Mercados. informação global. Brasil Ficha de Mercado

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1 Mercados informação global Brasil Ficha de Mercado Abril 2010

2 Índice 1. País em Ficha 3 2. Economia Situação Económica e Perspectivas Comércio Internacional Investimento Turismo Relações Económicas com Portugal Comércio Serviços Investimento Turismo Relações Internacionais e Regionais Condições Legais de Acesso ao Mercado Regime Geral de Importação Regime de Investimento Estrangeiro Quadro Legal Informações Úteis Endereços Diversos Fontes de Informação Informação Online Endereços de Internet 46 2

3 1. País em Ficha Área: km 2 (5º país em extensão territorial) População: 191,9 milhões (2008) Densidade populacional: 21,6 habitantes por km 2 Designação oficial: Chefe do Estado: Vice-Presidente: República Federativa do Brasil Luíz Inácio Lula da Silva (2007 a 2010 eleições em Outubro pf) José Alencar Data da actual constituição: Principais partidos políticos: (acima de 200,000 filiados) Outubro de Algumas alterações foram introduzidas posteriormente Governo: Partido dos Trabalhadores (PT) Oposição: Partido Democrático Trabalhista (PDT); Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); Partido Popular Socialista (PPS); Partido Socialista Brasileiro (PSB); Partido Comunista do Brasil (PCdoB); Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB); Partido Progressista (PP); Democratas (DEM); Partido Social Cristão (PSC); Partido Verde (PV) Capital: Brasília 2,5 milhões de habitantes (IBGE ) Outras cidades importantes: São Paulo (11,0 milhões), Rio de Janeiro (6,1 milhões), Salvador (2,9 milhões), Belo Horizonte (2,4 milhões), Fortaleza (2,4 milhões), Curitiba (1,8 milhões), Manaus (1,7 milhões), Recife (1,5 milhões), Porto Alegre (1,4 milhões) Religião: Língua: É garantida pela Constituição a livre prática de todas as religiões Português Unidade monetária: Real do Brasil (BRL) 1 EUR = 2,4233 BRL (Banco de Portugal valor médio Março 2010) Risco País Ranking em negócios: Risco de crédito: Risco geral BB (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco político BBB Índice 6,71 (10 = máximo) Ranking geral 39 (entre 82 países) (EIU Março 2010) 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC Outubro Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. / PIB = 18,17% (2009) Imp. / PIB = 8,26% (2009) Imp. / Imp. Mundial = 1,11% (2008) Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) ; CEPAL; OCDE; World Trade Organization (WTO); Banco Central do Brasil; Ministério do Turismo do Brasil; BBC Brasil; Embratur; UNCTAD; Banco de Portugal; COSEC; INE Inst, Nacional de Estatística 3

4 2. Economia 2.1. Situação Económica e Perspectivas O Brasil é considerado actualmente a primeira economia no contexto da América Latina, estando entre as 10 mais elevadas posições no ranking das maiores economias mundiais. É de assinalar que, fruto do progresso alcançado com as reformas económicas, das condições extremamente favoráveis a nível internacional e do desenvolvimento de políticas sociais, a economia brasileira registou elevadas taxas de crescimento nos anos mais recentes e bastante superiores às verificadas durante as últimas três décadas. Tendo em consideração as eleições presidenciais que se realizarão em Outubro próximo - aproxima-se uma época de alguma agitação - e sendo o Brasil uma das maiores economias emergentes, irá continuar a procurar uma crescente influência na cena internacional, embora a abordagem venha a ser diferente, consoante o resultado destas eleições. A política económica recente pode ser dividida em duas fases, que correspondem, grosso modo, aos dois governos do Presidente Lula da Silva. A primeira, durante o primeiro mandato ( ), teve como objectivo prioritário alcançar a estabilidade macroeconómica mediante a correcção de alguns desequilíbrios, como a inflação, através de uma política monetária e fiscal restritiva. Alcançada a estabilidade macroeconómica, o governo actual pretendeu acelerar o crescimento económico através de um ambicioso programa de investimentos públicos (Programa de Aceleração do Crescimento PAC), que contempla sobretudo as infraestruturas, o meio ambiente e a energia. Simultaneamente, o Governo e o Banco Central continuam a exercer um controlo apertado sobre as principais variáveis macro económicas e financeiras, o que explica que as taxas de juro reais sejam das mais elevadas a nível mundial e que a carga tributária sobre as empresas e o cidadão também se situe entre as mais altas do mundo. Em 2007 o produto interno bruto (PIB) aumentou 6,1%, o que representou o maior crescimento verificado desde 1994, embora a partir deste ano tenha começado em desaceleração, ao ponto do Economist Intelligence Unit (EIU) estimar um crescimento negativo em 2009 (-0,3%), particularmente em consequência das quebras sentidas ao nível dos consumos privado e público e do investimento. Medidas contra cíclicas e ligeiras recuperações de indicadores em baixa fazem prever uma recuperação económica para 2010, com especial destaque para o investimento, mostrando que o país está no bom caminho, ano em que, apesar de alguns meses mais difíceis, o PIB deverá crescer 5%. Com a contracção do crédito, a queda da confiança dos agentes económicos e o aumento do desemprego, torna-se inevitável uma forte desaceleração da procura interna que constituiu, nos últimos anos, o motor de crescimento da economia brasileira. O arrefecimento da procura interna e a queda dos preços das commodities no mercado internacional deverão contribuir para uma diminuição gradual da inflação (atingiu o seu pico em 2008 com 5,7%), prevendo-se que a tendência de descida continue nos próximos anos. 4

