Relatório de Empregabilidade 2014

Transcrição

1 O presente relatório surge da necessidade da Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis () em monitorizar o percurso académico e profissional dos seus recém-licenciados. Ao perceber a forma como os alumni fazem a sua transição da licenciatura para a vida ativa, a, além de procurar manter a sua relação de proximidade nesta difícil tarefa, coloca-se numa posição privilegiada para procurar de uma forma mais informada as soluções e apoio que permitam aos presentes estudantes desenvolver o seu trajeto vocacional tendo em conta as possibilidades e experiências dos que o fizeram anteriormente. Caracterização da amostra Este relatório incide sobre a empregabilidade dos estudantes da que concluíram a sua licenciatura no ano letivo de 0/3, e o processo de recolha de dados iniciou-se seis meses depois da data do término. O número total de estudantes que preenchem estas condições é de 50. O processo de recolha de dados foi realizado através do envio de um a todos os 50 estudantes, explicando o propósito do questionário que foi enviado em anexo e solicitando a resposta. No final do processo, receberam-se respostas de um total de 0 estudantes, o que representa 0% dos estudantes contactados. Destes, cerca de 0% são do género masculino e 80% do feminino, que apresentavam idades compreendidas entre os e os 39 anos (4,8 média de anos). Informações sobre a primeira atividade profissional exercida após a conclusão da licenciatura A primeira questão colocada versava o tempo de procura que mediou a conclusão da licenciatura e a obtenção do primeiro emprego, independentemente de este ser ou não na área de enfermagem, e do vínculo laboral. O gráfico ilustra as respostas obtidas:

2 Começou imediatamente De 3 a 6 meses De 6 meses a ano Ainda à procura 0 Gráfico. Tempo de procura do º emprego Da análise do gráfico, conclui-se que dos recém-licenciados que responderam ao questionário, 0% encontram-se ainda em situação de desemprego. No entanto, é também de assinalar que 80% dos respondentes entraram no mercado de trabalho menos de seis meses depois de concluir a licenciatura. O gráfico evidencia o número dos que, estando já empregados, desempenham as suas funções na área da Enfermagem: Sim Não

3 Gráfico. Número de ex-estudantes com emprego na área da enfermagem Podemos concluir que 80% dos recém-licenciados da respondentes que obtiveram emprego no primeiro ano após a conclusão da licenciatura, conseguiram-no dentro da sua área de formação. Foi também questionada a forma como o primeiro emprego foi encontrado, para aferir da eventual eficácia dos diferentes métodos de procura ativa. O gráfico 3 indica os resultados obtidos: 0 Gráfico 3. Meio de obtenção do º Emprego Os dados permitem concluir que a resposta a anúncio continua a revelar-se um método de procura frutuoso, a par das redes sociais de cada estudante, constituindo os ensinos clínicos igualmente frutuosos na obtenção desta oportunidade. O apoio da escola e a candidatura a concurso também consistiram meios de obtenção de primeiro emprego identificados pelos estudantes que responderam ao formulário. Quanto à situação contratual em que os recém-licenciados se encontram, verificou-se que 60% encontra-se em regime de prestação de serviço, 0% encontram-se com contrato a termo certo e 0% refere outros. Quando questionámos sobre a área geográfica em que os licenciados já empregados desempenham as suas funções, destacamos a alta percentagem (40%) de licenciados colocados na área geográfica da, o que permite, além de verificar que continua a existir a necessidade de contratação de novos profissionais na nossa área geográfica, levantar 3

