Efeito da termorretificação nas propriedades de resistência e de rigidez da madeira Eucalipto citriodora

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Efeito da termorretificação nas propriedades de resistência e de rigidez da madeira Eucalipto citriodora"

Transcrição

1 Efeito da termorretificação nas propriedades de resistência e de rigidez da madeira Eucalipto citriodora Kelly Cristina Ramos da Silva, Universidade de São Paulo - USP, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - ICMC, São Carlos, SP. lifekelly@grad.icmc.usp.br Julio Cesar Molina, Universidade Estadual Paulista - UNESP, Faculdade de Engenharia Industrial Madeireira, Itapeva, SP. molina@itapeva.unesp.br Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar por meio de métodos estatísticos as propriedades de rigidez (E c0 e MOE) e de resistência (f c0, MOR, f t0 e f v0 ) da madeira Eucaliptos citriodora após sua termorretificação nas temperaturas: 160, 180, 200, 220 e 240 em graus Celsius com relação à madeira em temperatura ambiente (in natura). Foram considerados os resultados dos ensaios experimentais de resistência e de rigidez obtidos por Silva (2012), sendo que estes resultados foram analisados por meio do pacote estatístico comercial R, versão Os resultados do ajuste do modelo multivariado de análise de variância (MANOVA) e dos testes de Tukey mostraram que a termorretificação da madeira não apresentou significativas influências na rigidez da madeira, entretanto com relação à resistência da madeira foi identificada uma significativa queda dessa propriedade, principalmente nas amostras tratadas nas temperaturas: 220º C e 240º C. Tanto na análise de componentes principais e como na análise de agrupamentos robustas foram identificas amostras multivariadas anômalas, entretanto tais amostras não afetaram as conclusões finais do estudo. Palavras-chave: termorretificação, Eucaliptos citriodora, análises estatísticas, resistência Effect of thermal rectification in the properties of strength and stiffness of Eucalyptus citriodora Pinus taeda wood Abstract: The aim of this work was the statistical analysisof stiffness (E c0 and MOE) and strength (f C0, MOR, and f t0, f v0 ) properties of eucalyptus citriodora wood after thermal rectification at temperatures: 160, 180, 200, 220 and 240 degrees Celsius with respect to timber at room temperature. The strength and stiffness experimental results were obtained by Silva (2012) and these results were analyzed with the use of "R" commercial package statistical, version The statistical results showed that the treatment had no significant influence on the stiffness of the wood, but with respect to strength the greatest influence was observed strength, main in the samples treated at 220º C e 240 ºC. As main component analysis as analysis to get into groups robusts identified multivariate atypical samples, however that samples no affect the end conclusion the in study. Keywords: Thermal rectification, Eucaliptos citriodora, statistical analysis, strength 53

2 1. Introdução A madeira utilizada para fins estruturas deve ser tratada. O tratamento preservativo da madeira é importante para a melhoria da sua durabilidade quando esta é exposta aos fatores ambientais, tais como: presença de umidade, ataque de fungos entre outros. Assim, para aumentar a vida útil das estruturas de madeira os tratamentos preservativos mais comumente utilizados, e de ação prolongada, são feitos por impregnação em autoclave, utilizando soluções de CCA (Cobre, Cromo e Arsênio) e CCB (Cobre, Cromo e Boro). Dentro deste grupo existem também os tratamentos a base de óleo, como o Creosoto. Esses tratamentos preservativos, embora eficientes no que se refere a proteção da madeira frente as ações biológicos, tem sido alvo de discussões e tem sido questionados quanto a sua toxidade e também com relação ao descarte da madeira no meio ambiente por eles tratada. Como a finalidade de diminuir os danos ao meio ambiente e utilizar os tratamentos da madeira de maneira mais eficaz, pesquisas têm sido desenvolvidas com o objetivo de avaliar a eficiência de tratamentos da madeira por termorretificação. Podem ser citados, neste caso, vários trabalhos desenvolvidos por diferentes pesquisadores, dentre os quais podem ser citados: Poncsák et al. (2006) (1), Modes (2010) (2) e Silva (2012) (3). O tratamento térmico por termorretificação não envolve compostos químicos e consiste num processo de baixo custo e, por esta razão, pode ser uma proposta viável para substituir o processo tradicional de tratamento preservativo realizado por impregnação de compostos químicos em autoclave. Segundo Brito (1992) (4), o tratamento térmico por termorretificação tem como base a pirólise, que pode ser definida como o fenômeno que leva a madeira à degradação, mediante a ação do calor, na ausência de agentes oxidantes ou de catalizadores e, portanto, sem que haja combustão. A termorretificação da madeira é geralmente realizada em temperaturas abaixo de 280 ºC. O objetivo deste trabalho foi a análise das propriedades de rigidez (E c0 e MOE) e de resistência (f c0, MOR, f t0 e f v0 ) de madeiras de Eucaliptos citriodora termorretificadas nas temperaturas: 160 ºC, 180 ºC, 200 ºC, 220 ºC e 240 ºC com relação às propriedades da madeira obtidas em temperatura ambiente. Para tanto, os principais métodos estatísticos utilizados formam o modelo paramétrico MANOVA e o teste de Tukey. A análise também considerou a detecção de pontos atípicos univariados e multivariados nos dados, etapa esta essencial a ser realizada em qualquer análise estatística, pois a presença de pontos atípicos influentes pode conduzir a inferências equivocadas. As análises estatísticas foram feitas com base nos resultados de ensaios experimentais de resistência e de rigidez obtidos por Silva (2012) (3). 2. Materiais e Métodos 2.1. Análise estatística dos resultados experimentais de resistência e rigidez Uma análise descritiva dos dados é primordial e indispensável em qualquer estudo em que se infira a partir de informações de natureza quantitativa. Em particular esse trabalho realizou nessa análise os testes de normalidade univariado de Shapiro-Wilk e multivariado 54

3 de Mardia para inferir sobre a distribuição das variáveis e do conjunto de dados, respectivamente. Foi também utilizado o teste de homogeneidade de variâncias de Bartlett para testar a hipótese de igualdade de variâncias, sendo que, se a variabilidade de uma variável admitida para todos os grupos estudados não se diferir estatisticamente, é dito que a variável é homocedastica. No entanto, no caso em que a variabilidade de uma variável se diferir estatisticamente para pelo menos um grupo se comparado as variâncias dos demais grupos estudados, ter-se-á, neste caso, que a variável é dita heterocedastica. As análises gráficas também devem ser realizadas nessa etapa. Os gráficos utilizados neste estudo foram os boxplots que permitem inferir a respeito da variabilidade dos dados, das medidas resumo, da distribuição dos dados e da presença de valores extremos univariados. A análise descritiva além de dar uma visão geral do estudo também nessa etapa deve se identificar a veracidade das suposições admitidas pelos modelos estatísticos, antes da aplicação dos mesmos aos dados. O modelo paramétrico multivariado de análise de variância (MANOVA) é utilizado em estudos cujo objetivo é avaliar se há o efeito da(s) variável(is) independente(s) ou fator(es) de natureza qualitativa na variável resposta. O modelo pressupõe que os dados seguem uma distribuição normal multivariada e a relação entre as variáveis respostas e o(s) fator(es) é linear. Neste trabalho, o fator estudado é a termorretificação da madeira Eucaliptos citriodora termorretificada nas temperaturas: 160 ºC, 180 ºC, 200 ºC, 220 ºC e 240 ºC. Neste caso, faz-se necessário a aplicação de um método de múltiplas comparações entre duas médias, como o teste de Tukey devido o fato de que o modelo MANOVA não informa a(s) média(s) dos níveis do fator(es) que são estatisticamente distintas. Então, se o modelo MANOVA indicar por meio do nível de significância (p-valor) que há efeito do fator com relação à variável resposta é necessário utilizar um método de múltiplas comparações entre duas médias para identificar qual(is) nível(is) do fator exerce significativa influência estatística na variável resposta. O teste de Tukey tem a vantagem de apresentar os menores intervalos se comparados aos demais métodos de múltiplas comparações entre duas médias. A análise de componentes principais (PCA) é uma popular técnica de análise estatística multivariada que tem como principal objetivo a redução da dimensão do espaço amostral. O método busca por variáveis denominadas de componentes principais que são combinações lineares das variáveis originais e que são mutuamente ortogonais entre si, nas quais descrevem a variação do conjunto de dados original com p variáveis correlacionadas em termos de k variáveis descorrelacionadas entre si, para todo p e k pertencentes ao conjunto dos naturais e para um k menor ou igual a p. Na prática é esperado que os primeiros componentes principais expliquem a maior parte da variabilidade dos dados para que os demais componentes possam ser descartados, de modo que o número de variáveis a serem analisadas seja reduzido, permitindo-se assim uma melhor interpretação e entendimento da fonte de variação dos dados, Rousseeuw e Hubert (2011) (5). O objetivo do uso da técnica de PCA neste estudo foi principalmente para identificar amostras atípicas multivariadas. Por esta razão foi aplicado aos dados o método PCA robusto em que seus estimadores desconsideram amostras fora dos padrões em seu cálculo, pois tais amostras inflam a variabilidade dos dados e prejudicam na captura da real variância, Hubert e Debruyne (2010) (7). O gráfico dos escores dos dois primeiros componentes principais, o biplot, representa o efeito de iteração entre as variáveis. Além disso, nos casos CPA s robustos também é possível identificar amostras atípicas multivariadas, em que esse foi o objetivo dessa análise. 55

