DIREITO PENAL 1) INTRODUÇÃO:

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1 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Introdução PONTO 2: Teoria da Norma Penal introdução PONTO 3: Teoria da Norma Penal 1. Fontes do Direito Penal 2. Classificação da Lei Penal 3. Nascimento da Lei Penal 4. Revogação da Lei Penal 1) INTRODUÇÃO: - O MP e outras autoridades administrativas tem legitimidade para investigar, sob o fundamento do art. 4º, parágrafo único 1, CPP (STJ, REsp , j. 17/02/11 Informativo 463). - A investigação estava regulamentada pelo MP com o procedimento de investigação criminal. Mudanças no CPP: - capítulo da prisão (prisão preventiva). - Juiz das garantias (criação) magistrado que se manifesta acerca de medidas de coerção real., a fim de não contaminar o outro magistrado que irá sentenciar. 2) TEORIA DA NORMA PENAL INTRODUÇÃO Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Princípio da Reserva Legal. Aplicação da lei Penal no tempo (arts. 2º, 3º, 4º, CP): Art. 2º - trata do abollitio criminis e novatio legis in mellius. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 1 Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

2 2 Art. 3º - trata das leis temporárias e excepcionais e do principio da ultra-atividade. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Art. 4º - encerra Lei penal no tempo com tempo do crime teoria da atividade. Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Art. 5º - Lei penal no espaço princípio da territorialidade (temperada) Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Art. 6º - teoria do lugar do crime (teoria da ubiguidade) Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Art. 7º - extraterritorialidade (c/c lei de tortura) Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

3 3 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. Art. 8º pena cumprida no estrangeiro (princípio no bis in idem). Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Art. 9º - trata da eficácia da sentença estrangeira. Eficácia de sentença estrangeira Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. Art. 10 trata do prazo de direito material ou penal (inclui-se o dia do início e exclui-se o dia do fim). Contagem de prazo Art O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Frações não computáveis da pena Art Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. Art encerra a teoria da norma penal com o princípio da especialidade. Legislação especial Art As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.

4 4 3) TEORIA DA NORMA PENAL: 1. Fontes do Direito Penal 1.1)Fonte material/substancial ou de produção: art. 22, I 2, CF. Diz respeito ao órgão que cria o direito penal. O poder legislativo da União (Congresso Nacional) é a fonte material. Obs: Quanto aos estados poderem criar leis penais. O art. 22, parágrafo único 3, CF, menciona que há autorização constitucional. No RS foi aprovado um tipo penal ambiental estadual, o qual foi contestado por uma ADI. O Pleno do TJ/RS fulmina a lei, dizendo que há um vício formal de origem que é a falta de lei complementar. Portanto, se houvesse lei complementar os estados poderiam legislar, mas não tem. 1.2)Fontes formas, de conhecimento ou cognição. Dizem respeito ao modo de exteriorização do direito penal ) Fontes formais mediatas/indiretas/secundárias: analogia, costumes, princípios gerais de direito, doutrina, jurisprudência, trabalhos científicos ou acadêmicos, ato administrativo, entre outras ) Fontes formais Imediatas/Primária/direta: Lei Penal, só ela que cria crimes e comina penas. Lei penal: - Preceito primário (descrita a conduta incriminadora) todas as pessoas são destinatárias - Preceito secundário (pena cominada) o destinatário é o Juiz. 2 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 3 Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

5 5 2. Classificação da Lei Penal: 1) Leis Penais incriminadoras: as que criam crimes e cominam penas. Ex: parte especial do Código Penal e Leis Extravagantes. 2) Leis Penais não-incriminadoras: não criam crimes e nem cominam penas. 2.1) Permissivas: são as que autorizam a pratica de certas condutas típicas. Ex: - legitima defesa, estado de necessidade, pela lei o estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. 2.2) Exculpantes: estabelecem a inculpabilidade do agente ou a impunidade de condutas típicas e ilícitas. Ex: - inculpabilidade: erro de proibição, doença mental, etc. - impunidade: prescrição. 2.3) Interpretativas (explicativas): esclarecem o conteúdo da norma. Ex: art , CP (definição de funcionário público). Art. 13 5, CP (conceitua causa). Art. 150, 4º 6, CP (definição de casa). Art. 10 7, CP (explica o prazo de direito penal). 2.4) Diretivas: estabelecem princípios de determinada natureza. Ex: art. 1º 8, CP princípio da reserva legal. 4 Funcionário público Art Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 5 Art O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 6 Art. 150, 4º - A expressão "casa" compreende: I - qualquer compartimento habitado; II - aposento ocupado de habitação coletiva; III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. 7 Art O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. 8 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