5 Em termos de contas externas é de assinalar o bom desempenho verificado ao longo dos últimos anos, deixando de ser um dos pontos fracos da economia brasileira (com défices da conta corrente endémicos) para passar a desempenhar um papel importante na recuperação económica do país, reduzindo fortemente a sua vulnerabilidade face ao exterior. O Brasil soube utilizar os ciclos de crescimento dos anos 2002/2003 para melhorar a situação orçamental e aumentar as reservas. Contudo, este período parece ter chegado ao fim em 2008, ano em que a conta corrente voltou a registar um saldo negativo (-28,2 mil milhões de USD), equivalente a -1,7% do PIB. Este resultado é o pior desde 1998 e encerra um período de cinco anos de superavits. Grande parte do agravamento desta rubrica que se prevê venha a piorar em 2010 e anos seguintes, ficar-se-á a dever bastante à diminuição do excedente da balança comercial, em consequência do forte aumento das importações e à baixa evolução do investimento (não obstante a variação prevista no ano de 2010). Ao longo de alguns anos verificou-se uma melhoria das contas públicas, fruto da combinação de um elevado superavit primário e de uma diminuição da dívida pública. No entanto, recentemente, a combinação de medidas contra cíclicas e a redução das receitas fiscais deverá conduzir a um forte declínio neste superavit. Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade 2007 a 2008 a 2009 b 2010 c 2011 c 2012 c População Milhões 189,3 191,9 194,4 196,8 199,3 201,6 PIB a preços de mercado 10 9 BRL 2.661, , , , , ,5 PIB a preços de mercado 10 9 USD 1.333, , , , , ,9 PIB per capita USD Crescimento real do PIB % 6,1 5,1-0,3 5,0 4,5 4,7 Consumo privado Var. % 6,1 7,0 3,5 3,8 4,2 4,4 Consumo público Var. % 5,1 1,6 3,5 4,0 2,5 3,0 Formação bruta de capital fixo Var. % 13,8 13,4-10,0 13,0 8,0 9,0 Taxa de desemprego % 9,3 7,9 7,6 7,1 6,8 6,8 Taxa de inflação % 3,6 5,7 4,9 a 4,7 4,4 4,4 Dívida pública % do PIB 25,4 26,3 b 26,9 26,5 26,0 25,9 Saldo do sector público % do PIB -2,2-2,1 b -3,3-3,3-2,6-2,5 Balança corrente 10 9 USD 1,6-28,2-24,3 a -48,9-62,1-69,8 Balança corrente % do PIB 0,1-1,7-1,6-2,7-3,3-3,5 Taxa de câmbio média 1USD=xBRL 1,95 1,83 2,00 a 1,85 1,92 1,99 Taxa de câmbio média 1EUR=xBRL 2,67 2,70 2,78 2,63 2,68 2,821 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU); ViewsWire February 4 th 2010 Notas: (a) Valores reais (b) Estimativas (c) Previsões BRL Real do Brasil 5

6 Resumindo, embora o Brasil não tenha saído ileso da crise económica, a recuperação em curso deve ter ganho maior ritmo a partir da segunda metade de 2009 e em O país continuará a consolidar a política macroeconómica, combinando metas inflacionárias, políticas de câmbio flutuante e de gestão orçamental, além da competente administração das contas externas, o que tem permitido ao país a recuperação da crise. Contudo, a OCDE recomenda que não se devem perder de vista os desafios de longo prazo, para reforçar a continuidade do potencial de crescimento do país e considera adequadas as medidas adoptadas no curto prazo, pelo governo, ao enfrentar a crise global; também considera que as acções para fortalecer a liquidez bancária, desde o início da crise, têm sido importantes, embora deva exercer-se uma maior flexibilização monetária no curto prazo. A política fiscal não compromete a sustentabilidade da dívida pública a longo prazo Comércio Internacional O Brasil assume um lugar de alguma relevância no comércio mundial, ocupando, em 2008, a 22ª posição do ranking de exportadores, com uma quota de 1,2% e a 24ª enquanto importador, com uma quota de 1,1% (tendo sido em 2004, respectivamente, de 1,0% e 0,7%). A balança comercial passou a apresentar saldos positivos a partir de 2001, sendo que entre 2005 e 2009, as exportações do país registaram um crescimento médio anual na ordem de 8,3%, enquanto as importações tiveram um crescimento médio de 13,3%, evoluções bastante afectadas pelos valores que foram alcançados em 2009, em ambos os fluxos. De notar a diferença, ao longo destes 5 anos, entre o acréscimo das exportações e o das importações, sendo que neste caso a elevada taxa média verificada se fica muito a dever à fase de desenvolvimento que o país atravessa. Tanto as importações como as exportações deverão iniciar uma recuperação em 2010, na sequência das expectativas de crescimento da economia brasileira e mundial, cuja evolução, segundo o EIU, deverá ser de 13,3% para o caso das exportações e de 32,2% para o das importações.trata-se de uma recuperação que em 2011 e em 2012 se reflecte na balança comercial, de modo a apresentar saldos negativos, daí a evolução das exportações ser uma grande preocupação para o governo. Assim, para o caso concreto das exportações, espera-se que em breve o governo anuncie novas medidas para as estimular, com iniciativas que virão das áreas financeira, tributária e de tecnologia. Entre elas, está o financiamento para os compradores de bens de capital e máquinas fabricados no Brasil, de modo a facilitar as vendas, essencialmente, para países da América do Sul. Segundo dados muitos recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo, confirma-se a recuperação de ambos os fluxos no primeiro trimestre de 2010, comparando com os períodos homólogos dos últimos 3 anos. Assim, a balança comercial do mês de Março terminou com um superavit no valor de 668 milhões de USD (um valor inferior ao registado no mesmo período de 2009); neste mês, as exportações brasileiras, pelo critério da média diária, apresentaram um crescimento de 27,4% face aos embarques médios diários registados no mesmo mês de 2009; por outro lado, as importações, seguindo o mesmo critério, evoluíram 43,3% em relação ao desempenho registado em Março de