4 A análise de agrupamentos consiste em dividir os dados em grupos internamente homogêneos e externamente heterogêneos. Todos os grupos são baseados sobre dissimilaridades pareadas. Na análise de agrupamento robusta se espera que as amostras atípicas, isto é, aquelas que se destoam da maioria das demais amostras do conjunto de dados, não sejam incluídas em grandes grupos de dados. De uma maneira geral, essa análise têm o propósito de identificar a formação dos grupos, a distância entre os grupos, e as homogeneidades intra grupo. Sendo assim possível identificar amostras atípicas multivariadas, porque se espera que tais amostras formem um grupo com poucas observações e isolado dos demais grupos. A robustez desse método foi determinada pelo algoritmo K-medoids, sendo que encontrar o número de grupos que minimizem a variação interna dos grupos não é trivial. Usualmente, adota-se um número grande de pequenos grupos com o objetivo de identificar amostras atípicas no conjunto de dados, sendo que o algoritmo de agrupamento não garante a mínima variância global nos grupos. Um critério de qualidade de homogeneidade intra grupo é o da silhueta, na qual indica alta homogeneidade entre as observações de um grupo quando apresenta valor próximo a um e baixa homogeneidade entre as observações de um grupo quando apresenta valor próximo do zero Seleção do conjunto de dados Os dados analisados neste trabalho são referentes aos valores médios das propriedades mecânicas de resistência e de rigidez da madeira Eucaliptos citriodora obtidas por Silva (2012) (3). Os resultados de resistência e de rigidez, neste caso, foram obtidos a partir de ensaios experimentais considerando três repetições independentes nas mesmas condições. As variáveis respostas consideradas neste estudo foram às seguintes: f c0 : resistência à compressão paralela às fibras, E c0 : módulo de elasticidade à compressão paralela às fibras, MOR: módulo de resistência da madeira à flexão, MOE: módulo de elasticidade à flexão, f t0 : resistência à tração paralela às fibras f v0 : cisalhamento paralelo às fibras da madeira. De uma maneira geral, foram realizados, neste caso, inicialmente, ensaios em temperatura ambiente para determinação das propriedades de resistência e rigidez da madeira e, posteriormente, ensaios para a determinação das mesmas propriedades em peças de madeira termorretificadas nas temperaturas 160 ºC, 180 ºC, 200 ºC, 220 ºC e 240 ºC. A taxa de aquecimento da madeira termorretificada foi de 0,033 ºC.min -1 para se evitar o aparecimento de rachaduras e trincas, sendo a umidade inicial das amostras para o tratamento térmico de 12% ± 2%. O controle da temperatura dos corpos de prova analisado foi controlado por termopares do tipo K, colocados no interior das peças de madeira e em pontos específicos, sendo estes ligados ao sistema de aquisição de dados Agilent. Os ensaios de resistência e de rigidez da madeira, assim como a confecção dos corpos de prova utilizados nos ensaios, foram realizados com base nas recomendações da norma brasileira de madeiras ABNT NBR 7190:1997 (6). A Figura 1 mostra os detalhes de peças de madeira tratada por termorretificação em diferentes temperaturas. 56

5 Figura 1 Alteração nas cores da madeira tratada termicamente: A = testemunha (madeira in natura); B = 160 ºC; C = 180 ºC; D = 200 ºC; E = 220 ºC; F = 240 ºC; G=260 ºC. Fonte: Silva (2012) 3. Resultados e Discussão 3.1. Análise estatística dos dados Nesta seção apresenta-se a análise descritiva, os resultados do ajuste do modelo MANOVA e das múltiplas comparações duas a duas de médias de Tukey, além das análises de diagnósticos e detecção de pontos atípicos univariados. As análises foram realizadas individualmente para cada uma das seis variáveis respostas estudadas. O nível de significância nominal adotado neste trabalho foi de 1% Análise descritiva Previamente foi realizada uma análise descritiva para caracterizar a amostra. Os resultados dessa análise mostraram que os valores médios seguem uma distribuição normal multivariada, pelo teste de normalidade multivariada Mardia, para um nível de significância do teste de 15%, e pelo teste paramétrico de homogeneidade de variâncias de Bartlett, para um nível de significância dos testes > 8% em que foi realizado para cada variável estudada. Pelo teste de Bartlett podemos afirmar que há evidências para não rejeitarmos a hipótese de homocedasticidade das variáveis, com exceção da variável MOE que apresentou ser heterocedastica (p-valor < 0.01). De acordo com Kutner al et.(2004) para dados balanceados, isto é, com números de observações para cada nível de tratamento iguais, e com observações médias de cada tratamento e de cada variável normalmente distribuídas. Foi identificado que as observações médias da variável MOE são normalmente distribuídas segundo o teste de normalidade univariado de Shapiro-Wilk, para um nível de significância do teste de 26%. Desta forma, o método paramétrico aplicado a este estudo é viável e confiável a todas as variáveis em análise, incluindo a variável MOE. Segundo o coeficiente de correlação linear de Pearson, existe uma forte correlação linear diretamente proporcional entre as variáveis referentes à resistência (f c0, MOR, f t0 e f v0 ) da madeira Eucalipto citriodora analisando as duas a duas, com coeficiente de correlação estimado maior que O mesmo foi visto referente à relação entre as variáveis referentes a rigidez (E c0 e MOE) da madeira, com coeficiente de correlação linear estimado de Os gráficos boxplots e os comentários mais relevantes da análise descritiva são apresentados nas Figuras de 2 a 4. 57

6 Figura 2 - Gráfico boxplots: E c0 versus tratamento, e MOE versus tratamento. Na Figura 2 notou-se que na temperatura de 160º C os valores médios das variáveis E c0 e MOE apresentaram grandes variabilidades se comparadas as variabilidades dos valores médios das variáveis submetidas nas demais temperaturas estudadas. Para ambas as variáveis têm que o tratamento não apresentou significativas influências quando ministrado nas temperaturas: 160º C, 220º C e 240º C, ou seja, os limites dos gráficos boxplots nesses níveis de temperatura se interceptam com o da madeira in natura. Nas temperaturas: 180º C e 200º C notou-se uma significativa melhora na rigidez da madeira, porque os valores médios amostrados referentes à rigidez da madeira Eucalipto citriodora para madeiras tratadas nas temperaturas: 180º C e 200º C se mostraram superiores ao valores médios amostrados das madeiras in natura. Figura 3 - Gráfico boxplots: f c0 versus tratamento, e MOR versus tratamento. Na Figura 3, com relação às variáveis f c0 e MOR as suas amostras submetida na temperatura de 160º C também apresentaram grandes variabilidades se comparadas às variabilidades apresentadas pelas amostras das demais temperaturas estudadas. Foi identificado também que as amostras tratadas para os níveis de temperatura estudados apresentaram valores inferiores aos valores apresentados pelas madeiras in natura. 58

