Espectáculo M/12 34ª criação

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2 Espectáculo M/12 34ª criação Índice Ficha Artística e Técnica 02 Sinopse 03 EmCena a Ciência 04 O Processo 05 Mulheres Cientistas 07 Palavras do Encenador 08 Biografia de 10 Enquadramento Histórico e Cronologias 12 Cientistas Portugueses colaboradores de 22 e a Imprensa 25 Notas Biográficas 28 O papel de substituição 34 As Criações 38 01

3 Ficha artística e Técnica 02 Texto Mira Michalowska Tradução Katarzyna Pereira Versão Portuguesa Isabel Leitão Encenação e Dramaturgia Sylvio Zilber Interpretação Isabel Leitão Cenografia e Assistência de Encenação Fernando Jorge Lopes Desenho de Luz Paulo Correia Adereços e Assistência de Cenografia Pedro Godinho Figurinos Arminda Pereira Selecção Musical e Sonoplastia António Vitorino Rocha Grafismo Ringue Fotografia Sandra Ramos Web Master Filipe Oliveira Produção Executiva Sofia Oliveira Assistência de Produção Paula Almeida Divulgação e Assessoria de Imprensa Nádia Santos Monteiro Promoção Vítor Pinto Ângelo

4 sinopse O texto da jornalista e autora polaca Mira Michalowska, discorre sobre a vida de Maria Curie através de Mary Mattingley Meloney. Missy Meloney, uma jornalista americana, fascinada por, a cientista que descobriu o rádio e a radioactividade e que recebeu por duas vezes o prémio Nobel, deseja conhecê-la e fazer-lhe uma entrevista. O objectivo é a publicação de um artigo sobre a cientista na revista The Delyneator. E apesar de ter aversão aos jornalistas, aceitou ser entrevistada por Missy Meloney várias vezes. À medida que o tempo vai evoluindo a cientista vai exercendo um fascínio cada vez maior na jornalista ao ponto de esta descobrir que encontrou o objectivo para a sua vida. Nasce então uma grande amizade entre estas duas mulheres. Esta amizade forjada em nome da ciência mudará a vida das duas e também a de mil ou talvez cem mil pessoas. 03

5 EmCena a Ciência EmCena a Ciência é um projecto desenvolvido pelo Teatro Extremo, baseado no conceito de proximidade entre arte e ciência, seja pela complementaridade, seja pela influência recíproca. A proximidade entre arte e ciência pode ser traçadada de muitas formas diferentes no decorrer da história. Leonardo da Vinci afirmava que ciência e arte se complementam constituindo a actividade intelectual. A literatura de ficção científica, por sua vez, pode ser compreendida como uma antecipação, nas e pelas artes, de futuros feitos da ciência. Ambas têm a capacidade de questionar o mundo e os indivíduos, utilizando como ponto de partida a criatividade e a inovação, elementos reveladores da capacidade de abstracção intrínseca ao ser humano, o porquê da nossa existência, de onde vimos, para onde vamos, e também a de inventar outros possíveis e utópicos mundos, abrindo novos caminhos ao conhecimento. Através do projecto EmCena a Ciência, pretendemos desmontar os códigos do teatro e da ciência, ao ponto de perderam o seu carácter hermético, rígido e sem ligação com a vida do cidadão comum e equacionar a arte e a ciência através das suas dimensões sociais e individuais. Como o teatro é um espaço de fraternidade Ciência e arte completam-se, constituindo a actividade intelectual Leonardo davinci 04 e de mescla de culturas, lugar de valores humanistas por excelência, está numa posição privilegiada para equacionar a ciência, responsabilizando a humanidade, como género e como indivíduo, para as consequências dos seus avanços, e contrastando e relacionando uma sociedade iluminista e humanista, com uma sociedade tecnológica sem alma e sem rosto. Através do Teatro, com a sua imensa capacidade de envolver, emocionar e provocar, procura-se traduzir pelo sentir e pelo pensar os conflitos éticos da ciência, despertando o público para as responsabilidades e consequências dos avanços da ciência na vida das pessoas. A evolução tecnológica é de todos nós. Os seus resultados fazem parte do nosso dia-a-dia. Compreender os seus princípios é fundamental para uma perfeita harmonia entre o indivíduo e imensidão do Universo. Por último e não menos importante, com este projecto, como diria Brecht, queremos fazer um teatro para um tempo científico, para um mundo em transformação.

6 Breve sumário de uma relação frutuosa Há cerca de 6 anos o Teatro Extremo deslocou dois criadores seus ao Brasil, para levar à cena, em co-produção com a companhia Harém de Teatro, de Teresina, Capital do Estado nordestino do Piauí, a peça de Plínio Marcos Dois Perdidos Numa Noite Suja. Durante essa estadia os nossos elementos assistiram, entre outras peças, a uma montagem do texto Einstein do autor canadiano Gabriel Emanuel representada por Carlos Palma e encenada por Sylvio Zilber. Nessa altura, tínhamos já representado textos de Umberto Eco que apontavam, ainda de forma difusa é certo, para o projecto EmCena a Ciência que agora temos vindo a materializar e sobre o qual nos debruçamos mais amiúde noutro texto deste caderno. Pensámos, pois, que este Einstein era uma obra que fazia todo o sentido integrar no nosso repertório. Desvalorizando e ultrapassando a retórica às nossas expensas, pois nunca tivemos nenhum apoio especialmente dirigido a uma demanda luso-brasileira, quer da parte do Governo, Instituto Camões ou Cena Lusófona, a nossa companhia tem, ao longo dos anos, vindo a apostar numa forte cooperação com o Brasil, não só com a vinda de companhias brasileiras ao festival que organizamos: Sementes Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, mas igualmente com a integração de criadores brasileiros nas nossas equipas artísticas, como foi o caso da co-produção acima referida e da montagem de Os Saltimbancos, de Chico Buarque dirigido pelo encenador e director artístico do Harém de Teatro, Arimatan Martins. Então, porque não convidar também neste caso o encenador que tinha dirigido Einstein com tanto talento ali no Brasil. Uma vez mais, convidaríamos um encenador brasileiro para trabalhar connosco. A obra foi posta em cena com o Sylvio, revelando-se, para nossa felicidade, uma peça que ainda hoje é representada e aplaudida. Depois de uma peça sobre um grande homem e um grande cientista, sentimos, porque a ciência e a humanidade não se têm escrito apenas no masculino, que faltava a outra face da moeda. A mulher cientista e o seu paradigma Madame Curie : a única pessoa que ganhou duas vezes um prémio Nobel. Mais tarde, e no meio dos vários textos que fomos lendo que tinham como 05

7 06 referência, encontrámos uma peça de Mira Michalowska, que pela sua qualidade e pela própria carpintaria do texto faria com Einstein, um díptico de excelência. Como estas duas obras tinham, no nosso entender, de obedecer a uma linguagem comum e a uma visão estética muito semelhante convidámos de novo o Sylvio para dirigir a encenação. E assim, em breves palavras, se escreveu e inscreveu mais uma ponte lusófona.

