Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas
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- Nina Gesser Paiva
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1 Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas Conjunto completo das Demonstrações Financeiras 2015
2 Conjunto completo das Demonstrações Financeiras 2015 O conjunto de demonstrações apresentado a seguir é composto pelas seguintes informações: Relatório da administração; Relatório do auditor independente; Demonstrações Financeiras.
3 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Submetemos à apreciação dos Acionistas da sociedade em geral, mercado, dos clientes e dos fornecedores o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Stara S/A Indústria de Implementos Agrícolas em 31 de dezembro de 2015, acompanhado do Relatório dos Auditores Independentes. 1. VISÃO GERAL /DESEMPENHO ECONÔMICO DA COMPANHIA CONJUNTURA ECONÔMICA Mesmo o mercado demonstrando momentos de instabilidade política e econômica, com crédito escasso, de difícil acesso para financiamento de clientes e indefinição da política de juros para 2016, a Stara encerrou o exercício de 2015 com a convicção que realizou tudo o que estava ao seu alcance para superar as ameaças com que se depararam as atividades produtivas da indústria brasileira. A diretoria está segura de que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais suficientes para implementar seu plano de negócio e cumprir suas obrigações de curto e médio prazo, bem como suportar o crescimento objetivado para os próximos anos. O capital de giro é suficiente para as suas atuais exigências e os seus recursos de caixa, inclusive empréstimos de terceiros, são suficientes para atender o financiamento de suas atividades e cobrir sua necessidade de recursos de curto e médio prazo. ATIVIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO A Stara possui a maior e mais completa linha de máquinas e implementos agrícolas do país. No exercício findo em 31/12/2015, apresenta receita líquida com baixa de 26,5% em relação ao mesmo período do exercício de 2014 e a margem bruta atingiu 26,8%. Valores das vendas brutas, no período dos últimos 3 (três) exercícios sociais: Exercício findo em: R$ mil % 31/dez/ ,5% 31/dez/ ,1% 31/dez/ ,0%
4 ANÁLISE DO RESULTADO DO PERÍODO A Companhia apresenta prejuízo líquido de R$ mil em 31/12/2015, frente ao lucro líquido de R$ mil em 31/12/2014, prejuízo oriundo basicamente da crise econômica enfrentada pelo país neste período. Síntese dez/15 dez/14 dez/13 R$ mil % R$ mil % R$ mil % Receita Líquida ,0% ,0% ,0% Resultado Bruto ,8% ,3% ,5% Despesa/Receitas Operacionais ( ) -31,6% ( ) -21,0% ( ) -18,3% Receita/Despesas Financeiras Líquidas ,5% ,8% (10.988) -1,3% Resultado Líquido (15.011) -3,2% ,2% ,2% EBITDA A administração da Companhia acredita que a análise do EBITDA é relevante para a empresa, pois demonstra o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem considerar os efeitos financeiros, de impostos e efeitos não recorrentes. Conforme orientação da instrução da CVM 527/2012, o cálculo do EBITDA (LAJIDA) é o resultado líquido do período, acrescido dos tributos sobre o lucro, das despesas financeiras líquidas e das receitas financeiras, das depreciações, amortizações e exaustões, assim o EBITDA apresentado a seguir, parte do lucro bruto, descontado as despesas com vendas e administrativas, somando outras receitas, depreciação e amortização, conforme a seguir: Composição EBTIDA - R$ mil ACUMULADO ACUMULADO ACUMULADO Lucro Bruto (-) Despesas Administrativas + Vendas (+) Outras receitas Depreciação e Amortização EBITDA INVESTIMENTOS Em função das indefinições econômicas e politicas, e também das incertezas relacionadas ao setor de atuação, a Companhia optou pela não divulgação das projeções para 2016, o que inclui também os investimentos previstos.
