EFEITOS DE 5 ANOS DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DEFICIENTES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EFEITOS DE 5 ANOS DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DEFICIENTES"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Faculdade de Medicina EFEITOS DE 5 ANOS DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DEFICIENTES Maria Claudia Peixoto Cenci Rio de Janeiro 2008

2 2 EFEITOS DE 5 ANOS DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DEFICIENTES Maria Claudia Peixoto Cenci Tese de doutorado submetida ao Programa de Pósgraduação em Endocrinologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Medicina, área de concentração Endocrinologia. Orientadores: Prof. Mario Vaisman Profª. Flávia Lucia Conceição Rio de Janeiro Março de 2008

3 3 EFEITOS DE 5 ANOS DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DEFICIENTES Maria Claudia Peixoto Cenci Orientadores: Prof. Mario Vaisman Profª. Flávia Lucia Conceição Tese de doutorado aprovada no exame de qualificação do Programa de Pós-graduação em Endocrinologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro em abril de 2005 através de comissão examinadora composta pelos professores Dr. Roberto Cory Pedrosa, Dra. Marília Martins Guimarães e Dra. Mônica Roberto Gadelha. Rio de Janeiro Março de 2008

4 4 EFEITOS DE 5 ANOS DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DEFICIENTES Maria Claudia Peixoto Cenci Orientadores: Prof. Mario Vaisman Profª. Flávia Lucia Conceição Tese de doutorado submetida ao Programa de Pós-graduação em Endocrinologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Medicina, área de concentração Endocrinologia. Aprovada por: Profª. (Presidente, Prof. Dr. Alexandru Buescu) Profª. (Profª. Dra. Nina Musolino) Profª. (Profª. Dra. Lenita Zajdenverg) Profª. (Profª. Dra. Alice Helena Dutra Violante) Prof. (Profª. Dra. Débora Vieira Soares) Rio de Janeiro Março de 2008

5 5 FICHA CATALOGRÁFICA Cenci, Maria Claudia Peixoto Efeitos de 5 anos de reposição de hormônio de crescimento sobre os fatores de risco cardiovasculares em adultos deficientes / Maria Claudia Peixoto. Rio de Janeiro: UFRJ / Faculdade de Medicina, 2008 XX, 133 f.: il.; 31 cm Orientadores: Mario Vaisman e Flávia Lúcia Conceição Tese (doutorado) UFRJ / Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica, Endocrinologia, 2008 Referências bibliográficas: f Tecido adiposo efeitos de drogas. 2. Fatores de risco. 3. Glicose metabolismo. 4. Lipídeos. 5. Doenças cardiovasculares. 6. Pressão arterial efeitos de drogas. 7. Hormônio de crescimento uso terapêutico. 8. Endocrinologia tese. I. Vaisman, Mario. II. Conceição, Flávia Lúcia. III. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica, Endocrinologia. IV. Título.

6 6 Ao André, com todo o meu amor. Aos meus pais e irmãs, pela inestimável ajuda neste processo.

7 7 AGRADECIMENTOS À minha dedicada orientadora, amiga e professora excepcional Flávia Lúcia Conceição, pela imprescindível colaboração na realização de todas as etapas deste trabalho e pela paciência e carinho na discussão dos dados e na leitura do texto. Ao professor Mário Vaisman, meu orientador e pai na Endocrinologia, pelo bom senso oferecido e pelo incentivo constante em todos os meus passos e pela oportunidade de realizar esta tese. Muito obrigada! Especialmente às doutoras Luciana Diniz Spina, Débora Vieira Soares, Rosane Rezende de O. Brasil e Priscila Marise Lobo, presentes desde o início da execução do projeto de reposição de hormônio de crescimento em adultos. Aos professores Mônica Gadelha, Alexandru Buescu, Alice Violante, Maria Lúcia Fleiuss de Farias, Marília Guimarães, Lenita Zajdenverg, Adolpho Milech e José Egídio Oliveira pela minha formação profissional e pelo apoio ao longo destes anos. Às queridas Melanie Rodacki e Vaneska Spinelli Reuters pelo companheirismo e amizade incondicionais durante nossa jornada. À secretária Nádia Queiroz pela amizade em todos os momentos e pelas palavras de carinho que sempre me deu. Ao laboratório Dr. Sérgio Franco, em especial à Dra. Maria Fernanda M.C. Pinheiro pela realização das dosagens de insulina e lipoproteínas e aos funcionários do laboratório do HUCFF pelas demais dosagens. Ao Dr. Jaime Gold, pela realização dos testes ergométricos e pelo carinho na explicação dos resultados obtidos. Ao Dr. Sérgio Xavier, pela realização do estudo ecocardiográfico, à Dra. Elizabeth Salles pelo US de carótidas e ao Dr. Paulo Bahia pela realização das tomografias computadorizadas de abdome.

8 8 À Dra. Vera Aleta Mansur da clínica Prevlab, pela realização da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. À Novo Nordisk Brasil S/A pelo fornecimento do Norditropin utilizado pelos pacientes da pesquisa. À todos os pacientes que participaram do estudo, sem os quais nada disso seria possível.

9 9 RESUMO EFEITOS DE 5 ANOS DE REPOSIÇÃO DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO SOBRE OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS DEFICIENTES Maria Claudia Peixoto Cenci Orientadores: Prof. Mario Vaisman Profª. Flávia Lucia Conceição Resumo da Tese de doutorado submetida ao Programa de Pós-graduação em Endocrinologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Medicina, área de concentração Endocrinologia. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de 5 anos de reposição de GH sobre a distribuição da gordura corporal, o metabolismo glicídico e lipídico, a espessura íntimamédia das carótidas (EIM), a estrutura e função cardíaca, a capacidade ao exercício e a pressão arterial em adultos com deficiência de GH (DGH). Quatorze pacientes foram avaliados clinicamente a cada três meses durante cinco anos. A dosagem dos níveis séricos de IGF-1 e insulina, o perfil lipídico, o teste oral de tolerância à glicose (TTOG) e o ultra-som de carótidas foram realizados no período basal, aos 6 meses e anualmente durante a reposição de GH. A gordura visceral foi medida por meio de tomografia computadorizada de abdome antes do início do tratamento e aos 6, 12, 24 e 60 meses. O ecocardiograma e o teste ergométrico foram efetuados no período basal e

10 10 aos 24, 48 e 60 meses. A pressão arterial (PA) foi medida por meio da realização de monitorização ambulatorial da pressão arterial no pré-tratamento e aos 6, 12, 24 e 60 meses. Foi observada redução inicial da medida da cintura, mas ocorreu uma tendência ao seu aumento ao longo do tempo em direção aos valores basais. Houve uma diminuição progressiva da gordura visceral durante o estudo. A glicemia de jejum, os níveis de insulina e o HOMA-IR não se alteraram durante o tratamento. Houve um aumento da freqüência de alterações do TTOG nos dois anos iniciais, com melhora a partir do 3º ano. Foi observado um aumento dos níveis de Apo A-1 durante o tratamento. Os níveis de apob apresentaram queda significativa no início do tratamento e depois permaneceram estáveis. Ocorreu redução significativa da EIM das carótidas durante a reposição de GH. A massa do ventrículo esquerdo e o seu índice de massa aumentaram progressivamente durante os 5 anos de tratamento. Foi observada uma melhora significativa da capacidade funcional e da captação máxima de oxigênio durante o tratamento. A PA sistólica diurna aumentou em 15 mmhg e a PA diastólica diurna aumentou em 4,5 mmhg. A carga pressórica sistólica diurna não se alterou, mas foi observada uma redução considerável, porém não estatisticamente significativa, da carga pressórica diastólica diurna durante o tratamento. Durante a noite a PA diastólica aumentou em 4 mmhg apesar de uma redução notável mas não estatisticamente significativa da sua carga pressórica. Observamos um aumento na proporção de pacientes com ausência de descenso noturno fisiológico da pressão arterial durante o estudo: de 36,4% pacientes na avaliação basal para 54,6% indivíduos após 60 meses de terapia. Concluimos que cinco anos de reposição de GH promoveu efeitos positivos sobre a gordura visceral, o perfil lipídico, a EIM das carótidas, a capacidade ao exercício e a

11 11 captação máxima de oxigênio em adultos com DGH, apesar de um modesto aumento dos níveis pressóricos e da massa ventricular esquerda. A terapia em longo prazo melhora a sensibilidade à insulina por meio de redução da gordura visceral, e a monitorização contínua é mandatória em relação ao metabolismo glicídico e aos parâmetros cardiovasculares com relação ao possível desencadeamento de efeitos colaterais. Palavras-chave: Gordura visceral, Metabolismo glicídico, Lipídeos, Ateroesclerose, Coração, Exercício físico, Deficiência de GH em adultos, Reposição de GH. Rio de Janeiro Março de 2008

12 12 ABSTRACT EFFECTS OF 5 YEARS OF GROWTH HORMONE REPLACEMENT THERAPY ON CARDIOVASCULAR RISK FACTORS IN GH-DEFICIENT ADULTS Maria Claudia Peixoto Cenci Orientadores: Prof. Mario Vaisman Profª. Flávia Lucia Conceição Abstract da Tese de doutorado submetida ao Programa de Pós-graduação em Endocrinologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Medicina, área de concentração Endocrinologia. The purpose of this study was to evaluate the effects of five years of GH substitution on body composition, glucose and lipid metabolism, carotid artery intimamedia thickness (IMT), cardiac structure and function, physical work capacity and blood pressure in adults with GH deficiency (GHD). Fourteen patients were clinically assessed every three-months for five years. Serum IGF-1 and insulin levels, lipid profile, oral glucose tolerance test (OGTT) and ultrasonography of the carotid arteries were performed at baseline, 6 months, and every year during replacement. Visceral fat was measured by CT scan at baseline, 6, 12, 24 and 60 months. Transthoracic echocardiography and exercise test were performed at baseline, 24, 48 and 60 months. Blood pressure (BP) was measured by means of ambulatory monitoring of blood pressure at baseline, 6, 12, 24 and 60 months.