8 As mulheres na Ciência As descobridoras Desde o início dos tempos, homens e mulheres têm-se apaixonado por compreender o mundo que os rodeia. No entanto, a participação das mulheres no desenvolvimento científico tem sido dificultada por inúmeros preconceitos. As cientistas que ultrapassaram as limitações que lhes foram impostas, conseguindo deixar importantes legados para a posteridade, são pessoas verdadeiramente extraordinárias. Consideremos Hypatia de Alexandria (n. 370 A.C.) que nos deixou, entre outras invenções, o astroláio plano, ou Dorothy Hodgkin (n. 1910), a cristalógrafa que determinou as estruturas da penicilina e da insulina, abrindo caminho para o conhecimento de outras moléculas, Maria Curie (n. 1887), cujos estudos sobre a radioactividade lhe valeram dois prémios Nobel e a honra de ser a primeira mulher a ensinar na Sorbonne. Estas e outras mulheres, hoje reconhecidas como expoentes máximos nas suas áreas, não deixaram de experimentar a sombra da discriminação. As gigantescas contribuições científicas feitas por não foram suficientes para que fosse eleita para a Academia Francesa de Ciências, que admitiu a primeira mulher apenas em Nas últimas décadas, muitos obstáculos foram suprimidos, mas a discriminação no meio académico, com base no género, ainda não está totalmente ultrapassada. Hoje em dia, e em diferentes partes do mundo, as mulheres continuam a não ter as mesmas oportunidades para desenvolverem uma carreira científica. Em Portugal, as mulheres são já uma forte presença na ciência. Contudo, a discriminação continua a manifestar-se, sobretudo nos níveis hierárquicos mais elevados, ainda maioritariamente masculinos, onde o acesso das mulheres continua a ser limitado por razões que não têm a ver com o mérito científico. Quem tem poder de decisão tende a recrutar e promover com base na sua prória imagem, perpetuando a desigualdade. O mundo continua repleto de mulheres cheias de potencial, talento e entusiasmo, às quais deverão ser asseguradas condições para que possam vir a concretizar esse potencial e a pô-lo ao serviço da humanidade. Joana Barros, Pós-doutoranda em Comunicação de Ciência, Associação Viver a Ciência. Actualmente envolvida na produção de um livro sobre mulheres cientista de países lusófonos 07

9 palavras do encenador 08 Um espectáculo de Teatro, mesmo um monólogo, é sempre uma arte de muitos: autor, director, cenógrafo, figurinista, iluminador, sonoplasta, mas, essencialmente, é a arte do actor. No caso, da actriz. Os outros são passíveis de serem descartados. Sem ao menos um actor/actriz e um espectador(a) não se dá o facto teatral. Neste espectáculo é ela, Isabel Leitão, quem vai defender perante o público o acto colectivo criado. Como director/participante deste colectivo, coube-me coordenar este processo. Meu primeiro passo foi desenvolver um trabalho de dramaturgia sobre o texto moldando-o às características e aos objetivos de nossa encenação. O universo da peça tem duas protagonistas, Mme. Curie e Missy. E somente uma actriz para defende-las. A etapa dos ensaios foi um processo esquizóide-sadio intenso. Digo esquizóide porquê um(a) actor (actriz) é sempre um duplo dividido e simultâneo de actuante e personagem. E digo sadio porque lhe cabe controlar as passagens de um para outro. Neste caso, acresça-se que temos uma actuante e duas personagens. Contam que, maravilhado diante da escultura do David, de Michelangelo, um contemporâneo lhe perguntou: Como o senhor conseguiu tanta perfeição? Michelangelo, simplesmente, respondeu: Eu olhei para aquele enorme bloco de mármore e imaginei, vi o meu David. Depois, somente tive o trabalho braçal de retirar do bloco o que não era David. Na fase de ensaios, procurei esculpir as duas personagens em Isabel, buscando que ela descobrisse, dentro de si, com o mínimo de apoio externo, as duas personas destas mulheres, semelhantes e diferentes, complexas e singulares. Trabalho de dupla escultura, exigindo uma doação plena e uma flexibilidade extrema da actuante, que procurei apoiar e ajudar a des-cobrir em si mesma ( Quem somos eu? ). A concepção de cenário de Fernando Jorge, bem como figurino, iluminação e som, vieram somar-se à nossa proposta cénica, enriquecendo-a e completando-a. Eis nosso espectáculo. Esperamos que você enxergue nestas mulheres, como nós neste processo descobrimos, um universo pleno de efervescência científica e humana mas, também,

10 de mesquinharia e de solidariedade. A manipulação dos meios de comunicação não é um fenômeno recente; nem o é o jogo de intrigas e preconceitos a serviço de causas alheias aos interesses colectivos. Que possamos refletir sobre a postura desta Mulher, frágil na aparência mas um rochedo inabalável nas suas convicções. Desejamos-lhe um bom espectáculo. Sylvio Zilber 09

11 biografia de maria curie 10 Cientista francesa de origem polaca, Maria Sklodowska-Curie, nasce em Varsóvia a 7 de Novembro de Foi laureada com o Prémio Nobel da Física, em 1903, pelas suas descobertas no campo da radioactividade e com o Prémio Nobel da Química, em 1911, pelas descobertas dos elementos químicos, rádio e polónio. Faleceu em Sallanches, no dia 4 de Julho de Nascida em Varsóvia, à época parte do Império Russo, com o auxílio financeiro da irmã mais velha, Bronia, instalou-se em Paris, onde se matriculou na Faculdade de Ciências da Sorbonne, no curso de Ciências, Matemáticas e Físicas. Em 1895 casou com Pierre Curie, professor de Física na Sorbonne. Em 1896, juntamente com o marido, começou a estudar os materiais radioactivos, procurando novos elementos radioactivos, que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de ser mais radioactiva que o urânio que dela era extraído). Em Dezembro de 1898, anunciavam à Academia de Ciências de Paris a existência de uma nova substância radioactiva. Após vários anos de trabalho constante, através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos. Chamaram ao primeiro, polónio, em homenagem à terra natal de Maria e ao segundo, rádio devido à sua intensa radioactividade. Em 1903,, Pierre Curie e Henri Becquerel recebem o Prémio Nobel da Física, em reconhecimento pelos extraordinários serviços obtidos nas suas investigações conjuntas sobre os fenómenos da radiação. Em 1906, depois da morte de Pierre, sucede-lhe na cátedra da cadeira de Física Geral, na Sorbonne. Foi a primeira mulher a leccionar neste prestigiado estabelecimento de ensino. Oito anos depois, em 1911, recebe o Prémio Nobel da Química em reconhecimento pelos serviços prestados para o avanço da ciência, pela descoberta dos elementos rádio e polónio, pelo isolamento do rádio e pelo estudo da natureza dos compostos deste elemento.

