Direito de empresa. Prof. Cristiano Erse.

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1 Direito de empresa Prof. Cristiano Erse

2 Do direito comercial ao direito de empresa Direito comercial: foco nos atos de comércio e no comerciante. Direito empresarial: foco na empresa e em tudo que a cerca. Código comercial está em vigor nas questões relativas ao comércio marítimo.

3 Características do direito empresarial Cosmopolita, porque criado e renovado constantemente pela dinâmica econômica mundial. Por essa razão, a legislação comercial está repleta de leis e convenções internacionais; Informal, pois as operações em massa, transações eletrônicas e globalizadas não admitem o sistema lapidado com formalismos e exigências excessivas; Fragmentário, por ser formado por um conjunto de normas esparsas pelo ordenamento; Oneroso, uma vez que as atividades empresariais devem envolver a possibilidade de lucro, não admitindo a gratuidade.

4 Empresa e empresário O ponto de partida para a compreensão da teoria da empresa e seu respectivo amparo jurídico repousa, primordialmente, na noção do que é empresa. O código civil, em realidade, não define, explicitamente, empresa, apenas empresário. Veja:

5 Art.966 Art.966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

6 Empresa como atividade específica. Implicitamente, todavia, pode-se concluir que empresa, para o direito, de acordo com o CC, é a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de produtos ou de serviços. Apesar de serem diversos os sentidos dados à palavra empresa no dia a dia, seu verdadeiro significado jurídico é esse.

7 Diferenças entre empresa e outros conceitos Empresa não é pessoa e não se confunde com empresário. Empresa não é bem e não se confunde com o estabelecimento. Empresa não é local e não se confunde com o ponto empresarial Empresa não fale, nem pede recuperação, isso é inerente ao empresário.

8 Características essenciais da atividade empresarial 1 econômica Voltada para o lucro. O principal é que, do ponto de vista econômico, seja uma atividade com possibilidade de gerar lucro para quem a explora.

9 Características essenciais da atividade empresarial 2 organizada: concentra os quatro fatores de produção: capital, insumos, mão de obra e tecnologia. O capital é o montante de dinheiro necessário ao desenvolvimento da atividade. Os insumos correspondem aos bens articulados pela empresa. A mão de obra envolve o auxílio de prepostos do empresário para a consecução de sua atividade. A tecnologia, que não quer dizer, necessariamente, tecnologia de ponta ou aplicada de altos investimentos em pesquisas de novas fontes e formas de produção, mas sim que o empresário detém as informações necessárias ao desenvolvimento da atividade a que se propõe explorar.

10 Características essenciais da atividade empresarial 3 produção ou circulação de bens e serviços: produção de bens é a fabricação de produtos ou mercadorias. Produção de serviços é a prestação de serviços. Atividade de circulação de bens é a do comércio, em sua manifestação originária: ir buscar o bem no produtor para trazê-lo ao consumidor. Circular serviços é intermediar a prestação de serviços. Ex: agência de turismo.

11 Características essenciais da atividade empresarial 4 Bens ou serviços

12 Empresário Entendido o que significa empresa para o direito, torna-se mais fácil a tarefa de definir o que é empresário. Empresário é toda pessoa que exerce profissionalmente uma atividade enquadrada como empresarial, desde que tenha capacidade legal e não esteja impedido.

13 Profissionalismo do empresário Habitualidade: não se considera profissional aquele que realiza tarefas de modo esporádico. Pessoalidade: exige-se a pessoalidade, o empresário deve participar da atividade que explora. Ressalte-se, todavia, que não o faz sozinho. O empresário articula, conforme dito anteriormente, os fatores de produção, incluindo, dessa forma, a mão de obra. Entretanto, o trabalho será subordinado, estes atuaram como prepostos do empresário. Monopólio das informações: conhecimento das técnicas de produção das mercadorias ou dos serviços por ele prestados, das qualidades exigidas pelo mercado para essa atividade, dos defeitos a que podem estar sujeitos esses bens e serviços, dos riscos advindos ao consumidor pela utilização dos produtos ou decorrentes da execução dos serviços, das informações e avisos que deverão ser repassados aos consumidores.

