Joaquim Negrita Fitas CEO Águas de Angola, SA Lobito, Luanda, Benguela, Huambo, Namibe*
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- Rachel Tomé Alvarenga
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1 Joaquim Negrita Fitas CEO Águas de Angola, SA Lobito, Luanda, Benguela, Huambo, Namibe* 13 a 16 de Setembro de 2011 Hotel de Convenções de Talatona Luanda Angola
2 Breve apresentação Águas de Angola é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente angolanos, constituída em Actualmente intervém como consultora para o desenvolvimento institucional e organizacional do sector, é entidade formadora reconhecida pelo IFAL e prestadora de assistência técnica à gestão e operação de utilities. Mais informações em
3 Existem oportunidades de parceria no aumento de cobertura nas zonas urbanas? O PAT Programa Água Para Todos pode ser atractivo para os privados? O que têm estes dois temas a ver um com o outro?
4 A Água em Angola: paradigma único e em construção Abundância do recurso natural água Proximidade das origens aos locais de consumo Baixa taxa de abstracção Prioridade política Disponibilidade orçamental para o investimento Crescimento das competências instaladas Gap institucional Gap infra-estrutural Gap Cultural Soluções importadas dificilmente vingarão
5 Histórico recente Criação da Secretaria de Estado das Águas, duas Direcções Nacionais (DNAAS e DNRH) e um Instituto (INRH). Programa Executivo do sector para Regresso da subordinação da SEA ao MINEA. Programa Água para Todos. Assinatura do contrato com o Banco Mundial para a implementação do PDISA. Construção de diversas infra-estruturas de reforço ao abastecimento nas zonas urbanas. Tendência de empresarialização das actividades de operação por parte das DPEA.
6 O Presente/Futuro Próximo Entrada em funcionamento de dezenas de Pequenos Sistemas de Abastecimento e Pontos de Água Continuação da construção de dezenas e dezenas de Pequenos Sistemas de Abastecimento e Pontos de Água Continuação das obras de reabilitação/expansão de sistemas e subsistemas urbanos Lançamento de inúmeras empreitadas de reforço da capacidade de produção / distribuição nas zonas urbanas Criação de empresas provinciais de abastecimento de água e saneamento (Entidades Gestoras)
7 O Presente/Futuro Próximo: o PAT O balanço mais recente do PAT aponta para os seguintes números: Cobertura a rondar os 44% da população (aprox. 3,4 milhões de consumidores) PA concluídos, 443 em execução, por executar. 178 PSA concluídos, 199 em execução, 722 por executar. De acordo com o programa de acção actualizado, o investimento total será, no final, de aproximadamente 105 biliões de kwanzas. O objectivo a alcançar fixa-se na cobertura de 80% da população.
8 O Presente/Futuro Próximo: Grandes Sistemas Em termos globais, os projectos estão previstos para a maioria das grandes cidades, num volume que ultrapassa, no médio prazo, um bilião de dólares americanos, originários de diversas fontes de investimento. Estes projectos estão em diversas fases (em curso, adjudicados, em fase de adjudicação, em fase de concurso ou ainda por lançar).
9 Modelos de PSP (Participação do sector privado) Privatização Nível de PSP BOT Concessão Cessão O&M Outsourcing AT Durações médias dos contratos
10 Modelo de Contrato da Entidade Gestora com a Entidade Privada Titularidade do Serviço Propriedade dos activos Fixos AT Assistência Técnica CG Contrato de Gestão CE Cessão de Exploração Pública Pública Pública Pública Pública Pública Pública Privado Investimentos Pública Pública Pública Privados CO Concessão Modelos de PSP (Participação do Sector Privado) Poderes de Exploração Pública Pública Privado Privado Operação e Gestão Pública Privada Privada Privada Cliente Concedente Concedente Consumidores Consumidores Risco Comercial Público Público Partilhado Privado Remuneração do Serviço Honorários Fixos Honorários Fixos e Desempenho Receitas do Mercado Consumidores Receitas do Mercado Consumidores Risco de Regulação Baixo Baixo Alto Alto Duração da Delegação 2 a 5 anos 5 a 8 anos 15 anos 25 a 35 anos 10
11 Qual o papel actual do sector privado neste cenário? Até ao presente, a PSP (participação do sector privado) tem-se mantido no nível mais básico da cadeia: fornecedores de bens e serviços empreiteiros. Está ainda por percorrer o caminho dos: Contratos de Gestão (dos mais variados modelos) BOT Cessões Concessões
12 Quais as vantagens da PSP? Mais uma vez: o que ébom noutros países não é forçosamente bom em Angola. A PSP pode, basicamente, permitir uma aceleraçãono aumento da eficiência no sector, através de: Transferência de competências; Enfoque real na redução de água não cobrada; Introdução de uma prática efectiva de tratamento e rejeição de efluentes; Introdução natural de benchmarking sectorial.
