Congresso de Ciências Veterinárias [Proceedings of the Veterinary Sciences Congress, 2002], SPCV, Oeiras, Out., pp

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1 Epidemiologia Brucella melitensis em pequenos ruminantes erradicação e certificação sanitária [Brucella melitensis in small ruminants eradication and sanitary certification] Martins, M. 1 e Vaz, Y. 2 1 Escola Superior Agrária de Castelo Branco, 6000 C.Branco; 2 Fac.Med.Veterinária, Polo Univ. Alto Ajuda, R.Prof. Cid dos Santos, Lisboa Summary Sheep and goats brucellosis is one of the most important zoonoses in Portugal. Efforts for the disease control began in the fifties and the objective of eradication was assumed in 1991, with the implementation of EU co-financed programmes, based on test and slaughter and the payment of compensation to farmers. Animal identification, control of animal movement and vaccination of young replacements were also implemented. Ten years after the beginning of the programme, official data indicates a flock prevalence of 5,23% and an animal prevalence of 1,97%. The most important aspects for the success of the programme, especially with relation to acquiring and maintaining the brucellosis officially free certification are discussed. These include: data collection and analysis and dissemination of information, the diagnosis at animal and flock level, Rev.1 vaccination, risk factors identification and adjustments of strategies at flock level, addressing responsibilities to the farmers and the assistant veterinarians, animal movement control and support to farmers regarding sanitary status of farms of origin, training and information of all actors involved in the programme. Other aspects also important for the success of the programme are the long-term strategies definition and provision of adequate resources, the involvement of the industry and the inter-institutional cooperation (human and animal health, farmers organisations and local authorities). Introdução A brucelose, doença transmissível causada por bactérias do género Brucella, é uma das principais antropozoonoses em Portugal, apesar dos esforços que desde os anos 50 têm sido feitos, para controlar e posteriormente erradicar a doença nas populações animais Nacionais. As alterações introduzidas na regulamentação sobre trocas comerciais intracomunitárias de ovinos e caprinos (Directiva 91/68/CEE do Conselho, de 28 de Janeiro de 1991) originaram a necessidade de assegurar que um País ou região está livre de determinadas doenças, entre as quais a brucelose. A Organização Mundial do Comércio (OMC) responsável pela implementação dos vários acordos internacionais finalizados pelo GATT (Uruguay Round of the General Agreement on Tariffs and Trade) iniciou a implementação desses acordos em Janeiro de 1995 e adoptou os códigos do Office International d Epizooties (OIE) como guia do comércio internacional de animais e de produtos de origem animal. A componente nuclear destes guias é o estabelecimento a nível nacional ou regional de zonas livres de doença com vista à exportação de animais e produtos alimentares de origem animal. Por outro lado, a legislação comunitária sobre higiene dos géneros alimentícios está a ser revista (COM (2000) 438 final; COM (2001) 452final; 2001/0176 (COD); 2001/0177 (COD)) a fim de estabelecer um conjunto de regras de higiene baseadas numa abordagem integrada que abranja toda a cadeia alimentar do estábulo à mesa (Livro Branco sobre Segurança dos Alimentos (COM (1999) 719 final). Estas regras introduzem certas obrigações a nível das explorações agrícolas, com o objectivo de assegurar coerência entre a legislação específica em matéria de zoonoses e a legislação geral relativa à higiene e vigilância dos alimentos, por forma a proteger a saúde humana de infecções de origem alimentar. Torna-se assim clara, a necessidade de estabelecer áreas

