ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
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- Margarida Amélia Campos Paiva
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1 ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
2 Art. 1142, CC Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizados, para exercicio da empresa, por empresário ou por sociedade empresária. - Trata-se de ELEMENTO ESSENCIAL À EMPRESA - É o instrumento da atividade empresarial
3 Conceito de estabelecimento É o complexo de bens de natureza variada, materiais e imateriais, reunidos e organizados pelo empresário individual ou pela sociedade empresária, por serem necessários e úteis ao desenvolvimento e à exploração de sua atividade economica. Poderá ser estabelecimento empresarial físico ou virtual.
4 NATUREZA JURÍDICA: O estabelecimento empresarial não pode ser confundido com a sociedade empresária (sujeito de direito), nem com a empresa (atividade econômica). Não é sujeito de direitos; É uma coisa (pois não possui personalidade jurídica); e Integra o patrimônio da sociedade empresária
5 FUNDO DE EMPRESA (antes: Fundo de Comércio) Há bens materiais e imateriais que unidos aos atributos do estabelecimento, somam valor ao estabelecimento, esse valor agregado ao complexo de bens É O FUNDO DE COMÉRCIO ou DE EMPRESA.
6 ELEMENTOS DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL A) BENS (elementos) CORPÓREOS (materiais): são os bens móveis e imóveis veículos, computadores, produtos ou mercadorias, utensílios, balcões, etc B) BENS (elementos) INCORPÓREOS (imateriais): não possuem existência tangível e são relativos aos direitos que o empresário tem sobre as coisas localização do imóvel (ponto comercial), nome empresarial, insígnia, fórmulas, marca, direitos autorais de obras literárias, etc.
7 ELEMENTOS INCORPÓREOS são compostos por: 1)ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO: - Nome empresarial: identifica o empresário no exercício da atividade economica. É a designação com que o empresário efetua seu registro, exerce sua atividade economica e assina seus documentos.
8 Acessórios do nome empresarial: - TÍTULO DO ESTABELECIMENTO: designação pelo qual o local da situação da empresa é conhecido popularmente. EX: Casas Bahia. - INSÍGNIA: sinal externo ou representação gráfica do estabelecimento que o individualiza (como logotipo, emblema, letra, desenho). EX: McDonald s
9 EXPRESSÃO OU SINAL DE PROPAGANDA: legenda, anúncio, palavra, reclame, jingle que revela a qualidade do produto ou serviço e serve como atrativo de clientela, por lembra-la da marca da empresa. EX: de mulher pra mulher Marisa Casas Bahia vem ser feliz!!
10 2) Elementos constitutivos da propriedade industrial: a) PROTEÇÃO DE DIREITOS RELATIVOS À PROPRIEDADE INDUSTRIAL: a) PATENTE: confere direito de explorar com exclusividade invenção e modelo de utilidade; b) REGISTRO NO INPI: concede direito exclusivo ao uso de desenho industrial e de marca. b) INVENÇÃO: criação original do espírito humano consistente num novo produto, novo processo, novo instrumento para obtenção de produtos. Requisitos: originalidade, industrialidade e novidade.
11 c) MODELO DE UTILIDADE: inovação trazida em objeto já conhecido para trazer mais eficiência ou comodidade; d) DESENHO INDUSTRIAL: consiste no design (conjunto de linhas ou cores que poderá ser aplicado na ornamentação de um produto), poderá ser efetuado contrato de cessão do desenho industrial. Não poderá ser contrário à moral e aos bons costumes, ofensivo à honra ou imagem de pessoas, crença, culto, sentimentos.
12 e) MARCA: É o sinal ou nome colocado no produto ou serviço pelo empresário para identificá-lo, direta ou indiretamente no mercado, tornando-o conhecido da clientela e fixando a origem e procedencia.
13 Modalidades de marca: a) MARCA DE PRODUTO OU SERVIÇO: sinal distintivo, visualmente perceptível, utilizado para distinguir produto (EX: cola em bastão Pritt, molho de tomate Pomarola) ou um serviço (TAM, UNIMED) de outro identico ou similar. Não há impedimentos para que se utilize a mesma marca para produtos ou serviços distintos. EX; Scala hidratante ; Scala malhas.