13 13 The waist circunference was reduced after six months but had increased during the next months towards baseline values. Visceral fat decreased during the study. Fasting glucose and insulin levels did not change, as well as HOMA-IR. Despite an initial increase in frequency of abnormal glucose tolerance, mean two-hour OGTT glucose levels decreased during the last two years. There was an increase in ApoA-1 levels during the treatment. ApoB levels reduced after six months and remained stable thereafter. A reduction in carotid artery IMT was observed during replacement. Left ventricular mass and its index increased progressively during the 5 years of GH substitution. It was observed a significant improve in functional capacity and maximal oxygen uptake during the treatment. Diurnal systolic BP increased by 15 mmhg and diurnal diastolic BP by 4.5 mmhg. There was no change in dirnal systolic pressure load but a considerable but nonstatistically significant reduction in diurnal diastolic pressure load was observed during the study. During the night diastolic BP increased by 4 mmhg despite a substantial but nonstatistically significant reduction in diastolic pressure load. We observed an increase in the proportion of subjects with a non-physiological nocturnal fall (non-dippers) throughout the study (from 36.4% at baseline to 54.6% after 60 months of therapy). We concluded that five years of GH replacement therapy promoted positive effects on visceral fat, lipid profile, carotid artery IMT, exercise capacity and maximum oxygen uptake in GHD adults, in spite of a modest increase in BP levels and left ventricular mass. Long-term therapy improves insulin sensitivity through a reduction in visceral fat, and continuing monitoring is mandatory in terms of glucose metabolism and to arrive at further conclusions concerning the effects of GH substitution in adults on cardiovascular parameters with respect to possible unfavorable long term effects.

14 14 Keywords: Visceral fat, Glucose metabolism, Lipids, Atherosclerosis, Heart, Physical exercise, GH deficiency in adults, GH replacement. Rio de Janeiro Março de 2008

15 15 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ACTH Hormônio adrenocorticotrófico ANOVA Análise de variância para medidas repetidas AGL Ácidos graxos livres APO A-1 Apolipoproteína A APO B Apolipoproteína B. DGH Deficiência de GH DM Diabetes Mellitus ECG - Eletrocardiograma ECO - Ecodopplercardiograma EIM Espessura íntima média das carótidas FC Freqüência cardíaca FSH Hormônio folículo-estimulante GH Hormônio de crescimento GHRH Hormônio liberador do hormônio de crescimento GHRPs - Peptídeos liberadores de GH HDL Lipoproteína de alta densidade HOMA Homeostasis Model Assessment HOMA-IR Índice de resistência à insulina pelo método HOMA HUCFF- Hospital Universitário Clementino Fraga Filho HypoCCS - Hypopituitary Control and Complications Study IGF-1 Fator de crescimento insulina símile tipo 1 IGFBPs- Proteínas transportadoras de IGF-1 IGFBP-3- Proteína transportadoras de IGF-1 tipo 3 IMC Índice de massa corporal imve Índice de massa do ventrículo esquerdo ISI-composite índice de sensibilidade à insulina IL-6 Interleucina 6

16 16 KIMS - Pharmacia & Upjohn International Metabolic Database Lp(a) Lipoproteína (a) LDL Lipoproteína de baixa densidade LH Hormônio luteinizante MAPA - Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial MET Equivalente metabólico MVE Massa do ventrículo esquerdo NO Óxido nítrico PA Pressão arterial PAI-1 Fator inibidor da ativação de plasminogênio tipo 1 PCR - Proteína C reativa RCQ Relação cintura-quadril rtpa - Antígeno ativador do plasminogênio tecidual SC Superfície corporal SME Serviço de métodos especiais T3- Triiodotironina total TSH tireotrofina TTOG Teste de tolerância oral à glicose UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro VE - Ventrículo esquerdo VO 2 -max Captação máxima de oxigênio VLDL Lipoproteína de muito baixa densidade.

17 17 SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO OBJETIVOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS 3.1-Secreção de GH em adultos saudáveis Efeitos periféricos do GH Síndrome de deficiência de GH em adultos Efeitos do GH sobre a composição corporal Efeitos do GH sobre o metabolismo glicídico Efeitos do GH sobre o metabolismo lipídico Efeitos do GH sobre o sistema cardiovascular Efeitos do GH sobre o risco cardiovascular PACIENTES E MÉTODOS 4.1-Casuística Metodologia Medidas antropométricas e gordura visceral Metabolismo glicídico Análises Hormonais e Bioquímicas Ultra-sonografia das Carótidas Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) EcoDopplercardiograma Teste Ergométrico Análise Estatística...42

18 18 5-RESULTADOS 5.1 Medidas antropométricas e gordura visceral Metabolismo glicídico Perfil lipídico e espessura íntima-média das carótidas Função e estrutura cardíaca Capacidade ao exercício Pressão arterial DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS 9.1- Consentimento livre e esclarecido Artigo submetido à publicação Artigo publicado...123

19 19 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1: Características clínicas e laboratoriais da síndrome de deficiência de hormônio do crescimento em adultos e os efeitos após a reposição de GH...7 Tabela 1: Idade, sexo, IMC, presença de outros déficits hormonais e etiologia do hipopituitarismo nos 14 pacientes com DGH no período basal...31 Tabela 2: Valores normais das médias de pressão arterial...38 Tabela 3: Cargas Pressóricas...39 Tabela 4: Distribuição da gordura corporal em adultos com DGH: antes e após 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses de reposição de GH (n=14)...44 Tabela 5: Metabolismo glicídico em adultos com DGH: antes e após 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses de reposição de GH (n=14)...46 Tabela 6: Perfil lipídico em adultos com DGH: antes e após 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses de reposição de GH (n=14)...48 Tabela 7: Espessura íntima-média das carótidas em adultos com DGH: antes e após 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses de reposição de GH (n=14)...49 Tabela 8: Medidas Ecocardiográficas em adultos com DGH: antes e após 24, 48 e 60 meses de reposição de GH (n=14)...50 Tabela 9: Teste Ergométrico em adultos com DGH: antes e após 24, 48 e 60 meses de reposição de GH (n=14)...51

20 20 Tabela 10: Monitorização ambulatorial da pressão arterial em adultos com DGH: antes e após 6, 12, 24, 36 e 60 meses de reposição de GH (n=14)...53 Figura 1: Dose de GH durante os 5 anos de reposição em 14 adultos com DGH...43 Figura 2: Prevalência de intolerância à glicose e diabetes mellitus antes e após 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses de reposição de (n=14) de acordo com os critérios da American Diabetes Association (2003)...47 Quadro 2: Comparação da literatura: Modificações no perfil glicídico após a reposição de GH em adultos deficientes...59 Quadro 3 Comparação da literatura: Modificações no perfil lipídico após a reposição de GH em adultos deficientes...62 Quadro 4 Comparação da literatura: Modificações nos parâmetros cardiovasculares após a reposição de GH em adultos deficientes INTRODUÇÃO

21 21 Adultos com hipopituitarismo apresentam redução da expectativa de vida, com um risco 2 vezes maior de morte relacionada à doença cardiovascular em comparação a controles saudáveis (1), o que pode ser influenciado pela deficiência de GH (DGH). A DGH produz efeitos deletérios sobre a função cardiovascular, tanto diretamente sobre o coração e o endotélio quanto indiretamente por promover hipercoagulabilidade, obesidade abdominal, resistência insulínica, um perfil lipídico adverso (caracterizado por aumento do colesterol total, LDL e apolipoproteína B, redução do colesterol HDL e possível hipertrigliceridemia), ateroesclerose prematura, redução da capacidade ao exercício e diminuição da capacidade pulmonar (2-9). Tais alterações podem contribuir para o aumento da morbimortalidade cardiovascular em pacientes com hipopituitarismo recebendo apenas a reposição hormonal convencional (3,10,11). A reposição de GH se mostrou claramente benéfica em melhorar todos estes parâmetros (12-18), com exceção da homeostase da glicose. Poucos estudos evidenciaram um efeito positivo da reposição de GH sobre a homeostase da glicose e a resistência insulínica (12,14,19), enquanto outros mostraram deterioração (15-17,20-22) ou ausência de melhora do metabolismo glicêmico ao longo do tratamento (23-26), mesmo nos casos de efeitos favoráveis sobre a composição corporal (16,23). Assim, os benefícios reais desta modalidade de tratamento sobre a redução da resistência insulínica ainda são controversos e necessitam de confirmação por meio de estudos prospectivos, controlados e de longa duração. O presente estudo foi realizado para avaliar o efeito da reposição de GH por longo prazo sobre vários parâmetros metabólicos e cardiovasculares em adultos deficientes de GH.

22 22 A partir dos dados obtidos foram escritos 3 artigos: Impact of 5 years of growth hormone replacement therapy on cardiovascular risk factors in GH-deficient adults, publicado na revista Metabolism Clinical and Experimental (anexo 3); Effects of 5 years of growth hormone (GH) replacement therapy on cardiac parameters and physical performance in adults with GH deficiency, submetido à publicação na revista Growth Hormone & IGF Research (anexo 2); The effects of long-term administration of a low dose versus the standard GH replacement dose on glucose metabolism, lipid profile, cardiovascular function and anthropometric parameters in GH-deficient adults, em fase final de elaboração. 2-OBJETIVOS

23 23 O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de cinco anos de reposição de GH em adultos deficientes sobre: 1. Distribuição da gordura corporal por meio de medidas antropométricas e tomografia computadorizada de abdome; 2. Metabolismo da glicose por meio do teste oral de tolerância à glicose e resistência insulínica estimada através do índice de resistência insulínica pelo Homeostatic Model Assessment (HOMA); 3. Função e estrutura cardíaca (através do EcoDopplercardiograma), capacidade ao exercício (avaliação do teste ergométrico) e pressão arterial (realização de monitorização ambulatorial da pressão arterial - MAPA); 4. Presença de aterosclerose (avaliação da espessura íntima-média EIM das carótidas medida por ultra-sonografia) e de um perfil lipídico adverso (dosagens de colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol, triglicerídeos, lipoproteína (a), apolipoproteínas A e B).

