ATIVO IMOBILIZADO. Prof. Me. Reiner Botinha. Doutorando em Contabilidade Financeira PPGCC-FACIC/UFU
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- Rachel Medina Sampaio
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1 Prof. Me. Reiner Botinha Doutorando em Contabilidade Financeira PPGCC-FACIC/UFU 1
2 Item de grande expressividade e importância para a empresa; Importante conhecer o objetivo da norma que orienta o processo de mensuração, reconhecimento e apresentação do ativo imobilizado (IAS 16 e CPC 27): Quais os critérios de reconhecimento? Quais os critérios de mensuração? Quais os critérios de reconhecimento inicial e subsequente? Quais os tratamentos contábeis acerca da depreciação e as exigências de apresentação e divulgação dos ativos imobilizados? Elucidar sobre o tratamento contábil para o imobilizado, de forma que os usuários das demonstrações financeiras possam extrair informações sobre o investimento de uma empresa em imobilizado e as mudanças ocorridas nesse investimento. 2
3 Quando reconhecer um ativo imobilizado? De forma geral: ser provável que os benefícios econômicos seguirão para a entidade; o seu custo puder ser mensurado de forma confiável. Atendimento aos critérios de reconhecimento do ativo: ser decorrente de eventos passados; ser controlável pela entidade; proporcionar benefícios econômicos futuros. A empresa pode até não deter a propriedade do bem, mas precisa ao menos ter o controle dos benefícios econômicos futuros a fluírem para a entidade. 3
4 Posso reconhecer o item individualmente? A norma não determina o que deve ou não ser reconhecido individualmente no imobilizado; Necessidade de julgamento profissional quanto a opção de reconhecimento individual ou agregado dos itens individualmente insignificantes (como ferramentas); 4
5 Qual a definição de ativo imobilizado? É o item tangível (i) mantido para uso na produção ou fornecimento de mercados ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; (ii) se espera utilizar por mais de um período. Corresponde aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens (ex: leasing financeiro). 5
6 O custo equivale a: ATIVO IMOBILIZADO Como mensurar o custo? montante de caixa ou equivalente de caixa pago; em caso de troca de um ativo por outro = valor justo do item dado para aquisição do ativo na aquisição ou construção; em caso de troca de um ativo por meio de pagamento baseado em ações = o valor atribuído ao ativo quando reconhecido inicialmente, conforme pronunciamento sobre pagamento baseado em ações. 6
7 E se não for clara a possibilidade de aumento de benefícios pela manutenção das atividades? PERCEBE-SE GERAÇÃO DE BENEFÍCIOS ECONÔMICOS FUTUROS? E ESSE, SE NUNCA SE ESPERA UTILIZAR? 7
8 E se não for clara a possibilidade de aumento de benefícios pela manutenção das atividades? Itens que não se percebe esse aumento de benefícios diretamente; PERCEBE-SE GERAÇÃO DE BENEFÍCIOS Possibilita o aumento de benefícios ECONÔMICOS econômicos FUTUROS? futuros de outros ativos já existentes. Garante a possibilidade de que o outro ativo continue proporcionando benefícios econômicos futuros, não necessitando interromper as atividades; DEVE QUALIFICAR-SE PARA RECONHECIMENTO COMO IMOBILIZADO; DEVE SER REVISADO QUANTO À REDUÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL E ESSE, (IMPAIRMENT) SE NUNCA SE ESPERA UTILIZAR? 8
9 Após estabelecido o custo inicial, quando podem ser reconhecidos custos subsequentes? Não pode reconhecer os custos de serviços diários apropria-se ao resultado quando incorridos; Mas certos itens exigem substituição, caso atenda os critérios de ativo RECONHECE NO VALOR CONTÁBIL DO ATIVO Exemplo: a troca do motor de um veículo. Inspeções regulares em busca de problemas é uma condição de garantia da continuidade da operação do ativo imobilizado; Se inspeções não ocorrerem, pode ocorrer prejuízos aos fluxos de benefícios econômicos futuros estimados; 9
10 Atendeu aos critérios de ativos? mensurados inicialmente pelo custo. Como mensurar o valor do custo? Preço de compra; Impostos de importação, impostos não recuperáveis sobre compras; Dedução dos descontos comerciais e reabatimentos; Todo e qualquer custos diretamente atribuível para colocar o ativo no local e condições necessárias para funcionamento conforme expectativas da administração; A estimativa do custo para desmontar e retirar o item da sua localização e restauração do local (Obrigação para retirada de serviço de ativos de longo prazo ARO, Asset Retirement Obligation) Gastos paralelos à construção ou desenvolvimento do item, não necessários para colocá-lo em funcionamento (ex: propaganda) DESPESA 10
11 Exemplo de custos atribuíveis: Benefícios a empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição do item (porém não entram os custos administrativos como os salários); Custos de preparação do local; Custos de entrega; Custos de instalação e montagem; Custos de testes de funcionamento; Honorários profissionais. Não entram gastos pré-operacionais com abertura de nova instalação, custos promocionais, custos de treinamento e como já ressaltado os custos administrativos e gerais. 11
12 Quando cessar o reconhecimento dos custos no ativo imobilizado? No momento em que o imobilizado já está no local e em condições necessárias para que possa operar da forma como a administração deseja; Custos da utilização do item, perdas operacionais iniciais e custos de reorganização não são incluídos no valor contábil. 12
13 Devo incluir os juros derivados da aquisição parcelada? A norma não permite que os juros embutidos façam parte do custo do imobilizado; NECESSÁRIO O VALOR PRESENTE COMPRA A PRAZO DE MÁQUINAS POR 4X R$ 500,00 VP = R$ D MÁQUINAS R$ 1.600,00 D JUROS A TRANSCORRER R$ 400,00 C CONTAS A PAGAR = R$ 2.000,00 VF = R$ P1 = R$ 500,00 Preço a vista Preço a prazo = Despesas Financeiras P2 = R$ 500,00 P3 = R$ 500,00 P4 = R$ 500,00 RECONHECER PELO VALOR PRESENTE (R$ 1.600,00) 13
14 MENSURAÇÃO APÓS O RECONHECIMENTO IAS 16 escolha contábil: método de custo; ou método de reavaliação. No Brasil escolha contábil: método de custo; ou método de reavaliação. Reavaliação proibida! Proporcionar informação que represente fidedignamente o valor atualizado do ativo; Propiciar um ativo e um patrimônio líquido mais próximo do real; Atualizar os seus resultados; Melhorar a avaliação do ativo, do patrimônio líquido e do valor patrimonial da ação; Melhorar os indicadores de rentabilidade e liquidez. Ação em interesse próprio; Reavaliações para transformar patrimônios líquidos negativos em positivos; Diminuir os dividendos a distribuir; Obter favorecimentos jurídicos; Participar de concorrência pública 14 e outros fatores.
