Célula do Pontal do Paranapanema - SP Acompanhamento e Informação para o desenvolvimento rural

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1 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/2009 Gestão de Territórios Rurais Relatório Anual Célula do Pontal do Paranapanema - SP Acompanhamento e Informação para o desenvolvimento rural COORDENAÇÃO Luis Antonio Barone (Coordenador - FCT/UNESP) Everaldo Santos Melazzo (Prof. Colaborador - FCT/UNESP) Anderson Antonio da Silva (Técnico da Célula - FATEC-PP) Instituições: Presidente Prudente

2 COORDENAÇÃO Luis Antonio Barone (Coordenador - FCT/UNESP) Everaldo Santos Melazzo (Prof. Colaborador - FCT/UNESP) Anderson Antonio da Silva (Técnico de Célula - FATEC-PP) EQUIPE TÉCNICA Bolsistas de Apoio Técnico em Extensão - ATP Elisabeth Pereira Lima (FATEC-PP) Nara Paolichek (FATEC-PP) Raquel Arruda (FCT/UNESP) Thais Helena (FCT/UNESP) GRUPOS DE PESQUISA ENVOLVIDOS NERA (Núcleo de Estudos da Reforma Agrária); CEGET (Centro de Estudos de Geografia do Trabalho); GASPERR (Grupo Produção do Espaço e Redefinições Regionais); GAIA (Grupo de Pesquisa Interações na Superfície Terrestre, Água e Atmosfera); GEDRA (Grupo de Estudos de Desenvolvimento Rural e Agricultura); CEMESPP (Centro de Estudos e Mapeamentos da Exclusão Social para Políticas Públicas); GEPEP (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Popular). APOIO INSTITUCIONAL Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente - FATEC, vinculada ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza 2

3 Lista de figuras Pág. FIGURA 1 O território do Pontal no contexto do Estado de São Paulo FIGURA 2 Planta da fazenda (Grilo) Pirapó Santo Anastácio FIGURA 3 Exemplo de devastação do território do Pontal FIGURA 4 Mapa dos municípios que compõem o território do Pontal do Paranapanema com destaque para os assentamentos rurais FIGURA 5 UHE instaladas no território FIGURA 6 Municípios que compõem a região do Pontal do Paranapanema FIGURA 7 Biograma - identidade territorial FIGURA 8 Biograma capacidades institucionais FIGURA 9 Pontal do Paranapanema - municípios que receberam investimentos da SDT/MDA no período FIGURA 10 Uso e conservação do solo

4 Lista de quadros Pág. QUADRO 1 Identidade territorial QUADRO 2 Síntese dos dados de identidade territorial QUADRO 3 Índice - capacidades institucionais QUADRO 4 QUADRO 5 Existe um assessor técnico que apóie permanentemente a gestão do Colegiado?... No caso de não existir um assessor técnico, há algum outro técnico que apóie a ação do Colegiado? QUADRO 6 De que forma se realiza a seleção e a eleição dos membros do Colegiado? QUADRO 7 Quantas reuniões formais o Colegiado realizou desde a sua constituição? QUADRO 8 Com que freqüência a plenária do Colegiado se reúne? QUADRO 9 QUADRO 10 Como é avaliada a capacidade de decisão de cada um dos seguintes membros do Colegiado?... Quais mecanismos de comunicação são utilizados pelo Colegiado para informar suas ações e decisões à comunidade? QUADRO 11 Com que freqüência cada um dos seguintes temas são tratados no Colegiado? 57 QUADRO 12 QUADRO 13 QUADRO 14 QUADRO 15 QUADRO 16 QUADRO 17 QUADRO 18 QUADRO 19 Com que freqüência os problemas a seguir prejudicam o desempenho do Colegiado?... Qual o papel desempenhado pelo Colegiado na elaboração do diagnóstico territorial?... Foi elaborado algum documento que contenha uma visão de longo prazo do território (visão de futuro)?... Qual o papel desempenhado pelo Colegiado na elaboração da visão de futuro do território?... Caso o território tenha o Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável - PTDRS, qual foi o papel desempenhado pelo Colegiado Territorial na elaboração do mesmo?... Indique quais dos seguintes mecanismos são utilizados para a tomada de decisões no Colegiado... Quais ações são desenvolvidas pelo Colegiado para a gestão dos projetos de desenvolvimento territorial?... Em quais das seguintes áreas, os membros do Colegiado receberam capacitação? QUADRO 20 Índices

5 QUADRO 21 ICV territorial por segmento da população rural Pontal do Paranapanema QUADRO 22 Características do desenvolvimento QUADRO 23 Efeitos do desenvolvimento QUADRO 24 Índice de desenvolvimento sustentável QUADRO 25 Proposta de ações da CAI

6 Lista de tabelas TABELA 1 TABELA 2 TABELA 3 TABELA 4 TABELA 5 TABELA 6 TABELA 7 TABELA 8 TABELA 9 TABELA 10 TABELA 11 TABELA 12 TABELA 13 TABELA 14 Assentamentos rurais, segundo número de famílias... População total, urbana e rural e IDH e índice de Gini Educação e acesso a serviços Pontal do Paranapanema... Brasil - Avalie o nível de controle realizado pelos Conselhos Municipais na aplicação dos investimentos públicos Pontal - Avalie o nível de controle realizado pelos Conselhos Municipais na aplicação dos investimentos públicos Brasil - A prefeitura possui cadastro de imóveis rurais... Pontal - A prefeitura possui cadastro de imóveis rurais... Pontal - O município possui Secretaria de Desenvolvimento Rural, ou similar... Pontal - A Secretaria de Desenvolvimento Rural, ou similar, possui quadro de técnicos permanente Pontal - Quantas instituições de prestação de serviços tecnológicos (para apoio e melhoria das atividades produtivas) existem no município Pontal - Quem disponibiliza informações comerciais e de mercado no município Pontal - Quais os meios de divulgação das informações comerciais e de mercado no município Pág TABELA 15 Pontal - Nos últimos dois anos quais das seguintes normas foram expedidas pela prefeitura com o propósito de garantir a conservação dos recursos naturais do município TABELA 16 TABELA 17 TABELA 18 TABELA 19 TABELA 20 Pontal - Existem mapas das áreas degradadas e de risco de degradação no município Brasil - Existem mapas das áreas degradadas e de risco de degradação no município Pontal - Quais os mecanismos de negociação e resolução de conflitos são adotados pela sociedade civil, no município Brasil - Quais tipos de projetos de iniciativa comunitária ou de produtores são desenvolvidos no município, sem apoio de governos Pontal - Quais tipos de projetos de iniciativa comunitária ou de produtores são desenvolvidos no município, sem apoio de governos

7 TABELA 21 Pontal - Quantos protestos ou manifestações sociais ocorreram durante o último ano TABELA 22 Pontal - houve participação dos beneficiários na elaboração do projeto? TABELA 23 Havendo participação dos beneficiários, em que fase(s) do projeto ela ocorreu? TABELA 24 Você sabe qual a data de constituição do Colegiado? TABELA 25 Pontal do Paranapanema - ranking dos municípios que receberam investimentos da SDT/MDA TABELA 26 Pontal do Paranapanema - investimentos realizados segundo objeto, proponente e valores TABELA 27 Pontal do Paranapanema - tabela de indicadores dos projetos avaliados - questionário TABELA 28 TABELA 29 TABELA 30 Pontal do Paranapanema - tabela de indicadores da fase de planejamento dos projetos - questionário 5... Brasil e pontal do Paranapanema - instrumentos/meios de definição dos projetos... Brasil e pontal do Paranapanema - participação dos beneficiários na elaboração dos projetos TABELA 31 Brasil e pontal do Paranapanema - fases de participação dos beneficiários 75 TABELA 32 Brasil e pontal do Paranapanema - ações de planejamento TABELA 33 Brasil e pontal do Paranapanema - critérios para elegibilidade TABELA 34 Brasil e pontal do Paranapanema - parcerias para implantação dos projetos 79 TABELA 35 Pontal do Paranapanema - tabela de indicadores da fase de execução dos projetos - questionário TABELA 36 Brasil e pontal do Paranapanema - instância gestora TABELA 37 Brasil e pontal do Paranapanema - processo de gestão TABELA 38 Brasil e pontal do Paranapanema - prazos para execução das obras TABELA 39 Pontal do Paranapanema - tabela de indicadores de impacto dos projetos - questionário TABELA 40 Brasil e pontal do Paranapanema - públicos atendidos TABELA 41 Brasil e pontal do Paranapanema - indicador de melhoria de qualidade de vida TABELA 42 Brasil e Pontal do Paranapanema - mudanças no território

8 TABELA 43 Brasil e pontal do Paranapanema - ganhos atribuídos aos projetos TABELA 44 Brasil e pontal do Paranapanema - mudanças na renda dos beneficiários TABELA 45 TABELA 46 Brasil e pontal do Paranapanema - principais dificuldades para a operação dos projetos... pontal do paranapanema - quadro de indicadores gerais de gestão dos projetos - questionário

9 Lista de abreviaturas CAI Célula de Avaliação e Acompanhamento do Pontal CODETER Colegiado Territorial do Pontal do Paranapanema FATEC Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente FCT Faculdade de Ciências e Tecnologia INCRA Instituto de Colonização e Reforma Agrária IPÊ Instituto de Pesquisas Ecológicas ITESP Instituto de Terras do Estado de São Paulo MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário SDT Secretária de Desenvolvimento Territorial SGE Sistema de Gestão Estratégica UNESP Universidade Estadual Paulista 9

10 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Pág. 1. CONTEXTUALIZAÇÃO: CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO RURAL DO 11 PONTAL DO PARANAPANEMA 1.1. Elementos histórico-geográficos significativos do território Os municípios do pontal em números IDENTIDADE TERRITORIAL Nota metodológica O que dizem os dados de identidade territorial CAPACIDADES INSTITUCIONAIS Nota introdutória Os indicadores, os números e as tendências Mecanismos de solução de conflitos GESTÃO DO COLEGIADO AVALIAÇÃO DE PROJETOS ÍNDICE DE CONDIÇÕES DE VIDA - ICV ANÁLISE INTEGRADORA DE INDICADORES E CONTEXTO PROPOSTAS E AÇÕES PARA O TERRITÓRIO ANEXO: VALIDAÇÃO DE PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS 114 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

11 APRESENTAÇÃO Apresentamos, aqui, o relatório analítico dos dados levantados pela Célula de Acompanhamento e Informação do Pontal do Paranapanema, disponibilizados pelo SGE- SDT/MDA. As informações foram colhidas no primeiro ciclo de pesquisas previstas no projeto aprovado pelo Edital MCT/CNPq/MDA/SDT - 005/2009 Gestão de Territórios Rurais, realizadas entre dezembro de 2010 e julho de Neste volume investimos num esforço mais analítico e sintético, a partir de uma sistematização efetuada pela equipe da Célula reunindo os dados tais como disponibilizados no Sistema de Gestão Estratégica e as tabulações sistematizadas pela própria equipe do Pontal (um trabalho à parte, apresentado como Apêndice). A própria realização das tabulações, reunidas no chamado relatório técnico de dados, além de um exercício cartográfico também constante do Apêndice ajudam a explicar a opção materializada neste relatório analítico qual seja, a de empreendermos uma leitura mais interpretativa e sintética, seguindo o roteiro discutido pelo GT das Células em junho/2011. Outro motivo, para a apresentação deste relatório como está, é a busca de já enveredarmos para a interpretação dos dados, reduzindo ao mínimo necessário a descrição dos mesmos. Mesmo mantendo a seqüência exata de capítulos proposta no roteiro já citado, inclusive com uma parte dedicada à análise integradora dos dados, cada capítulo procura manter um fio condutor na análise dos dados, a partir da contextualização do Território (correspondente ao primeiro capítulo). Todo o trabalho de tabulação e cartografia reunido no relatório apensado foi importantíssimo para facilitar a leitura dos dados. Por isso pudemos avançar, agora, num esforço totalmente analítico. Esclarecemos que o primeiro exercício cartográfico, constante do apêndice, não é utilizado neste relatório porque demandaria uma reflexão mais complexa, sempre de comparação entre os territórios de todo o país (a base utilizada é a do Brasil, com todos os seus municípios e marcando os 35 territórios rurais acompanhados pelos projetos de Célula). Optamos, portanto, em apresentar apenas alguns mapas do território do Pontal, o que facilitou a interpretação das informações cartográficas. Optamos, também, por reduzir as referências bibliográficas, assim como uma discussão mais de caráter teórico (o que também demandaria estudos e citações). Julgamos não ser objeto deste relatório adentrar num debate conceitual, que pode sim ser aprimorado pelos dados e sua interpretação, mas demandaria um outro investimento (em parte, realizado pela equipe), mais oportuno de ser encetado em momento posterior. As 11

12 citações e referências, portanto, na nossa proposta de relatório, têm apenas a função de contextualizar o território e contrastar melhor alguns dados discutidos. Mas sempre que fosse possível e insistimos nessa possibilidade procuramos não ampliar as citações. Realizamos essa interpretação orientados pelo conhecimento prévio - social, histórico e geográfico - mas nos limitamos a apresentá-lo sinteticamente na contextualização. Cada capítulo comporta uma síntese do conjunto de dados analisados. Na parte 7, dedicada à integração de indicadores, dados e contextualização, retomamos essas sínteses, buscando dar-lhes uma unidade a partir de questões que, de resto, cremos ser as orientadoras de todos os levantamentos propostos pelo SGE. Para efeito de economia, tabulamos as sugestões de ações (de pesquisa, mas, sobretudo de extensão) junto ao Território (parte 8). Como anexo, é apresentada ainda uma pequena discussão sobre a validação dos instrumentos, conforme propõe as orientações do roteiro. Por fim, além da satisfação de concluir este primeiro relatório, um produto intermediário do projeto da Célula, fica a integração alcançada com todos os participantes do projeto (além do coordenador, do colaborador, do técnico e dos apoiadores formalmente do projeto, contamos com uma grande equipe de alunos da Unesp e da FATEC, que foram excelentes parceiros de trabalho). 12

13 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/ Gestão de Territórios Rurais Relatório Analítico 1. Caracterização do Território Rural do Pontal do Paranapanema Instituições: Presidente Prudente

14 1.1. ELEMENTOS HISTÓRICO-GEOGRÁFICOS SIGNIFICATIVOS DO TERRITÓRIO A realidade regional do Pontal do Paranapanema - extremo oeste paulista (Figura 1) 1 - apresenta, sem dúvida, grandes desafios para um desenvolvimento sustentável e substantivo. Com uma ocupação que data do final do século XIX, o Pontal do Paranapanema revela, em seu histórico fundiário, o mais conhecido caso de grilagem de terras do país (Leite, 1998). É sabido que, do ponto de vista do processo de ocupação da região do Pontal do Paranapanema, existe uma forte relação entre o intenso processo de degradação dos biomas locais e genocídio indígena. Ou seja, os povos e comunidades indígenas fizeram parte da história do processo de ocupação da região, embora atualmente não estejam mais presentes na área. FIGURA 1 - O TERRITÓRIO DO PONTAL NO CONTEXTO DO ESTADO DE SÃO PAULO OESTE PAULISTA (REGIÕES ADMINISTRATIVAS) ª R.A. ARAÇATUBA N 10ª R.A. PRESIDENTE PRUDENTE ESCALA Km -25 PONTAL DO PARANAPANEMA M A T O G R O S S O D O S U L PRESIDENTE PRUDENTE ESCALA Km P A R A N Á Fonte: IGC-2003; Leal, 2003 Org.: Thomaz Jr., 2002 Ed. Gráfica: Maria S. Akinaga Botti Fonte: Thomaz Jr., Figura 1. Localização da Área de Estudo 1 Na figura 1 constam as Regiões Administrativas do Estado de São Paulo que se localizam na porção Oeste (9ª. e 10ª. R.A.s), com destaque para a parte da 10ª. RA que perfaz o território rural do Pontal do Paranapanema. 14

15 De acordo com Leite (1998), até o início do século XIX, a região era desconhecida e desabitada pela civilização Brasileira. Eram habitantes da região apenas índios das tribos Xavantes, Caingangs e Caiuás. Os poucos brancos que haviam tido contato com a região foram os bandeirantes, como Antônio Raposo Tavares (que hoje dá nome a principal rodovia da região). Esses bandeirantes chegaram à área que hoje é conhecida como Pontal do Paranapanema em missões de aprisionamento de índios para trabalho escravo e não tinham qualquer intenção de fixarem-se na região. Ainda segundo este, que é o mais original estudioso do Pontal, a história de grilagem de terras do Pontal do Paranapanema tem seu início em 1856, quando Antônio José Gouvêa, teria chegado à franja pioneira oeste e assentado, junto aos registros paroquiais, uma imensa gleba de terras, denominada de Fazenda Pirapó-Santo Anastácio (Leite, 1998) - como pode ser visualizado na Figura 2. FIGURA 2 - PLANTA DA FAZENDA (GRILO) PIRAPÓ-SANTO ANASTÁCIO Fonte: Leite, 1998, p. 40 Desde o início do Século XX sabe-se da falsidade dos documentos ligados à essa gleba. Apesar disso, sua ocupação se intensificou nos anos 1920, sob os impulsos da economia cafeeira e da necessidade de incorporação de novas terras (urbanas e rurais) a um mercado fundiário em expansão. Nos anos 1940, o governo estadual, tentando retomar o controle dessas terras, institui ali uma imensa reserva florestal - a grande 15

16 reserva do Pontal (Leite, 1998). No entanto, novas grilagens foram feitas e a vasta área do Pontal foi definitivamente ocupada, restando, da política conservacionista dos anos 1940, apenas o Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio (Figura 3). FIGURA 3 - EXEMPLO DE DEVASTAÇÃO NO TERRITÓRIO DO PONTAL Fonte: adaptado de PASSOS (2004, p. 178) Apesar da flagrante irregularidade que cercou a ocupação desse território, seu desenvolvimento econômico sempre esteve diretamente ligado aos empreendimentos agropecuários ali instalados. Primeiro, o café, depois o algodão e - a partir dos anos com a exploração da pecuária extensiva de corte, culminando, mais recentemente com a introdução e generalização da cultura canavieira. Ressalvando pequenas intervenções oficiais - sobretudo através de reassentamentos de população atingida pelo impacto de barragens - somente a partir dos anos 1990 é que essa região irá ser palco da mais abrangente iniciativa de assentamento rural do Estado, caracterizando-se, a partir de então, pelos conflitos fundiários e pela forte intervenção do governo estadual na promoção de assentamentos de trabalhadores rurais (Fernandes, 1996). Centenas de ocupações, milhares de trabalhadores mobilizados e acampados, dezenas de ações judiciais discriminatórias promovidas pelo Estado no sentido de identificar e arrecadar as terras devolutas irregularmente ocupadas: esse é o contexto sócio-político do Pontal do Paranapanema, hoje a região do Estado de São Paulo com o maior número de assentamentos e de famílias assentadas da reforma agrária 16