12 Em 1914, durante a Primeira Guerra Mundial, propôs o uso da rádiografia móvel para o tratamento dos soldados feridos. Foi fundadora do Instituto do Rádio, em Paris, onde se formaram cientistas de reconhecido mérito. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina. Em 1934, morreu perto de Salanches, França, vítima de leucemia, devida seguramente à exposição maciça a radiações ocorrida durante todos os seus anos de trabalho. Em 1935, um ano após o falecimento de Maria, a sua filha mais velha, Irene Joliot Curie recebe, juntamente com o marido, o Prémio Nobel de Química, pela descoberta da radioactividade artificial. 11

13 PRÉ-HISTÓRIA E HISTÓRIA DA FÍSICA NUCLEAR A Física Nuclear começou no fim do século passado por um duplo acaso feliz. O primeiro acto de "seripendidade" (do nome do príncipe Seripe da ilha de Ceilão, um indivíduo a quem a sorte repetidamente vinha ter sem ele fazer nada por isso!) consistiu na descoberta dos raios X, pelo alemão Wilhelm Roentgen, na cidade bávara de Wuerzburg. Quando um dia trabalhava com um tubo de raios catóicos, Roentgen verificou que um écran um pouco distante ficava fluorescente: era o choque do feixe de electrões no tubo com as paredes deste que dava origem a uma radiação invisível tornada visível no écran. O acontecimento deu-se no ano de 1895, tendo devido a ele Roentgen ganho justamente o primeiro Prémio Nobel da Física, no ano de O segundo acto aleatório ocorreu no ano seguinte, em 1896, com uma questão que se debateu à volta dos raios X. Na Academia Francesa de Ciências, o grande matemático Henri Poincaré (velhos tempos, quando os matemáticos metiam a colher na sopa da Física!) sugeriu que se analisasse a relação dos fenómenos de fluorescência com a radiação X. Se o tubo de raios X ficava fluorescente, talvez outros materiais com a mesma propriedade fossem capazes de emitir a mesma radiação misteriosa. Um físico e académico francês - Henri Becquerel, cujo pai tinha sido também académico- tentou avaliar da correcção da conjectura de Poincaré. Um sal de urânio era conhecido por ficar fluorescente sob 12 a acção da luz solar. Tratava-se agora de saber se era também emissor de raios X. Quis o acaso que ele tivesse deixado o sal de urânio dentro de uma gaveta juntamente com uma chapa fotográfica. Aconteceu então que a amostra, mesmo não exposta aos raios solares, impressionou a chapa fotográfica. Em questões de acaso, não basta ser alvo dele, sendo necessário recebê-lo dignamente: Becquerel deduziu logo que havia uma nova radiação, proveniente do urânio, ainda mais misteriosa que os raios X, e, com tal conclusão, mereceu o Prémio Nobel de Os raios X vinham, sabe-se hoje, dos electrões do átomo. Os raios de Becquerel, por sua vez, provinham do interior do núcleo atómico, objecto de que nessa altura não se suspeitava a existência. Começou então a Física Nuclear, ainda que apenas na sua fase pré-histórica. A história iniciou-se apenas 15 anos mais tarde, quando se identificou sem margem para dúvidas o pequeno núcleo no centro do átomo. A pré-história da Física Nuclear ficou marcada, além de Becquerel, por duas outras personagens, que com ele por várias vezes privaram: o casal Pierre

14 e. Pierre Curie fez nome na Física antes da sua esposa, que é hoje talvez mais conhecida do grande público. Tinha trabalhado em piezoelectricidade e em magnetismo, antes de se virar para a radioactividade. A sua consorte, uma jovem estudante de origens modestas que tinha vindo da Polónia cursar Física em Paris, interessou-se pela radioactividade de Becquerel, tendo sido assistente deste. O casal Curie conseguiu identificar os vários elementos químicos que eram responsáveis pela radiação misteriosa. A origem da radioactividade natural residia nos elementos químicos urânio, tório, polónio e rádio. Se o urânio e o tório já eram conhecidos antes, o polónio e o rádio foram reconhecidos e baptizados pelos Curie (a síntese do rádio foi completada em 1898). O nome do polónio surgiu como homenagem ao país natal de Maria Sklodoswka Curie e o nome de rádio veio do termo latino para raio (este elemento forneceu a raiz do neologismo "radioactividade"). Hoje sabe-se que estes núcleos são a origem das chamadas séries radioactivas de elementos pesados, que têm todas fim no chumbo, praticamente o maior dos elementos estáveis. Foi um trabalho difícil, demorado e exigente aquele que os Curie efectuaram num barracão, em condições precárias: para isolar 1 mísero miligrama de rádio tiveram de tratar toneladas de minério, proveniente de minas austríacas. Essa proeza ainda hoje serve de exemplo de perseverança e devoção à causa científica sem atender a quaisquer compensações de ordem material. Em 1903, o casal Curie recebeu, em conjunto com Becquerel, o Prémio Nobel da Física e, em 1911, Madame Curie recebia o seu segundo Prémio Nobel, desta vez da Química (muito poucas pessoas haveriam de repetir essa façanha). Madame Curie sucedeu na cátedra da Sorbonne a seu marido, falecido em 1906 num estúpido acidente de caleche numa rua parisiense. O "Tratado de Radioactividade" de Madame Curie, editado em 1910 pela Gauthiers - Villars e que sumariava o conhecimento da época sobre o assunto, tinha significativamente uma fotografia de Pierre no frontispício. A senhora Curie teve uma ligação particular com Portugal. Com efeito, Mário Silva, professor de Física da Universidade de Coimbra, efectuou o doutoramento no Instituto do Rádio em Paris, tendo aí estagiado de 1925 a Foram ainda alunos de Maria Curie Manuel Valadares e Branca Marques, esta uma das primeiras mulheres cientistas em Portugal. 13

