Autores: Ygor Bezerra Pessoa. Aline Cristiane Amorim Souza. Professor Dr. Érico Veras Marques PAIS: Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Autores: Ygor Bezerra Pessoa. Aline Cristiane Amorim Souza. Professor Dr. Érico Veras Marques PAIS: Brasil"

Transcrição

1 XXX CONFERÊNCIA INTERAMERICANA DE CONTABILIDADE TRABALHO TÉCNICO SOBRE ÁREAS ESPECIAIS II: TEMAS LIVRES DE INTERESSE GERAL TÍTULO: Finanças Comportamentais: Uma análise da gestão financeira pessoal dos empresários cearenses. Autores: Ygor Bezerra Pessoa Aline Cristiane Amorim Souza Professor Dr. Érico Veras Marques PAIS: Brasil

2 RESUMO: O Brasil vive um bom momento econômico. Isto tem proporcionado um aumento na renda dos brasileiros e, consequente, diferenciação na utilização da mesma. As variadas maneiras de aplicar recursos financeiros estão cada vez mais acessíveis ao pretenso investidor. Dessa forma, é preciso definir de que maneira a renda própria está sendo utilizada e quais os fatores envolvidos nas decisões de caráter financeiro e de investimentos pessoais. Estudos recentes, envolvendo o tema Finanças Comportamentais, tem demonstrado que fatores da psicologia econômica, do comportamento dos indivíduos e da sociologia podem estar por trás das decisões financeiras e são relevantes para a conclusão de que a racionalidade humana, nesses casos, é limitada. O presente estudo foi baseado em uma pesquisa quantitativaexploratória, realizada por meio da aplicação de questionários a empresários e gestores de empresas do Ceará, durante os meses de abril e maio de Orientam este trabalho questionamentos tais como: se há algum envolvimento positivo e diferente dos empresários e gestores para o senso comum pelo simples fato de conviverem com a busca pela racionalidade e como se dá o trato em finanças pessoais dessas pessoas. Por fim, conclui-se que não há diferenciação direta do cotidiano dos empresários e gestores pesquisados ao senso comum quando o assunto é o gerenciamento financeiro pessoal e os investimentos. Fatores de cunho comportamental se mostram presentes, fortalecendo a ainda mais a racionalidade limitada. Palavras chave: Finanças Pessoais, Finanças Comportamentais, Decisão sobre Investimentos.

3 1. INTRODUÇÃO Diante do crescimento econômico brasileiro nos últimos anos, a sofisticação das tomadas de decisões dentro das empresas, sejam elas de pequeno porte ao de maior porte, tem se tornado o diferencial para o sucesso ou insucesso das empresas. Personagens principais da tomada de decisão, os donos de negócio, bem como os gestores responsáveis por empreendimentos, são um rico objeto de estudo. Espera-se sempre que a tomada de decisão sobre investimentos dos gestores, em especial os relacionados com finanças, tenha sua utilidade maximizada, conforme aponta a economia tradicional através de autores como (MARKOVITZ, 1952) e (SHARPER, 1964). No entanto, ao longo do tempo as teorias modernas de finanças tem comprovado que existe algo além da racionalidade humana inserida nas decisões. Os conceitos que corroboram com as ideias pioneiras de Herbert Simon, quando defendeu a Racionalidade Limitada nas decisões, se aplicam aos responsáveis pelo ato de decidir sobre investimentos e tem sua denominação: Finanças Comportamentais. Esta área de estudos em finanças é composta por conceitos que envolvem a psicologia econômica, bem como o comportamento de indivíduos. Associado a esta discussão, surge um tema recorrente na mídia nacional, que reduz o campo de estudo corporativo ao nível pessoal e está diretamente ligado a investimentos. Este se chama: Finanças Pessoais, que é composto por formas de investimentos, formas de gestão de recursos pessoais, bem como os conceitos de educação financeira. Neste momento, a seguinte indagação pode ser introduzida: é possível que o comportamento dos gestores ou empresários, que cotidianamente buscam a maximização dos resultados e, por consequência o lucro, interfira na sua forma de gerir os seus recursos pessoais? Outras questões, com base neste tema e objeto de estudos podem ser levantadas, tais como: o grau de entendimento em investimentos torna a forma de gestão de seus recursos financeiros pessoais mais sofisticada? É com base nesta discussão que este estudo, ora apresentado, está composto. Objetiva-se com esta pesquisa, portanto, identificar se os gestores ou empresários cearenses, por terem contato prático com os temas: finanças e tomada de decisão sobre investimentos, por exemplo, planejam-se bem financeiramente em suas vidas pessoais e até que ponto existe relação entre sua atuação e sua forma de gerir os próprios recursos. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. Finanças Pessoais Com a atual conjuntura socioeconômica mundial que, segundo (TOSI, 2003, p.253), se preocupa cada vez mais com um desenvolvimento sustentável a longo prazo, o tema Finanças Pessoais tem tido sua importância reconhecida nos últimos anos. Historicamente, conforme escreve (GOMES, 2005, p.42), os brasileiros acostumados a conviver com as taxas mensais de inflação galopantes, provocadas pelo aumento quase diário dos preços de produtos e serviços, de uma forma geral não tornou habitual a prática de se planejar financeiramente. Esta marca histórica comportamental do brasileiro deve estar sendo alterada. Vive-se um momento de aparente tranquilidade econômica e aqueles que preservam suas rendas, ao que parece, tem obtido maior calmaria inclusive, em suas vidas pessoais.

4 A pesquisa de orçamentos familiares feita em pelo IBGE, divulgada em 2004 apud (GOMES, 2005, p.43) aponta que 85% das famílias brasileiras têm algum grau de dificuldade para chegar ao final do mês com rendimento familiar. Segundo a mesma pesquisa, o endividado brasileiro, sem cumprir todos os compromissos do mês passou a ter problemas de relacionamento familiar e, no trabalho teve sua produtividade reduzida. É possível definir, assim como (TOSI, 2003, p.253), que poupança e desenvolvimento estão relacionados. Quem poupa está investindo no presente e, certamente, se tornando um investidor no futuro. Ainda sobre a poupança e administração financeira, (BRAUNSTEIN E WELCH, 2002) afirmam que a administração ineficiente do dinheiro deixa os consumidores vulneráveis a crises financeiras mais graves. No entanto, se os agentes são bem informados, o mercado se torna mais competitivo e mais eficiente. Diante desta importância, do gerenciamento financeiro pessoal, exposta anteriormente, por qual motivo ainda não se tem a cultura de ser educado financeiramente no país? Quais as ferramentas utilizadas pelas Finanças Pessoais que contribuem para uma aplicação prática? Qual a relação entre planejamento financeiro pessoal e desenvolvimento nas empresas? De acordo com (MERTON, 1990) apud (CAMARGO e CHEROBIM, 2008, p.136), o comportamento financeiro ótimo dos indivíduos é determinado por preferências específicas e individuais, que ordenam alternativas de consumo e poupança ao longo de sua vida. Desta forma, é possível dizer que além da racionalidade da decisão de poupar existem outros fatores, inerentes a cada um dos indivíduos, em particular, que afetam na internalização do hábito de se educar financeiramente. Em concordância com (TOSI, 2003, p.255) a educação financeira depende de planejamento, compromisso e paciência. O planejamento financeiro pessoal é uma das ferramentas mais úteis no tema Finanças Pessoais. Para (CAMARGO e CHEROBIM, 2008, p.135), esta ferramenta consiste em estabelecer e seguir uma estratégia para a manutenção ou acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua família. Esta estratégia visa garantir a tranquilidade econômico-financeira do indivíduo. Ainda sobre esta ferramenta, (FOULKS e GRACI, 1989, p.32) definem planejamento financeiro como um processo de desenvolvimento, implementação e monitoração de um plano formal ou não, para se investir em ativos de acordo com a propensão individual ao risco. É por isto que o item comportamental e pessoal é importante de ser ressaltado. A educação financeira pessoal e o comportamento de pessoas mais habilitadas em finanças pessoais podem contribuir para um melhor gerenciamento de empreendimentos. A não utilização das ferramentas de planejamento e controle de recursos financeiros ou até mesmo, a utilização indevida das mesmas ocasiona falhas de gestão que podem ser motivos para falência de empresas, conforme aponta pesquisa do SEBRAE (2004): 42% do total de entrevistados afirma ser por conta da falta de capital de giro; outros 21% afirma ser por problemas financeiros. Portanto, fica comprovado que a grande dificuldade de empresas de pequeno porte terem uma maior vida útil pode ser, de fato, o gerenciamento financeiro ineficiente, em sua maioria por desconhecimento de teoria e técnica do mesmo, associados a vertente comportamental dos indivíduos em finanças Finanças Comportamentais O estudo das Finanças Comportamentais revela-se em uma nova forma de perceber a Teoria de Finanças Tradicional, assim, em sua base, conforme os apontamentos de (BARBEDO e CAMILO-DA-SILVA, 2008) busca-se entender o comportamento do indivíduo em relação aos investimentos, bem como objetiva-

