Programas de residência médica: onde estamos e para onde vamos
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- Márcio Azevedo Garrido
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1 Programas de residência médica: onde estamos e para onde vamos Junho de 2015 Francisco Arsego de Oliveira Comissão Nacional de Residência Médica
2 Paciente: Saúde no Brasil Lista de problemas: 1. Parcela significativa da população sem assistência à saúde adequada (especialmente em áreas remotas e vulneráveis). 2. Necessidade de fortalecer Atenção Primária à Saúde como opção estruturante do SUS. 3. Dissociação entre formação X necessidades sociais. 4. Necessidade de qualificação de recursos humanos na área da saúde (em todas as áreas).
3 Formação médica: atores principais MEC SUS MS
4 Entidades Médicas Sociedades científicas PSF/ESF Congresso Nacional Mais Médicos MEC Formação médica: atores principais ABEM APS SUS E L E I Ç Õ E S MS CNRM PRMs DIRETRIZES CURRICULARES ESCOLAS DE MEDICINA Ministério da Fazenda PROMED/PRÓ-SAÚDE
5 Entidades Médicas Sociedades científicas PSF/ESF Congresso Nacional Mais Médicos MEC Formação médica: atores principais ABEM APS SUS E L E I Ç Õ E S MS CNRM PRMs DIRETRIZES CURRICULARES ESCOLAS DE MEDICINA Ministério da Fazenda PROMED/PRÓ-SAÚDE
6 Contexto sanitário brasileiro Entidades Médicas Sociedades científicas PSF/ESF Congresso Nacional Mais Médicos MEC Formação médica: atores principais ABEM APS SUS E L E I Ç Õ E S MS CNRM PRMs DIRETRIZES CURRICULARES ESCOLAS DE MEDICINA Ministério da Fazenda PROMED/PRÓ-SAÚDE
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10 CINAEM Diretrizes Curriculares Henrique Sant Anna Dias, Luciana Dias de Lima, Márcia Teixeira Ciência & Saúde Coletiva, 18(6): , 2013
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12 Mais de 40 mil médicos inscritos. 30 mil vagas oferecidas vagas em Medicina de Família (11,7%) Programas. Radiation Oncology: 89 PRMs 193 vagas Vagas não totalmente ocupadas: cirurgia geral, neurocirurgia, otorrinolaringologia, cirurgia plástica e radioterapia.
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14 Não se constrói um sistema de saúde de qualidade sem médicos de qualidade! Médicos no país: número insuficiente e com má distribuição
15 Menor média de médicos Relação de médicos/mil habitantes Brasil 1,8 Argentina 3,2 Uruguai 3,7 Portugal 3,9 Espanha 4 Reino Unido 2,7 Austrália 3 Itália 3,5 Alemanha 3,6 Fonte: Ministério da Saúde e OCDE 1 5
16 Desigualdade nos estados 22 estados estavam abaixo da média nacional 1,8/mil habitantes Acima de 1,8/mil Entre 1/mil e 1,8/mil Menor que 1/mil 5 estados tinham menos de 1 médico por mil habitantes: Acre Amapá Maranhão Pará Piauí Dados MS/
17 Relação de médicos por habitantes no mundo Per population 7 6 6,1 5 5,0 4,8 4 4,1 4,0 3,9 3,8 3,8 3,8 3,7 3,6 3,5 3,5 3,3 3,3 3,3 3,3 3,3 3,3 3,2 3 3,0 3,0 2,9 2,8 2,8 2,7 2,6 2,5 2,5 2,4 2 2,2 2,2 2,2 2,0 1,8 1,7 1,6 1,5 1 0,8 0,7 0,2 0 Fonte: OECD (2013), Health at a Glance 2013: OECD Indicators, OECD Publishing
18 Relação de egressos de cursos de medicina por habitantes pelo mundo Fonte: OECD (2013), Health at a Glance 2013: OECD Indicators, OECD
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20 Problemas complexos exigem soluções complexas e sistêmicas. Eugênio Vilaça Mendes
21 Lei nº /10/2013 Lei do Mais Médicos Art. 1º É instituído o PROGRAMA MAIS MÉDICOS, com a finalidade de formar recursos humanos na área médica para o Sistema Único de Saúde (SUS) e com os seguintes objetivos: I - diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades regionais na área da saúde; II - fortalecer a prestação de serviços de atenção básica em saúde no País; III - aprimorar a formação médica no País e proporcionar maior experiência no campo de prática médica durante o processo de formação; IV - ampliar a inserção do médico em formação nas unidades de atendimento do SUS, desenvolvendo seu conhecimento sobre a realidade da saúde da população brasileira; V - fortalecer a política de educação permanente com a integração ensinoserviço, por meio da atuação das instituições de educação superior na supervisão acadêmica das atividades desempenhadas pelos médicos; VI - promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais da saúde brasileiros e médicos formados em instituições estrangeiras; VII - aperfeiçoar médicos para atuação nas políticas públicas de saúde do País e na organização e no funcionamento do SUS; e VIII - estimular a realização de pesquisas aplicadas ao SUS.