5 Em 2014 e 2015 a Companhia fez investimentos significativos em desenvolvimento de novas plantas industriais com maior tecnologia, aquisição de novos equipamentos para o setor produtivo, implantação de sistema de gestão integrado de gestão ERP para todas as áreas da empresa e desenvolvimento de novos produtos na sua linha de produção. Os valores investidos são: Investimentos Terrenos Prédios e Construções Maquinas e Equipamentos Moveis e Utensílios Veículos Outras Imobilizações Desenvolvimento Novos Produtos 7264 TOTAL RECURSOS HUMANOS A seguir demonstramos a evolução total dos colaboradores da companhia: Detalhe dez/15 % dez/14 % dez/13 % Total de Colaboradores ,6% ,3% ,9% PERSPECTIVAS A Stara esta trabalhando em duas frentes que considera de grande importância: internacionalização da companhia e consolidação da sua rede de concessionárias no país e exterior, ambas frentes de trabalho demandarão investimentos para serem consolidados. De forma geral a Companhia pretende efetuar investimentos no montante aproximado de R$ 50 milhões até 2018, os quais serão destinados: (i) à aquisição de equipamentos e melhorias nas unidades produtivas atuais; (ii) ao desenvolvimento de novos produtos; e (iii) a novos módulos e funcionalidades do sistema de gestão SAP. O mercado está demonstrando recuperação na maioria das áreas de atuação da Companhia devido o restabelecimento da confiança nos investimentos, com isso a Stara acredita que as projeções são de estabilidade e retomada das vendas com o aquecimento do mercado.
6 2. RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTE Os trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras das Stara S/A Indústria de Implementos Agrícolas relativos ao exercício findo em 31/12/2015 foram realizados pela PricewaterhouseCoopers, a qual não prestou outros serviços além dos relacionados à auditoria independente. 3. AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos os clientes, fornecedores, acionistas e colaboradores pelo apoio, dedicação e confiança depositados na Companhia. A ADMINISTRAÇÃO
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10 Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais Ativo Passivo e patrimônio líquido Circulante Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) Fornecedores e outras obrigações (Nota 13) Contas a receber de clientes (Nota 7) Empréstimos e financiamentos (Nota 14) Estoques (Nota 8) Impostos e contribuições sociais a recolher (Nota 15) Impostos a recuperar (Nota 9) Dividendos a pagar (Nota 18) Outros ativos Provisão para perdas em investimentos (Nota 10) Circulante Provisões (Nota 16) Outros passivos Não circulante Não circulante Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos (Nota 14) Depósitos judiciais (Nota 17) Impostos e contribuições sociais a recolher (Nota 15) Impostos a recuperar (Nota 23(a)) Provisão para contingências (Nota 17) Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 23 (c)) Outros passivos Outros ativos Total do passivo Intangível (Nota 11) Imobilizado (Nota 12) Patrimônio líquido (Nota 18) Capital social Reservas de lucros Prejuízos acumulados ( ) ( ) Participação dos não controladores (2.165 ) (1.006 ) Total do patrimônio líquido Total do ativo Total do passivo e patrimônio líquido As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 1 de 38
11 Demonstração do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro Receitas (Nota 19) Custo das vendas (Nota 20) ( ) ( ) ( ) ( ) Lucro bruto Despesas com vendas (Nota 20) (96.260) ( ) (96.260) ( ) Despesas administrativas (Nota 20) (49.254) (27.700) (52.377) (29.456) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (Nota 21) 496 (160) Participação nos lucros de controladas (Nota 10) (2.705) Lucro (prejuízo) operacional (21.397) (22.319) Receitas financeiras (Nota 22) Despesas financeiras (Nota 22) (26.745) (23.198) (26.990) (23.599) Receitas financeiras, líquidas (Nota 22) Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (14.001) (15.161) Imposto de renda e contribuição social (Nota 23(b)) Lucro líquido (prejuízo) do exercício Atribuível a Acionistas da Companhia Participação dos não controladores (13.851) (15.011) (13.851) (1.160) 80 (15.011) Lucro (prejuízo) por ação atribuível aos acionistas da Companhia durante o exercício (expresso em R$ por ação) (0,05) 0,12 Não houve outros resultados abrangentes nos exercícios divulgados. Portanto, não se apresenta uma demonstração do resultado abrangente. As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 de 38
12 Demonstração das mutações no patrimônio líquido Em milhares de reais Atribuível aos acionistas da Reservas de lucros Reserva Participação Total do Capital Aumento Retenção Ações em Prejuízos dos não patrimônio Social Legal de capital de lucros tesouraria acumulados Total controladores líquido Em 31 de dezembro de (1.036) (1.086) Dividendos adicionais pagos (Nota 18 (c)) Aumento de capital (Nota 18 (a)) e cancelamento de ações em tesouraria (Nota 18 (d)) (335) ( ) (50.179) (50.179) (50.179) Lucro líquido do exercício Destinação de lucros acumulados Dividendos propostos (R$ 0,03 por ação) (Nota 18 (c)) (7.810) (7.810) (7.810) Constituição de reservas (25.074) Em 31 de dezembro de 2014 Prejuízo do exercício Dividendos adicionais pagos (Nota 18 (c)) Aporte de capital (Nota 18 (a)) Em 31 de dezembro de (1.006) (13.851) (13.851) (1.160) (15.011) (2.190) (2.190) (2.190) (13.851) (2.165) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 de 38