5 se entender a racionalidade do individuo na tomada de decisão em investimentos. Para (THALER, 1999) Finanças Comportamentais está definida como: simples finanças de cabeça aberta, salientando, assim como (VIEIRA SILVA, CORSO, SILVA e OLIVEIRA, 2008, p.144), que algumas vezes para achar a solução de um problema financeiro empírico é necessário aceitar a possibilidade que alguns dos agentes da economia se comportem, em alguns momentos, de forma não completamente racional. Baseando-se nos estudos de (FERREIRA, 2008) pode-se afirmar que é diante de crises financeiras, volatilidade do mercado e mudanças na economia mundial que o estudo do comportamento econômico do indivíduo torna-se uma importante ferramenta para entender como esses gerenciam seus recursos escassos. Em concordância com os escritos de (ROGERS, FAVATO E SECURATO, 2009, p.3), as Finanças Comportamentais tem como principal objetivo identificar e compreender os frames, ilusões cognitivas que fazem com que pessoas cometam erros sistemáticos de avaliação de valores, probabilidades e riscos. As Finanças Comportamentais consideram, ainda, que os indivíduos nem sempre agem racionalmente, pois estão propensos aos efeitos das ilusões cognitivas. A Teoria da Utilidade, defendida por economistas tradicionais e reavaliada pelos teóricos de finanças comportamentais, segundo (ASSAF NETO, 2010, p.37), descreve um processo racional de decisão dos investidores diante de questões envolvendo diferentes posições de risco e retorno esperado. Esta teoria pressupõe que todos os investidores agem de maneira perfeitamente racional na avaliação do risco. Todo indivíduo procura maximizar sua utilidade, ou seja, seu grau de satisfação. Herbert Simon, prêmio Nobel de economia em 1978 foi o primeiro a contestar a racionalidade ilimitada dos homens. Propôs incorporar os limites ao exercício da plena racionalidade para tornar os modelos de tomada de decisão mais próximos da realidade. Para Simon apud (ROGERS, SECURATO, RIBEIRO e ARAÚJO, 2007), decisões ótimas, podem ser custosas e, assim, torna-se natural a busca por soluções satisfatórias. Surgiram também os estudos sobre psicologia econômica, nos quais as anomalias econômicas identificadas são objeto de estudo. Esta ramificação dos estudos de psicologia está voltada ao comportamento econômico dos indivíduos, sejam consumidores ou tomadores de decisão, no sentido de compreender como a economia influencia o indivíduo e, como o indivíduo influencia a economia. Para (FERREIRA, 2008) valorizam-se as variáveis como pensamentos, sentimentos, crenças, atitudes e expectativas de cada indivíduo. Daniel Kahneman e Amos Tversky (1974) exploraram aspectos constituintes da experiência de perceber, avaliar e estimar probabilidades com o intuito de escolher a melhor que se apresentasse. A partir disso, identificaram distorções de percepção e avaliação. Associado a estudos baseados na avaliação de decisões em situações de risco, denominaram a teoria dos prospectos ou perspectivas e obtiveram tal prêmio Nobel em Partindo do pressuposto de que as decisões se baseiam em crenças na probabilidade a respeito de eventos incertos, os autores israelenses agraciados em 2002 elaboraram as seguintes indagações: o que determina essas crenças e como as pessoas avaliam essas probabilidades? Para responder a essas perguntas, Kahneman e Tversky identificaram as heurísticas e seus vieses correspondentes que induzem os tomadores de decisão a erros sistemáticos. Os princípios heurísticos, segundo afirma (FERREIRA, 2008, p.153), conhecidos como regras de bolso ou atalhos mentais, reduzem a complexidade

6 das tarefas de avaliar probabilidade e prever valores, tornando as operações de julgamento mais simples. Os atalhos mentais, conforme estabelece (KAHNEMAN, 2012, p. 524) podem ser classificados em aqueles que envolvem representatividade ou semelhança, disponibilidade e ancoragem ou ajustamento. Para todas essas formas foram verificados exemplos de ocorrências e seus vieses que podem levar as pessoas a erros sistemáticos durante o processo decisório. A representatividade, segundo (FERREIRA, 2008) está descrita como apego a alguma informação que foi dada no passado e que por ela, pode-se se basear para decisões futuras, podendo ocorrer extrapolações por não considerar outras informações mais recentes ou mais adaptáveis caso a caso. Como exemplo, tem-se a formação de estereótipos. Em (FERREIRA, 2008, p. 155) tem-se o caso a seguir: A imagem que se tem de um bibliotecário, a título de exemplo, é de uma pessoa tímida e organizada. Caso pergunte-se a algum indivíduo, dadas essas características como informações para tomada de decisão, qual a profissão do sujeito dentre as opções: cantor, mecânico, professor ou bibliotecário, a maioria das respostas seria para a última opção, pois considerariam apenas as características que levariam o julgamento para um estereótipo já pré-estabelecido. A resposta pode estar certa, no entanto, pode ser que esteja completamente errada, pois as informações são insuficientes para decidir por alguma resposta. Algo mais teria que ser dado como fonte para sustentação da escolha. Assim como as heurísticas de representatividade, (FERREIRA, 2008) afirma que as referentes a disponibilidade remetem a cenários já conhecidos, fazendo com que os indivíduos lembrem-se de situações antes experimentadas ou imaginadas para tomada de decisão de forma mais simplificada. Conforme escreve (KAHNEMAN, 2012, p. 532), a heurística de disponibilidade é uma pista útil para estimar a frequência ou probabilidade, pois as ocorrências de classes mais amplas são geralmente recordadas melhor e mais rapidamente do que as ocorrências de classes menos frequentes. Informações familiares ao indivíduo e aquelas que são mais proeminentes podem contribuir para formação deste atalho mental Da mesma forma, o caso de ancoragem ou ajustamento, o qual se ajusta, de uma informação antes conhecida, diversas ramificações para tomar a decisão de forma embasada. A extrapolação desse ajustamento, também, pode levar a erros sistemáticos de decisão. Segundo (BARBEDO e CAMILO-DA-SILVA, 2008, p.52), nesta estratégia avalia-se a probabilidade de ocorrência de um evento pela colocação de uma base ou âncora, seguida por ajustes. Os tomadores de decisão, desta forma, realizam suas avaliações com base em um valor inicial, ou ponto de partida, que posteriormente é ajustado para fins de uma decisão final. Da mesma forma que a representatividade, ainda segundo (BARBEDO e CAMILO-DA-SILVA, 2008) as heurísticas de ancoragem podem ser compostas por informações históricas, pela forma como os dados são apresentados ou até mesmo de maneira aleatória. Outro assunto importante diz respeito à Teoria dos Prospectos. Esta teoria foi elaborada quando da realização de estudos em que se visava analisar as decisões frente ao risco. Kahneman e Tversky (1974) identificaram que a aversão à perda é o grande norteador das decisões. Esta teoria, aqui exposta de uma maneira bem simplificada, com base na publicação de (FERREIRA, 2008), definiu as fases do processo de escolha em inicial ou de edição e uma subsequente, de avaliação. Na primeira, tem-se a avaliação primária das perspectivas apresentadas, organização, codificação, combinação, segregação e, por fim, determinação de dominância para utilização