14 Espécies de empresarios Empresário individual: pessoa física (natural) inscrita na junta comercial para exercício de atividade empresarial. Embora tenha CNPJ não é pessoa jurídica. Sociedade empresária: pessoa jurídica que tem como objeto uma atividade empresarial.

15 EXEMPLO 1 1. João tem uma fábrica de móveis. Ele compra a madeira, contrata mão de obra, domina a tecnologia de produção. Produz profissionalmente móveis para casas e depois os vende com o intuito de lucro. João é um empresário individual, pois exerce a atividade empresarial sem a constituição de uma pessoa jurídica. Pode e deve registrar-se na Junta Comercial e solicitar um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). Todavia, embora tenha CNPJ não é pessoa jurídica e sim equiparado à mesma para fins de fiscalização e regularização da atividade.

16 Exemplo 2 Um dia João resolve aumentar o seu negócio. Estabelece com José uma parceria. Contrata um advogado que elabora um contrato de sociedade entre eles. Registra o contrato. Quem exerce a atividade empresarial agora é a sociedade e não os sócios. Temos, dessa forma, uma sociedade empresária.

17 CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO O CC trata entre os art. 972 à 980 da capacidade para ser empresário. Pelo teor das disposições, pode-se perceber, claramente, que, embora, os artigos se refiram, a princípio, somente aos empresários individuais, as regras dirigemse também aos administradores das sociedades empresárias.

18 CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO (continuação) Podem exercer, dessa forma, a atividade de empresário individual ou a de administrador de sociedade empresária os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos (art.972).

19 LEGALMENTE IMPEDIDOS Legalmente impedidos são aqueles que encontram vedação legal ou parcial em lei para o desenvolvimento de atividade comercial, muito embora sejam capazes. É o caso, por exemplo, dos deputados e senadores, que, de acordo com o art.54, II, a, da Constituição Federal, não podem ser proprietário, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.

20 Exercício de atividade por incapaz O incapaz civilmente poderá, todavia, por meio de representante (se absolutamente incapaz) ou devidamente assistido (se relativamente incapaz), continuar a empresa exercida por ele antes de declarada sua incapacidade ou quando receber a empresa por herança. Necessita, todavia, de autorização judicial, que será precedida de um exame das circunstâncias e dos riscos empresariais.

21 Cônjuges Os cônjuges podem, facultativamente, contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

22 Venda de bens empresariais O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real, desde que estejam regularmente registrado na Junta Comercial todos os atos legais.

23 Obrigações dos empresários Três são as obrigações principais atinentes a todos os empresários: - registro prévio dos atos constitutivos, - escrituração dos livros empresarias obrigatórios - levantamento periódico do balanço patrimonial e do resultado econômico.

24 Registro É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis, antes do início de suas atividades (art. 967 do CC).

25 Art. 968 Empresário individual Requisitos da inscrição o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; a firma, com a respectiva assinatura autógrafa; o capital; o objeto e a sede da empresa.

26 Inscrição A inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos. À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.

27 Sucursal, filial ou agência O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

28 Descumprimento do registro A obrigação de arquivamento dos atos constitutivos, como ressaltado, é imprescindível à legalidade da atividade empresarial, bem como à aquisição, por parte das sociedades empresárias, de personalidade jurídica. Aquele que não cumprir esse dever será considerado empresário irregular ou de fato e, como conseqüência, sofrerá severas sanções, dentre elas destacam-se:

29 Conseqüências Aquele que não cumprir esse dever será considerado empresário irregular ou de fato e, como conseqüência, sofrerá severas sanções, dentre elas destacam-se:

30 Não pode requerer o benefício da recuperação de empresas, pois um dos requisitos da legislação é justamente a comprovação de que o empresário devedor exerce regularmente a sua atividade há mais de 2 anos; Não pode requerer a falência de um devedor seu, embora possa figurar no pólo passivo de um devedor seu. Seus livros comerciais não poderão ser autenticados e, consequentemente, não gozam de eficácia probatória em seu favor. Não poderá participar de licitação pública. Os sócios de sociedades irregulares responderão solidária e ilimitadamente pelas obrigações da empresa. Não terá como emitir nota fiscal e, em virtude disso, sofrerá sanções de ordem fiscal. Não poderá ser adotada a forma de microempresa, não se beneficiando das vantagens disso decorrentes.