2 indemnes cuja certificação se baseia na atribuição de classificações sanitárias que reflictam o estatuto sanitário dos efectivos animais e das regiões onde se inserem. Hoje, é a classificação sanitária que regula o comércio de animais e dos produtos de origem animal, pelo que desempenha um papel relevante no controlo e erradicação da doença. Em última análise, pretende-se atribuir uma classificação sanitária de indemne à região, que assegure uma posição privilegiada em relação ao comércio animal e de produtos de origem animal, dentro de cada região, com outras regiões do País ou com outros Países. A luta contra a brucelose dos pequenos ruminantes em Portugal Em 1980, iniciou-se em Portugal uma importante etapa na luta contra a brucelose animal, alicerçada nas Bases Programáticas para o Ordenamento das Acções de Luta contra a Brucelose Animal, elaboradas na sequência de recomendações da Organização Mundial da Saúde para os Países da Bacia do Mediterrâneo e baseadas num controlo serológico anual dos animais (Prova do Rosa de Bengala (RB)) e a vacinação do efectivo de substituição (vacina viva Rev.1, administrada por via subcutânea). Face à persistência da brucelose nos efectivos de ruminantes nacionais, o que constituía um entrave à livre circulação de ovinos e caprinos, assim como à venda de produtos provenientes destas espécies animais, foi apresentado e aprovado pelo Comité Veterinário Permanente da UE, em 1990, o Plano de Erradicação da Brucelose em Pequenos Ruminantes (Decisão da Comissão 91/217/CEE, de 26 de Março), executado pelos Agrupamentos de Defesa Sanitária (ADS), criados em 1986, e posteriormente denominados Organizações de Produtores Pecuários (OPP) (Portaria n.º 1088/97, de 30 de Outubro, revista pela Portaria n.º 68/99, de 28 de Janeiro). O plano é co-financiado pela UE (Decisão 90/242/CEE, de 21 de Março, última redacção Decisão 2001/12/CE), num valor de 15,5 milhões de Euros entre 1992 e 2001, e tem uma verba orçamentada de de Euros para Os seus aspectos mais importantes são: Obrigatoriedade da declaração da doença (Decreto Lei n.º 39209, de 14 de Maio de 1953); Controlo sorológico obrigatório de ovinos e caprinos, não vacinados, com intervalos máximos de 1 ano (RB e Fixação do Complemento (FC), em combinações diferentes, dependendo do estatuto do rebanho e da proporção de animais seropositivos ao RB, prova de rastreio); Vacinação de fêmeas jovens, entre os 3 e os 6 meses de idade, com a vacina Rev.1; Marcação indelével e abate sanitário dos animais seropositivos; Possibilidade de morticínio dos efectivos com prevalência elevada, vazio sanitário e repovoamento controlado; Pagamento de indemnizações compensatórias; Controlo da circulação animal; Classificação sanitária dos efectivos e de áreas geográficas. As normas técnicas regulamentares das acções de luta contra a brucelose animal, numa perspectiva de erradicação foram definidas pela Portaria n.º 1051/91, de 15 de Outubro e pelas Portarias n.º 233/91, de 22 de Março e n.º 427/91, de 24 de Maio, alteradas posteriormente pela Portaria n.º 3/95, de 3 de Janeiro. Mais recentemente a legislação existente foi revogada e substituída pelo Decreto Lei n.º 244/2000, de 27 de Setembro, que define, entre outras, as condições e normas de classificação de efectivos de pequenos ruminantes, assim como a classificação epidemiológica de áreas relativamente à brucelose nestas espécies animais. Como resultado das estratégias desenvolvidas, observou-se um aumento do número de rebanhos saneados até 1997 (Figura 1). Posteriormente, como resultado da evolução das políticas agrícolas desenvolvidas e da necessidade em aumentar a competitividade, do envelhecimento da população activa e ainda devido a outros factores menos perceptíveis, observou-se um decréscimo no número de rebanhos saneados anualmente. Para tal também contribuiu, nos últimos anos, o início de saneamento por amostragem em rebanhos oficialmente indemnes.