7 na fase posterior. Na segunda fase, as perspectivas editadas são avaliadas e, atribuídos pontos, a de valor mais alto é escolhida como decisão. A Teoria dos Prospectos definiu também três efeitos: Isolamento, Certeza e Reflexibilidade. O primeiro tem como característica, segundo (FERREIRA, 2008), a centralização da decisão em apenas uma informação, excluindo-se outras marginais que podem influenciar no resultado final do julgamento. O efeito certeza, conforme (FERREIRA, 2008) está ligado ao otimismo do apostador nas probabilidades já conhecidas, as quais proporcionam uma certeza sobre os destinos de determinada decisão. Por fim, para (FERREIRA, 2008) o efeito reflexo, implica aversão ao risco quando a perspectiva é positiva, de ganho, acompanhada de busca de risco, quando a perspectiva é negativa, de perda. Segundo (FERREIRA, 2008) o estresse e a dor pela perda são mais intensos que as sensações de ganhos. Essa frase serve como ligação das teorias apresentadas até agora com as Finanças Comportamentais. Todos os conceitos listados são percebidos quando o tema é decisão financeira, em especial quanto o assunto são os investimentos. Para (MOSCA, 2009) as pessoas não estão dispostas a correr riscos para ganhar, mas não se intimidam frente ao risco, se isso nos permitir evitar perdas. No universo dos investimentos, esse fenômeno afasta os tomadores de decisão da alocação ótima dos recursos que temos para investir, uma vez que a aversão a perdas os leva a superestimar a significância ou a probabilidade de ocorrência de eventos negativos. Aspectos, portanto, voltados a psicologia, bem como, a natureza social e cognitiva dos indivíduos podem interferir no modo de decisão dos indivíduos e na atuação gerencial de empreendimentos. O inverso também pode ser verdadeiro, o modo de gerir negócios pode influenciar o modo de gerir finanças pessoais. Existe, desta maneira, algo mais a ser discutido que não simplesmente a racionalidade das decisões. 3 METODOLOGIA Este estudo foi composto por uma pesquisa de caráter exclusivamente quantitativo, na qual empresários e gestores cearenses foram entrevistados através de um questionário estruturado. O trabalho foi concebido por uma pesquisa descritiva, justifica-se isto pelo fato de se ter como principal objetivo de trabalho descrever algo, neste caso características de determinado grupo ou investigar se certo comportamento é aplicável ao grupo a ser estudado ou não. Depois de realizada a produção de um questionário estruturado com questões apenas de caráter objetivo, foi feita a coleta dos dados. Foram realizadas 112 aplicações de instrumentos de pesquisa durante os meses de abril e maio de 2013, em Fortaleza, no Ceará. O método utilizado como ferramenta de pesquisa foi o survey. Segundo (MALHOTRA, 2001), o método survey é um questionário estruturado dado a uma amostra de uma população e destinado a provocar informações específicas dos entrevistados. A aplicação do método de pesquisa foi feita de duas formas, a saber: entrevista pessoal e entrevista eletrônica. Por fim, a determinação da amostra pode ser classificada como não probabilística, pois segundo afirma (MALHOTRA, 2001), confia no julgamento pessoal do pesquisador para definição, bem como é formada por elementos convenientes. Desta maneira, trata-se então, de uma amostragem por conveniência.

8 4 ANÁLISE DOS DADOS 4.1. Perfil da Amostra Esta secção irá caracterizar a amostra entrevistada participante da pesquisa. Seja pelo aspecto sócio econômico, seja pelo aspecto financeiro ou de controle financeiro. O instrumento de pesquisa foi aplicado a 112 pessoas. Esta amostra é composta por empresários e gestores cearenses. A seguir tem-se sua caracterização Sócio - Econômico Espera-se com esta análise identificar o perfil em termos de sociedade e classificação econômica dos entrevistados. Este segmento do estudo está dividido em relação às pessoas participantes da pesquisa Quanto às pessoas Tabela 1 - Ocupação Ocupação Frequência Porcentagem Empresário 99 88,39% Diretor 9 8,04% Gerente 4 3,57% Total ,00% Como se pode perceber através da Tabela 1 Ocupação, tem se nesta pesquisa uma análise da gestão financeira pessoal dos empresários cearenses. Isto, pois mais de 88% das pessoas são donos de empresas. Em seguida, têm-se entrevistados que, ainda que não sejam proprietárias do negócio, tem sob suas responsabilidades o poder de decisão nas organizações as quais pertencem. A seguir o perfil relativo a Gênero e Idade. Tabela 2 Gênero Gênero Frequência Porcentagem Feminino 38 33,93% Masculino 74 66,07% Total ,00% Tabela 3 - Faixa Etária Faixa Etária Frequência Porcentagem 20 a ,89% 26 a ,18% 32 a ,50% 39 a ,75% 46 a ,18% 59 a ,50% Total ,00%

9 Através das Tabelas 2 e 3 Gênero e Faixa Etária, respectivamente, pode-se perceber que os empresários, diretores e gestores de empresas pesquisados são em sua maioria do sexo masculino, visto que 66,07% da amostra é composta por homens. Outro ponto a ser observado é a faixa etária. Tem-se neste estudo uma amostra jovem. Pode-se perceber isto na concentração percentual da amostra na faixa de 26 a 31 anos de idade, 40,18% do total, conforme apresentado na Tabela 3 Faixa Etária. Tabela 4 - Estado Civil Estado Civil Frequência Porcentagem Solteiro(a) 34 30,36% Casado(a) 60 53,57% Separado(a) 18 16,07% Total ,00% Tabela 5 - Quantidade de Dependentes Econômicos Quantidade de Dependentes Econômicos Frequência Porcentagem Nenhum 36 32,14% ,79% ,50% 3 4 3,57% Total ,00% Pode-se inferir dos dados apresentados nas Tabelas 4 e 5 Estado Civil e Quantidade de Dependentes Econômicos, respectivamente, que apesar do perfil jovem dos empresários e gestores de empresas, conforme visto 3 Faixa Etária, sua maioria encontra-se casada, cerca de 53% dos pesquisados. Este perfil será utilizado para uma análise do aspecto comportamental diferente entre os casados, separados e solteiros no que diz respeito à gestão financeira pessoal. Outra informação necessária à análise da gestão financeira pessoal é a quantidade de pessoas dependentes de uma mesma renda. Pode-se perceber que neste aspecto, quantidade de dependentes econômicos, a amostra está concentrada em dois perfis distintos: dois dependentes e nenhum dependente. Estes dados serão utilizados para avaliação do comportamento dos empresários e gestores de empresas mediante o crescimento da quantidade de dependentes de sua renda. É importante ressaltar que o perfil dos entrevistados, caso analisado em porcentagens agrupadas, pode ser definido como mais de 65% deles com um ou mais dependentes. Isto representa uma caracterização de público que deve ter sua renda bem planejada, visto a responsabilidade tamanha atribuída a eles pelo número de dependentes. A seguir analisa-se as formações acadêmicas.

10 Tabela 6 Grau de Escolaridade Nível de Escolaridade Frequência Porcentagem Fundamental Incompleto 10 8,93% Segundo Grau Incompleto 4 3,57% Técnico Profissional 6 5,36% Segundo Grau Completo 38 33,93% Superior Completo 50 44,64% Especialização 4 3,57% Total ,00% Tabela 7 - Área de Formação Acadêmica Área de Atuação dos Graduados em Ensino Superior Porcentagem dos Graduados em Ensino Superior Porcentagem do Total da Amostra Frequência Administração 35 31,25% Finanças ou Contabilidade 11 8,93% Saúde 1 0,89% Ciências Humanas 5 9,82% Jurídica 2 1,79% Total ,00% 48,22% Um dos aspectos importantes que devem ser estudados é a formação acadêmica. Estes dados serão utilizados a fim de se mensurar o nível de influência da proporcionalidade entre: maior grau de formação, sofisticação de investimentos e o desenvolvimento das empresas. Além disso, poderá se identificar com os dados apresentados nas Tabelas 6 e 7 Formação Acadêmica e Área de Formação Acadêmica, respectivamente, se verdadeiramente especializar-se em gestão ou finanças trará vantagem em termos de resultados das empresas Financeiro Na secção denominada Financeiro, pretende-se estudar o perfil financeiro dos entrevistados. Suas opções quanto a poupança de recursos e relevâncias sejam informacionais ou comportamentais no momento da decisão sobre investimentos. Tabela 08 - Poupadores x Não Poupadores Poupa? Frequência Porcentagem Não 9 8,04% Sim ,96% Total ,00%

