O PSICODIAGNÓSTICO DAS EXPERIÊNCIAS ANÔMALAS E DOS ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA NA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC CURSO DE PSICOLOGIA DANIELA GOMES FAGUNDES O PSICODIAGNÓSTICO DAS EXPERIÊNCIAS ANÔMALAS E DOS ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA NA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009

2 DANIELA GOMES FAGUNDES O PSICODIAGNÓSTICO DAS EXPERIÊNCIAS ANÔMALAS E DOS ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA NA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. MSc. Jeverson Rogério da Costa Reichow. CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009

3 DANIELA GOMES FAGUNDES O PSICODIAGNÓSTICO DAS EXPERIÊNCIAS ANÔMALAS E DOS ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA NA HISTÓRIA DA PSICOLOGIA Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Saúde e Qualidade de Vida. Criciúma, 03 de Dezembro de BANCA EXAMINADORA Prof. Jeverson Rogério Costa Reichow - Mestre - (UNESC) - Orientador Profa. Yara Jurema Hamen Llanos Especialista - (UNESC) Prof. Mauro Luiz Pozatti - Doutor - (UFRGS)

4 Dedico este trabalho à minha mãe Neusa, Ao meu amigo, parceiro e companheiro Hercimar, Ao nosso filho Gustavo, resultado de nossa sincronia, e Ao meu Anjo da Guarda que atende pelo nome de Norma Eles jamais duvidaram...

5 AGRADECIMENTOS À Consciência Cósmica Universal que por sua natureza de amor atende por vários nomes, e que, na expressão de amor, nos permite SER; A minha fantástica família, que de formas implicadas e explicadas me propiciaram ser o que sou e estar onde estou; Aos meus Anjos da Guarda visíveis e invisíveis, suas presenças incontestes tornaram minha jornada uma bênção; Ao Grupo dos Sete, desde a sua manifestação mais sutil àquelas físicas nos encontros de sábados e domingos. Samuel, Nádia, Eliene, Fabrício, Tatiane, Má: sua generosidade, tolerância e compreensão nos momentos de dúvidas e inseguranças humanas foram minha inspiração para continuar; Ao meu professor orientador, Jeverson, nossas conversas e sua preocupação com a reinvenção da roda foram determinantes em minha caminhada; Aos meus parentes, vizinhos, colegas e amigos de universidade, em especial a minha amiga Débora, todos, em muitos momentos e de várias maneiras estiveram ao meu lado torcendo por mim.

6 Balada do Louco Dizem que sou louca Por pensar assim Se sou muito louca Por eu ser feliz Mas louco é quem me diz! E não é feliz! Não é feliz... Eu juro que é melhor Não ser um normal Se eu posso pensar Que Deus, sou eu.. Não vou me curar Já não sou a única Que encontrou a paz Mas louco é quem me diz! E não é feliz! Eu sou feliz!. Rita Lee

7 RESUMO O presente Trabalho de Conclusão de Curso consiste em uma pesquisa bibliográfica, qualitativa e exploratória que se constitui do levantamento das principais visões de homem na história e sua relação com a construção da compreensão acerca das experiências anômalas e dos estados alterados de consciência na interpretação dos processos psíquicos, dos quais resulta o psicodiagnóstico em psicologia. Tem por objetivo apontar as formas pelas quais foram compreendidas as EAs e os EACs ao longo da história da psicologia. De modo específico buscou-se: contextualizar a construção histórica da psicologia como ciência autônoma; contextualizar a construção histórica do psicodiagnóstico em psicologia; compreender o que são experiências anômalas e estados alterados de consciência e investigar a relação entre si e destas com a psicopatologia. Foram apontadas: a concepção da visão de fenômeno cultural, entendida como patológica e fruto do inconsciente; concepção pautada na crença de fatores biológicos disfuncionais, entendida como patológica e desencadeante dos fenômenos; concepção que compreende os fenômenos como subprodutos do cérebro, e dependentes deste e a concepção que considera a ocorrência dos fenômenos como campo de possibilidades e capacidades humanas ainda não conhecidas e exploradas e não necessariamente patológicas. Observa-se que a visão de homem predominante numa sociedade, embasada no paradigma vigente, desempenha um papel fundamental na dinâmica processual que norteia o desenvolvimento da mesma, por meio da influência sobre as diretrizes que orientam as pesquisas à compreensão acerca do psicodiagnóstico destes fenômenos em psicologia, o que infere na necessidade de maiores estudos e pesquisas voltadas à temática. Palavras Chaves: Paradigmas. Experiências anômalas. Estados alterados de consciência. Visão de homem. Psicodiagnóstico

8 LISTA DE ABREVIATURAS AAP - Associação Americana de Psicologia APA American Psicology Association DSM Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais DSM-IV Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4ª edição EA Experiências Anômalas EAC Estados Alterados de Consciência FE Fenômenos Anômalos OMS Organização Mundial da Saúde PES Percepção Extra-Sensorial SPR Society for Psychical Research SPP Sociedade para Pesquisa Psíquica

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DA ORIGEM DA PSICOLOGIA A MUDANÇA DE PARADIGMA A natureza dos paradigmas Um prisma de realidades: visões de homem e de mundo Do Paradigma Cartesiano-Newtoniano ao Paradigma Holístico: mais espectros da mesma luz ORIGENS DO PSICODIAGNÓSTICO EM PSICOLOGIA: PSIQUIATRIA, PSICOPATOLOGIA E PSICOLOGIA CLÍNICA A evolução do psicodiagnóstico em psicologia Psicodiagnóstico: modelos, conceito, atualidade COMPREENDENDO AS EXPERIÊNCIAS ANÔMALAS E OS ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA Experiências anômalas A natureza da consciência e seus estados alterados A relação entre EAs e EAC e destas com a psicopatologia O OLHAR DAS CIÊNCIAS DA MENTE SOBRE AS EAS E OS EACS NA HISTÓRIA METODOLOGIA CONCLUSÃO REFERENCIAS REFERENCIAS COMPLEMENTARES... 84