7 Evolução da Balança Comercial (10 9 USD) Exportação fob 118,5 137,8 160,6 197,9 153,0 Importação fob 77,6 95,8 126,6 173,2 127,6 Saldo 40,9 42,0 34,0 24,7 25,4 Coeficiente de cobertura (%) 152,7 143,8 126,8 114,3 119,9 Posição no ranking mundial Como exportador 23ª 23ª 24ª 22ª n.d. Como importador 28ª 28ª 28ª 24ª n.d. Fontes: Nota: World Trade Organization (WTO); EIU n.d. não disponível Nos últimos anos o Brasil desenvolveu uma política activa de diversificação dos parceiros comerciais a chamada nova geografia comercial com o objectivo de diversificar os países mais tradicionais no seu comércio externo. Por regiões de destino, destaque para a Ásia, para onde as vendas aumentaram 4,2%, colocando esta região na primeira posição de mercado comprador de produtos brasileiros, nos primeiros nove meses de 2009, superando a União Europeia e a América Latina e Caraíbas. Por outro lado, também começa a tornar-se evidente o grande interesse do Brasil por África, com valores assinaláveis, concretamente no caso de Angola (o 30º mercado em 2009), a reforçar esta política. O início das operações da empresa Vale (antiga Companhia do Vale do Rio Doce), a maior produtora de minério a nível mundial, em Moçambique Projecto Carvão Moatize é um recente registo do crescente interesse do Brasil por África, traduzindo a procura dos recursos africanos, por parte da maior economia da América do Sul. No que se refere ao ranking dos principais clientes do Brasil entre 2007/2009, destaca-se desde já a ascenção vertiginosa da China que em 2009 alcança o lugar de 1º cliente, depois de ter sido o 3º cliente nos 2 anos anteriores, traduzindo-se nos acréscimos em valor, tendo sido de 2008/2009 de 23,1% e de 52,6% entre 2007/2008 (em 2007 como cliente, foi responsável por 6,69% das exportações brasileiras e em 2009 já é responsável pela quota de 13,20%). Seguem-se os EUA, que em 2009 se viram desclassificados para 2º cliente (de 2008/2009 deu-se uma quebra em valor de 43,1%) e a Argentina igualmente de 2º para 3º cliente (de 2008/2009 houve uma quebra de 27,4%), sendo que, relativamente à Holanda e à Alemanha, as respectivas posições relativas não tiveram alteração e as quotas mantiveram alguma estabilidade. Portugal tem uma posição muito reduzida no ranking de clientes (32ª posição em 2009), verificando-se mesmo uma diminuição do peso relativo no último ano, que não foi além de 0,84% da quota do mercado. 7

8 Principais Clientes Mercado Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição Portugal 1,12 21ª 0,86 28ª 0,84 32ª China 6,69 3ª 8,29 3ª 13,20 1º EUA 15,60 1ª 13,85 1ª 10,20 2º Argentina 8,97 2ª 8,89 2ª 8,36 3º Holanda 5,50 4ª 5,30 4ª 5,33 4º Alemanha 4,49 5ª 4,47 5ª 4,04 5º Fonte: World Trade Atlas (WTA) Relativamente aos países fornecedores, os EUA continuam a ocupar a primeira posição do ranking, representando cerca de 16% do total importado pelo Brasil em 2009, seguidos da China (12,5%), país que tem vindo a ganhar quota de mercado ao longo dos últimos anos, ao contrário do que acontece com os outros grandes fornecedores, tais como a Argentina (8,8%), Alemanha (7,7%) e o Japão (4,2%), com alterações de pequena monta. A União Europeia (UE27), no seu conjunto, tem vindo a perder posição como fornecedor do Brasil. Portugal, ao contrário, em 2009 apresenta a melhor posição do ranking (45ª), ao longo destes 3 anos. Podemos concluir que a China se encontra num processo de ascensão, no sentido de passar a ser o grande parceiro do Brasil, cujo trajecto de sucesso se vem mostrando evidente. Em 2004 a China foi o 4º cliente e o 4º fornecedor do Brasil, evoluindo para o 1º cliente e para o 2º fornecedor em Principais Fornecedores Mercado Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição Portugal 0,28 47ª 0,36 46ª 0,34 45º EUA 15,52 1ª 14,80 1ª 15,69 1ª China 10,46 2ª 11,57 2ª 12,47 2ª Argentina 8,63 3ª 7,66 3ª 8,84 3ª Alemanha 7,19 4ª 6,94 4ª 7,73 4ª Japão 3,82 6ª 3,93 5ª 4,21 5ª Fonte: World Trade Atlas (WTA) Apesar da grande importância dos EUA para o comércio externo brasileiro, desenrola-se actualmente um contencioso entre ambos os países, existente há vários anos e tem a ver com o cumprimento, por parte dos Estados Unidos, da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), incluindo mudanças na legislação, para erradicar os subsídios ao algodão, tal como o Brasil pretende. No ano passado e após 8

9 uma disputa de sete anos, a OMC autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos em 829 milhões USD, devido aos subsídios pagos pelo governo americano aos seus produtores de algodão, A previsão inicial era de que já no início de Abril entrasse em vigor a retaliação a uma lista de 102 produtos importados dos Estados Unidos, que seriam submetidos a uma sobretaxa para entrar no Brasil, no valor total de 591 milhões USD. Contudo, durante alguns dias do mês corrente, os dois governos vão discutir detalhes da oferta apresentada pelos Estados Unidos, que inclui ainda a negociação bilateral de novos termos para o funcionamento do programa de garantias de crédito à exportação, o chamado GSM-102, Também estão previstas medidas de cooperação na área de sanidade animal, especialmente nos sectores de carne bovina e suína, Neste ponto, a expectativa é de que os Estados Unidos reconheçam o status do Estado de Santa Catarina, como livre de febre aftosa sem vacinação, No que se refere aos produtos mais comercializados pelo Brasil, o ano de 2009 trouxe várias alterações quer se trate de exportações, quer de importações: os cinco principais grupos de produtos exportados pelo Brasil minérios, combustíveis, grãos, sementes e frutos, carne e açúcar destronam alguns dos mais habituais produtos ultimamente exportados ou apresentam valores mais baixos, acompanhando a evolução global deste fluxo; assim, a exportação de minério baixou em 2009 cerca 22,8%, a exportação de combustíveis baixou 26,9%, enquanto os valores de exportação de grãos, sementes e frutos e de açúcar subiram, respectivamente, 4,23% e 50,43%. Para complementar o taras referido, verifica-se que os veículos automóveis desceram 42,35 as suas exportações, assim como a maquinaria em 35,76% e ferro e aço em 47,66%. Estas oscilações, registadas face aos valores de 2008, mostram como se alterou a grelha das exportações brasileiras em 2009, em consonância com a quebra do valor total exportado, que se cifrou em 22,7%. Sobre as importações e face a 2008, as relativas aos combustíveis também assinalaram uma quebra de 45% (passando para 2º grupo de produto mais importante), subindo ao 1º lugar a maquinaria, não obstante também ter sofrido um baixa de 18,05%; o valor de importação da maquinaria eléctrica baixou 22%, os veículos e suas partes 11% e os químicos orgânicos 17,14%. Outros produtos importantes nas importações de 2008 não figuram nesta amostra, tais como os fertilizantes, cuja quebra foi de 58%. Resta também indicar que estas baixas assinaladas, também se encontram de acordo com a evolução das importações brasileiras em 2009, que face a 2008 baixaram no seu valor global 26,4%. Principais Produtos Transaccionados 2009 Exportações / Sector % Importações / Sector % 26 Minérios, escórias e cinzas 9,45 84 Maquinaria 16,47 27 Combustíveis/óleos minerais e derivados 8,93 27 Combustíveis/óleos minerais e derivados 14,78 12 Grãos, sementes e frutos 7,56 85 Máquinas eléctricas e partes 12,21 02 Carne 6,47 87 Veículos automóveis, tractores, suas partes e acessórios 17 Açúcar 5,60 29 Químicos orgânicos 5,46 8,98 Fonte: World Trade Atlas (WTA) 9