11 A partir da Tabela 08 Poupadores x Não Poupadores pode-se perceber que os entrevistados têm um perfil poupador, predominantemente. Deve-se, no entanto, investigar o perfil destes poupadores e não poupadores, a fim de entender os motivos para tal poupança de dinheiro, bem como as formas de utilização deste dinheiro poupado. A seguir irá se estudar os motivos pelos quais os entrevistados não poupam recursos e em seguida, os principais objetivos dos entrevistados ao pouparem dinheiro. Tabela 09 - Motivos para Não Poupar Porcentagem dos Não Poupadores Porcentagem do Total Motivo para Não Poupar Frequência Nunca sobra dinheiro 3 33,33% 2,68% Não tenho interesse 6 66,67% 5,36% Não tenho conhecimentos específicos para aplicações 0 0,00% 0,00% Falta de controle financeiro 0 0,00% 0,00% Dívidas 0 0,00% 0,00% Total 9 100,00% 8,03% Fazendo-se uma leitura da Tabela 09 Motivos para Não Poupar temse que o principal motivo para os empresários, diretores e gestores cearenses entrevistados não pouparem dinheiro é não ter interesse em praticar esta atividade, ou seja, apesar de possuírem um negócio próprio, onde por si só já há um investimento, portanto uma poupança de valores, não percebem isto e, de forma complementar, afirmam não ter interesse em poupar dinheiro. Por outro lado, há empresários pesquisados que não poupam por que nunca sobra dinheiro. Neste ponto, é possível se inferir duas informações: os resultados da empresa estão muito ligados aos resultados financeiros pessoais, ou seja, há uma pouca diferenciação entre as finanças pessoais e da empresa e, há ainda, a possibilidade de não haver entre os empresários da pesquisa a elaboração de planejamento pessoal da renda. Nesta última forma, por consequência da má gestão dos recursos não haverá sobras de dinheiro para que se possa poupar. Observa-se ainda nesta tabela que apesar de alguns empresários pesquisados não pouparem por não sobrar dinheiro, nenhum deles considera que podem não ter controle financeiro ou não ter conhecimento para gerir investimentos. Desta forma, o aspecto comportamental autoconfiança é observado, visto que o empresariado não admite que o conhecimento é escasso e que não controlar o dinheiro pode ocasionar a não poupança do mesmo. Tabela 10 - Objetivo para Poupar Dinheiro Principal Objetivo ao se Poupar Dinheiro Frequência Porcentagem dos Poupadores Porcentagem do Total da Amostra Utilizar em Casos Emergenciais 14 13,60% 12,50% Visando Realizar Sonhos e Aquisições 44 42,72% 39,29%

12 Visando Aumentar o Patrimônio 42 40,78% 37,50% Geração de Renda 0 0,00% 0,00% Reserva para Aposentadoria 3 2,91% 2,68% Total ,00% 91,96% Realizar sonhos é o principal objetivo ao se poupar dinheiro, dentre os empresários e gestores cearenses que foram pesquisados. Os entrevistados não se fazem diferente da maioria das pessoas quanto as objetivações ao se poupar dinheiro.. Seja empresário ou não o brasileiro em geral, pertencente a uma sociedade consumista, tem como principal objetivo ao poupar dinheiro realizar sonhos e aquisições. Racionalmente o empresariado entrevistado deveria perceber e avaliar suas poupanças como forma de gerar renda, por exemplo. Uma opção mais sofisticada de objetivação, visto que ainda não é comum, para a maioria dos investidores, perceber que a poupança de parte de sua renda poderá servir para o engrandecimento da mesma, desde que sejam analisadas boas opções de investimentos. Há de se destacar, no entanto, que as pessoas donas de empresas pensam em expandir o negócio e crescer seu patrimônio. Dada esta opção como resposta, 42 pessoas dentre empresários e gestores perceberam que poupar dinheiro pode ser uma forma de aumentar o seu patrimônio já existente. Além de entender as motivações para poupança ou não de recursos financeiros é preciso que se defina onde estão aplicado os recursos dos poupadores. É o que poderá se analisar a seguir, através de um questionamento feito aos pesquisados no qual eram permitidas mais de uma resposta. Tabela 11 - Aplicações Financeiras Quantidade de Porcentagem Aplicação Aplicadores Caderneta de Poupança 70 34,80% Renda Fixa 15 7,46% Renda Variável 1 0,49% Fundos de Previdência 7 3,48% Imóveis 14 6,96% Negócio Próprio 87 43,33% Títulos do Tesouro 7 3,48% Com os dados da Tabela 11 Aplicações Financeiras pode-se perceber que o Negócio Próprio é a forma de aplicação de recursos financeiros preferida dos empresários cearenses que participaram da pesquisa. Este resultado era esperado tendo em vista a amostragem da pesquisa. No entanto, é possível analisar com estes dados, também, que apesar de uma esperada maior propensão ao risco dentre os participantes, muitos deles optam pela mais comum e segura forma de investimento conhecida no país: a caderneta de poupança. Podendo ser visualizado neste momento a aplicação dos conceitos

13 de ancoragem, visto que os pesquisados tem disponível por proeminência da informação que a forma de investimento caderneta de poupança deve ser a mais segura, além de proporcionar alguma renda, ainda que pouca. Não há, portanto, uma grande variedade na carteira de investimentos dos empresários pesquisados. Investimentos mais sofisticados, tais como renda variável, tem porcentagem muito discreta de usuários. Ressalta-se que neste item, os entrevistados podiam marcar mais de uma opção de investimento, por isso a quantidade total de aplicadores não corresponde ao total de pesquisados. Tabela 12 - Aspectos mais e menos relevantes no momento da decisão de investimentos Aspecto Mais Importante Menos Importante Porcentagem dos Porcentagem dos Total Poupadores Total Poupadores Liquidez 33 32,15% 38 36,90% Rentabilidade 12 11,48% 27 26,20% Segurança 58 56,31% 38 36,90% Total ,00% ,00% Risco e retorno são inversamente proporcionais, ou seja, quanto mais seguro o investimento menor o retorno que ele irá proporcionar. Assim, para se maximizar os resultados, os investidores devem, entre outros fatores, optarem por forma de investimentos mais rentáveis no momento de escolha dos investimentos. Esta seria a forma mais racional de se comportar diante das decisões sobre investimentos, no entanto a Tabela 12 Aspectos mais e menos relevantes no momento da decisão de investimentos identifica que existe algo a mais no momento da decisão que não seja apenas a maneira racional. Os empresários e gestores de empresas do Ceará que foram pesquisados demonstraram um comportamento avesso ao risco, lembrando os conceitos de Efeito Reflexo, visto que 51,79% dos poupadores acreditam que o aspecto segurança é o mais relevante no momento da decisão, configurando o comportamento descrito acima. Isto é confirmado quando se observa que 10,71%, ou seja, a menor parcela dos empresários acredita que rentabilidade seja o aspecto mais relevante Controle Financeiro Na secção a seguir serão estudas as diferentes opções dos entrevistados no aspecto planejamento e controle das finanças pessoais. Neste momento poderá se identificar a prática de planejamento financeiro entre os entrevistados, a importância dada ao mesmo e aos estudos de finanças pessoais, bem como a separação entre contas jurídicas e físicas. Tabela 13 - Origem de Recursos para Pagamento de Contas Pessoais Origem de Recursos para Pagamento de Contas Pessoais Frequência Porcentagem Do Caixa da Empresa 35 31,25% De um Pró - Labore Pré Estabelecido 33 29,46% De uma renda Extra Proveniente de outros 11 9,82%