17 Nesse cenário, o incremento da política de assentamentos na região aconteceu, sobretudo, na primeira gestão do governador Mário Covas (PSDB, ), como resultado de intensas negociações para arrecadação de áreas e o assentamento de milhares de famílias. A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP) se constituiu como agência fundamental nesse processo. Dada a importância da região do Pontal do Paranapanema com relação ao número de assentamentos (são mais de 110 Projetos de Assentamentos já instalados, com aproximadamente 6,2 mil famílias assentadas, segundo informações do Banco de Dados da Luta pela Terra (DATALUTA, 2010). Conforme Figura 4, essa área do Estado tem mostrado uma dinâmica sóciopolítica extremamente rica e complexa em suas interfaces com os processos e projetos de desenvolvimento. A questão fundiária tem sido - ao longo de décadas - o ponto fulcral definidor das políticas públicas e ingrediente básico das tensões sociais envolvendo o estado e diferentes classes sociais que produzem esse território. FIGURA 4 - MAPA DOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O TERRITÓRIO DO PONTAL DO PARANAPANEMA COM DESTAQUE PARA OS ASSENTAMENTOS RURAIS 17

18 Região com forte presença do capital pecuário de corte, a chamada terra do Nelore mocho convive com uma situação de indefinição em sua estrutura fundiária (novas ações discriminatórias estão em andamento na Justiça, o que aponta para novas intervenções do Estado e novos assentamentos). Reproduz-se, assim, uma dificuldade de décadas em superar uma visível estagnação econômica produzida por processos de acumulação concentradores (da propriedade e da renda) e rentistas vis a vis a dinâmicas de crescimento com investimentos produtivos mais diversificados, geração de empregos e distribuição de renda. Destaca-se, também, que a partir do início dos anos 1990, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) constituirá um de seus núcleos mais dinâmicos exatamente nesta região. A reconhecida irregularidade fundiária e o contexto geral de concentração das terras alavancou a territorialização desta organização no Pontal do Paranapanema 2. Neste sentido, projetos de desenvolvimento regional que ignorem a massiva presença de produtores assentados estão fadados claramente ao fracasso, além de revelarem características extremamente conservadoras, ao menos com relação às conhecidas iniqüidades sociais que marcam a estrutura social e econômica do país. Com uma importância demográfica e social inegável, as milhares de famílias assentadas (Tabela1) estavam à margem dessas alternativas de desenvolvimento. TABELA 1 - ASSENTAMENTOS RURAIS, SEGUNDO NÚMERO DE FAMÍLIAS MUNICÍPIO Número Famílias assentadas Área (ha.) Caiuá Euclides da Cunha Paulista Iepê João Ramalho Marabá Paulista Martinópolis Mirante do Paranapanema Piquerobi Presidente Bernardes Presidente Epitácio Presidente Venceslau Rancharia Ribeirão dos índios Rosana Sandovalina Teodoro Sampaio TOTAL Fonte: DATALUTA, Cf. Fernandes, B. M. MST: formação e territorialização. São Paulo, Hucitec,

19 Ao longo desses anos, os trabalhadores rurais beneficiários dos Projetos de Assentamentos, acabam por construir sua inserção econômica no entorno de forma significativa para as economias locais 3, mas muitas vezes deficitária para os assentados, sobretudo a partir do incremento da exploração da pecuária leiteira. Dada a importância da população assentada para os municípios mais atingidos pela ação reformista do Estado, o destino dos Projetos de Assentamentos representa um dilema e um desafio para as políticas públicas. Os assentamentos, experiências inovadoras na gestão econômica e social do território, sem dúvida, expressam tensões que são reveladoras das contradições e possibilidades da chamada agricultura familiar frente ao poder do grande capital agropecuário e agroindustrial, no âmbito do desenvolvimento social no campo paulista (Ferrante e Barone, 2008). Para os projetos de assentamentos implantados no Pontal do Paranapanema, a ação do MDA, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e do Programa Territórios Rurais, possibilitou, mais do que o reconhecimento dessa população como prioritária para uma política de desenvolvimento regional, espaços de participação e negociação institucionalizados, garantindo aos assentados e produtores familiares tradicionais condições de se legitimarem através do diálogo com os Poderes Públicos - numa relação diferente do tradicional e subserviente clientelismo - e aprimorarem suas demandas, qualificando seus projetos e lideranças num debate acerca de um desenvolvimento substantivo. Um dos segmentos expropriados, talvez o primeiro, que se mobilizou na luta pela terra foi o dos arrendatários. A evolução da questão agrária na região sempre opôs supostos proprietários-fazendeiros e trabalhadores rurais arrendatários, dedicados especialmente à cotonicultura nos anos No entanto, sua situação na terra sempre foi instável, dada a própria natureza da relação de produção. A partir dos anos 1960, intensifica-se a implantação da pecuária de corte, pari passu à sistemática expulsão dos arrendatários das terras então destinadas à criação de gado. Nos anos 1970 e 1980, tem-se notícias de casos de lutas pela permanência na terra, encetadas por arrendatários. Algumas dessas lutas chegaram à década de 1990, com acampamentos e ocupações na forma de posse, o que levou a que parte desses 3 Cf. Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo José Gomes da Silva. Assentamento fundiário: uma política de geração de emprego e renda no Pontal do Paranapanema Relatório sintético das ações e resultados da política agrária e fundiária do Estado de São Paulo no Pontal do Paranapanema. São Paulo, Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, agosto de

20 trabalhadores fossem beneficiados pela política de assentamentos realizada no período recente 4. O fim do ciclo algodoeiro, condicionado por transformações na divisão territorial do trabalho situadas na escala nacional e internacional, que se desenrola durante os anos 1970 e 80, gerou ao mesmo tempo um contingente de bóias-frias desempregados, anos mais tarde mobilizados por um pedaço de chão nesta conflagrada região e o abandono definitivo (nas cidades) de um incipiente parque industrial de processamento de sementes, óleos e fibras, com claros reflexos sobre o aumento do desemprego e a intensificação da migração regional. O terceiro mais importante contingente de sem-terras é o formado pelos exbarrageiros. Nos anos 1980, tanto a conclusão de novas Hidrelétricas no rio Paranapanema quanto a drástica diminuição no ritmo das obras das barragens da Usina Hidrelétrica Sérgio Mota, em Rosana (Figura 5), gerou um grande contingente de desempregados junto aos operários não-qualificados que, a partir dos anos 1960, se deslocaram para a região em busca de trabalho nos canteiros de obras nas margens dos rios Paraná e Paranapanema. FIGURA 5 - UHE INSTALADAS NO TERRITÓRIO Fonte: adaptado de PASSOS (2004, p. 178) 4 Registra-se, também, que alguns dos atuais movimentos de luta pela terra na região têm como base o segmento dos arrendatários que se dedicam à pecuária caso da Associação Brasileiros Unidos Querendo Terra (ABUQT), com forte atuação nos municípios de Presidente Venceslau e Presidente Epitácio. 20

21 A mais evidente mobilização desse contingente levou à instalação do assentamento Gleba XV de Novembro, na primeira metade dos anos 1980 (Fernandes, 1996; Antonio, 1990), maior área de assentamento no Pontal do Paranapanema, localizada entre os municípios de Rosana e Euclides da Cunha Paulista (vizinhos ao município de Teodoro Sampaio). A degradação ambiental, provocada pelo desordenado e predatório processo de ocupação, pela atividade pecuária extensiva e, mais recentemente pelas barragens, pelo assoreamento dos córregos e um processo severo de perda dos solos (erosões e voçorocas) tem mobilizado diferentes instituições no território. O debate sobre problemáticas ambientais é fomentado na região por entidades como a Unidade de Gerenciamentos de Recursos Hídricos - UGRHI 22, vinculado ao Comitê de Bacias Hidrográficas do Pontal do Paranapanema; Programa de Microbacias Hidrográficas da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral do Estado de São Paulo - CATI e o Ministério Público. Organizações-Não-Governamentais, como a APOENA e o Instituto de Pesquisas Ecológicas - IPÊ, presentes na região a mais de 20 anos, são atores importantes nessa discussão, bem como o campus da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Unesp de Presidente Prudente. Recentemente também temos notícias de ações desenvolvidas pela Faculdade de Tecnologia - Fatec, igualmente localizada no município de Presidente Prudente 5, onde tem oferecido cursos de extensão sobre legislação ambiental, agroecologia e agricultura orgânica. A CESP e a DUKE Energy (gestoras das UHE), também têm ações, como investimentos em viveiros de mudas e campanhas pela conscientização ambiental, deflagradas como projetos de compensação ambiental. Estas entidades são representativas no desenvolvimento de ações relacionadas à preservação e recuperação ambiental da região. Todavia, apesar de importantes, em geral não têm como foco debater a questão agrária gerada pelo processo de ocupação da região. No território este tipo de associação e debate tem sido realizado exclusivamente pela universidade e pelos movimentos sociais. Parte representativa desses atores (sem-terras, produtores familiares, assentados ou não, instituições públicas e ONGs ligadas à política de assentamentos e à temática ambiental) está presente no processo de implantação do Programa Territórios Rurais, compondo, com legitimidade, o Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Pontal. No entanto, é evidente a cisão nas forças sócio-políticas, opondo aqueles setores 5 Ambas as Faculdades localizadas no município são públicas e estaduais 21

22 sensibilizados pelas temáticas agrária e ambiental e os grupos organizados mais ligados aos poderosos interesses econômicos regionais (pecuaristas-ruralistas e os empresários do setor sucroalcooleiro). Estes últimos não se fazem presentes nos fóruns promovidos a partir da política de desenvolvimento territorial do MDA, buscando, por outros caminhos, articular projetos para o desenvolvimento dessa região 6. Assim, a fragmentação de interesses e a impossibilidade histórica de construção de agendas de futuro minimamente pactuadas reproduz-se no presente de maneira intensa, permitindo que se afirme ser a disputa, pelo conceito de território, por estratégias de inserção econômica da região aos espaços econômicos paulista e nacional e, por fim, por projetos de desenvolvimento os elementos centrais a serem enfrentados por qualquer processo de mudança e transformação no perfil e na dinâmica social, econômica e territorial do Pontal do Paranapanema OS MUNICÍPIOS DO PONTAL EM NÚMEROS Segundo os dados do último Censo Demográfico (IBGE, 2010), das quase 600 mil pessoas que vivem nos 32 municípios do Território, pouco mais de 10% (59.911) habitam a zona rural, percentual este bastante superior ao do conjunto do Estado de São Paulo, que alcança pouco mais de 4%. No início da década, os habitantes rurais eram cerca de 14% do total da população (Tabela 2). Porém, a imensa concentração populacional em Presidente Prudente - praticamente com o mesmo percentual da população sobre o total da região, de 34%, tanto em 2000 quanto em gera uma distorção nesses números. Um exercício possível, que permite uma análise mais apurada deste perfil regional, consiste em subtrair a população de Presidente Prudente (urbana e rural) do total regional. Nesse caso, o percentual de população rural sobe de 10 para ouço menos de 15% e quase se iguala do total do Brasil, no mesmo ano, que é de 15,6%. Tem-se, portanto, Presidente Prudente exercendo forte papel polarizador na região, ocupando o centro de uma rede urbana bastante frágil (uma vez que composta por uma única cidade maior que concentra população, e a dinâmica das atividades econômicas) e hierarquizada (uma vez que para ela direcionam-se as demandas de consumo e prestação de serviços) e ao mesmo tempo desequilibrada, dada a primazia desta última cidade no contexto regional. Além disso, critérios menos burocrático-administrativos e oficiais, hoje bastante reconhecidos (ABRAMOVAY, 2000; VEIGA, 2002), certamente apontariam essa região 6 Cita-se, como virtual contraponto político do CODETER, a União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (UNIPONTAL), associação hegemonizada por lideranças alinhadas com o governo estadual (há muitos anos capitaneado pelo PSDB). 22

23 como sendo rural, haja vista sua dinâmica socioeconômica e sua densidade populacional. Neste último aspecto, temos, por exemplo, que apenas 14 núcleos urbanos do território têm mais de 10 mil habitantes, enquanto 17 cidades têm menos que 5 mil habitantes, restando outros 8 municípios com população urbana entre 5 e 10 mil habitantes (Tabela 2). TABELA 2 - POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL E 2010 Municípios Total 2000 Urbana 2000 Rural 2000 Total 2010 Urbana 2010 Rural 2010 TOTAL Alfredo Marcondes Álvares Machado Anhumas Caiabu Caiuá, Emilianópolis Estrela do Norte Euclides da Cunha Iepê Indiana João Ramalho Marabá Paulista Martinópolis Mirante do P Nantes Narandiba Piquerobi, Pirapozinho Presidente Bernardes Presidente Epitácio Presidente Prudente Presidente Venceslau Rancharia Regente Feijó Ribeirão dos Índios Rosana Sandovalina Santo Anastácio Santo Expedito Taciba Tarabai Teodoro Sampaio Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000 e Organização: Projeto CNPq/MDS. Unesp Um outro conjunto de dados, relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano municipal, o índice de Gini e alguns relacionados ao acesso a educação e serviços, em geral públicos, colaboram na identificação de algumas características destes municípios que compõem o Território e são expostos nas Tabelas 3 e 4. 23

24 O mais elevado IDH-M, 0,85, é encontrado em Presidente Prudente e o menor, 0,71 em Caiuá. Porém, não é possível traçar uma correlação direta e positiva entre tamanho populacional e centralidade econômica com este índice. Os pequenos municípios, assim, não exibem índices muito piores que os maiores. Suas desvantagens são discretas, mas bastante constantes em relação aos grandes municípios (aqueles com mais de 20 mil habitantes e Presidente Prudente). No mesmo sentido, os componentes do IDH, ou seja, o índice referente à educação, à longevidade e renda não apresentam padrões fixos em relação a tamanho populacional. Porém, algumas observações são pertinentes a respeito de cada um. Enquanto a distância entre o maior e o menor IDH-M na região é de 0,14 (entre Presidente Prudente - 0,85 - e Caiuá - 0,71), no que se refere a educação a disparidade é ligeiramente menor (0,13, percebida entre os municípios de Nantes - 0,79 e Presidente Prudente - 0,92), bem como se percebe que nesta dimensão os índices são sistematicamente superiores aos das médias, conforme Tabela 3. No que se refere à longevidade, o melhor colocado é o município de Santo Expedito (0,86) e na pior colocação reaparece Caiuá (0,67). Além de ser uma dimensão com índices ligeiramente inferiores que a média e sistematicamente inferiores à educação, amplia-se a diferença entre o melhor e o pior posicionado neste critério, que é de 0,19. Por fim, em relação à dimensão renda aparecem os piores indicadores, seja em relação aos demais, denotando encontrar-se ai uma questão problemática para a região, mas também se amplia a própria desigualdade entre os municípios. O município com a melhor colocação segundo este critério é Presidente Prudente (0,8) e o pior é Euclides da Cunha (0,6). A diferença entre ambos, portanto, é de 0,2, conforme exposto na Tabela 3. Deduz-se daí que, seja do ponto de vista mais geral, quando se toma o conjunto da região, seja no que tange às desigualdades intra-regionais, a dimensão da renda, que nos remete à sua geração e distribuição, afigura-se como a pior avaliada. O índice de Gini, relacionado que é diretamente à distribuição da renda (no caso, na escala de cada município), ao mesmo tempo em que sinaliza as diferenças entre eles (sendo a diferença de 0,21 entre a melhor distribuição encontrada em Caiabú e a pior em Teodoro Sampaio), aponta também mais uma faceta deste problema, que sintetiza bem os problemas e desafios regionais: articular processos de crescimento econômico que consigam alterar o perfil de distribuição de renda. 24

25 TABELA 3 - IDH E ÍNDICE DE GINI Município IDHM IDHM-Educação IDHM-Longevidade IDHM-Renda Gini-Renda Alfredo Marcondes 0,8 0,86 0,85 0,69 0,53 Álvares Machado 0,77 0,86 0,76 0,7 0,55 Anhumas 0,75 0,83 0,78 0,64 0,5 Caiabu 0,78 0,84 0,85 0,65 0,48 Caiuá 0,71 0,83 0,67 0,63 0,51 Emilianópolis 0,75 0,82 0,74 0,7 0,67 Estrela do Norte 0,77 0,83 0,82 0,66 0,54 Euclides da Cunha Paulista 0,74 0,83 0,78 0,6 0,54 Iepê 0,75 0,85 0,72 0,68 0,56 Indiana 0,79 0,88 0,79 0,7 0,55 João Ramalho 0,78 0,83 0,83 0,67 0,52 Marabá Paulista 0,73 0,82 0,73 0,63 0,53 Martinópolis 0,75 0,84 0,73 0,68 0,55 Mirante do Paranapanema 0,74 0,82 0,73 0,65 0,61 Nantes 0,72 0,79 0,72 0,66 0,52 Narandiba 0,76 0,83 0,82 0,64 0,55 Piquerobi 0,74 0,83 0,74 0,66 0,54 Pirapozinho 0,78 0,87 0,76 0,72 0,55 Presidente Bernardes 0,79 0,87 0,81 0,7 0,54 Presidente Epitácio 0,77 0,86 0,72 0,72 0,58 Presidente Prudente 0,85 0,92 0,81 0,8 0,59 Presidente Venceslau 0,82 0,89 0,81 0,76 0,6 Rancharia 0,79 0,86 0,81 0,7 0,54 Regente Feijó 0,8 0,87 0,81 0,72 0,55 Ribeirão dos Índios 0,75 0,85 0,78 0,63 0,49 Rosana 0,82 0,91 0,81 0,72 0,61 Sandovalina 0,77 0,85 0,82 0,66 0,54 Santo Anastácio 0,79 0,87 0,81 0,7 0,54 Santo Expedito 0,79 0,83 0,86 0,67 0,53 Taciba 0,77 0,84 0,79 0,68 0,55 Tarabai 0,76 0,85 0,8 0,64 0,5 Teodoro Sampaio 0,76 0,84 0,74 0,7 0,69 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Organização: Projeto CNPq/MDS. Unesp. Estas constatações também são reforçadas quando são tomados indicadores de educação e de acesso a serviços básicos. Por um lado, é observado um grande número de municípios com percentuais que para o contexto nacional podem ser considerados positivos, mas que sistematicamente encontram-se abaixo das médias do Estado de São Paulo. Por outro lado, as grandes disparidades intra-regionais permanecem. Assim, em relação ao indicador de esperança de vida, 56% dos municípios encontram-se acima da média do Estado de São Paulo; apenas 31% dos municípios apresentam taxas de freqüência escolar acima da média estadual e somente 47% deles têm uma taxa de alfabetização superior que a do estado, Tabela 4. 25