10 10 1 INTRODUÇÃO A ocorrência de experiências anômalas (EAs) e de estados alterados de consciência (EAC) é descrita em todos os períodos da história da humanidade. Referida em todas as culturas, sua ocorrência é considerada como fenômeno universal (GROF; BENNETT, 1999). Apesar disso, a compreensão acerca de seus conceitos, significados e funções e a relação destes com a natureza da consciência humana tem variado significativamente e várias teorias e concepções a respeito da temática têm sido levantadas por diferentes estudiosos em vários períodos de nossa história. De outro vértice, a relevância dada a estes estudos parece assumir característica semelhante, demonstrando variação em sua ênfase na história. Assim, o problema que nos impulsionou à pesquisa foi: identificar como foram compreendidos as EAs e os EACs ao longo da história da psicologia? Conhecer o passado é projetar o futuro e sendo o homem um ser histórico-cultural, deve muito de seu desenvolvimento ao conhecimento de sua história, portanto, consideramos de suma importância compreender como se processou a construção das compreensões que orientaram o desenvolvimento do pensamento científico psicológico no que se refere às EAs e aos EACs ao longo da história. Para lograr tal conhecimento, pontuamos como objetivo geral, apontar as formas pelas quais foram compreendidas as EAs e os EACs ao longo da história da psicologia. E especificamente, consideramos: contextualizar a construção histórica da psicologia como ciência autônoma; contextualizar a construção histórica do psicodiagnóstico em psicologia; compreender o que são EAs e EACs e investigar a relação entre EAs e EACs e destas com a psicopatologia. Deste modo, esta pesquisa constitui-se do levantamento das principais visões de homem na história e sua relação com a construção da compreensão destes fenômenos (EAs e EACs) na interpretação dos processos psíquicos, relacionados às questões de normalidade x anormalidade, saúde x doença, das quais resulta o psicodiagnóstico em psicologia. A psicologia é considerada na atualidade como a ciência da mente e do comportamento, possui, enquanto profissão, uma identidade própria, além de

11 11 produzir conhecimentos que permitem o desenvolvimento de técnicas e práticas que possibilitem sanar o sofrimento humano. É, como todas as ciências, orientada na produção do saber (sua busca pela compreensão da natureza humana: visão de homem), por modelos científicos, denominados paradigmas. Contudo, em sua gênese, encontramos a psicologia definida como sendo a ciência da alma (FREIRE 2002), inferindo uma preocupação direcionada a alma e ao espírito (WILBER, 2007). A partir destes pressupostos, embasamos a relevância de nossa pesquisa no Código de Ética Profissional do Psicólogo (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ, 2005), que em seus princípios fundamentais (incisos II, III, IV, V), orientam ao aprimoramento incessante e responsável do profissional, visando à saúde e qualidade de vida do sujeito, considerando todos os aspectos relevantes (incluindo a história e a cultura) de sua constituição, promovendo a universalização do conhecimento. E no que diz respeito as EAs e aos EACs, segundo Chibeni; Moreira- Almeida (2007, p.15): [...] mesmo que se admita, por absurdo, que um fenômeno não tenha explicação, isso não implica que ele, o fenômeno, não exista. Assim, investigando as EAs e os EACs, com os rigores metodológicos implícitos em pesquisa científica, especialmente em ambiente acadêmico, estaremos inevitavelmente nos aproximando entre outras coisas - de questões éticas que envolvem o processo terapêutico de diagnóstico, que se infere ser o componente primordial para a escolha do tratamento e seu conseqüente prognóstico, que visa afinal, garantir a qualidade de vida do sujeito que busca auxílio com profissionais da psicologia. Daí a necessidade de pesquisas na área, pois os resultados podem dar indicações ou mesmo sugerir novos caminhos para a psicologia no Brasil. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM- IV,1994) já contempla em suas páginas aspectos espirituais e religiosos como fatores desencadeantes de desordens psicológicas, embora na prática, nem sempre constatemos esta relevância no processo psicodiagnóstico. Ainda que estudos e pesquisas sobre o tema estejam aumentando em quantidade em vários países, sobretudo nos Estados Unidos, no Brasil ainda são poucos os estudos e pesquisas na área, em especial de estudos e pesquisas sobre espiritualidade/religiosidade/transtornos que considerem a particularidade da cultura religiosa/espiritual de nosso país, bem como suas especificidades. Segue-se, pois,

12 12 uma tendência mundial em relação aos estudos que estão vindo preencher essas lacunas. Optamos por apresentar nosso Trabalho de Conclusão de Curso em cinco capítulos distintos, dentre os quais, acreditamos, responderemos ao problema impulsionador da pesquisa, alcançando desta forma nossos objetivos. A evolução do paradigma na história da humanidade, suas várias visões de homem e de mundo e sua relação no desenvolvimento da psicologia como ciência autônoma, serão apresentadas no primeiro capítulo deste Trabalho de Conclusão de Curso. As origens do psicodiagnóstico, sua evolução em psicologia, seus modelos, conceitos, objetivos, sua influência e status nas ciências da mente bem como as implicações decorrentes de sua elaboração e interpretação, serão descritos no capítulo dois. No capítulo três serão apresentadas as revisões relativas aos conceitos históricos sobre as EAs e os EACs. Além disto, discorremos sobre a relação entre estes fenômenos e a psicopatologia na história da psicologia/psiquiatria. Inicialmente, porém, neste capítulo, apresentamos uma breve revisão sobre os conceitos pertinentes à questão da consciência: o que é e do que se trata quais suas interpretações na história e seu papel para a compreensão das EAs e EACs. No quarto capítulo, buscamos resgatar na história, de forma sucinta, as diferentes interpretações psicológicas acerca das EAs e EACs, e a atual postura dos profissionais da saúde mental diante da ocorrência de fenômenos anômalos. Pontuamos ainda os novos achados que indicam a ocorrência de uma crise transformação paradigmática. No quinto capítulo, apresentamos a metodologia de trabalho utilizada para a realização desta pesquisa, apontando ainda os principais autores utilizados em cada capítulo. Após, apresentamos nossas conclusões e por fim elencamos as referencias utilizada para pesquisa.