24 24 3-FUNDAMENTOS TEÓRICOS Além de promover o crescimento linear, o hormônio de crescimento (GH) é responsável pela modulação de uma série de efeitos fisiológicos ao longo da vida. Com o advento do GH recombinante nos anos 80 tornou-se possível o tratamento de crianças com deficiência de GH e de indivíduos que se tornaram deficientes na vida adulta, sendo os primeiros estudos de reposição de GH em adultos deficientes publicados no final desta década (27,28). 3.1 Secreção de GH em adultos saudáveis O GH, o mais abundante dentre os hormônios hipofisários, é sintetizado pelas células somatotróficas localizadas na hipófise anterior e sua secreção é regulada pelo hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH) e pela somastotatina, produzidos no hipotálamo, que interagem com hormônios circulantes e peptídeos modulatórios adicionais ao nível da hipófise e do hipotálamo (29). A ghrelina é um peptídeo de 28 aminoácidos sintetizado principalmente nas células neuroendócrinas da mucosa gástrica que possui um efeito estimulatório dose dependente sobre a secreção de GH através de sua ligação aos receptores de GHRPs (peptídeos liberadores de GH). Evidências recentes sugerem que a ghrelina é um provável regulador da liberação de GH em associação com o duplo controle exercido pelo GHRH e pela somatostatina (30). A retroalimentação negativa da liberação de GH é mediada pelo próprio hormônio e pelo fator de crescimento insulina-símile tipo 1 (IGF-1), sintetizado principalmente no fígado sob controle do GH.

25 25 O padrão de secreção de GH é pulsátil e também apresenta variação circadiana nas 24 horas (31). Em adultos saudáveis, a secreção basal de GH é baixa durante o dia, sendo intercalada por poucos pulsos secretórios. No final da noite, particularmente durante os estágios III e IV do sono, os níveis séricos de GH se elevam marcadamente, respondendo por cerca de 70% da secreção diária do hormônio (32). As amplitudes dos pulsos de GH declinam inexoravelmente ao longo dos anos, e seus níveis na meia-idade correspondem a cerca de 15% dos valores puberais (32). Muitos dos efeitos periféricos do GH são mediados pelo fator de crescimento insulina-símile tipo 1 (IGF-1), um peptídeo de cadeia única e com estrutura homóloga à pró-insulina. Sua produção é GH-dependente, e seus níveis se encontram reduzidos em indivíduos com deficiência de GH (DGH). A maior parte do IGF-1 circula no organismo ligada a uma família de proteínas transportadoras de IGF-1 (IGFBPs), das quais a mais importante é a IGFBP-3. Somente uma percentagem inferior a 1% circula na forma livre. Os níveis de IGF-1 diminuem com a idade, atingindo um pico de 500 ng/ml no final da puberdade e decaindo para níveis próximos a 100 ng/ml em indivíduos com 80 anos (33) 3.2 Efeitos periféricos do GH O GH exerce importantes funções metabólicas durante a vida adulta. A exposição crônica ao GH acarreta um potente efeito antagonista da ação da insulina tanto no fígado quanto nos tecidos periféricos, resultando em aumento da gliconeogênese hepática e da glicogenólise com diminuição da utilização periférica da glicose e aumento da lipólise. O GH é anabólico, anti-natriurético e causa retenção do nitrogênio, diminuição da uréia plasmática e aumento da massa muscular associado à redução da deposição de gorduras.

26 26 O GH incrementa a formação óssea por meio de estimulação da atividade osteoblástica e também através do aumento da absorção intestinal de cálcio, uma vez que o GH ativa a 1α-hidroxilação da vitamina D (34). Além disso, a reposição de GH promove retenção de fosfato devido ao aumento da reabsorção renal de fósforo mediada pelo hormônio. Os níveis séricos de osteocalcina, um marcador de atividade osteoblástica, encontram-se elevados durante o tratamento com GH, tanto em indivíduos com DGH (35) quanto em pessoas saudáveis (36,37) 3.3 Síndrome de deficiência de GH em adultos As manifestações clínicas da DGH são inespecíficas e se assemelham àquelas encontradas no envelhecimento, como diminuição da vitalidade e da sensação de bem-estar psicológico (88), redução da massa magra e aumento da gordura visceral (38,39), redução da densidade mineral óssea acarretando aumento da prevalência de osteoporose (38), presença de dislipidemia (3,4), resistência insulínica (3,6) e redução da capacidade ao exercício (8,79), dentre outras alterações descritas no quadro 1. As alterações cardiovasculares e a diminuição da massa óssea são mais pronunciadas em adultos que adquiriram a deficiência na infância em comparação aos pacientes que apresentaram abertura do quadro na vida adulta; por sua vez, estes pacientes apresentam piora mais acentuada nos parâmetros relacionados à qualidade de vida, composição corporal e perfil lipídico.

27 27 Quadro 1 Características clínicas e laboratoriais da síndrome de deficiência de hormônio do crescimento em adultos e os efeitos após a reposição de GH SÍNDROME DE DGH EM ADULTOS EFEITOS DA REPOSIÇÃO DE GH Prejuízo na qualidade de vida Diminuição da vitalidade e energia Aumento da energia e do vigor Redução na capacidade de concentração Baixa auto-estima Melhora da sensação de bem-estar Isolamento social e depressão Melhora do isolamento social e do humor Labilidade emocional Alterações da composição corporal Obesidade com acúmulo de gordura visceral Redução da adiposidade central Aumento da relação cintura-quadril Redução da massa magra e da água Aumento da massa magra extracelular Alterações Cardiovasculares Diminuição da massa do VE Aumento da massa do VE Disfunção diastólica Disfunção sistólica com redução da fração de ejeção Redução da freqüência cardíaca Aumento da resistência vascular periférica Ateroesclerose prematura Aumento da espessura íntima-média das artérias Distensibilidade aórtica diminuída Redução da capacidade de exercício Diminuição da capacidade máxima de capatação de oxigênio Redução da massa e força muscular Prejuízo na função cardíaca e capacidade pulmonar Perfil lipídico adverso Aumento do colesterol total e LDL-c Redução do HDL-c Aumento dos triglicerídeos? Aumento da apoliproteína B Prejuízo na fibrinólise Aumento do fibrinogênio e PAI-1 Aumento da PCR e da IL-6 Redução da densidade mineral óssea Resistência à insulina Aumento do volume diastólico Redução da espessura íntima-média das carótidas Aumento da captação de oxigênio Aumento da massa e força musculares Redução do LDL-c Aumento do HDL? Redução da ApoB Aumento da massa óssea

28 Efeitos do GH sobre a composição corporal Vários estudos evidenciaram que a DGH em adultos associa-se a um marcado aumento da gordura corporal total (28,38-40), com um acréscimo preferencial da gordura visceral (7,28,40,41). Indivíduos com DGH apresentam uma maior relação cintura:quadril quando comparados a controles (28), mesmo após correção para o índice de massa corporal (7). Tais anormalidades da composição corporal foram observadas mesmo em pacientes com deficiência apenas parcial do hormônio (42). O GH possui uma potente ação lipolítica por meio da ativação da lipase hormônio-sensível que hidrolisa os triglicerídeos em ácidos graxos livres e glicerol e também reduz a resterificação dos ácidos graxos (43). Ademais, o GH amplifica a resposta lipolítica dos adipócitos aos estímulos β-adrenérgicos (44). Em indivíduos sem DGH, o acúmulo de gordura intra-abdominal está associado com aumento da morbimortalidade cardiovascular (45,46). A elevação da concentração de ácidos graxos livres na veia porta, como conseqüência do aumento da gordura visceral, é considerada o principal fator no desenvolvimento das alterações metabólicas características associadas à doença cardiovascular prematura (47). A comparação das medidas de massa muscular e de massa gorda em adultos com DGH e em indivíduos controles foi primeiramente realizada por Jørgensen e cols (27), por meio da realização de tomografia computadorizada axial da região medial da coxa. A razão da área de tecido muscular:tecido adiposo em um grupo de 21 pacientes jovens com DGH iniciada na infância e não tratados com GH na idade adulta foi de 64:36, enquanto que no grupo controle foi de 78:22. Tais alterações resultam da perda das ações lipolítica e

29 29 anabólica que ocorrem na vigência de concentrações normais do GH. A redução da massa magra é uma característica que distingue a DGH da obesidade nutricional, onde há aumento da massa gordurosa e da massa magra (39). A avaliação da composição corpórea em adultos com DGH demonstrou um aumento da massa gordurosa de 26 a 37% e uma redução da massa magra de 9 a 24%, em associação à diminuição da água extracelular. Após a administração de GH a estes pacientes houve uma redução de 13 a 18% da gordura corpórea e aumento de 5 a 12% da massa magra com melhora significativa da hidratação tecidual (13,27,28,48,52,76). A melhora da massa magra resultou de uma combinação de aumento das massas óssea, visceral e muscular esquelética. As mudanças favoráveis na composição corporal observadas com a reposição de GH, principalmente a redução da massa gorda e o aumento da hidratação, ocorrem já nos primeiros meses de tratamento (17,27,28). Estudos mais prolongados de 3 a 10 anos de reposição de GH em adultos deficientes mostraram uma redução da massa gordurosa de 4,5 a 8,9% e ganho de massa magra de 4,5 a 10,5%, sem diferença entre os sexos (12,14,90). Alguns autores, por meio de tomografia computadorizada de abdome, evidenciaram um efeito lipolítico preferencial do GH sobre a gordura visceral (26,28,48) e sobre a gordura subcutânea abdominal (28,48). Bengtsson e cols (48), por meio da aferição da relação cintura:quadril, também observaram uma redistribuição do tecido adiposo dos depósitos viscerais para os subcutâneos durante o tratamento, corroborando observações antropométricas em crianças nas quais a reposição de GH levou a uma redistribuição da gordura do tronco para as extremidades (49).