15 14 Em finais de 1910 realizava-se num laboratório de Manchester a descoberta do núcleo. Esse resultado, embora obtido na práctica pelas interpostas pessoas de Geiger e Marsden (o primeiro assistente e o segundo estudante), foi obra do Professor Ernest Rutherford. Quando descobriu o núcleo, Rutherford já tinha nome feito na física dos fenómenos radioactivos, tendo recebido o Prémio Nobel da Química em Em particular, contribuiu decisivamente para o esclarecimento da natureza da radioactividade. Um campo eléctrico permitia dividir a radiação em raios alfa, carregados positivamente (e que, segundo concluiu Rutherford em 1909, mais não eram do que núcleos de hélio), raios beta (que mais não eram do que electrões como aqueles no tubo de raios catódicos de Roentgen) e raios gama, uma forma de radiação muito parecida com a de Roentgen mas muito mais penetrante. A descoberta de Rutherford foi apresentada à Manchester Literary and Philosophical Society, em 7 de Março de Em 1911, uma fotografia dos participantes do 1º Congresso Solvay, em Bruxelas, mostra Rutherford perto de Madame Curie (que está em diálogo com Henri Poincaré). Perto deles aparece Albert Einstein, por cuja teoria da relatividade nem Madame Curie nem Rutherford se interessaram (Rutherford manifestou até um certo desdém por tal teoria). O facto de serem os únicos físicos nucleares no retrato de grupo testemunhava que esse ramo da Física estava ainda a emergir. Na fotografia ainda não aparece uma personagem que haveria de marcar a Física do século XX, incluindo a nuclear, e que teria um papel muito activo em vários Congressos Solvay posteriores: Niels Bohr, que em 1913 consolidou a descoberta de Rutherford propondo o modelo planetário do átomo, segundo o qual os electrões giravam em torno do núcleo. A primeira reacção nuclear (isto é, uma experiência de colisão em que os parceiros perdem, durante o processo, a sua identidade inicial) foi observada em 1919 por Rutherford. A experiência consistiu em enviar partículas alfa para cima de azoto, verificando-se que saía oxigénio e hidrogénio. Rutherford procedeu à identificação do hidrogénio dentro dos núcleos (mais tarde, Rutherford chamou protão ao núcleo do hidrogénio). Além dos protões, que mais partículas há no núcleo do azoto e dos outros elementos? Como os electrões escapam dos núcleos nos processos radioactivos beta pensou-se durante algum tempo que existiam, de facto, electrões nos núcleos, tal como existem cá fora.

16 Os electrões, contudo, aparecem à porta do núcleo sem estarem antes no núcleo. Eram o resultado do declínio de uma partícula, de cuja existência suspeitaram várias pessoas (entre elas o próprio Rutherford), mas que só foi identificada experimentalmente em 1932 por um discípulo de Rutherford, James Chadwick, que ganhou justamente o Prémio Nobel da Física de Na experiência de Chadwick, um núcleo de berílio, bombardeado com partículas alfa, originava carbono e libertava um neutrão. Este neutrão era depois absorvido por azoto, saindo finalmente novas partículas alfa e ficando um núcleo de boro foi o "annus mirabilis" da Física Nuclear: nesse ano foi construído o primeiro acelerador circular (por Ernest Lawrence, em Berkeley, Califórnia), foi realizada a primeira reacção nuclear num acelerador (por John Cockcroft e Ernest Walton, em Cambridge) e descobriu-se o neutrão. Se as duas primeiras proezas foram percursoras de importantes técnicas experimentais para a exploração dos núcleos, a última veio completar o elenco dos principais componentes do núcleo: o núcleo atómico é uma colecção de protões e neutrões (genericamente nucleões), sendo a soma deles igual ao número de massa e o número de protões, ou número atómico, igual ao número de electrões no átomo. Em 1933 reunia mais um Congresso Solvay em Bruxelas. Desta vez a percentagem de físicos nucleares era bastante maior. Apareciam, da velha geração, Ernest Rutherford e, e da nova, Niels Bohr, James Chadwick, Ernest Lawrence, John Cockcroft, Enrico Fermi, George Gamow, Rudolf Peierls, Irène e Fréderic Joliot Curie, Lise Meitner, Werner Heisenberg, etc. A Física Nuclear entrava na sua idade adulta. A mecânica quântica, estabelecida em finais dos anos 20, é a teoria que explica os fenómenos que ocorrem no átomo o no núcleo. A radioactividade alfa só pode ter lugar devido a um efeito quântico chamado efeito túnel, tal como o físico de origem russa George Gamow concluiu em Os processos radioactivos beta, por sua vez, foram teorizados pelo italiano Enrico Fermi em 1934, usando ainda a mecânica quântica. A teoria apareceu nestes casos bem depois da experiência. Em 1934 é descoberta a radioactividade artificial por Fréderic e Irène Joliot Curie, esta última filha do casal Curie. Núcleos leves em configurações anormais, por exemplo com grande excesso de neutrões, podiam ser a origem de processos radioactivos, tal como os núcleos pesados. Os novos Curie bombardearam alumínio com partículas 15

17 16 alfa, obtendo uma modalidade radioactiva de fósforo e provocando emissão de neutrões. Fréderic e Irène Curie receberam por esta descoberta o Prémio Nobel da Química em De 1935 a 1945, Enrico Fermi foi o principal intérprete dos desenvolvimentos da Física Nuclear. Uma vez descoberto o neutrão, Fermi começou por efectuar numerosas experiências de bombardeamento de outros núcleos por neutrões, desencadeando assim várias reacções nucleares. Ganhou o Prémio Nobel da Física de Usando ainda a colisão de neutrões, os alemães Otto Hahn e Fritz Strassman descobriram em 1938 a cisão do urânio, num laboratório em Berlim. O urânio 235, quando bombardeado com neutrões, dava origem a núcleos de crípton e bário, muito mais leves que o urânio, e libertava neutrões. A cisão nuclear foi logo explicada por uma física sueca de origem austríaca, Lise Meitner, e por um seu sobrinho, Otto Frisch. Um tal processo pode ser induzido por neutrões ou mesmo aparecer espontaneamente, sendo neste caso, tal como acontece no declínio alfa, resultado de um efeito túnel. A cisão, descoberta no limiar da Segunda Guerra Mundial, viria a provocar o seu termo, como é bem sabido. Em 1942, Enrico Fermi punha a funcionar debaixo da bancada de um estádio de Chicago a primeira reacção em cadeia no urânio. O urânio bombardeado com neutrões lentos fazia libertar novos neutrões que, por sua vez, cindiam outros núcleos de urânio. Em 15 de Julho de 1945 num sítio chamado "Trinity Zero", no deserto do Novo México e no maior segredo, era realizada a primeira explosão de uma bomba atómica no planeta. O chefe da notável equipa do Projecto Manhattan, que concebeu e experimentou a bomba foi Robert Oppenheimer, um jovem e brilhante físico norte-americano que haveria nos anos 50 de conhecer a suspeita e a perseguição. A história do fabrico da bomba é por demais conhecida: a fuga rocambolesca de Niels Bohr da Europa com uma garrafa de água pesada que afinal continha cerveja, as travessuras de Richard Feynman nos cofres de Los Alamos, a exclamação de Oppenheimer de que "nós os físicos conhecemos o pecado", o facto insólito de um dos descobridores da cisão ter tomado conhecimento da explosão sobre Hiroshima num campo de prisioneiros em Inglaterra (tinha recebido o Prémio Nobel da Química em 1944). Curiosamente, já tinha havido uma premonição de Pierre Curie, no seu discurso Nobel em 1911, sobre os perigos do material