4 a hipótese de que existe no Centro do País confiança na qualidade de formação da. Para além destes, 0% encontram-se a exercer funções na Região Norte e 0% noutros locais. De forma a compreender o grau de satisfação e as variáveis que são mais tidas em conta para esta satisfação com a situação profissional, foi pedido aos licenciados que se referissem a seis variáveis numa escala de a 7, em que = o mais importante e 7 = o menos importante. A tabela evidencia os resultados no que diz respeito ao grau de satisfação com o emprego atual: + IMP. - IMP. TOTAL Remuneração 6 (60%) (0%) (0%) (0%) 0 0 (0%) 0 Vínculo 3 (30%) 4 (40%) (0%) (0%) 0 0 (0%) 0 Condições de trabalho 5 (50%) 3 (30%) (0%) (0%) 0 Proj. profissional 5 (50%) 0 3 (30%) (0%) 0 0 (0%) 0 Formação e progresso 5 (50%) (0%) 0 (0%) 0 (0%) (0%) 0 Localização geográfica 5 (50%) 0 (0%) (0%) (0%) 0 (0%) 0 Já na Tabela, fica evidenciado o grau de importância de cada item como fator influente para uma eventual intenção em ativamente procurar a mudança no que diz respeito à situação profissional: + IMP. - IMP. TOTAL Remuneração 5 (50%) (40%) (0%) 0 0 Vínculo (0%) (0%) (0%) (0%) (0%) 30 (30%) 0 0 Condições de trabalho (0%) (0%) (0%) 0 4 (40%) (0%) 0 0 Proj. Profissional 3 (30%) 0 (0%) (0%) (0%) (0%) 0 0 Formação e progresso (0%) 0 (0%) (0%) 5 (50%) Localização geográfica 5 (50%) (30%) (0%) 0 (0%) 0 Prioridades e planeamento na área da formação Foram também colocadas questões aos recém-licenciados que permitam à, na sua missão de monitorizar a transição destes para a vida ativa, conhecer, não 4

5 só o grau de satisfação que têm em relação à formação da nossa instituição quando confrontados com as exigências da profissão, mas igualmente naquelas que consideram ser as prioridades para a formação e aprendizagem ao longo da vida. Procurou também perceber-se a predisposição dos ex-estudantes em regressar à EsEnfCVPOA para efetuar esta formação, de forma a ser possível um planeamento estratégico que permita adequar a oferta formativa às necessidades e interesses dos profissionais. Quando questionámos os estudantes acerca da percepção deles em relação à forma como a formação na os preparou para as exigências do mundo profissional, 60% das respostas indicam que a os preparou Muito Bem e 40% Bem Preparados. É possível verificar que a avaliação é claramente favorável, o que à partida pode sugerir que existe uma predisposição dos licenciados em recorrer novamente à para prosseguir a formação profissional. Essa hipótese sai reforçada com as respostas obtidas à questão relativa a se alguma vez, após o término da licenciatura, voltou à para obter mais formação, em que 60% respondeu que não ainda não tinha voltado mas que pensa voltar, 0% respondeu que já tinha voltado para frequentar um curso, unidade curricular ou atividade e somente 0% respondeu que não tinha voltado (destes, metade encontra-se fora do país, o que na nossa opinião não traduz necessariamente uma escolha ou um desinteresse, mas possivelmente a escolha de um percurso profissional que não permite a frequência de formação em Portugal). Quanto às áreas de interesse para futura formação, as respostas incluem as seguintes áreas: pós-graduação em saúde materna; pós-licenciatura médico-cirúrgica; cuidados intensivos e emergência; tratamento de feridas e saúde-mental. Para além destas áreas, um dos participantes referiu que admitiria voltar para um curso na escola em qualquer área, dois admitiram voltar para fazer uma especialidade (sem identificar a área), um dos participantes sugeriu a realização de cursos em e-learning/b-learning e outra referiu que voltaria depois de estar profissionalmente ativa. 5

6 Conclusão Da análise destes dados, podemos concluir que, o grau de satisfação com a formação dada pela é muito elevado, os estudantes apresentam uma elevada empregabilidade num curto período de tempo na área da enfermagem e maioritariamente numa zona geográfica próxima e existe uma consciência clara e vontade dos recém-licenciados em prosseguirem com o seu percurso formativo na mesma (independentemente de estarem ou não empregados no presente), pelo que a tem condições para constituir-se como um agente interveniente na formação contínua. Como tal, considera-se de extrema pertinência que estes dados continuem a ser recolhidos e estudados, de forma a poder haver uma proximidade ideal para que a oferta formativa vá de encontro às necessidades dos profissionais e se potencie o acesso destes a um ensino de qualidade que corresponda às suas expectativas. Sugere-se que para esse efeito se solicite a resposta dos estudantes contactados por mais do que uma vez, com vista a se aumentar a representatividade da amostra e dos resultados obtidos. 6