13 Quais os inconvenientes da PSP? Orientação para prazos mais curtos que os naturais no sector; Desequilíbrio entre os objectivos de serviço público e os objectivos de negócio;
14 O que podem fazer os sectores (Público e Privado) para criar verdadeiras sinergias? Sector Público: Cumprimento da legislação, nomeadamente da LCP e LPPP; Produção e aplicação de legislação sectorial fundamental; Reforço da institucionalização do sector; Criação de estruturas e mecanismos de regulação; Elevado nível de clareza e exigência contratual; Orientação para resultados e não para processos.
15 O que podem fazer os sectores (Público e Privado) para criar verdadeiras sinergias? Sector Privado: Atenção às especificidades; Enfoque no Longo Prazo; Orientação para a satisfação dos clientes (por enquanto consumidores); Cumprimento voluntário da legislação e regulamentação; Compromisso com a Qualidade e as Boas Práticas.
16 O que podem fazer os sectores (Público e Privado) para criar verdadeiras sinergias? Questão determinante (da competência e iniciativa do Sector Público, mas do interesse de ambos): A Água tem que ser, de uma vez por todas, entendida como um bem económico. É indispensável definir um modelo tarifário a nível nacional (o que não quer dizer uniforme). Estamos ao nível ainda de uma estrutura de preços, em que o nível de preços não é relevante. Devem aplicar-se princípios (da solidariedade, justiça social, garantia de acesso aos mais pobres), mas ao consumo do bem água está associado um custo. A subsidiação ao preço (naturalmente revista) deve ser aplicada a todos os sistemas de abastecimento.
17 O que podem fazer os sectores (Público e Privado) para criar verdadeiras sinergias? Os pressupostos anteriores condicionam a verificação das oportunidades indicadas a seguir, pois sem Enquadramento claro (político, legal, económico, social); Contratualização rigorosa; Orientação para objectivos; Regulação eficaz, A PSP num sector estratégico, sensível, VITAL, frustrará as expectativas.
18 A PSP no aumento da cobertura quantitativa e qualitativa nas zonas urbanas O crescimento quantitativo e qualitativo das zonas urbanas coloca desafios gigantescos às entidades gestoras (quando há entidades gestoras). O sector privado pode participar de forma significativa e com resultados, sem chegar às concessões. Exemplos (sempre na base de uma contratação cuidada): O&M de zonas de distribuição (consolidadas, em renovação, em expansão ou a construir); Realização de contratos específicos de outsourcing remunerados em função de resultados; Redução de água não cobrada; BOT de infra-estruturas de dimensões consideráveis.
19 Qual a possível atractividade do PAT para o sector privado? O PAT (Programa Água Para Todos) não foi desenhado para ser atractivo para o sector privado. Mas pode ser! Como? (para além do que foi proposto anteriormente) Desenvolver projectos tipo; Estruturar os concursos por lotes; Planificar e divulgar os investimentos a realizar; Incentivar a associação de competências a nível local; Associar o apoio à operação e a manutenção nos contratos.
20 Notas Finais O caminho faz-se caminhando. Uma marcha começa a com um simples passo. Se esse passo for dado na direcção errada, nunca se alcançar aráo destino. Se não iniciarmos a caminhada na hora certa, o destino pode mudar de sítio. s
21 Muito obrigado
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