13 13 2 DA ORIGEM DA PSICOLOGIA A MUDANÇA DE PARADIGMA Etimologicamente a palavra Psicologia é resultante da união de duas outras palavras, ambas de origem grega, psyché e logos, e seus significados remontam a períodos anteriores a era cristã, compreendido psyché como: sopro de vida, alma, espírito, mente, e, logos: palavra, estudo, ciência, originando o conceito de que a psicologia trata do estudo da alma ou do espírito (WILBER, 2007; FREIRE 2002). Desta forma, pensar etimologicamente na palavra psicologia equivale a pensar que as raízes da psicologia se estendem pelas profundezas da alma e do espírito humanos. (WILBER, 2007, p. 7), portanto temos a psicologia, originalmente, como, a ciência da alma. Anteriormente ao estabelecimento da psicologia como área científica, ramo de conhecimento, produção de saber e prática de saúde, como hoje é conhecida, esta, como tantas outras ciências, encontrava-se sob a égide da filosofia, que abarcava várias áreas do conhecimento humano por ser considerada a ciência por excelência [...] (FREIRE, 2002, p. 21). Neste período as explicações para os chamados fenômenos naturais eram logradas por raciocínio lógico e não por métodos científicos como hoje conhecemos o que somente viria a ocorrer mais tarde, na idade moderna, quando do nascimento do método científico. Para compreendermos a transição da psicologia filosófica, onde a natureza espiritual era considerada, ao estabelecimento da psicologia como ramo da ciência e a forma como hoje concebemos sua natureza e função é necessário antes, nos determos nas bases que formam e norteiam a aquisição do conhecimento na atualidade: o paradigma. Faz-se necessário buscar a compreensão da visão de homem e de mundo, da natureza e do natural na história com seus paradigmas, logrando a compreensão do que hoje temos como patológico nas ciências psicológicas.

14 A natureza dos paradigmas É da natureza do universo evoluir de maneira vagarosa, porém numa medida de constante crescimento, de busca de inteireza, plenitude e bem-aventurança. (Smuts) Segundo Ferreira 1 (2004), paradigma, palavra latina derivada da palavra grega parádeigma, significa modelo, padrão. Também no Dicionário Aurélio, encontramos o conceito de paradigma como: modelo, padrão, e ainda, em relação às ciências: Termo com o qual Thomas Kuhn (v. kuhniano) designou as realizações científicas (p. ex., a dinâmica de Newton ou a química de Lavoisier) que geram modelos que, por período mais ou menos longo e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados. Para Chibene e Moreira-Almeida (2007, p. 9), paradigma refere-se a uma constelação inteira de princípios teóricos, regras, valores, etc. [...], onde estão implícitos, segundo os mesmo autores, os fundamentos para o desenvolvimento da ciência na exploração da natureza e na busca da verdade. De um modo geral, podemos entender paradigma como sendo um mapa, no sentido de dar a direção, e que, quando aceito pela comunidade, passa a reger os caminhos que levam em busca de uma verdade, seja ela para solucionar um problema, seja para o conhecimento da natureza, tornando-se desta forma critério para validação e reconhecimento. Outra característica relativa a paradigmas apontada por Kuhn (1997), diz respeito a natureza compartilhada dos paradigmas, indicando a indeterminação de regras comuns à grupos. Isto posto, atesta ainda que: A falta de uma interpretação padronizada ou de uma redução a regras que goze de unanimidade não impede que um paradigma oriente a pesquisa. [...] Na verdade, um paradigma nem mesmo precisa implicar a existência de qualquer conjunto completo de regras (KUHN, 1997, p. 69). 1 Dicionário da Língua Portuguesa de autoria de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.

15 15 A reflexão desta característica implica, entre outras coisas, na hipótese da existência de paradigmas pré-existentes à fase científica da pesquisa e, da compreensão dos fenômenos e da natureza, quando o homem não dominava nem a escrita nem o método científica, por exemplo. Desta forma, ainda que a princípio, considere-se que os conceitos relativos a paradigma, e por conseqüência seu conhecimento tácito, estejam antes intrínsecos às ciências - em âmbito geral e específico - o paradigma vigente exerce influência direta também sobre as pessoas e seu modo de vida. Isto se justifica pela compreensão de que paradigmas não se referem somente à diretrizes metodológicas para práticas científicas, mas também perpassam a cultura de toda uma população, modelando uma cosmovisão, um modo específico de ver e entender o mundo e a realidade de forma compartilhada. De acordo com Crema (1989, p. 17), Cosmovisão, além de significar uma visão ou concepção de mundo, expressa também uma atitude frente ao mesmo. Indicando, desta forma, uma atitude frente à realidade como é compreendida. É, portanto, desta forma, segundo Crema (1989, p.18), uma estrutura que gera teorias, determinando o modo pelo qual uma realidade é aprendida e assim, aceita como verdade. Paradigmas não se constituem em verdades estáticas, prontas ou eternas, sendo, portanto, passíveis de transformação no tempo. Este processo de transformação é desenvolvido a partir das ciências normais e das revoluções científicas. O primeiro, referindo-se a prática das ciências normais trata, pois, dos problemas normais de pesquisa (KUHN, 1997, p. 57), e dele deriva o acréscimo, correção ou alteração de conceitos, instrumentos, regras e normas. Esta categoria de revolução é metaforicamente relacionada a um quebra-cabeça (KUHN, 1997, p. 65), indicando o uso da engenhosidade e/ou capacidade científica para resolução de problemas e na constatação de verdades. É a forma conhecida e tradicional de se fazer ciência (mesmo ainda na atualidade). Ainda que se possa relacionar tal categoria à trivialidade por ser considerada a atividade científica tradicional (CREMA, 1989, p. 19), é justamente por meio desta prática que cientistas podem atestar o alcance e a precisão com os quais o paradigma pode ser aplicado (KUHN, 1997, p. 58). Além disto, e de maior relevância, é o fato de, que por meio da prática das ciências normais (montar e solucionar quebra-cabeças) é que são identificadas, conscientizadas e