6 6 2.5) Finais complementares: fixam limites para a aplicação de outras normas penais. Ex: art. 2º 9 e 5º 10, CP (fixa limite no tempo e no espaço para aplicação da lei penal). 3) Integrativas (ampliativas ou extensivas): São as que completam a tipicidade penal. Ex: art. 14, II 11 (tentativa), art (participação), art. 13, 2º 13 (garante), CP. - tentativa (art. 14, II, CP): A regra é o crime na forma consumada. Nota-se que apenas na terceira fase da aplicação da pena irá incidir a minorante da tentativa, reduzindo-se a pena. Porém, o parágrafo único do art. 14, II dispõe sobre as exceções: - Art , CP descreve um crime de atentado ou de empreendimento, significa aquele que traz a mesma pena para a forma consumada e para a forma tentada. Esse crime não admite tentativa, sendo que não haverá diminuição da pena (a pena é a mesma). - Art LEP fuga só configura falta grave e não crime. Porém, será crime quando na fuga: houve agressão à alguém ou causar dano (art. 163, parágrafo único, III 16, CP). 9 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 10 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 11 Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 12 Art Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 13 Art. 13, 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 14 Evasão mediante violência contra a pessoa Art Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência. 15 Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;

7 7 - art , Código Eleitoral (votar ou tentar votar duas vezes): crime de empreendimento ou atentado, sendo a mesma pena para as duas formas, não havendo tentativa. Para que na regra dos crimes não houver ofensa ao principio da reserva legal, deve-se preencher lacunas nos tipos através das normas integrativas. - Participação (art. 29, CP): A regra e a descrição da conduta principal, sendo a participação a conduta acessória. Ex: falso testemunho (art , CP): antes da audiência, uma pessoa convence a testemunha de mentir é participe (conduta acessória). Art sob pagamento, sai da regra, virando um tipo penal próprio (exceção pluralista da teoria monista). incriminador. O art. 29 funciona como uma ponte entre a conduta do agente e o tipo penal - Garante (art. 13, 2º, CP): Pode e deve agir para evitar o resultado, sendo que responderá pelo resultado naturalístico que deveria ter evitado e não evitou. Deve ser combinado o tipo penal com esse artigo. II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. VII tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. 16 Dano qualificado Parágrafo único - Se o crime é cometido: III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista. 17 Art Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem: Pena - reclusão até três anos. 18 Art Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 19 Art Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação: Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.

8 8 O garante pode ser punido a título de dolo e de culpa. 4) Completas: Estão presentes todos os elementos da figura típica. Ex: furto, homicídio, roubo. 5) Incompletas: São as que reservam a complementação do tipo para outras leis, para o ato administrativo ou para o Juiz. São as normas penais em branco e os tipos penais abertos. Normas penais incompletas: 5.1. Normas penais em branco: a) ao avesso/invertida/ao revés: b) homogêneas/impróprias ou em sentido amplo c) heterogêneas ou em sentido estrito 5.2. Tipos penais abertos 5.1. Normas penais em branco: a) Ao avesso ou invertida: O que está incompleto é o preceito secundário (a pena). - há alguma omissão na pena. Por exemplos: - art. 309, Cód. Eleitoral - pena até 3 anos, não havendo o mínimo. - Lei 2889/56 não há pena especifica, utiliza remissão de penas de outros crimes. - art , CP. a) Homogêneas, impróprias ou em sentido amplo: O complemento advém do mesmo órgão que cria a lei penal (Poder Legislativo da União - o Congresso Nacional). 20 Uso de documento falso Art Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.

9 9 - homogêneas homovitelíneas: a norma penal é complementada por norma penal. Ex: art , CP tipo incompleto, necessitando da definição de funcionário público, o qual encontra-se no art , CP. - homogêneas heterovitelíneas: norma penal complementada por norma extrapenal. Exs: - Art , CP warrant esta palavra o Juiz deverá buscar no Código Comercial o significado, cuja competência é do Poder Legislativo da União (art. 22, I, CF). - art , CP procura-se os impedimentos matrimoniais no Código Civil, art art. 169, I 26, CP tesouro definido pelo art , CC. 21 Prevaricação Art Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 22 Funcionário público Art Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 23 Emissão irregular de conhecimento de depósito ou "warrant" Art Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo com disposição legal: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 24 Art Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta: Pena - detenção, de três meses a um ano. 25 Art Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. 26 Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza Art Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre: Apropriação de tesouro I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio. 27 Do Achado do Tesouro Art O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.

