Estratégia Nacional de Água e Saneamento Urbano

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1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO Estratégia Nacional de Água e Saneamento Urbano Maputo, Novembro de 2011

2 Índice 1 Introdução Contexto Enquadramento Legal Documentos Normativos e Regulamentos Sectoriais Institucional Objectivo da Estratégia de Água e Saneamento Urbano Metodologia para a Elaboração da Estratégia Abastecimento de Água em Áreas Urbanas e Peri-urbanas Alcance do Serviço Universal Declaração Política e Legislação Aplicáveis Estratégias Desenvolvimento das Funções de Gestão do Património e de Regulação Declaração Política e Legislação Aplicáveis Estratégias Desenvolvimento da Função de Prestação de Serviço Declaração Política e Legislação Aplicáveis Estratégias Estratégia de Financiamento Declaração Políticas e Legislação Estratégias Saneamento em Áreas Urbanas e Peri-urbanas Alcance do Serviço Universal Declaração Políticas e Legislação Aplicável Estratégias Desenvolvimento do Papel da Governação na Gestão do Saneamento Declaração Políticas e Legislação Aplicáveis Estratégias Desenvolvimento da Função de Prestação de Serviços de Saneamento Declaração Políticas e Legislação Aplicáveis Estratégias Estratégia de Financiamento Declaração Políticas e Legislação Aplicáveis Estratégias Medidas de Implementação Desenvolvimento Institucional Abastecimento de Água em Áreas Urbanas e Peri-urbanas Saneamento Urbano e Peri-urbano Regulação Financiamento Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 2

3 1 Introdução 1.1 Contexto No decurso do seu desenvolvimento, Moçambique está a passar por um processo de urbanização crescente. A população residente nas 23 cidades, 68 vilas e nas demais sedes distritais de carácter rural, era de 7 milhões de habitantes em 2007, prevendose um ritmo anual de crescimento de 3.5%, nos próximos anos. Por causa da fraca atractividade dos centros urbanos secundários, estima-se que em 2025, 6.3 milhões de pessoas, ou seja 52% de uma população urbana de 12,5 milhões, e 21% da população nacional, viverá nas 12 cidades de mais de habitantes. Isto representa sensivelmente uma duplicação do número de residentes urbanos, sendo que cerca de três quartos destes viverá nas zonas periféricas, em condições precárias de habitação, abastecimento de água, saneamento e higiene. No âmbito da implementação do Quadro da Gestão Delegada dos sistemas principais de abastecimento de água, investimentos significativos têm sido realizados nas principais cidades, resultando na melhoria da qualidade e na extensão dos serviços para as áreas periféricas. A gestão e a viabilidade destes sistemas estão a tornar-se cada vez mais sustentáveis, e na base disso, o subsector está a atrair financiamento suficiente para assegurar o futuro destes sistemas. A estratégia nacional de desenvolvimento atribui às pequenas cidades e vilas o papel de pólos de crescimento secundários, com capacidade de concentrarem importantes actividades económicas. Esta estratégia implica que o Estado deverá garantir intervenções e investimentos direccionados de modo a torná-los atractivos às empresas e empreendedores. A provisão de bons serviços de água e saneamento constitui condição fundamental para a materialização dessa visão. Neste sentido, a experiência do Quadro de Gestão Delegada está sendo consolidada e aplicada gradualmente aos sistemas de abastecimento de água das pequenas cidades e vilas. Contudo, não foi possível alcançar impactos significativos até agora, uma vez que as instituições a serem estabelecidas para o efeito encontram-se ainda em formação, e a disponibilidade de fundos de investimento está muito limitada ainda. A sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água continuará a ser promovida através do envolvimento de entidades autónomas, operadores privados ou serviços autónomos municipais operando com base em princípios comerciais. Deverá ser assegurada a separação das funções de governação, de gestão do património de domínio público, da prestação do serviço, e da regulação, de forma a reforçar-se a acção supervisora e dar garantia do bom serviço público ao cidadão. No âmbito do saneamento urbano, os Municípios e Administrações Distritais têm o papel de liderança, mas, apesar de alguns investimentos realizados em infraestruturas de drenagem e esgotos, estes Governos Locais carecem de financiamento e capacidade técnica para assegurar o saneamento adequado para toda a população, especialmente nas zonas peri-urbanas das grandes cidades. No contexto do crescimento acelerado destes assentamentos, torna-se urgente introduzir medidas sistemáticas de melhoria do saneamento, para salvaguardar a saúde e a dignidade das populações. Para serem efectivas, as intervenções terão que ser realizadas a nível dos bairros e agregados familiares individuais, em parceria com as famílias, as organizações comunitárias, pequenos empreendedores, e as estruturas locais de governação. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 3