30 Efeitos do GH sobre o metabolismo glicídico Diferentemente das crianças deficientes de GH, que são propensas a apresentar hipoglicemia de jejum, os adultos com DGH apresentam concentrações plasmáticas de glicose de jejum normais (5,28,50,51,64,76). Na maioria dos estudos, a reposição de GH a tais pacientes acarreta um discreto aumento da glicemia de jejum, que permanece na faixa de normalidade (16,22,28,50,51,52,62,63,147). Contudo, tal achado não foi evidenciado por outros autores (21,26,72). A hemoglobina glicosilada não se alterou em estudos prospectivos com duração igual ou inferior a 1 ano (28,48,50) e em estudos cujos pacientes deficientes de GH foram tratados durante 18 meses (80), 3 anos (86) e 5 anos (14). Finalmente, foi observada uma redução da hemoglobina glicosilada em comparação aos valores basais após 10 anos de uso de GH (147). Markussis e colaboradores (5) observaram que tolerância anormal à glicose foi mais freqüente em indivíduos com DGH do que em um grupo controle pareado para sexo e idade. Entretanto, não houve diferença entre os grupos quanto aos níveis de insulina após o teste oral de tolerância à glicose. Ademais, a média da área sob a curva de glicose foi mais elevada nos pacientes com DGH quando comparados aos controles, não havendo diferença na área sob a curva de insulina. Entretanto, não foram observadas alterações na área sob a curva de glicose em dois estudos de longa duração (16,26). A resistência insulínica, determinada por uma redução na captação periférica de glicose estimulada pela insulina, é uma característica central da síndrome metabólica associada com aumento da mortalidade cardiovascular. Adultos com DGH apresentam aumento da gordura visceral e dos níveis séricos de insulina, sugerindo insulino-resistência,

31 31 que tem sido confirmada por estudos envolvendo a realização de clamp euglicêmico hiperinsulinêmico (6) e análise do modelo mínimo por meio do teste intravenoso de tolerância à glicose (50). Hew e cols (150), utilizando a técnica do clamp em associação com biópsia muscular para a medida da atividade da glicogênio sintetase, observaram que a resistência insulínica encontrada em adultos com DGH decorre principalmente da inibição da atividade da enzima nos tecidos periféricos. Entretanto, níveis elevados de GH endógeno ou altas doses de GH recombinante podem antagonizar as ações da insulina, uma vez que aumentam a glicogenólise e a gliconeogênese hepática e a oxidação dos lipídeos além de reduzir a utilização periférica de glicose, que parece estar relacionada a um defeito pósreceptor de insulina (53). Vários estudos envolvendo a realização de clamp hiperinsulinêmico demonstraram uma aguda deterioração da sensibilidade à insulina resultante do aumento da liberação de ácidos graxos livres (AGL) com a administração de altas doses de GH (15,16,23,54,55). A administração de GH tende a aumentar as concentrações de AGL em comparação aos valores pré-tratamento em curto prazo (50,51), porém o mesmo não foi observado em estudos de longa duração (28,50,56). De acordo com o ciclo postulado por Randle e cols (57), o aumento da liberação de AGL pode reduzir a captação de glicose pelo músculo esquelético. Estudos envolvendo a utilização de acipimox, um bloqueador da liberação de AGL, têm confirmado a relação inversa entre as concentrações de AGL circulantes e a sensibilidade à insulina em adultos com DGH (58,59). O estudo de Bramnert e cols mostrou um aumento na distribuição de fibras musculares esqueléticas tipo IIX, glicolíticas e associadas à insulino resistência, após 6 meses de uso do GH (60). Contudo, não está claro se este é um efeito primário do GH ou meramente a conseqüência da redução da sensibilidade à insulina. Apesar de notáveis, tais

32 32 efeitos da reposição de GH não parecem por si só levar à intolerância à glicose e diabetes mellitus (61). Recentemente foi evidenciado que a inibição da sinalização da insulina no músculo esquelético causada pela exposição crônica ao GH parece envolver um aumento do conteúdo da subunidade p85 da proteína P13K, que por sua vez exerce um papel negativo sobre a sensibilidade insulínica (151). Quatro meses de reposição de GH resultou em elevação da glicemia de jejum e após sobrecarga de dextrose, dos níveis de insulina, pró-insulina e peptídeo-c (22). Além disso, os autores observaram que a área sob a curva de insulina aumentou em 66% após a introdução do GH. Hussain e cols (51) descreveram que uma semana de tratamento com GH resultou num aumento da área sob a curva de glicose, insulina e peptídeo-c após um teste de tolerância em resposta à refeição. Já no estudo de Whitehead e cols (76) não houve alteração nos níveis de glicose e insulina de jejum e na área sobre a curva de insulina durante o TTOG após 6 meses de reposição de GH. O aumento das concentrações plasmáticas de peptídeo-c, observada por alguns investigadores (15,22,28,50), sugere que a hiperinsulinemia decorre do aumento da secreção de insulina e não da redução do seu clearance. Durante os primeiros meses de uso do GH ocorre uma deterioração inicial da sensibilidade à insulina em decorrência do aumento da oxidação dos lipídeos e dos níveis de AGL circulantes, que pode ser restaurada aos valores basais após vários meses de tratamento, como nos estudos de Fowelin e cols (56) e Hwu e cols (19), nos quais a piora da sensibilidade à insulina ocorrida nas primeiras semanas de reposição do hormônio foi seguida por sua normalização após 6 e 12 meses de estudo, respectivamente. Vale a pena ressaltar que apesar da magnitude das alterações mediadas pelo GH sobre a sensibilidade

33 33 insulínica correlacionarem-se com o grau de adiposidade (15), os indivíduos estudados por Hwu e cols eram notadamente magros (IMC médio de 22,6 kg/m 2 ). Colson e cols (149) observaram que tanto a glicemia de jejum quanto a hemoglobina glicosilada se elevaram após 6 meses de uso do GH; depois de 5 anos de estudo houve um retorno da glicemia aos valores basais mas a hemoglobina glicosilada permaneceu estável. Uma hipótese geralmente aceita para a restauração da sensibilidade insulínica após 3 a 12 meses de uso do GH é o seu efeito favorável sobre a composição corporal, incluindo o aumento da massa magra e a redução sustentada da gordura visceral (14), além da melhora na sensação de bem-estar e do nível de atividade física. No estudo de O Neal e cols (50), o uso do GH induziu após 1 semana um estado temporário de leve intolerância à glicose, resistência à insulina e aumento de AGL; houve normalização após 3 meses de tratamento, com exceção de leve hiperinsulinemia persistente. Cristopher e cols (24), utilizando a técnica do clamp euglicêmico hiperinsulinêmico, descreveram que a redução da sensibilidade à insulina e da atividade da glicogênio sintetase muscular após o uso do GH, em comparação aos valores basais, persistiu durante dois anos de tratamento; foi hipotetizado que o aumento da disponibilidade de ácidos graxos livres causada pelo GH seria um importante fator na redução da atividade da glicogênio sintetase. Verhelst e cols (62), ao avaliarem 148 indivíduos adultos com DGH recebendo reposição do hormônio por um período de 2 anos, observaram um pequeno, porém significativo, aumento da glicemia de jejum mantido durante todo o período do estudo. A realização de um teste oral de tolerância à glicose em adultos jovens com DGH após 3 anos de uso do hormônio não evidenciou aumento da incidência de intolerância à glicose (87). No estudo de Al-Shoumer e cols (16), o uso do GH em pacientes com DGH associou-se com leve deterioração do metabolismo glicêmico no primeiro ano de tratamento, havendo

34 34 melhora nos anos subsequentes; os autores também observaram hiperinsulinemia de jejum que diminuiu com o tempo, mas que permaneceu estatisticamente significativa após 4 anos de estudo. Em um estudo prospectivo de 5 anos de duração (14) houve aumento da glicemia durante todo o período do estudo, enquanto os níveis de insulina não se modificaram com o uso do GH. Aos 5 anos, os níveis de hemoglobina glicosilada reduziram em comparação aos valores basais. Apesar do aumento transitório da glicemia durante o primeiro ano, a sensibilidade à insulina (determinada com clamp euglicêmico hiperinsulinêmico) não se alterou após 7 anos de uso do GH em 11 adultos com DGH (23), assim como em outro estudo com 5 anos de duração (64). Gibney e cols (12) não encontraram alterações na glicemia de jejum e nos níveis de insulina e peptídeo C após 10 anos de tratamento com GH. Outros autores observaram que os valores de glicemia de jejum reduziram e os de insulina de jejum se mantiveram após 2 anos de reposição de GH a 18 adultos jovens com DGH (147). Não houve deterioração significativa do metabolismo da glicose após 2 anos de reposição de GH a 48 adultos com DGH de diferentes idades, sendo 24 pacientes com idade > 65 anos e portanto com maior propensão de desenvolvimento de diabetes mellitus (148). Tais achados corroboram a teoria de que a tolerância à glicose é piorada apenas transitoriamente com a reposição de GH, retornando aos valores basais assim que a redução da gordura visceral contrabalança o efeito antagonista do GH sobre a sensibilidade à insulina. Entretanto, uma meta-análise (93) de 37 estudos randomizados, cegos e controlados por placebo sobre a reposição de GH em adultos com DGH mostrou que o seu uso aumentou significativamente as concentrações plasmáticas de glicose e insulina e não corroborou a hipótese de que a resistência à insulina diminua durante o uso prolongado de GH em baixas doses.