22 GRADUAÇÃO NOVOS CURSOS RM PROGRAMA MAIS MÉDICOS Projeto Mais Médicos para o Brasil SUS APS
23 GRADUAÇÃO NOVOS CURSOS RM PROGRAMA MAIS MÉDICOS Projeto Mais Médicos para o Brasil SUS APS
24 Impacto na formação médica 30% da carga horária do internato serão desenvolvidos na APS e em serviços de urgência e emergência. Avaliação específica a cada 2 anos. Universalização da residência médica em Programas com acesso direto: genética, medicina do tráfego, medicina do trabalho, medicina esportiva, medicina física e reabilitação, medicina legal, medicina nuclear, patologia, radioterapia. 1 ou 2 anos obrigatórios em MGFC para acesso a todas as demais especialidades. Estabelecimento de contrato organizativo da ação pública ensino-serviço. Possibilidade de pagamento de bolsa de preceptoria.
25 Convicções: Residência Médica é o padrãoouro na formação médica. Necessidade de reafirmar um modelo assistencial que tenha a Atenção Primária à Saúde como base. APS não representa oposição às outras especialidades. Formação médica deve ter compromisso social (social accountability). Necessidade de enfrentar: Problemas de infraestrutura Formação de preceptores Valorização profissional Ninguém concretiza um projeto desse porte sozinho Valorização profissional Infraestrutura A P S Formação de preceptores
26 Atenção Primária à Saúde - princípios Acesso primeiro contato Integralidade Longitudinalidade Coordenação de cuidado RESOLUTIVIDADE DE 85% DOS PROBLEMAS DE SAÚDE
27 Joia da Coroa : Melhor cuidado Melhor custoefetividade Mais satisfação Melhor forma de organizar o sistema de saúde! "hard times demand a willingness to think and act differently" Complexidade da atenção à saúde Necessidade de um modelo assistencial Formação médica Financiamento
28 Still, the world can learn some lessons from the Brazilian experience. First, communitybased primary care can work if done properly. It requires a solid blueprint, pilot testing and evidence generation, a longterm vision, and sustained financial and political commitments. The FHS appears to be extremely cost-effective: Brazil currently spends about $50 annually per person on the program. But scaling up such an enterprise has required continuous adaptation and investment, especially in light of geographic differences in population health needs, differential municipal capacity and health care resources, and evolving medical practice a challenge likely to apply in other countries as well. Finally, building a robust primary care system is more than a bureaucratic exercise; in Brazil, it has required long-term social movements and professional commitments.
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31 Residência Médica: desafios imediatos Superar o desconhecimento da área de MFC/APS Resolução sobre PRMs em Medicina de Família e Comunidade Criação da Câmara Técnica de Atenção Básica/Saúde Coletiva Definir competências do médico em formação (todas as especialidades) Atualização da Resolução CNRM nº 02/2006 Estabelecer formação de preceptores Políticas indutoras Ter consciência da diversidade brasileira. Criar estrutura administrativa e de informática que dê suporte a todo esse trabalho em nível nacional e que permita o seu controle através de indicadores pertinentes. Estruturação das CEREMs. Aprofundar o diálogo com entidades médicas e centros formadores. Discutir os pré-requisitos para os PRMs. Garantir o aporte de recursos financeiros para esses avanços.
32 Residência Médica: outros desafios Integrar a Residência Médica Às Diretrizes Curriculares dos Cursos de Medicina e demais políticas públicas. Ao SUS (com papel constitucional de ordenador de recursos humanos na área da saúde) Avançar Numericamente: universalização em 2018 para cerca de egressos. Criação de vagas de residência, especialmente em MFC. Preenchimento de vagas ociosas. Qualitativamente: com critérios definidos, sistema de monitoramento e integração com as sociedades de especialidade. No processo de repensar a maneira como formamos médicos e especialistas. Na atualização do rol de competências de cada especialidade: Conhecimentos, habilidades e atitudes
33 Conhecimentos Habilidades Atitudes Competências: conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes aplicados para o desempenho das atribuições
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37 O ideal que criou a residência médica, com preceptores e residentes estabelecendo um relacionamento muito próximo para pensar juntos sobre cada paciente, está com problemas. Em vez disso, os residentes, com pouca supervisão, estão lutando para sobreviver em meio a uma carga de trabalho excessiva, tendo pouco tempo ou energia para aprenderem. Professores e preceptores, por sua vez, estão muito ocupados com suas próprias pesquisas e consultórios (muitas vezes fora do hospital) para prestar atenção para os residentes.
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40 PRMs em Radioterapia 31 PRMs aprovados 21 instituições privadas 10 públicas Maior: INCa (24 residentes) Total de 177 vagas 61 para R1 118 residentes (R1, R2 e R3) 67% de ocupação PRMs por região: Norte: 1 Centro-Oeste: 3 Nordeste: 5 Sudeste: 19 (SP: 9; MG:8) Sul: 3
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