Informativo Reforma Trabalhista Lei /2017

Transcrição

1 A União, vem através desse comunicado, informar as mudanças que ocorrerão com a reforma trabalhista, das quais, as empresas terão 120 dias para se adequarem as novas práticas e rotinas, ou seja, a partir do dia 11/11/2017 a Lei entrará em vigor. Tempo a Disposição do Empregador 1. Períodos não considerados tempo a disposição do empregador: Por escolha própria quando o empregado permanecer nas dependências da empresa por motivo de proteção pessoal (insegurança nas vias públicas), situação climática ou permanecer na empresa executando atividades particulares; Descanso; Lazer; Estudo; Alimentação; Relacionamento social; Higiene pessoal; Troca de roupa ou uniforme A troca de uniforme deverá ser feita após o termino do expediente, exceto quanto tratar-se de EPI. Registro de Empregados Como será com a reforma: O registro feito após o início da prestação de serviço terá multa por cada empregado de R$ 800,00 para as ME s e EPP s e de R$ 3.000,00 para as demais empresas e as anotações e atualizações na CTPS que não forem feitas no ato, terão multa de R$ 600,00. Banco de Horas Como será com a reforma: poderá ser pactuado por acordo individual e por escrito, desde que, a compensação ocorra no período máximo de seis meses, se por ventura a empresa quiser estipular um prazo maior, deverá acordar com o sindicato. Escala 12x36 Como será com a reforma: Será facultado às partes (empregador x empregado), mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo, estabelecer o horário de 12 x 36. Duração de Trabalho - Necessidade Imperiosa Como será com a reforma: Não precisará mais de autorização no Ministério do Trabalho e Emprego, no caso de a empresa precisar por força maior, fazer mais que 2h extras num dia. Obs.: Essa mudança, não significa que a empresa poderá ter excesso de horas permitido por lei, a empresa continuará a ser autuada, esta mudança trata-se de situação atípicas/ esporádicas.

2 Horário de Intervalo Como será com a reforma: através de acordo coletivo ou convenção coletiva, poderá reduzir o horário de intervalo, sendo o mínimo de 30 minutos. Ressalvando que os outros 30 minutos de redução, serão pagos como horas extras ou reduzir a jornada de trabalho, para se compor as 44h semanais permitidas por lei. Jornada de Trabalho Parcial Como será com a reforma: a empresa poderá optar no trabalho cuja jornada seja de 30h semanais, não sendo permitido fazer horas extras ou 25h semanais permitindo fazer até 6h extras semanais. Para ambas as opções as férias agora serão integrais, ou seja, direito a 30 dias. Teletrabalho home Office Como será com a reforma: Não está sujeito a jornada de trabalho (conforme artigo 62 da CLT); as regras devem ser estipuladas em acordo entre empregador x empregado, por escrito com cláusulas que informem como o trabalho será feito, o material e equipamento que serão fornecidos, pagamento de energia elétrica e água utilizada, infraestrutura necessária e adequada, alimentação, regras de segurança do trabalho (fornecimento de EPI e ergonômico); prazos de entregas de serviços e atividades que serão realizadas; e reembolso de despesas. Obs.: Pode ser alterado o contrato de trabalho de home office para presencial, desde que comunicado com 15 dias de antecedência, porém, de presencial para home office, somente com mutuo consentimento entre as partes. Férias Como será com a reforma: As férias, desde que haja concordância do empregado, poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não seja inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias cada um. O 2º do artigo 134 da CLT foi revogado, ou seja, agora poderá fracionar as férias dos menos de 18 anos e maiores de 50 anos. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou repouso semanal remunerado (domingos). Proteção a Mulher Gestante Como será com a reforma: deverá ser afastada das atividades insalubres, quando forem consideradas grau máximo enquanto durar a gestação;