7 Em outras palavras, o intervalo de valores os quais o nível de temperatura zero (madeira in natura) assume é superior aos intervalos de valores assumidos pelas madeiras tratadas. Figura 4 - Gráfico boxplots: f t0 versus tratamento, e f v0 versus tratamento. Análogo ao apresentado pelas variáveis f c0 e MOR, na Figura 4 notou-se que os valores médios amostrais apresentados pelas madeiras tratadas aos níveis de temperatura estudados são significativamente inferiores aos valores apresentados pelo nível de temperatura zero (madeira in natura) quando se observou as variáveis f t0 e f v0. Nestas análises gráficas não foram identificados valores médios atípicos univariados nas amostras de cada procedimento experimental investigado das seis variáveis estudadas referentes às propriedades mecânicas da madeira Eucalipto citriodora. Os pressupostos de presença de pontos atípicos univariados e o efeito da termorretificação também foram verificados no ajuste do modelo MANOVA e com os testes de Tukey. Os resultados dessas análises são apresentados nas seções 3.2. e Modelos ajustados a rigidez da madeira - variáveis: E c0 e MOE Inicialmente foram analisados os resultados do ajuste do modelo MANOVA as variáveis: E c0 e MOE que indicaram que não há evidências de que o tratamento influência nos seus valores médios para os níveis de significância (p-valor) dos testes de 0.11 e 0.03, respectivamente se comparados ao nível de significância nominal de

8 Figura 5 - Múltiplas comparações de médias de Tukey para as variáveis E c0 e MOE, respectivamente. Na Figura 5 os resultados das múltiplas comparações de médias duas a duas de Tukey coincidiram com os resultados apresentados pelo modelo MANOVA, ou seja, há evidências de que as médias das madeiras tratadas não apresentaram significativas diferenças estatísticas para todas as possíveis comparações entre as medias duas a duas, pois o valor zero esta presente em todos os intervalos de confiança de Tukey e os níveis de significância dos testes foram maiores que 40%, o que é maior do que o nível nominal do teste de Tukey que é de 5% Análises de diagnósticos dos ajustes dos modelos - variáveis: Ec0 e MOE Os resíduos dos ajustes dos modelos para as variáveis E c0 e MOE se mostraram normalmente distribuídos pelo teste de normalidade de Shapiro-Wilk (p-valor igual a 0.11 e 0.10 respectivamente). Os residuos da variável E c0 se mostraram homocedastica pelo teste de homogeneidade de variâncias de Bartlett (p-valor igual a 0.16), já com relação a variável MOE se mostraram heterocedasticos (p-valor menor do que 0.01). 60

9 (a) (b) Figura 6 - Gráficos de resíduos do ajuste de E c0 com e sem as amostras 4, respectivamente. (a) (b) Figura 7 - Gráficos de resíduos do ajuste de MOE com e sem a amostra 4 respectivamente. Nas Figuras 6a e 7a (gráficos à esquerda) presume-se que, do total de amostras analisadas, a amostra 4 é uma amostra atípica nas observações das variáveis E c0 e MOE. Os resultados foram investigados com e sem a amostra 4 e identificado que essa amostra não é influente, pois não alterou os resultados das comparações entre a média da madeira in natura com as médias das madeiras tratadas para ambas das variáveis investigadas. Sem a amostra 4 o modelo apresentou melhor ajuste aos dados (Figura 6b), devido ao fato de que os gráficos dos resíduos versus valores ajustados, e resíduos versus leverage estão aleatórios em torno de (-2, 2), enquanto que no gráfico quantis normais versus quantis observados (QQ plot) os resíduos estiveram mais próximos a uma reta. O mesmo não se pode afirmar sobre a Figura 7b, pois aparentemente o ajuste do modelo aos dados não melhor se adequou com a retirada da amostra Modelos ajustados a resistência da madeira - variáveis: f c0, MOR, f t0 e f v0 Os resultados dos ajustes dos modelos as variáveis f c0, MOR, f t0 e f v0 indicaram que há fortes evidências de que o tratamento influenciou nos seus valores médios com níveis de significâncias dos testes (p-valor iguais a , 0.001, e 4.4e-07, respectivamente) menores do que o nível de significância nominal de

10 Figura 8 - Múltiplas comparações de médias de Tukey para as variáveis f c0 e MOR. Na Figura 8 foram analisadas as múltiplas comparações de médias duas a duas de Tukey para inferir a respeito de qual(is) nível(is) de temperatura influenciam nas variáveis: f c0, MOR, f t0 e f v0. Foi identificado, neste caso, evidências de que o tratamento não influenciou significativamente os valores médios da variável f c0 quando o tratamento foi administrado na temperatura 180º C, e incluindo na temperatura 200º C com relação à variável MOR. Nos demais casos foram identificados que houve evidências significativas de efeito do tratamento, visto principalmente nos níveis de temperatura: 220º C e 240º C, devido os valores médios dessas variáveis ministradas nessas temperaturas apresentarem médias significativamente inferiores as médias das madeiras in natura. Figura 9 - Múltiplas comparações de médias de Tukey para as variáveis f v0 e f t0. Na Figura 9 observou-se diferenças significativas entre as médias da madeira in natura e das madeiras tratadas para todos os níveis de temperatura estudados (p-valor < 0.01) com relação as variáveis f v0 e f t0, isto é, o valor zero não esta presente nos intervalos de confiança das diferenças de médias para o nível de confiança de 95%. 62

11 Diagnósticos dos ajustes dos modelos - variáveis: f c0, MOR, f t0 e f v0 Os resíduos dos ajustes dos modelos para as variáveis: fc0, MOR, f t0 e f v0 se mostraram normalmente distribuídos pelo teste de normalidade de Shapiro-Wilk (p-valor igual a 0.23, 0.90, 0.16 e 0.17, respectivamente) e homocedasticos pelo teste de homogeneidade de variâncias de Bartlett (p-valor igual a 0.55, 0.34, 0.09 e 0.74 respectivamente) devido os testes apresentarem valores maiores do que o p-valor nominal de (a) (b) Figura 10 - Gráficos de resíduos do ajuste da variável f c0 com e sem a amostra 4 respectivamente. (a) (b) Figura 11 - Gráficos de resíduos do ajuste da variável MOR com e sem a amostra 4, respectivamente. 63

12 Figura 12 - Gráficos de resíduos do ajuste da variável f t0 com e sem a amostra 4 respectivamente. Figura 13 - Gráficos de resíduos do ajuste da variável f v0. Nas Figuras 10 a 13, no geral pode-se afirmar que os modelos se ajustaram satisfatoriamente aos dados, porque os resíduos de cada ajuste apresentaram estarem aleatórios próximos do zero, normalmente distribuídos e homocedasticos. Para cada uma das variáveis referentes a resistência (fc0, MOR, f t0 e f v0 ) da madeira Eucalipto citriodora foram analisadas das amostras com e sem a amostra 4, na qual se constatou que tal amostra não exerce significativas influências com respeito a tais variáveis Análise de agrupamentos A análise de agrupamentos robusta proporcionou identificar à formação dos grupos, além do grau de homogeneidade entre e dentre os grupos. Para tanto, neste estudo foi adotado um número de grupos k igual a cinco, sendo que a escolha de k foi adotada analisando-se as formações de dois, três, quatro e cinco grupos. Deste modo, foi identificado que o número 64

13 de grupos que melhor representou os dados deste estudo foi cinco. Nesta análise os componentes principais estiveram representando 92.23% da variabilidade total dos dados. Figura 14 - Análise de agrupamentos para cinco grupos. Na Figura 14, os resultados mostraram que os valores médios das propriedades mecânicas das madeiras de Eucalipto citriodora termorretificadas nas temperaturas: 160º C, 180º C e 200º C (grupos centrais superiores) apresentaram grandes variabilidades, isto é, a homogeneidade entre as observações desses grupos foram ruins (si iguais a 0.20 e 0.42, respectivamente). Além disso, tivemos um erro de classificação, sendo que a amostra nove tratada na temperatura 180º C foi classificada pelo modelo pertencente ao grupo tratado na temperatura 200º C, mostrado pela intersecção entre os grupos. A amostra 9 como as demais amostras tratadas na temperatura 200º C se encontram mais próximas ao grupo das madeiras in natura (grupo a esquerda), apresentado pela distância entre as retas que ligam os grupos. A amostra quatro foi classificada pelo modelo como um ponto atípico, no entanto são eqüidistantes o grupo da amostra quatro e os demais três grupos com relação ao grupo da madeira in natura. Sendo que o grupo da amostra quatro (grupo a direita inferior) está mais próximo ao grupo das madeiras tratadas nas temperaturas: 220º C e 240º C (grupo a direita central) se comparado a distância da amostra 4 aos demais grupos. O grupo que apresentou o melhor grau de homogeneidade foi o formado pelas observações das madeiras in natura (si igual 0.92), Rousseeuw (1987) Detecção de amostras atípica multivariadas Para detectar amostras multivariadas fora do padrão normal nas medias amostrais das propriedades mecânicas da madeira de Eucalipto citriodora foi aplicada a PCA robusta (Figura 15), Filzmoser (2008) (8). Neste estudo, os primeiros dois componentes principais estão representando 89.7% da variabilidade total dos dados. 65