13 Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (14.001) (15.161) Ajustes Depreciação e amortização Perda (ganho) na venda de ativo imobilizado Resultado de equivalência patrimonial (188) Provisão (reversão) para impairment de contas a receber de clientes 524 (2.012) 524 (2.055) Despesa de juros e variações monetárias Provisão (reversão) para perdas em estoques (1.968) (1.968) Provisão para passivos contingentes Variações nos ativos e passivos Contas a receber de clientes (154) (60) Estoques (37.380) (37.952) Impostos a recuperar (9.959) (13.476) (10.616) (13.777) Outros ativos (220) Fornecedores e outras obrigações (14.264) (12.325) (9.785) (10.561) Impostos a pagar (3.664) (18.116) (3.671) (18.748) Outros passivos (2.506) (2.489) Caixa gerado pelas operações (52.777) (51.882) Juros pagos (5.590) (10.718) (5.658) (10.815) Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais (58.367) (57.540) Fluxos de caixa das atividades de investimento Aquisições de ativo imobilizado (17.870) (52.121) (18.316) (52.286) Aquisições de ativo intangível (15.324) (6.104) (15.346) (6.110) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (33.194) (58.225) (33.662) (58.396) Fluxos de caixa das atividades de financiamento Aumento de capital social Captação de empréstimos e financiamentos Amortização de empréstimos e financiamentos (68.996) ( (69.433) (61.696) Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (20.264) (46.712) (20.264) (46.712) Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de financiamento (5.673) (6.547) Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa, líquidos (10.421) (10.499) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 de 38
14 1 Informações gerais A Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas ("Stara") é uma sociedade anônima com sede em Não- Me-Toque, Estado do Rio Grande do Sul, e conjuntamente com sua controlada Industria Metalúrgica Inovação Ltda., têm por objeto social a indústria, o comércio, a importação e a exportação de autopropelidos, tratores, colheitadeiras, equipamentos de tecnologia, implementos e máquinas agrícolas em geral. A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pela administração em 21 de março de Transações de capital Em 30 de dezembro de 2014 foi assinado Contrato de Promessa de Subscrição de Ações e Outras Avenças, sendo deliberada em Assembleia Geral Extraordinária de 15 de abril de 2015 a autorização para emissão de (trinta milhões, quinhentas e trinta e quatro mil, trezentas e cinquenta e uma) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal ao preço unitário por ação correspondente a R$ 3,93 (três reais e noventa e três centavos), totalizando R$ A totalidade dessas ações foi integralmente subscrita pelo BNDESPAR BNDES Participações S.A. ( BNDESPAR ) em moeda corrente nacional no dia 28 de abril de A partir dessa subscrição a Companhia passa a ter a seguinte composição acionária: Porcentagem do capital ST e Filhos Partic.Societ.Ltda. 89,42 BNDES Partic.SA BNDESPAR 10,26 Augustin & Cia.Ltda. 0,32 2 Resumo das principais políticas contábeis 2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados, salvo disposição em contrário. As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e 5 de 38
15 também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3. (a) Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs). (b) Demonstrações financeiras individuais As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas. Nas demonstrações financeiras individuais as controladas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. Os mesmos ajustes são feitos tanto nas demonstrações financeiras individuais quanto nas demonstrações financeiras consolidadas para chegar ao mesmo resultado e patrimônio líquido atribuível aos acionistas da. (c) Mudanças nas políticas contábeis Não há novos pronunciamentos ou interpretações de CPC, vigendo a partir de 2015 que poderiam ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas. 2.2 Consolidação As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas: Controladas Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). Transações entre companhias, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas relacionadas são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia. 6 de 38