16 16 posteriormente descobertas as anomalias. Anomalias em pesquisa científica são segundo Kuhn (1997), fenômenos novos, inesperados e insuspeitados, que ocorrem durante a investigação de um evento e que se caracterizam por sua aparição regular e que de alguma forma, transgridem as expectativas do paradigma vigente (CREMA, 1989). Tais anomalias dão origem a um desconforto científico-paradigmático, denominado por Kuhn como crise, que por sua vez, põe em curso (no tempo e com reservas) as revoluções científicas, segunda categoria de alteração paradigmática. As revoluções científicas iniciam-se a partir da consciência da ocorrência de uma anomalia. Neste sentido, Kuhn coloca que a descoberta de um novo tipo de fenômeno é necessariamente um acontecimento complexo, que envolve o reconhecimento tanto da existência de algo, como de sua natureza (KUHN, 1997, p. 81). Para este autor (2003, p. 25), mudanças revolucionárias são diferentes e bem mais complicadas, pois que denotam a ocorrência de descobertas que não podem ser acomodadas nos limites dos conceitos que estavam em uso antes de elas terem sido feitas., indicando a necessidade de revisão. Tal revisão, não se logra com a facilidade ou tranqüilidade que podem aparentar (a reserva anteriormente mencionada). Antes envolve uma série de métodos criteriosos de pesquisa, avanços científicos, tecnológicos e outros ainda, que demandam tempo, empenho, pesquisa e coragem. A exemplo disso, tomemos o caso de Galileu quando do anúncio de que a Terra não era o centro do universo. Foi preciso mais que palavras, critério e coragem para que suas pesquisas fossem aceitas. Foi necessário o advento do Telescópio, e ainda assim, havia quem, mesmo com provas empíricas, refutasse. Na análise Kuhniana, podemos entender a reserva mencionada - referindo-se a resistência à mudança paradigmática - por meio da reflexão sobre a natureza da mente x consciência x descoberta científica, onde o autor denuncia que a novidade emerge com dificuldade [...] contra um pano de fundo fornecido pelas expectativas. (KUHN, 1997, p ). Nesta afirmação, o autor identifica a natureza da mente adaptando inicialmente as anomalias às categorias conceituais previamente conhecidas, levando o sujeito a cegar-se ante a ocorrência de um fenômeno, em suas palavras (1997, p. 91): Inicialmente experimentamos somente o que é habitual e previsto [...]. Num segundo momento, quando da impossibilidade desta categorização, com a recorrência da anomalia durante a repetição da experiência, pelo método, desta forma, já familiarizados com tal ocorrência, sobrevém à consciência da

17 17 anomalia, e por conseqüência, a descoberta do novo. Este processo é assim resumido por Kuhn (1997, p. 91): Essa consciência da anomalia inaugura um período no qual as categorias conceituais são adaptadas até que o que inicialmente era considerado anômalo se converta no previsto. Neste momento completa-se a descoberta. O fato de se chegar a uma nova descoberta não equivale a dizer que se chegou a compreensão de uma nova ordem, ou a explicação para um fenômeno. Antes, a descoberta assinala um novo período no processo, já mencionado anteriormente, que diz respeito a criação/construção de métodos criteriosos (e novos) de pesquisa, avanços científicos, tecnológicos e outros ainda, que demandam tempo, empenho, pesquisa e coragem, indicando a ocorrência do próprio processo de mudança de paradigma. O alcance e a complexidade das revoluções científicas diferem categoricamente das ciências normais pelo fato de que a última, acomete alterações de leis ou regras no sentido de ampliar conhecimentos postos pelo paradigma (ampliando a capacidade de compreensão de um fenômeno, por exemplo), logo, em geral, ocasionando mudanças em aspectos específicos de ramos de conhecimento. Em geral, tais alterações não se caracterizam por dar condições a mudanças paradigmáticas: visões de mundo, de homem e compreensão da natureza. Revoluções científicas por sua vez, são caracterizadas, como sugeriu Kuhn (1987 apud CREMA, 1989) por uma mudança de visão do mundo, do homem e da natureza, inaugurando o novo, modificando inclusive a compreensão da realidade. Vale ressaltar as idéias de Kuhn sobre a emergência de paradigmas. Kuhn (1970 apud CHEBINI; MOREIRA-ALMEIDA, 2007, p. 09) já apontava que toda mudança de paradigma é precedida por uma crise, sua transição envolve tempo e segue uma estrutura assim apontada por ele: Fase pré-paradigmática ciência normal crise revolução nova ciência normal nova crise nova revolução... Ainda com relação às mudanças revolucionárias, Kuhn (2003), aponta para o fato de que estas são de certa forma, holísticas e não podem ser realizadas gradualmente, antes, porém, deve-se conviver com a incoerência ou propor a

18 18 revisão em conjunto de várias generalizações inter-relacionadas. Desta forma, compreende-se a mobilização e conseqüente alteração de leis, regras e conceitos de várias áreas do saber na atualidade. Porém, com a recorrência do que Kuhn (1987 apud CHEBINI; MOREIRA-ALMEIDA, 2007) chamou de anomalias, incorre-se no risco da perda de confiança no paradigma vigente, suscitando à discussão que dá início a nova crise, a nova revolução, até a instituição de um novo paradigma, que só se instala quando da adesão da maioria da comunidade científica, assumindo o lugar de novo/atual paradigma. Como visto, a natureza dos paradigmas compreende um processo interrelacional entre a ciência normal e as revoluções científicas, ambas complementares entre si e imprescindíveis uma a outra, assemelhando-se a um organismo vivo que evolui no tempo, onde a intuição (revolução) e o conhecimento tácito (ciência normal) desempenham papéis fundamentais neste processo (CREMA, 1989). 2.2 Um prisma de realidades: visões de homem e de mundo Quando nos dispomos a observar as coisas a nossa volta de forma consciente, podemos facilmente constatar a tão popularizada máxima de Heráclito de Éfeso (540 a.c a.c.) sobre a impermanência: Nada é permanente exceto a mudança. O ciclo vital (desenvolvimento) dos humanos, das árvores, as estações do ano, etc. Tudo, pois, aponta para uma mutabilidade cíclica, que infere seu estado natural. Assim também acontece com os paradigmas, dentro da natureza da psique/mente humana, compreendida a humanidade como um organismo que existe. Tais modelos paradigmas são de igual forma, mutáveis, e em geral refletem o nível de consciência (em termos de conhecimento/desenvolvimento) do homem em sua evolução no planeta. Em tempos remotos, tão remotos que talvez nem mesmo a palavra e o conceito como hoje conhecemos sobre paradigma fosse registrado, a história nos conta sobre povos, de vários continentes, que acreditavam na existência de uma dimensão do ser humano que compreendia o estado além humano, transcendente (DI BIASE; ROCHA, 2005). Esta forma de pensar a realidade (paradigma) nos