18 nuclear: "pode-se imaginar que em mãos criminosas o rádio se torne uma arma terrível". Vale a pena distinguir duas linhas essenciais de evolução da Física Nuclear: uma tem a ver com a descoberta da estrutura e da dinâmica nuclear e a outra com a descoberta da constituição das partículas do núcleo e da natureza das forças nucleares. À proposta do japonês Hideki Yukawa, em 1935, de que existiam no núcleo mesões, partículas com massa intermediária entre a do electrão e a dos nucleões e que serviriam de meio de troca para manter a coesão nuclear, seguiu-se a identificação em 1947 dessa partícula no laboratório (a teoria, desta vez, aparecia à frente da experiência...), a descoberta de várias mesões "estranhos" assim como de parentes "estranhos" dos nucleões e, finalmente, a introdução dos constituintes fundamentais tanto dos mesões como dos nucleões - os famosos "quarks" -, propostos pelo norte-americano Murray Gell-Mann em UMA BREVE HISTÓRIA DO FUTURO Hoje em dia, o estudo do comportamento do núcleo e a análise das forças nucleares prosseguem, já que são ainda inúmeros os problemas em aberto. Se quisermos então fazer uma "breve história do futuro", referiremos sucintamente a síntese de novos núcleos, a tentativa de isolamento dos quarks e o empreendimento para imitar na Terra a produção energética das longínquas estrelas: 1) A tabela periódica, que a identificação do núcleo e a introdução do modelo planetário ajudaram a compreender, mostrava algumas lacunas imediatamente antes da Segunda Guerra Mundial. Não eram nessa altura conhecidos os elementos com números atómicos 43, 85 e 87, assim como não eram conhecidos quaisquer elementos com número atómico superior ao do urânio (92). No ano de 1940 o norte-americano Glenn Seaborg descobriu o neptúnio e o plutónio, os primeiros transuranianos (note-se que os planetas Neptuno e Plutão estão para além de Urano). No fim da guerra já se conheciam outros transuranianos, tendo-se também identificado o elemento 87. Os outros "buracos" foram entretanto colmatados. Nos anos 50 e 60 assistiu-se a uma autêntica competição entre equipas norte-americana e soviética, para produzir novos elementos transuranianos (A. Ghiorso e G. Flerov dirigiam 17

19 18 respectivamente os grupos norte-americano e soviético em disputa). A prioridade da descoberta dos elementos 101, 102, 103, 104 e 105 foi reclamada ora por um, ora por outro, ora pelos dois ao mesmo tempo. Em 1981 os europeus, com experiências realizadas no Laboratório de Iões Pesados de Darmstadt, na Alemanha, entraram na corrida. O elemento mais pesado conhecido (109) foi nessa data sintetizado. No entanto, os físicos não se contentaram com chegar aí. Continuam a "conquistar" novos núcleos nas margens da estabilidade (com protões ou neutrões a mais), tendo-se até detectado novas formas de radioactividade (por exemplo, emissão de protões). Por outro lado, existem desde os anos 60 especulações sobre a existência de elementos superpesados, com números atómicos 114 e 164 e números de neutrões 190 e 318. O futuro da tabela periódica reserva-nos talvez surpresas, sendo talvez necessária uma nova Madame Curie que estenda a física a novas regiões. 2) Os nucleões são feitos de quarks. A chamada cromodinâmica quântica é a doutrina que explica a coesão dos quarks. Mas será que eles podem ser libertados do interior dos nucleões? A realidade dos quarks foi reconhecida em experiências um pouco semelhantes à de Rutherford: electrões rápidos que batem em protões foram desviados por "grãos duros" no seu interior, aos quais de início se chamou "partões" (os partões foram estudados por Richard Feynman). Hoje, procuram-se libertar os quarks por meio de experiências de artilharia mais pesada, nomeadamente por colisões a alta energia entre núcleos pesados, que se realizam no CERN, Centro Europeu de Pesquisa Nuclear. Há quem julgue que já se conseguiu formar durante um intervalo de tempo diminuto um plasma de quarks na zona de choque entre dois núcleos, mas não existe a certeza absoluta. Novas experiências são necessárias. A dificuldade extrema do empreendimento exige o esforço prolongado de equipas numerosas e com competências diversificadas. 3) Por volta da data em que a cisão nuclear era descoberta, Hans Bethe teorizava que a energia das estrelas era obtida por meio da fusão de núcleos leves. Hoje sabe-se que uma estrela como o nosso Sol, que tem cinco mil milhões de anos (formou-se cerca de quinze mil milhões depois do "Big Bang"), não é mais do que uma "fogueira" onde se queima hidrogénio, para produzir hélio, libertando-se nesse processo uma grande quantidade de energia. Quatro núcleos de hidrogénio (protões) dão origem, por uma série de reacções

20 nucleares, a um núcleo de hélio, dois positrões (antipartículas do electrão) e dois neutrinos. A partir de três núcleos de hélio 4 é possível, embora em geral pouco provável, criar um núcleo de carbono 12. O Sol, quando se esgotar o hidrogénio, queimará um dia hélio para originar carbono. A partir do carbono ainda é possível, em estrelas maiores que o Sol, fabricar por fusão elementos mais pesados, até ao ferro. Os elementos mais pesados que o ferro obtêm-se por captura de neutrões. O urânio natural, de cujo estudo partiu a ciência nuclear, teve de ser feito no interior de alguma superestrela anterior ao Sol. Assiste-se hoje a uma ligação profunda da Física Nuclear com a Astrofísica, ajudando a primeira a esclarecer alguns dos mistérios do nosso passado cósmico. Actualmente, e embora as dificuldades técnicas sejam inúmeras, procura-se imitar no laboratório os processos de fusão que ocorrem nas estrelas, de modo a aproveitar em benefício humano a energia libertada. O Laboratório Europeu de Fusão (JET), sedeado na Inglaterra e líder mundial nesse tipo de investigação, anuncia para meados do próximo século reactores economicamente rentáveis. Rutherford, o genial físico das primeiras reacções nucleares, não acreditava que a energia nuclear pudesse algum dia ser usada. Hoje já é empregue em larga escala (em França a energia nuclear cobre cerca de 80% dos consumos energéticos), sendo previsível que, com a domesticação da fusão quente, ainda o venha a ser mais no futuro. Os génios, afinal, também se enganam, incluindo sobre o futuro do assunto em que se tornaram geniais. Carlos Fiolhais Departamento de Física da Universidade de Coimbra 19