16 2.3 Conversão de moeda estrangeira (a) Moeda de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas relacionadas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua (a "moeda funcional"). As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Companhia. (b) Transações e saldos As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado. Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos, caixa e equivalentes de caixa são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira. 2.4 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, depósitos bancários à vista e outros investimentos de curto prazo e alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor, sendo o saldo apresentado líquido de saldos de contas garantidas na demonstração dos fluxos de caixa. As contas garantidas são demonstradas no balanço patrimonial como "Empréstimos e financiamentos", no passivo circulante. 2.5 Ativos financeiros Classificação Os ativos financeiros são classificados sob a categoria de empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. Empréstimos e recebíveis Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis compreendem "Contas a receber de clientes e demais contas a receber" e "Caixa e equivalentes de caixa". 7 de 38
17 2.5.2 Reconhecimento e mensuração As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que tenham sido transferidos, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros. Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente Impairment de ativos financeiros Ativos mensurados ao custo amortizado Ao final de cada período do relatório é avaliado se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. Os critérios usados para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem: (i) (ii) (iii) (iv) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor; uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; a Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria; torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira; É avaliado em primeiro lugar se existe evidência objetiva de impairment. O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração consolidada do resultado. Se um empréstimo ou investimento mantido até o vencimento tiver uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment é a atual taxa efetiva de juros determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prático, o impairment pode ser mensurado com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável. Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado consolidado. 8 de 38
18 2.5.4 Compensação de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal não deve ser contingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte. 2.6 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de mercadorias ou prestação de serviços de industrialização no decurso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, são apresentadas no ativo não circulante. As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a Provisão para Créditos de liquidação duvidosa ("PDD" ou impairment). 2.7 Estoques A mensuração dos estoques da Companhia para o ano de 2014 foi baseada em critério definido pela Receita Federal do Brasil para contribuintes nos quais a escrituração não possibilita a apuração do custo com base em sistema integrado e coordenado com o restante da escrituração. Este critério consiste na valorização dos materiais em processamento por uma vez e meia o maior custo das matérias primas adquiridas no período, ou em 80% dos produtos acabados e para estes, em 70% do maior preço de venda no período de apuração. Em 2015, os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor. O método e avaliação dos estoques é o da média ponderada móvel. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende os custos de projeto, matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e as respectivas despesas diretas de produção (com base na capacidade operacional normal), excluindo os custos de empréstimos. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários para efetuar a venda. 2.8 Intangível (a) Desenvolvimento de produtos Os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos (relacionados à fase de projeto e testes de produtos novos ou aperfeiçoados) são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos serão bem- -sucedidos, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. Outros gastos de desenvolvimento são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados desde o início da produção comercial do produto, pelo método linear considerando uma vida útil estimada de 5 anos. (b) Softwares 9 de 38
19 Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas considerando uma vida útil de 5 anos. (c) Marcas registradas e licenças Os custos com o registro de patentes, marcas comerciais e licenças são capitalizados e não sofrem amortização. Os ativos intangíveis não são reavaliados. 2.9 Imobilizado O imobilizado compreende, principalmente, terrenos, fábricas, instalações e máquinas e equipamentos. O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, menos depreciação acumulada. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando o método linear considerando os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada, como segue: 10 de 38 Anos Edificações 60 Máquinas 15 Veículos 5-10 Móveis, utensílios e equipamentos 4-12 Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outros ganhos (perdas), líquidos" na demonstração do resultado Fornecedores As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente, ajustado a valor presente Empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecido na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros.
