS. Portanto, como era de sua obrigação (já que foi contratada para este fim), contribuiu para o desenvolvimento da política de riscos da entidade. Quando foi promovida a Gerente da Área de Riscos, a funcionária passou a receber a gratificação de cargo de gerente, correspondente a cerca de 40% do seu salário. Cabe ressaltar também que a referida empregada continua a trabalhar no SERPROS, sem que tenha havido qualquer manifestação relativa a plágio por qualquer das duas Diretorias ilegais que se instalaram no SERPROS. 6 Por que existia uma proposta de venda de seguros a empregados do SERPROS para ser incluída no Acordo Coletivo de Trabalho? Para beneficiar empresa de seguros do Sr. Presidente da ASPAS? Essa proposta foi abortada pela governança destituída, pois iria onerar os cofres do Serpros. Resposta: Paulo Coimbra, Presidente da ASPAS, informa que nunca negociou com o SERPROS a implantação de qualquer apólice de seguro, para inclusão no acordo
3 coletivo de trabalho dos empregados do SERPROS. Portanto a informação do SINDPD- DF não é verdadeira. 7 Por que os eleitos se posicionaram contra contratação de auditoria externa independente para apurar ações no período da intervenção? Aliás, os eleitos apoiaram e foram coniventes com a patrocinadora em instituir uma auditoria da patrocinadora para avaliar a legalidade da posse da DE e dos conselheiros indicados. Resposta: Não houve proposta de contratação de tal auditoria, que seria para investigar as acusações do jornalista Luiz Queiroz, do Blog Capital Digital, de supostas irregularidades em operações de investimentos no final da intervenção anterior, que teriam dado prejuízos aos SERPROS. No nosso Comunicado 06 ( nicado-aos-participantes-do-serpros-nc3bamero-06-15junho2016.pdf), demonstramos que as acusações eram infundadas. Além disso, o ex-diretor de Investimentos Armando Martins elaborou nota técnica confirmando nossas afirmações, que foi analisada na reunião 05 do CDE ( sem que qualquer dos ex-conselheiros indicados tenha feito proposta de contratação. Apenas Marcos Benjamin solicitou tempo para estudar melhor a questão, que não voltou a ser discutida pelo CDE. 8 Por que todos os recursos encaminhados à PREVIC em defesa do Serpros não foram tratados e dadas as devidas respostas? E quando a gestão do Serpros era inquerida os prazos eram de dois e cinco dias, impraticável como direito de resposta? 9 Por que a PREVIC tem praticado com o SERPROS, fundo que não tem nenhum auto de infração e vem cumprindo com suas obrigações estatuarias, de modo diferente como vem atuando com os fundos que tem ações fraudulentas constatadas pelo Ministério Público e Policia Federal (PETROS, POSTALIS, PREVI e outros...)? 10 Por que houve prevaricação da PREVIC quando seu diretor da DICOL, presente a toda a reunião do dia 03/08, não interveio quando da retirada dos três conselheiros eleitos, uma vez que oficio encaminhado ao CDE havia alertado que tal procedimento estaria passível de fiscalização junto aos conselheiros? 12 Por que a PREVIC faz uma intervenção depois de 4 meses sem nenhum motivo justificável para tal, uma vez que semanalmente estava no Serpros e recebia relatórios e não manifestava nenhuma observação de desconfiança sob a gestão? Resposta: Esta nova intervenção foi decretada pela PREVIC com base no inciso III descumprimento de disposições estatutárias do Artigo 44 da Lei Complementar 109/2001, em função da grave crise da governança que estávamos vivendo, com reiteradas ilegalidades praticadas pelos Conselheiros Indicados, que se recusavam a cumprir as orientações do Patrocinador SERPRO, a quem deveriam representar, e até as determinações da PREVIC. As informações detalhadas de toda a crise de governança, iniciada no dia 28/04/2016, quando os ex-conselheiros indicados pela gestão Marcos Mazoni nomearam
4 ilegalmente a Diretoria Executiva que substituiu o Interventor, foram permanentemente divulgadas aos participantes nos nossos Comunicados e nos Boletins da ASPAS. No nosso Comunicado 10 ( nicado-nc3bamero-10-aos-participantes-do-serpros-14setembro2016.pdf) estão disponíveis os links de todos os Comunicados e das atas realizadas pelo CDE neste período. A PREVIC vinha sofrendo duras críticas dos participantes dos grandes fundos de pensão (PREVI, FUNCEF, PETROS e POSTALIS), especialmente POSTALIS, e dos partidos de oposição ao Governo de Dilma Roussef, por não ter agido preventivamente para impedir os enormes prejuízos causados àqueles fundos. Com a nomeação em 2014 de Carlos de Paula para Diretor -Superintendente, a PREVIC mudou de atitude e decidiu tratar com mais dureza o que vinha ocorrendo. E ainda bem que esta mudança ocorreu com o SERPROS. Se não tivesse ocorrido a intervenção, os investimentos de alto risco de perda realizados pelas Diretorias de 2011 a 2015, que foram punidas por gestão temerária, que alcançaram mais de R$ 1 bilhão, certamente seriam bem maiores. Além disso, voltamos a esclarecer a todos os participantes que os fortes indícios de gestão fraudulenta (crime passível de prisão) encontrados pela Comissão de Inquérito da intervenção passada, cujo relatório foi integralmente aprovado pela PREVIC, já estão sendo analisados pela Polícia Federal, Ministério Público, CVM e Banco Central. 