21 Cronologia da Física Nuclear PRÉ- HISTÓRIA Descoberta da radioactividade (Becquerel) Isolamento do rádio (M. Curie e P. Curie) Natureza das partículas alfa (Rutherford) O INÍCIO DA HISTÓRIA Descoberta do núcleo (Rutherford) Modelo atómico planetário (N. Bohr) Primeira reacção nuclear (Rutherford) Teoria da radioactividade alpha (Gamow) O "annus mirabilis" da Física Nuclear: Primeiro acelerador circular (Lawrence) Primeira reacção num acelerador (Cockcroft e Walton) Descoberta do neutrão (Chadwick) Descoberta da água pesada (Urey) OS ANOS DA GUERRA Teoria da radioactividade beta ( Fermi) Radioactividade artificial (I. e F. Joliot Curie) Hipótese dos mesões (Yukawa) Modelo de gota líquida (N. Bohr e Kalkar) Descoberta da cisão nuclear (Hahn e Strassman) Fusão nuclear nas estrelas (Bethe) Primeiro elemento transuraniano (Seaborg) Primeira reacção em cadeia (Fermi) Bomba atómica (Oppenheimer, etc.) OS ANOS APÓS A GUERRA Datação por radioacarbono (Libby) Descoberta do mesão pi (Powell) Modelo em camadas (Mayer, Jensen, etc.) Modelo colectivo (A. Bohr e Mottelson) A HISTÓRIA MODERNA Modelo de quarks (Gellman)

22 ALGUNS PRÉMIOS NOBEIS DA FÍSICA E QUÍMICA LIGADOS À FÍSICA NUCLEAR A. H. Becquerel ( ) Prémio Nobel em 1903 P. Curie ( ) Prémio Nobel em 1903 M. Curie ( ) Prémio Nobel em 1903 e 1911 E. Rutherford ( ) Prémio Nobel em 1909 N. Bohr ( ) Prémio Nobel em 1922 J. Chadwick ( ) Prémio Nobel em 1935 F. Joliot- Curie ( ) Prémio Nobel em 1935 I. Joliot- Curie ( ) Prémio Nobel em 1935 E. Fermi ( ) Prémio Nobel em 1938 C. Powell ( ) Prémio Nobel em 1950 J. Cockcroft ( ) Prémio Nobel em 1951 E. Walton (1903- ) Prémio Nobel em 1951 M. Mayer ( ) Prémio Nobel em 1963 J. Jensen ( ) Prémio Nobel em 1963 H. Bethe (1906- ) Prémio Nobel em 1967 M. Gell- Mann (1929- ) Prémio Nobel em 1969 A. Bohr (1922- ) Prémio Nobel em 1975 B. Mottelson ( ) Prémio Nobel em 1975 E. Lawrence ( ) Prémio Nobel em 1939 O. Hahn ( ) Prémio Nobel em 1944 H. Yukawa ( ) Prémio Nobel em

23 cientistas portugueses 22 Mário Augusto da Silva foi uma personalidade de estatura invulgar. Aluno brilhante, investigador que privou com Madame Curie e outros grandes cientistas deste século, catedrático aos 30 anos, grande pedagogo, haveria de ser afastado da Universidade de Coimbra pelo governo de Salazar e impedido de contribuir para o desenvolvimento da ciência portuguesa. No fim da vida, assistiu ainda à queda do fascismo e voltou a prestar os seus serviços ao país. Alguns dos seus projectos, nomeadamente o Museu de Físicas da Universidade e o Museu Nacional da Ciência e da Técnica, continuam hoje a ser construídos. Mário Augusto da Silva nasceu em Coimbra, em 7 de Janeiro de Proveniente de uma família republicana que acarinhava a educação, licenciou-se na Universidade de Coimbra em Tanto no liceu como na universidade obteve a classificação final de 19 valores. Ainda estudante, foi nomeado assistente da universidade. Em 1925 partiu para Paris, onde ambicionava prosseguir os seus estudos e trabalhar no Instituto do Rádio, criado e dirigido por Madame Curie ( ). Na altura, esse era um dos centros de investigação mais activos e prestigiados do mundo. Ao ambicionar prosseguir os seus estudos com, Mário Silva lançava-se numa aventura que espíritos menos fortes teriam receado. Chegado a Paris, o jovem físico foi apoiado por Afonso Costa, na altura exilado na capital francesa, e apresentado a Paul Langevin e a Maria Curie. Apesar de ter passado o prazo de matrícula para os estudos de pósgraduação, a famosa cientista acolheu- -o, tornando-o seu assistente no laboratório. Em diversos escritos que nos deixou, Mário Silva fala com justificado entusiasmo dos tempos em que acompanhou a intensa e extraordinária investigação desenvolvida por Madame Curie e pelos seus colaboradores. De início, o físico português sentiu as insuficiências da sua preparação científica e seguiu as lições de física e matemática então dadas na Sorbonne e no Collège de France. Estudou com os célebres matemáticos Édouard Goursat ( ), Jacques Hadamard ( ) e Émile Borel ( ) e com os famosos físicos Paul Langevin ( ) e Louis de Broglie ( ). Lamentava-se muito em especial do atraso do curso que tinha seguido em Coimbra, onde nem sequer a Teoria da Relatividade tinha sido referida. O seu esforço deu frutos, e Mário Silva