10 Resumindo, em 2009 e face a 2008, o comércio externo brasileiro alterou quer a sua grelha de produtos, quer também o seu valor, sendo que neste caso decresceu 22,7% nas exportações e 26,4% nas importações. O processo de desenvolvimento em curso justifica a estrutura importadora do Brasil, com as máquinas e aparelhos (mecânicos e eléctricos e suas partes) a totalizaram mais de 28% das importações em 2009, verificando-se que, mesmo em época de restrições, não foram descurados os investimentos no parque industrial brasileiro. Os combustíveis também representam uma expressiva parcela das importações brasileiras, até porque o Brasil é um país historicamente dependente do óleo diesel, não tendo ainda alcançado a sua auto-suficiência em petróleo e derivados. Finalisando, podemos verificar que, por muita visibilidade que as exportações de matérias-primas tenham alcançado, as oportunidades que surgem não se limitam a esta área. O Brasil desenvolveu bastante o sector industrial agrícola, sendo notável o potencial de expansão que conseguiu; o que significa a necessidade de investimentos em infraestruturas e em inovação, evidenciando oportunidades em exportações que possam prosperar os sectores industriais não baseados nesta área. Por outro lado, o Brasil é um dos países da América Latina que se encontra na primeira linha da inovação, embora ainda não tenha atingido os níveis dos países da OCDE (o sector privado tem tido um desenvolvimento muito limitado nesta actividade). É de sublinhar que hoje o Brasil é líder mundial na produção de bio combustível e encontra-se entre os principais fornecedores de etanol, também a nível mundial (não obstante problemas que se têm sentido nesta área, devido aos impactos das chuvadas sobre as colheitas), sectores onde a inovação se tem evidenciado enormemente. Mais um recente caso de inovação é o facto do gás, resultante da decomposição do lixo no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (o maior da Região Metropolitana do Rio de Janeiro), que vai passar a ser usado como combustível. Um acordo assinado no início do ano, entre empresas, a Prefeitura do Rio e o Governo do Estado, prevê que 200 mil metros cúbicos diários de gás metano sejam utilizados como fonte de energia pela Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobrás. Deste modo, também o uso do gás, que iria para a atmosfera, renderá créditos no mercado internacional de carbono. São estes e outros casos, a vários níveis, que vêm transformando o Brasil dentro de uma certa rapidez, para dentro em pouco ser considerado dos mais desenvolvidos do planeta Investimento O investimento directo estrangeiro (IDE) tem desempenhado um papel determinante no desenvolvimento económico recente do Brasil, país que se converteu num importante destino do IDE a nível mundial (10º em 2008). A maior atractividade do país na captação de capitais decorre, em grande medida, da situação criada no âmbito do Plano de Estabilização (Plano Real), do Programa Nacional de Privatizações, da implementação de reformas económicas e da maior flexibilidade da legislação relativa ao investimento estrangeiro. 10

11 Entre 2000 e 2005 o país atraiu mais de milhões de USD de investimento directo estrangeiro, ainda que em 2002 e 2003 se tenha registado uma diminuição significativa dos valores, em virtude da incerteza gerada pela transição presidencial e por uma forte retracção do investimento na América do Sul. De acordo com o World Investment Report publicado pela UNCTAD, verifica-se uma tendência de crescimento dos valores de IDE, a partir de 2005, tendo-se registado um aumento de 30% em 2008 (em 2006 o Brasil recebeu 1,28% do IDE global e em 2008 captou 2,65% do mesmo), cifrando-se em 45,1 mil milhões de USD 1. Investimento Directo (10 6 USD) Investimento estrangeiro no Brasil Investimento do Brasil no estrangeiro Posição no ranking mundial Como receptor 11ª 13ª 21ª 14ª 10ª Como emissor 18ª 37ª 13ª 34ª 21ª Fonte: UNCTAD World Investment Report 2009 Continuando a citar um relatório da UNCTAD, é indicado que o Brasil, em 2009, manteve a liderança, entre os países da América Latina, na recepção de IDE. Apesar disso, o montante do investimento, destinado especificamente a actividades produtivas, teve uma queda de 49,5% em comparação com o ano anterior, atingindo 22,8 mil milhões de USD em Segundo dados do Banco Central do Brasil, o stock de investimento estrangeiro no mercado financeiro cresceu 80,1% em 2009, quando comparado com 2008, particularmente aplicado no mercado accionista. Contudo, no seu conjunto, em 2009 o IDE baixou no Brasil, para cerca de 25 milhões de USD (como o impacto da crise financeira global se revelou implacável para os investimentos directos estrangeiros, os fluxos para as economias em desenvolvimento caíram 35% em 2009, após seis anos de crescimento ininterrupto) embora seja de realçar a grande vitalidade económica que o país demonstrou ter dado, ao readquirir diversas empresas que estavam em mãos estrangeiras (projecta-se para 2010 um investimento estrangeiro que rondará os valores de 2009). A título de exemplo são referidas as compras de uma filial do banco UBS, de uma filial do grupo alemão Tissens pela Vale, de um banco italiano e de um empresa de alimentação por grupos brasileiros no valor de 5 mil milhões de dólares, pelo que podemos concluir que, não obstante a queda verificada no IDE, tal não é plasmada numa queda no investimento total. 1 Em 2008, os países desenvolvidos registaram uma diminuição de IDE de quase 33%, enquanto os países em desenvolvimento tiveram um aumento de 3,6%. 11