26 Municípios TABELA 4 - EDUCAÇÃO E ACESSO A SERVIÇOS Esperança de vida ao nascer Taxa bruta freqüência à escola Em relação ao acesso a água encanada o percentual de municípios com uma situação melhor que a média estadual é de 56%, em relação à energia elétrica é de 62% e de 53% quando se considera o número de pessoas que vivem em domicílios e terrenos próprios e quitados. Mesmo sendo percentuais ligeiramente melhores que os anteriores, percebe-se ainda um grande número de municípios onde tais serviços alcançam parcelas menores da população quando tomado o conjunto do Estado de São Paulo. Vários outros dados e indicadores poderiam ser aqui listados e analisados para compor um quadro mais amplo das características sociais e econômicas dos municípios que compõem este território. Porém acredita-se que estes aqui apresentados sejam suficientes para compor um quadro inicial onde aparecem dois elementos a serem sempre considerados na análise do Território do Pontal do Paranapanema, e de maneira conjunta com aqueles já elaborados na primeira parte deste capítulo: uma posição de desigualdade frente ao conjunto do Estado de São Paulo e as grandes disparidades presentes no interior mesmo da região. Taxa de alfabetização % pessoas que vivem domicílios com água encanada % pessoas que vivem domicílios com energia elétrica % pessoas que vivem domicílios e terrenos próprios e São Paulo 71,99 81,58 86,81 94,69 97,88 65,22 Alfredo Marcondes 76,19 79,88 88,8 96,67 98,64 68,87 Álvares Machado 70,78 79,25 88,6 96,88 99,36 70,43 Anhumas 71,98 78,69 84,99 96,87 98,83 69,57 Emilianópolis 69,36 81,15 81,84 99,1 98,64 68,26 Estrela do Norte 73,96 79,49 84,31 96,55 98,35 62,69 Narandiba 74,06 80,37 84,37 89,47 97,76 62,77 Pirapozinho 70,78 81,1 89, ,53 64,12 Presidente Bernardes 73,32 81,71 88,87 96,22 98,2 66,41 Presidente Prudente 73,58 89,58 93,81 98,43 99,79 69,63 Sandovalina 73,96 81,53 86,22 92,94 98,22 60,91 Santo Expedito 76,3 80,73 84,46 95,14 97,93 67,06 Tarabai 73,23 80,07 86,9 98,82 99,33 63,75 Caiuá 65,41 81,88 83,34 87,55 94,75 62,34 Euclides da Cunha Paulista 71,98 83,49 82,28 86,78 95,49 72,83 Marabá Paulista 68,71 78,97 83,51 94,66 97,37 59,19 Mirante do Paranapanema 68,71 80,66 83,3 84,71 91,88 72,33 Piquerobi 69,36 79,71 84,49 91,79 96,57 68,46 Presidente Epitácio 68,13 77,95 90,01 95,71 96,56 71,23 Presidente Venceslau 73,32 87,43 90,28 97,35 99,07 62,26 Rosana 73,59 89,73 91,81 93,85 98,2 43,69 Santo Anastácio 73,58 80,44 89,58 97,41 99,28 66,99 Teodoro Sampaio 69,36 77,58 86,67 90,65 93,12 69,18 Caiabu 76,14 84,48 83,64 94,27 97,87 60,9 Iepê 68,16 83,26 86,35 94,44 99,44 61,75 Indiana 72,19 86,31 89,18 94,63 98,42 68,15 João Ramalho 74,78 80,58 84,86 93,35 98,99 58,9 Martinópolis 68,71 76,98 87,39 94,71 97,04 61,53 Quatá 73,19 81,55 89,45 99,18 99,69 71,75 Rancharia 73,32 78,38 89,67 95,64 97,48 59,66 Regente Feijó 73,32 81,54 88,98 98,03 99,49 68,72 Taciba 72,19 84,5 84,1 96,45 98,85 67,58 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Organização: Projeto CNPq/MDS. Unesp. 26

27 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/ Gestão de Territórios Rurais Relatório Analítico 2. Identidade Territorial Identidade como fator de coesão social Instituições: Presidente Prudente

28 28

29 2.1. NOTA METODOLÓGICA A SDT considera a identidade uma característica do território, relacionando-a com suas origens, com os modos de ocupação do espaço e com o contexto social construído. Definida como um elemento aglutinador, a identidade territorial facilita a construção de um futuro mais solidário e interdependente, onde se reconhece e se valoriza a diversidade, a coesão de princípios, a mediação de interesses e a convergência de dinâmicas sociais, culturais e econômicas (BRASIL, 2011a, s/p.). A origem dos dados primários sobre identidade territorial em análise resulta da aplicação de 40 questionários de percepção, junto aos membros efetivos do Colegiado Territorial (CODETER) do Pontal, assim distribuídos: 6 agentes do poder público estadual; 2 do poder público federal; 12 do poder público municipal e 20 da sociedade civil. No intuito de dimensionar a representatividade destas 40 entrevistas no contexto do território, informamos que, segundo dados disponíveis no Portal da Cidadania, a região do Pontal do Paranapanema abrange uma área de ,60 Km². O território rural é composto por 32 municípios (Figura 6). A população total do território é de habitantes, dos quais vivem na área rural, o que corresponde a 10,26% do total. Possui agricultores familiares e famílias assentadas. Na tentativa de buscar parâmetros que pudessem servir de comparação entre as informações coletadas pela Célula do Pontal e as demais 37 Células, que igualmente realizaram levantamento de dados em outras regiões do país a partir dos mesmos instrumentos, temos que, com exceção do fator relativo a importância dos povos tradicionais (indígenas e quilombolas) - indicado como de alta importância em alguns territórios do país - o Pontal segue a tendência de avaliar como importantes a agricultura familiar, os movimentos sociais e políticos e a temática ambiental. Há, no entanto, diferenças específicas na ponderação da importância desses fatores para o Pontal, conforme o quadro síntese elaborado a partir da tabulação das questões P8 a P14. A base desta abordagem reside na estratégia de aproveitar ao máximo os recursos disponíveis no universo local, valorizando seu capital natural, humano, financeiro, social e político em torno da construção de uma perspectiva territorial do desenvolvimento. A SDT, em seu manual metodológico sobre identidade territorial (BRASIL, 2011a), elenca 7 fatores possíveis de influenciar uma identidade comum (Ambiental, Agricultura Familiar, Economia, Pobreza, Etnia, Colonização e Político). No questionário específico (Q2), esses fatores serão avaliados na relação com 5 aspectos importantes para o desenvolvimento regional: i) a delimitação territorial; ii) a gestão territorial em termos de participação de organizações; iii) o planejamento relacionado com a visão de futuro, a definição de metas 29

30 e objetivos e diagnóstico das características marcantes do território; iv) a construção da história comum do território e v) a resolução de conflitos. FIGURA 6 De acordo com Perico (2009), este tipo de análise tem como objetivo resgatar tradições e práticas sociais, manifestações culturais e paisagens naturais, valorizando aspectos endógenos, fundamentais para a recuperação da auto-estima e para concretização de sonhos dos atores locais. Um segundo nível de análise é possível com base na leitura das informações do Quadro 1 e do biograma da Figura 7, gerados pelo SGE, com os índices da Identidade 30

31 Territorial do Pontal, a partir dos quais verificamos que, em concordância com a tabulação feita pela Célula do Pontal, as categorias de análise agricultura familiar, movimentos sociais/políticos, (meio) ambiente e pobreza e marginalização possuem, nesta ordem, os maiores valores na definição da identidade do território (todos com alto nível de importância), ao passo que as categorias atividades econômicas e processos de ocupação/colonização apresentam índice médio alto. Por fim, a existência de povos tradicionais (etnia) conta com índice médio baixo. QUADRO 1 - IDENTIDADE TERRITORIAL Fonte: Sistema de Gestão Estratégica - SGE, 2011 FIGURA 7 - BIOGRAMA - IDENTIDADE TERRITORIAL Fonte: Sistema de Gestão Estratégica - SGE, 2011 Há coincidências entre essa escala de valorização e os discursos que explicam o Pontal do Paranapanema. O extermínio indígena comparece através do registro negativo, como uma ausência objetiva (pois não há mais índios no território) que denuncia esse processo de ocupação/colonização (bastante citado como característica marcante na história comum do território) altamente violento e destruidor do meio ambiente (este último fator, também importante na caracterização do território). 31

32 Há uma consciência muito aguda da pobreza de suas populações e marginalização frente aos poderes público Estadual e Federal (o Pontal é recorrentemente citado como uma das regiões mais pobres do Estado de São Paulo), coisa que rebate na busca pelo desenvolvimento econômico (aspecto importante na construção de uma visão de futuro do território ). Pode-se apontar para uma variação nos discursos acerca do Pontal, de acordo com os setores sociais que os formulam. Embora não captado pelos instrumentos da pesquisa do SGE, os ruralistas e outros segmentos empresariais partilham dessa consciência e dessa busca pelo desenvolvimento econômico. Porém, enquanto os integrantes do Codeter associam a busca pelo desenvolvimento ao protagonismo da agricultura familiar e dos movimentos sociais, fortalecendo atividades econômicas baseadas nesse segmento social, com importante participação dos movimentos e preocupação com os aspectos ambientais, os setores empresariais do campo e da cidade, de fato distantes desse colegiado, tendem a ver a agricultura familiar como o lócus da pobreza e os movimentos sociais como dificultadores do tão desejado desenvolvimento econômico O QUE DIZEM OS DADOS DE IDENTIDADE TERRITORIAL Os dados tabulados pela Célula foram sistematizados de uma forma sintética no Quadro 2, no qual se somou os percentuais de respostas nos níveis 4 e 5 (importante e muito importante) de cada fator, nos aspectos apontados pelo questionário (Q2). Assim - mesmo que de maneira alternativa à ponderação feita pelo SGE - pudemos visualizar de forma sinótica a importância dos fatores de identidade em cada aspecto (percentuais mais altos organizados de forma decrescente). Não há discrepância em relação à sistematização oferecida pelo SGE através do Quadro 1 e figura 7 (biograma). Segue a tabulação sinótica feita pela Célula. Uma primeira leitura aponta para a premência da agricultura familiar como característica presente do Pontal e fator a ser estimulada na visão de futuro do território. Os membros do Codeter - coletivo que fornece essas respostas - embora apresentem certo viés por conta da predominância de representantes de agricultores familiares (assentados da reforma agrária ou não) e também de instituições diretamente ligadas a este segmento, têm clareza da importância da agricultura familiar no futuro do Pontal. Além dos representantes da sociedade civil (hegemonizados pela agricultura familiar), foram informantes agentes das Prefeituras e de órgãos federais e estaduais - coisa que poderia matizar este possível viés. 32

33 NÍVEIS DE IMPORTÂNCIA - NIP Nenhuma importância Muito importante Não sabe *As porcentagens da tabela abaixo foi elaborada a partir da soma dos níveis de importância 4 e 5 QUADRO 2 - SÍNTESE DOS DADOS DE IDENTIDADE TERRITORIAL RANKING Q2_P8 - EM RELAÇÃO AOS LIMITES DO TERRITÓRIO, QUE IMPORTÂNCIA TEVE CADA UM DOS SEGUINTES ASPECTOS % NIP 4 e 5 1º Agricultura familiar 95 2º Os movimentos sociais e/ou políticos 91 3º A pobreza, marginalidade ou os problemas sociais 86 4º Recursos naturais (ecossistemas, biomas, fenômenos naturais e respectivas extensões geográficas) 78 5º Os processos de colonização/ocupação 75 6º As atividades econômicas da região 68 RANKING Q2_P9 - NA GESTÃO DO TERRITÓRIO, COMO É AVALIADA A PARTICIPAÇÃO DAS SEGUINTES INSTITUIÇÕES % 1º Movimentos sociais e/ou políticos 88 2º Organizações de agricultores familiares 80 3º Organizações sociais e comunitárias 76 4º Organizações de produtores 68 5º Organizações públicas 68 6º Organizações ambientais 63 RANKING Q2_P10 - QUANTO A VISÃO DE FUTURO DO TERRITÓRIO, COMO É AVALIADA A IMPORTÂNCIA DOS SEGUINTES ASPECTOS % 1º Agricultura familiar 100 2º Os movimentos sociais e/ou políticos 93 3º As atividades econômicas da região 90 4º A pobreza, marginalidade ou os problemas sociais; 83 5º Recursos naturais (ecossistemas, biomas, fenômenos naturais e respectivas extensões geográficas) 75 6º Os processos de colonização/ocupação 75 Q2_P11 - NA DEFINIÇÃO DAS METAS E OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO PROPOSTOS PELO TERRITÓRIO, QUAL A RANKING IMPORTÂNCIA DOS SEGUINTES ASPECTOS % 1º Agricultura familiar 93 2º Recursos naturais (ecossistemas, biomas, fenômenos naturais e respectivas extensões geográficas) 90 3º Os movimentos sociais e/ou políticos 83 4º As atividades econômicas da região 78 5º A pobreza, marginalidade ou os problemas sociais; 78 6º Os processos de colonização/ocupação 63 Q2_P12 - NA DEFINIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES DO TERRITÓRIO, COMO É AVALIADA A IMPORTÂNCIA DOS RANKING SEGUINTES ASPECTOS % 1º Agricultura familiar 95 2º Os movimentos sociais e/ou políticos 86 3º Recursos naturais (ecossistemas, biomas, fenômenos naturais e respectivas extensões geográficas) 85 4º As atividades econômicas da região 73 5º A pobreza, marginalidade ou os problemas sociais; 73 6º A existência de povos e/ou comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas) 73 7º Os processos de colonização/ocupação 68 RANKING Q2_P13 - QUEM IMPORTANCIA TEM TIDO CADA UM DOS ASPECTOS NA DEFINIÇÃO DA HISTÓRIA COMUM DO TERRITÓRIO % 1º Os movimentos sociais e/ou políticos 93 2º Agricultura familiar 90 3º Os processos de colonização/ocupação 81 4º Recursos naturais (ecossistemas, biomas, fenômenos naturais e respectivas extensões geográficas) 78 5º A pobreza, marginalidade ou os problemas sociais; 75 6º As atividades econômicas da região 66 RANKING Q2_P14 - QUE IMPORTÂNCIA TÊM O SEGUINTES ASPECTOS, NOS PRINCIPAIS CONFLITOS EXISTENTES NO TERRITÓRIO % 1º Os movimentos sociais e/ou políticos 85 2º Agricultura familiar 83 3º Os processos de colonização/ocupação 78 4º A pobreza, marginalidade ou os problemas sociais; 75 5º As atividades econômicas da região 73 6º Recursos naturais (ecossistemas, biomas, fenômenos naturais e respectivas extensões geográficas) 60 Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Buscando refinar, com esses dados, uma compreensão acerca do Território Rural do Pontal, a agricultura familiar e os movimentos sociais (ou a agricultura familiar da reforma agrária, gerada pela luta dos movimentos sociais) são idéias-força nos discursos sobre o território. Os conflitos pela posse da terra e os movimentos sociais marcam a história do Pontal, que busca efetivar um projeto de desenvolvimento baseado na agricultura familiar: esse fator comparece como fundamental na definição da visão de futuro do território (100% de respostas concentram-se nos níveis importante e muito importante ). 33

34 Se por um lado a focalização nas questões relacionadas à agricultura familiar gera uma identidade que permite ao CODETER avançar na elaboração de projetos e na articulação dos diferentes interesses envolvidos, por outro lado restam questões a serem enfrentadas que exigem articular este foco às demais questões presentes no Pontal do Paranapanema, tais como, a relação campo cidade, e mesmo a inclusão de outros agentes em projetos de desenvolvimento do território. 34

35 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/ Gestão de Territórios Rurais Relatório Analítico 3. Capacidades Institucionais Instituições: Presidente Prudente

36 5. 36

37 3.1. NOTA INTRODUTÓRIA De acordo com o manual do SGE para capacidades institucionais, no qual são apresentados a elaboração e cálculo dos seus indicadores, a definição do termo refere-se às condições e recursos disponíveis às estruturas organizativas do Território - considerando seu arranjo político-institucional - e às organizações autônomas da sociedade civil e de representação estatal/social, para a gestão social das políticas públicas, bem como para a execução dos seus projetos (BRASIL, 2011, s/p). Para o cálculo dos indicadores das capacidades instituicionais do Território, foram ponderados, conforme o referido manual, informações coletadas através de três questionários: o de capacidades institucionais (Q1), o de gestão do Colegiado Territorial (Q3) e o de avaliação dos projetos de investimento (Q5). Os agentes que forneceram os dados, portanto, são os representantes institucionais do Colegiado Territorial (Q3), representantes qualificados das Prefeituras (Q1) - no mais das vezes, os próprios prefeitos - quadros técnicos das entidades executoras dos projetos de investimento (no mais das vezes, funcionários das Prefeituras Municipais), gestores (quase sempre diretores das organizações civis, participantes formais ou não do Colegiado Territorial) e usuários das benfeitorias implantadas via projetos - estes três últimos segmentos, entrevistados através do Q5. Essa estratégia de coleta de dados pode ter, eventualmente, levado à duplicação de opiniões (o mesmo agente respondendo mais de um questionário). Porém, a experiência direta de coleta de dados não indicou essa tendência como siginificativa. Da leitura feita dos dados tabulados, percebe-se uma maior coincidência de opiniões entre os beneficiários e os gestores (no caso do Q5), havendo uma maior discrepância em relação às opiniões dos técnicos executores (agentes da Prefeitura). Essa consideração, dada metodologia de coleta de percepções, aponta para a proximidade social entre beneficiários e gestores, bem como a legitimidade desses últimos - quase sempre membros das mesmas comunidades que os usuários das benfeitorias. A maior diferença de opiniões entre esses agentes e os representantes e técnicos das Prefeituras, por outro lado, aponta tanto para a distância social entre os conjuntos quanto para as distintas percepções geradas por essa distância. 37

38 3.2. OS INDICADORES, OS NÚMEROS E AS TENDÊNCIAS A seguir, apresenta-se a síntese do índice de capacidades institucionais, com a poderação dos oito indicadores que o compõe. QUADRO 3 - ÍNDICE - CAPACIDADES INSTITUCIONAIS Fonte: Sistema de Gestão Estratégica - SGE, 2011 FIGURA 8 - BIOGRAMA - CAPACIDADES INSTITUCIONAIS Fonte: Sistema de Gestão Estratégica - SGE, 2011 O índice de capacidades institucionais apresenta-se exatamente na faixa média (0,457), um pouco abaixo do que seria o centro da graduação do indicador (0,5). Pesa positivamente, nesse índice, as dimensões que avaliam mais a instalação e condições das estruturas institucionais (instrumentos de gestão - com 0,67 - e infraestrutura institucional - com 0,71 - o mais alto valor desse indicador). Por outro lado, a avaliação da capacidade de solução de conflitos é a dimensão com o menor valor (0,30), seguida de perto pela avaliação dos serviços disponíveis (0,35) e a dimensão participação (0,38). A mais imediata tendência possível de ser deduzida desse conjunto é a de que, apesar de 38

39 haver instituições voltadas para o desenvolvimento das populações rurais no Território, essas apresentam pouca eficiência ou funcionalidade. A leitura mais desagregada de algumas questões selecionadas dentre os três instrumentos de pesquisa (Q1, Q3 e Q5) podem refinar um pouco mais a análise, interpretando melhor essa tendência. Apresenta-se, a seguir, esse exercício, com um estudo dos Conselhos Municipais, avaliação das formas e instituições de Assistência Tecnológica e promoção de desenvolvimento econômico, bem como os dados referentes à participação. A institucionalidade governativa inaugurada pela Constituição de 1988 apresenta, como grande inovação, a busca por uma maior participação social, a partir do estabelecimento de um conjunto de novas estruturas consultivas assessórias aos Poderes Públicos. Os conselhos municipais são produto direto desse novo ordenamento institucional e foram avaliados pela pesquisa (Tabela 5). Os dados coletados sobre os conselhos municipais no Território do Pontal do Paranapanema podem ser assim apresentados: TABELA 5 - Q1 - P8 - PONTAL DO PARANAPANEMA/SP Quais Conselhos e/ou Consórcios Público estão atuando no Município. Quantidade Não existe conselho constituído - - Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) % de municípios Conselho de Meio Ambiente Conselho de Segurança Alimentar Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (CONSAD) 3 10 Conselho de Saúde Conselho da criança e adolescentes - - Outro 10 - Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Chama a atenção, nesses números, a inconstestável prevalência, nos municípios, dos Conselhos de Saúde (situação paralela a uma leitura dos dados dessa mesma questão, agregados para 37 Territórios disponíveis para consulta no SGE em julho/2011, com 91% de prevalência). No Pontal, conforme exposto na Tabela 5, 100% dos 32 municípios informaram que têm Conselhos de Saúde atuantes 7. Um elemento importante para entendermos essa situação é o fato de que os Conselhos de Saúde têm funções 7 Foi notável a informada ausência, nos municípios do Pontal, de Conselhos da criança e adolescentes. Avaliamos como hipótese, que os informantes preferiram não associar essa instituição (o Conselho Municipal, especificamente) aos conhecidos Conselhos Tutelares e/ou os Conselhos Municipais de Assistência Social, esses sim, bastantes presentes nos municípios. 39