14 Figura 15 - Biplot dos dois primeiros componentes principais robustos. Na Figura 13, foi identificado que a amostra 1 é um ponto atípico multivariado (em vermelho), ou seja, a amostra 1 apresentou valores distantes da maioria das demais observações com relação a todas as variáveis estudadas referentes às propriedades mecânicas da madeira de Eucalipto citriodora. No entanto, vale destacar que a amostra 1 não é atípica univariada nas variáveis. A amostra 1 estava representando a população das madeiras in naturas e apresentou altos valores médios para as seis variáveis estudadas, sendo assim é denominado como ponto atípico multivariado superior. Nesta análise se firma que a amostra 4 (em verde) apesar de estar distantes das demais amostras, é uma amostra que a sua presença no conjunto de dados não altera as conclusões finais do estudo. 4. Conclusões As conclusões das diferentes análises estatísticas realizadas neste trabalho coincidiram no geral. Os resultados dessas análises mostraram que não há evidências significativas de que a termorretificação influência na rigidez (E c0 e MOE) da madeira Eucalipto citriodora. No entanto, tal influência foi identificada com relação à resistência dessa madeira. Destaca-se que no conjunto de dados tivéramos amostras tratadas as temperaturas: 180º C e 200º C com valores médios superiores àqueles com base nas recomendações de ensaios e corpos de prova da norma brasileira de madeiras ABNT NBR 7190/97 para as propriedades mecânicas da madeira Eucalipto citriodora. Tal ocorrência inusitada cabe ao pesquisador explicar. 5. Referências (1) Poncsak, S. et al. (2006). Efect of high temperature treatment on the mechanical properties of birch (Betula papyrifera). Wood Science Technology, 40 (8), p (2) Modes, K. S. (2010). Efeitos da retificação térmica nas propriedades físico-mecânicas e biologica das madeiras Pinus taeda e Eucaliptos grandis. Santa Maria. Dissertação (Mestrado) - Centro de Ciências Rurais: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal Universidade Federal de Santa Maria. (3) Silva, M. R. (2012). Efeito do tratamento térmico nas propriedades químicas, físicas e mecânicas em elementos estruturais de Eucalipto citriodora e Pinus Taeda. São Carlos. 223 p. Tese (Doutorado) Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. (4) Brito, J.O. (1992) Estudo das influências da temperatura, taxa de aquecimento e densidade da madeira de Eucalyptus maculata e Eucalyptus citriodora sobre os resíduos sólidos da pirólise. 81p. Tese (Livre Docência) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 66

15 (5) Rousseeuw, P.J., Hubert, M. (2011). Robust statistics for outlier detection. Wiley Interdiciplinary Review. v.1, p (6) Associação Brasileira de Normas Técnicas (1997). NBR Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. 107p. (7) Hubert M, Debruyne M. (2010). Minimum covariance determinant. Wiley Interdisciplinary Review, v. 2, p (8) Filzmoser, P., Maronna, R., Werner, M. (2008). Outlier identification in high dimensions. Vienna University Technology, p

16 68

Aspectos da usinagem e do acabamento de madeiras tratadas pelo processo de termorretificação

Aspectos da usinagem e do acabamento de madeiras tratadas pelo processo de termorretificação Aspectos da usinagem e do acabamento de madeiras tratadas pelo processo de termorretificação Dr. Luiz Fernando de Moura Prof. Dr. José Otávio Brito Problemática e Objetivos Problemática Uso de madeiras

Leia mais

Caracterização de clones e híbridos de eucaliptos com base na norma ABNT NBR 7190: 1997

Caracterização de clones e híbridos de eucaliptos com base na norma ABNT NBR 7190: 1997 Caracterização de clones e híbridos de eucaliptos com base na norma ABNT NBR 7190: 1997 Julio Cesar Molina, Universidade Estadual Paulista - UNESP, Faculdade de Engenharia Industrial Madeireira, Itapeva,

Leia mais

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos

Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos Modelos de Regressão Linear Simples - Análise de Resíduos Erica Castilho Rodrigues 1 de Setembro de 2014 3 O modelo de regressão linear é dado por Y i = β 0 + β 1 x i + ɛ i onde ɛ i iid N(0,σ 2 ). O erro

Leia mais

Modificação do teste de Tukey para uso sob heterocedasticidade e desbalanceamento

Modificação do teste de Tukey para uso sob heterocedasticidade e desbalanceamento Modificação do teste de Tukey para uso sob heterocedasticidade e desbalanceamento Paulo César de Resende Andrade 1 Lucas Luciano Barbosa 1 Regiane Teixeira Farias 1 Ana Luisa de Castro Pereira Martins

Leia mais

Mais Informações sobre Itens do Relatório

Mais Informações sobre Itens do Relatório Mais Informações sobre Itens do Relatório Amostra Tabela contendo os valores amostrados a serem utilizados pelo método comparativo (estatística descritiva ou inferencial) Modelos Pesquisados Tabela contendo

Leia mais

Teste modificado de Tukey: avaliação do poder e eficiência

Teste modificado de Tukey: avaliação do poder e eficiência Teste modificado de Tukey: avaliação do poder e eficiência Paulo César de Resende Andrade 1 Alailson França Antunis 1 Douglas Mendes Cruz 1 Jéssica Rodrigues Andrade 1 Valdeane Figueiredo Martins 1 1 Introdução

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS ESTATÍSTICOS NO PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE ESTUDOS EXPERIMENTAIS EM ENGENHARIA DE SOFTWARE (FONTE:

A UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS ESTATÍSTICOS NO PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE ESTUDOS EXPERIMENTAIS EM ENGENHARIA DE SOFTWARE (FONTE: A UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS ESTATÍSTICOS NO PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE ESTUDOS EXPERIMENTAIS EM ENGENHARIA DE SOFTWARE (FONTE: ESELAW 09 MARCOS ANTÔNIO P. & GUILHERME H. TRAVASSOS) 1 Aluna: Luana Peixoto Annibal

Leia mais

Avaliação Da Influencia Do Tratamento Térmico Nas Propriedades Energéticas De Diferentes Espécies

Avaliação Da Influencia Do Tratamento Térmico Nas Propriedades Energéticas De Diferentes Espécies Avaliação Da Influencia Do Tratamento Térmico Nas Propriedades Energéticas De Diferentes Espécies Mariana Almeida Vilas Boas (1) ; Solange de Oliveira Araújo (2) ; Marcelino Breguez Gonçalves Sobrinho

Leia mais

Renda x Vulnerabilidade Ambiental

Renda x Vulnerabilidade Ambiental Renda x Vulnerabilidade Ambiental ANEXO D ANÁLISE EXPLORATÓRIA E PREPARAÇÃO DOS DADOS Identificamos tendência linear positiva. A correlação entre as variáveis é significativa, apresentando 99% de confiança.

Leia mais

Em aplicações práticas é comum que o interesse seja comparar as médias de duas diferentes populações (ambas as médias são desconhecidas).