3 Figura 1. Número de rebanhos saneados e prevalência observada ( ) Testados Portugal %+ Portugal 12,34 14,00 12, Fonte: DGV 6, , A prevalência da brucelose a nível de rebanhos em Portugal, apresentou alguma oscilação ao longo dos anos, sem que se tenha observado a esperada. A prevalência de rebanhos positivos estimada para o primeiro ano do Plano de Erradicação, 1991, foi de 7,1% e em 2001 situava-se em 5,23 %. A nível animal, registaram-se oscilações diversas, sendo o seu valor em 2001 de 1,97 %. A redução obtida nos os últimos 10 anos foi de 1,31 % (Figura 2). Até 1987, observou-se uma redução do número de animais vacinados, sendo o Programa de Erradicação desenvolvido numa base de testagem/abate de animais positivos. A partir do ano 1998 o número de animais vacinados começou a aumentar e em 2000, nomeadamente em Trás-os- Montes, a vacinação por via conjuntival (dose reduzida) passou a ser aplicada ao efectivo adulto. Ao nível da brucelose humana, em 1999, registou-se uma taxa de incidência de 6,85/ habitantes no país, incluindo as Regiões Autónomas. Em face à evolução registada importa reflectir sobre as estratégias definidas e implementadas, com vista a identificar os rebanhos infectados, saneá-los e garantir a manutenção do estatuto indemne, que de alguma forma foram incapazes de erradicar a doença nos efectivos nacionais de pequenos ruminantes, no espaço de tempo previsto. 5, ,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00

4 Figura 2. Número de animais saneados e prevalência observada ( ) Fonte: DGV 3, , , Testados Portugal %+ Portugal %vac Portugal , ,00 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Estratégias de controlo e erradicação e a certificação sanitária Um elemento nuclear de qualquer estratégia que se pretenda definir e aplicar, assenta sobre a qualidade da informação gerada pelos diversos intervenientes. Os sistemas de informação constituem-se como um instrumento essencial à tomada de decisões, na definição de prioridades, no planeamento e optimização da implementação das estratégias, na mobilização de recursos e sua alocação, e na detecção precoce de focos de brucelose. Produz-se diariamente uma grande quantidade de dados que antes de serem registados e analisados, tem de ser validados para garantir a sua qualidade. As base de dados existentes devem obedecer a critérios comuns para a recolha de dados, dando corpo à pretensão da criação de programas de vigilância coordenados ao nível nacional e comunitário, facilitando a gestão sanitária dos rebanhos. Por outro lado, o acesso e o fluxo de informação deve ser rápido e facilitado, por forma a que todos os actores possam acompanhar os resultados que vão sendo atingidos. De facto, é crucial melhorar a qualidade e a diversidade dos dados recolhidos, a qualidade e o timing do seu processamento, e assegurar o feed-back da informação, por forma a motivar todos os envolvidos na execução das medidas de controlo e de vigilância. Alguma da informação produzida, pela repercussão que têm na avaliação do impacto das estratégias definidas, merece especial atenção como seja à que se refere à identificação dos produtores, à localização espacial das explorações, à espécie animal explorada, ao número de animais por rebanho e à sua estratificação, à identificação animal, à compra e venda de animais, entre outras. É prioritário discutir e implementar metodologias idênticas de cálculo de medidas de ocorrência e distribuição de doença, nomeadamente no que se refere à prevalência e à incidência, que permitam avaliar o progresso obtido no controlo da brucelose. A estimativa destes dois indicadores, dependente da qualidade da informação recolhida, determina a modificação ou a manutenção dos métodos de controlo integrados no programa, pelo que é desejável que os valores determinados se aproximem o mais possível do seu valor real. As metodologias a aplicar devem minimizar os erros que contribuem para sobrestimar ou subestimar esses indicadores, de forma a reduzirem a possibilidade de se tomarem decisões desajustadas da realidade. Por outro lado, tornase necessário harmonizar os cálculos ao nível das várias regiões, para a obtenção de dados comparáveis, introduzindo critérios fixos para por exemplo, definir animal ou rebanho infectado. O sucesso de um programa de erradicação depende da metodologia empregue no diagnóstico da doença, sobretudo quando este se baseia em testes serológicos cujas qualidades