20 As taxas pagas no estabelecimento do empréstimo e financiamento são reconhecidas como custos da transação do empréstimo, uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ou financiamento ao qual se relaciona. Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que haja um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. Os custos de empréstimos gerais e específicos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos Provisões As provisões para ações judiciais (trabalhistas, cíveis e tributárias), comissões e garantias são reconhecidas quando: (a) (b) (c) há uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados; é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o valor tiver sido estimado com segurança. Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada, levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira Benefícios a empregados - participação nos lucros São reconhecidos um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. Uma provisão é reconhecida quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada (constructive obligation). Não há benefícios pós-emprego concedidos Reconhecimento da receita 11 de 38
21 A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços de industrialização no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como das eliminações das vendas entre empresas relacionadas. A receita é reconhecida quando o valor da receita pode ser mensurado com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades, conforme descrição a seguir. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda. (a) Venda de produtos O reconhecimento da receita não ocorre até que: (i) os produtos tenham sido enviados para o local especificado; (ii) os riscos de obsolescência e perda tenham sido transferidos; (iii) o comprador tenha aceitado os produtos de acordo com o pedido de venda; e (iv) as disposições de aceitação tenham sido acordadas, ou haja evidências objetivas de que todos os critérios para aceitação foram atendidos. (b) Receita financeira A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a contas a receber, o valor contábil é reduzido para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa efetiva de juros original do instrumento. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original das contas a receber Receita de dividendos A receita de dividendos é reconhecida quando o direito de receber o pagamento é estabelecido Arrendamentos Certos bens do imobilizado são arrendados. Os arrendamentos do imobilizado, nos quais a Companhia detém, substancialmente, todos os riscos e benefícios da propriedade, são classificados como arrendamentos financeiros. Estes são capitalizados no início do arrendamento pelo menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício, com base em seu estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em assembleia geral. O benefício fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido na Demonstração do Resultado. 12 de 38
22 2.18 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os impostos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. O encargo de imposto de renda e a contribuição social corrente e diferido é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço dos países em que as entidades do Companhia atuam e geram lucro tributável. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais.o imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, o imposto de renda e a contribuição social diferidos não são contabilizados se resultar do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na época da transação, não afeta o resultado contábil, nem o lucro tributável (prejuízo fiscal). O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativo são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas. Os impostos de renda diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias decorrentes dos investimentos em controladas, exceto quando o momento da reversão das diferenças temporárias seja controlado pela Companhia, e desde que seja provável que a diferença temporária não será revertida em um futuro previsível. Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos correntes, em geral relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativos e passivos em diferentes entidades ou em diferentes países, em geral são apresentados em separado, e não pelo líquido. 13 de 38