14 b) MARCA CERTIFICADA OU DE CERTIFICAÇÃO: usada para atestar se o produto está de acordo com as regras ou especificações técnicas quanto à qualidade, material utilizado, etc. Visa a garantia da boa qualidade do produto. EX: leite longa vida
15 c) MARCA COLETIVA: identifica o produto ou o serviço oriundo de membros de uma certa entidade. EX: BATAVO, TIROL. Constitui a marca de uma comunidade ou de um agrupamento de pessoas, distintiva de produtos de uma região.
16 PROTEÇÃO ESPECIAL LEGAL MARCA DE ALTO RENOME: registrada no Brasil, p. ex: Kodak, Coca-Cola, Toyota, Elma Chips, Kibon, que pela sua fama ou bom conceito perante o consumidor. Essa proteção poderá ser requerida perante o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) para opor pedido de registro de marca de terceiro ou de processo administrativo de nulidade de registro de marca de terceiro. MARCA NOTORIAMENTE CONHECIDA EM SEU RAMO DE ATIVIDADE, independentemente de estar depositada ou registrada no Brasil, para que outra empresa não de aproveite da sua divulgação internacional e não se beneficie do investimento alheio.
17 CRIMES CONTRA A MARCA - LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996 (Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.) Determina a legislação que comete CRIME contra marca quem: reproduz marca registrada ou imita-a de forma a causar confusão; altera marca registrada de produto já em circulação no mercado importa, exporta, vende, oferece ou expõe a venda, oculta ou tem estoque produto com marca reproduzida ou imitada; Determina a legislação que comete CRIME contra patente quem: fabrica produto que seja objeto de patente ou modelo de utilidade ou usa meio ou processo que seja objeto de patente de invenção sem a autorização do titular. exporta, vende, expõe ou oferecer à venda produtos fabricados com violação a patente, bem como importa produto que seja objeto de patente no País. fornece componente de um produto patenteado, ou material ou equipamento para realizar um processo patenteado, desde que a aplicação final do material ou equipamento seja a exploração do objeto da patente.
18 EXEMPLOS DE CRIMES contra marca:
19 3) Ponto comercial: é o local em que o empresário desenvolve sua atividade. É o lugar físico em que se encontra situado o estabelecimento. Trata-se de elemento incorpóreo do estabelecimento, o qual é protegido juridicamente por ser dotado de valor econômico. Sendo o local onde o empresário desempenha seu mister, o ponto comercial pode ou não ser economicamente importante, tendo maior ou menor vulto. Independentemente de sua mensuração econômica, terá sempre a proteção da lei.
20 Alienação do Estabelecimento Empresarial - O estabelecimento empresarial pode ser vendido pelo empresário que o titulariza. - O contrato de compra e venda de estabelecimento denomina-se trespasse.
21 TRESPASSE DO ESTABELECIMENTO O art CC, admite-o, mas à falta de outros bens para garantia do passivo do alienante, sua eficácia condicionar-se-á ao pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias, a partir de sua notificação (vide art do NCC). Art Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. Art O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. Art Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em 30 (trinta) dias a partir de sua notificação.
22 E, ainda: a) A responsabilidade do adquirente pelo pagamento de débitos anteriores ao trespasse (art do NCC). Art O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de 1 (um) ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
23 b) A impossibilidade de o alienante fazer concorrência ao adquirente durante cinco anos, contados da transferência, é presumida (art do NCC). Art Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos 5 (cinco) anos subsequentes à transferência.
24 Comércio eletrônico (Internet) 1. Conceito - Atos de circulação de bens, prestação ou intermediação de serviços em que as tratativas se fazer por transmissão e recebimento de dados por via eletrônica. 2. Tipos de estabelecimentos empresariais B2B (business to business) = os compradores também são empresários, e se destinam a negociar insumos; B2C (business to consumer) = os compradores são consumidores (destinatário final); C2C (consumer to consumer) = os negócios são realizados entre consumidores, cumprindo o empresário titular do site apenas funções de intermediação. Ex: leilões virtuais.
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