24 viria a realizar vários trabalhos de investigação e a publicar os seus resultados. Em 1928 concluiu o doutoramento, tendo a honra de ter no júri, além da própria Madame Curie, o físico Jean Perrin ( ), que tinha sido galardoado com o Nobel de Física em 1926 pela sua confirmação experimental da hipótese atómica. Terminado o seu doutoramento, Mário Silva foi convidado a continuar em Paris, tendo insistido em atrasar o seu regresso a Coimbra, de forma a poder integrar-se em vários projectos de investigação em curso. Passados muitos anos, o físico português retrataria assim o seu dilema: " de Coimbra começaram a exigir [ ] o meu imediato regresso [ ] e para quê Santo Deus! para dar aulas na velha universidade Conformei-me e parti". Mário Silva sabia que estava a deixar um dos centros de investigação mais activos que a história até hoje conheceu para regressar a uma universidade envelhecida. Percebia que poderia dar um contributo muito maior à ciência portuguesa se continuasse o seu treino científico em Paris e viesse posteriormente a estabelecer no seu país uma colaboração internacional. Mas decidiu regressar. Não sabia ainda na altura que o fascismo se iria estabelecer por muito tempo em Portugal e liquidar dramaticamente a sua carreira de investigador e professor. Em Coimbra, Mário Silva dedicou-se com entusiasmo a constituir um centro de investigação em radioactividade, o Instituto do Rádio da Universidade de Coimbra. O seu projecto iniciou-se e foi instalado algum equipamento mas, no dizer do próprio físico, "todos estes esforços se quebraram perante uma inexplicável e odienta teimosia, invejosamente desenvolvida na sombra". O instituto nunca foi oficializado, as suas portas fecharam e, no fim dos anos trinta, um tremor de terra destruiu parte fundamental do equipamento existente. O projecto morreu. Entretanto, a situação política nacional e internacional agravava-se. A guerra iniciou-se e passaram por Coimbra alguns físicos conhecidos de Mário Silva, que os tentou integrar na universidade. Apesar dos benefícios extraordinários que daí poderiam advir para a ciência portuguesa, esses cientistas de craveira internacional não foram acolhidos. Tiveram de partir para outros países, onde uma política mais aberta os admitiu em universidades e centros de investigação. São hoje bem conhecidos os benefícios que as universidades dos Estados Unidos, que constituem o exemplo mais conhecido, ganharam com o acolhimento 23

25 24 que prestaram a cientistas e académicos, em especial os que deixaram a Europa central por altura da guerra. O que é extraordinário é que o nosso país, que se manteve neutro e por onde passaram tantos intelectuais de valor, não os tenha acolhido. Nos anos em que leccionou em Coimbra, Mário Silva preocupou-se em actualizar o saber transmitido pela universidade. Como docente, preocupou-se com a elaboração de manuais universitários de qualidade e publicou as suas lições. Traduziu alguns livros e escreveu muitos ensaios sobre a ciência moderna. A sua actividade pedagógica seria interrompida bruscamente em 1946, quando foi preso pela polícia política do antigo regime. Mário Silva esteve na prisão da PIDE no Porto, sem culpa formada, como represália pelo seu envolvimento no movimento democrático, ao lado do general Norton de Matos. Em 1947, seria expulso da universidade, tal como Ruy Luís Gomes e tantos académicos e investigadores de valor, que o regime impediu de prestar o seu contributo à universidade portuguesa. Muito mais tarde, em 1961, referir-se-ia à sua situação dizendo-se "afastado do serviço docente há muitos anos, por motivos políticos que muito me honram". Depois desse afastamento, chegou a ser vendedor de vinho espumante, para sobreviver, até que foi contratado pela Philips Portuguesa como "conselheiro científico". Mário Silva só seria reintegrao em 1976, quase dois anos depois da revolução de 25 de Abril. Viria a falecer em 13 de Julho de 1977, mas prestaria ainda serviços à ciência e à cultura portuguesas. Em 1971, o professor de física seria nomeado para a comissão de planeamento do Museu Nacional da Ciência e da Técnica que ele projectou. Pouco tempo antes de morrer, o referido museu seria criado oficialmente e Mário Silva nomeado seu director. Enquanto esteve à frente deste projecto, lutou com falta de meios e incompreensões várias, mas lançou as sementes de um museu que hoje renasce em Coimbra, no antigo edifício do Colégio das Artes e no Palácio Sacadura Botte. Ainda antes de ser demitido, Mário Silva tinha recuperado também o que restava da colecção de instrumentos de física pombalinos que estavam abandonados na sua universidade. Ao descobrir e divulgar esse valioso espólio, criou um museu que manteve e desenvolveu enquanto aí trabalhou. Nos longos anos que se seguiram, esse museu esteve abandonado e só seria reaberto em O Museu de Física da Universidade de Coimbra é hoje uma das jóias da velha universidade e um dos mais visitados museus de ciência do país. Se hoje regressasse a Coimbra, Mário Silva teria algumas razões para ficar contente. E outras, muitas mais, para ter esperança no futuro. Artigo de Nuno Crato

26 A Imprensa e a Ciência Quer já nos finais do séc. XIX, quer agora no séc. XXI, existe uma forte ligação entre os media e a ciência. Ainda que a profissionalização do jornalismo científico tenha avançado consideravelmente nas últimas décadas, essa actividade permanece alvo de variadas críticas e controvérsias, muitas das quais no âmbito da própria comunidade científica. Por um lado, há os que defendem que o jornalismo científico, por requerer um adequado manuseamento da linguagem jornalística, exigindo assim habilidades específicas, deveria ser realizado exclusivamente por profissionais de comunicação e não por cientistas. Do outro lado, muitos cientistas são contrários a esse ponto de vista, por discordarem dos critérios utilizados por jornalistas na selecção de notícias e no tipo de abordagem de suas reportagens sobre ciência. Critérios esses que seriam prórios à imprensa convencional (mas não à lógica científica), tais como sentido de oportunidade, timing, impacto e interesse social. Argumenta-se, ainda, que o jornalismo científico reflecte a ideologia que vem dominando o jornalismo em geral desde o século XIX, uma ideologia mercantilista, marcada pelo sensacionalismo (para vender notícias, é necessário provocar emoções no público consumidor) e pela atomização: o real é percebido não em sua totalidade, mas em fragmentos, contribuindo, em última análise, para o fortalecimento de algumas ideologias dominantes: - o mito da ciência (a ciência como um poder supremo); - a neutralidade da ciência (a ciência e os factos e fenómenos que ela descreve, sendo autónomos e independentes dos contextos políticos, sociais e culturais); - o preconceito no âmbito da própria ciência (enfatizando a big science e suas aplicações tecnológicas, minimizando pequenos projectos, oferecendo menos espaço nos media para as ciências humanas e sociais). A peça que agora levamos à cena está marcada indelevelmente pela relação entre o jornalismo e a ciência, especialmente pela relação entre Maria Curie e a imprensa marcada por um intenso amor-ódio. Depois do trabalho de começar a ser reconhecido, com a atribuição do primeiro Prémio Nobel (partilhado com o seu marido, Pierre Curie, e com o físico Bequerel), 25