23 3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Com base em premissas, estimativas contábeis são realizadas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas abaixo. (a) Impairment de contas a receber As orientações do CPC 38 são seguidas para determinar quando um ativo financeiro está impaired. Essa determinação requer um julgamento significativo. Para esse julgamento, é avaliado, entre outros fatores, a duração e a proporção na qual o valor justo de um investimento é menor que seu custo, o comportamento do fluxo de caixa de seus ativos através de indicadores de performance avaliados junto à administração. (b) Depreciação Anualmente, a vida útil dos ativos imobilizados é revisada. A primeira das análises periódicas com o objetivo de revisar e ajustar a vida útil-econômica estimada para o cálculo da depreciação, bem como para determinar o valor residual dos itens, foi realizada no exercício social de Após a primeira análise periódica da vida útil-econômica, a administração continua revisando essa vida útil no mínimo a cada exercício, tomando-se por base análise documentada do trabalho efetuado, com o objetivo de solicitar ou não novas avaliações, com regularidade tal que as estimativas de vida útil e valor residual permaneçam válidos em todos os exercícios. (c) Imposto de renda e contribuição social diferidos A Companhia reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessas questões é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado. 4 Gestão de risco financeiro 4.1 Fatores de risco financeiro As atividades da Companhia a expõe a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial e risco de taxa de juros de fluxo de caixa ou valor justo), risco de crédito e risco de liquidez. A Companhia possui e segue política de gerenciamento de risco, que foi estabelecida pela Administração. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa ou quando é necessário manter o nível de flexibilidade financeira. Nas condições da política de gerenciamento de riscos, alguns dos riscos são administrados por meio da utilização de instrumentos derivativos, que proíbem negociações especulativas e venda a descoberto. 14 de 38
24 (a) (i) Risco de mercado Risco cambial A Companhia atua internacionalmente e está exposta ao risco cambial decorrente de exposições de algumas moedas, basicamente com relação ao dólar dos Estados Unidos. O risco cambial decorre de operações comerciais futuras, ativos e passivos reconhecidos e investimentos líquidos em operações no exterior. A administração estabeleceu uma política que exige que o risco cambial seja administrado em relação à sua moeda funcional. É requerida a proteger suas posições via operações de hedge natural, efetuadas sob a orientação da tesouraria da Companhia. O risco cambial ocorre quando operações comerciais futuras, ativos ou passivos registrados são mantidos em moeda diferente da moeda funcional da entidade. O risco associado decorre da possibilidade se incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas de câmbio, que reduzam valores nominais faturados ou aumentem valores captados no mercado. A Companhia tem compromissos de compras, bem como parte da receita de vendas em moeda estrangeira. Em 31 de dezembro, a Companhia possuía ativos e passivos denominados em moeda estrangeira nos montantes descritos a seguir: Moeda Moeda estrangeira Reais estrangeira Reais Ativo Contas a receber em US$ (-) Adiantamentos de câmbio em US$ (602) (2.351) Passivo Fornecedores em US$ (1.941) (7.577) (139) (365) Fornecedores em euro (398) (1.693) (118) (380) (-) Adiantamentos a Fornecedores US$ (-) Adiantamentos a Fornecedores Euro Empréstimos em US$ (3.000) (11.714) Empréstimos em euro (135) (654) (216) (700) Exposição líquida (ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros Considerando que não há ativos significativos sobre os quais incidam juros, o resultado e os fluxos de caixa operacionais gerados por esses ativos são, substancialmente, independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado. Quanto aos passivos, o risco é oriundo da possibilidade de se incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos 15 de 38