4 Embora se reconheça o papel fundamental dos Governos Locais no planeamento, investimento e supervisão dos serviços de água e saneamento, as suas capacidades para assumirem esse papel continuam insuficientes. É portanto necessário realinhar os papéis dos Governos Central, Provinciais e Locais, e as agências especializadas do sector, de acordo com as suas capacidades e atribuições legais. Isto não implica a entrega incondicional de toda a responsabilidade para o abastecimento de água aos Governos Locais, mas sim a definição e formalização das responsabilidades e dos relacionamentos entre todas as partes, enquanto no âmbito do saneamento passa pela capacitação dos Governos Locais e seus parceiros. 1.2 Enquadramento Legal A descentralização das funções é uma prioridade do governo e tem por objectivo garantir a provisão ao cidadão de serviços públicos de boa qualidade, pelo aumento da participação das comunidades nos processos de decisão, prestação de contas e maior responsabilização dos funcionários e agentes locais do estado. O processo de descentralização começou em 1994, com a aprovação da legislação promovendo a gradual descentralização da autoridade para os Governos Distritais e Municipais. Esse pacote legislativo inclui a definição do quadro institucional dos Distritos Municipais (Lei 3/94), a criação dos Governos Locais (Lei 9/96), a Lei das Autarquias Locais (Lei 2/97, complementada pelas Leis 7 a 10/97), a Lei das Finanças Municipais (Lei 11/97, que atribui aos Municípios a competência para investir em sistemas de abastecimento de água e saneamento básico) e a estrutura orgânica do Governo Distrital (Decreto 6/06). Mais tarde, a competência própria dos órgãos locais para realizarem investimentos no abastecimento de água, de forma progressiva, foi reforçada pela Lei 8/03 de 2003 e a Lei 1/2008. O carácter progressivo da transferência das responsabilidades deverá ser acompanhado da transferência, pelos serviços do Estado, de recursos financeiros e competências aos Governos Locais, à medida das necessidades de cada um. As Leis 2/97 e 11/97 definem as competências dos diferentes órgãos das Autarquias de prestar serviços públicos e especificam que os Municípios podem criar Serviços Autónomos ou Empresas Públicas Autárquicas para satisfação das necessidades colectivas das respectivas populações, quando de interesse relevante para a colectividade ou se mostre a solução mais eficiente Documentos Normativos e Regulamentos Sectoriais Os principais documentos normativos que regem a gestão dos serviços urbanos de água potável e saneamento são: A Lei das Águas (Lei n 16/91 de 03 de Agosto de 1991) A Política Tarifária de Águas (Resolução 60/98 de 23 de Setembro de 1998) O Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais (Decreto 30/03 de 01 de Julho de 2003) A Política de Águas (Agosto de 2007) A Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 4

5 a) Lei de Águas Ao Estado competirá implementar progressivamente uma política de gestão da água orientada para a realização dos seguintes objectivos: Abastecimento contínuo e suficiente das populações em água potável, para a satisfação das necessidades domésticas e de higiene; Promoção, segundo as prioridades e necessidades da acção governamental, de acções de investigação, de pesquisa e de captação destinados a aumentar o volume global dos recursos disponíveis; Melhoria do saneamento, luta contra a poluição e deterioração da qualidade da água e na prevenção de efeitos nocivos da água. b) Política de Águas A Política de Águas pretende alcançar a médio (2015) e longo (2025) prazos os seguintes objectivos principais: A satisfação das necessidades básicas do consumo humano de água na base de um abastecimento de água potável seguro e fiável, e a longo prazo uma cobertura universal e um melhor nível de serviço. O melhoramento do saneamento como ferramenta essencial para a prevenção de doenças de origem hídrica, e melhoria da qualidade de vida e conservação ambiental. A meta última de longo prazo é contribuir para se atingir o acesso universal a serviços de saneamento que podem variar desde uma latrina melhorada à ligação a uma rede de esgotos. Os sistemas de drenagem pluvial devem também ser melhorados. A extensão do Quadro da Gestão Delegada do Abastecimento de Água aos sistemas inicialmente não abrangidos pelo mesmo, visando a reestruturação, autosustentabilidade e a integração dos serviços de saneamento. c) Política Tarifária O sistema tarifário aplicável ao abastecimento de água urbano é particularizado para cada sistema de abastecimento de água para que as tarifas sejam diferenciadas em função das condições particulares de produção e gestão. Os principais objectivos são: Recuperar os custos de operação e manutenção a curto prazo Iniciar a recuperação dos custos de investimento a médio prazo Aumentar a cobertura a fim de reduzir as despesas com a água para as camadas de baixa renda Promover a descentralização do serviço e a sua sustentabilidade Na estrutura tarifária haverá uma componente fixa, independente do consumo, e uma componente variável, que será volumétrica (associada ao volume de água medido) e fixada em função do custo médio de produção de água. A tarifa para fontanários será fixada observando unicamente critérios volumétricos e será determinada por cada sistema de água. Deverá ser uma tarifa social. Com respeito ao saneamento, a política tarifária estabelece que as tarifas e taxas dos sistemas de saneamento em rede (águas residuais e drenagem pluvial) devem aproximar-se os custos de operação, manutenção e gestão. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 5