15 MENSURAÇÃO APÓS O RECONHECIMENTO Método do custo: o item será reconhecido pelo seu custo, menos qualquer depreciação acumulada e perdas acumuladas por redução ao valor recuperável. Método de reavaliação: valor justo pode ser mensurado de forma confiável, será reconhecido pelo valor reavaliado, sendo este o valor justo na data da reavaliação menos qualquer depreciação acumulada e perdas acumuladas por redução ao valor recuperável subsequente, bem como sua vida útil é alterada; Valor contábil não pode apresentar diferenças significativas, do que seria utilizando o valor justo. A frequência das reavaliações se dará em virtude das mudanças no valor justo dos itens que foram reavaliados (itens mais voláteis deve ser testada a reavaliação anualmente). Quando diferir significativamente o valor contábil, do valor justo, 15 marca-se o momento necessário para outra reavaliação.
16 DEPRECIAÇÃO O consumo dos benefícios econômicos do ativo, ou seja, o reconhecimento do consumo dos potenciais de benefícios econômicos do ativo que foram identificados na aquisição (ou construção se for o caso). Fatores que afetam o cálculo e identificação: A determinação da vida útil (tempo estimado que o item proporciona benefícios econômicos para a entidade); O cálculo do valor residual (valor estimado de venda ao final da vida útil); O método de depreciação. 16
17 DEPRECIAÇÃO Cada parte de um ativo, cujo custo é significativo em relação ao item, deve ser controlada e depreciada separadamente; Pode também ser decisão da empresa depreciar separadamente itens que não tenham custo significativo em relação ao valor total; Partes significativas que tenham a mesma vida útil e método de depreciação, podem ser agrupadas para determinação da depreciação, o que é chamado de depreciação por componentes; Ex: Aeronaves com partes significativas com padrão de consumo diferenciado (por exemplo o motor do avião, o 17 trem de pouso).
18 DEPRECIAÇÃO - Reconhecimento Se depreciação administrativa: A depreciação é reconhecida em resultado do exercício; Se depreciação de itens da fábrica: A depreciação é incluída no valor contábil do ativo. O valor depreciável é alocado ao longo da vida útil; O valor residual e a vida útil devem ser revisados ao final de cada exercício social. A depreciação precisa ser reconhecida mesmo que o ativo tenha o valor justo excedendo o valor contábil. Para que a depreciação seja reconhecida o valor residual somente não poderá exceder o valor contábil. 18
19 DEPRECIAÇÃO Fatores condicionantes Inicio da depreciação: quando o ativo estiver disponível para uso nas condições projetadas pela administração da companhia; Fim da depreciação: quando o ativo se tornar ocioso ou retirado de ativo em uso. Fatores que interferem na depreciação (redução dos benefícios econômicos futuros): Utilidade (define a vida útil do bem); Desgaste físico natural esperado; A obsolescência técnica ou comercial, e os limites legais sobre o uso do ativo (como datas de vencimento). 19
20 DEPRECIAÇÃO Métodos de depreciação A empresa deverá selecionar o método que melhor reflete o padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros. o método linear (ou método das quotas constantes) o método crescente ou decrescentes; método por fatores limitantes; método por unidades produzidas; dentre outros. Ao final de cada exercício social a empresa precisa revisar o método de depreciação, e se houver uma mudança significativa no consumo dos benefícios econômicos futuros, o método deve ser alterado. Método de depreciação linear é o método mais utilizado, em virtude de pressão fiscal, com dedutibilidade no imposto de 20
21 REDUÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL Além da depreciação a empresa pode ter o ativo imobilizado reduzido, por meio da redução ao valor recuperável (impairment); Observar a norma IAS 36 e CPC 01 (no Brasil) sobre Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Ocorrerá caso o valor contábil do ativo seja superior ao seu valor recuperável (valor presente dos fluxos futuros, representado pelo valor justo ou valor em uso, dos dois o maior); Reduz o ativo a esse valor por meio da conta credora perdas estimadas por redução ao valor recuperável, de forma semelhante à depreciação acumulada, e reconhece a perda referente à parcela não recuperável no resultado do exercício; 21 Se houver reservas de reavaliação deve-se lançar nessa conta
22 BAIXA DO ATIVO IMOBILIZADO O valor contábil será baixado quando: da alienação; ou quando não forem esperados benefícios econômicos futuros de seu uso ou alienação. Apropriar ao resultado os ganhos ou perdas na baixa do ativo imobilizado, que será equivalente à diferença entre as receitas líquidas obtidas na alienação e o valor contábil do item 22
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