14 investimentos Sou um funcionário e uso o salário que recebo 19 16,96% Sou sócio, mas recebo pela função que exerço 14 12,50% Total ,00% É comum, principalmente, nas micro e pequenas empresas a confusão na delimitação de fronteiras entre o que é capital da empresa e o que é renda pessoal. Este aspecto é confirmado através da Tabela 13 Origem de Recursos para Pagamento de Contas Pessoais. A maioria dos empresários entrevistados do Ceará utiliza o dinheiro do próprio caixa da empresa para quitar suas contas pessoais. Isto demonstra que a forma de gerenciamento de recursos pessoais dos empresários participantes, em sua maioria, não é eficiente, pois há uma mistura entre as finanças pessoais e do próprio negócio. Esta falta de controle financeiro é uma das principais causas da mortalidade de pequenos negócios no período de 2 a 5 anos de funcionamento, conforme aponta o SEBRAE (2004). Tabela 14 - Importância do Planejamento Financeiro Importância do Planejamento Financeiro Frequência Porcentagem Muito Baixa 0 0,00% Baixa 0 0,00% Normal 0 0,00% Alta 0 0,00% Muito Alta ,00% Total ,00% Sejam empresários ou diretores ou gestores de empresas cearenses pesquisados todos sabem que o planejamento financeiro tem uma importância elevada quando se trata de sua elaboração e implantação. Pode-se observar isto na Tabela 14 Importância do Planejamento Financeiro, na qual 100% dos participantes desta pesquisa entendem como muito alta a importância do mesmo. Tabela 15 - Grau de Conhecimento sobre Gestão Financeira Pessoal Grau de Conhecimento de Gestão Financeira Pessoal Frequência Porcentagem Muito Baixo 1 0,89% Baixo 20 17,86% Normal 44 39,29% Alto 47 41,96% Muito Alto 0 0,00% Total %

15 Com base na Tabela 15 Grau de Conhecimento sobre Gestão Financeira Pessoal pode-se afirmar que os empresários cearenses entrevistados se consideram conhecedores da gestão financeira pessoal. Esta afirmativa é justificada pelo dado: 41,96% dos pesquisados entenderem que conhecem em nível alto as diferentes formas de se gerir finanças pessoais. Além disso, apenas uma pessoa identificou que tem um grau de conhecimento limitado, ou seja, baixo. Desta forma, de forma racional espera-se que sejam colocadas em prática formas sofisticadas de gerenciamento de recursos por parte dos pesquisados. No entanto, conforme já foi observado em análises anteriores, nas Tabelas 10, 11 e 12 não é isso que de fato acontece. Tabela 16 - Quanto a possuir Orçamento Familiar Possui? Frequência Porcentagem Não 59 52,68% Sim 53 47,32% Total ,00% Confirmando o que já havia sido exposto no presente trabalho, tal como o conhecimento das formas para manutenção da saúde, as pessoas sabem da importância, sabem das ferramentas que podem ser utilizadas, no entanto não as colocam em prática. Nesta tabela pode-se perceber que os mesmos empresários pesquisados que outrora afirmaram saber da importância muito alta do planejamento financeiro, em sua maioria, não possuem orçamento financeiro familiar. A seguir, na Tabela 17 Motivos para Não Elaboração do Orçamento Familiar, estão apresentados os principais motivos para a não elaboração de orçamentos familiares. É possível que o tempo despendido estando na coordenação das atividades em suas próprias empresas e em associação com as responsabilidades pessoais sejam os fatores que acarretam na indisponibilidade de tempo do empresariado pesquisado. Tabela 17 - Motivos para Não Elaboração do Orçamento Familiar Motivos para não elaborar Orçamento Financeiro Familiar Frequência Porcentagem Não me sobra renda suficiente 8 13,56% Meu orçamento depende dos resultados da minha empresa, portanto variável durante o ano 17 28,81% Não acredito na eficácia de tal instrumento 8 13,56% Indisponibilidade de Tempo 26 44,07% Total ,00% 4.2 Outros Resultados Serão estudados nesta secção outros resultados relevantes da pesquisa quando correlacionados os dados de perfil já descritos anteriormente Quanto ao Planejamento e Organização Financeira Pessoal

16 Neste item irá se concluir informações a respeito do planejamento e da organização financeira dos entrevistados, com base em suas opções de decisão e seus aspectos socioeconômicos. Tabela 18 - Elaboração de Orçamento Familiar x Estado Civil Estado Civil Elaboração de Orçamento Não Sim Total Geral Solteiro Casado Separado Total Geral Conforme apresentado na Tabela 18 Elaboração de Orçamento Familiar x Estado Civil percebe-se que, enquanto solteiros, os entrevistados, em sua maioria, executam o planejamento financeiro pessoal. Por outro lado, aumentando o nível de comprometimento familiar, ou seja, aqueles que têm o estado civil casado já passam a ter a maioria não elaborando o orçamento familiar. Isto tem explicação no nível de comprometimento da renda e na quantidade maior de atribuições familiares que são características da vida de casado. Já os separados quase que na totalidade não elaboram orçamentos familiares. A seguir tem-se uma análise por quantidade de dependentes. Tabela 19 Elaboração de Orçamento Familiar x Quantidade de Dependentes Quantidade de dependentes Elaboração de Orçamento Não Sim Total Geral Total Geral Além do maior comprometimento na vida conjugal, a quantidade de dependentes econômicos também influencia o comportamento dos entrevistados frente a elaboração de um orçamento familiar ou não. À medida que a quantidade de membros de uma família cresce, engrandecem também as demandas financeiras. Este já é um dos fatores que prejudicam a elaboração de um orçamento familiar. Associado a este fator temse que quanto maior o número de pessoas envolvidas na elaboração de um orçamento, maior o número de interesses e mais diferenciados eles são. Isto é perceptível ao serem cruzados os dados quanto a elaboração de orçamentos familiares e a quantidade de dependentes. Segundo a Tabela 19 Elaboração de Orçamento Familiar x Quantidade de Dependentes apresenta o aumento progressivo da quantidade de dependentes: 0, 1, 2, tem,por consequência um aumento na quantidade de empresários que não fazem orçamento, a saber: 9,18 e 28, respectivamente.

17 No entanto, deveria haver neste momento, segundo as normas de educação financeira um maior rigor no planejamento da utilização dos recursos que são escassos, visto que as falhas de gerenciamento nesta conjuntura comprometem vários entes. Na próxima análise tem-se a separação de recursos da empresa em relação aos recursos pessoais, tendo em vista a formação acadêmica dos entrevistados. Tabela 20 - Formação Acadêmica x Origem de Recursos para Pagamento de Contas Pessoais Formação Acadêmica Do caixa da empresa Pro-labore Fundamental Incompleto 4 6 Segundo Grau Incompleto 4 Formas de Pagamentos Renda Extra Salário que recebo Técnico Profissional 6 Sou sócio, mas recebo pela função que exerço Segundo Grau Completo Superior Especialização 3 1 A Tabela 20 Formação Acadêmica x Origem de Recursos para pagamentos de contas pessoais apresenta que não há uma ligação clara entre o grau de formação acadêmica e a forma como destina recursos para o pagamento de contas pessoais. Tanto empresários entrevistados com baixo nível de escolaridade quanto formados no ensino superior envolvem o capital da empresa com a renda própria. Desta forma, está claro que o empresariado cearense pesquisado não faz distinção, por muitas vezes, do que é patrimônio da empresa e o que patrimônio próprio Quanto ao Grau de Conhecimento em Finanças Pessoais Neste item irá se estudar o grau de conhecimento em finanças pessoais, conforme os entrevistados em comparação com os diferentes aspectos socioeconômico dos mesmos. Tabela 21 Gênero x Conhecimento em Gestão Financeira Pessoal Gênero Grau de Conhecimento em Finanças Pessoais Total Muito Baixo Baixo Normal Alto Geral Feminino Masculino Total Geral Os empresários pesquisados acreditam ter, de forma predominante, grau de conhecimento alto. As pessoas do sexo masculino tem um grau de confiança em seu potencial muito elevado. O mesmo não acontece com as mulheres. As empresárias entrevistadas, ao contrário dos homens são menos ousadas. A maioria delas considera que tem o nível de conhecimento normal e nenhuma