35 35 A análise de 3233 pacientes com hipopituitarismo (1700 homens) incluídos no banco de dados do KIMS (Pharmacia & Upjohn International Metabolic Database um estudo farmacoepidemiológico do laboratório Pfizer sobre a reposição de GH em adultos com hipopituitarismo) (65), tratados com GH por cerca de 1,4 anos numa dose média de 0,4 mg/dia (variando entre 0,1 a 0,8 mg/dia), mostrou que apenas 9 mulheres (0,6%) e 11 homens (0,6%) desenvolveram diabetes mellitus (DM) tipo 2 durante o tratamento com GH, mas um destes pacientes já apresentava uma hemoglobina glicosilada de 7,3% antes do início do GH. Ademais, uma das mulheres já apresentava intolerância à glicose antes de iniciar o tratamento e outra tinha história pregressa de diabetes gestacional. Treze pacientes apresentavam índice de massa corporal acima de 28 Kg/m 2 e pelo menos 8 relataram história familiar de diabetes. Uma mulher e 4 homens evoluíram com intolerância à glicose, e nenhum destes apresentava história familiar de DM. Hiperglicemia e/ou hemoglobina glicosilada anormal foram encontradas em 10 indivíduos, sendo relatada história familiar de DM em 30% destes. Embora estes dados sugiram que o tratamento com GH não induza o aparecimento de diabetes mellitus, os níveis de glicemia devem ser monitorados periodicamente em pacientes com hiperglicemia ao início da terapia devido à possibilidade de piora temporária do controle glicêmico em decorrência da indução de resistência à insulina, não sendo o diagnóstico de DM contra-indicação para o uso de GH.

36 Efeitos do GH sobre o metabolismo lipídico A DGH em adultos associa-se a uma hipercolesterolemia moderada devido à elevação dos níveis de LDL colesterol (3,5,14,16,122,147). De Boer e cols avaliaram o perfil lipídico de 64 homens com deficiência de GH e constataram que a hipercolesterolemia só foi observada em indivíduos com grave DGH (66). A maioria dos estudos mostrou que a reposição de GH pode induzir uma significativa redução no LDL-c (12,14,16,20,23,26,41,63,67,68,74,81,82,93,110,147,149), que seria diretamente proporcional aos seus níveis basais. Cuneo e cols demonstraram que o tratamento com GH numa dose diária de 3IU/m 2 acarretou uma redução de 12% no colesterol total (69). Poucos estudos não evidenciaram alterações no LDL-colesterol e no colesterol total durante o uso do GH (26,70,80,146). O GH aumenta o substrato lipídico hepático disponível por meio de sua ação lipolítica, estimulando a secreção e o turnover de apoliproteína B relacionada ao VLDL. Entretanto, o GH também regula a atividade do receptor hepático de LDL, aumentando o clearance plasmático do LDL bem como a captação hepática de partículas de VLDL parcialmente deslipidadas, o que resulta em redução da taxa de conversão do VLDL a LDL (71). A influência do GH sobre o HDL é tema de debate na literatura. Níveis normais de HDL foram encontrados em adultos com DGH iniciada na infância (66) e na idade adulta (5). Entretanto, alguns estudos evidenciaram uma discreta redução do HDL em pacientes com a doença iniciada na vida adulta (4,70). A reposição de GH foi associada a um discreto aumento do HDL em alguns estudos (12,14,20,23,32,71,72,81,110), mas não em outros

37 37 (16,26, 70,74,82,122,146). Vale ressaltar que a reposição inadequada de esteróides sexuais pode resultar em redução das concentrações do HDL, o que pode ter contribuído para a discrepância dos diferentes estudos. A DGH provavelmente não causa hipertrigliceridemia. Um estudo não evidenciou aumento dos triglicerídeos em adultos jovens com DGH iniciada na infância (66). Contudo, tal alteração foi observada em alguns trabalhos envolvendo pacientes idosos e de meiaidade com hipopituitarismo iniciado na vida adulta (4,70), porém o mesmo não foi descrito por outros autores (5). Poucos estudos mostraram redução dos triglicerídeos com o uso de GH (14,75,110), enquanto a grande maioria dos autores não evidenciou alteração da trigliceridemia durante o tratamento (12,16,20,23,26,70,72,76,81,82,122,147). A conhecida associação entre acromegalia e hipertrigliceridemia (78), além da observação que doses farmacológicas de GH a adultos saudáveis causaram aumento dos triglicerídeos (79), falam contra um possível papel da DGH no desenvolvimento de hipertrigliceridemia. Por outro lado, devido ao aumento da gordura visceral, os indivíduos com DGH podem se comportar como indivíduos com síndrome metabólica e conseqüentemente podem apresentar aumento dos triglicerídeos. Os níveis plasmáticos de lipoproteína (a), um fator de risco independente para doença cardiovascular, parecem ser afetados pelo GH (15). Eden e cols (72) evidenciaram um significativo aumento das concentrações de Lp(a) após 6 meses de reposição de uma dose elevada de GH (3 IU/m 2 /dia) em adultos com DGH, e seus níveis permaneceram elevados durante todo o estudo, que durou 6 meses. Em adultos com DGH os níveis basais de Lp(a) não foram diferentes daqueles encontrados em controles, mas aumentaram notadamente após 12 (81) e 18 meses (80) de uso do GH. A administração de GH em uma dose farmacológica para indivíduos sem DGH aumentou significativamente as

38 38 concentrações da lipoproteína (73). Parece que o GH aumenta a secreção hepática de Lp(a), uma vez que esta lipoproteína se liga ao receptor de LDL e a administração de GH induz sua atividade. Todavia, alterações na Lp(a) não foram observadas em um estudo que empregou uma dose de GH de 1,5 IU/m 2 /dia no tratamento de adultos deficientes (74). A Lp(a) é uma lipoproteína similar ao LDL-c em termos de conteúdo lipídico e de apob, mas também contém uma proteína glicosilada denominada apo(a), ligada covalentemente à apob. As concentrações de Lp(a) são, sobretudo, geneticamente determinadas. Entretanto, seus níveis também são regulados pelos esteróides gonadais, podendo haver redução marcante de suas concentrações com a reposição de estrogênio. A apolipoproteína B (Apo B), a principal proteína do LDL-c, desempenha um papel importante na fisiologia destas partículas, principalmente através de sua interação com o receptor hepático de LDL (83). Apesar do conteúdo de colesterol do LDL-c variar substancialmente entre os indivíduos, há apenas uma cópia de ApoB por partícula de LDL (84). Como mais de 90% de toda ApoB presente no plasma encontra-se no LDL-c, a medida das concentrações plasmáticas de ApoB podem ser usadas na estimativa do número de partículas aterogênicas de LDL no plasma. Dados do Estudo Cardiovascular de Québec sugeriram que os níveis plasmáticos de ApoB são o melhor preditor metabólico do risco de doença arterial coronariana, mesmo na presença de concentrações relativamente normais de LDL-c e baixos níveis de triglicerídeos (85). Alguns estudos mostraram níveis elevados de Apo B em indivíduos ainda não recebendo terapia substitutiva com GH (66,69). Durante o tratamento com GH, alguns autores (15,69,80,81,86) evidenciaram redução dos níveis de ApoB e não mostraram alteração na protetora apolipoproteína A-1 (Apo-A1), o principal componente do HDL-c. Outros estudos (16,20,68,72) não encontraram quaisquer alterações nos níveis de ApoA-1 e ApoB durante reposição de GH em longo prazo.

39 Efeitos do GH sobre o sistema cardiovascular Cuneo e cols (8) observaram que em adultos com DGH a capacidade de exercício, aferida como o consumo máximo de oxigênio (VO 2 -max), foi aproximadamente 20-25% menor do que a esperada para idade e altura. Reduções significativas da VO 2 -max também foram descritas por outros autores (76,77). Vários estudos têm evidenciado melhora significativa na performance física e na captação máxima de oxigênio durante a reposição de GH (8,27,64,76-79), inclusive com a sua completa normalização após 3 anos de tratamento (87). Ademais, a performance submáxima ao exercício também aumentou notadamente (8), sugerindo que a realização das atividades diárias seria efetuada com menor stress metabólico, corroborando os relatos subjetivos dos pacientes tratados de que as atividades cotidianas foram realizadas mais facilmente após o uso do GH. Um estudo recente (89) mostrou que a duração do exercício foi mais curta e a sua resposta cronotrópica foi mais baixa em 53 adultos com DGH em comparação a indivíduos controle, havendo melhora significativa após o uso do GH em 37 pacientes, sobretudo no subgrupo com a doença iniciada na infância (n=16). Ter Maaten e cols (108) observaram que a capacidade de exercício e o consumo máximo de oxigênio de 34 homens com DGH iniciada na infância aumentaram gradativamente após meses de reposição de GH, e inclusive excedeu os valores normais previstos para a idade ao final do estudo. Contudo, uma vez que a capacidade de exercício é determinada por vários fatores, torna-se necessário avaliar a contribuição relativa do aumento da massa magra e da melhora da musculatura respiratória e da performance cardíaca sobre as alterações positivas observadas após o uso do GH. Cuneo e cols (8) descreveram que pacientes em reposição de GH não apresentaram

40 40 melhora da capacidade de exercício depois da análise ser corrigida para as mudanças na composição corporal, sugerindo que o benefício sobre a performance física seria causado principalmente pelo aumento da massa magra induzido pelo GH. Chrisoulidou e cols (26) não observaram melhora da capacidade de exercício após 7 anos de reposição de GH. Parâmetros hemodinâmicos como a freqüência cardíaca e a pressão arterial podem ser modificados durante o uso do GH. Alguns autores (27,107,108) evidenciaram um aumento da freqüência cardíaca de repouso em pacientes com DGH recebendo reposição de GH, o que poderia ser explicado pelo aumento das concentrações plasmáticas de T3 induzido pelo hormônio. Contudo, outros autores (110) não observaram alterações na freqüência cardíaca de repouso ou após o exercício durante o uso do GH por 1 ano. Parece que pacientes com DGH iniciado na vida adulta apresentaram hipertensão arterial mais freqüentemente que indivíduos controles (4,87). Nos casos de DGH grave, os pacientes tenderam a apresentar níveis pressóricos mais elevados, resultando em prejuízo na resposta vasodilatadora ao stress ou exercício (91). Em contraste, o mesmo não foi documentado em pacientes com DGH iniciada na infância: alguns estudos não evidenciaram alteração dos níveis pressóricos (63,125), enquanto outros mostraram níveis tensionais sistólicos mais baixos que o normal nestes últimos pacientes (92,98,102). Não houve diferença nos níveis pressóricos de 31 pacientes com DGH iniciada na vida adulta e em 22 com a doença diagnosticada já na infância em comparação à controles (89). Apesar da DGH ocasionar uma redução da água extra-celular e do débito cardíaco, também associa-se com uma diminuição da função renal por reduzir a taxa de filtração glomerular e o fluxo plasmático renal, o que poderia explicar em parte as diferenças nos resultados obtidos pelos autores.