31 Classes dos atos de registro Matrícula: ato que se refere tão-somente aos leitores, tradutores públicos, intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. Arquivamento: envolve atos de constituição, alteração, dissolução e extinção de empresas individuais, sociedades empresárias, cooperativas, consórcios, etc. Autenticação de documentos: de escrituração empresarial e de cópias dos documentos e usos e costumes assentados em seus registros.

32 ESCRITURAÇÃO De acordo com o art.1179 do CC, o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva.

33 LIVROS EMPRESARIAIS Em princípio, o empresário, pessoa física ou jurídica, independentemente do ramo de atividade em que atue, da forma societária que adote, é obrigado a escriturar os livros obrigatórios, sujeitando-se os que não o fizerem a determinadas sanções. Livros empresariais são aqueles cuja escrituração é obrigatória ou facultativa ao empresário em virtude da legislação comercial. São, portanto, apenas uma parte dos livros do empresário, pois este é obrigado a escriturar outros livros, por força da legislação tributária, trabalhista ou previdenciária.

34 ESPÉCIES Os livros empresariais, por sua vez, se dividem em duas espécies: obrigatórios (aqueles impostos pela regra jurídica) e facultativos (os que o empresário adota se quiser, não existindo sanção pela em caso de não utilização). Sendo obrigatórios, os livros empresariais se subdividem em duas categorias: os comuns e os especiais. Comuns são aqueles cuja escrituração é imposta a todos os empresários, indistintamente; ao passo que especiais são aqueles cuja a escrituração é imposta (obrigatória) apenas a uma determinada categoria de exercentes da atividade empresarial.

35 LIVROS OBRIGATÓRIOS Sendo obrigatórios, os livros empresariais se subdividem em duas categorias: os comuns e os especiais. Comuns são aqueles cuja escrituração é imposta a todos os empresários, indistintamente; ao passo que especiais são aqueles cuja a escrituração é imposta (obrigatória) apenas a uma determinada categoria da atividade empresarial.

36 LIVRO DIÁRIO No direito empresarial pátrio de hoje só há um livro comercial obrigatório comum, que é o livro Diário. Nesse sentido, o art do CC: Art Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.

37 AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis. A autenticação não se fará, todavia, sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária (art do CC).

38 Obrigatoriedade de contador para escrituração A escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade (art.1.182) e deverá ser feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. (art do CC).

39 No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa, bem como o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.

40 Dispensados de Livro Diário Microempresários, empresários de pequeno porte, desde que não optantes pelo SIMPLES. Empreendedor individual.

41 Livros facultativos Os livros facultativos servem para aprimorar os sistemas de controle da atividade empresarial. Exs.: Livro Contas-Correntes, Livro Caixa.

42 Sigilo dos livros Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei (art.1.190). Trata-se de regra que preserva o sigilo necessário às atividades empresariais.

43 Autorização judicial O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência (art ).

44 Fiscalização de impostos As restrições estabelecidas ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam, entretanto, às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais (art.1195).

45 Levantamento do balanço patrimonial e resultado econômico O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo (art do CC). O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.

46 Atividades econômicas não empresariais São quatro as hipóteses de atividades econômicas simples. A primeira se refere a quem não se enquadra no conceito legal de empresário contido no art.966 do CC. Relembre-se: Art Considera-se empresário quem exerce / profissionalmente / atividade / econômica / organizada / para a produção ou a circulação / de bens ou de serviços.

47 Parágrafo único do art.966. A segunda hipótese de atividade não empresarial está prevista no parágrafo único do art.966, o qual dispõe que não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária, ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

48 Exceção ao parágrafo único do art. 966: elemento de empresa. Verifica-se, assim, que as atividades dos profissionais liberais, como médicos e advogados, ou de artistas, como músicos e atores, em regra, não são consideradas empresariais. Se, entretanto, a atividade de profissional intelectual, de natureza científica, literária ou artística, formar uma cadeia produtiva, com colaboradores (prepostos) e organização empresarial, voltada à obtenção de lucro, será empresária.