40 deliberativas, para além de consultivas, sendo imprescindíveis para a gestão municipal do Sistema Único de Saúde (SUS). Essas atribuições diferenciadas, praticamente obrigam os municípios a terem Conselhos de Saúde. Buscando uma comparação entre os conselhos mais diretamente vinculados ao tema do Desenvolvimento Territorial Rural, observa-se uma maior presença, no Território, tanto dos Conselhos de Meio Ambiente (90% dos municípios os têm) quanto dos Conselhos de Segurança Alimentar (existentes em 78% dos municípios) 8, frente aos 75% de atuação de Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável nos municípios. No primeiro caso, cita-se um programa específico do governo estadual, intensamente difundido no Pontal, voltado para a questão ambiental (Programa Município Verde, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente), como elemento que dá certo destaque aos Conselhos Municipais do Meio Ambiente. Da mesma forma, políticas específicas, como a da merenda escolar, também estimulam conselhos como os de Segurança Alimentar. Quando avaliamos esses mesmos números no contexto nacional, o CMDRS é mais prevalente nos municípios (também com 75%) que os conselhos do Meio Ambiente (46%) e de Segurança Alimentar (49%). Quando se avalia o nível de controle que esses organismos exercem, os informantes opinaram da seguinte forma, para o Brasil e para o Pontal (Tabelas 6 e 7): TABELA 6 - Q1 - P9 - BRASIL Avalie o nível de controle realizado pelos Conselhos Municipais na Quantidade % aplicação dos investimentos públicos. Não há controle Há muito controle Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró - RN; Agreste Meridional - PE; Baixo Amazonas - AM; Baixo Amazonas - PA; Baixo Parnaíba - MA; Borborema - PB; Da Reforma - MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste - AL; Do Alto Sertão - AL; Do Litoral Norte - AL; Do Sisal - BA; Grande Dourados - MS; Inhamuns Crateús - CE; Lençóis Maranhenses/Munin - MA ; Litoral Sul - BA; Manaus e Entorno - AM; Marajó - PA; Mata Sul - PE; Mato Grande - RN; Médio Jequitinhonha - MG; Nordeste Paraense - PA; Noroeste De Minas - MG; Pontal Do Paranapanema - SP; Serra Geral - MG; Sertão Central - CE; Sertão Do Apodi - RN; Sertão Do Pajeú - PE; Sertões De Canindé - CE; Sudeste Paraense - PA; Transamazônica - PA; Vale Do Mucuri - MG; Vale Do Ribeira - PR; Vale Do Rio Vermelho - GO; Zona Sul Do Estado - RS, Nota-se a distinção entre os Conselhos de Segurança Alimentar (bastantes presentes) e os Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (presentes em apenas 10% dos municípios). No entanto, consideramos que as atribuições desses dois órgão podem se sobrepor em inúmeras situações. 40

41 TABELA 7 - Q1 - P9 - PONTAL Avalie o nível de controle realizado pelos Conselhos Municipais na aplicação dos Quantidade % investimentos públicos Não há controle Há muito controle Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Comparativamente ao quadro nacional (661 municípios em 35 Territórios acompanhados), com base na opinião dos entrevistados avalia-se que há, no Pontal, bastante controle por parte dos Conselhos Municipais. No quadro Q1-P9 -Pontal, a tendência ao controle (nível 4) e muito controle (nível 5) somam 66% das respostas (em destaque). Ressalta-se, como um possível viés de opinião, que as informações foram prestadas, majoritariamente, pelos próprios prefeitos. Não foi possível avaliar esse viés no quadro correspondente ao cenário nacional. Ali, 44% das respostas indicam para mais controle; mas 40% apontaram, diretamente, para um nível médio de controle dos Conselhos Municipais. Além dos conselhos municipais e sua capacidade de controle, os instrumentos de controle e gestão estão, no geral, mais disponíveis no Pontal do que no restante do país. Um exemplo disso é o controle cadastral sobre os imóveis rurais, dispostos nas tabelas 8 e 9 que seguem: TABELA 8 - Q1 - P16 - BRASIL A prefeitura possui cadastro de imóveis rurais Quantidade % Sim Não Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró - RN; Agreste Meridional - PE; Baixo Amazonas - AM; Baixo Amazonas - PA; Baixo Parnaíba - MA; Borborema - PB; Da Reforma - MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste - AL; Do Alto Sertão - AL; Do Litoral Norte - AL; Do Sisal - BA; Grande Dourados - MS; Inhamuns Crateús - CE; Lençóis Maranhenses/Munin - MA ; Litoral Sul - BA; Manaus e Entorno - AM; Marajó - PA; Mata Sul - PE; Mato Grande - RN; Médio Jequitinhonha - MG; Nordeste Paraense - PA; Noroeste De Minas - MG; Pontal Do Paranapanema - SP; Serra Geral - MG; Sertão Central - CE; Sertão Do Apodi - RN; Sertão Do Pajeú - PE; Sertões De Canindé - CE; Sudeste Paraense - PA; Transamazônica - PA; Vale Do Mucuri - MG; Vale Do Ribeira - PR; Vale Do Rio Vermelho - GO; Zona Sul Do Estado - RS,

42 TABELA 9 - Q1 - P16 - PONTAL A prefeitura possui cadastro de imóveis rurais Quantidade % Sim Não 1 3 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Diferentemente do Brasil, a quase totalidade das Prefeituras do Pontal do Paranapanema dispõem de cadastro dos imóveis rurais (Brasil 61% versus 97% Pontal). Outras instituições também foram avaliadas pelos informantes, dando conta da seguinte situação institucional pública: TABELA 10 - Q1 - P22 - PONTAL O município possui Secretaria de Desenvolvimento Rural, ou similar Quantidade % Sim Não 1 3 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 TABELA 11 - Q1 - P23 - PONTAL A Secretaria de Desenvolvimento Rural, ou similar, possui quadro de técnicos Quantidade % permanente Sim Não 3 9 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 As Prefeituras contam, na quase totalidade, com Secretarias voltada para o desenvolvimento rural, geralmente (em 91% dos casos) com quadro técnico específico, Tabelas 10 e 11. Embora os informantes tenham apontado para a execução de quase todas as atribuições listadas no questionário para essa secretaria, a não quantificação desses quadros técnicos, no entanto, impede uma avaliação sobre o desempenho desses órgãos públicos 9 - geralmente, criticados por falta de recursos humanos. 9 No geral, as Prefeituras do Pontal criaram essas secretarias no bojo do processo conhecido como municipalização da agricultura, no qual a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento repassou as atribuições das conhecidas Casas da Lavoura (escritórios técnicos da SEAA) para os municípios. Há muitas críticas a essa transferência, que esvaziou as antigamente importantes Casas da Lavoura, sem uma contrapartida de igual magnitude por parte das Prefeituras. 42

43 Esse elemento de apoio técnico, importante também na ponderação do indicador de prestação de serviços institucionais, pode ser melhor avaliado tomando-se a informação acerca da existência de órgãos de assessoria específicos para a produção nos municípios, conforme segue na (Tabela 12): TABELA 12 - Q1 - P13 - PONTAL Quantas instituições de prestação de serviços tecnológicos (para apoio e melhoria das atividades produtivas) Quantidade % existem no município Nenhum De 1 a De 4 a De 7 a Acima de Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Os informantes do Q1, gestores públicos municipais, apontam, para o Pontal, uma baixa presença de serviços de apoio técnológico para os produtores. Há uma discrepância entre esta última informação - altamente negativa, com 41% dos inquiridos respondendo que não existem instituições de prestação de serviços tecnológicos - e os mais de 90% de afirmações acerca da existência das Secretarias de Desenvolvimento Rural com quadros técnicos permanentes. É possível que a subestimação se deva a um certo consenso de que faltam assistência e apoio tecnológico aos produtores rurais do território por parte dos poderes públicos Estadual e Federal. Pode-se, apenas apontando serviços públicos, enumerar, além das Secretarias Municipais, os Grupos Técnicos de Campo da Fundação ITESP (órgão do governo estadual), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI e os escritórios técnicos do INCRA, como instituições promotoras de serviços técnicos para o desenvolvimento rural, presentes de forma relativamente abrangente no Pontal. No entanto, essa ambiguidade na informação pode, tão somente, ratificar a tendência, acima apontada, de que existe uma institucionalidade, mas ela não consegue ser eficaz na promoção dos serviços para o desenvolvimento rural. Ainda sobre a estrutura institucional, é notável a relativamente baixa presença de secretarias de planejamento (Q1 - P27): pouco mais de 50% dos municípios do Pontal as têm, contra exatos 50% no levantamento feito para o conjunto dos territórios pesquisados. Como um organismo teoricamente voltado para a articulação das diferentes ações institucionais, revela-se uma situação difícil em termos de visões prospectivas. Ademais, 43

44 mesmo os municípios tendo essa secretaria, ainda é possível que pouco ou nada de real ação planejada e articulada seja encaminhada. Com as questões mais diretamente voltadas para identificar o quanto os instrumentos são eficazes, pode-se discutir alguns serviços voltados para a melhoria do desempenho dos produtores rurais. A dimensão da comunicação (Tabelas 13 e 14), revelam que a internet já é bastante utilizada, em detrimento de uma informação mais institucional local. Pode-se identificar uma tendência de que essa comunicação para a produção (preços, produtos etc.) se dê cada vez mais no âmbito do mercado. TABELA 13 - Q1 - P14 - PONTAL Quem disponibiliza informações comerciais e de mercado no município Quantidade % Informações fornecidas pela prefeitura Informações fornecidas por órgãos de assistência técnica Sistema de informação digital 2 4 Internet Não possui nenhum tipo de serviço de informação 4 8 Outro 2 4 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 TABELA 14 - Q1 - P15 - PONTAL Quais os meios de divulgação das informações comerciais e de mercado Quantidade % no município Mídia de Massa (rádio e televisão) Mídia focal (jornais, boletim informativo, revista especializada, etc.) Internet ( , sites, etc.) Outro 6 10 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Os entrevistados apontaram, para o Pontal, uma relativamente clara preocupação com a avaliação dos impactos ambientais da produção, bem como seu monitoramento. A regulação do uso do solo (que pode ser associada a normas urbanas) e para o manejo de resíduos também estão presentes (cf. pergunta 17 do Q1 - Tabela 15). 44

45 TABELA 15 - Q1 - P17 - PONTAL Nos últimos dois anos quais das seguintes normas foram expedidas pela prefeitura com o propósito de garantir a Quantidade % conservação dos recursos naturais do município Nenhum tipo de medida foi tomada 2 2 Ordenamento do uso do solo Regulamentos para o uso de produtos perigosos 8 9 Regulamento para o manejo de resíduos Instruções para o monitoramento e avaliação do patrimônio ambiental Normas para avaliação do impacto ambiental de atividades produtivas Outro 3 4 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Outro importante instrumento de gestão é a identificação das áreas degradadas ou de risco, cuja sistematização está bastante presente nos municípios do Pontal (66%), bem ao contrário do que revelam os dados agregados de 35 territórios do Brasil, com 29% de municípios dotados dessa informação (Tabelas 16 e 17). TABELA 16 - Q1 - P18 - PONTAL Existem mapas das áreas degradadas e de risco de degradação no município Quantidade % Sim Não Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 TABELA 17 - Q1 - P18 - BRASIL Existem mapas das áreas degradadas e de risco de degradação no município Quantidade % Sim Não Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró - RN; Agreste Meridional - PE; Baixo Amazonas - AM; Baixo Amazonas - PA; Baixo Parnaíba - MA; Borborema - PB; Da Reforma - MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste - AL; Do Alto Sertão - AL; Do Litoral Norte - AL; Do Sisal - BA; Grande Dourados - MS; Inhamuns Crateús - CE; Lençóis Maranhenses/Munin - MA ; Litoral Sul - BA; Manaus e Entorno - AM; Marajó - PA; Mata Sul - PE; Mato Grande - RN; Médio Jequitinhonha - MG; Nordeste Paraense - PA; Noroeste De Minas - MG; Pontal Do Paranapanema - SP; Serra Geral - MG; Sertão Central - CE; Sertão Do Apodi - RN; Sertão Do Pajeú - PE; Sertões De Canindé - CE; Sudeste Paraense - PA; Transamazônica - PA; Vale Do Mucuri - MG; Vale Do Ribeira - PR; Vale Do Rio Vermelho - GO; Zona Sul Do Estado - RS,

46 3.3. MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS A capacidade de solução de conflitos também é avaliada pelos indicadores das capacidades institucionais. Observa-se que as autoridades municipais (prefeitos e vereadores) têm uma posição bastante legítima na mediação de conflitos, sendo os mecanismos mais acionados - ao menos na opinião dos agentes das Prefeituras, que foram os informantes. Prevaleceu, na informação desses agentes, uma opinião que tende a supervalorizar o papel das Prefeituras, embora estejam presentes, também, mas em proporções bastante inferiores e com pouca variação entre elas, mecanismos mais comunitários e o judiciário (Tabela 18). TABELA 18 - Q1 - P19 - PONTAL Quais os mecanismos de negociação e resolução de conflitos são adotados pela Quantidade % sociedade civil, no município Recorre-se a membros da comunidade 9 17 Recorre-se a autoridades municipais Recorre-se a juízes 7 13 Recorre-se a conselhos comunitários 8 15 Recorre-se às delegacias do MDA - - Outro 2 4 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 A temática da participação popular perfaz um indicador específico, assim como aquilo que o índice define como iniciativas comunitárias. Analisar ambas em conjunto pode facilitar uma leitura do quanto de mobilização da própria sociedade - não diretamente estimulada pelo poder público - pode-se encontrar no contexto do território. O Q1 tenta identificar e ponderar quais iniciativas sem apoio governamental mais estão presentes no território (P25). Enquanto ações da sociedade civil, no contexto Brasil, foquem mais os âmbitos da produção (22% das ocorrências informadas), seguida de perto por ações (projetos) sociais e culturais (ambos com 19% de citações no Q1), no Pontal os chamados projetos sociais mobilizam mais a ação comunitária (24% das ocorrências citadas), seguidos por iniciativas de caráter ambiental (22% das ocorrências citadas) e, somente então, projetos comunitários de produção (20% das ocorrências citadas). Como prevalente no caso dos projetos sociais, as organizações religiosas detêm uma importante fatia da mobilização comunitária. Uma cada vez mais disseminada consciência ambiental, por sua vez, tem mobilizado a sociedade civil no Pontal, mais do que as iniciativas dos produtores rurais (Tabelas 19 e 20). 46

47 TABELA 19 - Q1 - P25 - BRASIL Quais tipos de projetos de iniciativa comunitária ou de produtores são desenvolvidos no município, sem apoio de Quantidade % governos Projetos sociais Iniciativas em projetos produtivos Projetos culturais Iniciativas em projetos ambientais Projetos turísticos 74 6 Nenhuma das anteriores Outro 24 2 Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró - RN; Agreste Meridional - PE; Baixo Amazonas - AM; Baixo Amazonas - PA; Baixo Parnaíba - MA; Borborema - PB; Da Reforma - MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste - AL; Do Alto Sertão - AL; Do Litoral Norte - AL; Do Sisal - BA; Grande Dourados - MS; Inhamuns Crateús - CE; Lençóis Maranhenses/Munin - MA ; Litoral Sul - BA; Manaus e Entorno - AM; Marajó - PA; Mata Sul - PE; Mato Grande - RN; Médio Jequitinhonha - MG; Nordeste Paraense - PA; Noroeste De Minas - MG; Pontal Do Paranapanema - SP; Serra Geral - MG; Sertão Central - CE; Sertão Do Apodi - RN; Sertão Do Pajeú - PE; Sertões De Canindé - CE; Sudeste Paraense - PA; Transamazônica - PA; Vale Do Mucuri - MG; Vale Do Ribeira - PR; Vale Do Rio Vermelho - GO; Zona Sul Do Estado - RS, 2011 TABELA 20 - Q1 - P25 - PONTAL Quais tipos de projetos de iniciativa comunitária ou de produtores são desenvolvidos no município, sem apoio Quantidade % de governos Projetos sociais Iniciativas em projetos produtivos Projetos culturais Iniciativas em projetos ambientais Projetos turísticos 7 9 Nenhuma das anteriores 7 9 Outro - - Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 O indicador de participação distribui-se entre informações colhidas no Q1 (P20) e Q5 (6 perguntas na avaliação de projetos). É significativo que no Pontal do Paranapamena, cujo território rural foi instituído muito em função da sua conflitividade social e do ativismo público do MST (Carter, 2009), pouquíssimas manifestações sociais ocorreram recentemente (em 6 municípios, ocorreram alguma manifestação de protesto). Uma possível subestimação dessa informação, devido a um viés dos informantes, se existe, não deturpa esse contexto de desmobilização civil (um descenso da luta na avaliação de lideranças do MST). 47

48 TABELA 21 - Q1 - P20 - PONTAL Quantos protestos ou manifestações sociais ocorreram durante o último ano Quantidade % Nenhum De 1 a De 4 a De 7 a Acima de Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 As informações do questionário de avaliação de projetos (Q5) oferecem opiniões de três diferentes atores: executores (no geral, quadros técnicos das Prefeituras), gestores/colegiado (no geral, diretores/representantes de associações) e beneficiários (no mais das vezes, cidadãos comuns, moradores da zona rural e usuários das benfeitorias instaladas). Quase sempre há uma maior concordância entre as visões dos representantes e dos beneficiários. No caso da avaliação da participação na elaboração dos projetos, no entanto, enquanto as opiniões de executores e representantes/colegiado se aproximam muito (apontando 70% e 75% de participação dos beneficiários, respectivamente), os próprios beneficiários apontam uma participação de 50% (Tabela 22). O viés possível nessa avaliação pode advir da pouca informação que o beneficiário entrevistado tinha do processo. Essa possibilidade, porém, se depõe contra a confiabilidade do beneficário, denuncia, em algum grau, a falta de ampla informação/participação dos beneficiários no processo de elaboração do projeto. TABELA 22 - Q5 - P12 - PONTAL Houve participação dos Quantidade beneficiários na elaboração do projeto? Executor Colegiado Beneficiário Todos juntos Sim 17-70% 18-75% 12-50% 47 Não Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Quando inquiridos sobre quais fases houve participação, os agentes divergiram muito entre si. No entanto, fica claro que a participação, quando houve, foi mais intensa 48