10 10 c) Heterogêneas/próprias ou em sentido estrito: O complemento advém de um Órgão diverso daquele que cria a norma penal. - Utilizado para as armas e drogas. Por exemplo: Lei /03, art. 14 tipo misto alternativo. Não há os conceitos de arma, munição e acessório, bem como expressão sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Assim, para se ter uma leitura complementada desse artigo precisa-se do Decreto 5.123/04, bem como o R-105 (Decreto 3665/00). Então, o complemento é feito pelo Poder Executivo. - Lei /06, art : tipo misto alternativo (11 verbos nucleares). Tem a denominação do termo genérico de droga. Na lei antiga (Lei 6368/76), no art. 12, havia a expressão substância entorpecente. Ocorre que trazia a espécie como gênero fosse, deixando de lado as substancias alucinógenas e estimulantes. A Portaria 344/98 ANVISA refere quais são estas substâncias proibidas, feita pelo Poder Executivo, sendo que a Lei foi feita pelo Poder Legislativo. Portanto, o ato administrativo completa a Lei. Obs: seria inconstitucional a complementação do art. 1º do CP e a CF (não há crime sem lei anterior que o defina) por ato administrativo? Depende. 28 Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a (mil e quinhentos) dias-multa.

11 11 Primeiro tem que verificar se há respeito ao princípio da determinabilidade, ou seja, quando o tipo tem que cumprir o mínimo de determinação, devendo ser definido pelo poder legislativo. Caso deixe tudo para o executivo é inconstitucional. Porém, se apenas delegar a complementação para o executivo não é inconstitucional, ainda promovendo a evolução do direito penal de modo a não ficar estático Tipo Penal Aberto: O complemento é feito pelo Magistrado, através de um juízo axiológico (valorativo). Exemplos: - art , Lei 7.170/83: praticar atos de terrorismo sem um mínimo de determinação. Há quem defenda que esse artigo pode ser inconstitucional. - art , CP ato obsceno sem definição. - art , CP rixa - sem definição. - crimes culposos art. 18, parágrafo único 32, CP princípio da excepcionalidade do crime culposo, sendo o que está expressamente escrito, pressupõe ser doloso. Art. 121, 3º 33, CP - não há conduta no tipo (nem principal e nem acessória). Há duas exceções: - Lei de drogas, ministrar culposamente crime próprio (por medico, farmacêutico, entre outros específicos). - Receptação culposa (art. 180, 3º 34, CP) descrita a conduta culposa. 29 Art Devastar, saquear, extorquir, roubar, seqüestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas Pena: reclusão, de 3 a 10 anos. 30 Ato obsceno Art Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 31 Rixa Art Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 32 Art. 18, Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 33 Art. 121, Homicídio culposo 3º Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos.

12 12 3. Nascimento da Lei Penal: O processo de formação de lei penal compreende três fases: 1ª Fase Fase introdutória: Apresentando projeto de lei penal. A competência constitucional é comum ou concorrente, pois cabe a qualquer comissão ou membro do legislativo e também ao chefe do executivo. O Poder Judiciário não tem competência. Cabe por iniciativa popular ser apresentado um projeto de lei penal (Não houve ainda no Brasil). 2ª Fase Fase Constitutiva: Fase das deliberações. Há a deliberação parlamentar (discussão e votação do Projeto de Lei em cada uma das casas) e a deliberação executiva (sanção ou veto do Presidente). A posição majoritária é que no momento da sanção é que nasce a lei penal. 3ª Fase Fase Complementar: (Integratória de eficácia) Promulgação - autenticidade da lei penal (certeza de existência); - executoriedade (aptidão para ser aplicada). + Publicação obrigatoriedade da lei penal juris et de jure. A regra é que a lei deve viger na data de sua publicação. Caso a lei seja omissa quanto a sua vigência, utiliza-se o art. 1º 35, LINDB (45 dias para dentro do Brasil ou 3 meses para fora do Brasil quando admitida no País estrangeiro). 34 Art. 180, 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. 35 Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

13 13 O prazo da publicação até a vigência da lei penal é chamada de vacatio legis. Essa pode ser alterada, diminuída, desde que haja o prazo expresso. 4. Revogação da Lei Penal: Significa a sua perda de vigência. Revogação: Total/absoluta = ab-rogação. Parcial = derrogação. Autorrevogação art. 3º 36 : Leis Penais temporárias e excepcionais. - Leis penais temporárias entram em vigor com o seu prazo de vigência pré-fixado. - Leis penais excepcionais vigem em situações de anormalidade (guerra, estado de sitio, calamidade pública de grandes proporções). Ultra-atividade: Outra característica das Leis temporárias e excepcional. É a qualidade que possui a lei penal de estender os seus efeitos para além da sua revogação. Ex: Lei penal temporária incriminadora com prazo de 30 dias, o agente pratica o delito no 29º dia, o julgamento será após a auto-revogação, por isso, será ultra-atividade. 36 Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

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