Somatropina no adulto. Fernando Baptista Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. Hospital de Santa Maria. Lisboa

Somatropina no adulto. Fernando Baptista Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. Hospital de Santa Maria. Lisboa Somatropina no adulto Fernando Baptista Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. Hospital de Santa Maria. Lisboa Secreção de GH Concentração integrada de GH nas 24h em 173 indivíduos de ambos

Leia mais

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança Projecto Mexa-se em Bragança Organização: Pedro Miguel Queirós Pimenta Magalhães E-mail: mexaseembraganca@ipb.pt Web: http://www.mexaseembraganca.ipb.pt

Leia mais

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ CUSTO ENERGÉTICO DA GRAVIDEZ CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL SÍNTESE DE TECIDO MATERNO 80.000 kcal ou 300 Kcal por dia 2/4 médios 390 Kcal depósito de gordura- fase

Leia mais

Curso: Integração Metabólica

Curso: Integração Metabólica Curso: Integração Metabólica Aula 9: Sistema Nervoso Autônomo Prof. Carlos Castilho de Barros Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Sensorial Motor Somático Autônomo Glândulas,

Leia mais

A SAÚDE DO OBESO Equipe CETOM

A SAÚDE DO OBESO Equipe CETOM A SAÚDE DO OBESO Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan Médico endocrinologista e sanitarista Equipe CETOM Centro de Estudos e Tratamento para a Obesidade Mórbida. Diretor do Instituto Flumignano de Medicina

Leia mais

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS UNIVERSIDADE DE UBERABA LIGA DE DIABETES 2013 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS PALESTRANTES:FERNANDA FERREIRA AMUY LUCIANA SOUZA LIMA 2013/2 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA

ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA Obesidade 300 mil mortes / ano; 100 bi dólares / ano; O excesso de peso (IMC >25) acomete de 15% a 60% da população de todos os países civilizados. EUA...

Leia mais

Hormonas e mensageiros secundários

Hormonas e mensageiros secundários Hormonas e mensageiros secundários Interrelação entre os tecidos Comunicação entre os principais tecidos Fígado tecido adiposo hormonas sistema nervoso substratos em circulação músculo cérebro 1 Um exemplo

Leia mais

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo Como prescrever o exercício no tratamento do DM Acad. Mariana Amorim Abdo Importância do Exercício Físico no DM Contribui para a melhora do estado glicêmico, diminuindo os fatores de risco relacionados

Leia mais

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA ÂNGELA MENDONÇA LIGA DE DIABETES A intervenção nutricional pode melhorar o controle glicêmico. Redução de 1.0 a 2.0% nos níveis de hemoglobina

Leia mais

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas Instituto Biomédico Departamento de Fisiologia e Farmacologia Disciplina: Fisiologia II Curso: Medicina Veterinária Pâncreas Endócrino Prof. Guilherme Soares Ilhotas Células A (25%) Glucagon Células B

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade.

Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade. Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade. Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan Médico endocrinologista e sanitarista Equipe CETOM Centro de Estudos e Tratamento para a Obesidade Mórbida. Diretor

Leia mais

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo Randomizado Apresentado por Tatiana Goveia Araujo na reunião

Leia mais

Treinamento de Força e Diabetes. Ms. Sandro de Souza

Treinamento de Força e Diabetes. Ms. Sandro de Souza Treinamento de Força e Diabetes Ms. Sandro de Souza Taxa de prevalência de Diabetes Mellitus Período: 2009 Relevância Diagnóstico de DIABETES MELLITUS Diabetes Care. 2007;30:S4 41. Resistência a Insulina

Leia mais

Hormônio do Crescimento

Hormônio do Crescimento Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hormônio do Crescimento O Hormônio do Crescimento Humano é um dos muitos hormônios que tem sua produção

Leia mais

RESUMOS SIMPLES...156

RESUMOS SIMPLES...156 155 RESUMOS SIMPLES...156 156 RESUMOS SIMPLES CARNEIRO, NELSON HILÁRIO... 159 CARNEIRO, NELSON HILÁRIO... 157 CORTE, MARIANA ZANGIROLAME... 159 CORTE, MARIANA ZANGIROLAME... 157 GARCIA JUNIOR, JAIR RODRIGUES...

Leia mais

AGENTE DE FÉ E DO CORAÇÃO PASTORAL NACIONAL DA SAÚDE 04 de outubro de 2013. Dislipidemias

AGENTE DE FÉ E DO CORAÇÃO PASTORAL NACIONAL DA SAÚDE 04 de outubro de 2013. Dislipidemias AGENTE DE FÉ E DO CORAÇÃO PASTORAL NACIONAL DA SAÚDE 04 de outubro de 2013 Dislipidemias Raul D. Santos Unidade Clínica de Lípides InCor-HCFMUSP Faculdade de Medicina da USP Metabolismo do colesterol,

Leia mais

Adaptações Cardiovasculares da Gestante ao Exercício

Adaptações Cardiovasculares da Gestante ao Exercício Desde as décadas de 60 e 70 o exercício promove Aumento do volume sanguíneo Aumento do volume cardíaco e suas câmaras Aumento do volume sistólico Aumento do débito cardíaco que pode ser alcançado Aumento

Leia mais

Complicações Metabólicas da Terapia Anti-retroviral

Complicações Metabólicas da Terapia Anti-retroviral Complicações Metabólicas da Terapia Anti-retroviral Dra. Daisy Maria Machado Universidade Federal de São Paulo Centro de Referência e Treinamento em DST-AIDS 2004 Terapia Anti-retroviral HAART: Redução

Leia mais

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO A concentração de glicose no sangue está sempre sendo regulada A glicose é mantida em uma faixa de 60 a 90 g/100ml de sangue (~4,5mM) Homeostase da glicose Necessidade

Leia mais

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO PERFIL LIPÍDICO E GLICÊMICO DE PACIENTES HIV POSITIVOS QUE FAZEM USO DE ANTIRETROVIRAIS

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO PERFIL LIPÍDICO E GLICÊMICO DE PACIENTES HIV POSITIVOS QUE FAZEM USO DE ANTIRETROVIRAIS ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO PERFIL LIPÍDICO E GLICÊMICO DE PACIENTES HIV POSITIVOS QUE FAZEM USO DE ANTIRETROVIRAIS Greice Rodrigues Bittencourt Introdução A terapia antiretroviral contemporânea (TARV) baseado

Leia mais

Curso: Integração Metabólica

Curso: Integração Metabólica Curso: Integração Metabólica Aula 7: Suprarrenal e tireoide Prof. Carlos Castilho de Barros Algumas pessoas podem apresentar distúrbios que provocam a obesidade. Estórias como Eu como pouco mas continuo

Leia mais

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli Disciplina de Fisiologia Veterinária GH e PROLACTINA Prof. Fabio Otero Ascoli GH Sinônimos: Hormônio do crescimento ou somatotrópico ou somatotropina Histologia: Em torno de 30 a 40% das células da hipófise

Leia mais

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004.

Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004. Artigo comentado por: Dr. Carlos Alberto Machado Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão em Adultos dos Estados Unidos, 1999 a 2004. Kwok Leung Ong, Bernard M. Y. Cheung, Yu Bun

Leia mais

Na diabetes e dislipidemia

Na diabetes e dislipidemia Cuidados de saúde primários e Cardiologia NOCs e Guidelines: com tanta orientação ficamos mesmo orientados? Na diabetes e dislipidemia Davide Severino 4.º ano IFE de Cardiologia Hospital de Santarém EPE

Leia mais

AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL

AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL AUMENTO DRAMÁTICO DO INTERESSE E PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NO ESPORTE DE ALTO NÍVEL NECESSIDADE DO MELHOR CONHECIMENTO EM ÁREAS COMO: CRESCIMENTO NORMAL, DESENVOLVIMENTO, EFEITOS DO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS

Leia mais

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue Universidade Estadual Paulista DIABETES E EXERCÍCIO FÍSICO Profª Dnda Camila Buonani da Silva Disciplina: Atividade Física e Saúde Tópicos da Aula 1. Carboidrato como fonte de energia 2. Papel da insulina

Leia mais

Arterial Structure and Function after Recovery from the Metabolic Syndrome The Cardiovascular Risk in Young Finns Study

Arterial Structure and Function after Recovery from the Metabolic Syndrome The Cardiovascular Risk in Young Finns Study Arterial Structure and Function after Recovery from the Metabolic Syndrome The Cardiovascular Risk in Young Finns Study Koskinen J, Magnussen CG, Taittonen L, Räsänen L, Mikkilä V, Laitinen T, Rönnemaa

Leia mais

TRABALHO SUBMETIDO AO 4º ENDORIO PRÊMIO INGEBORG LAUN (MÉRITO CIENTÍFICO) CONTROLE GLICÊMICO DE MULHERES COM DIABETES GESTACIONAL