Em aplicações práticas é comum que o interesse seja comparar as médias de duas diferentes populações (ambas as médias são desconhecidas). Em aplicações práticas é comum que o interesse seja comparar as médias de duas diferentes populações (ambas as médias são desconhecidas). Na comparação de duas populações, dispomos de duas amostras, em

Leia mais

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia 1 / 44 Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia Análise de Variância - ANOVA Referência: Cap. 12 - Pagano e Gauvreau (2004) - p.254 Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2 / 44

Leia mais

GERÊNCIA DE ENSINO E PESQUISA - GEP SETOR DE GESTÃO DA PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLOGICA ESTATÍSTICA ALICADA NO EXCEL. Estatística Descritiva

GERÊNCIA DE ENSINO E PESQUISA - GEP SETOR DE GESTÃO DA PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLOGICA ESTATÍSTICA ALICADA NO EXCEL. Estatística Descritiva GERÊNCIA DE ENSINO E PESQUISA - GEP SETOR DE GESTÃO DA PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLOGICA ESTATÍSTICA ALICADA NO EXCEL Estatística Descritiva A análise descritiva consiste basicamente na organização e descrição

Leia mais

EXPERIMENTO FATORIAL BLOCADO PARA DETERMINAÇÃO DE DIFERENÇAS ENTRE TEMPO DE QUEIMA DE VELAS DE PARAFINA

EXPERIMENTO FATORIAL BLOCADO PARA DETERMINAÇÃO DE DIFERENÇAS ENTRE TEMPO DE QUEIMA DE VELAS DE PARAFINA Revista da Estatística da UFOP, Vol I, 2011 - XI Semana da Matemática e III Semana da Estatística, 2011 ISSN 2237-8111 EXPERIMENTO FATORIAL BLOCADO PARA DETERMINAÇÃO DE DIFERENÇAS ENTRE TEMPO DE QUEIMA

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE EXPERIMENTAÇÃO. Profª. Sheila Regina Oro

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE EXPERIMENTAÇÃO. Profª. Sheila Regina Oro PRINCÍPIOS BÁSICOS DE EXPERIMENTAÇÃO Livro: Curso de estatística experimental Autor: Frederico PIMENTEL-GOMES Capítulo: 2 Livro: Estatística experimental Autor: Sonia VIEIRA Capítulo: 1 Profª. Sheila Regina

Leia mais

5. Carta de controle e homogeneidade de variância

5. Carta de controle e homogeneidade de variância 5. Carta de controle e homogeneidade de variância O desenvolvimento deste estudo faz menção a dois conceitos estatísticos: as cartas de controle, de amplo uso em controle estatístico de processo, e a homogeneidade

Leia mais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais João Eduardo da Silva Pereira (UFSM) jesp@smail.ufsm.br Tânia Maria Frighetto (UFSM) jesp@smail.ufsm.br

Leia mais

Influência do tratamento térmico nas características energéticas de resíduos lenhosos de eucalipto e pinus: poder calorífico e redução granulométrica

Influência do tratamento térmico nas características energéticas de resíduos lenhosos de eucalipto e pinus: poder calorífico e redução granulométrica Influência do tratamento térmico nas características energéticas de resíduos lenhosos de eucalipto e pinus: poder calorífico e redução granulométrica A. Lúcia P. S. M. Pincelli¹ R. Nunes¹ G. Almeida¹ J.

Leia mais

EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE PAINÉIS AGLOMERADOS DE Eucalyptus grandis

EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE PAINÉIS AGLOMERADOS DE Eucalyptus grandis EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE PAINÉIS AGLOMERADOS DE Eucalyptus grandis D. R. Borella; C. A. L. Pereira J. Bressan; N. T. Rissi; L. D. Libera; R. R. Melo* Universidade Federal

Leia mais

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semana Conteúdo 1 Apresentação da disciplina. Princípios de modelos lineares

Leia mais

Análise de Variância. Análise de Variância. Análise de Variância. Análise de Variância. Análise de Variância. Mestrado em Recreação e Lazer

Análise de Variância. Análise de Variância. Análise de Variância. Análise de Variância. Análise de Variância. Mestrado em Recreação e Lazer Mestrado em Recreação e Lazer Estudos Práticos ANalysis Of VAriance O que é? Permite verificar qual o EFEITO de uma variável independente, de natureza qualitativa (factor), numa variável dependente ou

Leia mais

Exemplos Equações de Estimação Generalizadas

Exemplos Equações de Estimação Generalizadas Exemplos Equações de Estimação Generalizadas Bruno R. dos Santos e Gilberto A. Paula Departamento de Estatística Universidade de São Paulo, Brasil giapaula@ime.usp.br Modelos Lineares Generalizados dos

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO ANÁLISE DE DATA MINING

PÓS-GRADUAÇÃO ANÁLISE DE DATA MINING PÓS-GRADUAÇÃO ANÁLISE DE DATA MINING OBJETIVOS Na era da informação, as empresas capturam e armazenam muitos dados, e existe a real necessidade da aplicação de técnicas adequadas para a rápida tomada de

Leia mais

Análise estatística multivariada

Análise estatística multivariada Análise estatística multivariada Conjunto de procedimentos para a análise simultânea de duas ou mais medidas de cada caso/observação Os dados coletados p variáveis - de uma amostra de tamanho n podem ser

Leia mais

AULA 07 Inferência a Partir de Duas Amostras

AULA 07 Inferência a Partir de Duas Amostras 1 AULA 07 Inferência a Partir de Duas Amostras Ernesto F. L. Amaral 10 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola,

Leia mais

ANÁLISE DOS RESÍDUOS. Na análise de regressão linear, assumimos que os erros E 1, E 2,, E n satisfazem os seguintes pressupostos:

ANÁLISE DOS RESÍDUOS. Na análise de regressão linear, assumimos que os erros E 1, E 2,, E n satisfazem os seguintes pressupostos: ANÁLISE DOS RESÍDUOS Na análise de regressão linear, assumimos que os erros E 1, E 2,, E n satisfazem os seguintes pressupostos: seguem uma distribuição normal; têm média zero; têm variância σ 2 constante

Leia mais

7 Teste de Hipóteses

7 Teste de Hipóteses 7 Teste de Hipóteses 7-1 Aspectos Gerais 7-2 Fundamentos do Teste de Hipóteses 7-3 Teste de uma Afirmação sobre a Média: Grandes Amostras 7-4 Teste de uma Afirmação sobre a Média : Pequenas Amostras 7-5

Leia mais

INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE SENTIDO DE CORTE E PROPRIEDADES DA MADEIRA DE Pinus elliottii, NA RUGOSIDADE

INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE SENTIDO DE CORTE E PROPRIEDADES DA MADEIRA DE Pinus elliottii, NA RUGOSIDADE INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE SENTIDO DE CORTE E PROPRIEDADES DA MADEIRA DE Pinus elliottii, NA RUGOSIDADE C. PINHEIRO *, M. C. S. ALVES, S. S. AMARAL *e-mail: cleversonpi@gmail.com Universidade Estadual

Leia mais

Estimação e Testes de Hipóteses

Estimação e Testes de Hipóteses Estimação e Testes de Hipóteses 1 Estatísticas sticas e parâmetros Valores calculados por expressões matemáticas que resumem dados relativos a uma característica mensurável: Parâmetros: medidas numéricas

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Os dados foram analisados utilizando o software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) base 18.0. Para Cooper e Schindler (2003) a análise de dados envolve a redução de

Leia mais

Procedimento Complementar para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos usando Análise de Regressão Linear

Procedimento Complementar para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos usando Análise de Regressão Linear Procedimento Complementar para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos usando Análise de Regressão Linear Rogério Antonio de Oliveira 1 Chang Chiann 2 1 Introdução Atualmente, para obter o registro

Leia mais

A presença de Outliers interfere no Teste f e no teste de comparações múltiplas de médias

A presença de Outliers interfere no Teste f e no teste de comparações múltiplas de médias A presença de Outliers interfere no Teste f e no teste de comparações múltiplas de médias CHICARELI, L.S 1 ; OLIVEIRA, M.C.N. de 2 ; POLIZEL, A 3 ; NEPOMUCENO, A.L. 2 1 Universidade Estadual de Londrina

Leia mais

ANOVA - parte I Conceitos Básicos

ANOVA - parte I Conceitos Básicos ANOVA - parte I Conceitos Básicos Erica Castilho Rodrigues 9 de Agosto de 2011 Referências: Noções de Probabilidade e Estatística - Pedroso e Lima (Capítulo 11). Textos avulsos. Introdução 3 Introdução

Leia mais

4. RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO

4. RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO 4. RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO 78 4 - RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO A metodologia utilizada neste trabalho, possibilitou a quantificação do grau do dano de cada um dos edifícios estudados, possibilitando

Leia mais

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA)

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA) 1. Sabe-se que o nível de significância é a probabilidade de cometermos um determinado tipo de erro quando da realização de um teste de hipóteses. Então: a) A escolha ideal seria um nível de significância

Leia mais

Parte I Visão Geral do Processo de Pesquisa 21. Capítulo 1 Introdução à Pesquisa em Atividade Física 23

Parte I Visão Geral do Processo de Pesquisa 21. Capítulo 1 Introdução à Pesquisa em Atividade Física 23 SUMÁRIO Parte I Visão Geral do Processo de Pesquisa 21 Capítulo 1 Introdução à Pesquisa em Atividade Física 23 Natureza da pesquisa 23 Métodos não científicos e científicos de solução de problemas 30 Modelos

Leia mais

Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas DECIV. Superestrutura de Ferrovias. Aula 10 DIMENSIONAMENTO DE DORMENTES

Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas DECIV. Superestrutura de Ferrovias. Aula 10 DIMENSIONAMENTO DE DORMENTES Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas DECIV CIV 259 Aula 10 DIMENSIONAMENTO DE DORMENTES Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas DECIV CIV 259 Universidade Federal de Ouro Preto

Leia mais

Níveis descritivos de testes estatísticos de variabilidade como medidas de similaridade entre objetos em análises de agrupamento

Níveis descritivos de testes estatísticos de variabilidade como medidas de similaridade entre objetos em análises de agrupamento Níveis descritivos de testes estatísticos de variabilidade como medidas de similaridade entre objetos em análises de agrupamento Luiz Roberto Martins Pinto 1 Leonardo Evangelista Moraes 2 Priscila Ramos

Leia mais

EXERCÍCIOS SOBRE TESTE T

EXERCÍCIOS SOBRE TESTE T EXERCÍCIOS SOBRE TESTE T 1 Exercício Foi realizado um estudo para determinar se havia influência de um gene sobre a resistência a geadas de plantas de uma determinada espécie. Foram produzidas 10 plantas

Leia mais

CURSO DE SPSS AULA 2 MEDIDAS DESCRITIVAS. UFBA/FACED José Albertino Lordello Sheila Regina Pereira

CURSO DE SPSS AULA 2 MEDIDAS DESCRITIVAS. UFBA/FACED José Albertino Lordello Sheila Regina Pereira CURSO DE SPSS AULA 2 MEDIDAS DESCRITIVAS UFBA/FACED José Albertino Lordello Sheila Regina Pereira MEDIDAS RESUMO Uma maneira conveniente de descrever um grupo como um todo é achar um número único que represente

Leia mais

Processos Hidrológicos CST 318 / SER 456. Tema 9 -Métodos estatísticos aplicados à hidrologia ANO 2016

Processos Hidrológicos CST 318 / SER 456. Tema 9 -Métodos estatísticos aplicados à hidrologia ANO 2016 Processos Hidrológicos CST 318 / SER 456 Tema 9 -Métodos estatísticos aplicados à hidrologia ANO 2016 Camilo Daleles Rennó Laura De Simone Borma http://www.dpi.inpe.br/~camilo/prochidr/ Caracterização

Leia mais

Avaliação do coeficiente de variação na experimentação com cana-de-açúcar. Introdução

Avaliação do coeficiente de variação na experimentação com cana-de-açúcar. Introdução Avaliação do coeficiente de variação na experimentação com cana-de-açúcar Introdução Rubens L. do Canto Braga Jr. 12 Jaime dos Santos Filho 3 Joel Augusto Muniz 3 Na experimentação agronômica, em geral,

Leia mais

Estatística Descritiva

Estatística Descritiva C E N T R O D E M A T E M Á T I C A, C O M P U T A Ç Ã O E C O G N I Ç Ã O UFABC Estatística Descritiva Centro de Matemática, Computação e Cognição March 17, 2013 Slide 1/52 1 Definições Básicas Estatística

Leia mais

Coeficiente de Assimetria

Coeficiente de Assimetria Coeficiente de Assimetria Rinaldo Artes Insper Nesta etapa do curso estudaremos medidas associadas à forma de uma distribuição de dados, em particular, os coeficientes de assimetria e curtose. Tais medidas

Leia mais

Análise da Variância. Prof. Dr. Alberto Franke (48)

Análise da Variância. Prof. Dr. Alberto Franke (48) Análise da Variância Prof. Dr. Alberto Franke (48) 91471041 Análise da variância Até aqui, a metodologia do teste de hipóteses foi utilizada para tirar conclusões sobre possíveis diferenças entre os parâmetros

Leia mais

Predição do preço médio anual do frango por intermédio de regressão linear

Predição do preço médio anual do frango por intermédio de regressão linear Predição do preço médio anual do frango por intermédio de regressão linear João Flávio A. Silva 1 Tatiane Gomes Araújo 2 Janser Moura Pereira 3 1 Introdução Visando atender de maneira simultânea e harmônica

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS TESTES MULTIVARIADOS DA RAZÃO DE VEROSSIMILHANÇAS E T² DE HOTELLING: Um estudo por simulação de dados

AVALIAÇÃO DOS TESTES MULTIVARIADOS DA RAZÃO DE VEROSSIMILHANÇAS E T² DE HOTELLING: Um estudo por simulação de dados AVALIAÇÃO DOS TESTES MULTIVARIADOS DA RAZÃO DE VEROSSIMILHANÇAS E T² DE HOTELLING: Um estudo por simulação de dados Eduardo Campana Barbosa 12 Rômulo César Manuli² Patrícia Sousa² Ana Carolina Campana

Leia mais

PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DE COMPENSADOS COM LÂMINAS DE PINUS TAEDA L. TRATADAS COM CCA

PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DE COMPENSADOS COM LÂMINAS DE PINUS TAEDA L. TRATADAS COM CCA PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DE COMPENSADOS COM LÂMINAS DE PINUS TAEDA L. TRATADAS COM CCA PHYSICAL AND MECHANICAL PROPERTIES OF PLYWOOD MANUFACTURED WITH PINUS TAEDA L. VENEERS TREATED WITH CCA Hernando

Leia mais

Testes t para comparação de médias de dois grupos independentes

Testes t para comparação de médias de dois grupos independentes Testes t para comparação de médias de dois grupos independentes Acadêmicas do curso de Zootecnia - Aline Cristina Berbet Lopes Amanda da Cruz Leinioski Larissa Ceccon Universidade Federal do Paraná UFPR/2015

Leia mais

Prof. Dr. Engenharia Ambiental, UNESP

Prof. Dr. Engenharia Ambiental, UNESP INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA ESPACIAL Análise Exploratória dos Dados Estatística Descritiva Univariada Roberto Wagner Lourenço Roberto Wagner Lourenço Prof. Dr. Engenharia Ambiental, UNESP Estrutura da Apresentação

Leia mais

INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL DA MADEIRA DE AMESCLA (Trattinnickia burseraefolia Mart.)

INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL DA MADEIRA DE AMESCLA (Trattinnickia burseraefolia Mart.) INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO NA ESTABILIDADE DIMENSIONAL DA MADEIRA DE AMESCLA (Trattinnickia burseraefolia Mart.) J. Bressan; D. R. Borella; N. T. Rissi; C. A. L. Pereira; L. D. Libera; R. R. Melo*

Leia mais

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM DOIS FATORES E O PLANEJAMENTO FATORIAL

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM DOIS FATORES E O PLANEJAMENTO FATORIAL PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM DOIS FATORES E O PLANEJAMENTO FATORIAL Dr Sivaldo Leite Correia CONCEITOS E DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS Muitos experimentos são realizados visando

Leia mais

Teste de Cochran (Homogeneidade de Variância)

Teste de Cochran (Homogeneidade de Variância) ara o modelo heterocedástico, vamos inicialmente testar as hipóteses Os métodos mais utilizados são os testes de Cochran, Bartlett e de Levene. Teste de Cochran (Homogeneidade de Variância) O teste de

Leia mais

USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA

USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA F. M. A. S. COSTA 1, A. P. SILVA 1, M. R. FRANCO JÚNIOR 1 e R.

Leia mais

ANÁLISE DE VARIÂNCIA. y j = µ + τ i + e i j = µ i + e i j

ANÁLISE DE VARIÂNCIA. y j = µ + τ i + e i j = µ i + e i j SUMÁRIO 1 Análise de Variância 1 1.1 O Teste F...................................... 1.2 Verificando as pressuposições do modelo..................... 5 1.2.1 Verificação de Normalidade.........................