49 nas fases de definição da área e do tipo de projeto. No quesito elaboração do diagnóstico e concepção do projeto, que pressupõe uma ação mais metodológica que uma simples consulta, a participação decai muito, voltando a ser mais significativa nas fases de acompanhamento da implementação e na gestão dos projetos (Tabela 23). TABELA 23 - Q5 - P13 - Pontal Havendo participação dos beneficiários, em que fase(s) do projeto ela ocorreu? Quantidade Executor Colegiado Beneficiário Todos juntos Na definição da área de intervenção Na definição do tipo de projeto Na elaboração do diagnóstico Na concepção do projeto No acompanhamento do processo de implementação Na gestão do projeto Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 O reconhecimento das áreas e dos tipos de projetos (muitos equipamentos comunitários para assentamentos rurais), apontam para uma grande coerência dessas informações. Apesar dessas diferentes perspectivas, há coerência também na avaliação das parcerias mais importantes para a implantação dos projetos: de longe, todos reconhecem a parceria com as Prefeituras. O colegiado territorial é avaliado como uma instância de gestão através do instrumento Q3 (Gestão do Colegiado) e, da ponderação de algumas de suas questões, obtêm-se o índicador específico Gestão dos Colegiados. Essas instância, que no Pontal, tem uma importância relativa, acaba sendo um espaço de representatividade da agricultura familiar e dos movimentos sociais frente às instâncias oficiais. A pergunta 16 desse questionário informa sobre a participação dos distintos atores territoriais. Tendendo a alta (nível 4) e muito alta (nível 5) capacidade de decisão são verificadas para representantes da agricultura familiar, dos movimentos sociais, sindicatos e representantes de entidades colegiadas. Paralelamente o governo federal ( alta capacidade ) e os municipais ( tendente a alta capacidade ) também tem voz ativa no Colegiado, mais que os representantes do governo estadual, avaliados no nível médio. Essa diferença no empenho dos três níveis de governo pode ser explicado por dois fatores: 1) a identificação desse espaço como produto de um programa federal; e 2) o divórcio político entre os governos federal e estadual. Reitera-se que o colegiado territorial 49

50 do Pontal convive com outro colegiado regional, composto por Prefeituras, hegemonizado por representantes políticos do governo estadual (União dos Municípios do Pontal - UNIPONTAL). Os temas produtivos dominam os debates do colegiado. A somatória das opções da P19 que não definem uma temática específica (projetos, infraestrutura) apenas reitera a importância dessa dimensão, que comparece com a maior frequência através da opção desenvolvimento agropecuário. Nos projetos mediados pelo Programa, o colegiado do Pontal aparece tendo um papel de avaliador e selecionador das propostas, daí que a temática elaboração de projetos também é importante nos debates do coletivo. O colegiado identifica a baixa participação dos produtores ou sua rotatividade, a falta de repercussão institucional (item 3 do Q3 - P20: o colegiado não é escutado em outras instâncias ), a influência política e a pouca participação dos gestores públicos (os prefeitos, mais frequentes nas reuniões da UNIPONTAL, por exemplo) como elementos dificultadores do desempenho do CODETER. Dois problemas distintos podem ser analisadas nessa questão: o comportamento intermitente dos atores da agricultura familiar e o baixo impacto do Colegiado junto aos governos municipais e outras instâncias oficiais. A integração institucional no território enfrenta vários desafios, além da muito conhecida visão setorial, pouco integrada territorialmente, da qual falam os estudiosos. Os bloqueios políticos do Pontal do Paranapanema, um contexto claramente dividido entre agricultura familiar (sobretudo a estabelecida pela reforma agrária) e movimentos sociais de um lado e os setores da agricultura patronal de outro, compõem um desafio extraordinário para um projeto de desenvolvimento territorial homogêneo e consensual. Essa situação ajuda a caracterizar a baixa funcionalidade institucional, que apesar de sua complexidade, é a tendência mais evidente no biograma específico das capacidades institucionais. 50

51 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/ Gestão de Territórios Rurais Relatório Analítico 4. Gestão do Colegiado Acompanhamento da gestão dos Colegiados territoriais Instituições: Presidente Prudente

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53 4. GESTÃO DO COLEGIADO Os questionários sobre a Gestão do Colegiado, a exemplo dos questionários de identidade territorial, também foram direcionados aos 40 membros das diferentes representações, entidades do poder púlbico e da sociedade cívil que compõem o Colegiado Territorial do Pontal. A partir dos dados do Quadro 4 verificamos que 92,5% dos entrevistados afirmaram que existe um assessor técnico que apoia permanentemente a ação do Colegiado. Quando comparamos os dados das escalas Pontal e Brasil verificamos que a porcentagem da presença de assessoria territorial no Pontal é 30,25% superior aos valores apontados na escala Brasil (Quadro 4). Com relação à pergunta sobre ausência de assessor técnico, 90% dos respondentes escolherem a opção - não se aplica - uma vez que no território existe assessoria técnica (Quadro 4). QUADRO 4 BRASIL PONTAL Q3 - P9: Existe um assessor técnico que apóie permanentemente a gestão do Colegiado? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Comparativamente, apesar de comparecerem com diferentes intensidades, as porcentagens verificadas no Quadro 5 (escalas Pontal e Brasil) mantém certa tendência com relação à opção de resposta - não se aplica - evidenciando que na ausência da assessoria territorial, não existe outro técnico, seja ele do governo municipal, estadual ou federal que assuma a função. Analisando os dados da escala Brasil (Quadro 5) verificouse que 8,86% dos respondentes apontaram que na ausência do assessor quem assume é um técnico do governo federal. Entretanto, levando-se em consideração que o dado em questão é resultado da somatória do conjunto dos 35 territórios onde a pesquisa foi realizada, podemos avaliar que os valores em questão possuem pouca significância, e de certa forma reafirmam as tendências gerais das escalas Pontal e Brasil. 53

54 QUADRO 5 BRASIL PONTAL Q3 - P11: No caso de não existir um assessor técnico, há algum outro técnico que apóie a ação do Colegiado? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 A respeito da forma a partir da qual se realiza a seleção e a eleição dos membros do Colegiado, 62,50% (Quadro 6) no Pontal informaram que ela é feita por convocatória aberta para eleição de representantes; 55% por meio de convite direto a organizações selecionadas e 35% por meio de convite pessoal. Esta disparidade nas respostas realça a falta de consenso e/ou conhecimento dos entrevistados sobre a forma como a composição do Colegiado deveria ser realizada. Essa tendência, dispar, também é verificada nos dados do Quadro 6 para o Brasil. QUADRO 6 BRASIL PONTAL Q3 - P12: De que forma se realiza a seleção e a eleição dos membros do Colegiado? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP,

55 Apesar de prestabelecida, em relação à data de constituição do Colegiado, 38% dos entrevistados responderam que se lembravam da sua criação; 38% que não e 25% disseram que não sabiam (Tabela 24). Com relação a estes números, a baixa porcentagem de pessoas que recordam-se da data de constituição do Colegiado deve ser entendida como um indicativo que aponta para a frequência de renovação dos membros que participam do Colegiado Territorial, ou seja, entre os 40 integrantes que atualmente possuem representação formal junto ao CODETER do Pontal, não são todos os representantes de entidades que participam desde o início da sua constituição. TABELA 24 - Q3 - P13 - PONTAL Você sabe qual a data de constituição do Quantidade % Colegiado? Sim Não Não sabe Não se aplica 0 0 Total Fonte: Microdados - SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Na escala do Pontal, mais da metade dos entrevistados (52,50%) responderam que o Colegiado realizou mais de 20 reuniões desde a sua constituição, seguindo a mesma tendência verificada na escala Brasil, onde igualmente relata-se terem sido realizadas mais de 20 reuniões (Quadro 7). Sobre a frequência das reuniões, 42,50% responderam que elas são realizadas a cada três ou quatro meses e 35% a cada dois meses (Quadro 8). Esta mesma tendência em relação à frequência com a qual as reuniões são realizadas é verificada na escala Brasil (ver Quadro 8). QUADRO 7 BRASIL PONTAL Q3 - P14: Quantas reuniões formais o Colegiado realizou desde a sua constituição? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP,

56 QUADRO 8 BRASIL PONTAL Q3 - P15: Com que freqüência a plenária do Colegiado se reúne? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Na avaliação dos respondentes a capacidade de decisão do governo federal é a mais alta entre as entidades que participam do Colegiado, com indice de 4,25, seguida por representantes de movimentos sociais (4,00) e de agricultores familiares (3,90). Levando-se em conta que no território não existem comunidades tradicionais (indígenas ou quilombolas), na avaliação dos respondentes a segunda menor capacidade de decisão pertence aos representantes das organizações não governamentais (Quadro 9). QUADRO 9 BRASIL PONTAL Q3 - P16: Como é avaliada a capacidade de decisão de cada um dos seguintes membros do Colegiado? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 No Quadro 10 é possível verificar que com 87,50% das citações, a internet é o meio de comunicação mais utilizado pelo Colegiado para informar suas ações e decições à comunidade. O segundo meio mais utilizado (45%) é o boca a boca e o terceiro, com 42%, as reuniões comunitárias. Em quarto lugar, ambos empatados com 35,50%, aparecem na forma de parceiros o governo e organizações da sociedade cívil. 56

57 Na escala Brasil, as três principais formas de comunicação verificadas na escala Pontal (internet, boca a boca e reuniões comunitárias) também são considerados os mecanismos de comunicação mais importantes. Nos Quadros 11 e 11.1 é possível averiguar que tanto na escala Pontal quanto Brasil os quatro temas tratados pelo Colegiado com maior frequência são os mesmos, porém com diferentes níveis de importância. Entre os temas mais tratados pelo Colegiado em ambas as escalas (Quadro 11.1), alternadamente desenvolvimento agropecuário e projetos revezam-se entre a primeira e segunda posição. QUADRO 10 BRASIL PONTAL Q3 - P17: Quais mecanismos de comunicação são utilizados pelo Colegiado para informar suas ações e decisões à comunidade? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 QUADRO 11 BRASIL PONTAL Q3 - P19: Com que freqüência cada um dos seguintes temas são tratados no Colegiado? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP,

58 Níveis de importância QUADRO SÍNTESE Brasil Pontal 1º L - Projetos A - Desenvolvimento agropecuário 2º A - Desenvolvimento agropecuário L - Projetos 3º H - Infra-estrutura H - Infra-estrutura 4º K - Planejamento K - Planejamento Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Conforme exposto no Quadro 12, os quatro problemas que mais prejudicam o desempenho do Colegiado na opinião do respondentes são: baixa participação dos produtores (indice de 4,25); pouca participação dos gestores públicos (3,90); o Colegiado não é ouvido em outras instâncias (3,75) e baixa capacidade técnica de avaliação (3,70). QUADRO 12 BRASIL PONTAL Q3 - P20: Com que freqüência os problemas a seguir prejudicam o desempenho do Colegiado? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Na escala Brasil são verificadas as mesmas tendências da escala Pontal em relação aos problemas que prejudicam o Colegiado, com exceção da baixa participação dos gestores públicos, que na escala Brasil aparece em primeiro lugar e na escala Pontal em segundo (Quadro 12). Nota-se ainda na escala Brasil que os problemas relacionados à baixa participação de produtores, baixa capacidade técnica de avaliação de projetos e falta de voz do Colegiado em outras intâncias comparecem praticamente com o mesmo nível de importância, ao passo que na escala Pontal, os níveis de importância para estas variáveis são diferentes. Em relação ao papel do Colegiado na elaboração do diagnóstico territoral, 67,50% responderam que participaram das oficinas de discussão para sua formação; 60% da concepção e elaboração e 45% da revisão do diagnóstico. Estas porcentagens apontam 58

59 para algum tipo de envolvimento e participação dos membros do Colegiado em relação à elaboração do diagnóstico territorial (Quadro 13). QUADRO 13 BRASIL PONTAL Q3 - P21: Qual o papel desempenhado pelo Colegiado na elaboração do diagnóstico territorial? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 QUADRO 14 BRASIL PONTAL Q3 - P22: Foi elaborado algum documento que contenha uma visão de longo prazo do território (visão de futuro)? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Quando questionados se foi elaborado algum documento que contenha a visão de longo prazo do território (visão de futuro), 42,50% respondeu que sim, 40% que não sabe e 17,50% que não. Ou seja, somando-se as porcentagens das variáveis não sabe e não, aferimos que mais da metade das pessoas (57,5%) que participam do Colegiado territorial do Pontal não tem conhecimento sobre tal documento (Quadro 14). 59

60 Ao serem arguidos sobre o papel desempenhado pelo Colegiado na elaboração da visão de futuro do território, 52,50% informou que participou das oficinas de discussão para sua elaboração; 47,50% participou na concepção e elaboração e 35% da revisão do documento. Na escala Brasil é mantida a mesma tendência em relação ao nível de importancia sobre as três variáveis consideradas mais importantes na escala Pontal. Levando-se em consideração que os dados em análise tem como origem os mesmos entrevistados, notamos que os dados dos Quadros 14 e 15, no Pontal, revelam um paradoxo, pois ao passo que 57,50% dos respondentes informaram não ter conhecimento sobre a existência de documento com a visão a longo prazo do território (Quadro 14) verificamos, por exemplo, no Quadro 15, na variável de número dois, que 52,50%, informaram ter participado das oficinas de discussão para elaboração do mesmo documento. QUADRO 15 BRASIL PONTAL Q3 - P23: Qual o papel desempenhado pelo Colegiado na elaboração da visão de futuro do território? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 O paradoxo verificado entre as respostas dos Quadros 14 e 15 é corroborada pelas informações do Quadro 16, tendo em vista que 70% dos respondentes informaram terem tido participação nas oficinas de elaboração do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável - PTDRS do Pontal. Comparativamente, tanto na escala Pontal quanto Brasil, no que pese a diferença de valor atribuído aos diferentes níveis de importância, existe uma tendência geral em considerar como mais importantes os seguintes aspectos: participação das oficinas de discussão para sua elaboração; participação na concepção e elaboração e participação na revisão (Quadro 13). 60

61 QUADRO 16 BRASIL PONTAL Q3 - P24: Caso o território tenha o Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável - PTDRS, qual foi o papel desempenhado pelo Colegiado Territorial na elaboração do mesmo? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 Do ponto de vista dos mecanismos utilizados para tomada de decisão no Colegiado, tanto na escala Pontal quanto Brasil, os dois mecanismos apontados pelos respondentes como mais utilizados foram: votação por maioria, com 85% e 79,77% respectivamente e acordos por consenso, com 55% e 49,27% (Quadro 17). O terceiro mecanismo considerado mais importante na escala Pontal, com 20%, foi a defesa de cada membro do colegiado dos seus próprios interesses e iniciativas, ao passo que na escala Brasil essa posição é ocupada pela articulação entre grupos ou blocos de interesse, com 23,76%. QUADRO 17 BRASIL PONTAL Q3 - P25: Indique quais dos seguintes mecanismos são utilizados para a tomada de decisões no Colegiado Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP,

62 Sobre as ações desenvolvidas pelo Colegiado para a gestão dos projetos de desenvolvimento territorial, o conjunto dos entrevistados considerou, em ambas as escalas, 80% e 61,43% respectivamente, que a priorização e seleção de projetos com base em critérios técnicos é uma das ações mais importantes desenvolvida pelo Colegiado. Coincidentemente, a segunda e terceira posições em ambas as escalas aparecem empatadas, de forma que 77,50% das respostas referem-se à avaliação interna de mérito e análise de viabilidade técnica dos projetos. Estas mesmas váriáveis concentram 52,71% das opiniões dos entrevistados na escala Brasil (Quadro 18). QUADRO 18 BRASIL PONTAL Q3 - P26: Quais ações são desenvolvidas pelo Colegiado para a gestão dos projetos de desenvolvimento territorial? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP, 2011 QUADRO 19 BRASIL PONTAL Q3 - P27: Em quais das seguintes áreas, os membros do Colegiado receberam capacitação? Fonte: SGE/CAI Território do Pontal do Paranapanema - SP,

63 Na escala Pontal o tema em que os membros do Colegiado mais receberam capacitação, segundo a opinião dos respondentes, foi elaboração de projetos (57,50%); seguido da elaboração de planos de desenvolvimento (50%) e desenvolvimento territorial, com 42,50% (Quadro 19). Na escala Brasil os membros do colegiado responderam que o maior número de capacitações foram sobre planejamento participativo (40,69%), seguidas de capacitações sobre elaboração de projetos (40,64%) e desenvolvimento territorial, com 40,22% (Quadro 19). 63

64 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/2009 Gestão de Territórios Rurais Relatório Analítico 5. Avaliação de Projetos Avaliação dos efeitos (eficácia e efetividades) dos investimentos Instituições: Presidente Prudente

65 5. AVALIAÇÃO DE PROJETOS De acordo com o roteiro do relatório analítico, a parte cinco dedica-se a avaliar os efeitos (eficácia e efetividade) dos investimentos financeiros em projetos da SDT no Território, a partir do Questionário 5 Avaliação de Projetos de Investimentos, composto por 62 perguntas, aplicadas a um representante do colegiado, um representante dos beneficiários e um representante dos executores, abarcando a coleta de informações relacionadas às fases de planejamento, execução, incluindo o gerenciamento das atividades dos empreendimentos em funcionamento e os índices de impacto econômicos e sócio-culturais. Antes, porém, de apresentar os resultados obtidos nos 24 projetos avaliados, com um total de 72 questionários aplicados, faz-se necessária uma contextualização geral dos projetos, a partir dos dados apresentados no Tabela 25 e Figura 9, que agrupa o conjunto dos investimentos realizados de acordo com os municípios, número de projetos, valor total e percentual, entre os anos de 2003 e TABELA 25 PONTAL DO PARANAPANEMA - RANKING DOS MUNICÍPIOS QUE RECEBERAM INVESTIMENTOS DA SDT/MDA RANKING MUNICÍPIO Nº PROJETOS* VALOR DO INVESTIMENTO % VALOR MÉDIO POR PROJETO 1º Mirante do Paranapanema , ,53 2º Teodoro Sampaio , ,73 3º Presidente Venceslau , ,48 4º Presidente Epitácio , ,60 5º Rancharia , ,50 6º Sandovalina , ,33 7º Euclides da Cunha , ,71 8º Iepê , ,00 9º Caiuá , ,00 10º Martinopólis , ,00 11º Santo Expedito , ,94 12º Anhumas , ,00 13º Estrela do Norte , ,00 14º Presidente Bernardes , ,00 15º Marabá Paulista , ,42 16º Santo Anastácio , ,70 TOTAL , ,96 Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE Banco de Dados da Caixa Econômica Federal Relatório 24/08/2011. * Na tabela são considerados os investimentos realizados em todos os tipos de projetos, independentemente da sua situação da obra que pode estar: atrasada, concluída, não iniciada ou normal. Organização: CAI do Pontal do Paranapanema,