18 delas considera-se muito alinhada com este assunto. Este é um aspecto comportamental presente nas decisões relativas a investimentos. Homens e mulheres se comportam de diferentes maneiras frente ao risco. Muitas vezes isto interfere na forma de decidir sobre investimentos. Neste momento, retomam-se as considerações feitas na Tabela 12, quando foi discutido sobre os aspectos importantes no momento da decisão sobre investimentos. Neste caso, a maioria das mulheres opta por segurança como primeira opção. Já os homens apresentam-se com porcentagens mais dispersas de escolha, embora a maioria também considere a fuga do risco. Espera-se que para aqueles dotados de maior conhecimento em finanças pessoais tenham um maior grau de sofisticação em suas opções por investimentos. É isto que se pretende analisar nas próximas tabelas. Tabela 22 - Grau de Conhecimento x Sofisticação do Investimento Caderneta de Poupança Caderneta de Poupança Grau de Conhecimento em Finanças Pessoais Muito Baixo Baixo Normal Total Alto Geral Não possui Possui (Não Poupadores) Total Geral Tabela 23 - Grau de Conhecimento x Sofisticação do Investimento - Renda Variável Renda Variável Grau de Conhecimento em Finanças Pessoais Total Muito Baixo Baixo Normal Alto Geral Não Possui Possui 1 1 Não Poupadores Total Geral Conforme pode-se observar na Tabela 23 Grau de Conhecimento x Sofisticação do Investimento Renda Variável, pessoas com nível de conhecimento mais elevado optam por investimentos com grau de sofisticação bem semelhante a aqueles que tem níveis de conhecimento de baixo a normal. Apesar de haver entrevistados que optam por investimentos mais sofisticados, suas quantidades são baixas e não os torna diferenciáveis neste aspecto. Na Tabela, identifica-se apenas um entrevistado que possui investimento em renda variável e o mesmo se considera com um alto conhecimento em finanças pessoais. Já na Tabela 22 Grau de Conhecimento x Sofisticação do Investimento Caderneta de Poupança, o assunto é caderneta de poupança, o mais comum dos investimentos. Observa-se neste caso, que a maioria das pessoas com grau baixo e normal de conhecimento possui aplicações em caderneta, confirmando a opção por segurança dos participantes da pesquisa.

19 5 CONCLUSÕES Os empresários e gestores de empresas do Ceará não gerem suas finanças pessoais de forma tão diferenciada do senso comum. Apesar de ter existido uma pequena parcela que demonstrou certo grau de distinção da maioria, esta foi pequena para se chegar à conclusão de diferenciação. O que se pode definir é uma maior predisposição ao que se refere a questão do controle dos gastos. No entanto, os investimentos realizados não são mais sofisticados do que os investimentos de um cidadão comum. Alguns dos entrevistados definiram seus investimentos como sendo seu próprio negócio. Este olhar apesar de importante, visto que de fato os negócios próprios são investimentos, tão somente não são subsídios para diferenciação no aspecto decisão financeira do senso comum. O que os faz, portanto, não se diferenciarem tanto, é a não percepção de que apesar de possuírem este negócio como forma de investir eles não devem ser os únicos. Seus investimentos e retornos financeiros podem ser maximizados caso haja uma maior diversificação de investimentos. O empresariado passa por problemas de gestão assim como pessoas que não são envolvidas com situações de decisão sobre os mesmos. A saber: quanto a execução do planejamento financeiro, apesar de entenderem a importância, não executam de fato; ao definirem qual o motivo ao poupar dinheiro, os empresários optam pelo sentimento mais comum ao comportamento humano, a realização de sonhos; a maioria dos envolvidos, assim como a maioria dos brasileiros optam por utilizar a caderneta de poupança, bem como definir o aspecto segurança como o principal diante do momento de decisão; grande parte dos empresários no momento de aprender sobre investimentos e garantir subsídios a tomada de decisão, se prendem a ancorar em apenas uma informação que tem como base o passado em experiências práticas, configurando assim, a extrema autoconfiança do investidor. Os dados que foram analisados apontaram ainda que o nível de importância dado ao tema gestão financeira pessoal de recursos pelos empresários é considerado muito alto. Falta ainda, no entanto, esta importância ser transformada em capacitação e aplicação no gerenciamento de suas rendas. Isto pode ser claramente observado, na análise do envolvimento entre o dinheiro pessoal e o dinheiro da empresa. Ainda é muito falha, apesar de saberem a importância de um bom planejamento financeiro, a separação entre pessoa física e pessoa jurídica no que se refere a gestão financeira pessoal. Portanto, pode-se estabelecer como conclusão final que existe sim, algo a mais quando se trata de decisão sobre investimentos. Neste estudo aspectos da Representatividade, Disponibilidade e Ancoragem puderam ser percebidos. Bem como, além das heurísticas para a tomada de decisão, foram percebidos os aspectos da Teoria dos Prospectos, tais como os efeitos isolamento, certeza e reflexo. A maximização dos resultados mediante o gerenciamento de recursos financeiros, até mesmo com pessoas diretamente envolvidas com a busca pelo máximo resultado, como os empresários, envolve aspectos comportamentais. O nível de socialização dos mesmos, o comprometimento de renda familiar, a formação acadêmica, os desejos pessoais, são todos fatores da natureza humana e que contribuem, além da racionalidade limitada para o ato de decidir.

20 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSAF NETO, Alexandre; Finanças Corporativas e Valor, Editora Atlas, São Paulo, MALHOTRA, Naresh; Pesquisa de Marketing, Bookman, Porto Alegre, TOSI, Armando; Matemática Financeira com ênfase em produtos bancários, Editora Atlas, São Paulo, FERREIRA, Vera Rita; Psicologia Econômica, Editora Elsevier, São Paulo, MOSCA, Aquiles; Finanças Comportamentais, Editora Campos, São Paulo, BARBEADO, Cláudio Henrique da Silveira; CAMILO-DA-SILVA, Eduardo; Finanças Comportamentais, Editora Atlas, São Paulo, KAHNEMAN, Daniel; TVERSKY, Amos; Prospect Theory: na analysis of decisions under risk. Econométrica, V. 47, n.2, GOMES, João Vasconcelos; Finanças Pessoais: Sofisticação ou Necessidade? Cadernos de Pesquisa e Extensão Desafios Críticos, Ano 1, V. 1, CAMARGO, Camila; CHEROBIN, Ana Paula; Uma análise das intersecções entre finanças pessoais, organizações e desempenho. Revista Perspectivas Contemporâneas; V.3, N.1, pág , ROGERS, Pablo; SECURATO; José; RIBEIRO, Karem; ARAUJO, Simone. Finanças Comportamentais no Brasil: Um estudo comparativo. Revista Economia e Administração, V.6, pág , VIEIRA SILVA, Wesley; SILVA, Sandra; CORSO, Jansen; OLIVEIRA, Eliane; Finanças Comportamentais: uma análise do perfil comportamental do investidor e do propenso investidor. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, V.7, n.2, pág. 1-14, KAHNEMAN, Daniel; Rápido e Devagar: duas formas de pensar, Editora Objetiva, Rio de Janeiro, THALER, Richard; The end of Behavioral Finance, Financial Analyst Journal, Nov/Dec, 12-17, FOULKS, S.M; GRACI, S.P.; Guidelines for Personal Financial Planning, Business. V. 33, n. 2, p. 32, SEBRAE. Fatores condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil. Relatório de Pesquisa. Brasília, agosto, ROGERS, Pablo; FAVATO, Verônica; SECURATO; José; Finanças Efeito Educação Financeira no processo de tomada de decisões em investimentos: um estudo a luz das finanças comportamentais, 2009.

