AGENDA SEMANAL. 4ª Semana de Julho/2017 COMPARATIVO
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- Luiz Fernando Barroso Gesser
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1 AGENDA SEMANAL 4ª Semana de Julho/2017 RESUMO CLIMÁTICO: No início da semana de 15 a 21/07/2017 ocorreu chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai e Iguaçu. Na semana de 22 a 28/07/2017 não deve ocorrer precipitação nas bacias hidrográficas de interesse do SIN. Nessa revisão, houve o estabelecimento de montantes semanais de importação de energia da República Oriental do Uruguai, para a semana de 22 a 28/07/2017, através das conversoras de Rivera e de Melo, em consonância com oferta de energia declarada pela Eletrobrás (agente responsável pela importação) de acordo com as Portarias MME nº 556/2015 e nº 164/2016. COMPARATIVO Em comparação com os valores estimados para a próxima semana, prevê-se para a semana em curso, recessão nas afluências dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Norte, um leve aumento entre os valores estimados e previstos nas afluências do subsistema Sul e estabilidade nas afluências do subsistema Nordeste. A previsão para as afluências médias mensais do mês de julho indica a ocorrência de afluências abaixo da média histórica para todos os subsistemas. 1 Essas previsões são ilustradas na Figura 1 abaixo. Tabela 1 Nesta revisão do PMO Julho/2017, o valor médio semanal do Custo Marginal de Operação - CMO dos subsistemas do SIN passou de R$ 270,71/MWh para R$ 273,23/MWh. Tabela 2 Figura 1
2 ANÁLISE PLD: O PLD para o período entre 22 e 28 de julho subiu 1% ao ser fixado em R$ 269,76/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. O preço segue equalizado em todo o país, uma vez que os limites de intercâmbio entre os submercados não foram atingidos em nenhum patamar de carga. As afluências previstas para o Sistema, em julho, foram revistas de 66% para 64% da Média de Longo Termo MLT, abaixo da média para todos os submercados. Houve redução no Sudeste/Centro-Oeste (80% para 79%), Sul (57% para 42%) e Nordeste (33% para 31%) com a manutenção do índice previsto anteriormente para o Norte (61% da média histórica). Não há expectativa de mudança na previsão de carga para a próxima semana. Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram 450 MWmédios inferiores à previsão anterior, com quedas de 250 MWmédios no Sul, 50 MWmédios no Nordeste e 150 MWmédios no Norte. O Sudeste não apresentou alteração. O fator de ajuste do MRE previsto para julho foi revisto de 66,9% para 66,03% e os Encargos de Serviços do Sistema ESS são esperados em R$ 48 milhões para o período, sendo R$ 20 milhões referentes à segurança energética. 2 Termos utilizados: Tabela 3 ONS (Operador Nacional do Sistema): Órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no SIN. PMO (Programa Mensal de Operação Energética): é realizado pelo ONS com a participação dos agentes. Os estudos realizados em base mensal, discretizados em etapas semanais e por patamar de carga, revistos semanalmente fornecem metas e diretrizes a serem seguidas pelos órgãos executivos da Programação Diária da Operação Eletroenergética e da Operação em Tempo Real. SIN (Sistema Interligado Nacional): Sistema constituído de instalações de produção e transmissão de energia elétrica, todas interligadas, que atende cerca de 100% do mercado nacional de energia elétrica. ENA (energia a partir de fluxos de água): o volume de energia que pode ser produzido a partir de chuvas em um local específico e prazo. MLT (média de longo prazo): fluxo de água natural média do mesmo período de tempo, como observado na série histórica de dados. PLD (Preço de liquidação das diferenças): preço à vista de energia. Fontes: CCEE e ONS (InfoPLD e Relatório Executivo do Programa Mensal de Operação PMO).