19 19 parece, ter sido consensual há tempos idos, considerando-se a forma não globalizada de relações e comunicações como hoje conhecemos. Desse período, a história nos fala de diferentes culturas e diferentes tradições (culturas xamanísticas, hindus, civilizações pré-colombiana, povos africanos) 2, que buscavam no sagrado, no místico 3 a explicação para os fenômenos naturais. Nas palavras de Pozatti (2003, p. 18): a história de nossos ancestrais inicia-se numa época em que, tal como uma criança, eles observavam o tempo enquanto intervalos para caçar, comer ou esconder-se nas cavernas. Indicando uma inter-relação do homem com a natureza, ou indo mais além, percebendo o homem como parte desta natureza, integrado. Sugerindo desta forma, uma compreensão (visão de realidade) de não-separatividade, ainda que numa relação de poder, onde a natureza era a potência da qual o homem era parte, numa visão organísmica de homem, de mundo e de natureza. Weil (1993, p ), sobre esse período, coloca que: As pessoas viviam nesse espaço primordial; melhor ainda, eram parte integrante e inseparável dele. [...] Não havia distinção entre arte, conhecimento filosófico, científico ou religioso, pois o conhecimento do Real era direto; tampouco havia distinção entre ciência e tecnologia. Relacionando a visão de mundo deste período com as práticas de cura, entendidas aqui dentro de um paralelo com os processos atuais da psicologia, Ryan (1999 apud KRIPPNER, 2007, p. 18) aponta que: Os xamãs foram os primeiros psicoterapeutas, primeiros médicos, [...] da humanidade. E neste sentido, Krippner (2007), observa grandes similaridades entre as práticas de cura dos xamãs e dos atuais psicólogos e psiquiatras. A concepção de mundo compreendido como organismo perdurou ainda até o século XIV (CAPRA, 1995), porém não exatamente com as mesmas características, corroborando com a análise de Kuhn sobre a natureza compartilhada, conforme exposto anteriormente. Por volta do século VI a.c., remontam os registros dos primeiros filósofos de que se tem notícia, na Grécia, local considerado o berço da civilização ocidental, 2 Para aprofundamento sobre diferentes culturas e tradições ver: Krippner (2007); Crema (1997) e Eliade (2002). 3 A respeito da visão e consciência mística ver Crema (1997, p. 53).

20 20 justamente por ter sido na Grécia o início dos estudos de filosofia que dominava o ocidente (FREIRE, 2002). Em termos de história este período é conhecido como Idade Antiga, e em termos de busca por conhecimento (verdade), a visão de mundo e de realidade (paradigma) pautava-se na Cosmologia, onde a preocupação era entender e explicar a natureza do cosmos (buscando o elemento primordial constituinte do todo: homens, animais e estrelas), afastando-se das explicações mitológicas de até então. Daí derivando o método reducionista (reduzindo o total em partes simples para melhor compreensão da natureza), conhecido ainda hoje como elementismo, atomismo e ainda hoje utilizado pelas ciências (as especialidades). Dentre os principais expoentes, destaque para Tales de Mileto, Heráclito, Anaxágoras, Pitágoras e Demócrito, cada qual buscou identificar o elemento base para a formação do universo. Dos representantes deste período, Demócrito é considerado o maior expoente e importância para a psicologia, pois identificou o átomo (de alma e de corpo), como constituinte do universo, sendo este indivisível e sujeito a alterações de estímulos externos, salientando a questão determinista, onde o livre arbítrio é subjugado pelos estímulos externos na relação do comportamento. O ponto primordial da teoria de Demócrito apoiava-se na diferenciação da quantidade dos movimentos dos átomos, dando origem à quantificação. Nas palavras de Freire (2002, p. 29), Pode-se dizer que a psicologia nasce com a cosmologia. Ainda no período considerado como Idade Antiga (a.c.), uma nova forma de compreender o mundo, uma nova visão de homem e de mundo (paradigma) desponta, passando a considerar o homem como o centro do universo interpretando tudo de acordo como valores e experiências humanas. Este período foi caracterizado pela busca do entendimento de como conhecemos e como podemos conhecer (FREIRE, 2002). Os primeiros pensadores neste sentido foram os sofistas, porém, filósofos clássicos como Sócrates, Platão e Aristóteles destacaram-se por suas idéias. Dentro do paradigma antroposófico, características como a eloqüência no falar (além da retórica), e as principais idéias pautavam-se na compreensão de que jamais se pode estar seguro de que se conhece alguma coisa [...], (FREIRE, 2002, p. 32). É de Sócrates, um dos principais expoentes da época, a famosa frase Conhece-te a ti mesmo, frase que identificava seu método filosófico, a introspecção. Através do diálogo crítico buscava descobrir a essência das coisas.

21 21 Platão discípulo de Sócrates, por sua vez, concordava com aquele a respeito da imperfeição do conhecimento adquirido pelos sentidos. Porém seu maior legado foi a concepção das idéias inatas (mundo das idéias: perfeito, imutável e ideal x o mundo da matéria: cópia imperfeita do mundo das idéias). Também foi Platão quem estabeleceu a dualidade do homem, apontando a distinção entre corpo (imperfeição) e mente (perfeição). De Aristóteles, discípulo e opositor de Platão, surge a concepção de tabula rasa, implicando que o conhecimento não ocorre senão pela experiência (empirismo), que chega justamente pelos sentidos, identificando ainda os primeiros níveis de aquisição dos conhecimentos: órgãos do sentido e pelas sensações. Foi Aristóteles também quem retomou e ultrapassou a idéia do dualismo corpo x mente, alegando que ambos são indivisíveis e que a alma é imortal (FREIRE, 2002). O período antropogênico, por conta dos vários pensadores de destaque, torna-se fundamental para a história da psicologia, pois que assenta as bases fundamentais de seu desenvolvimento, sendo considerado, portanto, o período das verdadeiras raízes psicológicas. Mais tarde, no final da Idade Antiga, o período conhecido como a Idade Média, foi marcado pela ascensão do cristianismo, que se espalhou, afirmando-se por todos os impérios, apregoando as Escrituras Sagradas, tendo Jesus como modelo, como sendo o paradigma da verdade (FREIRE, 2002). Nascia o período conhecido pelo pensamento Teocêntrico, onde Deus era o centro de toda a vida. Dentre as influencias, a escolástica, que tem como expoente São Tomás de Aquino, escola formada por filósofos de formação cristã, basicamente refutava a concepção de idéias inatas (Platão) corroborando com as idéias de Aristóteles (conhecimento pelos sentidos) afirmando que não poderia haver discordância entre as verdades dos sentidos e as verdades da fé (cristã), pois ambas derivavam de Deus. Sobre este período, Capra (1995, p. 45), afirma: [...] A estrutura científica dessa visão de mundo orgânica assentava em duas autoridades: Aristóteles e a Igreja. No século XIII, Tomás de Aquino combinou o abrangente sistema de natureza de Aristóteles com a teologia e ética cristãs, e assim fazendo, estabeleceu a estrutura conceitual que permaneceu inconteste durante toda a Idade Média. A natureza da ciência medieval era muito diferente daquela da ciência contemporânea. Baseavase na razão e na fé, e sua principal finalidade era compreender o significado das coisas e não exercer a predição e o controle. Os cientistas medievais,