TRABALHO SUBMETIDO AO 4º ENDORIO PRÊMIO INGEBORG LAUN (MÉRITO CIENTÍFICO) CONTROLE GLICÊMICO DE MULHERES COM DIABETES GESTACIONAL TRABALHO SUBMETIDO AO 4º ENDORIO PRÊMIO INGEBORG LAUN (MÉRITO CIENTÍFICO) Titulo: EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO MODERADO DE CURTA DURAÇÃO NO CONTROLE GLICÊMICO DE MULHERES COM DIABETES GESTACIONAL AVALIADO

Leia mais

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si A função da insulina é fazer com o que o açúcar entre nas células do nosso corpo, para depois poder

Leia mais

Crescimento CINEANTROPOMETRIA. Elementos do Crescimento. Desenvolvimento

Crescimento CINEANTROPOMETRIA. Elementos do Crescimento. Desenvolvimento Crescimento CINEANTROPOMETRIA CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Prof. Paulo Sergio Chagas Gomes, Ph.D. O ser humano gasta em torno de 30% da sua vida crescendo Dificuldades em analisar o crescimento dificuldade

Leia mais

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR EM NÍVEIS DE TRIGLICERIDEMIA DE ADOLESCENTES OBESOS

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR EM NÍVEIS DE TRIGLICERIDEMIA DE ADOLESCENTES OBESOS Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR EM NÍVEIS DE TRIGLICERIDEMIA DE ADOLESCENTES OBESOS Ciliane Valerio

Leia mais

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Fisiologia Animal Excreção Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Sistema urinario Reabsorção de açucar, Glicose, sais, água. Regula volume sangue ADH: produzido pela

Leia mais

exercício físico na obesidade e síndrome metabólica

exercício físico na obesidade e síndrome metabólica exercício físico na obesidade e síndrome metabólica CONCEITOS Atividade Física é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultam em gasto energético; Exercício é uma atividade

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE Profª Sandra Carvalho A carne magra: 75% de água 21 a 22% de proteína 1 a 2% de gordura 1% de minerais menos de 1% de carboidratos A carne magra dos diferentes animais de abate

Leia mais

PALAVRAS CHAVE Diabetes mellitus tipo 2, IMC. Obesidade. Hemoglobina glicada.

PALAVRAS CHAVE Diabetes mellitus tipo 2, IMC. Obesidade. Hemoglobina glicada. 11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA AVALIAÇÃO

Leia mais

PERFIL PANCREÁTICO. Prof. Dr. Fernando Ananias. MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses

PERFIL PANCREÁTICO. Prof. Dr. Fernando Ananias. MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses PERFIL PANCREÁTICO Prof. Dr. Fernando Ananias MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses 1 DISSACARÍDEO COMPOSIÇÃO FONTE Maltose Glicose + Glicose Cereais Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar Lactose Glicose

Leia mais

AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA

AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA Reângela Cíntia Rodrigues de Oliveira Lima UFPI/cynthiast_89@hotmail.com Gislany da Rocha Brito - UFPI/gislanyrochasj@hotmail.com

Leia mais

ESPECTRO. ALTERAÇÕES METABÓLICAS DA OBESIDADE e DMT2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Diabetes Tipo 2 em Crianças. Classificação de Diabetes em Jovens

ESPECTRO. ALTERAÇÕES METABÓLICAS DA OBESIDADE e DMT2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Diabetes Tipo 2 em Crianças. Classificação de Diabetes em Jovens ALTERAÇÕES METABÓLICAS DA OBESIDADE e DMT2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Diabetes Tipo 2 em Crianças Paulo César Alves da Silva Hospital Infantil Joana de Gusmão Florianópolis-SC Florianópolis-SC Módulo de

Leia mais

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE Janaína Esmeraldo Rocha, Faculdade Leão Sampaio, janainaesmeraldo@gmail.com

Leia mais

FUNDAMENTOS DA ESTEATOSE HEPÁTICA

FUNDAMENTOS DA ESTEATOSE HEPÁTICA FUNDAMENTOS DA ESTEATOSE HEPÁTICA GORDURA BRANCA X MARROM SINDROME METABÓLICA RESISTÊNCIA INSULÍNICA HIPERINSULINISMO ÍNDICE GLICÊMICO Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan & EQUIPE MULTIDISCIPLINAR MEDICINA

Leia mais

CETILISTATE GAMMA COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO& EXPORTAÇÃO.

CETILISTATE GAMMA COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO& EXPORTAÇÃO. CETILISTATE Inibidor de absorção de gorduras Inibidor da enzima lipase gastrointestinal que inibe a absorção de gorduras nas fases de digestão e absorção, acarretando perda de peso. É um inibidor das lipases

Leia mais

Sistema endócrino. Apostila 3 Página 22

Sistema endócrino. Apostila 3 Página 22 Sistema endócrino Apostila 3 Página 22 Sistema mensageiro Hormônios: informacionais, produzidas pelas glândulas endócrinas e distribuídas pelo sangue. Órgão-alvo: reage ao estímulo do hormônio. Sistema

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 64 3,20 Carboidratos 14,20 4,73 Proteínas 1,30 1,73 Gorduras

Leia mais

Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h)

Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h) Ementário: Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h) Ementa: Organização Celular. Funcionamento. Homeostasia. Diferenciação celular. Fisiologia

Leia mais

FORXIGA (dapagliflozina)

FORXIGA (dapagliflozina) FORXIGA (dapagliflozina) Comprimidos revestidos 5mg e 10mg FORXIGA dapagliflozina I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO FORXIGA dapagliflozina APRESENTAÇÕES FORXIGA (dapagliflozina) é apresentado na forma farmacêutica

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: DIABETES MELLITUS TIPO II E O ANTIDIABÉTICO METFORMINA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS

Leia mais

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 50 /2015 - CESAU Salvador, 23 de março de 2015 Objeto: Parecer. Promotoria de Justiça GESAU / Dispensação de medicamentos. REFERÊNCIA: Promotoria de Justiça de Conceição do Coité/

Leia mais

3. Cópia dos resultados dos principais exames clínicos e os relacionados à obesidade Hemograma Glicemia Colesterol Triglicérides T3 T4 TSH

3. Cópia dos resultados dos principais exames clínicos e os relacionados à obesidade Hemograma Glicemia Colesterol Triglicérides T3 T4 TSH Cirurgia de Obesidade Mórbida Documentação Necessária Para solicitar a análise de Cirurgia de Obesidade ao Economus, é imprescindível o envio da relação completa dos documentos descritos abaixo: 1. Solicitação

Leia mais

DIFERENTES DIETAS ALIMENTARES E SUAS RELAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO.

DIFERENTES DIETAS ALIMENTARES E SUAS RELAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO. V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 DIFERENTES DIETAS ALIMENTARES E SUAS RELAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO. Izamara Maria Fachim Rauber 1 IZAMARA_MARIA_FACHIM_RAUBER.doc,

Leia mais

Autores: Cristina Somariva Leandro Jacson Schacht. SESI Serviço Social da Indústria Cidade: Concórdia Estado: Santa Catarina 27/10/2015

Autores: Cristina Somariva Leandro Jacson Schacht. SESI Serviço Social da Indústria Cidade: Concórdia Estado: Santa Catarina 27/10/2015 Autores: Cristina Somariva Leandro Jacson Schacht SESI Serviço Social da Indústria Cidade: Concórdia Estado: Santa Catarina 27/10/2015 REDUÇÃO DE PESO E CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL EM TRABALHADORES DA INDÚSTRIA

Leia mais

ATIVIDADE FÍSICA, ADAPTAÇÃO E SAÚDE. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

ATIVIDADE FÍSICA, ADAPTAÇÃO E SAÚDE. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior ATIVIDADE FÍSICA, ADAPTAÇÃO E SAÚDE Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior A quebra do Equilíbrio Durante a atividade física ocorre uma quebra do equilíbrio homeostático; O organismo tenta se adaptar

Leia mais

PUBERDADE. Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual

PUBERDADE. Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual Puberdade PUBERDADE Transição entre a infância e a vida adulta Transformações físicas e psíquicas complexas Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual Desenvolvimento

Leia mais

A Importância do Sono

A Importância do Sono 1 A Importância do Sono Dra. Regeane Trabulsi Cronfli É um total contra-senso o fato de que, num mundo em que cerca de 16 a 40% das pessoas em geral sofrem de insônia, haja aquelas que, iludidas pelos

Leia mais

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL Componente Curriculares Educação Física Professores Ministrantes: Kim Raone e Marcus Marins Série/ Ano letivo: 2º ano/ 2014 Data: 26/03/2014 AULA 5.1 Conteúdo: Doenças

Leia mais

ESTUDO DA FARMACOLOGIA Introdução - Parte II

ESTUDO DA FARMACOLOGIA Introdução - Parte II NESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO UNESP ESTUDO DA FARMACOLOGIA Introdução - Parte II A Terapêutica é um torrencial de Drogas das quais não se sabe nada em um paciente de que

Leia mais

O que é O que é. colesterol?

O que é O que é. colesterol? O que é O que é colesterol? 1. O que é colesterol alto e por que ele é ruim? Apesar de a dislipidemia (colesterol alto) ser considerada uma doença extremamente prevalente no Brasil e no mundo, não existem

Leia mais

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular DISCIPLINA DE PATOLOGIA Prof. Renato Rossi Jr Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular Objetivo da Unidade: Identificar e compreender os mecanismos envolvidos nas lesões celulares reversíveis e irreversíveis.