6 O lançamento de águas residuais em rede pública de esgotos, será pago de modo proporcional ao volume de água consumida, havendo tarifas diferenciadas para os utilizadores domésticos, ou equiparados e industriais. A utilização das redes públicas de drenagem pluvial será paga pelos respectivos beneficiários sob a forma de uma taxa anual agregada à contribuição predial. Para o saneamento localizado, especifica-se que o método de cálculo e a forma de recuperação dos custos serão definidos localmente. d) Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos A Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos realça a gestão como assunto que envolve transversalmente vários sectores e daí a necessidade da coordenação intra e intersectorial na gestão integrada dos recursos naturais, como o são os recursos hídricos. Destaca a localização de Moçambique, como país de jusante em relação as bacias hidrográficas da região e que mais de 50% do escoamento superficial total são gerados nos países vizinhos. e) Regulamentos dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais O Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais é um conjunto de disposições técnicas de distribuição pública de água (Título I), e de drenagem pública de águas residuais (Título II). O Regulamento inclui também disposições com referência ao estabelecimento e exploração de sistemas públicos de distribuição de água e de drenagem de águas residuais (Título III), e à segurança, higiene e saúde no trabalho durante a exploração (Título IV). Paralelamente, o Regulamento dos Sistemas Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais é um conjunto de condições técnicas relativo aos sistemas prediais de distribuição de água (Título I) e aos sistemas prediais de drenagem de águas residuais (Título II). O Regulamento inclui também disposições com referência ao estabelecimento e exploração de sistemas de distribuição predial de água e de drenagem predial de águas residuais (Título III). 1.3 Institucional O Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH) é a instituição do Governo, a nível central, com autoridade sobre as obras públicas e a gestão dos recursos hídricos, que dirige e controla superiormente as actividades do sector de águas. A Direcção Nacional de Águas (DNA) é o órgão central do MOPH responsável pelo abastecimento de água potável às populações, pelo saneamento e pela gestão dos recursos hídricos. Ao abrigo dos Decretos n o 72/98 de 23 de Dezembro e 18/2009 de 13 de Maio, foram institucionalizados organismos e mecanismos legais em que a participação de entidades de direito privado na gestão do serviço público de abastecimento de água se estrutura. Pelo Decreto n o 73/98 de 23 de Dezembro o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) tem a responsabilidade de investir e assegurar a operação dos sistemas principais de abastecimento de água. Pelo Decreto n o 19/2009 de 13 de Maio foi criada a Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS) para tomar responsabilidade para os sistemas Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 6

7 secundários de abastecimento de água, e pelas redes de esgotos em todas as áreas urbanas. O mesmo Decreto cria um órgão consultivo a nível provincial, o Conselho Provincial de Água e Saneamento. Para exercer as suas funções nas províncias a AIAS irá criar e estabelecer delegações. No âmbito da criação do Quadro de Gestão Delegada, foi ainda criada pelo Decreto nº 74/98 de 23 de Dezembro, o Conselho de Regulação de Abastecimento de Água (CRA), uma instituição reguladora que tinha a responsabilidade de regular as operações dos serviços de água e as relações entre o FIPAG e o operador privado, em particular no que diz respeito às tarifas ao consumidor, qualidade dos serviços e programas de expansão das redes. Conforme o Decreto 18/2009, é alargado o mandato do CRA à regulação de todos os sistemas públicos de distribuição de água e de drenagem de águas residuais em moldes e regimes regulatório apropriados às condições técnicas e de gestão específica dos sistemas. 1.4 Objectivo da Estratégia de Água e Saneamento Urbano O objectivo da Estratégia de Água e Saneamento Urbano é de orientar a implementação efectiva dos objectivos principais da Política de Águas nestas áreas. No domínio do abastecimento de água, o objectivo é atingir a meta de médio prazo (2015) definida pelo Governo no âmbito das Metas de Desenvolvimento do Milénio, de 70% de cobertura, servindo cerca de 6,6 milhões de pessoas; e a longo prazo (2025), atingir a cobertura universal e assegurar a sustentabilidade. Constituem objectivos do saneamento nas áreas urbanas, aumentar a cobertura em 2015 para aproximadamente 67%, representando cerca de 6,3 milhões de pessoas, e em 2025 se ir aproximando gradualmente da cobertura universal. O alcance destas metas depende da realização simultânea de objectivos de desenvolvimento institucional, com vista a aumentar a eficiência dos sistemas para garantir que, a médio prazo, as comunidades servidas por um sistema de abastecimento de água seguro e fiável tenham acesso a um serviço de saneamento adequado em cada casa. 1.5 Metodologia para a Elaboração da Estratégia Esta estratégia foi elaborada por um grupo de trabalho constituído por quadros seniores do sector e parceiros que apoiam o sector de águas. A supervisão e direcção estratégica foram feitas por um grupo directivo constituído para o efeito, pelo MOPH. Para além dos documentos estratégicos do sector e leis afins, a principal fonte de informação e derivação das estratégias foi o processo de consulta sobre água e saneamento urbano realizado pelo MOPH através da DNA. Entre 2006 e 2008 o MOPH, através da DNA, levou a cabo um amplo processo de consulta que visava a elaboração do Plano Estratégico de Água e Saneamento Urbano, que teve o envolvimento de actores chaves e técnicos do sector em diferentes estágios do processo. Mais especificamente, foram feitos estudos especializados, visitas de campo a algumas vilas e cidades do país, encontros periódicos com um comité técnico formado por pessoas das instituições do sector e de outras instituições relevantes (MAE, Conselho Municipal da Cidade de Maputo, MPD, MISAU), encontros periódicos com um comité de supervisão formado pelos presidentes e directores de instituições autónomas do sector, entrevistas com pessoas e instituições chave do Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 7