5 intrínsecas (sensibilidade e especificidade) não são ideais. Os testes serológicos são uma peça fulcral da avaliação do estatuto sanitário das populações animais, podendo este ser baseado na aplicação de um único teste ou através da combinação de vários testes. A interpretação dos resultados representa uma tarefa difícil de realizar sem incorrer em erros que agravem os custos do Plano de Erradicação da Brucelose. A atribuição do estatuto sanitário de rebanho deve ser realizada com precaução, sobretudo quando baseada em testes serológicos individuais, face à prevalência observada, mesmo se os testes serológicos tiverem uma boa especificidade, devendo ser definido com base no estatuto sanitário de todos os animais e não no de uma amostra. Os animais são testados em grupos, raramente de forma individual, pois será a resposta do grupo que ditará o futuro dos indivíduos. Por sua vez, a qualificação individual é importante pelo seu impacto na qualificação de rebanho. O RB e a FC exibem um historial de eficácia em programas de luta contra a brucelose bovina. Porém, nos pequenos ruminantes não existe consenso relativamente aos valores de sensibilidade e de especificidade destas provas, face à variabilidade dos resultados publicados. Deste modo, nos pequenos ruminantes, a sua utilização e a interpretação de resultados obtidos deverá ser mais prudente, e sobretudo alicerçada em dados epidemiológicos e produtivos. Outras provas serológicas têm sido objecto de investigação pela comunidade científica mas, até ao momento, não foram aceites como provas oficiais a nível Comunitário. Entre outras, o ELISA parece constituir uma boa alternativa. O recurso à bacteriologia, já em vigor em algumas regiões, apesar dos custos inerentes, representa um importante método de diagnóstico, sobretudo quando os resultados nos testes serológicos são inconclusivos. O recurso a programas vacinais, nomeadamente a aplicação da vacina viva de Brucella melitensis, a Rev.1, tem sido considerado como uma medida alternativa para o controlo desse agente nos pequenos ruminantes em condições de produção extensiva, permitindo reduzir a prevalência da doença, sobretudo como reflexo de uma diminuição da disseminação da bactéria. A vacinação exclusiva de animais jovens para o controlo da doença falhou em alguns Países, tal como em Portugal. As razões que estiveram na base da não utilização da vacina prendem-se, entre outras, com o volume de trabalho e a exigência de organização no tempo das vacinações (vacinar os animais entre os 3 e os 6 meses), com as possíveis reacções serológicas cruzadas, com as dificuldades na identificação animal e com o atraso que pode representar para a definição de área oficialmente indemne de brucelose. A vacinação de animais adultos com uma dose vacinal reduzida por via conjuntival tem sido sugerida como um método alternativo, sobretudo em áreas onde a prevalência é elevada e em rebanhos infectados. Apesar dos riscos que pode representar, nomeadamente em relação às fêmeas gestantes, é considerado como um método seguro, contribuindo para uma redução significativa da infecção. No entanto, a sua aplicação requer uma identificação exaustiva de animais e efectivos e o controlo do movimento animal, assim como uma capacidade económica suficiente para poder ser implementada e ajustada até se chegar à erradicação da doença. Face às limitações apresentadas em relação ao diagnóstico da doença e à impossibilidade de erradicar a doença através de uma estratégia única de vacinação, torna necessário implementar medidas nas explorações, que complementem as margens de erro dos testes utilizados, e que impeçam, por um lado, a introdução da Brucella melitensis em explorações indemnes, e por outro lado, reduzam ou eliminem a disseminação do agente entre os animais dum rebanho. As exigências das medidas a implementar começam pelos interesses profissionais, pelo que os agentes sanitários devem ter em conta o aspecto económico do problema, uma vez que as medidas a preconizar, devem ter como objectivo a melhoria do rendimento da exploração, sem perturbar a cadeia de produção. A manutenção do estatuto sanitário de indemne deve ser considerada uma prioridade. É preciso não esquecer, que estes rebanhos representam o corolário do trabalho desenvolvido ao longo de décadas e um dos principais objectivos do programa. Consequentemente, as medidas em curso devem privilegiar a protecção dos rebanhos, e basear-se no conhecimento da patogenia e da epidemiologia da infecção, considerando a sobrevivência da Brucella melitensis no meio ambiente. A identificação e a quantificação de factores de risco, associados à ocorrência e/ou à persistência da