3 DESTAQUES DA SEMANA: Brasil continuará atrativo para investimentos em energia, aposta Compass Em entrevista ao podcast da Rio Bravo Investimentos, Paulo Mayon, acredita em retomada da expansão. O Brasil deverá continuar atrativo para investimentos e geração, apesar do período sem leilões de energia nova pelo qual o país passa. De acordo com o sócio da Compass, Paulo Mayon, as expectativas para o setor elétrico são otimistas com o novo modelo que está em consulta pública no Ministério de Minas e Energia com a volta da estabilidade regulatória e possibilidade de retomada da economia após a crise política atual. O executivo afirmou em entrevista ao podcast da Rio Bravo Investimentos que apesar das dificuldades de financiamento da expansão da oferta com as recentes restrições do BNDES o Brasil poderá atrair novos mecanismos para viabilizar os novos projetos. Entre esses estão instituições financeiras multilaterais e bancos privados ocupando uma parcela do espaço que hoje está nas mãos do banco de fomento federal. Isso é positivo, pois garante a expansão da oferta necessária, definiu ele. Estamos sem leilões de energia nova por conta da sobrecontratação das distribuidoras que enfrentaram uma expressiva redução da demanda, mas temos uma capacidade instalada hoje que com a retomada da economia volta a toda velocidade, ou seja, passando essa crise política com as atuais instituições se mantendo fortes, a possibilidade [de expansão da capacidade] existe e continuamos acreditando na atração de investidores em energia e em infraestrutura no geral, opinou ele. Das propostas apresentadas ele destacou ainda a ampliação do mercado livre e, em paralelo, o Programa Gás Para Crescer, que ampliarão a competitividade do mercado, beneficiando, assim, a economia brasileira como um todo. [1] 3 EDP Solar revisa plano de atuação e terá foco em aluguel Empresa tem oito projetos solares em desenvolvimento e ambiciona ser líder de um mercado cujas previsões estão mais conservadoras que a realidade. No final do ano passado, o presidente da EDP no Brasil, Miguel Setas, apontava a criação da EDP Solar como a nova iniciativa da companhia para o crescimento da empresa no país. Agora, pouco mais de oito meses depois, a empresa, que atua em geração distribuída, está revisando seu plano de negócios após obter em seis meses de atuação o que esperava obter em um ano. Atualmente a demanda já contratada está em cerca de 16 MWp de capacidade e nesse tempo já passou por uma revisão de estratégia, resultado da mudança de perfil do mercado nacional. Segundo o Carlos Eduardo Fontoura, diretor da EDP Solar, desde março que a companhia vem atuando no mercado nacional com maior foco em aluguel de projetos. Ele explica que houve uma mudança no perfil do mercado nacional onde os clientes não possuem uma disponibilidade de recursos para investimento em sistemas de geração solar ante a perspectiva de retorno que se tem atualmente. Com a crise, as empresas não tinham capital para investir em um empreendimento que te dá um payback que pode chegar em seis anos. Isso trouxe a mudança de perfil do cliente, explicou o executivo. Agora a maior tendência é de um modelo de aluguel de cotas de fazenda solares, um comportamento que vimos nos Estados Unidos ainda em 2008 com a crise do subprime e por aqui o cliente teve o mesmo comportamento, a GD permite que o ponto de consumo não esteja efetivamente no local da geração o que facilita esse modelo, comentou Fontoura. Apesar desse fator, contou ele, a empresa mantém em paralelo os dois segmentos de comercialização de sistemas na EDP Solar. No nicho de vendas a empresa pode atuar desde o projeto até a operação e manutenção do empreendimento. Sendo classificado como geração distribuída ou autoprodução. Inclusive, estão em andamento com um projeto de telhado solar de 1,33 MWp de capacidade, segundo seus cálculos, o maior no segmento de autoprodução solar fotovoltaica do país.
4 Além disso, está em curso uma negociação que pode aumentar ainda mais a capacidade instalada vendida pela companhia. A EDP Solar está trabalhando em uma proposta que pode chegar a uma capacidade de 16 MWp de um autoprodutor. Contudo, Fontoura não revelou detalhes do projeto ou dessa negociação. No mercado de aluguel, há oito projetos em desenvolvimento no país com uma capacidade instalada que pode chegar a 16 MWp instalados. E esse volume pode mudar de acordo com que avance os pedidos de clientes por novas cotas. Todos esses projetos estão localizados em terra, mas a empresa não descarta aproveitar a área de reservatórios de diversas usinas que possui para instalar empreendimentos flutuantes. A perspectiva é de que essas implantações possam ser iniciadas ainda no segundo semestre do ano. Um dos pontos que ainda não levou a geração solar para os reservatórios, explicou, é a impossibilidade do tracker para acompanhar o movimento do sol, um dispositivo que aumenta o fator de capacidade em países cuja localização está próxima da linha do equador. A tendência é de que o mercado nacional apresente maior demanda mesmo é pela modalidade de aluguel. No Brasil, o mercado de vendas diretas não deve ocorrer como nos Estados Unidos porque a estrutura social aqui e diferente, as cidades são maiores que a média americana e o fato das pessoas não terem a cultura de morar, às vezes a vida inteira, no mesmo lugar acaba sendo uma forma de não incentivar o investimento em um sistema que depois ou você deixa ou tem que levar consigo, descreveu. Com o aluguel podemos fazer o mesmo procedimento que uma TV a cabo ou qualquer outra conta de consumo, pois o endereço muda com a geração feita em um local diferente do consumo, é um processo simples, descreveu. Fontoura não revela o tamanho do mercado que a empresa projeta no Brasil, até porque as projeções que foram feitas até hoje se mostraram menores do que a realidade. A solar é a energia do futuro e queremos estar à frente como líderes do mercado discursou ele sem revelar qual seria a participação almejada. Nesse sentido, argumentou, a empresa vem desenvolvendo um novo plano de negócios para apontar novas metas para o futuro, até porque a velocidade do mercado tem sido maior que a esperada. Ele exemplificou que no caso da EDP Solar os números estimados para três anos foram alcançados em seis meses de atuação. Esse debate que temos, de saber qual é o tamanho do mercado no futuro, reforçou. Para atender a esse crescimento de demanda a empresa está em vias de aumentar sua capacidade de instalação de sistemas. Atualmente, disse, é de 266 kwp/ dia, por meio de dois instaladores homologados pela empresa, em breve, disse terá mais um terceiro o que elevará a 399kWp/dia de capacidade. [1] 4 Fonte: [1] Canal Energia (acessado em 21/07/2017).