66 Observa-se que dentre os 32 municípios que fazem parte do Colegiado (Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Anhumas, Caiabu, Caiuá, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Iepê, Indiana, João Ramalho, Marabá Paulista, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Nantes, Narandiba, Piquerobi, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Rancharia, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios, Rosana, Sandovalina, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba, Tarabai e Teodoro Sampaio), apenas 16 ou 50%, tiveram projetos aprovados. No mesmo sentido, do total de 42 projetos aprovados, mais de 42% concentram-se em apenas 3 municípios (Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema e Presidente Venceslau), ou 9% dos municípios. Além desta concentração territorial dos investimentos, é possível observa-se ainda que os três municípios citados absorveram R$ ,72, ou quase 55% do total dos recursos destinados ao território. À citada concentração territorial, adiciona-se a concentração financeira, ainda mais se considerarmos que a média dos 18 investimentos citados alcança R$ ,59, superior aos valores dos investimentos realizados nos demais municípios e supeiror à media do conjuntos dos investimentos realziados em todos os municípios. Do ponto de vista do objeto de cada um destes investimentos, o total dos 42 projetos aprovados referem-se majoritariamente ao apoio direto às atividades relacionadas à pecuária leiteira relacionada aos agricultores familiares/assentados, perfazendo 27 projetos ou 64%. Os restantes 15 (36%) são relacionados ao apoio a hotifruticultura, implantação de barracão de produtor, horta comunitária e outros. Tais dados podem ser observados no Tabela 26. Mais um elemento de concentração pode assim ser observado, agora em relação ao direcionamento dos investimentos às diferentes atividades econômicas a que dão suporte direto ou indireto. 66

67 FIGURA 9 67

68 TABELA 26 PONTAL DO PARANAPANEMA - INVESTIMENTOS REALIZADOS SEGUNDO OBJETO, PROPONENTE E VALORES GRUPO OBJETO AQUISICAO DE TANQUES P/RESFRIAMENTO DE LEITE E CAPACITACAO DE AGRICULTORES FAMILIARES DA PECUARIA LEITEIRA AQUISICAO DE TANQUE DE EXPANSAO PARA RESFRIAMENTO E ARMAZENAMENTO DE LEITE-1900 LTS AQUISICAO DE 02 TANQUES DE EXPANSAO PARA RESFRIAMENTO E ARMAZENAMENTO DE LEITE E INSTALACAO PONTO RECEB E PROC. DERIVADOS AQUISICAO DE TANQUE DE EXPANSAO PARA RESFRIAMENTO E ARMAZE- NAMENTO DE LEITE-CAPACIDADE 1900 LITROS. AQUISICAO DE 01 TANQUE DE EXPANSAO PARA RESFRIAMENTO E ARMA-ZENAMENTO DE LEITE-CAPACIDADE 1900 LITROS. PROPONENTES VALOR DO PROJETO (R$) VALOR MDA (R$) PM MARTINOPOLIS , ,00 PM PRES. BERNARDES , ,00 PM RANCHARIA , ,00 PM SANDOVALINA , ,00 PM STO EXPEDITO , ,00 PECUÁRIA LEITEIRA AGRICULTORES FAMILIARES (27 PROJETOS) AQUISICAO TANQUES DE EXPANSAO, PERFURACAO DE POCOS E CAPACITACAO DE AGRICULTORES AQUISICAO DE TANQUE DE EXPANSAO, CONSTRUCAO DE ABRIGO PARA TANQUE RESFRIADOR E CAPACITACAO AGRICULTORES AQUISICAO DE TANQUE DE EXPANSAO, CONSTRUCAO DE ABRIGOS PARA TANQUES RESFRIADORES E CAPACITACAO AGRICULTORES PRONAT - INFRA-ESTRUTURA E SERVICOS - TANQUES DE EXPANSAO E CAPACITACAO PM EUCLIDES DA , ,42 PM MARABA PAULI , ,42 PM MIR.PARANAPA , ,42 PM PRES. EPITACIO , ,40 AQUISICAO DE TANQUE DE EXPANSAO, CONSTRUCAO DE ABRIGO E CAPACITACAO PM PRES VENCESL , ,40 TANQUE RESFR. LEITE, CURSOS CAPACITACAO E EQUIPAMENTOS E REFORMA SALA DIDATICA PM RANCHARIA , ,00 TANQUES DE EXPANSAO, POCOS E CAPACITACAO PM T. SAMPAIO , ,13 AQUISICAO DE 02 TANQUES DE EXPANSAO, AQUISICAO DE 01 VEICULOE CAPACITACAO DE AGRICULTORES PM ESTRELA DO N , ,00 AQUISICAO DE 08 TANQUES DE EXPANSAO E CAPACITACAO PRODUTORESRURAIS PM MIR.PARANAPA , ,00 AQUISICAO DE TANQUES DE EXPANSAO E CAPACITACAO DE PRODUTORES PM PR. EPITACIO , ,00 68

69 AQUISICAO DE TANQUES DE EXPANSAO, CONTRUCAO DE ABRIGOS E CA-PACITACAO DE PRODUTORES PM PRES. VENCESL , ,00 AQUISICAO DE TANQUE DE EXPANSAO/CONSTRUCAO DE ABRIGO/CAPACITACAO DE PESSOAL. PM RANCHARIA , ,00 AQUISICAO DE TANQUE DE EXPANSAO, POSTO DE RECEBIMENTO DE LEITE E CAPACITACAO DE PESSOAL APOIAR DESENVOLV. BOVINOCULTURA DO LEITE/AQUISICAO DE TANQUES DE EXPANSAO E CAPACITACAO DE PRODUTORES. DESENVOLVIMENTO DA BOVINOCULTURA DO LEITE ATRAVES DA IMPLANTACAO DE UNIDADE DE RESFRIAMENTO. PM SANDOVALINA , ,00 PM T. SAMPAIO , ,00 PM EUCLIDES DA , ,00 AQUISICAO DE 07 TANQUES RESFRIADORES COM CAP.2000 LTS LEITE, VIVEIRO DE MUDAS E AQUISICAO DE TANQUE REDE. PM MIR.PARANAPA , ,00 APOIO CADEIA PRODUTIVA LEITE PM PRES. EPITACIO , ,00 APOIO CADEIA PRODUTIVA LEITE E PISCICULTURA PM PRES VENCESL , ,00 AQUISICAO DE 03 TANQUES RESFRIADOR COM CAPAC 2000 LTS LEITE PM S.ANASTÁCIO , ,70 AQUISICAO DE 02 TANQUES RESFRIADORES DE LEITE, 01 TANQUE DE REDE E IMPLANTACAO DE 01 VIVEIRO DE MUDAS PM T. SAMPAIO , ,00 APOIO BOVINOCULTURA DE LEITE E IMPLANTACAO VIVEIRO MUDAS PM MARTINOPOLIS , ,00 OUTROS (15 PROJETOS) AQUISICAO DE BARRACAS DE FEIRA E RESFRIADORES DE LEITE, COM CONSTRUCAO DE ABRIGOS. APOIO PROD HORTIFRUTI, ATER E RECUP VIVEIRO/AQUIS VEICULO, BARRACAS, EQUIPAM, KIT IRRIGACAO, CONSTR POÇOS, VIVEIRO DE MUDAS APOIO OVINOCULT E ESTRUT COLEGIADO TERRIT/AQUIS VEICULO, CONSTRUCAO CENTRO COMUNIT DE OVINOCULTURA, AQUISÃO MATERIAL ESCRITORIO PM T. SAMPAIO , ,00 PM MIR.PARANAPA , ,00 PM PRES VENCESL , ,00 69

70 APOIO BENEFICIAMENTO CAFE E ATER E CAPACITACAO EM COMERCIALIZACAO PM T. SAMPAIO , ,00 IMPLANTACAO DE VIVEIRO DE MUDAS E APOIO A CADEIA PRODUTIVA DO LEITE ATRAVES DA AQUISICAO DE TANQUES DE EXPANSAO. AQUISICAO DE CAMINHAO, IMPLEMENTOS AGRICOLAS, SOMBRITE, PALAN-QUE, CERCA E KIT IRRIGACAO PM CAIUA , ,00 PM T. SAMPAIO , ,00 APOIO A ATIVIDADE PRODUTIVA DA AGRICULTURA FAMILIAR COM AQUISICAO DE VEICULOS, MAQUINAS E EQUIPAMENTOS. PM MIR.PARANAPA , ,00 APOIO AS FEIRAS LIVRES ATRAVES DA AQUISICAO DE VEICULO, BARRACAS E EQUIPAMENTOS. PM PRES. EPITACIO , ,00 APOIO A PRODUCAO AGRICOLA FAMILIAR ATRAVES DA IMPLANTACAO DE VIVEIRO DE MUDAS E HORTA COMUNITARIA. PM SANDOVALINA , ,00 FORTALECIMENTO DA PRODUCAO AGRICOLA FAMILIAR/AQUISICAO DE TRATOR E IMPLEMENTOS AGRICOLAS. PM T. SAMPAIO , ,00 CONSTRUCAO DE UM BARRACAO COMUNITARIO PM ANHUMAS , ,00 AQUISICAO DE VEICULO DE CARGA E BARRACAS DE FEIRA PM IEPE , ,00 APOIO A INFRAESTRUTURA DE PRODUCAO E PADRONIZACAO DE HORTIFRUTIGRANJEIROS PM MIR. PARANAPA , ,77 CONSTRUCAO DO BARRACAO COMUNITARIO DO PRODUTOR PM PRES VENCESL , ,00 CONSTRUCAO DE BARRACAO NO ASSENTAMENTO SAO PEDRO PM RANCHARIA , ,00 70

71 AQUISICAO DE EQUIPAMENTOS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS. PM STO EXPEDITO , ,89 Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE Banco de Dados da Caixa Econômica Federal Relatório 24/08/2011. * Na tabela são considerados os investimentos realizados em todos os tipos de projetos, independentemente da sua situação da obra que pode estar: atrasada, concluída, não iniciada ou normal. Organização: CAI do Pontal do Paranapanema, 2011 Em síntese, uma primeira avaliação indica que durante estes últimos nove anos houve uma persistente concentração dos investimentos para alguns municípios, com projetos de valor em geral acima da média dos demais e com forte direcionamento a um rol de atividades econômicas pouco diversificadas. Está é uma das dimensões analíticas, mas não a única, que deve nortear a avaliação dos dados relacionados aos questionários aplicados em 24 projetos, através do Questionário 5. Para tal análise inicial, ainda, outras questões devem ser ponderadas e analisadas. Não há como desconsiderar o contexto mais geral do Território, nas dimensões de sua Contextualização (capítulo1), de sua Identidade (capítulo 2), das capacidades institucionais (capítulo 3) e da Gestão do Colegiado (capítulo 4) presentes no Território. Este conjunto de informações constitui-se no pano de fundo da leitura dos dados. No mesmo sentido, a análise deve considerar, sempre que os dados assim o exigirem as diferenças nas respostas emitidas pelos três tipos de agentes envolvidos em nos projetos de investimentos realizados, os executores, os membros do colegiado e os próprios beneficiários. Tais distinções serão traçadas para o Território do Pontal do Paranapanema, apesar de estarem disponibilizados os dados do total do Brasil através dos Tabelas apresentados adiante. Ainda, com base nestas observações preliminares, mas antes de uma análise mais detalhada dos resultados obtidos, o relatório apresentado pela SDT/MDA, relativo aos resultados mais gerais do Questionário 5, no contexto do Pontal do Paranapanema indica outros elementos que devem ser incorporados à análise, senão vejamos. Considerando-se as fases de Planejamento, Execução e os Indícios de Impactos dos 24 projetos, para o conjunto dos entrevistados e os indicadores obtidos, a partir do Tabela 27, demonstra que apenas aquele relativo à fase de Execução obtém um indicador de desempenho considerado como bom, sendo os demais (principalmente aquele relacionado diretamente ao planejamento) classificados como ruim, indicando possíveis relações a serem exploradas com a citada concentração dos investimentos já apresentada. 71

72 TABELA 27 - PONTAL DO PARANAPANEMA TABELA DE INDICADORES DOS PROJETOS AVALIADOS QUESTIONÁRIO 5 Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Tais relações podem começar a ser delineadas a partir do Tabela 26, onde se encontram os indicadores relativos à fase de Planejamento (que engloba a definição da área de intervenção, diagnóstico e formulação de propostas). É possível observar que o terceiro item Atividades sócio-econômicas atendidas pelo projeto é o mas baixo entre cinco avaliados, considerado como Ruim, o que sugere associação direta com a pequena diversificação das ações de investimentos, já apontada. Mas também os resultados chamam a atenção para avaliação Ruim dos demais itens, principalmente aquele que diz respeito às Organizações que têm recebido apoio pelos projetos. TABELA 28 PONTAL DO PARANAPANEMA TABELA DE INDICADORES DA FASE DE PLANEJAMENTO DOS PROJETOS QUESTIONÁRIO 5 Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Uma análise de tais dados em associação com os resultados obtidos em outras questões do mesmo questionário possibilita um detalhamento maior para a mais correta interpretação dos dados. A Tabela 29, a seguir compara as respostas obtidas para o Brasil e o Pontal do Paranapanema quando os entrevistados foram solicitados a indicar como os projetos de investimentos foram definidos: enquanto para o conjunto dos Territórios sobressaem-se as Emendas Parlamentares e Demanda espontânea dos beneficiários, no Pontal do Paranapanema comparecem com os maiores percentuais Outro instrumento de Planejamento e a Demanda espontânea dos Beneficiários. 72

73 Chama a atenção o baixo percentual de indicações oriundas do PTDRS Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, que no caso do Pontal não recebeu qualquer menção por parte dos entrevistados, sinalizando um descompasso entre processos de planejamento instituídos e gestão do território. Ou seja, o instrumento de planejamento que deveria nortear as ações do Colegiado, na medida em que sua elaboração incorpora os princípios da participação de todos os agentes envolvidos e a formulação consensuada de uma visão comum de estratégias parece carecer ainda de um aprofundamento, seja para aproximar-se das reais demandas dos agentes,seja (do ponto de vista técnico) para adensar a formulação de propostas. Não deixa de ser significativo, também, que no caso do Pontal, que a demanda espontânea dos beneficiários e emendas parlamentares ganhem mais significância por parte de executores que de membros do colegiado e de beneficiários, que valorizam mais outros instrumentos de planejamento (de difícil análise posto que sem maiores detalhamentos). TABELA 29 BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - INSTRUMENTOS/MEIOS DE DEFINIÇÃO DOS PROJETOS Q5 - P10 BRASIL Quantidade % Indique como ocorreu a definição do projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Indicado no PTDRS Indicado em outro instrumento de planejamento Demanda espontânea dos beneficiários Ofertado pela SDT-MDA Emenda Parlamentar Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

74 Q5 - P10 PONTAL Quantidade % Indique como ocorreu a definição do projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Indicado no PTDRS Indicado em outro instrumento de planejamento Demanda espontânea dos beneficiários Ofertado pela SDT-MDA Emenda Parlamentar Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 O próximo Tabela apresenta, por outro lado, a informação relativa à participação do beneficiários na elaboração do projeto. Tanto no que se refere ao Brasil quanto, principalmente, em relação ao Pontal do Paranapanema observa-se uma posição majoritária das respostas apontando que houve participação na definição do projetos, ou seja, sobre o tipo de projeto, sua localização etc. No caso do Pontal do Paranapanema, inclusive, faz-se necessário observar o pequeno percentual de respostas relacionadas ao Não sabe, apenas 3% quando comparada ao total do Brasil que alcança mais de 10% (Tabela 30). TABELA 30 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - PARTICIPAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DOS PROJETOS Q5 - P12 - BRASIL Houve participação dos Quantidade % beneficiários na elaboração do Todos projeto? Executor Colegiado Beneficiário juntos Sim Não Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS, 2011 Porém, quando desagregados os dados pelos agentes analisados, não deixa de ser interessante notar que são os próprios beneficiários que menos apontam sua participação na definição dos projetos, recaindo tais indicações sobre executores e o colegiado. 74

75 Q5 - P12 PONTAL Houve participação dos Quantidade % beneficiários na elaboração do Todos projeto? Executor Colegiado Beneficiário juntos Sim Não Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Buscando mais informações relacionadas a esta participação dos beneficiários é possível encontrar um dado significativo a partir do Tabela 31 no qual aparecem os maiores percentuais de participação, no Pontal do Paranapanema, nas fases de definição do tipo de projeto, sobre a definição da área de intervenção e no acompanhamento da implementação, em todos os casos apresentando percentuais acima daqueles encontrados para o Brasil. Mais que uma aparente contradição entre estas respostas e a anterior relativa à não utilização do PTDRS, sugere-se a existência de fortes mecanismos de interação entre o conjunto do Colegiado, suas Câmaras Técnicas e beneficiários, o que tem garantido a formulação e implementação de projetos de maneira mais objetiva. TABELA 31 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - FASES DE PARTICIPAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS Q5 - P13 BRASIL Havendo participação dos Quantidade % beneficiários, em que fase(s) do Todos projeto ela ocorreu? Executor Colegiado Beneficiário juntos Na definição da área de intervenção Na definição do tipo de projeto Na elaboração do diagnóstico Na concepção do projeto No acompanhamento do processo de implementação Na gestão do projeto Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

76 Q5 - P13 PONTAL Havendo participação dos Quantidade % beneficiários, em que fase(s) do Todos projeto ela ocorreu? Executor Colegiado Beneficiário juntos Na definição da área de intervenção Na definição do tipo de projeto Na elaboração do diagnóstico Na concepção do projeto No acompanhamento do processo de implementação Na gestão do projeto Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Executores e Colegiado lideram em todas as respostas sobre a participação dos beneficiários, particularmente em relação ao tipo de projeto, sua concepção e diagnósticos. Os própios beneficiários, por sua vez, ao não se reconhecerem nestas etapas, respondem majoritariamente com o não se aplica. Ao identificarem as ações utilizadas para o Planejamento do Projeto, as respostas apontam para Capacitação e formação e Assistência técnica em produção em percentuais acima dos verificados para o Brasil, indicando as interações entre os agentes executores, o Colegiados e os Beneficiários e minimizando, de alguma maneira, a ausência de um processo formal de planejamento (Tabela 32). Porem, mais uma vez aqui, o menor número de respostas dos Beneficiários ajudam a compor um Tabela inicial em que sobressae apenas o item capacitação/formação como indicado por eles, não havendo um grande reconhecimento de outras ações relacionadas ao projeto como relevantes. Complementarmente, mas não menos importante, os critérios para a elegibilidade dos projetos indicam que, tanto no nível nacional quanto no Pontal do Paranapanema, o foco na agricultura familiar garante um direcionamento dos esforços para ações voltadas a este segmento (Tabela 33). Porém, no caso do Pontal do Paranapanema, aparecem com força e de maneira coerente com a realidade regional os assentados de projetos de reforma agrária e a participação em asociações/cooperativas. 76

77 TABELA 32 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - AÇÕES DE PLANEJAMENTO Q5 - P21 BRASIL Quais ações abaixo foram Quantidade % utilizadas no planejamento do Todos projeto? Executor Colegiado Beneficiário juntos Capacitação/Formação Levantamento de informações Assistência técnica em produção Assessoria em gestão Visitas técnicas e intercâmbios Integração à redes Acesso a crédito Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS, 2011 Q5 - P21 PONTAL Quais ações abaixo foram Quantidade % utilizadas no planejamento do Todos projeto? Executor Colegiado Beneficiário juntos Capacitação/Formação Levantamento de informações Assistência técnica em produção Assessoria em gestão Visitas técnicas e intercâmbios Integração à redes Acesso a crédito Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal,