22 22 investigando os desígnios subjacentes nos vários fenômenos naturais, consideravam do mais alto significado as questões referentes a Deus, à alma humana e a ética. A Idade Média, que compreendeu o período de 10 séculos (V ao XV), foi um período de pouco desenvolvimento para as ciências em geral (FREIRE, 2002), incluindo-se aqui a psicologia, por outro vértice, em termos de emergência paradigmática, o período conhecido como Idade Média, foi sem sombra de dúvida, de grande relevância para as mudanças revolucionárias de que trata Kuhn, para os séculos seguintes. Este período ficou conhecido pela estrutura teocêntrica de pensamento, onde Deus era o centro e todo o saber e conhecimento (produção) deveriam concordar e submeter-se o saber ao dogma cristão e às sagradas escrituras. Os séculos seguintes, XVI, XVII e XVIII, são considerados ainda hoje, o grande marco da história em termos de evolução científica e tecnológica, características consideradas pela civilização ocidental como representativas de evolução e progresso. O período que compreendeu os três séculos é conhecido por período pré-científico, exatamente porque a visão de mundo, o modo de fazer ciência, de compreender a realidade como hoje conhecemos derivam das revoluções científicas deste período, resultando no atual paradigma newtonianocartesiano. Entre os séculos XVI e XVIII, várias foram as revoluções, em várias áreas do conhecimento (artes, física, astronomia, etc.), que contribuíram para fundamentar nosso atual paradigma, porém talvez, o fato mais marcante foi a separação entre o profano e o sagrado (CREMA, 1989, p. 22). Conforme Capra (1995, p. 49), neste período, A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída [...], uma nova cosmovisão desponta embasada em grandes mentes. Alterava-se a atitude frente ao conhecer (conteúdo) e ao como conhecer (método) (FREIRE, 2002, p. 51). A crise que desencadeou o processo foi fundamentalmente a ruptura, a oposição e revolta dos pensadores, cientistas e filósofos da época em relação à repressão aos novos saberes científicos que surgiam. Em especial às arbitrariedades utilizadas para combater e reprimir tais saberes. Considerando-se que neste período qualquer artista, pensador, cientista que ousasse afirmar algo em

23 23 contrário (ao pensamento teocêntrico sob o crivo da igreja), corria risco de morte, como foi o caso de grandes nomes da história como Giordano Bruno, por exemplo. Com isso, surge um movimento conhecido como Renascimento, que se propunha a busca de certezas que não fossem dependentes da autoridade do Estado e da visão eclesiástica. Os livre-pensadores de então procuraram elaborar critérios práticos e confiáveis que permitissem compreendermos o universo à nossa volta a atuarmos de forma segura e eficaz no mundo. Ou seja, ações práticas, capazes de serem repetidas, comprovadas e utilizadas por qualquer homem que se dispusesse a estudar de forma livre e inteligente. Nascia assim, a maior criação da espécie humana, o método científico [...]. (DI BIASE; ROCHA, 2005, p. 32, grifo do autor). Deste período, Galileu Galilei é sem dúvida um dos marcos de revolução científica, aliás, segundo Capra (1995) Galileu é considerado o pai da ciência moderna, pois superando suas realizações na área da astronomia (dando bases para o heliocentrismo), foi o precursor na utilização da abordagem empírica e o uso de uma descrição matemática da natureza. A partir de seus estudos (e de seu sucesso) priorizou os aspectos mensuráveis e quantificáveis (objetivos) das propriedades dos corpos - em detrimento dos aspectos subjetivos - a fim de (verdadeiramente) descrever a natureza. É de Galileu (sec. XVI apud DI BIASE; ROCHA, 2005, p. 36) a afirmação de que: Aquilo que não pode ser medido e quantificado não é ciência., porém, segundo os autores, a afirmação teve sua essência transformada para o que não pode ser medido e quantificado não é real [...], denunciando talvez, uma máxima conhecida pela população leiga atual de que somente o que é científico é verdadeiro. Outro expoente da época, de cujas idéias são legados até os dias atuais no pensamento humano, foi o filósofo Francis Bacon, que contribuiu para a revolução científica com o método empírico- indutivo. De suas idéias e de seu método, construiu-se o pensamento que alterou a atitude do homem e da ciência frente à natureza. Se antes toda a busca (objetivo) do saber científico (humano) visava, segundo Capra (1995, p. 51) a sabedoria, a compreensão da ordem natural e a vida em harmonia com ela [...] para a Glória de Deus [...], com pensamento baconiano o objetivo alterou-se profundamente, passando a buscar o conhecimento (científico) para dominar e controlar a natureza, subjugando-a.

24 24 Com bastante resistência, o modelo teocêntrico foi aos poucos sendo substituído pelo pensamento heliocêntrico de Copérnico, que por sua vez, foi substituído por descobertas de pensadores como Descartes e pela física gravitacional de Newton, dois dos maiores expoentes do período e maiores representantes dos pensamentos que constituem o atual paradigma: Cartesiano- Newtoniano. René Descartes ( ), filósofo racionalista, físico, fisiólogo e matemático, trouxe como contribuição (entre outras), o método da dúvida como princípio investigativo (dúvida metódica) (FREIRE, 2002). É de Descartes a famosa frase: Cogito, ergo sum, ou Penso, logo existo. O método de Descartes apontava a intuição e a dedução como únicos caminhos para se chegar a verdade, criando o método analítico, talvez sua maior contribuição às ciências (CAPRA,1995). A partir do cogito, Descartes prioriza a razão, preconizando o dualismo entre mente e corpo, nasce (ou retoma-se) o modelo dualista que separa o homem em corpo (matéria) e mente (razão), separando desta forma, o homem do universo. Com relação à matéria (corpo), Descartes considerava-a - assim como a todo universo material, logo a própria natureza como uma máquina, sem propósito, sem vida e sem espiritualidade (CAPRA, 1995), e seu funcionamento mecânico, explicado de acordo com sua organização e movimento. Nas palavras de Descartes (apud CAPRA, 1995, p. 57): Considero o corpo humano uma máquina. [...] Meu pensamento [...] compara um homem doente e um relógio mal fabricado com a idéia de um homem saudável e um relógio bem feito. Desta forma, como contribuição para o ainda atual paradigma, Descartes representa seu legado com o materialismo e o dualismo científicos. Granger (s/d apud CREMA, 1989, p. 33), sobre os feitos de Descartes coloca que Descartes anuncia o advento de um mundo positivo e duro, mas que é também aquele em que o homem proclama seu reinado sobre as potencias da natureza. Porém, fundamental se faz esclarecer que Descartes não se utilizou do empirismo metodológico, pois que não realizava nenhuma experimentação, suas concepções pertenciam puramente ao campo teórico, ainda que tenha criado a estrutura conceitual do modelo de ciência (CAPRA, 1995; FREIRE, 2002). Foi Sir Isaac Newton ( ), físico, astrônomo, teólogo, matemático e fundador da Mecânica Clássica que, com sua genialidade, conseguiu estabelecer a síntese entre os métodos empírico-indutivo e racional-dedutivo (ultrapassando-os),