5 ANEEL: AGENDA DESTA SEMANA (22 A 28/07) Segunda-Feira às 10h Lista da 29ª Sessão de Sorteio Público Ordinário de Recurso Administrativo interposto pela Companhia Paulista de Força e Luz CPFL Paulista em face de decisão proferida pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo ARSESP, que julgou procedente a reclamação do município de Descalvado SP e determinou que a Recorrente devolva em dobro os valores faturados a maior em virtude da classificação incorreta de unidades consumidoras do município. Recurso Administrativo interposto pela Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. em face de decisão proferida pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo ARSESP, referente a devolução de valores faturados a maior em virtude da classificação incorreta de unidade consumidora Terça-Feira às 9h Pauta da 27ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria Resultado da Audiência Pública nº 30/2017, instituída com vistas a colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da minuta do Edital e respectivos anexos do Mecanismo Competitivo de Descontratação de Energia de Reserva de 2017, cujas diretrizes foram estabelecidas pelas Portarias MME nº 151/2017 e 200/2017. Revisão Tarifária Periódica de 2017 da Coprel Cooperativa de Energia, a vigorar a partir de 30 de julho de 2017.
6 CCEE: SEG TER Data limite para envio da cópia física autenticada dos CCEALs para fins de recomposição de lastro de usinas em atraso jun/17 Data limite para divulgação das informações referentes às garantias financeiras após o período de aporte jun/17 Data limite para divulgação das informações referentes aos contratos de venda ou de cessão não efetivados em razão do não aporte de garantias financeiras jun/17 (MS+17du) Data limite para divulgação do valor do prêmio de risco hidrológico a ser aportado (para o gerador que repactuou o risco hidrológico no ACR) jul/17 Liquidação Financeira do MCSD jun/17 (X) Data limite para inserir as declarações de sobras ago/17 (MA-5du) 6 QUA Data limite para validação da modulação ex-ante dos montantes de energia contratados para os CBRs celebrados entre empresas do mesmo grupo econômico ago/17 QUI Data limite para divulgação dos valores a liquidar das cessões do MCSD jul/17 (X+2du) Data limite para divulgação dos resultados da liquidação financeira do MCSD jun/17 (X+2du) SEX Data limite para divulgação do resultado da alocação de geração própria jun/17 (MS-2du) Data limite para pagamento da contribuição associativa jul/17 (M+20du) Disclaimer Este relatório é distribuído de forma gratuita e exclusiva aos clientes COMPASS/EIG com a finalidade de prestar informações relevantes para o acompanhamento regulatório do mercado de energia elétrica no Brasil. Não representa em nenhuma hipótese uma recomendação de compra ou venda de energia elétrica. Apesar de todo o cuidado tomado na elaboração deste relatório de forma a garantir que as informações contidas reflitam com precisão as informações presentes no mercado no momento, a COMPASS/EIG não se responsabiliza por decisões tomadas em função das informações, dado seu caráter dinâmico e de rápida obsolescência. Este boletim não pode ser reproduzido, distribuído ou publicado para qualquer fim.
3º Ciclo Revisões Tarifárias Periódicas
8 02 3 PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) 4ª Semana de Fevereiro de 203 Fevereiro (6.02.203 a 22.02.203) PLD médio PLD médio 2 R$/MWh Sudeste Sul Nordeste Norte Sudeste 87,88 93,57 Pesada 27,60 27,60
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