8 sector, incluindo das vilas. Realizaram-se três reuniões de consulta com representantes das vilas, dos Municípios, Governos Distritais, Direcções Provinciais de Obras Públicas e Habitação e academias. Também foram realizados dois painéis de especialistas sobre assuntos institucionais e de saneamento. 2 Abastecimento de Água em Áreas Urbanas e Peri-urbanas 2.1 Alcance do Serviço Universal Declaração O serviço universal do abastecimento de água urbano é um objectivo a alcançar até 2025, para a melhoria da saúde e das condições de vida da população, libertando capacidade humana para usos produtivos e sociais, e contribuindo fundamentalmente para a redução da pobreza urbana. A meta de longo prazo é o acesso universal da população urbana a uma ligação domiciliária. Contudo, a médio prazo, continuar-se-á a garantir o acesso das pessoas mais carenciadas a uma fonte pública de água segura. Em partes das zonas periféricas e nalgumas pequenas cidades e vilas, que têm características rurais, e onde não existe nenhum sistema de água canalizada, garantir-se-á o acesso pelo menos a fontes equipadas com bomba manual. O nível mínimo de serviço a ser garantido nas áreas urbanas é o acesso a pelo menos 20 litros por pessoa por dia de água potável, a uma distância máxima de 250m, independentemente do tipo de infraestrutura e fonte de água usada Política e Legislação Aplicáveis No que se refere ao abastecimento de água nas áreas urbanas e peri-urbanas, os principais objectivos da Política de Águas são: Atingir a meta de médio prazo (2015) definida pelo Governo no âmbito das Metas de Desenvolvimento do Milénio, de 70% de cobertura, o que corresponde à extensão do serviço a cerca de dois milhões e meio de novos consumidores adicionais às quase quatro milhões actualmente servidas; A longo prazo, atingir uma cobertura universal nas áreas urbanas e peri-urbanas; Aumentar a eficiência dos sistemas de abastecimento de água através de programas de redução de fugas e outras perdas; Assegurar a sustentabilidade dos sistemas a longo prazo Estratégias (i) Assegurar o direito à água para todos, sustentando custos aceitáveis de acesso ao serviço domiciliário e mantendo um escalão social com tarifas ao alcance da capacidade em pagar dos grupos de mais baixa renda, por meio de subsídio cruzado do sistema tarifário. (ii) Continuar com os programas de desenvolvimento de serviços de abastecimento de água urbana nos Municípios em todas as áreas de jurisdição dos mesmos, como sejam as áreas peri-urbanas e periferias semi-rurais. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 8

9 (iii) Dar uma elevada prioridade à garantia de um serviço de abastecimento de água estável e continuado, em todos os municípios e sedes de distrito, com base nos princípios de gestão autónoma, comercial e regulada do serviço. (iv) Desenvolver circuitos de distribuição de água em alta como parte do desenvolvimento dos serviços de provisão de água às áreas periféricas nas grandes áreas metropolitanas. (v) Reconhecer e regular serviços alternativos considerados adequados, sempre que tal seja relevante, incluindo a revenda aos vizinhos, torneiras compartilhadas, quiosques, e bombas manuais nas periferias semi-rurais das cidades. 2.2 Desenvolvimento das Funções de Gestão do Património e de Regulação Declaração O abastecimento de água é fundamentado na separação das funções de governação, de gestão do património de domínio público, da prestação do serviço, e da regulação, de forma a garantir um bom serviço público ao cidadão. No desenvolvimento da função de gestão do património, será seguido o princípio da subsidiariedade, sempre assegurando uma intervenção racional, integrada e coordenada das entidades com competências nesta área, nomeadamente através de mecanismos de decisão conjunta e envolvendo as entidades competentes a vários níveis Política e Legislação Aplicáveis A Política de Águas define o seguinte: Os provedores informais do serviço de abastecimento de água nas áreas periurbanas serão enquadrados através duma estratégia de licenciamento, regulação e apoio. Os Governos Locais deverão ser plenamente consultados nas decisões sobre o abastecimento de água às suas áreas de jurisdição. A expansão das redes de abastecimento de água deverá ser consistente com os planos de desenvolvimento urbano aprovados. Para garantir a sustentabilidade e o uso racional dos recursos hídricos, será promovida a participação das comunidades e utentes de água, de forma que as soluções adoptadas correspondam aos desejos e capacidade económica das comunidades. O grau e formas de participação serão adaptadas as condições locais e ao nível do serviço prestado. Pela lei 1/2008, sobre o regime financeiro, orçamental e patrimonial dos Municípios, os utentes podem ter representação assegurada nas entidades prestadoras de serviços públicos de âmbito autárquico na forma e nos termos estabelecidos em postura local, participando na decisão sobre planos e programas de expansão de serviços, revisão da base de cálculo dos custos operacionais, estrutura tarifária, nível de atendimento da procura, em termos, quer quantitativos, quer qualitativos, e mecanismos de atendimento de petições e reclamações dos utentes. Os Decretos 18/2009 e 19/2009 de 13 de Maio, alargam o âmbito do Quadro de Gestão Delegada para as pequenas cidades e vilas, e abrangem também o Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 9