25 25 quando unificou a metodologia da experimentação com a matemática, completando a revolução científica iniciada muito antes (CAPRA, 1995; CREMA 1989). Sua genialidade e contribuições tanto para as ciências quanto para a humanidade podem ser refletidas na leitura do epitáfio de seu túmulo (s/d apud CREMA, 1989, p. 29): A natureza e sua leis escondiam-se na noite; Deus disse: Faça-se Newton, e tudo fez-se luz. Newton, a partir do estudo das obras de Copérnico, Bacon, Kepler, Galileu e Descartes, conseguiu desenvolver uma completa formulação matemática da concepção mecanicista da natureza. (CAPRA, 1995, p. 58). Entre suas descobertas estão: o cálculo diferencial, a força gravitacional, a lei da inércia, a lei da proporcionalidade entre forças e a aceleração, a lei da ação e reação, todas detalhadamente expostas em sua obra Os princípios Matemáticos da Filosofia Natural, considerada a mais ampla e acabada sistematização da Física clássica expondo os princípios e a metodologia da pesquisa científica da natureza (CREMA, 1989, p. 34). A partir das teorias de Newton, do conhecimento advindo relativo ao átomo como a menor e indivisível partícula constituinte da matéria, o universo tornase também uma máquina passível de previsibilidade, subentendendo-se, desde então, a existência de um regente externo que lhe impunha sua lei divina. Esta compreensão aplicada aos fenômenos físicos retirava-lhes o caráter divinal, conforme Capra (1995, p. 61) quando a ciência tornou cada vez mais difícil acreditar em um tal deus, o divino desapareceu completamente da visão científica do mundo, deixando em sua esteira o vácuo espiritual. Com sua física clássica mecanicista, Newton deixou como legado o modelo reducionista, pois reduziu o homem e o universo às interações atômico-moleculares. De forma resumida o paradigma (atual) defende a crença de que tudo é separado de tudo, o que inclui as pessoas, as sociedades e as culturas (dualismo), idealiza uma realidade de mundo mecânica, determinista e material: uma máquina composta por peças menores que se conectam de modo preciso, buscando sempre as unidades mínimas fundamentais da natureza, fazendo da análise sem fim o único modo correto de entendimento das coisas, esquecendo as características próprias de um conjunto, de um todo complexo. Assim as principais características do pensamento cartesiano-newtoniano são: dualismo, reducionismo, mecanicismo e materialismo.

26 26 Ressaltamos anteriormente que um paradigma é desenvolvido no tempo, e o cartesiano-newtoniano levou aproximadamente cinco séculos para tornar-se o que hoje conhecemos. É inegável, contudo, o grande avanço em termos tecnológicos (entendendo-se tecnologia como sinônimo de progresso) que se originou desde então. Pozatti (2003, p. 24), resume de forma clara o desenvolvimento deste processo e o espaço conquistado pela ciência de então até os dias de hoje: Nesse andar, o caminho científico vinculou-se à tecnologia, desenvolvendose tanto, que se tornou difícil separar um do outro. A partir da aliança entre visão científica, tecnologia e hegemonia política, o mundo pode ser conquistado e desvendado em seus segredos mais íntimos, permitindo um avanço sem precedentes na lida do homem com a realidade objetiva [...] O pensamento, base da visão científica, acabou tornando-se a ferramenta fundamental e, praticamente, a única maneira de se perceber a realidade, a qual, também, passou a ser singular, consensual, mensurável e óbvia. Esta visão tornou-se a única verdade possível [...]. Esta forma de compreender e interpretar o mundo, os homens e os fenômenos - fundamentais para o desenvolvimento da humanidade - é hoje considerado a pedra angular da separação entre espírito e matéria (advinda das idéias e pensamentos de Descartes/Newton). A este respeito Nicolescu (1999 apud POZATTI, 2003, p. 25), afirma: Todo conhecimento, além do científico, foi afastado para o inferno da subjetividade, tolerado no máximo como ornamento ou rejeitado com desprezo como fantasma, ilusão, regressão, produto da imaginação. A própria palavra espiritualidade tornou-se suspeita e seu uso foi praticamente abandonado. A objetividade, instituída como critério supremo de verdade, teve uma conseqüência inevitável: a transformação do sujeito em objeto. A morte do homem, que anuncia tantas outras mortes, é o preço a pagar por um conhecimento objetivo. Como visto anteriormente, a psicologia nascera essencialmente de construtos filosóficos, contudo, o advento do método científico (revolução científica) e o estabelecimento do paradigma cartesiano-newtoniano, lançaram também sobre a psicologia sua influência marcante por meio, especialmente da anatomia (estrutura) e fisiologia (função) (FREIRE, 2002). Neste sentido, retomando os estudos relativos aos órgãos dos sentidos e das sensações, por meio destas ciências, chegou-se a definição para a questão do dualismo: mente x corpo, físico x psíquico, material x imaterial, relevante para os filósofos de antigamente. Concluíram