Leia mais

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. Prof. Anderson Rodrigo da Silva

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. Prof. Anderson Rodrigo da Silva INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Prof. Anderson Rodrigo da Silva anderson.silva@ifgoiano.edu.br Tipos de Pesquisa Censo: é o levantamento de toda população. Aqui não se faz inferência e sim uma descrição

Leia mais

Medidas de Dispersão ou variabilidade

Medidas de Dispersão ou variabilidade Medidas de Dispersão ou variabilidade A média - ainda que considerada como um número que tem a faculdade de representar uma série de valores - não pode, por si mesma, destacar o grau de homogeneidade ou

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 X 39,0 39,5 39,5 39,0 39,5 41,5 42,0 42,0 Y 46,5 65,5 86,0 100,0 121,0 150,5 174,0 203,0 A tabela acima mostra as quantidades, em milhões

Leia mais

EFEITO DO TEMPO E PRESSÃO DE TRATAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS MADEIRAS DE EUCALIPTO

EFEITO DO TEMPO E PRESSÃO DE TRATAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS MADEIRAS DE EUCALIPTO EFEITO DO TEMPO E PRESSÃO DE TRATAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS MADEIRAS DE EUCALIPTO Victor Fassina Brocco 1, Pedro Lício Loiola 2, Juarez Benigno Paes 3, José Tarcísio da Silva Oliveira 3 1. Mestrando

Leia mais

MÓDULO V: Análise Bidimensional: Correlação, Regressão e Teste Qui-quadrado de Independência

MÓDULO V: Análise Bidimensional: Correlação, Regressão e Teste Qui-quadrado de Independência MÓDULO V: Análise Bidimensional: Correlação, Regressão e Teste Qui-quadrado de Independência Introdução 1 Muito frequentemente fazemos perguntas do tipo se alguma coisa tem relação com outra. Estatisticamente

Leia mais

Programa de Educação Tutorial PET Departamento de Estatística-UFSCar

Programa de Educação Tutorial PET Departamento de Estatística-UFSCar UMA AVALIAÇÃO DA TAXA DE CONSUMO DE ENERGIA NO ESTADO DE SÃO PAULO Flavia Da Silva Costa Julia Pettan Victor de Andrade Corder Victor José Sanches de Souza Pedro Ferreira Filho Programa de Educação Tutorial

Leia mais

Avaliação Monte Carlo do teste para comparação de duas matrizes de covariâncias normais na presença de correlação

Avaliação Monte Carlo do teste para comparação de duas matrizes de covariâncias normais na presença de correlação Avaliação Monte Carlo do teste para comparação de duas matrizes de covariâncias normais na presença de correlação Vanessa Siqueira Peres da Silva 1 2 Daniel Furtado Ferreira 1 1 Introdução É comum em determinadas

Leia mais

Planejamento e Pesquisa 1. Dois Grupos

Planejamento e Pesquisa 1. Dois Grupos Planejamento e Pesquisa 1 Dois Grupos Conceitos básicos Comparando dois grupos Testes t para duas amostras independentes Testes t para amostras pareadas Suposições e Diagnóstico Comparação de mais que

Leia mais

GERAÇÃO DE UM ÍNDICE DE FERTILIDADE PARA DEFINIÇÃO DE ZONAS DE MANEJO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO

GERAÇÃO DE UM ÍNDICE DE FERTILIDADE PARA DEFINIÇÃO DE ZONAS DE MANEJO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO GERAÇÃO DE UM ÍNDICE DE FERTILIDADE PARA DEFINIÇÃO DE ZONAS DE MANEJO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO ¹L.M.Gimenez, ²J.P. Molin (orientador): Departamento de Engenharia Rural ESALQ/USP RESUMO: A realização

Leia mais

Última Lista de Exercícios

Última Lista de Exercícios Última Lista de Exercícios 1. Para comparar o peso de um componente fornecido por 4 diferentes fornecedores, uma amostra de cada fornecedor foi colhida e analisada. Os dados colhidos estão ao lado. Ao

Leia mais

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semana Conteúdo 1 Apresentação da disciplina. Princípios de modelos lineares

Leia mais

29 e 30 de julho de 2013

29 e 30 de julho de 2013 Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agronômica ESALQ/USP 29 e 30 de julho de 2013 Dia 2 - Conteúdo 1 2 3 Dados multivariados Estrutura: n observações tomadas de p variáveis resposta.

Leia mais

Volume 35, número 4, 2010

Volume 35, número 4, 2010 ECLÉTICA química www.scielo.br/eq Volume 35, número 4, 2010 Artigo/ DETERMINAÇÃO DE COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA DO BIODIESEL E SEUS IMPACTOS NO SISTEMA DE MEDIÇÃO VOLUMÉTRICO Douglas Queiroz Santos,

Leia mais

Disciplina de Modelos Lineares Professora Ariane Ferreira

Disciplina de Modelos Lineares Professora Ariane Ferreira Disciplina de Modelos Lineares 2012-2 Regressão Logística Professora Ariane Ferreira O modelo de regressão logístico é semelhante ao modelo de regressão linear. No entanto, no modelo logístico a variável

Leia mais

Exemplo 1: Sabemos que a média do nível sérico de colesterol para a população de homens de 20 a 74 anos é 211 mg/100ml.

Exemplo 1: Sabemos que a média do nível sérico de colesterol para a população de homens de 20 a 74 anos é 211 mg/100ml. Exemplo 1: Sabemos que a média do nível sérico de colesterol para a população de homens de 20 a 74 anos é 211 mg/100ml. O nível médio de colesterol da subpopulação de homens que são fumantes hipertensos

Leia mais

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Projetos de Experimento e Confiabilidade de Sistemas da Produção Prof. Claudio Luis C. Frankenberg 2ª parte Experimentos inteiramente

Leia mais

ANÁLISE EXPERIMENTAL DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGAS DE PINUS ELLIOTTII IN NATURA E TRATADAS COM CCA

ANÁLISE EXPERIMENTAL DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGAS DE PINUS ELLIOTTII IN NATURA E TRATADAS COM CCA ANÁLISE EXPERIMENTAL DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGAS DE PINUS ELLIOTTII IN NATURA E TRATADAS COM CCA Leandro Buzzanello de Costa(1), Márcio Vito (2); UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense (1)leandro_buzzanello@msn.com,

Leia mais

Comparação de métodos para tratamento de parcelas perdidas em delineamento em blocos casualizados via simulação Monte Carlo

Comparação de métodos para tratamento de parcelas perdidas em delineamento em blocos casualizados via simulação Monte Carlo Comparação de métodos para tratamento de parcelas perdidas em delineamento em blocos casualizados via simulação Monte Carlo Marcela Costa Rocha 1 Maria de Lourdes Lima Bragion 1 1 Introdução A perda de

Leia mais

MODELAGEM E ESCOLHA ENTRE EMBALAGENS USANDO TÉCNICAS DE CONFIABILIDADE E ANÁLISE DE

MODELAGEM E ESCOLHA ENTRE EMBALAGENS USANDO TÉCNICAS DE CONFIABILIDADE E ANÁLISE DE Revista da Estatística da UFOP, Vol I, 2011 - XI Semana da Matemática e III Semana da Estatística, 2011 ISSN 2237-8111 MODELAGEM E ESCOLHA ENTRE EMBALAGENS USANDO TÉCNICAS DE CONFIABILIDADE E ANÁLISE DE

Leia mais

Inferência para duas populações

Inferência para duas populações Inferência para duas populações Capítulo 13, Estatística Básica (Bussab&Morettin, 8a Edição) 7a AULA 27/04/2015 MAE229 - Ano letivo 2015 Lígia Henriques-Rodrigues 7a aula (27/04/2015) MAE229 1 / 27 1.

Leia mais

Elementos de Estatística

Elementos de Estatística Elementos de Estatística Lupércio F. Bessegato & Marcel T. Vieira UFJF Departamento de Estatística 2013 Medidas Resumo Medidas Resumo Medidas que sintetizam informações contidas nas variáveis em um único

Leia mais

Perfil geoestatístico de taxas de infiltração do solo

Perfil geoestatístico de taxas de infiltração do solo Perfil geoestatístico de taxas de infiltração do solo João Vitor Teodoro¹ Jefferson Vieira José² 1 Doutorando em Estatística e Experimentação Agronômica (ESALQ/USP). 2 Doutorando em Irrigação e Drenagem

Leia mais

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FRUTOS DE MAMONA DURANTE A SECAGEM

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FRUTOS DE MAMONA DURANTE A SECAGEM PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FRUTOS DE MAMONA DURANTE A SECAGEM André Luís Duarte Goneli 1, Paulo César Corrêa 1, Osvaldo Resende 2, Fernando Mendes Botelho 1 1 Universidade Federal de Viçosa, andregoneli@vicosa.ufv.br,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS 5

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Disciplina: Estatística II LISTA DE EXERCÍCIOS 5 1. Quando que as amostras são consideradas grandes o suficiente,

Leia mais

Análise de modelos lineares mistos com dois fatores longitudinais: um fator quantitativo e um qualitativo ordinal.