6 brucelose nos diferentes sistemas de produção pode auxiliar na identificação de um conjunto de factores que poderão ser alvo preferencial do investimento em recursos humanos e materiais, podendo ajudar a definir o estatuto sanitário dos rebanhos. Em relação à disseminação da doença dentro do rebanho, as medidas de higiene a tomar durante a época de partos, devem ser prioritárias, tendo em conta a facilidade com que a bactéria contamina o meio ambiente durante esta época. A introdução de animais nas explorações tem sido identificada como um importante factor de risco na transmissão da brucelose, pelo que importa tomar medidas que impeçam a introdução de animais provenientes de rebanhos infectados ou com estatuto sanitário desconhecido. Para eliminar o risco da brucelose, os animais a introduzir devem ser adquiridos em explorações oficialmente livres de brucelose. A origem dos animais a adquirir deve ser pouco diversificada, o que facilita a obtenção de informação sanitária dos rebanhos, e de certo modo, aumenta a confiança sobre a transação comercial. É preferível solicitar e analisar dados que incluam a história e o perfil serológico dos animais da exploração de origem, e não tomar a decisão de compra, apenas com base nos resultados serológicos dos animais a adquirir. Os animais não devem ser considerados para compra se não provierem de rebanhos que testem negativos à brucelose de forma consistente ao longo do tempo. No entanto, é necessário enfatizar que a introdução de agentes infecciosos é um critério necessário mas não suficiente para a transmissão de agentes infecciosos a um rebanho. A probabilidade de infecção será menor ou igual à probabilidade de introdução da doença e depende de factores ambientais e de maneio. Os animais a adquirir, devem ser jovens e as fêmeas não devem estar gestantes. As entradas e saídas de animais do rebanho devem ser registadas e qualquer rebanho exposto à doença como resultado desses movimentos, deve ser reavaliado em relação à classificação sanitária. Com os acordos do GATT e a sua aplicação pela OMC, têm vindo a ser desenvolvidas metodologias que permitem adoptar um método padronizado de análise de risco associado à importação de animais e de produtos de origem animal. Essas metodologias podem no futuro ser igualmente aplicadas aos processos de aquisição de animais dentro da mesma região. Em relação aos rebanhos infectados, apesar das muitas similaridades entre os mesmos, as situações em que se encontram diferem o suficiente para que as intervenções devam ser definidas com a aplicação de um Plano Individual de Saneamento (PIS) eficaz. O PIS não deve ser desenhado para fazer face a uma longa lista idealista de objectivos. A nível da exploração, deve listar-se apenas, o que o Produtor pode e deve fazer. Entre os vários aspectos que devem ser abordados na concepção de um PIS, salientamos: Fazer um diagrama da exploração que defina os limites da propriedade e identifique os rebanhos vizinhos. Estes deverão ser objecto de saneamento, sempre que exista possibilidade de contacto com o rebanho infectado em causa; Garantir que não haja introdução de animais no rebanho. A introdução de animais de rebanhos indemnes significa um aumento de animais susceptíveis; Devem calendarizar-se as colheitas de sangue, de acordo com a evolução da taxa de incidência da brucelose intra-rebanho e do protocolo de testagem. Contudo, as colheitas de sangue deverão ser estabelecidas em função das épocas de parto e abranger a totalidade do rebanho; Estabelecer um protocolo de testagem que deve privilegiar um aumento da sensibilidade sempre que a prevalência intra-rebanho for elevada, podendo contudo, ser alterado, em função da evolução da taxa de incidência da brucelose e das evidências epidemiológicas que se vão constatando; Os animais reagentes devem ser marcados rapidamente. A existência de fêmeas reagentes com crias, deve obrigar também, à marcação das crias e ao seu posterior abate. Os animais para abate sanitário, devem ser isolados, sobretudo as fêmeas gestantes, pois existe a possibilidade de aborto;

7 Os animais reagentes devem ser abatidos no mais curto espaço de tempo, sobretudo as fêmeas gestantes, assegurando que o parto/aborto não ocorre na exploração. Qualquer atraso no abate dos animais, não deve ser motivo para a interrupção do calendário de saneamento; Os abates devem ser da responsabilidade das Autoridades Sanitárias Oficiais, pelo que as mesmas devem acompanhar a marcação, o transporte e o abate dos animais. A OPP deverá ser notificada, antecipadamente, sobre a datas de realização destas operações e sobre qualquer informação relevante para a gestão sanitária dos rebanhos; A ocorrência de abortos deve ser registada e declarada de forma voluntária. Sempre que possível, o aborto e os produtos do aborto, devem ser enviados para o laboratório para que se proceda a exames microbiológicos. Os animais devem ser testados após o aborto, ou no caso de rebanho infectado, abater a fêmea de imediato, independentemente de qualquer