12 Entre os sectores que mais atraíram recursos em 2009 estão os de metalurgia, serviços financeiros, comércio e veículos automóveis. Motivado pela crise global, a área de extracção de materiais metálicos, que representou 24% do total de investimentos em 2008, passou a ser de 2,8% no ano seguinte. Também se encontra em agenda do Governo a continuação da promoção da participação do sector privado em áreas tradicionalmente controladas pelo Estado, tais como a gestão dos portos e aeroportos, no sentido de uma melhoria notável a nível das infraestruturas. O Brasil conta já com três empresas entre as 50 maiores multinacionais dos países emergentes: a Petrobrás (12º lugar), a Vale (25º) e a Gerdau (33º). O país situa-se actualmente no 5º lugar em termos de stock de capitais no estrangeiro, com 72 mil milhões de USD (65% domiciliados em paraísos fiscais), e no âmbito da América Latina situa-se na 1ª posição em termos de stock de IDE, com 40% do total da região. Se confirmadas as projecções mais recentes dos analistas de mercado, o ano de 2010 será um ano muito importante para o IDE no Brasil. Neste ano, os produtos alimentares, agricultura e mais uma vez a indústria automóvel deverão ser os principais sectores onde o IDE irá incidir. Concretamente, estabilidade económica, saída da crise externa, maior disponibilidade de crédito e economia diversificada são alguns dos motivos enumerados pelos analistas para uma retoma do IDE no Brasil, num momento em que, no exterior, uma série de países ainda estão a sofrer com os prejuízos causado pela turbulência financeira geral. Também permite uma reflexão, as necessidades implícitas à realização do Campeonato Mundial de Futebol em 2014, expresso principalmente na construção de vários estádios, além da construção de várias barragens hidroeléctricas e a implantação da alta velocidade, entre S. Paulo/Rio de Janeiro. Acresce a realização dos Jogos Olímpicos em 2016, além de, na área da aeronáutica, a Embraer encontrar-se a desenvolver um novo avião de carga, Citando a A.T. Kearney O Brasil finalmente está recuperando os patamares de confiança que detinha no final do século 20" e, justificando, o que possibilitou essa recuperação foi o crescimento constante da economia brasileira nos últimos anos, com prognósticos de mais expansão futura, e a estabilidade nas regras para negócios no país. Concretamente, estabilidade económica, saída da crise externa, maior disponibilidade de crédito e economia diversificada são alguns dos motivos enumerados pelos analistas para uma retoma do IDE no Brasil, num momento em que, no exterior, uma série de países ainda estão a sofrer com os prejuízos causado pela turbulência financeira geral. Segundo o Banco Central do Brasil, os principais países investidores, em 2009, foram a Holanda (20,6%), os EUA (15.5%), a Espanha (10,8%) e a Alemanha (7,8%). Existem algumas alterações face aos principais investidores em 2008: EUA (15,9%), Luxemburgo (13,4%), Holanda (10,4%) e Espanha (8,7%). Conclui-se que, em 2009, o Luxemburgo baixou repentinamente os seus investimentos (1,7%) e a Alemanha aumentou-os, de forma a estar entre os 4 principais investidores. As áreas de actividade mais relevantes na aplicação do capital estrangeiro em 2009 foram os serviços (43%), que estão 12

13 equiparados à indústria (42,5%) e a agricultura, pecuária e extracção mineral (14,5%), com destaque para a metalurgia, para os serviços financeiros, para a extracção de petróleo e de gás natural e o comércio, excepto veículos. O investimento directo do Brasil no estrangeiro revela uma evolução muito irregular ao longo dos últimos anos, sendo de realçar os valores atingidos em 2006 e em ,2 e 20,5 mil milhões de USD, respectivamente sendo 2006 o primeiro ano em que o investimento do Brasil no estrangeiro superou o montante do investimento directo estrangeiro no país. Tal facto ficou a dever-se, essencialmente, à compra da empresa canadiana Inco (uma das maiores empresas, a nível mundial, na produção de níquel e de outros metais), pela empresa brasileira Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Dados relativos a 2009 indicam que os principais países onde o Brasil investiu foram as Ilhas Caimão (28,4%), EUA (22,7%), Ilhas Virgens Britânicas (5,6%), Holanda (5,5%) e a Espanha (4,8%); refere-se o caso de Espanha onde o investimento brasileiro em 2008 foi de 0,5%, enquanto nos EUA foi de 27,6%. Nos restantes países indicados ligeiras alterações assinalaram-se. O sector mais relevante de aplicação do capital foi o sector terciário (cerca de 60% do total do investimento directo), destacando-se os serviços financeiros e actividades auxiliares e os serviços financeiros holdings não-financeiras Turismo O turismo é uma actividade de importância fundamental para a economia do país, devido não só à sua contribuição para o crescimento do PIB, como também pelo potencial que oferece na criação de emprego e consequente acréscimo de rendimento, com impactos muito positivos na melhoria da qualidade de vida da população. Os dados mais recentes da Embratur indicam que, após algum retrocesso no número de turistas de 2005/2006, tem-se vindo a assistir a uma lenta recuperação, registando-se um acréscimo de 0,7% até Pelo contrário, em termos de receitas, tem-se assistido a uma tendência de crescimento ao longo destes últimos 5 anos, tendo totalizado perto de 5,8 mil milhões de USD em 2008, ou seja, um aumento de 15% relativamente ao ano anterior. Indicadores do Turismo Turistas (10 3 ) Receitas (10 6 USD) Fontes: World Tourism Organisation; DFP; EMBRATUR; Ministério do Turismo; Banco Central do Brasil Quanto aos principais mercados emissores, a Argentina continua a liderar o ranking, com 20,2% do total dos turistas em 2008, seguindo-se os EUA (12,4%), a Itália (5,3%), a Alemanha (5,0%), o Chile (4,7%) e Portugal (4,4%). 13