78 TABELA 33 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - CRITÉRIOS PARA ELEGIBILIDADE Q5 - P15 BRASIL Indique os critérios utilizados para a Quantidade % elegibilidade dos beneficiários do projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Nível da renda Potencial produtivo Gênero Integração de comunidades tradicionais Grupos etários Participação nas instâncias colegiadas Participação em associações/ cooperativas Assentados da reforma agrária Ser agricultor familiar Não houve critérios definidos previamente Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS, 2011 Indique os critérios utilizados para a elegibilidade dos beneficiários do projeto: Q5 - P15 PONTAL Quantidade % Executor Colegiado Beneficiário Todos juntos Nível da renda Potencial produtivo Gênero Integração de comunidades tradicionais Grupos etários Participação nas instâncias colegiadas Participação em associações/ cooperativas Assentados da reforma agrária Ser agricultor familiar Não houve criterios definidos previamente Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal,

79 As parcerias com as Prefeituras são majoritariamente os instrumentos que garantem a implantação dos projetos no Pontal do Paranapanema, acima do percentual registrado no Brasil (Tabela 34). Reafirma-se, assim, a interação entre os agentes. Porém, a baixa participação apontada de Organizações da sociedade civil e de Entidades de Assistência técnica sinaliza a necessidade de uma ação específica para que a participação de tais agentes se faça mais presente, não apenas na fase de planejamento dos projetos, mas na sua implementação e acompanhamento. TABELA 34 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - PARCERIAS PARA IMPLANTAÇÃO DOS PROJETOS Q5 - P23 BRASIL Quantidade % Indique as parcerias firmadas para a implantação do projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Parcerias com a Prefeitura Parcerias com o Governo do Estado Parcerias com Organizações da sociedade civil Parcerias com Entidades de Assistência Técnica Não houve parcerias Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS, 2011 Q5 - P23 PONTAL Quantidade % Indique as parcerias firmadas para a implantação do projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Parcerias com a Prefeitura Parcerias com o Governo do Estado Parcerias com Organizações da sociedade civil Parcerias com Entidades de Assistência Técnica Não houve parcerias Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal,

80 Interessante observar que as parcerias com Prefeituras são apontadas de maneira significativa pelos três segmentos, o que não se repete para as demais parcerias que são sempre mais lembradas e apontadas por executores e colegiado. A etapa de execução, que diz respeito às ações para garantir uma boa gestão do projeto, obtém os melhores indicadores, sistematicamente acima de 5 (ou seja, de Regular a Bom ) de acordo com o Tabela 35. O item pior avaliado é o de Capacidade de execução e o melhor refere-se ao nível de funcionamento do projeto. A participação dos beneficiários encontra-se apenas um pouco acima do Regular. TABELA 35 PONTAL DO PARANAPANEMA TABELA DE INDICADORES DA FASE DE EXECUÇÃO DOS PROJETOS QUESTIONÁRIO 5 Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Um detalhamento maior de tais informações pode ser realizado através das respostas obtidas sobre a instância gestora do projeto. O Tabela 36 apresenta tais dados e é possível verificar, tanto para o Brasil como para o Pontal do Paranapanema, a predominância de Prefeituras e Associações. Porém, de maneira invertida, enquanto as primeira são majoritárias para o conjunto dos Territórios, no caso do Pontal, as Associações adquirem maior protagonismo. TABELA 36 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - INSTÂNCIA GESTORA Q5 - P32 BRASIL Quantidade % Indique a instância gestora do projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Prefeitura Associação Cooperativa Movimentos sociais Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

81 Q5 - P32 PONTAL Quantidade % Indique a instância gestora do projeto: Executo Colegiad Beneficiári Todos r o o juntos Prefeitura Associação Cooperativa Movimentos sociais Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 A concentração entre Prefeituras e Associações, por outro lado é comum entre os tres tipos de beenficários, sinalizando convergências que reforçam os mecanismos formais e informais que presidem a execução dos projetos (Tabela 36). A gestão do projeto, apresenta percentuais significativos de participação dos usuários no Pontal em comparação com o Brasil, onde predomina a presença das Prefeituras Municipais (Tabela 37). A presença de mecanismos de gestão e a articulação entre o Colegiado e os beneficiários também são superiores quando comparadas as duas escalas de análise e o conjunto das respostas reforçam mecanismos de participação para além daqueles oficialmente estabelecidos no PTDRS. TABELA 37 BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - PROCESSO DE GESTÃO Q5 - P42 BRASIL Como se caracteriza o processo de gestão? Não há um processo de gestão caracterizado Quantidade % Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos No âmbito da prefeitura municipal Dentro dos colegiados territoriais Com ampla participação dos beneficiários A partir da articulação entre o Colegiado e os beneficiários Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

82 Como se caracteriza o processo de gestão? Não há um processo de gestão caracterizado Q5 - P42 PONTAL Quantidade % Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos No âmbito da prefeitura municipal Dentro dos colegiados territoriais Com ampla participação dos beneficiários A partir da articulação entre o Colegiado e os beneficiários Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 No âmbito, ainda, do processo de gestão, os Beneficiários são majoritários em apontar sua ampla participação dentre todos os elementos que caracterizam o processo enquanto os executores apontam as Prefeituras. Já os membros do colegiado não reconhecem as Prefeituras com a mesma força em sua articulação com os Beneficiários. Por fim, a referência ao prazo de execução das obras, importante quando se considera a implantação dos projetos sinalizam, a mesma tendência geral para o Brasil e o Pontal do Paranapanema (Tabela 38). Majoritariamente os projetos demoram entre 4 a 6 e acima de 6 anos entre a a contratação e o início da operação, com clara preponderância da primeira em relação à segunda classe, no Pontal. TABELA 38 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - PRAZOS PARA EXECUÇÃO DAS OBRAS Q5 - P46 BRASIL Entre a contratação e o início da operação do projeto, qual foi o prazo de execução das obras? Quantidade % Executor Colegiado Beneficiário Todos juntos Até 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 4 anos De 4 a 6 anos Acima de 6 anos Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

83 Entre a contratação e o início da operação do projeto, qual foi o prazo de execução das obras? Q5 - P46 PONTAL Executor Colegiado Beneficiário Quantidade % Todos juntos Até 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 4 anos De 4 a 6 anos Acima de 6 anos Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 As diferenças entre os segmentos apenas aparecem de maneira apenas um pouco mais significativa nas classes de 2 a 4 anos e acima de 6 anos. Porém, não de maneira a influenciar decisivamente o conjunto das respostas. Os índices de impactos, Tabela 39, que visam identificar a abrangência dos resultados, atividades promovidas, nível de funcionamento do projeto, gerenciamento do empreendimento e comparação entre os resultados previstos e alcançados por eles situam-se majoritariamente com indicadores considerados Ruins, a exceção dos Impactos positivos na qualidade de vida dos beneficiários, considerado como Regular. Assim, os publicos atendidos, o tamanho do mercado atendido e os impactos positivos nas condições sócio-políticas-econômicas direcionam-se a uma avaliação baixa ou até mesmo negativa dos impactos. TABELA 39 PONTAL DO PARANAPANEMA TABELA DE INDICADORES DE IMPACTO DOS PROJETOS QUESTIONÁRIO 5 Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE,

84 A desagregação de tais dados, a partir de algumas questões particulares, colaboram para a qualificação das respostas. Assim, o Tabela 40, a seguir, reforça o direcionamento dos projetos para agricultores familiares e para assentados da reforma agrária de maneira direta, apresentando os demais possíveis públicos-alvo uma participação pequena ou nula. Para além da coerência de tais resulatdos com aqueles apresentados na questão de número 15 já apresentada, ressalta-se aqui a coerência mais geral com as próprias caracterísiticas do Território em questão, mesmo que os assentados sejam apontados com 9% menos de citações. TABELA 40 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - PÚBLICOS ATENDIDOS O projeto atende a quais públicos? Q5 - P48 BRASIL Quantidade % Executor Colegiado Beneficiário Todos juntos Agricultores familiares Assentados da reforma agrária Pescadores/ribeirinhos Mulheres Jovens Quilombolas Indígenas Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS, 2011 Q5 - P48 PONTAL O projeto atende a quais públicos? Quantidade % Executor Colegiado Beneficiário Todos juntos Agricultores familiares Assentados da reforma agrária Pescadores/ribeirinhos Mulheres Jovens Quilombolas Indígenas Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal,

85 As diferenças entre executores, colegiado e Beneficiários aqui, também, não são significativas, devendo ser resaltado, apenas, as maiores citações de pescadores/ribeirinhos, mulheres e jovens por parte de executores. Um dos indicadores de impacto presentes no questionário sob análise pode ser auferido a partir do Tabela 41. Quando instados a responder o quanto os projetos produziram melhorias na qualidade de via dos beneficiários observa-se, no Pontal, uma preponderência de melhores avaliações que no somatório dos Territórios. As opções quatro e cinco ( Melhorou muito a qualidade de vida ) recebem juntas 72% das respostas, em comparação com o Brasil, onde atingem 62%. No mesmo sentido, os precentuais de respostas relacionadas aos itens um e dois (que referem-se a avaliações negativas) alcançam, juntos, apenas 4% no Pontal, enquanto para o o Brasil perfazem 14%. TABELA 41 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - INDICADOR DE MELHORIA DE QUALIDADE DE VIDA Q5 - P51 BRASIL Utilizando a escala abaixo, avalie o quanto melhorou a qualidade de vida dos beneficiados, após a implementação do projeto: 1 - Não melhorou a qualidade de vida Executor Colegiado Beneficiário Quantidade % Todos juntos Melhorou muito a qualidade de vida Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

86 Utilizando a escala abaixo, avalie o quanto melhorou a qualidade de vida dos beneficiados, após a implementação do projeto: 1 - Não melhorou a qualidade de vida Q5 - P51 PONTAL Executor Colegiado Beneficiário Quantidade % Todos juntos Melhorou muito a qualidade de vida Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Do ponto de vista dos segmentos dos respondentes, percebe-se que aumenta a presença de avaliações positivas entre os Beneficiários de acordo com a escala de melhoria da qualidade, com tendência ligeiramente inversa entre executores e colegiado. Mais significativos, ainda, são as informações que qualificam as melhorias apontadas na questão anterior e o Tabela 42 acaba por revelar que no caso do Pontal as atenções direcionam-se e focalizam-se na ampliação da qualidade do produto e de sua maior competitividades, dois elementos diretamente relacionados à dimensão econômica das relações estabelecidas no Território. A contraposição ao Brasil é válida na medida em que, para o conjunto, observa-se uma maior distribuição entre as diferentes alternativas, sendo que as mais citadas referem-se às melhorias em infra-estrutura. 86

87 TABELA 42 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - MUDANÇAS NO TERRITÓRIO Q5 - P52 BRASIL Quais mudanças no Território podem Quantidade % ser atribuídas à implementação do Todos projeto: Executor Colegiado Beneficiário juntos Melhoria da infra-estrutura Aumento da produção primária Melhoria da qualidade do produto Maior acesso a mercados Integração da cadeia produtiva Redução de custos de produção Maior competitividade do produto Incremento tecnológico Aumento do nível de organização da comunidade Fortalecimento de redes Recuperação de passivos ambientais Aumento da disponibilidade de alimentos Aumento da participação do trabalho das mulheres na geração de renda da família Maior envolvimento dos jovens Aumento da auto-estima da comunidade Melhoria das habilidades/competências locais Maior acesso a atividades culturais Melhor qualidade na formação sóciocultural Melhores condições de ensino para a formação escolar Maior número de alunos atendidos Melhoria da qualidade das condições ambientais Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

88 Q5 - P52 PONTAL Quais mudanças no Território Quantidade % podem ser atribuídas à Todos implementação do projeto: Executor Colegiado Beneficiário juntos Melhoria da infra-estrutura Aumento da produção primária Melhoria da qualidade do produto Maior acesso a mercados Integração da cadeia produtiva Redução de custos de produção Maior competitividade do produto Incremento tecnológico Aumento do nível de organização da comunidade Fortalecimento de redes Recuperação de passivos ambientais Aumento da disponibilidade de alimentos Aumento da participação do trabalho das mulheres na geração de renda da família Maior envolvimento dos jovens Aumento da auto-estima da comunidade Melhoria das habilidades/competências locais Maior acesso a atividades culturais Melhor qualidade na formação sócio-cultural Melhores condições de ensino para a formação escolar Maior número de alunos atendidos Melhoria da qualidade das condições ambientais Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 De maneira significativa, os beneficiários predominantemente apontam apenas a melhoria da qualidade do produto como principal mudança no Território com a implantação do projeto, seguido em menores citações, do item melhoria da infraestrutura, o que guarda coerência com os tipos de projetos majoritariamente implantados, expostos no Tabela 40. Chama, ainda, a atenção o predomínio claro das respostas sobre redução 88

89 dos custos de produção, aumento de organziação e de auto-estima da comunidade por parte dos executores. É a partir destas respostas que se tormam mais compreensíveis os apontamentos sobre os ganhos atribuídos ao projetos, no Tabela 43. As alianças entre produtores aparecem com mais intensidade que as alianças entre instituições e comunidade e entre os diferentes atores do Território, seja no Brasil, seja no Pontal. Mas neste último, apresenta-se com mais intensidade, apontando para articulação dos interesses que se fazem presentes desde a fase de planejamento até a gestão de cada projeto. TABELA 43 BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - GANHOS ATRIBUÍDOS AOS PROJETOS Q5 - P53 BRASIL Quantidade % Em termos institucionais, quais os ganhos atribuídos ao projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Produziu alianças entre as instituições do Território e a comunidade Produziu alianças entre os diversos atores do Território Produziu alianças entre os produtores Produziu alianças entre instituições locais e estaduais Permitiu a construção de acordos entre os distintos interesses Não ocorreu nenhuma mudança significativa Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

90 Em termos institucionais, quais os ganhos atribuídos ao projeto: Produziu alianças entre as instituições do Território e a comunidade Produziu alianças entre os diversos atores do Território Q5 - P53 PONTAL Quantidade % Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Produziu alianças entre os produtores Produziu alianças entre instituições locais e estaduais Permitiu a construção de acordos entre os distintos interesses Não ocorreu nenhuma mudança significativa Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Os beneficiários e o colegiado respondem majoritariamente pelos ganhos atribuídos às alianças entre produtores como resultados mais significativos dos projetos, enquanto executores citam as alianças entre instituições e comunidades e entre instituições estaduais e locais como maiores ganhos. Uma última observação necessária neste item de análise dos impactos refere-se aos dados relacionados à renda familiar dos beneficiários dos projetos, apresentadas no Tabela 44. Quando comparados, mais uma vez, os resultados do conjunto do Brasil com os do Pontal, em particular, observa-se que o percentual de respostas de que não houve alteração de renda é, no Pontal, menos da metade que para o Brasil (6% e 15%, respectivamente). São maiores, também, os percentuais dos que apontam elevação de renda em até 35% e entre 35% e 70% no Pontal e em relação ao Brasil. 90

91 TABELA 44 - BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - MUDANÇAS NA RENDA DOS BENEFICIÁRIOS Q5 - P56 BRASIL Quantidade % Em relação à renda familiar dos beneficiários, o projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Não alterou a renda Elevou a renda em até 35% Elevou a renda entre 35% e 70% Elevou a renda entre 70% e 100% Elevou a renda em mais de 100% Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS, 2011 Q5 - P56 PONTAL Quantidade % Em relação a renda familiar dos beneficiários, o projeto: Todos Executor Colegiado Beneficiário juntos Não alterou a renda Elevou a renda em até 35% Elevou a renda entre 35% e 70% Elevou a renda entre 70% e 100% Elevou a renda em mais de 100% Não sabe Não se aplica Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 Interessante observar do Tabela 44 que o maior percentual observado de elevação da renda em até 35% se deve principalmente às respostas de membros do colegiado, enquantos os beneficiários apontam com mais intensidades aumentos maiores de renda que os outros dois segmentos. Do Tabela 45 são apreendidas as principais dificuldades para que o projeto pudesse operar de forma ideal. Enquanto para o Brasil aparece em primeiro lugar dificuldades relativas à sua gestão, os custos dos insumos/custos das matérias-primas ganham relevância e evidência para o Pontal do Paranapanema. 91

92 TABELA 45 BRASIL E PONTAL DO PARANAPANEMA - PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA A OPERAÇÃO DOS PROJETOS Q5 - P60 BRASIL Quais são as principais Quantidade % dificuldades encontradas para que o projeto possa operar de Todos forma ideal? Executor Colegiado Beneficiário juntos Gestão Comercialização Desenvolvimento de tecnologia Acesso à informação Custo da matéria-prima Custo dos insumos Condições de transporte Capacitação Melhoria da produção Divulgação/marketing Capital de giro Abandono escolar Desinteresse da demanda social Financiamento Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação dos Territórios de Açu-Mossoró RN; Agreste Meridional PE; Baixo Amazonas AM; Baixo Amazonas PA; Baixo Parnaíba MA; Borborema PB; Da Reforma MS; Das Águas Emendadas - DF/GO/MG; Do Agreste AL; Do Alto Sertão AL; Do Litoral Norte AL; Do Sisal BA; Grande Dourados MS; Inhamuns Crateús CE; Lençóis Maranhenses/Munin MA ; Litoral Sul BA; Manaus e Entorno AM; Marajó PA; Mata Sul PE; Mato Grande RN; Médio Jequitinhonha MG; Nordeste Paraense PA; Noroeste De Minas MG; Pontal Do Paranapanema SP; Serra Geral MG; Sertão Central CE; Sertão Do Apodi RN; Sertão Do Pajeú PE; Sertões De Canindé CE; Sudeste Paraense PA; Transamazônica PA; Vale Do Mucuri MG; Vale Do Ribeira PR; Vale Do Rio Vermelho GO; Zona Sul Do Estado - RS,

93 Q5 - P60 - PONTAL Quais são as principais Quantidade % dificuldades encontradas para que o projeto possa operar de Todos forma ideal? Executor Colegiado Beneficiário juntos Gestão Comercialização Desenvolvimento de tecnologia Acesso à informação Custo da matéria-prima Custo dos insumos Condições de transporte Capacitação Melhoria da produção Divulgação/marketing Capital de giro Abandono escolar Desinteresse da demanda social Financiamento Não sabe Não se aplica Outro Total Fonte: Células de Acompanhamento e Informação do Território do Pontal, 2011 No caso ainda do Pontal, marcando diferenças em relação ao Brasil, são apontadas dificuldades de comercialização e de melhoria da produção (Tabela 45). Em todos estes itens citados, que são aqueles que recebem o maior número de citações pelos entrevistados, a relevância maior é dos executores, com poucas excessões. São eles que majoritariamente apontam os problemas elecandos. Por fim, o quarto grupo de indicadores, Tabela 46 contempla os resultados dos anteriores e sintetiza-os em quatro variáveis chave, as condições para a gestão territorial dos projetos: participação, capacidade de gestão, público atendido e impactos positivos do projeto. 93