25 captados no mercado. Continuamente são monitoradas as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas taxas. (b) Risco de crédito O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem como de exposições de crédito a clientes. A área de análise de crédito avalia a qualidade do crédito do cliente, levando em consideração sua posição financeira, experiência passada e outros fatores. Os limites de riscos individuais são determinados com base em classificações internas ou externas de acordo com os limites determinados pela administração. A utilização de limites de crédito é monitorada regularmente. (c) Risco de liquidez É o risco de se não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Finanças. As projeções de fluxos de caixa sustentam que a Companhia terá os recursos necessários para fazer frente aos desembolsos futuros de caixa. 4.2 Gestão de capital Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a sua capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a política de pagamento de dividendos pode ser revista, pode ocorrer a devolução de capital aos acionistas ou, ainda, a emissão de novas ações ou venda de ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. O capital é monitorado com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado, com a dívida líquida. Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser assim sumariados: 16 de 38
26 Total dos empréstimos (Nota 14) Menos - caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) (24.589) (35.010) (24.664) (35.163) Dívida líquida Total do patrimônio líquido Total do capital Índice de alavancagem financeira - % 34,78 44,99 35,08 45,32 5 Instrumentos financeiros por categoria (a) Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalente de caixa (Nota 6) Contas a receber de clientes (Nota 7) (b) Outros passivos financeiros Empréstimos e financiamentos (Nota 14) Fornecedores e outras obrigações (Nota 13) de 38
27 6 Caixa e equivalentes de caixa Recursos em banco e em caixa Depósitos bancários de curto prazo Os saldos de depósitos bancários de curto prazo são livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou gravames. As aplicações financeiras contratadas pela Companhia referem-se a recursos excedentes, com rentabilidade média de 95% do CDI. 7 Contas a receber de clientes Contas a receber de clientes Menos - adiantamento de clientes (11.646) (13.163) (11.646) (13.173) Menos - provisão para impairment (7.771) (7.247) (8.258) (7.734) Parcela circulante Os valores justos das contas a receber de clientes refletem os valores contabilizados. As movimentações na provisão para impairment de contas a receber de clientes são as seguintes: Em 1 o de janeiro Provisão para impairment de contas a receber (-) Reversão de impairment de contas a receber (1.620) (7.796) (1.620) (7.839) Em 31 de dezembro Em 31 de dezembro de 2015, a apresenta no contas a receber de clientes o valor de R$ , enquanto o apresenta o valor de R$ em duplicatas vencidas, mas não impaired. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada abaixo: 18 de 38
28 Vencidas Até 30 dias De 31 a 60 dias De 61 a 90 dias De 91 a 120 dias De 121 a 180 dias Acima de 180 dias Em 31 de dezembro de 2015, contas a receber de clientes na controladora, no total de R$ ( R$ 7.247) estavam impaired e provisionadas. Há contas a receber impaired e provisionadas no consolidado, no total de R$ (2014 R$ 7.734). A constituição e a baixa da provisão para contas a receber impaired foram registradas no resultado do exercício no grupo de "Despesas de vendas". Os valores debitados à conta de provisão são geralmente baixados quando não há expectativa de recuperação dos recursos. As contas a receber de clientes, líquidas da provisão para impairment, são mantidas nas seguintes moedas: Reais Dólares americanos As demais contas a receber não contêm ativos impaired. A exposição máxima ao risco de crédito na data de apresentação do relatório é o valor contábil de cada classe de contas a receber mencionada acima. 19 de 38
29 8 Estoques Produtos acabados e disponíveis para venda Produtos em elaboração Matérias-primas e componentes Material de consumo (-) Provisão para obsolescência (1.879) (3.847) (1.879) (3.847) (-) Ajuste a valor presente (1.494) (917) (1.494) (917) O custo dos estoques reconhecido no resultado e incluído em "Custo das vendas" totalizou R$ ( R$ ) na e R$ (2014 R$ ) no. Não há quaisquer ônus reais, garantias prestadas e/ou restrições à plena utilização dos estoques. As movimentações na provisão para obsolescência de estoques são as seguintes: Em 1 o de janeiro Provisão (reversão) de obsolescência de estoques (1.968) (1.968) Em 31 de dezembro de 38
30 9 Impostos a recuperar Circulante ICMS a recuperar IPI, PIS e COFINS a compensar IRPJ e CSSL a compensar Outros Não circulante ICMS a recuperar Investimentos (a) Movimentação dos investimentos em controladas Em 1 de janeiro (-) Reversão da provisão para perda em investimentos (2.347) (2.535) Equivalência patrimonial (2.705) 188 Reclassificação para provisão para perda em investimentos Em 31 de dezembro (b) Resumo das informações financeiras O quadro abaixo apresenta um resumo das informações financeiras da controlada. 21 de 38
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