14 O Plano Nacional de Turismo (PNT), 2007/2010, cujo sentido profundo é a inclusão social, destaca a perspectiva do Brasil se converter num dos principais destinos turísticos mundiais e o Programa de Regionalização do Turismo mapeou 200 regiões turísticas no país e seleccionou os roteiros e regiões que apresentam condições de serem trabalhados, para adquirirem um padrão de qualidade internacional, retribuindo em empregos, desenvolvimento e inclusão social. O Ministério do Turismo pretende captar 7,9 milhões de turistas em 2010 e colocar o Brasil entre os primeiros vinte destinos turísticos até Neste sentido, está a ser desenvolvido um processo de reestruturação do sector, com destaque para o crescimento da hotelaria, com importantes entradas de capital estrangeiro 2, e a melhoria das infraestruturas, serviços básicos e gestão ambiental. Trata-se pois de um sector em fase de grande desenvolvimento estrutural, permitindo elevadas expectativas de crescimento. A este propósito merece destaque o facto do Brasil, além de organizar o Campeonato Mundial de Futebol em 2014 (evento que proporciona no país onde se realiza, em média, um crescimento do PIB entre 2%/2,5%), também acolher os Jogos Olímpicos em 2016, ocasiões que muito contribuirão para o crescimento do turismo no país. Relativamente ao Campeonato Mundial de Futebol, já se encontra em desenvolvimento o projecto Olá! Turista, com o objectivo de proporcionar formação profissional em várias áreas do sector do turismo, para que possa existir um bom acolhimento aos estrangeiros que por esta ocasião visitam o Brasil. Analisando os fluxos contrários, desde logo se percebe que o Brasil, face às suas características, é mais importante enquanto receptor do que como emissor de turistas. Todavia, as saídas de turistas brasileiros para o estrangeiro têm vindo a aumentar significativamente nos últimos anos. Em 2006, os gastos feitos por turistas brasileiros no exterior superaram, pela primeira vez, os níveis observados antes da grande desvalorização do Real, em A Europa é o destino mais procurado pelos brasileiros, seguida dos EUA. Dos destinos europeus, destacam-se Portugal, França, Espanha e Itália. 3. Relações Económicas com Portugal 3.1. Comércio As relações comerciais entre Portugal e o Brasil têm registado algumas flutuações, essencialmente no que se refere à posição do Brasil como cliente de Portugal, sendo que o ano de 2009 apresenta uma melhoria de 6 pontos no respectivo ranking (11ª posição), quando comparado com 2005 (17ª). O Brasil como fornecedor de Portugal assume quotas de mercado mais elevadas, bem como os respectivos rankings. Dos 130 países analisados no Relatório de Competitividade de Viagens e Turismo 2008, divulgado pelo Fórum Económico Mundial, o Brasil é considerado o 49º país mais atractivo do mundo para investimentos no sector do turismo. 14

15 Importância do Brasil nos Fluxos Comerciais de Portugal Como cliente Como fornecedor Posição 17º 14º 17º 13º 11º % 0,58 0,74 0,69 0,84 0,95 Posição 10º 8º 8º 9º 10º % 2,00 2,32 2,42 2,23 1,77 Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Dado que também já existe disponível este tipo de informação, para o mês de Janeiro de 2010, verificase uma continuidade deste posicionamento do Brasil como cliente de Portugal, assumindo o 11º lugar, com uma quota de 1,01%. Já na posição de fornecedor e durante o mesmo período, desceu um lugar, passando para 11º mercado, com uma quota de 2,00%. Se verificarmos quais os países que mais contribuíram, em 2008, para o acréscimo das exportações nacionais, temos o Brasil em 7º lugar, tendo participado para o referido acréscimo com 17,1%. Os valores relativos às trocas comerciais entre Portugal e o Brasil, publicados pelo INE, referentes ao período 2005/2009, mostram uma taxa média de crescimento anual das exportações e das importações, da ordem dos 15,1% e 0,3%, respectivamente (muito embora os números base das importações sejam bastante superiores aos das exportações). Portugal mantém uma balança comercial tradicionalmente deficitária, que registou sucessivos agravamentos até 2007, verificando-se saldos mais baixos em 2008 e em 2009, ano em que o coeficiente de cobertura atingiu o seu pico, 33, 2% (o comportamento do ano de 2009 esteve de acordo com a realidade internacional, tendo-se registado quebras em ambos os fluxos). Evolução da Balança Comercial Bilateral (10 3 EUR) Varia a 2009 Jan/Fev 2010 Jan/Fev Variab Exportações ,1% ,4% Importações ,3% ,2% Saldo Coeficiente de cobertura 18,1% 20,7% 18,7% 23,5% 33,3% -- 47,6% 47,1% -- Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período (b) Taxa de variação homóloga Já os primeiros dois meses de 2010, quando comparados com o homólogo de 2009, apresentam um acréscimo de 67% nas exportações e de 69% nas importações, o que pode querer transmitir uma evolução positiva do comércio bilateral com o Brasil, no ano presente. O saldo permanece negativo e quando comparamos os coeficientes de cobertura, o ano de 2010 começa com coeficientes na casa dos 47%, superiores aos do último quinquénio. 15

16 Em 2009 e por região GeoEconómica, o Brasil foi o 1º país destino das exportações nacionais, no âmbito da América Central e do Sul. Se considerarmos a faixa dos países extra comunitários, também em 2009, o Brasil classificou-se no nosso 3º cliente. Os fluxos comerciais bilaterais, além de envolverem valores relativamente baixos (sobretudo no caso das exportações nacionais), apresentam duas características muito importantes: são bastante concentrados numa gama reduzida de produtos e apresentam um baixo índice de coincidência entre si. Em 2008 contaram-se empresas a exportar para o Brasil, enquanto em 2005 foram A estrutura das exportações portuguesas para o Brasil, por grupos de produtos, não sofreu alterações significativas no período , Por ordem de valor, os 5 principais grupos de produtos exportados por Portugal para o Brasil em 2009, foram, os produtos agrícolas, máquinas e aparelhos, minerais e minérios, produtos alimentares e plásticos e borracha, os quais no seu conjunto representaram cerca de 77% das nossas vendas para este mercado. Tendo como base 2005, todos estes grupos de produtos registaram acréscimos de valor em 2009: os produtos agrícolas (80%), as máquinas e aparelhos (115,5%), os minerais e minérios (50,3%), os produtos alimentares (45,2%) e os plásticos e borracha (64,8%). Outros grupos de produtos também registam evoluções positivas, mas o baixo valor, interfere com a importância que lhe destacamos. Exportações por Grupos de Produtos (10 3 euros) 2005 % 2008 % 2009 % Produtos agrícolas , , ,3 Máquinas e aparelhos , , ,3 Minerais e minérios , , ,4 Produtos alimentares , , ,2 Plásticos e borracha , , ,8 Veículos e outro mat. transporte , , ,3 Produtos químicos , , ,2 Metais comuns , , ,7 Matérias têxteis , , ,4 Vestuário , , ,2 Pastas celulósicas e papel , , ,1 Madeira e cortiça , , ,3 Combustíveis minerais , , ,2 Instrumentos de óptica e precisão 610 0, , ,7 Calçado 234 0,1 96 0, ,1 Peles e couros 603 0, , ,0 Outros produtos 847 0, , ,0 Valores confidenciais 693 0, , ,6 Total , , ,0 Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística 16