27 27 ainda que a sensação era o ponto de ligação entre o físico e o psíquico e que não poderia ser medida e sim o estímulo que a provocava (quantitativa), consideravam ainda os reflexos e reflexos condicionados como o registro inconsciente do comportamento. No que diz respeito aos saberes psicológicos de natureza filosófica (como base para a psicologia moderna), três movimentos (escolas) contribuíram com sua forma de compreender a realidade: o empirismo crítico, o associacionismo e o materialismo científico 4. Dos filósofos e estudiosos do período destaque para: Descartes ( ), Thomas Hobbes ( ), John Locke ( ), George Berkeley ( ), David Hume ( ), Gottfried Wilhelm Leibniz ( ) e Immanuel Kant ( ) (FREIRE, 2002). É de Thomas Hobbes (s/d apud FREIRE, 2002, p. 60), a afirmação: o homem é o lobo do homem, em guerra de todos contra um indicando as bases de sua teoria sobre o conceito de natureza humana egoísta e interesseira, que mais tarde daria base as concepções psicanalíticas de Freud. John Locke, por sua vez, direcionou à sociedade a visão atomística descrevendo-a em termos de seu componente básico, o ser humano (CAPRA, 1995, p. 64). Retomou a questão antropocêntrica de como se adquire conhecimento, e para Locke o homem era uma tabula rasa (papel em branco) adquirindo conhecimento por meio da experiência e da reflexão. Foi John Locke quem realizou a distinção entre realidade primária (qualidades primárias) e secundária (qualidades secundárias), baseado na visão mecanicista de homem e mundo, sendo a matéria tudo o que existe objetivamente, portanto existe independentemente do observador. Já as qualidades secundárias (tudo o mais), existem apenas em uma relação direta com a percepção do observador. Berkeley, teólogo e filósofo, concordava com Locke no que tange à distinção entre idéias primárias e secundárias, porém afirma que ambas são fruto da experiência. Em seus estudos sobre profundidade (percepção de terceira dimensão do olho humano), segundo Schultz e Schultz (1999), conclui que o processo da percepção de profundidade não se tratava de uma experiência simples, mas que dependia de uma associação de idéias que deveriam ser apreendidas. Berkeley 4 Para maior aprofundamento sobre os estudiosos e filósofos, além das escolas e movimentos a que pertenciam, ver Freire (2002) e Schultz e Schultz (1999).

28 28 afirmava que a percepção das coisas deverá conduzir a percepção de Deus, (FREIRE, 2002, p. 62), indicando sua preocupação metafísica. Sobre David Hume, sua característica mais marcante foi sem dúvida seu grande ceticismo. Hume, indo muito além de Descartes, Locke e Berkeley, questionou o princípio da causa e efeito, duvidou da existência do eu pensante (ego) e também da existência de Deus (princípio da causalidade), eliminando qualquer discussão sobre a natureza da alma e do absoluto. Como grande empirista, acreditava que somente aquilo que é passível de observação e experimentação pode ser conhecido. Leibniz filosofo e matemático, precursor da lógica matemática, trouxe o conceito de mônadas (forças imateriais auto-suficientes e independentes) como representativas do universo, negando a existência da matéria (FREIRE, 2002, p. 63). Em seus estudos sobre a sensação nos processos perceptuais, admitiu níveis de percepção, sendo o mais alto denominado de apercepção (SCHULTZ; SCHULTZ, 1999). Retoma e reformula a questão do inatismo (Platão) afirmando que as idéias e as verdades estão inatas em nós como inclinações, disposições, hábitos, ou virtualidades naturais e não como ações. (FREIRE, 2002, p. 65), sendo a idéia da virtude, inata. Kant, já adentrando no século XIX, era empirista crítico e fenomenologista, afirmando que não se pode conhecera natureza e a alma a não ser através de suas manifestações (fenômenos) e, portanto, de forma empírica. (FREIRE, 2002, p. 68). Reconhece o poder da razão (intelecto) apenas em relação a experiência. Para Kant, a única forma de conceber a psicologia como científica é com base no empirismo. Com tamanha revolução científica, o período compreendido até o século XVIII ficou conhecido como o Iluminismo. E o século seguinte (XIX) ficou caracterizado pela crença certa no determinismo racional de seus iluministas e sua cosmovisão mecanicista. É também neste contexto que nasce oficialmente a psicologia científica com Wilhelm Maximilian Wundt ( ), a partir da publicação de seu livro Elementos de Psicologia Fisiológica em 1864, quando sistematizou a psicologia enquanto ciência propondo objeto e objetivo de estudos, princípios e problemas, metodologia, dando-lhe uma nova definição, tendo os processos mentais como desafio e objetivo principal. A partir de então, conforme Freire (2002, p. 92):

29 29 A psicologia deixa de ser o estudo da vida mental e da alma e passa a ser o estudo da consciência ou dos fatos conscientes. Assim estruturada e sistematizada, a psicologia passa a ser uma ciência autônoma, não mais um apêndice da filosofia ou da fisiologia. (grifo nosso). Em 1879 nasce o primeiro laboratório de pesquisas psicológicas, de onde vários estudos e pesquisas foram realizados partindo de métodos experimentais e quantitativos, onde o materialismo científico esteve firmemente presente no estudo da relação mente (psique) x corpo (fisiologia). Sobre a relação dual (mente x corpo), Wundt acreditava que tais processos ocorriam de forma paralela, sem que um interferisse no outro, acreditava na vida mental como fruto das experiências (empirismo), (FREIRE, 2002). Wundt estudou especialmente as sensações (unidades de consciência) e as percepções. Com relação à consciência concluiu que esta era composta por duas partes: foco (com intensidade de luz, claro e distinto) e campo (penumbra, difusa), sendo a atenção responsável pela percepção da área focada. Seus estudos deram bases mais tarde para o conceito de figura e fundo da Gestalt e precede a descoberta do inconsciente por Freud (FREIRE, 2002, p. 95). A partir da estruturação e do reconhecimento da psicologia como novo ramo ciência, outras correntes isoladas juntam-se dando origem a várias ramificações e novas tendências. Deste movimento derivam as cinco escolas psicológicas que caracterizaram a psicologia do século XX: Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise, cada qual com sua definição de psicologia e método próprios. Destas, apenas a Psicanálise e o Behaviorismo continuam com sua influência no tempo em virtude dos diversos caminhos de pesquisa que se desenvolveram em forma de especializações e/ou campos comuns de proposta. Também no tempo (a partir do século XX) outras escolas foram reconhecidas, e, tanto as escolas já estabelecidas como novas tendências continuam a ser pesquisadas, revistas e estabelecidas (ou não), numa clássica evolução paradigmática (ciência normal, crises, revoluções, etc.) Se por caminhos percorridos pelo conhecimento científico ressalta-se anteriormente a tecnologia, por descaminhos, oriundos da mesma visão reducionista-mecanicista, ressalta-se os latentes (até certo período da história/tempo) e os já manifestos problemas (anomalias paradigmáticas) apontados

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