3 Deverá ser afastada das atividades insalubres quando estas forem consideradas grau médio ou mínimo, desde que apresente atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação. Durante a lactação (amamentação) o afastamento ocorrerá em qualquer grau desde que possua atestado de afastamento das atividades. Quando não for possível que a gestante ou a lactante exerça suas atividades em local salubre, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário maternidade durante todo o período de afastamento. O horário de descanso para amamentação (meia hora em 2 período, ou seja 1h), deverá ser definido em acordo individual entre a mulher e o empregador. Remuneração do Empregado Como será com a reforma: ajuda de custo, auxilio alimentação (vedado fornecimento em dinheiro), diárias de viajem (independentemente do valor), prêmio e abonos não integram a remuneração do empregado, ainda que pagas de formas habituais. Obs.: no caso de prêmio tem que ter um objetivo e não ser pago pelo trabalho (exemplo: empregado tem salário de R$ 1.000,00 e receberá um prêmio mensal de R$ 200,00, isso é considerado pelo trabalho, portanto não sendo permitido). Equiparação Salarial Como será com a reforma: Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a 2 anos. 2º - A equiparação salarial não prevalecerá quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salário, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. Extinção do Contrato Homologação Como será com a reforma: não será mais obrigatório realizar homologação. O saque do FGTS se dará por meio da entrega do CAGED.

4 Demissões 1. PDV Plano de Demissão Voluntária (Nova modalidade de rescisão) Como será com a reforma: plano de demissão voluntária ou incentivada para dispensa individual, plúrima (julgado em dissidio) ou coletiva, prevista em CCT ou acordo coletivo, da qual, ensejará quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia. 2. Justa Causa incluída nova alínea Como será com a reforma: incluída a alínea m, da qual, menciona que caberá justo motivo se o trabalhador perder a habilitação ou requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Exemplo: motorista que perde a CNH; contador que perde o CRC...) 3. Culpa Recíproca (já existe, mas foi incluído a questão de demissão consensual) Como será com a reforma: Será feito um acordo entre as partes (empregado x empregador), da qual, deverá seguir as regras: I. Pela metade - Aviso prévio; - Multa dos 40% do FGTS, ou seja, apenas 20% (a empresa ainda continuará a pagar os 10% retidos pela Caixa Econômica Federal) II. Integralidade - As demais verbas serão pagas normalmente: saldo de salário, 13º salário, férias vencidas, férias proporcionais, 1/3 sobre as férias e demais adicionais. III. Demais regras - Empregado só poderá sacar 80% do FGTS depositado (nele incluindo o valor da multa) - Empregado não terá direito ao recebimento do seguro desemprego. Arbitragem (Inclusão) Como será com a reforma: empregado que recebe 2x o valor do teto previdenciário, poderá propor revisão das cláusulas contratuais/ rescisão, através de intervenção de uma ou mais pessoas que recebem poderes de uma convenção privada com a mesma eficácia de uma sentença judicial. Representação dos Empregados (Inclusão) Como será com a reforma: nas empresas com mais de 200 empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representa-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores: 200 até 3000 empregados = 3 empregados para representação De 3001 até 5000 empregados = 5 empregados para representação Acima de 5000 empregados = 7 empregados para representação. Obs.: os empregados elegidos terá estabilidade

5 Contribuição Sindical: Como é hoje: obrigatório o desconto de um dia de salário no mês de março (ou de admissão). Como será com a reforma: os empregadores só poderão descontar um dia de salário do empregado à título de contribuição sindical apenas se houver autorização expressa do empregado. Obs.: as contribuições patronais, também passam a ser opcionais pelas empresas (artigo 587 da CLT, redação dala pela Lei /2017) Danos Extrapatrimonial Processo Trabalhista: Litigância de má fé quando o processo for exorbitante. A reforma trabalhista tenta combater a chamada litigância de má-fé, quando um funcionário pede na Justiça direitos além daqueles que efetivamente deixaram de ser pagos para pressionar o empregador a fazer um acordo. De acordo com o texto, o trabalhador ou empregador que agir de má-fé nos processos trabalhistas -alterando a realidade dos fatos, protelando o processo com recursos ou induzindo o juiz ao erro, por exemplo- será punido com multa de até 10% do valor da causa, podendo ser condenado até a indenizar a parte contrária. Terceirização Como será com a reforma: Poderá terceirizar inclusive a atividade principal; O empregado ou autônomo que prestou serviço na empresa, só poderá ser recontratado como terceirizado, após 18 mesmos que deixou de prestar serviço, ou seja, quando encerrou-se o contrato de trabalho (rescisão); A terceirização, poderá ocorrer através de empresas de prestação de serviço terceirizados ou contratação de MEI (Microempreendedor individual); Caberá a contratante, verificar se a contratada está cumprindo com as obrigações trabalhistas dos empregados terceirizados.