PAUTA UNITÁRIA DOS MOVIMENTOS SINDICAIS E SOCIAIS DO CAMPO
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- João Pedro Brezinski Peixoto
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1 PAUTA UNITÁRIA DOS MOVIMENTOS SINDICAIS E SOCIAIS DO CAMPO São Paulo, 12 de março de No consenso de nossas concepções, dos movimentos sociais do campo e das florestas, inclusive pactuadas no Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, realizado em agosto de 2012, temos a reforma agrária como política essencial de desenvolvimento justo, popular, solidária numa perspectiva que pressupõe o rompimento com a atual estrutura fundiária, a democratização do acesso a terra, respeito aos territórios e garantia da reprodução social dos povos do campo, das águas e das florestas. Atrelamos à soberania territorial ao poder e a autonomia dos povos em proteger e defender livremente os bens comuns e o espaço social e de luta que ocupam e estabelecem suas relações e modos de vida, desenvolvendo diferentes culturas e formas de produção e reprodução, que marcam e dão identidade ao território. Para nós, a segurança e a soberania alimentar são responsabilidade de todos, mas especialmente dependem de programas e políticas públicas, com destinação de recursos do Estado, como forma de garantir e qualificar a soberania alimentar através da produção de alimentos saudáveis para todo o povo brasileiro. Em 2015, nossas organizações se unem em torno de uma pauta conjunta de reivindicações com vistas à melhoria da qualidade de vida e à conquista e manutenção dos direitos da classe trabalhadora, responsável pela produção de alimentos saudáveis, pela conservação e preservação ambiental, defensora de um modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo. Esperamos que nossas reivindicações sejam atendidas pela Secretaria Geral da Presidência da República e dos demais órgãos governamentais (INCRA, MDA, CONAB, CAIXA ECONÔMICA E BANCO DO BRASIL).
2 NOSSAS REIVINDICAÇÕES, AOS QUAIS SOLICITAMOS ENCAMINHAMENTOS URGENTES E NECESSÁRIOS DOS DIVERSOS ORGÃOS DE GOVERNO: 1. PONTOS GERAIS BANDEIRAS POLÍTICAS E UNITÁRIAS a) Pelo Projeto Popular para o Brasil: A realização do Plebiscito Oficial para a Reforma Política; Pela democratização dos meios de comunicação; Sem retrocesso nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras; Pelo direito e garantia ao acesso a água com investimentos públicos, contra a privatização. b) Pelo Projeto Energético Popular: Cancelamento imediato de todos os aumentos nas contas de luz previstas para entrar em vigor em 2015; A realização de mudanças políticas e institucionais para superar o modelo energético de mercado; Em defesa da Petrobrás e contra a privatização O petróleo e a Petrobrás são patrimônio do povo brasileiro ; A garantia do sistema de partilha, do Fundo Social, e do papel estratégico da Petrobrás na exploração do pré Sal; c) Pela Reforma Agrária Popular É a luta pela democratização do acesso a terra e aos bens naturais, para a produção diversificada de alimentos saudáveis, defesa da biodiversidade e construção de territórios livres do latifúndio do agronegócio, fomentando novas relações sociais; A construção da Reforma Agrária Popular, faz parte de um processo político de enfretamento popular, no campo e na cidade. Nossa luta é por Reforma Agrária e Reforma Urbana; Nacionalização de um programa de produção de alimentos saudáveis para o povo brasileiro (créditos, assistência técnica, financiamento para as agroindústrias, capacitação e qualificação).