94 TABELA 46 PONTAL DO PARANAPANEMA TABELA DE INDICADORES GERAIS DE GESTÃO DOS PROJETOS QUESTIONÁRIO 5 Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Neste sub-grupo de indicadores, sintéticos, consolidam-se as avaliações anteriores: enquanto a participação dos beneficiários e capacidade de gestão, que obtêm os melhores indicadores, são consideradas apenas como Regulares, os demais situamse abaixo desta, linha, avaliados como Ruins - com desatque para a variação do perfil do público apoiado pelos projetos (Tabela 46). Especificamente neste ítem, a priorização dos investimentos para atendimento aos assentados em projetos de reforma agrária limita, de fato, a variação possível do público apoiado/atendido. A possibilidade de investimentos mais abrangentes, capazes de impactar outros segmentos sociais, ainda é algo a ser alcançado pelos atores do território. Neste índice em particular, no entanto, calcula-se o valor para o conjunto dos respondentes sem referência aos municípios do colegiado, beneficiários, ou executores. No caso do Pontal, a concentração na agricultura familiar e assentados não deve ser vista exclusivamente sobre uma ótica negativa, mas sim interpretada à luz das caracteristicas do território. 94

95 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/2009 Gestão de Territórios Rurais Relatório Analítico 6. Índice de Condições de Vida- ICV Análise da qualidade de vida, segundo percepção das famíliar rurais, tendo em vista a situação do território Instituições: Presidente Prudente

96 96

97 6. INDÍCE DE CONDIÇÕES DE VIDA ICV O Índice de Condições de Vida visa estabelecer a qualidade de vida na percepção das famílias rurais, tendo em vista a situação do território, indicando em que medida a condição percebida se relaciona aos indicadores objetivos de desenvolvimento. Assim, tal como exposto no documento de Metodologia de sua elaboração, este índice apreender a percepção de indivíduos ou famílias sobre as condições de vida nos Territórios Rurais. As respostas, claramente subjetivas, expressam as percepções dos indivíduos sobre cada um dos 24 indicadores, agrupados em tres dimensões/instâncias, que compõem o ICV, sendo que estes variam entre 1, que corresponde a péssimo e 5 que corresponde a ótimo. As tres dimensões ou instâncias correspondem a 1) fatores que favorecem o desenvolvimento; 2) características do desenvolvimento; e 3) efeitos do desenvolvimento. A cada instância associam-se oito indicadores sendo que, para cada um são apresentados, a seguir, os resultados obtidos para o conjunto do Território Pontal do Paranapanema, onde foram aplicados um total de 258 questionários. Destes, 207 questionários (ou 80,2%) foram dirigidos para domicílios com produção e 51 questionários (19,8%) para aqueles sem produção. Os domicílios onde se faz presente a agricultura familiar alcançaram 187 questionários aplicados, ou 72,5% do total. O roteiro desta análise, tal como sugerido, parte da situação do território, já exposta no capítulo 1 deste relatório (Contextualização) e refere-se à comparação das condições de vida de agricultores familiares com outros tipos de domicílios, produtivos e não produtivos, indicando os aspectos mais frágeis de cada segmento, os pontos em comum e aspectos divergentes entre os segmentos, levantando fatores que possam justificar os resultados obtidos. Retomando e sintetizando o contexto das relações histórico-concretas da produção deste território, é possível afirmar que a ocupação regional a partir da expansão da frente pioneira entre o final do século XIX e início do XX, constituiu um mercado de terras urbanas e rurais que dá sustentação a distintas frentes de acumulação capitalista, permite a exploração desenfreada dos recursos naturais com a derrubada das matas e beneficiamento da madeira, faz penetrar a cultura do café e promove sua integração através da chegada da ferrovias e outras ligações viárias. Ainda em relação a produtos que caracterizam a região, os ciclos do algodão e outros produtos de menor alcance dinâmica no tempo (como a menta e o amendoim) são substituídos pela pecuária 97

98 extensiva de corte e, mais recentemente, pela penetração da cana-de-açucar com bastante intensidade. Em paralelo, não há como deixar de serem citados os desdobramentos dos processos decorrentes da grilhagem original sobre a propriedade de terras e das disputas que se estabelecem historicamente com a forte presença dos movimentos sociais pela reforma agrária, constituindo-se neste território o maior número de assentamentos rurais e de famílias assentadas do Estado de São Paulo. A questão fundiária, marcada pela disputa pela terra, caracteriza este território e condiciona de múltiplas maneiras seu passado recente, as condições objetivas do presente e as possibilidades de construção de projetos de desenvolvimento para o futuro no contexto dos objetivos maiores que movem a implantação do Território da Cidadania. É a partir de tais condicionantes que é elaborada a análise do ICV na medida em que se entende que seus resultados refletem julgamentos de valor, impressões e percepções das famílais rurais que vivem, produzem e consomem este território. Alargase, assim, a concepção de que a disputa pela terra, ao não se esgotar nas etapas da luta pela ocupação e pelo asentamento, permanece presente e cotidiana nas condições de vida, marcadas que são pelas possibilidade de acesso ao crédito, à tecnologia, aos insumos e às redes de comercialização, mas tambem aos bens e serviços materiais, no campo e na cidade, que integram a rede de elementos que permitem sua reprodução social pela educação, saúde, assistência social etc. A vida cotidiana, condicioanda e condicionante destas múltiplas dimensões, assim, refletem-se nos resultados expressos pelos entrevistados, tomados aqui como agentes de um processo em curso e de maneira alguma esgotado ou resolvido. Inicialmente, é necessário apresentar o índice sintético para cada um dos tipos de domicílios onde foram aplicados os questionários, de acordo com o Quadro 20. Todos os indicadores obtidos sinalizam claramente para posições médias de desenvolvimento, seja quando comparados entre os diferentes tipos de domicílios, seja em relação às três instâncias de análise. Uma primeira e importante observação diz respeito às questões metodológicas envolvidas na concepção e operacionalização do próprio indicador e de suas instâncias/dimensões, o que será melhor discutido no capítulo 7 deste relatório. Por ora, bastaria apontar as relativas dificuldades em operar uma análise mais aprofundada dos resultados obtidos, decorrente da pequena variação dos resultados para discriminar com mais intensidade e nitidez as próprias impressões e percepções dos sujeitos entrevistados. 98

99 O ICV médio, de 0,534, para o total do território, se desagrega de maneiras diferenciadas entre aquele dos agentes da agricultura familiar, os com produção não familiar e os sem produção, tendo estes últimos apresentados os maiores índices. Ao mesmo tempo observa-se que os agentes produção da agricultura familiar, que assumem extrema relância no contexto do Território, apresentam não apenas para o mais baixo indicador sintético mas também, para cada um dos parciais, os menores índices, ou seja, a pecepção mais tendente a revelar aspectos negativos e dificuldades em relação ao conjunto das variáveis investigadas. Tais resultados, assim, não são neutros em relação à sua história e inserção atual nas redes sociais e econômicas da região. Particularmente considerando as condições específicas dos sem produção, quase 20% dos entrevistados, para os quais é calculada apenas a instãncia dos Efeitos do desenvolvimento, observa-se claramente que nela há uma variação maior entre as situações apuradas. Ou seja, é maior a diferença entre as tres situações encontradas nesta instância que nas demais, o que será melhor discutido mais adiante. Porém, sistematicamente observa-se, também, que os índices relativos aos Fatores de desenvolvimento são menores que os registrados nas demais instâncias, enquanto aquele que apresenta os maiores índices é o de Caracterísiticas do desenvolvimento. QUADRO 20 - ÍNDICES Total Território Com produção da agricultura familiar Com produção não familiar Sem produção Índice de Condições de Vida 0,534 0,53 0,533 0,537 Fatores de desenvolvimento 0,518 0,514 0, Características do desenvolvimento 0,555 0,551 0, Efeitos do desenvolvimento 0,53 0,525 0,528 0,537 Legenda: 0,00 0,20 = Baixo; 0,20 0,40 = Médio Baixo; 0,40 0,60 = Médio; 0,60 0,80 = Médio Alto e entre 0,80 1,00 = Alto. Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, Adaptado CAI do Pontal do Paranapanema De maneira resumida, a indicação de que Fatores, Caracterísiticas e Efeitos se combinam de maneiras diferenciadas entre si e em relação a cada um dos agentes específicos sobre os quais se referem, sugere um quadro de complexidades mais amplo a ser apurado. Desagregando-se, então, os dados acima para cada uma das instâncias de análise e tipos de domicílio, para cada um dos indicadores apurados, é possível iniciar algumas comparações relevantes. Tomando-se a instância fatores de desenvolvimento, (Quadro 21) que considera oito indicadores que condicionam, impulsionam e favorecem processos de desenvolvimento, observa-se que enquanto para o conjunto do território o índice alcança 0,518, para os domicílios com produção não familiar para aqueles da agricultura familiar é 99

100 de 0,514 e sistematicamente os resultados obtidos para estes apresentam-se menores que os do conjunto para cada um dos fatores analisados, mesmo que a variação entre os oitos indicadores seja a mesma, isto é, com cada um deles variando entre Médio Baixo a Médio Alto, conforme exposto no Quadro 21. QUADRO 21 - ICV TERRITORIAL POR SEGMENTO DA POPULAÇÃO RURAL PONTAL DO PARANAPANEMA SP Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Para o conjunto do Território, os melhores indicadores referem-se às condições de moradia, seguido por escolaridade, área utilizada para a produção e utilização de mão de obra familiar (em ordem decrescente), enquanto os piores referem-se à presença de programas de governos, acesso a crédito e assistência técnica (e ordem crescente). A presença de instituições, o acesso aos mercados e o número de famílias trabalhando encontram-se mais próximos da posição média. Uma possível conclusão parcial de tais dados para o debate, considerando tratarse de questões que revelam a percepção e julgamentos subjetivos dos respondentes, aponta para uma avaliação direta e negativa sobre a ausência de programas de governo em relação ao desenvolvimento da produção agrícola e pecuária de pequenas propriedades e da agricultura familiar na região, mais em relação ao acesso crédito e um pouco menos em relação ao acesso a assistência técnica. Esta avaliação negativa, clara por constituirem-se estes os piores indicadores, não se encontra, obviamente, desarticulada do grande número de assentamentos da reforma agrária e da persistência de alguns acampamentos, o que sinaliza grandes desafios ainda para a formulaçao e implementação de uma política de desenvolvimento teriitorial. Tal perspectiva é reforçada quando se observa, como já comentado, que os resultados negativos são acentuados na percepção dos entrevistados nas unidades da agricultura familiar que, talvez por viverem mais acentuadamente as situações de luta e 100

101 disputa para acessarem a terra, continuem vivendo situações mais difíceis para nela continuarem e se reproduzirem em suas relações sociais específicas. E tais dificuldades acentuam-se em relação justamente ao acesso àqueles elementos que mais diretamente só pode ser acessados via políticas públicas, ou seja, os programas do governo, para a assistência técnica, o acesso ao crédito e a mercados para seus produtos. Tomando-se agora a instância das caracteríiticas do desenvolvimento, (Quadro 22) a instância com os melhores índices apurados no conjunto, observa-se que o pior indicador refere-se à diversificação das fontes de renda familiar, considerado médio-baixo e os considerados como médios-altos relacionam-se à conservação das fontes de água, vegetação, solo e produtividade da terra. São estes últimos, em particular, aliados à produtividade da terra e do trabalho que apresentam os melhores indicadores de todo o conjunto de todas as instãncias, revelando sobre eles as melhores percepções, particularmente dos domicílios da agricultura familiar. Constitui-se, a partir desta constatação, a possibilidade de um caminho a ser melhor explorado em análises futuras mas que permite antever o quanto são positivas as percepções presentes no meio rural sobre a produtividade da terra e do potencial do trabalho sobre ela (destoando claramente de análises que associam a improdutividade aos assentamentos da reforma agrária), mas também os potenciais pontos fortes a serem abordados em qualquer projeto desenvolvimento que venha a ser formulado. QUADRO 22 CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Neste sentido, é possível observar, ainda, uma pequena alteração entre os indicadores quando são comparados os domicílios da agricultura familiar e o conjunto. Neste sentido, tomando-se a conservação das Fontes de água e a preservação da vegetação nativa como mais importantes para a agricultura familiar que para o total (e poder-se-ia incluir ainda, neste rol, a diversificação das Fontes de renda familiar com indicadores exatamente iguais para os dois casos), os demais cinco indicadores sinalizam 101

102 claramente que a agricultura familiar apresenta mais dificuldades em relação à renda familiar, à produtividade da terra e do trabalho e à diversificação da produção e das Fontes de renda. Se por um lado, a agricultura familiar parece incorporar com mais intensidade valores e percepções sobre a importância da natureza, refletidas na conservação de água, solo e matas nativas por outro tais elementos não são suficientes para contrarestar a tendência mais negativa que a média das condições ecoômicas propriamente ditas. Mais uma vez, devem ser reforçados na análise o contexto de origem destes agricultores familiares. A percepção geral por eles externalizada é mais negativa que o conjunto das unidades com produção, mesmo que a diversificação das Fontes de renda sejam percebidas como o pior indicador das caracterísiticas do desenvolvimento para ambos, ou seja, sendo o elemento que pior avaliam da situação presente e futura em que vivem. Por fim, a partir do Quadro 23, é possível visualizar a dimensão dos Efeitos do desenvolvimento, incluindo-se agora os domicílios sem produção, uma instância que apresenta índices intermediários entre os Fatores e as Característícas do desenvolvimento. Os maiores índices são alcançados quando as questões referem-se às condições de alimentação e nutrição, condições de saude e situação econômica (nesta ordem) e os piores dizem respeito à permanência de familiares no domicílio, participação em atividades culturais, políticas e, por fim, em organizações comunitárias (em ordem crescente da pior para a melhor). QUADRO 23 - EFEITOS DO DESENVOLVIMENTO Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Dos oito indicadores considerados, em poucos deles a agricultura familiar destacase dos demais e no máximo iguala-se aos indicadores do território como um todo ou do total dos domicílios com produção, chegando em alguns a apresentarem-se piores que aqueles relativos aos domicílios sem produção, como é o caso de condições de saúde, 102

103 permanência dos familiares no domicílio, situação econômica e participação em atividades culturais. Porém, é signifcativo que em relação às condições de alimentação e nutrição, participação em organizações comunitárias e participação política os domicílios da agricultura familiar estejam acima das médias gerais do Território. Ou seja, nesta instãncia analítica deve ser destacado que a percepção mais intensa e positiva da agricultura familiar em organizações comunitárias e políticas tem origem justamente no conjunto dos processos que a produz no Território, fruto que é em grande medida da luta pela reforma agrária. Porém, apenas isto não garante perspectivas positivas para sua reprodução familiar na terra, na medida em que o índice por ela pior avaliado é justamente a permanência dos familiares na produção em que pese uma percepção também positiva sobre o acesso aos alimentos, à saúde e à situação econômica de maneira geral. Finalizando, é possível retomar o argumento de que a compreensão do conjunto dos resultados aqui analisados só é possível a partir de uma clara leitura dos processos que construiram e constróem os agentes sociais presentes e significativos neste Território: os conflitos fundiários e da luta pela terra, em que projetos antagônicos de desenvolvimento que colocam de um lado a democratização da propriedade, a exploração familiar da terra e o direcionamento para políticas públicas que visem aumentar a produção de alimentos e, de outro, a grande propriedade, originada de ocupação ilegais produzidas e reproduzidas na grilhagem, explorada em ciclos históricos de produtos (madeira, café, algodão, pecuária de corte e, hoje, a cana-de-açucar). Tais elementos estão presentes nas distintas percepções dos processos por parte das famílias rurais, em seus diferentes segmentos, em suas avaliações positivas e negativas. São sinalizados, também, claramente os desafios colocados para as políticas públicas. 103

104 Edital MCT/CNPq/MDA/SDT/UNIVERSIDADE nº 05/2009 Gestão de Territórios Rurais Relatório Analítico 7. Análise Integradora de Indicadores e Contexto Estabelecimento da relação entre os indicadores (identidade, capacidades institucionais, gestão do Colegiado e resultados dos projetos), as características do TR e as condições de vida da população rural Instituições: Presidente Prudente

105 7. ANÁLISE INTEGRADORA DE INDICADORES E CONTEXTO Que conhecimento novo pode ser obtido acerca do Território do Pontal do Paranapanema levando-se em consideração o trabalho acumulado pela Célula de Acompanhamento, os dados levantados pela CAI e os indicadores calculados pelo SGE? Como avaliar a política desenvolvida pela SDT/MDA através do Programa Territórios Rurais, da forma como ela foi implantada e vem sendo conduzida no Pontal do Paranapanema? Essas duas questões foram as norteadoras deste capítulo de síntese dos resultados obtidos pela primeira etapa de pesquisa empreendida pela CAI. De antemão, pode-se afirmar que os dados esclarecem muito sobre a estruturação e funcionamento do Programa, ele mesmo um diferencial positivo embora limitado, até o momento na possibilidade de articulação de projetos de desenvolvimento territorial. Acerca da possibilidade de uma perspectiva inovadora sobre essa região, os dados sobre as condições de vida e o desenvolvimento sustentável não trazem elementos que se contraponham ao conhecimento já acumulado. A comparação de ambos os indicadores pode fornecer pistas para a interpretação dos dados e construção de uma síntese. Enquanto o ICV-Pontal indica uma situação intermediária (ICV médio, com 0,534), com uma avaliação ligeiramente pior (ICV 0,530) para o segmento da agricultura familiar, o IDS do Território - calculado a partir de diferentes bases de dados oficiais - aponta para uma situação instável (0,450), abaixo do centro do intervalo (0,40 0,60), o que indica uma situação contextual (avaliada por um conjunto de índices mais objetivos) pior que o percebido pelos informantes, moradores das áreas rurais do Território (Quadro 24). O IDS revela, nas suas 6 dimensões (político-institucional, cultural, social, econômica, ambiental e demográfica) um pior desempenho nos indicadores econômicos e ambientais (com 0,268 e 0,315 respectivamente), ambos classificados como críticos. A situação econômica e ambiental, hoje, do Pontal do Paranapanema decorrente de uma história produzida em torno à baixa dinâmica econômica, permanência e ampliação de desigualdades sociais e recorrente agressão ao meio ambiente parecem bastante evidenciados. As dimensões do desenvolvimento cultural (0,709) e político-institucional (0,637), por outro lado, são as com maiores escores, situando-se no nível classificado como de estabilidade. 105

106 QUADRO 24 INDÍCE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Fonte: Sistema de Gestão Estratégica SGE, 2011 Há forte correspondência entre a dimensão do desenvolvimento políticoinstitucional do IDS e o nível de estruturação institucional aferido pelo índice de capacidades institucionais do Território, no qual a dimensão infraestrutura institucional aparece com o mais alto valor. Conforme apontado no capítulo 3 deste relatório, constatase a existência de instituições, especificamente aquelas voltadas para o desenvolvimento rural, no Território. Retomando dados oriundos do ICV, podemos identificar mais elementos esclarecedores desse aspecto. Nos indicadores de acesso aos programas governamentais, acesso a crédito e à assistência técnica (componentes da dimensão fatores do desenvolvimento ), obtêm-se os menores escores (todos classificados como baixo ). Considerando que, além dos programas governamentais em geral, crédito rural e assistência técnica também são fundamentalmente ofertados por políticas públicas, mediados por instituições específicas, caracteriza-se uma disfuncionalidade. A discussão apresentada no capítulo 3, tratando especialmente dos serviços tecnológicos, identifica uma ambiguidade entre a presença bastante disseminada de Secretarias de Desenvolvimento Rural nos municípios, inclusive com corpo técnico permanente e, simultaneamente, uma recorrente opinião de que não há (ou há poucos) órgãos de serviço tecnológico no território. Uma maneira de explicar esses dados divergentes, 106

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