49 Atividade rural A terceira hipótese de atividade simples é a dos produtores rurais. Todavia, esses podem ser equiparados aos empresários, desde que requeiram a sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial). Terão direito, portanto, a todos os direitos e as obrigações decorrentes da legislação empresarial.

50 Atividade exercida por cooperativa Por fim, a quarta atividade simples ou não empresarial está desempenhada pelas cooperativas, por expressa determinação do CC. Veja-se: Art.982. (...) Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.

51 Observação importante Se uma atividade empresarial é exercida por pessoas física, este será considerado empresário individual. Se uma atividade empresarial é exercida por uma sociedade, esta será uma sociedade empresária. Por outro lado, se uma atividade simples é exercida por uma pessoa física, este a exercerá em nome próprio e será uma atividade civil. Se a atividade civil for exercida por uma sociedade, esta será uma sociedade simples.

52 Estabelecimento empresarial De acordo com o art do CC, considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

53 Metáfora com uma biblioteca Para se compreender melhor a natureza desse instituto jurídico é útil socorrer-se de uma analogia com outro conjunto de bens: a biblioteca. Nela, não há apenas livros agrupados ao acaso, mas um conjunto de livros sistematicamente reunidos, dispostos organizadamente, com vistas a um fim possibilitar o acesso racional a determinado tipo de informação. Uma biblioteca tem o valor comercial superior ao da simples soma dos preços dos livros que a compõe, justamente em razão desse plus, dessa organização racional das informações contidas nos livros nela reunidos.

54 Aviamento o estabelecimento empresarial é a reunião sistematizada dos bens necessários ao desenvolvimento da atividade econômica. Quando o comerciante reúne bens de variada natureza, como as mercadorias, máquinas, instalações, tecnologia, prédio, etc., em função do exercício de uma atividade, ele agrega a esse conjunto de bens uma organização racional que importará em aumento do seu valor enquanto continuarem reunidos. Alguns autores usam a expressão aviamento para se referir a esse valor acrescido. Desse modo, tem-se que o valor econômico do estabelecimento empresarial é maior que a soma de seus bens, em virtude da organização que é feita pelo empresário.

55 Natureza jurídica O estabelecimento empresarial é considerado pela doutrina um bem incorpóreo, embora integrado por outros bens corpóreos e incorpóreos.

56 Negociação de estabelecimento O estabelecimento empresarial, por possuir valor econômico e tutela jurídica, é suscetível de negociação no mercado empresarial. Pode, assim, ser objeto unitário de direitos e negócios jurídicos constitutivos ou translativos, desde que compatíveis com a sua natureza (art.1143 do CC).

57 Registro de negociação de estabelecimento empresarial O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial (art.1144 do CC).

58 Eficácia da alienação do estabelecimento Se ao alienante do estabelecimento não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação (art.1145 do CC). Isto se justifica, pois o estabelecimento, por integrar o patrimônio do empresário, é também garantia de seus credores. A não observância dessas cautelas pode acarretar na decretação de falência do empresário omisso.

59 TRESPASSE A alienação de estabelecimento pelo empresário individual ou pela sociedade empresária a outro (a) recebe o nome doutrinário de trespasse.

60 EFEITOS DO TRESPASSE O trespasse implica a transferência de um conjunto de bens organizados pelo alienante ao adquirente, de modo que este possa prosseguir com a exploração da atividade empresarial. Ele assumirá a posição do empresário primitivo, devendo arcar com todos os contratos já celebrados por este, por força da atividade desenvolvida. Assim, o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento (art ).

61 SUCESSÃO DE DÍVIDAS POR TRESPASSE O adquirente é, portanto, sucessor do alienante nas dívidas contabilizadas, sendo acionado diretamente pelos credores do antigo dono do estabelecimento. Claro está, entretanto, que o adquirente terá o direito de regresso contra o alienante por ele pagas e não incluídas no contrato de trespasse. Também há sucessão do adquirente nos débitos de ordem trabalhista (CLT, art.448) e tributária (CTN, art.133).