17 Outros há que apresentam decréscimos. como as matérias têxteis (- 44%) e os combustíveis minerais (-68,5%). Numa análise a 4 dígitos e tendo em consideração os valores de 2008 e de 2009, registaram-se algumas evoluções dignas de destaque: Azeite oliveira e suas fracções, mesmo refinado mas n/ quimicamente modificado (- 11,5%); Minérios de cobre e seus concentrados (- 27,1%); Peixes congelados excepto os filetes e carne de peixe da pp 0304 (- 35%); Maçãs, pêras e marmelos, frescos (+ 98,3%); Máquinas e aparelhos impressão. exc pp 8471; máquinas auxiliares p/ impressão (+ 39,2%); Partes dos veículos e aparelhos das posições 8801 ou 8802 (+ 33,1%); Outras chapas, folhas e lâminas, de plástico n/ alveolar, n/ reforçadas, etc (+ 24,3%). Se atendermos ao grau de intensidade tecnológica das nossas exportações para o Brasil (fonte GEE), em 2008 podemos dizer que houve uma concentração em dois graus diferentes: 23,3% em média-alta e 60,9% em baixa; na alta houve 7% e na média-baixa 8,8%. Se compararmos com 2004, não se registam grandes diferenças: 22,2% em média-alta e 62,2% em baixa, ao que se lhe junta, 6,3% em alta e 9,3% em média-baixa. Por outro lado, o quociente entre as exportações de produtos industriais transformados e as exportações totais, em 2008 foi de 84,0% e em 2004 foi de 62,2%, o que demonstra uma evolução positiva no grau de transformação das exportações. Segundo o INE, em 2008 foram empresas nacionais a exportarem para o Brasil, enquanto em 2004 foram 976. O aumento das importações portuguesas provenientes do Brasil nos últimos anos está relacionado, em termos gerais com dois factores fundamentais: a desvalorização da moeda, que veio tornar os produtos brasileiros mais competitivos a nível internacional e a estratégia de reforço das exportações levada a cabo pelas empresas brasileiras. Acresce a estes dois factores, o aumento significativo da parcela correspondente aos combustíveis minerais na factura das compras portuguesas a este mercado, o que reduz a diversificação de produtos brasileiros exportados para Portugal. Mas este comportamento ascensional foi interrompido em 2009, ano em que as exportações, na sua totalidade, decresceram cerca de 35%, facto que tem a ver com os constrangimentos económicos e financeiros vividos neste ano e que se fizeram sentir na maior parte dos países e no comércio externo em particular. Nestas circunstâncias, em 2009 houve uma maior concentração de grupos de produtos nas importações, do que nas exportações; três grupos constituídos pelos combustíveis minerais, pelos produtos agrícolas e pelos metais comuns, representaram no seu conjunto cerca de 75% das nossas importações, embora apresentando comportamentos diferentes, face aos valores de Se os combustíveis minerais não sofreram grande alteração, já os produtos agrícolas cresceram cerca de 25% e os metais comuns baixaram 26%. 17

18 Importações por Grupos de Produtos (10 3 euros) 2005 % 2008 % 2009 % Combustíveis minerais , , ,1 Produtos agrícolas , , ,7 Metais comuns , , ,0 Máquinas e aparelhos , , ,2 Produtos alimentares , , ,9 Plásticos e borracha , , ,6 Madeira e cortiça , , ,7 Produtos químicos , , ,4 Calçado , , ,8 Pastas celulósicas e papel , , ,2 Peles e couros , , ,7 Vestuário , , ,6 Matérias têxteis , , ,6 Instrumentos de óptica e precisão , , ,5 Minerais e minérios , , ,3 Veículos e outro mat. transporte , , ,3 Outros produtos , , ,5 Valores confidenciais , , ,9 Total , , ,0 Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Analisando a evolução dos produtos considerados a 4 dígitos da NC. em 2008/2009, tivemos: Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (- 39,4%); Soja, mesmo triturada ( - 36,8%); Madeira serrada longitudinalmente, de espessura superior a 6 mm (- 50,9%); Partes reconhecíveis c/o exclusiva/principalmente p/ motores das pp 8407/08 (- 36,1%); Polímeros de etileno, em formas primárias (- 19,3%); Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias (+ 61,2%); Prod laminados planos de ferro/aço n/ ligado, largura >=600mm. laminados etc (+ 28,6%); Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose quimicam. pura, no estado sólido (+ 11,0%). situação que no seu conjunto ajuda a compreender o decréscimo global registado no não de Verificando agora as importações por grau de intensidade tecnológica, temos para 2008, os graus baixa, média-baixa e média-alta que registaram 41,9%, 25,6% e 28,6%, respectivamente, enquanto a alta teve 3,9%; já em 2004, foram respectivamente, 47,9%, 31,6%, 19,2% e 1,3% para a alta. Pode-se notar uma 18