27 26 começaram, também, os jornais a debruçar- -se sobre as suas pesquisas divulgando a sua actividade científica mas era sol de pouca dura. Após a morte de Pierre, ela foi perseguida por disputar uma vaga na Academia Francesa de Ciências com o também físico Edouard Branly, em Os jornais indagavam se uma mulher poderia ocupar a vaga e analisavam os seus traços, acusando-a de ter uma origem judaica e de não ter uma conduta adequada à religião católica. Já nessa altura, os media estavam organizados como máquinas de fazer dinheiro. Passado 5 anos após a morte do marido, o ataque realizado por jornais, revistas cor-de-rosa, sérias e sensacionalistas foi de tal maneira feroz que quase destruíram a vida e a carreira de. Descobrem que tem um caso amoroso com o cientista Paul Langevin. Até aí nada que pudesse despertar o interesse dos jornais. Só que Langevin era casado. Estava dado o mote para que os media se lançassem, com uma senha persecutória, numa campanha de injúrias, calúnias e acusações. Deixando de lado Langevin, que era homem e, como tal, aventuras fora do casamento não tinham qualquer gravidade, a perseguição que a imprensa moveu a Curie foi de tal forma intensa que ela foi acusada de tudo, de ser estrangeira, polaca, germanófila, outra vez de judia, de ser ladra de maridos alheios e de profanar o bom nome do seu falecido marido, insinuando mesmo que ela teria algo a ver com a sua morte. Este ataque cerrado abalou-lhe seriamente a saúde ficando muito magra devido ao seu desequilíbrio nervoso. O escândalo mediático rebentou precisamente na altura em que Maria Curie se preparava para ir receber o seu segundo prémio Nobel. A Academia Sueca escreve-lhe mostrando a sua consternação pela atribuição do prémio, apelando, inclusive, a que desistisse cavalheirescamente do mesmo. Tal não aconteceu e foi receber o seu prémio argumentando que o seu trabalho científico não tinha nada que ver com a sua vida pessoal. No entanto, não se livrou da perseguição, de tal forma que para se afastar um pouco dessa polémica passa, a partir daí, a adoptar o seu nome polaco de solteira até o assunto ter arrefecido.

28 Este ódio deu mais tarde lugar ao amor, encadernado, é certo, de novo pelo sentido do lucro. Os patrões dos media percebiam que a divulgação científica lhes dava cada vez mais dinheiro a ganhar e assim, divulgando intensamente o trabalho de, jornais e revistas, das mais sérias publicações à imprensa mais sensacionalista, concorreram para que a angariação, nomeadamente nos Estados Unidos da América, do dinheiro suficiente para a aquisição de um grama de Rádio, primeiro para o seu laboratório de Paris e depois para o Instituto de radiologia em Varsóvia. Sem este contributo, dificilmente conseguiria continuar as suas pesquisas e deixar-nos, assim, a sua marca profunda no universo científico e humano. 27

29 Notas Biográficas 28 SYLVIO ZILBER ENCENADOR, ACTOR Consultor do MVC - Instituto MVC Estratégia e Humanismo. Professor de Inovação e Criatividade na Pós-Graduação da ESPM (São Paulo). Diploma em Adult Training and Development pela Universidade de Toronto Canadá. Fundador e Facilitador do ILACE (Instituto Latino Americano de Criatividade e Estratégia). Actor, Director e Professor de Teatro pela USP (Universidade de São Paulo). Graduado e Pós-graduado em Psicodrama. Membro associado da World Future Society. Facilitador e Palestrante com muitos Programas, Cursos, Seminários e Palestras de Criatividade ministrados no Brasil e no exterior. Autor de diversos artigos sobre Criatividade e Inovação em revistas especializadas em RH. ISABEL LEITÃO ACTRIZ, ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO É licenciada em Engenharia do Ambiente pela Universidade de Aveiro. Na área de teatro frequentou ateliers com António Nóvoa, Victor Valente, Pierre Voltz, Mark Dornford May, Jorge Silva Melo, Konrad Zhiedricht entre outros. Foi fundadora do Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro. Como actriz trabalhou na Companhia de Teatro de Almada, Teatro da Rainha, Centro Dramático de Évora, Teatro Personna, Escola da Noite, Teatro da Malaposta, Teatro Nacional de São João e em produções independentes no Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Académico Gil Vicente/Centro Cultural de Belém, Teatro Maria Matos. Participou em diversas produções de televisão. É actriz residente do Teatro Extremo desde de Foi ainda uma das fundadoras do Teatro do Tejo. FERNANDO JORGE LOPES DRAMATURGO, ACTOR, ENCENADOR, DIRECÇÃO ARTÍSTICA Iniciou a sua actividade teatral como actor em Possui o Curso de Formação de Actores da Companhia de Teatro de Almada e o 1º curso livre de Iniciação ao Cinema da Universidade Nova de Lisboa. Concluí o 1º ano do curso de pós-graduação em Teatro, na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. É fundador do Teatro Extremo, onde exerce as funções de encenação e direcção artística, onde trabalha, também, como actor.

30 KARTARZYNA PEREIRA Katarzyna Szymanska Pereira, nascida a 8 de Abril de 1975, natural de Polónia é mestre em Composição e Teoria da Música pela Academia Superior da Música de Lodz, frequentou curso de Pedagogia e Psicologia da Música na mesma Academia. Em professora de Formação Musical e Piano na Escola de Música de Tomaszow Mazowiecki-Polónia. Actualmente é orientadora de Sessões Musicais para recém-nascidos e crianças pequenas e professora de Iniciação Musical na Academia de Amadores de Música, Academia de Música de Santa Cecilia e Colégio do Largo. Professora convidada na Escola Superior de Educação de Almada (Instituto Piaget) onde lecciona Atelier de Prática Instrumental (piano). Participou na apresentação no Seminário de Orientações Musicais para Crianças em Idade Pré-escolar orientado pelo prof. E. Gordon, promovido pelo Departamento de Ciências Musicais da FCSH-UNL (Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa) Participou como formadora no Encontro de Orientações Musicais para Primeira Infância integrado no programa de actividades da Bebeteca (biblioteca municipal de Sintra Polo-Tapada das Mercês). Em adjunto do director musical e participante no espectáculo para bebés Miauzz -Ratsódia para Todos. Em participante no espectáculo Viva Zapato produção Armadilha. Tradutora oficial do Conselho Português para Refugiados. PAULO CORREIA Nasceu em Agosto em 1976 em Lisboa. Possui a carteira profissional de electricista e o curso de técnico de iluminação e robótica. Trabalhou como electricista e técnico de iluminação em diversos espaços culturais/teatros e recreativos do País. Colabora como responsável de montagem técnicas e manutenção de equipamento nas produtoras televisivas, como a Fealmar, NBP, Multicena. Actualmente encontra-se envolvido em vários projectos como iluminador/director técnico. Acompanha a digressão dos Dazkarieh entre muitas outras. Colabora com o Teatro Extremo desde PEDRO GODINHO Aluno finalista do curso de Design de Cena da ESTC, frequentou ainda 29

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