62 SUCESSÃO DE CRÉDITOS Da mesma forma como o adquirente assume os débitos da empresa, também pode haver cessão de créditos a que tinha direito o alienante, enquanto no comando do estabelecimento vendido. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente (art.1.149).

63 TRESPASSE NÃO CONCORRÊNCIA Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência (art ). Trata-se de norma que protege o alienante contra a concorrência desleal. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista persiste durante o prazo do contrato.

64 PONTO EMPRESARIAL Em função do ramo de atividade explorada pelo empresário, a localização do estabelecimento comercial pode importar acréscimo, substantivos, no seu valor. Ao local específico do estabelecimento empresarial chama-se ponto empresarial ou comercial. O ponto comercial é, também, juridicamente protegido porque é dotado de valor econômico. Quando o empresário ou a sociedade empresária desenvolvem suas atividades econômicas em imóvel próprio, a proteção se faz pelas normas ordinárias da tutela da propriedade. Por outro lado, se desenvolve a atividade em imóvel alheio (locado), a proteção jurídica do valor agregado pelo estabelecimento seguirá a disciplina da lei de locação não residencial (lei 8.245/91).

65 PREPOSTOS DO EMPRESÁRIO Para o desenvolvimento da empresa, o empresário ou sociedade empresária conta com o auxílio de pessoas que desempenham a mão de obra, a qual, como visto, é um dos fatores de produção da empresa. Essas pessoas podem ser contratadas segundo a legislação trabalhista como empregadas (CLT), ou ser profissionais autônomos cujos serviços são tratados para tarefas específicas. Independentemente da forma pela qual se dá o vínculo de prestação de serviço junto à empresa, essas pessoas são chamadas, pelo direito empresarial, de prepostos. Aquele a quem estes estão subordinados chama-se preponente.

66 PREPOSTOS (CONTINUAÇÃO) Independentemente da forma pela qual se dá o vínculo de prestação de serviço junto à empresa, essas pessoas são chamadas, pelo direito empresarial, de prepostos. Aquele a quem estes estão subordinados chama-se preponente.

67 RESPONSABILIDADE DO EMPRESÁRIO POR ATOS DOS PREPOSTOS À medida que os prepostos atuam dentro ou fora do estabelecimento comercial, mas de acordo com a atividade exigida pela empresa, seus atos obrigamna. Assim, os prepostos agem representando os interesses da empresa e, dessa forma, celebram contratos com terceiros. Se, por exemplo, alguém entra em uma loja de departamentos e, tratando com um funcionário, compra determinado eletrodoméstico, a loja deverá cumprir o contrato, entregando o bem ao consumidor.

68 Note-se que os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito. Todavia, quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor (art.1178).

69 Não menos importante é o preceito contemplado no art.1171 do CC que considera perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação. Assim, um preposto pode receber citação judicial que passará a vincular a empresa, começando, inclusive, prazo para contestação.

70 LIMITAÇÕES DOS PREPOSTOS A atividade dos prepostos sofre, por outro lado, uma série de limitações. O preposto não pode, por exemplo, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas (art ). Também não lhes é permitido, salvo autorização expressa, negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação. Essa é uma das hipóteses tidas como de justa causa pela legislação trabalhista (art.1170). Trata-se, em realidade, de forma de concorrência desleal.

71 GERENTE A nomeação de gerente não é obrigatória, já que a função pode ser exercida pelo próprio empresário. Caso haja a contratação de gerente, ele é considerado preposto permanente no exercício da empresa, seja na sede desta, seja em filial, sucursal ou agência (art.1172). Será ele o responsável pela coordenação da atividade empresa, estando autorizado a praticar todos os atos necessários à administração desta. Atua com chefe, administrador geral dos serviços e do pessoal.

72 GERENTE (CONTINUAÇÃO) Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. Havendo mais de um gerente e não existindo disposição expressa especial, serão considerados solidários os poderes conferidos para o desempenho de suas atividades (art ).

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