19 evolução favorável, tendo em conta uma menor representatividade das importações de inferior intensidade tecnológica. O quociente entre a importação de produtos industriais transformados e a importação global de produtos foi de 27,9% em 2008 e de 46,4% em 2004, identificando alterações nos produtos objecto das trocas. Nas importações do Brasil, em 2008 foram envolvidas empresas nacionais, enquanto em 2004 foram Serviços No período relativo a 2005/2009, podemos constatar que as exportações de serviços para o Brasil registam um crescimento contínuo (crescimento médio de 12,8%), enquanto as importações tiveram uma evolução mais irregular, com um crescimento médio de -5,3%. Já para no mês de Janeiro de 2010 registou-se um crescimento de 34,8% nas exportações, quando comparadas com o período homólogo de 2009; no caso das importações o crescimento foi de 8%. Os serviços exportados dizem respeito, essencialmente, a transportes e a viagens e turismo, representando no seu conjunto, 89% da totalidade dos serviços exportados em Balança de Serviços com o Brasil (10 3 euros) Var % a 2009 Janeiro 2010 Janeiro Var % b Exportações , ,8 Importações , ,0 Saldo Coef. Cob. 100,9% 134,2% 157,2% 182,6% 200,7% ,2% 183,8% -- Fonte: Banco de Portugal (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período (b) Taxa de variação homóloga Pelo lado das importações, verifica-se que as viagens e turismo apresentam valores muito superiores aos restantes serviços, o que revela que existe um forte fluxo turístico de Portugal para o Brasil. Seguem-se os transportes, com 27% do valor total, constituindo estas duas rubricas 80% do conjunto dos serviços importados. Resta informar que estas duas rubricas se têm mantido como principais ao longo de vários anos Investimento O Brasil continua a ser um importante destino do investimento directo de Portugal no estrangeiro (IDPE). De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, o Brasil, depois de ter sido o primeiro mercado de destino do investimento português em fins da década de 90 e início de 2000, apresentou 19

20 períodos com ligeiras oscilações, tal como se pode verificar pelo quadro abaixo representado; muito embora, entre 2005/2009 o Brasil nunca tenha descido abaixo da 5ª posição (só registada em 2005) como país receptor do IDPE, evoluiu para o 3º mercado nos anos de 2006 e 2007 e para 4º mercado nos anos de 2008 e de Em Janeiro de 2010 os valores atingidos permitem classificar o Brasil, de novo, como 3º mercado receptor. Em termos de percentagem sobre o investimento bruto, o indicador é crescente, destacando-se a taxa registada em Janeiro de 2010 (10,67%), bastante superior às do quinquénio anterior e à do período homólogo de 2009 (+143%). Já o investimento do Brasil em Portugal tem uma expressão mais reduzida, embora com oscilações, tanto nos rankings, como nas respectivas quotas. Destes 5 anos em análise, foi o ano de 2009 aquele que melhores resultados apresentou, embora se registe um grande retrocesso no mês de Janeiro de 2010, quando comparando a respectiva quota com a do período homólogo de 2009 (desce de 0,22% para 0,08%). Importância do Brasil nos Fluxos de Investimento para Portugal Portugal como receptor (IDE) Janeiro 2010 Janeiro Posição a 17ª 16ª 17ª 16ª 14ª n.d. 18ª % b 0,25 0,28 0,35 0,23 0,69 0,22 0,08 Portugal como emissor (IDPE) Posição a 5ª 3ª 3ª 4ª 4ª n.d. 3ª % b 3,59 4,34 4,49 4,74 6,87 4,39 10,67 Fonte: Nota: Banco de Portugal (a) Posição do mercado enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total. num conjunto de 55 mercados (b) Com base no investimento bruto n.d. não disponível De acordo com o atrás referido e tendo presente os valores em causa, o investimento directo brasileiro em Portugal registou uma evolução positiva entre 2005/2009 com excepção do ano de 2008, que apresentou uma quebra de 30%, para logo em 2009 ter uma subida brusca, de cerca de 170%, o que significa que as empresas brasileiras já consideram Portugal como país seguro para os seus investimentos; o crescimento médio anual para o investimento bruto foi da ordem dos 50%, enquanto para o caso do desinvestimento atingiu perto de 180%. Investimento Directo do Brasil em Portugal (10 3 EUR) Var % a 2009 Janeiro 2010 Janeiro Var % b Investimento bruto , ,8 Desinvestimento , Investimento líquido Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período (b) Taxa de variação homóloga - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior 20

21 Contudo, o investimento líquido é sempre positivo, com os valores a oscilarem, tendo atingido o seu máximo em 2009 (aumento de 485,5% face a 2008). Não se pode deixar de destacar, no investimento do Brasil em Portugal, o recente investimento da Embraer, o qual está a impulsionar o desenvolvimento de um cluster aeronáutico no nosso país. Outros investimentos devem ser relevados, tais como a CSN-Companhia Siderúrgica Nacional, a Weg Motores, a Marcopolo, e um anterior investimento da Embraer, adquirindo 65% das OGMA. Para além destes, também já se encontram em Portugal o Banco do Brasil, o Banco Itaú Europa, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez (construção civil e obras públicas) e a Haco (etiquetas). Podemos destacar algumas grandes áreas de interesse para o investimento do Brasil em Portugal: biotecnologia. centros de serviços partilhados, TIC, aeronáutica e as energias renováveis, não deixando de referir também a possibilidade do estabelecimento de unidades de distribuição ou mesmo industriais, cujo objectivo final seja atingir outros mercados europeus. Investimento Directo de Portugal no Brasil (10 3 EUR) Var % a 2009 Janeiro 2010 Janeiro Var % b Investimento bruto , ,9 Desinvestimento , Investimento líquido Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período (b) Taxa de variação homóloga - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior Por outro lado, o Brasil é um importante destino de IDPE, sendo esta área aquela em que o relacionamento bilateral mais se tem evidenciado, mais propriamente, desde finais dos anos 90. Apesar das incertezas no mercado internacional, a estabilidade macroeconómica no Brasil tem sido fundamental para garantir a continuidade na entrada de investimento directo estrangeiro (IDE) no país. De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, no período 2005/2009 o investimento bruto teve um crescimento médio anual de 15%, enquanto o desinvestimento caiu 30,5%. Apesar das incertezas no mercado internacional, a estabilidade macroeconómica no Brasil tem sido fundamental para garantir a continuidade na entrada de investimento directo estrangeiro (IDE) no país. Já em Janeiro de 2010, se compararmos com o período homólogo de 2009, deu-se um crescimento de 134% no investimento bruto e um acréscimo superior a 1000% no desinvestimento, mantendo o investimento líquido positivo, 68% superior ao de Janeiro de

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