3 2. PONTOS ESTRUTURANTES a) Direitos dos Atingidos por Barragens: A criação da Política Nacional de Diretos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB); Os Planos de Desenvolvimento Regional das comunidades e municípios atingidos por Barragens; Destinação de recursos para garantir a política e os planos de desenvolvimento das comunidades atingidas por barragens; Que a população ameaçada/atingida tenha acesso a todos os documentos (estudos, levantamentos, inventários e projetos) da bacia do rio Ribeira de Iguape e da bacia Piracicaba Capivari Jundiaí, que digam respeito a empreendimentos hidrelétricos e para abastecimento de água, e que a proposta da população seja ouvida; Realização de um diagnóstico social nas áreas que foram atingidas por barragens no estado de São Paulo, para a mensuração da dívida social existente com as famílias atingidas. b) Habitação Liberação imediata dos recursos do Minha Casa Minha Vida Rural das unidades habitacionais já contratadas, mantendo e ampliando o programa para que atenda a todas as famílias que necessitem; Liberação para construção de casas para filhos de assentados da reforma agrária; Resolver os passivos que tem nos assentamentos Federais; - Liberação dos recursos para os projetos protocolados na Caixa Econômica Federal. - Entre construção de casas novas e reforma: um total de unidades para os assentamentos do MST, nesta primeira apresentação dos projetos na caixa. Tendo em vista que temos quase 10 mil famílias assentadas; - Nova normativa para assentados da Reforma Agraria, e Agricultura Familiar dando direitos ao Minha Casa Minha Vida rural para quem esteve cadastrado no CADMUT (Cadastro do Mutuário), e hoje está em áreas rurais; - Celeridade das Caixas para análise dos Projetos. (Muita Burocracia da Caixa e do Banco do
4 Brasil), está excluindo famílias; c) Educação: Fortalecimento do PRONERA com infra estrutura e pessoal para o desenvolvimento adequado desta política em nossas regiões; Programas de capacitação da juventude nos assentamentos e comunidades rurais; d) Dívidas: Estabelecer novo prazo para renegociação das dívidas do Banco da Terra; e) Organização da Produção e acesso à terra: Desburocratização do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); Mais Alimentos; Agilidade no pagamento dos contratos de Assistência Técnica e Extensão Rural; Assistência Técnica que atenda todos os assentamentos e comunidades rurais; Incentivo a produção de alimentos saudáveis. Chamada Pública de Agroecologia, e técnicos capacitados para acompanhar experiências de agroecologia; Uma Política de Assentamentos para o Estado de São Paulo de fato, que seja executada na prática, e acabar com a demora e burocracia dentro do INCRA/SP; Política de regularização fundiária e ambiental, uma ação conjunta entre estado e municípios, priorizando territórios de alta concentração de agricultura familiar e comunidades tradicionais. f) Infra estrutura nas comunidades e assentamentos rurais Mais assentamentos; Melhoria nas estradas, pontes; Acesso a água, construção de poços e cisternas; Manutenção de toda infra estrutura em todos os assentamentos; Concessão de uso das áreas coletivas que já foram solicitadas; Que todas as comunidades tenham acesso à internet. Seja pelos centros de acesso
5 comunitários, nas escolas, ou/e por Wi-fi. Que seja melhorado e instalado nas comunidades e assentamentos torres de telefonia móvel que tenha um bom sinal. f) Projetos: Terra sol: garantir recurso e projetos de pequenas agroindústrias, e produção; Projetos de agroecologia em todos os assentamentos, Planapo, Eco Forte, etc; Programa Nacional de Agroindústria Terra Forte; Liberação do Projeto de reestruturação da Cocamp; e em que fase está; Liberação do Projeto de Reforma da Escola de Agroecologia Laudenor de Souza; Projetos para recuperação dos centros de formação, (espaços coletivos) dos assentamentos; Projetos para produção de alimento, e irrigação nos assentamentos e comunidades rurais; Projeto para aquisição de ASBC (aquecimento de água de baixo custo) para as famílias; Projetos de incentivo ao lazer e animação da juventude no campo em relação a cultura, musicas, danças e esportes. Como por exemplo: cinemas itinerantes nas comunidades e a compra de instrumentos musicais; Revitalização dos Projetos do Programa Nacional dos Créditos Fundiários.
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