10 saneamento urbano. Estabelecem um gestor do património ao nível central e órgãos descentralizados ao nível das províncias. O âmbito da regulação também foi expandido, e conta com o envolvimento dos Governos Locais Estratégias (i) Desenvolver programas específicos de habilitação dos Governos Locais para que participem com eficácia na monitoria e priorização da expansão dos serviços e no acompanhamento dos contratos de operação. (ii) Assegurar a participação das autarquias e autoridades locais abrangidas na estrutura de governança da agência central de gestão do património. (iii) Capacitar os Governos Provinciais na coordenação e viabilização dos serviços de abastecimento de água, e no enquadramento e supervisão dos provedores de serviço nos sistemas secundários que servem os municípios e sedes de distrito, através de: Intervenção, apoio técnico e financeiro e acompanhamento de uma entidade central vocacionada para o efeito; e Criação gradual de entidades provinciais com capacidade de intervenção neste processo, coordenados e apoiados pelo nível central. (iv) Capacitar a agência central de gestão do património dos sistemas secundários e apoiar as entidades provinciais, distritais e municipais de modo a estabelecer uma reciprocidade proactiva nos principais processos de gestão, operação e regulação. (v) Desenvolver um quadro de regulação de acordo com o grau de autonomização do serviço e um regime regulatório, partilhado, que por um lado salvaguarde a integração da função regulatória, mas que por outro assegure a acessibilidade local junto ao consumidor, às autoridades locais e ao prestador do serviço, por via de delegação de poderes do Regulador Central a agentes locais. (vi) Estabelecer mecanismos de informação e consulta regular aos consumidores e autoridades locais e provinciais pelo Regulador Central. 2.3 Desenvolvimento da Função de Prestação de Serviço Declaração A gestão dos sistemas de abastecimento de água das pequenas cidades, vilas e povoações será reforçada através do envolvimento de entidades autónomas ou operadores privados. O sector privado deverá ser envolvido tanto quanto possível, aumentando o seu papel nas áreas onde já está presente, assim como na abertura de novas áreas para as suas actividades Política e Legislação Aplicáveis Os sistemas de abastecimento de água, desde as grandes cidades aos pequenos sistemas de abastecimento de água, devem ser geridos por instituições autónomas operando com base em princípios comerciais, visto que tal é uma condição Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 10

11 necessária para a sustentabilidade dos sistemas e para a recuperação dos investimentos. Para estas instituições autónomas, o sector privado será envolvido Estratégias (i) Prestar o serviço de abastecimento de água, nos sistemas principais e secundários, através de instituições autónomas operando com base em princípios comerciais, de modo a garantir a sustentabilidade dos sistemas. (ii) Fomentar e consolidar o surgimento de operadores nacionais através de facilidades de assistência técnica e financeira e do desenvolvimento dum mercado de serviços técnicos de apoio aos operadores, assegurando a realização de economias de escala. (iii) Consolidar o processo de profissionalização e autonomização dos operadores dos sistemas principais, através de: Agrupamento dos sistemas em regiões operacionais e subsequente autonomização, por via da criação de sociedades de direito privado com crescente participação do sector privado nacional, Desenvolvimento dos serviços em grandes áreas metropolitanas com uma abordagem específica que combine uma participação preponderante do sector privado nacional com a aquisição de capacidades tecnológicas especializadas e, com envolvimento do Estado na garantia do processo. Serão criadas oportunidades para os pequenos e médios operadores servirem zonas periféricas com recurso a sistemas independentes ou a partir de fornecimento de água em alta dos adutores principais. (iv) Fomentar o estabelecimento rápido de capacidade para a gestão profissionalizada e autónoma dos sistemas secundários, adoptando soluções diferenciadas e progressivas, através de: Um programa para o vocacionamento de empreendedores locais, para exploração dos sistemas de abastecimento de água, em gestão delegada; Promoção do empreendedorismo de técnicos nacionais, com capacidade e competência demonstrada, para assumirem a gestão em regime comercial dos serviços, e eventualmente se associar a empresários nacionais interessados; Facilitação da entrada expedita de operadores privados julgados competentes na gestão delegada dos serviços de acordo com a legislação em vigor; Caso não for possível implementar a Gestão Delegada, a gestão pode ser feita transitoriamente pela entidade provincial responsável pela gestão do património, com o apoio da respectiva agência central. (v) Proteger a estabilidade dos contratos de Gestão Delegada, mitigando o risco do negócio e assegurando o cumprimento dos termos contratuais, nomeadamente por meio da intervenção do regulador. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 11

12 2.4 Estratégia de Financiamento Declaração Nos sistemas principais e secundários, o Governo será a principal fonte de investimentos para a reabilitação e expansão das infra-estruturas. O critério de elegibilidade deverá ser definido com ênfase na sustentabilidade dos investimentos. Será promovida a participação dos Municípios e dos operadores como parceiros nos investimentos Políticas e Legislação A Política de Águas refere que os sistemas devem visar a recuperação dos custos da operação e manutenção e uma provisão para renovar e substituir os bens de tempo de vida curto. Nos sistemas onde não for possível garantir a cobrança de tarifas para suportar os custos operacionais e para que a população local não seja privada da água, o Governo e os Municípios garantirão o serviço mínimo mantendo a gestão autónoma dos serviços de abastecimento de água. As tarifas para o abastecimento de água urbano devem ser diferenciadas por cada sistema. A tarifa para uso doméstico deve cobrir pelo menos os custos de operação, manutenção e gestão, tendendo à recuperação total dos custos a longo prazo Estratégias (i) Determinar os níveis de serviço e tarifas de tal modo que sejam acessíveis aos diferentes grupos de consumidores, assegurando a auto-sustentabilidade da provisão do serviço público, nomeadamente na sustentação dos custos de exploração, manutenção e reposição do equipamento e ainda dos custos de regulação. (ii) Criar capacidade de sustentação de investimentos por meio de donativos ou créditos, para assegurar o desenvolvimento dos sistemas de abastecimento de água. (iii) Criar um mecanismo para a comparticipação dos sistemas secundários nos custos de gestão do património. (iv) Estabelecer um programa de investimento para massificar as intervenções em sistemas secundários a ser implementado a três níveis: Investimentos de pequeno porte para evitar a paralisação dos sistemas e facilitar a organização inicial dos serviços em todos os sistemas das sedes distritais em situação precária; Investimentos de médio porte, condicionados ao bom desempenho ao nível local na melhoria dos serviços e na autonomização da operação e gestão; Investimentos maiores e mais estruturados de expansão da infra-estrutura, com estudos detalhados, em sistemas com elevado potencial de sustentabilidade. (v) Desenvolver mecanismos que incentivem e viabilizem investimentos do sector privado na reabilitação, expansão, operação e gestão dos sistemas, incluindo medidas de mitigação dos riscos do mercado. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 12