Leia mais

Saúde e Desporto. Manuel Teixeira Veríssimo Hospitais da Universidade de Coimbra. Relação do Desporto com a Saúde

Saúde e Desporto. Manuel Teixeira Veríssimo Hospitais da Universidade de Coimbra. Relação do Desporto com a Saúde Saúde e Desporto Manuel Teixeira Veríssimo Hospitais da Universidade de Coimbra Relação do Desporto com a Saúde Dum modo geral aceita-se que o desporto dá saúde Contudo, o desporto também comporta malefícios

Leia mais

Diversidade do sistema endócrino

Diversidade do sistema endócrino Diversidade do sistema endócrino Importância Biomédica - hormônio palavra de origem grega despertar para a atividade - Definição clássica Conceito célula alvo - ação bioquímica ou fisiológica Importância

Leia mais

Sybelle de Araujo Cavalcante Nutricionista

Sybelle de Araujo Cavalcante Nutricionista Secretaria de Estado da Saúde - SESAU Superintendência de Assistência em Saúde SUAS Diretoria de Atenção Básica - DAB Gerência do Núcleo do Programa Saúde e Nutrição Sybelle de Araujo Cavalcante Nutricionista

Leia mais

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE DOR TORÁCICA CARDÍACA LOCAL: Precordio c/ ou s/ irradiação Pescoço (face anterior) MSE (interno) FORMA: Opressão Queimação Mal Estar FATORES DESENCADEANTES:

Leia mais

Hipogonadismo. O que é Hipogonadismo? Causas 25/02/ 2015. Minhavida.com.br

Hipogonadismo. O que é Hipogonadismo? Causas 25/02/ 2015. Minhavida.com.br Hipogonadismo O que é Hipogonadismo? Hipogonadismo é uma doença na qual as gônadas (testículos nos homens e ovários nas mulheres) não produzem quantidades adequadas de hormônios sexuais, como a testosterona

Leia mais

Aumento dos custos no sistema de saúde. Saúde Suplementar - Lei nº 9.656/98

Aumento dos custos no sistema de saúde. Saúde Suplementar - Lei nº 9.656/98 IX ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA DA SAÚDE DA ABRES Utilização de Serviços em uma Operadora de Plano de Saúde que Desenvolve Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Cardiovasculares Danielle

Leia mais

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV) Doenças Cardiovasculares (DCV) O que são as Doenças Cardiovasculares? De um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. Quais

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel DIABETES MELLITUS Diabetes mellitus Definição Aumento dos níveis de glicose no sangue, e diminuição da capacidade corpórea em responder à insulina e ou uma diminuição ou ausência de insulina produzida

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS DIABETES MELLITUS Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem atualmente cerca de 171 milhões de indivíduos diabéticos no mundo.

Leia mais

Administração dos riscos cardiovasculares Resumo de diretriz NHG M84 (segunda revisão, janeiro 2012)

Administração dos riscos cardiovasculares Resumo de diretriz NHG M84 (segunda revisão, janeiro 2012) Administração dos riscos cardiovasculares Resumo de diretriz NHG M84 (segunda revisão, janeiro 2012) traduzido do original em holandês por Luiz F.G. Comazzetto 2014 autorização para uso e divulgação sem

Leia mais

Teoria e Prática do Treinamento Aplicada na Corrida de Rua

Teoria e Prática do Treinamento Aplicada na Corrida de Rua Teoria e Prática do Treinamento Aplicada na Corrida de Rua Prof. Ricardo Freitas M.Sc. CREF 008822-G/MG. Formação Acadêmica Atuação Profissional Linha de Pesquisa E-mail: ricardo.dias@upe.pe.gov.br www.lifegroup.com.br

Leia mais

Anexo I. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado

Anexo I. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado Anexo I Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado Conclusões científicas Tendo em conta o relatório de avaliação do PRAC sobre os RPS para

Leia mais

Sistema Endócrino. Introdução. Glândulas e suas secreções. 1. Hipotálamo: 2. Hipófise anterior (adeno-hipófise):

Sistema Endócrino. Introdução. Glândulas e suas secreções. 1. Hipotálamo: 2. Hipófise anterior (adeno-hipófise): Introdução Sistema Endócrino O sistema endócrino é composto por um grupo de tecidos especializados (glândulas) cuja função é produzir e liberar na corrente sanguínea substâncias chamadas Hormônios. Os

Leia mais

Prescrição Dietética

Prescrição Dietética Prescrição Dietética Quantitativo Cálculo de Dietas Cálculo de dietas estimar as necessidades energéticas de um indivíduo (atividade física, estágio da vida e composição corporal) Necessidades energéticas

Leia mais

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL TESTE ERGOMETRICO O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os sintomas,

Leia mais

METABOLISMO DE LIPÍDEOS

METABOLISMO DE LIPÍDEOS METABOLISMO DE LIPÍDEOS 1. Β-oxidação de ácidos graxos - Síntese de acetil-coa - ciclo de Krebs - Cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa 2. Síntese de corpos cetônicos 3. Síntese de

Leia mais

APRENDER A APRENDER EDUCAÇÃO FÍSICA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES HOJE EU APRENDI. AULA: 5.2 Conteúdo: Atividade Física e Saúde

APRENDER A APRENDER EDUCAÇÃO FÍSICA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES HOJE EU APRENDI. AULA: 5.2 Conteúdo: Atividade Física e Saúde A AULA: 5.2 Conteúdo: Atividade Física e Saúde A AULA: 5.2 Habilidades: Compreender os benefícios dos exercícios físicos na promoção da saúde e qualidade de vida A BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE A Benefícios

Leia mais

Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular

Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular Disciplina: Exercícios Físicos para Grupos Especiais Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular Prof. Dra. Bruna Oneda Principais causas de morte nos EUA Fatores de risco cardiovascular NÃO MODIFICÁVEIS

Leia mais

Que tipos de Diabetes existem?

Que tipos de Diabetes existem? Que tipos de Diabetes existem? -Diabetes Tipo 1 -também conhecida como Diabetes Insulinodependente -Diabetes Tipo 2 - Diabetes Gestacional -Outros tipos de Diabetes Organismo Saudável As células utilizam

Leia mais

O que é câncer de mama?

O que é câncer de mama? Câncer de Mama O que é câncer de mama? O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células

Leia mais

Ácido nicotínico 250 mg, comprimido de liberação Atorvastatina 20 mg, comprimido; Bezafibrato 400 mg, comprimido; Pravastatina 20 mg, comprimido;

Ácido nicotínico 250 mg, comprimido de liberação Atorvastatina 20 mg, comprimido; Bezafibrato 400 mg, comprimido; Pravastatina 20 mg, comprimido; DISLIPIDEMIA PARA A PREVENÇÃO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES E PANCREATITE (CID 10: E78.0; E78.1; E78.2; E78.3; E78.4; E78.5; E78.6; E78.8) 1. Medicamentos Hipolipemiantes 1.1. Estatinas 1.2. Fibratos Atorvastatina

Leia mais

O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima

O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima Saúde mais próxima. Por causa de quem mais precisa. Saúde mais Próxima é um programa da

Leia mais

Hipófise. 1.1. Relações anatômicas. Hipotálamo interface entre os sistemas nervoso e endócrino. Remoção cirúrgica morte 1 a 2 dias

Hipófise. 1.1. Relações anatômicas. Hipotálamo interface entre os sistemas nervoso e endócrino. Remoção cirúrgica morte 1 a 2 dias 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA HIPOTÂMICO HIPÓFISÁRIO 1.1. Relações anatômicas Hipófise Hipotálamo interface entre os sistemas nervoso e endócrino Infundíbulo Controla a função hipofisária através

Leia mais

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária Diabetes Mellitus em animais de companhia Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária O que é Diabetes Mellitus? É uma doença em que o metabolismo da glicose fica prejudicado pela falta ou má absorção

Leia mais

Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV

Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV Bruno de Oliveira Sawan Rodrigo Ribeiro Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV Liga de Diabetes - UNIUBE GLP-1 GLP-1 é normalmente produzido pelas células neuroendócrinas L da mucosa intestinal Sua

Leia mais

EXERCÍCIOS RESISTIDOS. Parte I

EXERCÍCIOS RESISTIDOS. Parte I EXERCÍCIOS RESISTIDOS Parte I DESEMPENHO MUSCULAR Capacidade do músculo realizar trabalho. Elementos fundamentais: Força Potência muscular Resistência à fadiga FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO MUSCULAR

Leia mais

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Cecilia Sartori Zarif Residente em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais da UFV Distúrbio do Pâncreas Endócrino Diabete Melito

Leia mais

Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES

Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES 5.5.2009 Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES Introdução Diabetes Mellitus é uma doença metabólica, causada pelo aumento da quantidade de glicose sanguínea A glicose é a principal fonte de energia

Leia mais

PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia. fernandabrito@vm.uff.br

PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia. fernandabrito@vm.uff.br PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia fernandabrito@vm.uff.br EXEMPLOS DE ESQUEMAS COMPARTIMENTAIS DO CORPO TGI COMPARTIMENTO CENTRAL CÉREBRO FÍGADO ELIMINAÇÃO METABÓLICA EXCREÇÃO RENAL OUTROS

Leia mais

Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura

Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura Neste artigo vou mostrar o principal tipo de exercício para acelerar a queima de gordura sem se matar durante horas na academia. Vou mostrar e explicar

Leia mais

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade Documento de posição do Comité Consultivo Científico da ENSA Introdução As proteínas são um importante nutriente necessário para o crescimento

Leia mais

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista Prevenção Cardio vascular Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista Principal causa de morte em todo o mundo Considerada uma EPIDEMIA pela OMS em 2009 Alta mortalidade Alta morbidade = Muitas

Leia mais

Novas diretrizes para pacientes ambulatoriais HAS e Dislipidemia

Novas diretrizes para pacientes ambulatoriais HAS e Dislipidemia Novas diretrizes para pacientes ambulatoriais HAS e Dislipidemia Dra. Carla Romagnolli JNC 8 Revisão das evidências Ensaios clínicos randomizados controlados; Pacientes hipertensos com > 18 anos de idade;

Leia mais

CONTROLE ENDÓCRINO DO DESENVOLVIMENTO

CONTROLE ENDÓCRINO DO DESENVOLVIMENTO CONTROLE ENDÓCRINO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Lucila LK Elias Prof. Dra. Lucila LK Elias TÓPICOS Fatores envolvidos no processo de crescimento e Desenvolvimento Curvas de crescimento Principais Fatores

Leia mais