Análise de modelos lineares mistos com dois fatores longitudinais: um fator quantitativo e um qualitativo ordinal. Anais do XII Encontro Mineiro de Estatística - MGEST 013. Uberlândia - 0 e 06 de setembro de 013. Revista Matemática e Estatística em Foco - ISSN:318-0 Análise de modelos lineares mistos com dois fatores

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

Bioestat 5.0. Rafael de Oliveira Xavier. Lab. Ecologia e Conservação, Departamento de Botânica, UFSCar

Bioestat 5.0. Rafael de Oliveira Xavier. Lab. Ecologia e Conservação, Departamento de Botânica, UFSCar Bioestat 5.0 Rafael de Oliveira Xavier Lab. Ecologia e Conservação, Departamento de Botânica, UFSCar O Bioestat é um programa criado em 1998 por José Márcio Ayres e colaboradores, com o apoio de vários

Leia mais

Estatística Computacional (Licenciatura em Matemática) Duração: 2h Exame 14/06/10 NOME:

Estatística Computacional (Licenciatura em Matemática) Duração: 2h Exame 14/06/10 NOME: DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA Estatística Computacional (Licenciatura em Matemática) Duração: 2h Exame 14/06/10 NOME: Observação: A resolução completa das perguntas inclui a justificação

Leia mais

Bioestatística UNESP. Prof. Dr. Carlos Roberto Padovani Prof. Titular de Bioestatística IB-UNESP/Botucatu-SP

Bioestatística UNESP. Prof. Dr. Carlos Roberto Padovani Prof. Titular de Bioestatística IB-UNESP/Botucatu-SP Bioestatística UNESP Prof. Dr. Carlos Roberto Padovani Prof. Titular de Bioestatística IB-UNESP/Botucatu-SP Perguntas iniciais para reflexão I - O que é Estatística? II - Com que tipo de informação (dados)

Leia mais

Exploração e Transformação de dados

Exploração e Transformação de dados Exploração e Transformação de dados A DISTRIBUIÇÃO NORMAL Normal 99% 95% 68% Z-score -3,29-2,58-1,96 1,96 2,58 3,29 Normal A distribuição normal corresponde a um modelo teórico ou ideal obtido a partir

Leia mais

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia

Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia Métodos Estatísticos Avançados em Epidemiologia Análise de Variância - ANOVA Cap. 12 - Pagano e Gauvreau (2004) - p.254 Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1 / 39 Introdução Existem

Leia mais

DELINEAMENTO FATORIAL. Profª. Sheila Regina Oro

DELINEAMENTO FATORIAL. Profª. Sheila Regina Oro DELINEAMENTO FATORIAL Profª. Sheila Regina Oro Existem casos em que vários fatores devem ser estudados simultaneamente para que possam nos conduzir a resultados de interesse. Experimentos fatoriais: são

Leia mais

MOQ-13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ-13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ-13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 e 16 Introdução à probabilidade (eventos,

Leia mais

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas Influência da temperatura de secagem na higroscopia das madeiras de (Dinizia excelsa Ducke) e Cedro (Cedrela fissillis), oriundas do município de Gurupi/TO Leonardo Victor R. da Silveira; EdyEime Pereira

Leia mais

Escolha dos testes INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA QUANTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DO ESTUDO PESQUISA INFERÊNCIA ESTATÍSTICA TESTE DE HIPÓTESES E

Escolha dos testes INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA QUANTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DO ESTUDO PESQUISA INFERÊNCIA ESTATÍSTICA TESTE DE HIPÓTESES E Escolha dos testes INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA Determinada a pergunta/ hipótese Recolhidos os dados Análise descritiva = Estatística descritiva QUAIS TESTES ESTATÍSTICOS DEVEM SER REALIZADOS?? PROFESSORA:

Leia mais

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO CORRELAÇÃO E REGRESSÃO Permite avaliar se existe relação entre o comportamento de duas ou mais variáveis e em que medida se dá tal interação. Gráfico de Dispersão A relação entre duas variáveis pode ser

Leia mais

Aderência. Rinaldo Artes Insper Instituto de Ensino e Pesquisa 2015

Aderência. Rinaldo Artes Insper Instituto de Ensino e Pesquisa 2015 Aderência Rinaldo Artes Insper Instituto de Ensino e Pesquisa 2015 Sumário 1. Estatística qui-quadrado... 2 2. Gráfico de Probabilidades... 9 3. Teste de Jarque-Bera... 14 Serão apresentadas técnicas que

Leia mais

Questão 1: Questão 2: Defina tratamentos, fator, nível, parcela, subparcela, coeficiente de variação e interação entre fatores.

Questão 1: Questão 2: Defina tratamentos, fator, nível, parcela, subparcela, coeficiente de variação e interação entre fatores. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR DISCIPLINA: ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS 3 a AVALIAÇÃO PROFESSOR: ROBERTO QUEIROGA Questão 1: Faça um croqui (disposição

Leia mais

Conceitos Básicos Teste t Teste F. Teste de Hipóteses. Joel M. Corrêa da Rosa

Conceitos Básicos Teste t Teste F. Teste de Hipóteses. Joel M. Corrêa da Rosa 2011 O 1. Formular duas hipóteses sobre um valor que é desconhecido na população. 2. Fixar um nível de significância 3. Escolher a Estatística do Teste 4. Calcular o p-valor 5. Tomar a decisão mediante

Leia mais

Bioestatística Básica

Bioestatística Básica Bioestatística Básica Curso de Pós-Graduação RCA 5804 PROF. DR. ALFREDO J RODRIGUES DEPARTAMENTO DE CIRURGIA E ANATOMIA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO alfredo@fmrp.usp.br

Leia mais

MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EXPERIMENTAL

MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EXPERIMENTAL MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EXPERIMENTAL Pedro Henrique Bragioni Las Casas Pedro.lascasas@dcc.ufmg.br Apresentação baseada nos slides originais de Jussara Almeida e Virgílio Almeida

Leia mais

CE001 - BIOESTATÍSTICA TESTE DO QUI-QUADRADO

CE001 - BIOESTATÍSTICA TESTE DO QUI-QUADRADO CE001 - BIOESTATÍSTICA TESTE DO QUI-QUADRADO Ana Paula Araujo Correa Eder Queiroz Newton Trevisan DEFINIÇÃO É um teste de hipóteses que se destina a encontrar um valor da dispersão para duas variáveis

Leia mais

Planejamento da pesquisa científica: incerteza e estatística. Edilson Batista de Oliveira Embrapa Florestas

Planejamento da pesquisa científica: incerteza e estatística. Edilson Batista de Oliveira Embrapa Florestas Planejamento da pesquisa científica: incerteza e estatística Edilson Batista de Oliveira Embrapa Florestas Pesquisa em laboratórios na Embrapa Anos 70 Anos 80 Anos 90 Século 21 Precisão em Laboratórios:

Leia mais

UMA PROPOSTA PARA DETERMINAR A INFLUÊNCIA DOS DADOS DE POSICIONAMENTO DOS TRENS DE POUSO NO ALINHAMENTO DIRECIONAL DE UMA AERONAVE GILSON S.

UMA PROPOSTA PARA DETERMINAR A INFLUÊNCIA DOS DADOS DE POSICIONAMENTO DOS TRENS DE POUSO NO ALINHAMENTO DIRECIONAL DE UMA AERONAVE GILSON S. UMA PROPOSTA PARA DETERMINAR A INFLUÊNCIA DOS DADOS DE POSICIONAMENTO DOS TRENS DE POUSO NO ALINHAMENTO DIRECIONAL DE UMA AERONAVE GILSON S. GOMES 1. Instituto Tecnológico de Aeronáutica Pós- Graduação

Leia mais

Análise de agrupamento dos dados sedimentológicos da plataforma e talude continentais da Bahia

Análise de agrupamento dos dados sedimentológicos da plataforma e talude continentais da Bahia Análise de agrupamento dos dados sedimentológicos da plataforma e talude continentais da Bahia ÂNGELA CRISTINA DA FONSECA MIRANTE 1 2 4 JOÃO DOMINGOS SCALON 2 4 TÂNIA MARIA FONSECA ARAÚJO 3 TÂNIA JUSSARA

Leia mais

Conceitosintrodutórios Planejamentode Experimentos. Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira Sala1 ICEB I DEMAT

Conceitosintrodutórios Planejamentode Experimentos. Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira Sala1 ICEB I DEMAT Conceitosintrodutórios Planejamentode Experimentos Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira Sala1 ICEB I DEMAT Email: fernandoest@ig.com.br Um planejamento de experimentos consiste em um teste ou umas

Leia mais