resultado serológico ou bacteriológico; O recurso à vacinação deve ser considerado. Quando um rebanho classificado como infectado deixe de apresentar serologias positivas, é necessário certificá-lo rapidamente como indemne. Para além do acompanhamento serológico, qualquer comportamento de risco deve ser eliminado, e as medidas referidas na legislação para rebanhos indemnes, devem ser implementadas. No caso dos rebanhos com estatuto sanitário indefinido, deve aplicar-se um plano de testagem que lhes permita atingir, num curto espaço de tempo, o estatuto de indemne, e comprovar que não estão infectados. É fundamental que a estratégia definida não seja sistematicamente modificada sem que as medidas preconizadas sejam implementadas e produzam resultados que permitam avaliar a sua eficácia. No entanto, a sua avaliação deve ser feita de forma a que eventuais ajustamentos possam ser feitos a qualquer momento. Conclusões É preciso ter consciência de que o sucesso do Plano de Erradicação da Brucelose nos Pequenos Ruminantes depende muito da motivação de cada interveniente e sobretudo, da importância que cada um dos intervenientes esteja disposto a conceder a cada medida considerada no programa. A eficácia de muitas das medidas depende da persistência e do empenhamento do Médico Veterinário Assistente da exploração e da confiança estabelecida com o Produtor. O Médico Veterinário Assistente da exploração deve participar na definição das medidas a tomar nos rebanhos a que dá assistência, deve ser consultado sobre eventuais alterações a introduzir (práticas de maneio, beneficiação de instalações, etc.) e toda a informação útil ao desempenho da sua actividade deve ser-lhe fornecida regularmente. Deve considerar-se um plano de formação para todos os intervenientes no programa de erradicação, pois o nível de conhecimentos exigidos no aspecto de organização, de planificação, de recolha de informação, tratamento e análise, e na tomada decisões, implica um nível de conhecimentos de matérias diversas, nomeadamente de epidemiologia, de estatística e de análise de risco, entre outras. É relevante que também os Produtores entendam, inequivocamente, o sistema de classificação sanitária, a sua utilidade, e sobretudo, que tenham confiança no sistema e nas classificações sanitárias atribuídas. Sendo que o cerne do Plano de Erradicação da Brucelose enraíza-se na protecção da Saúde Pública, a colaboração entre os Serviços Oficiais dos Ministérios que tutelam a saúde humana e a sanidade animal, assim como as Autarquias, deve decorrer de forma regular e consistente. A partilha de informação, no que respeita a rebanhos infectados e a casos humanos de Febre de Malta, pode permitir o desenvolvimento de acções conjuntas, nomeadamente de iniciativas de educação sanitária. A notificação dos casos humanos de Febre de Malta, pode permitir a detecção de rebanhos infectados que escaparam ao ciclo de saneamento do programa.

8 Parece-nos ser necessário abrir um espaço de debate sobre o actual modelo de Sanidade Animal em Portugal, nomeadamente sobre a sua organização, as estruturas e recursos humanos existentes, o planeamento de estratégias, a sua execução e fiscalização, a tomada de decisões, definindo com clareza as competências e as responsabilidades de cada um dos intervenientes. Na definição do modelo de Sanidade Animal a seguir, deve considerar-se o envolvimento das empresas do sector alimentar como os matadouros, empresas de transformação e sobretudo as queijarias, no caso dos pequenos ruminantes. A necessidade de implementação de sistemas de autocontrolo baseados na análise de risco, numa perspectiva integrada do estábulo à mesa, introduz certas obrigações ao nível das explorações agrícolas, responsabilizando os produtores no assegurar da segurança alimentar. A legislação comunitária em análise, no âmbito da higiene alimentar, incentiva as empresas do sector alimentar a estabelecer os seus próprios programas de controlo, embora certas Directivas sobre higiene contenham regras que prevêem o controlo de zoonoses ao nível da exploração, como a Directiva 92/46/CEE (e alterações posteriores), nomeadamente em relação à brucelose e à produção de leite cru em explorações de pequenos ruminantes. Para terminar, é necessário que o Plano de Erradicação da Brucelose nos Pequenos Ruminantes não dependa da eventual aprovação de co-financiamentos Comunitário. O Estado Português deve determinar, com antecedência, o orçamento disponível para a execução do programa, uma vez que quer a opção por diferentes medidas, quer a definição da prioridade das mesmas, depende do financiamento disponível, no momento da sua implementação.

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