11 É habitual a mesma atitude de prevaricação enquanto gestor público, presenciando a atitude assediosa e constrangedora do Diretor Supervisor da patrocinadora por pressionar o Conselheiro para mudar seu voto sob pena de solicitar sua substituição? Vale registro que, por essa atitude, esse diretor da patrocinadora foi denunciado a Comissão de Ética Pública. Resposta: Assim que foi empossada a Diretoria do SERPRO encabeçada por Glória Guimarães, os Conselheiros indicados para o SERPROS (Marcos Benjamin, Eunides Chaves e André Fernandes), se tivessem um mínimo de postura ética, deveriam ter colocado os seus cargos à disposição da nova Diretoria. Entretanto, não foi isto o que fizeram. Passaram a ignorar as orientações do Patrocinador, ao qual deveriam representar de fato no CDE. Além disso, o ex-conselheiro indicado André Fernandes, que tinha como bandeiras de sua campanha eleitoral Ética e Transparência, na reunião 03 do CDE, realizada de 23 a 25/05/2016, votou junto com Marcos Benjamin e Eunides Chaves contra a proposta dos Conselheiros Eleitos de divulgar a íntegra das atas do CDE na área restrita dos participantes, proposta não aprovada com o voto de qualidade do Presidente. Outro fato interessante, mais uma vez diz respeito ao Conselheiro indicado André Fernandes, que, mesmo tendo assinado a ata da Reunião 02 do CDE, em ata posterior (Reunião 05 do CDE), afirma textualmente "não ter participado da citada reunião". ESTA É A ÉTICA E A TRANSPARÊNCIA QUE DEFENDEM Será que foi por que estava insatisfeita com a Diretoria Executiva do Serpros que entrou com processo contra a própria PREVIC, por emitir determinações orientando o
5 descumprimento estatutário do Serpros (aliás processo ainda aguardando julgamento)? OBS: Bem, com a intervenção o Sr. Interventor, em nome da PREVIC, deverá retirar esse processo, pois como única governança representa a gestão do fundo hoje. Resposta: Ainda em relação ao tema Ética, este fato abordado na nota do SINDPD-DF também demonstra a Ética dos ex-conselheiros indicados e da ex-diretoria Executiva, ilegalmente nomeada. Conforme divulgado no nosso Comunicado 09 ( nicado-aos-participantes-do-serpros-nc3bamero-09-06setembro2016.pdf), a ex- Diretoria Executiva impetrou, no dia 25/07/2016, em nome do SERPROS, ação judicial junto à Justiça Federal de Brasília contra a PREVIC, com objetivo de suspender a decisão que determinou a ratificação ou retificação das nomeações da Diretoria Executiva, ocorridas em 28/04/2016 e 11, 12, 13 e 16/05/2016, consideradas irregulares por aquele órgão. Como a entrada da ação judicial ocorreu sem a autorização ou mesmo o conhecimento do CDE, os Conselheiros Eleitos apresentaram proposta ao Pleno do CDE no sentido de determinar à Diretoria Executiva a retirada imediata da referida ação judicial, bem como a não realização de qualquer pagamento a escritório jurídico externo eventualmente contratado para a prestação de serviços relacionados a este processo judicial. A proposta não foi aprovada, novamente com a utilização do voto de qualidade do Presidente do CDE. Considerando que, em decorrência da decisão da Diretoria Colegiada da PREVIC não afetar negativamente qualquer dos interesses do SERPROS e dos seus participantes, ativos e assistidos, a Diretoria Executiva não tinha autonomia para a tomada de tal decisão. Ao contrário, a decisão da PREVIC somente poderia afetar os interesses pessoais dos membros da Diretoria Executiva, que poderiam ser exonerados, o que demonstra uma grave infração ao Código de Ética por parte dos membros da Diretoria Executiva em razão de conflito de interesses, pois tomaram tal decisão em causa própria, porém em nome da Entidade. Além disso, impetrar ação judicial contra uma decisão do órgão fiscalizador, que teve o objetivo de assegurar a governança corporativa da Entidade, certamente atingiu a imagem do SERPROS perante os participantes e todo o sistema de previdência complementar fechada, demonstrando também infração ao Código de Ética. Diante de tais irregularidades, os Conselheiros Eleitos, no dia 30/08/2016, solicitaram ao Conselho Fiscal do SERPROS que analisasse a situação e recomendasse à Diretoria Executiva a imediata retirada da ação judicial, bem como propusesse ao CDE a instauração de Processo Administrativo Disciplinar para verificar o não cumprimento do Código de Ética do SERPROS pelos membros da Diretoria Executiva. Com a decretação da nova intervenção, esta análise não pode ser realizada. ESTAS SÃO AS VERDADES DOS FATOS. O resto é simplesmente a vontade do grupo político-partidário que nos impôs perdas já provisionadas de 500 milhões e mais 500
6 milhões que devem ser também provisionados num futuro próximo, de continuar a tirar proveito, em detrimento do nosso futuro, para si e para os grupos político-partidários que representam.
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