21 OUTRAS INFORMAÇÕES Correio Eletrônico para Contato: Pseudônimos dos Autores: Ygor Bezerra Pessoa Pseudônimo: BR1 Aline Amorim Pseudônimo: BR2 Professor Dr. Érico Veras Marques Pseudônimo: BR3 A seguir estão os Currículos dos Autores

22 CURRICULUM VITAE YGOR BEZERRA PESSOA Graduando do 4º semestre no curso Administração-Noturno pela Universidade Federal do Ceará, tendo iniciado no semestre e com previsão de término no semestre Nascido na data de 21/05/1991. Atual Diretor Jurídico Financeiro da Inova Empresa Júnior FEAAC/UFC, Conselheiro Administrativo da FEJECE Federação de Empresas Juniores do Estado do Ceará e Pesquisador CNPQ PIBIC nos temas Finanças Pessoais e Comportamentais. ygorbezerra@yahoo.com.br Contato Telefone/Celular: (85) / (85) Experiências Profissionais e Acadêmicas Empresa: Inova Empresa Júnior FEAAC/UFC Cargo: Analista Financeiro Período: Março de 2012 à Dezembro de Empresa: Inova Empresa Júnior FEAAC/UFC Cargo: Diretor Jurídico Financeiro Período: Janeiro de 2013 Atual. Instituição: CNPQ Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Vínculo: Pesquisador Bolsista Iniciação Científica PIBIC Período: Agosto de 2012 Atual. Cursos Complementares Maio Educação Financeira BM&Bovespa Carga Horária 6h Agosto 2012 Mercado de Ações Futura Educadora Financeira Carga Horária 8h. Eventos Comparecidos 1. III Seminário de Altos Estudos em Administração Pública (Seminário). Fortaleza, Ceará, Brasil. 2. ECEJ - Encontro Cearense de Empresários Juniores. Mediador da Roda de Discussão: Regulamentação Jurídica - Os principais desafios e problemas para as empresas juniores brasileiras (Encontro). Fortaleza, Ceará, Brasil. 3. V SPEM - Seminário de Pensamento Estratégico de Marketing (Seminário). Fortaleza, Ceará, Brasil. 4. ALMEJ - Encontro Alagoano de Empresários Juniores (Encontro). 5. Feira do Empreendedor Fortaleza, Ceará, Brasil. Representação no Stand do Centro de Estágios - UFC - Inova Empresa Júnior (Outra). Outras Informações 1. Quanto ao idioma: Fala, ler e escreve Inglês razoavelmente. 2. Endereço do Currículo Lattes (CNPQ): CURRICULUM VITAE ALINE CRISTIANE AMORIM SOUZA

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Introdução. 1.1 Histórico

Introdução. 1.1 Histórico 1 Introdução 1.1 Histórico O mercado brasileiro, assim como os mercados da maioria dos países emergentes, tem se caracterizado pela crescente volatilidade e dependência do capital estrangeiro. A integração

Leia mais

36,6% dos empresários gaúchos julgam que o. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que. 66,0% das empresas contempladas pela medida a

36,6% dos empresários gaúchos julgam que o. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que. 66,0% das empresas contempladas pela medida a 36,6% dos empresários gaúchos julgam que o faturamento é a melhor base tributária para a contribuição patronal. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que a medida contribuirá parcialmente ou será fundamental

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO Sistema de informações gerenciais Sistema de informações gerencial => conjunto de subsistemas de informações que processam dados e informações para fornecer

Leia mais

FIPECAFI e IBRI divulgam resultado da 5ª Pesquisa sobre o Perfil e a Área de Relações com Investidores

FIPECAFI e IBRI divulgam resultado da 5ª Pesquisa sobre o Perfil e a Área de Relações com Investidores FIPECAFI e IBRI divulgam resultado da 5ª Pesquisa sobre o Perfil e a Área de Relações com Investidores Os resultados da 5ª Pesquisa sobre o perfil e a área de Relações com Investidores no Brasil divulgado

Leia mais

COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE

COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE PRIAD: COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE 1 Data de entrega até 16/09/2015 As questões objetivas só possuem uma alternativa correta: respostas a lápis ou rasuradas serão desconsideradas. Não use

Leia mais

Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil

Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil Mais de um terço dos brasileiros desconhecem o valor das contas que vencem no próximo mês. Falta

Leia mais

OS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA: UM ESTUDO DO MERCADO BRASILEIRO 1. Maicon Lambrecht Kuchak 2, Daniel Knebel Baggio 3.

OS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA: UM ESTUDO DO MERCADO BRASILEIRO 1. Maicon Lambrecht Kuchak 2, Daniel Knebel Baggio 3. OS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA: UM ESTUDO DO MERCADO BRASILEIRO 1 Maicon Lambrecht Kuchak 2, Daniel Knebel Baggio 3. 1 Resultados do Projeto de Pesquisa de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq 2 Bolsista PIBIC/CNPq,

Leia mais

Banco do Brasil - Cartilha de Fundos de Investimento Fundos de Investimento

Banco do Brasil - Cartilha de Fundos de Investimento Fundos de Investimento Fundos de Investimento O que é?...2 Tipos de Fundos...2 Fundos de curto prazo...2 Fundos renda fixa...2 Fundos referenciados DI...2 Fundos multimercado...3 Fundos de ações...3 Fundos da dívida externa...3

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Planejamento Financeiro Feminino

Planejamento Financeiro Feminino Planejamento Financeiro Feminino Sophia Mind A Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado é a empresa do grupo de comunicação feminina Bolsa de Mulher voltada para pesquisa e inteligência de mercado.

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO *

CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO * CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO * COSTA, Marcia de Souza 1, PAES, Maria Helena Rodrigues 2 ; Palavras-chave: Pré-vestibular

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

Sonho Planejado, Sonho Realizado

Sonho Planejado, Sonho Realizado Sonho Planejado, Sonho Realizado Escola Estadual Alceu Gomes da Silva Sala 12 - Sessão 2 Professor(es) Apresentador(es): Lilian Gomes dos Santos Realização: Foco Educação Financeira e apoio às habilidades

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

Os benefícios da ce ISO 14001

Os benefícios da ce ISO 14001 Pesquisa Os benefícios da ce ISO 14001 A Revista BANAS QUALIDADE e a Destaque Pesquisa e Marketing realizaram um estudo para medir o grau de satisfação da implementação da certificação ISO 14001. Confira

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A José Jonas Alves Correia 4, Jucilene da Silva Ferreira¹, Cícera Edna da

Leia mais

INTENÇÃO DE COMPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014

INTENÇÃO DE COMPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 PE MPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 1 MPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 PE MPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 2 Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande Intenção de Compra para o Dia das Crianças 2014 Rua Venâncio Borges do

Leia mais

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010 Empregabilidade: uma análise das competências e habilidades pessoais e acadêmicas desenvolvidas pelos graduandos do IFMG - Campus Bambuí, necessárias ao ingresso no mercado de trabalho FRANCIELE CLÁUDIA

Leia mais

Justificativa da iniciativa

Justificativa da iniciativa Sumário Justificativa da iniciativa O que é o Framework? Apresentação básica de cada ferramenta Quais projetos serão avaliados por meio do Framework? Fluxo de avaliação Expectativas Justificativa da iniciativa

Leia mais

Índice. 1. A educação e a teoria do capital humano...3. Grupo 7.2 - Módulo 7

Índice. 1. A educação e a teoria do capital humano...3. Grupo 7.2 - Módulo 7 GRUPO 7.2 MÓDULO 7 Índice 1. A educação e a teoria do capital humano...3 2 1. A EDUCAÇÃO E A TEORIA DO CAPITAL HUMANO Para Becker (1993), quando se emprega o termo capital, em geral, o associa à ideia

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011 Pesquisa IBOPE Ambiental Setembro de 2011 Com quem falamos? Metodologia & Amostra Pesquisa quantitativa, com aplicação de questionário estruturado através de entrevistas telefônicas. Objetivo geral Identificar

Leia mais

A Área de Marketing no Brasil

A Área de Marketing no Brasil A Área de Marketing no Brasil Relatório consolidado das etapas qualitativa e quantitativa Job 701/08 Fevereiro/ 2009 Background e Objetivos A ABMN Associação Brasileira de Marketing & Negócios deseja

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Como Elaborar Um Projeto de Pesquisa

Como Elaborar Um Projeto de Pesquisa Como Elaborar Um Projeto de Pesquisa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro Prof. Edwar Saliba Júnior Fevereiro de 2015 1 O que é pesquisa? Pode-se definir pesquisa como:

Leia mais

MODELO PLANO DE NEGÓCIO

MODELO PLANO DE NEGÓCIO MODELO PLANO DE NEGÓCIO Resumo dos Tópicos 1 EMPREENDEDOR... 3 1.1. O EMPREENDIMENTO... 3 1.2. OS EMPREENDEDORES... 3 2 GESTÃO... 4 2.1. DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO... 4 2.3. PLANO DE OPERAÇÕES... 4 2.4. NECESSIDADE

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 CEAHS Breve descrição das disciplinas Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado de Saúde 2 Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 Economia da Saúde 1 Processos e Sistemas em Saúde 2 Negócios

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS Renata Pinto Dutra Ferreira Especialista Administração de Sistemas de Informação Instituto Presidente Tancredo de Almeida

Leia mais

5. A pesquisa. 5.1. Sujeitos

5. A pesquisa. 5.1. Sujeitos 65 5. A pesquisa As dificuldades envolvidas na conciliação da maternidade com a vida profissional têm levado muitas mulheres a abandonar até mesmo carreiras bem-sucedidas, frutos de anos de dedicação e

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes PROPOSTA TÉCNICA COMERCIAL Versão 2.0 Setembro de 2014 Agosto de 2008 Índice ÍNDICE...2 1. CONTEXTO...3 2. VISÃO, ESCOPO E ATIVIDADES DESTE PROJETO...5

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

FINANÇAS PESSOAIS: VOCÊ SABE ADMINISTRÁ-LAS?