13 Para os sitemas de abastecimento de água no geral estima-se que sejam necessários milhões de meticais (693 milhões de dólares americanos) até 2015 e milhões de meticais (1.845 milhões de dólares americanos) de 2016 a Saneamento em Áreas Urbanas e Peri-urbanas 3.1 Alcance do Serviço Universal Declaração O serviço universal de saneamento urbano é um objectivo a alcançar até 2025, para a melhoria da saúde e das condições de vida da população, libertando capacidade humana para usos produtivos e sociais, e contribuindo fundamentalmente para a redução da pobreza urbana. O saneamento nestes termos inclui todo o conjunto de mecanismos, serviços e tecnologias, que constituem o processo que abrange a deposição de excreta e águas usadas, e o seu esvaziamento, transporte, tratamento e disposição final Políticas e Legislação Aplicável Os principais objectivos da Política de Águas referentes ao saneamento urbano são: Aumentar a cobertura em 2015 para aproximadamente 67% nas áreas urbanas, representando cerca de 6,3 milhões de pessoas, de forma a atingir as metas definidas pelo Governo como as suas Metas de Desenvolvimento do Milénio; Aumentar a cobertura a longo prazo para se ir aproximando gradualmente da cobertura universal; Garantir que a médio prazo as comunidades servidas por um sistema de abastecimento de água seguro e fiável tenham acesso a um serviço de saneamento adequadas em cada casa; Garantir a adopção de práticas de higiene adequadas ao nível da família, comunidade e escolas; Recuperar os custos da operação, manutenção e gestão nos centros urbanos através de tarifas e taxas de saneamento e melhorando a gestão dos serviços de saneamento; Priorizar o melhoramento dos sistemas primários da drenagem pluvial onde as cheias e a erosão provocam as situações mais críticas, ficando as intervenções nos sistemas secundários e terciários condicionados pela ocupação do solo e pelo melhoramento da rede de estradas. Nas áreas urbanas, será dada prioridade à melhoria do nível do serviço fornecido, através da reabilitação e manutenção das infra-estruturas existentes. Para a expansão das infra-estruturas para águas residuais e drenagem de águas pluviais, a prioridade irá para as áreas urbanas onde se estão a seguir os planos de urbanização. Na ausência de uma estação de tratamento de águas residuais, deverá ser dada prioridade aos sistemas de tratamento por fossas sépticas e drenos de infiltração quando as condições do solo o permitam. Nas áreas peri-urbanas, as actividades de saneamento serão principalmente dirigidas às famílias e comunidades para garantir um nível mínimo de serviços de saneamento, a latrina melhorada. Será dada atenção especial a famílias pobres, a áreas com alta incidência de diarreia e cólera e zonas com um pobre saneamento ambiental. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 13

14 3.1.3 Estratégias (i) Conceber e gerir o saneamento urbano como um processo que vai desde a deposição de excreta e águas usadas até o seu tratamento e disposição final. (ii) Assegurar a disponibilidade e continuidade, a preços acessíveis aos respectivos utentes, do serviço público de saneamento, que inclui: Promoção de boas práticas higiénicas e do uso e melhoramento de latrinas, Assistência técnica e facilitação do financiamento da construção de latrinas, Recolha, transporte, disposição e tratamento higiénico das lamas sépticas, Manutenção e gestão das redes de esgotos e de drenagem, Protecção do meio ambiente contra os efeitos dos efluentes poluentes. (iii) Planificar e investir de forma integrada no saneamento das áreas urbanizadas e das peri-urbanas, e incluir o saneamento explicitamente em todos os planos de desenvolvimento urbano. (iv) Planificar o desenvolvimento das infra-estruturas de saneamento com a participação dos utentes, e realizar as obras privilegiando o uso intensivo da força de trabalho. (v) Estudar e desenvolver tecnologias viáveis para a deposição, esvaziamento, transporte, tratamento e disposição de excretas de forma segura. (vi) Desenvolver programas sistemáticos de saneamento escolar, de modo a reforçar os programas de promoção de higiene e saneamento. 3.2 Desenvolvimento do Papel da Governação na Gestão do Saneamento Declaração Os serviços de saneamento são, pela sua natureza, ligados ao lugar da sua prestação. Sendo as autoridades locais as gestoras do solo, são elas que têm a competência de gerir estes serviços. Para assegurar o bom desempenho destas responsabilidades, estabelecer-se-á de um lado um sistema de monitoria e acompanhamento, e de outro, mecanismos de apoio técnico e financeiro a essas autoridades locais Políticas e Legislação Aplicáveis Os Municípios e autoridades locais têm o papel principal no processo de tomada de decisão sobre a provisão de serviços de saneamento nas suas áreas de jurisdição, com o apoio e sob o quadro geral estabelecido pelo Governo. A expansão dos sistemas de saneamento deve estar em consonância com os planos de desenvolvimento local aprovados Estratégias (i) Fomentar o estabelecimento de capacidade para a gestão do saneamento nas cidades e vilas, adoptando soluções diferenciadas de acordo com o tamanho da urbe, criando Serviços Autónomos Municipais de Saneamento sempre que julgado apropriado. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 14

15 (ii) Capacitar a agência central de gestão do saneamento e apoiar as entidades provinciais, distritais e municipais, de modo a estabelecer uma capacidade adequada a nível local nos principais processos de gestão e operação dos serviços de saneamento. (iii) Desenvolver programas de higiene e saneamento em estreita parceria com as estruturas dos governos locais, aplicando uma abordagem integrada e participativa no planeamento, monitoria, promoção e controlo. (iv) Capacitar os Governos Provinciais na coordenação, viabilização e supervisão dos serviços de saneamento, através de: Intervenção, apoio técnico e financeiro e acompanhamento de uma entidade central vocacionada para o efeito; Criação gradual de entidades provinciais com capacidade de intervenção neste processo, com o apoio do nível central. (v) Desenvolver um quadro de regulação do saneamento de acordo com o grau de autonomização do serviço. 3.3 Desenvolvimento da Função de Prestação de Serviços de Saneamento Declaração Um serviço efectivo de saneamento urbano só pode ser prestado com a participação activa de todos os parceiros relevantes, desde a comunidade até os prestadores públicos e privados de serviços, e as autoridades locais. O papel dos Governos Locais é fundamental para assegurar a coordenação e colaboração efectivas dos parceiros. Estabelecer-se-ão mecanismos aos níveis locais, provincial e nacional para capacitar as autoridades locais, bem como as comunidades e os pequenos empreendedores prestadoras de serviços a este nível Políticas e Legislação Aplicáveis A operação, manutenção e gestão dos sistemas de saneamento em áreas urbanas deve ser feita por entidades autónomas como um serviço municipal, uma empresa municipal ou através dum contrato de gestão com uma empresa privada, operando com princípios comerciais, com vista a criar melhores condições de sustentabilidade. A sustentabilidade duma tal instituição poderá aumentar pela associação ao nível municipal com outros serviços tais como a gestão dos resíduos sólidos Estratégias (i) Desenvolver pacotes de negócios, para agentes locais, para prestação de serviços integrados de promoção, construção e esvaziamento de latrinas, recolha de resíduos sólidos, e manutenção dos sistemas locais de drenagem e protecção contra a erosão. (ii) Implementar programas de capacitação em larga escala do sector privado local na prestação de serviços de saneamento. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 15

16 (iii) Estabelecer um programa para fortalecer e enquadrar os serviços de esvaziamento de latrinas e fossas sépticas pelo sector privado e pelas organizações comunitárias. 3.4 Estratégia de Financiamento Declaração O Governo é a principal fonte dos grandes investimentos necessários para a reabilitação e expansão das infra-estruturas, canalizando-os tanto para as grandes cidades como para as cidades pequenas e vilas. Serão definidos critérios de elegibilidade com ênfase na sustentabilidade dos investimentos Políticas e Legislação Aplicáveis As instituições de regulação ou as autoridades competentes estabelecerão uma taxa ou tarifa de saneamento para cobrir os custos de operação, manutenção e gestão dos serviços. Onde se fizerem grandes investimentos e a taxa ou tarifa de saneamento não cobrir os custos da operação, manutenção e gestão dos serviços, serão escolhidos modelos de gestão que permitam cobrir esses custos. Nos sistemas que requerem reabilitação, o Governo e as autoridades locais irão assegurar um nível mínimo de serviço, mantendo sempre uma gestão autónoma Estratégias (i) Aumentar progressivamente a alocação orçamental para o saneamento e higiene até atingir os 0,5% do PIB, de acordo com a declaração Ministerial de ethekwini. (ii) Assegurar que, sempre que possível, em centros urbanos onde estejam garantidas condições mínimas de operação e manutenção dos serviços de água, o investimento em saneamento seja de pelo menos 50% do investimento a realizar no abastecimento de água. (iii) Estabelecer um programa de investimento no saneamento urbano, cabendo à agência central a promoção dos investimentos. (iv) Estabelecer um mecanismo para o financiamento do saneamento, condicionando alocação de fundos, sempre que possível à comparticipação dos Governos Locais e ao seu bom desempenho na prestação dos serviços de saneamento. (v) Introduzir uma taxa de saneamento, em princípio cobrada nas facturas de água, para financiar a operação e manutenção do serviço público de saneamento, de acordo com o padrão e qualidade do serviço a prestar e o grau de autonomia da entidade responsável. Esta taxa não será aplicável ao escalão de consumo doméstico de tarifa social. (vi) Criar mecanismo para que o Fundo de Desenvolvimento Local promova a intervenção dos empreendedores locais na prestação de serviços de Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 16