FINANÇAS PESSOAIS: VOCÊ SABE ADMINISTRÁ-LAS? PESQUISA COMPORTAMENTAL FINANÇAS PESSOAIS: VOCÊ SABE ADMINISTRÁ-LAS? PROCON GOIÁS GERÊNCIA DE PESQUISA E CÁLCULO JULHO/2009 OBJETIVO Mesmo através de orientações, fornecidas aos consumidores pela Superintendência

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS www.empreende.com.br emp@empreende.com.br FAZENDO ACONTECER Programa de ensino de empreendedorismo inovador em nível mundial, desenvolvido

Leia mais

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA. João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA. João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br GESTÃO ORÇAMENTÁRIA João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br EMPRESAS OBJETIVOS INDIVIDUAIS em instituições de Saúde devido as corporações profissionais, que detém graus de autonomia diferenciados,

Leia mais

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente 4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente Saiba como melhorar a gestão financeira da sua empresa e manter o fluxo de caixa sob controle Ciclo Financeiro Introdução Uma boa gestão financeira é um dos

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Investimento para Mulheres

Investimento para Mulheres Investimento para Mulheres Sophia Mind A Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado é a empresa do grupo de comunicação feminina Bolsa de Mulher voltada para pesquisa e inteligência de mercado. Cem

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

A PERSPECTIVA DOS PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA SOBRE A EDUCAÇÃO FINANCEIRA INFANTIL

A PERSPECTIVA DOS PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA SOBRE A EDUCAÇÃO FINANCEIRA INFANTIL A PERSPECTIVA DOS PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA SOBRE A EDUCAÇÃO FINANCEIRA INFANTIL ZUZA, Antonio. F. G. 1 PEREIRA, Gênesis. M. 2 SILVA, Mª Daniella. O. P. 3 LUCENA, Wenner G. L. 4 Resumo O presente resumo

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Planejamento de Marketing

Planejamento de Marketing PARTE II - Marketing Estratégico - Nessa fase é estudado o mercado, o ambiente em que o plano de marketing irá atuar. - É preciso descrever a segmentação de mercado, selecionar o mercado alvo adequado

Leia mais

COMO ABRIR SUA EMPRESA

COMO ABRIR SUA EMPRESA COMO ABRIR SUA EMPRESA Hoje, ter o próprio negócio é algo muito comum. Flexibilidade, possibilidade de aumentar a renda e instabilidade como funcionário são os principais motivos para se empreender. É

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

4 Metodologia da Pesquisa

4 Metodologia da Pesquisa 79 4 Metodologia da Pesquisa Este capítulo se preocupa em retratar como se enquadra a pesquisa de campo e como foram desenvolvidas as entrevistas incluindo o universo pesquisado e a forma de analisá-las

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO

Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO INTRODUÇÃO Todo problema de decisão envolve julgamento sobre um conjunto conhecido de alternativas; Informações Disponíveis (Dados) Conhecidos com certeza;

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 1ª série Empreendedorismo Administração A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensino-aprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de atividades

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 16: RESULTADOS RELATIVOS À GESTÃO DE PESSOAS 16.1 Área de RH e sua contribuição O processo de monitoração é o que visa saber como os indivíduos executam as atribuições que

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques "O plano de negócios é o cartão de visitas do empreendedor em busca de financiamento". (DORNELAS, 2005) A partir

Leia mais

14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação

14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação 14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação Nesta primeira parte são apresentados os dados essenciais à identificação do projeto, quais sejam: a) título e subtítulo (se houver);

Leia mais

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil 2014 Objetivo Metodologia Perfil da Empresa de Consultoria Características das Empresas Áreas de Atuação Honorários Perspectivas e Percepção de Mercado

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstrações Financeiras Tópicos do Estudo Demonstrações Financeiras ou Relatórios Contábeis Demonstrações Financeiras e a Lei das Sociedades Anônimas Objetivos

Leia mais

Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde

Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Francine Leite Apresentação Este trabalho introduz o tema Envelhecimento

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 % ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA A partir de 2005 foi iniciado um processo de alongamento dos prazos das carteiras de renda fixa da PSS, que propiciou bons ganhos por oito anos seguidos até o final

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com E-book prático AJUSTE SEU FOCO Viabilize seus projetos de vida CONTEÚDO À QUEM SE DESTINA ESSE E-BOOK:... 3 COMO USAR ESSE E-BOOK:... 4 COMO ESTÁ DIVIDIDO ESSE E-BOOK:... 5 O QUE É COACHING?... 6 O SEU

Leia mais

Projeto de Sistemas I

Projeto de Sistemas I Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Projeto de Sistemas I Professora: Kelly de Paula Cunha E-mail:kellypcsoares@ifsp.edu.br Requisitos: base para todo projeto, definindo o

Leia mais

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV INVESTIMENTOS Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV Uma questão de suma importância para a consolidação e perenidade de um Fundo de Pensão é a sua saúde financeira, que garante

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA 0 EDUCAÇÃO BÁSICA Brasileiros reconhecem que baixa qualidade da educação prejudica o país A maior parte dos brasileiros reconhece que uma educação de baixa

Leia mais

TÍTULO: PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PROFISSIONAIS FORMANDOS DA ÁREA DE NEGÓCIOS DA FACIAP

TÍTULO: PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PROFISSIONAIS FORMANDOS DA ÁREA DE NEGÓCIOS DA FACIAP Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PROFISSIONAIS FORMANDOS DA ÁREA DE NEGÓCIOS DA FACIAP CATEGORIA: CONCLUÍDO

Leia mais

6. Planejamento do Negócio

6. Planejamento do Negócio 6. Planejamento do Negócio Conteúdo 1. O que é um Plano de Negócios 2. Elaboração de um Plano de Negócios 3. Sessões Propostas para um Plano de Negócios 4. Idéias para um Plano de Negócios 5. Sites para

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Empreendedorismo COMPETÊNCIAS HABILIDADES

Empreendedorismo COMPETÊNCIAS HABILIDADES Empreendedorismo Curso de Moda e Estilismo Graduação em Administração de Empresas Especialização em Marketing Empreendedorismo COMPETÊNCIAS Conhecer o processo de empreender utilizando as estruturas, as

Leia mais

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ Autores: Jaqueline Lima PALOMBO (Bolsista PIBIC-EM/CNPq); Nadia Rocha VERIGUINE (Orientadora); Ângelo Augusto FROZZA (Co-orientador). Introdução

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS Gilmar da Silva, Tatiane Serrano dos Santos * Professora: Adriana Toledo * RESUMO: Este artigo avalia o Sistema de Informação Gerencial

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Neste capitulo será feita a análise dos resultados coletados pelos questionários que foram apresentados no Capítulo 4. Isso ocorrerá através de análises global e específica. A

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui CURSO MASTER In Business Economics Master in Business Economics 1 vire aqui DISCIPLINAs O aluno poderá solicitar a dispensa das disciplinas básicas: Matemática Básica, Estatística Aplicada e Contabilidade.

Leia mais