17 saneamento, a nível dos bairros, como parte da estratégia de promoção do auto-emprego e combate à pobreza urbana. (vii) Desenvolver mecanismo de financiamento aos empreendedores locais, para suavizar o custo das infra-estruturas, promover a auto-construção para famílias de baixa renda e apoiar os serviços de esvaziamento de latrinas. Para o saneamento no geral estima-se que sejam necessários milhões de meticais (682 milhões de dólares americanos) até 2015 e milhões de meticais (1,368 milhões de dólares americanos) de 2016 a Medidas de Implementação 4.1 Desenvolvimento Institucional 1. Fortalecer a capacidade das instituições centrais, provinciais e locais de gestão do saneamento e do património dos sistemas secundários de abastecimento de água. 2. Abrir espaço administrativo e orçamental para os Governos Locais contratarem pessoal suficiente para gerir os serviços de saneamento urbano. 3. Introduzir disposições para assegurar a participação efectiva dos Governos Locais nas estruturas de governança das agências centrais e provinciais de gestão do património. 4.2 Abastecimento de Água em Áreas Urbanas e Peri-urbanas 1. Estabelecer um programa de investimento para os sistemas secundários, a ser implementado a três níveis: Investimentos de pequeno porte para evitar a paralisação dos sistemas e facilitar a organização inicial dos serviços em todos os sistemas das sedes distritais em situação precária; Investimentos de médio porte, condicionados ao bom desempenho ao nível local na melhoria dos serviços e na autonomização da operação e gestão; Investimentos maiores e mais estruturados de expansão da infra-estrutura, com estudos detalhados, em sistemas com elevado potencial de sustentabilidade. 2. Criar facilidades para promover o empreendedorismo de técnicos nacionais através da assumpção da gestão dos serviços em regime comercial. 3. Introduzir instrumentos legais para possibilitar a entrada expedita de operadores privados julgados competentes na gestão delegada dos serviços de acordo com a legislação em vigor. 4. Trabalhar com as instituições financeiras no país para desenvolver um sistema de garantias parciais para facilitar a cessão de empréstimos a operadores privados. 5. No caso dos sistemas secundários, estabelecer delegações da agência central de gestão do património ao nível das províncias, das funções da contratação de operadores e do acompanhamento da prestação do serviço. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 17

18 6. Fomentar a criação de uma associação nacional de operadores. 4.3 Saneamento Urbano e Peri-urbano 1. Fazer uma alocação orçamental específica no OE para o saneamento, e estabelecer um mecanismo de alocação de fundos condicionada, sempre que possível, à comparticipação dos Governos Locais e ao seu bom desempenho na prestação dos serviços de saneamento. 2. Aplicar gradualmente uma taxa de saneamento às facturas de água acima da escalão de consumo doméstico de tarifa social, em todas as áreas urbanas, transferindo os fundos sistematicamente às entidades locais com responsabilidade pelo saneamento. 3. Implementar um programa de pesquisa, em colaboração com instituições académicas, para identificar as tecnologias apropriadas para estações de tratamento de lamas sépticas. 4. Estabelecer a capacidade de esvaziamento de latrinas e fossas sépticas através de soluções baseadas em empreendedores locais e/ou organizações comunitárias, e implementar um programa de pesquisa e construção de estações de tratamento de lamas sépticas nas principais cidades. 5. Efectuar uma inventariação detalhada das condições das redes de esgotos e dos sistemas de drenagem das águas pluviais, priorizar as intervenções identificadas e elaborar projectos executivos das obras priorizadas. 4.4 Regulação 1. Introduzir os instrumentos legais necessários para uma regulação mais efectiva do serviço nas periferias urbanas servidas pelos sistemas primários e nos sistemas secundários, nomeadamente através da delegação dos poderes do CRA a agentes locais. 2. Reforçar o desenvolvimento de soluções e níveis de serviço adequadas e ao alcance dos grupos de mais baixa renda, ao nível tecnológico e de tarifas, em colaboração entre as entidades de regulação e de gestão do património de abastecimento de água, e os Governos Locais. 4.5 Financiamento Como fonte de financiamento para a implementação da Estratégia ter-se-á o Orçamento do Estado, o qual deverá ser reforçado através da mobilização de fundos dos parceiros de cooperação, quer em forma de crédito quer em forma de donativo. Para a implementação das acções do abastecimento de água estimam-se necessários e milhões de meticais (693 e milhões de dólares) américanos, de 2011 a 2015 e 2016 a 2025 respectivamente, enquanto para o saneamento, nos mesmos períodos são estimados e milhões de meticais (682 e milhões de dólares américanos), respectivamente. As metas de cobertura e estimativas dos custos de alcançá-las (expressos em US$ milhões) apresentam-se na tabela a seguir. Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 18

19 Água Saneamento Metas de Cobertura Cidades pequenas e Vilas (Centros urbanos secundários) 4% 36% Universal 11% 32% Universal Cidades grandes (Centros urbanos principais) 64% 70% Universal 51% 80% Universal Investimento (Milhões de meticais e milhões de US$ equivalentes) Cidades pequenas e Vilas (Centros urbanos secundários) Cidades grandes (Centros urbanos principais) Metical US$ equival Metical US$ equival Metical US$ equival Metical US$ equival Obras hidraúlicas Autoconstrução por famílias Investimento Total Aprovada na 42 a Sessão do Conselho de Ministros, 22 de Novembro de 2011 Pág. 19

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