O IRÃO E A RETIRADA AMERICANA DO IRAQUE

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1 2010/09/05 O IRÃO E A RETIRADA AMERICANA DO IRAQUE Apareceu uma nova vaga de rumores a referir a possibilidade de o Irão sofrer um ataque aéreo às suas instalações nucleares. As pessoas interrogam-se sobre se é apenas mais uma que, como as anteriores, não teve qualquer seguimento e sobre os propósitos desta espécie de campanha que se repete. Intimidação? Manobra para levar os iranianos a concluir que se trata apenas de uma campanha psicológica, quando na realidade há preparativos em curso? Acção concertada entre os EUA e Israel ou pura iniciativa do Governo israelita para deixar claro que não deixará de actuar, com ou sem apoio americano, quando concluir que não há mais espaço para a diplomacia? Ninguém consegue responder objectivamente a estas questões. Quando muito, apenas especular sobre as hipóteses em aberto e sobre as possíveis reacções de Teerão. Nas suas linhas gerais, o assunto pode resumir-se do seguinte modo: Teerão não receia sanções nem um ataque às suas instalações nucleares. Nunca faltam países que vêm na imposição de sanções forma de tirar proveito próprio e se disponham a ajudar a torneálas[1]; aliás, sanções só por si não chegam, em princípio, para levar um país a alterar a sua posição de fundo; quando muito servem para levar a negociações. O ataque levaria certamente a atrasos no avanço do programa nuclear mas não afectaria a capacidade de o retomar e, previsivelmente, colocaria o país mais unido à volta do regime e com mais argumentos para prosseguir na mesma linha. Tudo seria diferente, porém, se em vez do ataque fosse desencadeada uma campanha aérea que eliminasse a possibilidade do Irão em minar o Estreito de Ormuz, atingindo os meios navais que Teerão pudesse empregar nessa tarefa, e se atingisse a capacidade convencional das suas forças armadas. Estes objectivos estão ao alcance do poder aéreo norte americano mas fora do âmbito de Israel. Em qualquer caso, a História mostra-nos vários casos de campanhas aéreas que não levaram à capitulação do país alvo. Além disso, Teerão ainda teria dois trunfos para utilizar. A mobilização do Hezbollah, para actividades terroristas ou criação de dificuldades à nova tentativa de retomar o processo de paz entre Israel e a Palestina, ou a instigação de mais instabilidade e caos no Iraque. A possibilidade de utilização do primeiro trunfo pode estar, de momento, algo arredada, pelos recados deixados pelo Rei Abdullah da Arábia Saudita e pelo Presidente da Síria, na recente visita que fizeram em conjunto ao Líbano. No entanto, está bem em cima da mesa a capacidade do Irão em influenciar os acontecimentos no Iraque; vários observadores mostram-se convictos de que Teerão está por detrás do insucesso da formação de um novo Governo em Bagdad, à luz dos resultados das eleições de Maio deste ano que não foram favoráveis aos interesses de Teerão[2]. Calcula-se que a carta do Iraque continuará a pesar muito na estratégia de Teerão para reduzir ainda mais o leque de opções que restam aos EUA para consolidar a situação política em Bagdad até se consumar a retirada final dos 50 mil efectivos que vão permanecer no terreno até 31 de Dezembro de 2011, conforme prevê o Acordo em vigor. Teerão continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar que os EUA consigam, através de um governo estável e solidário em Bagdad, sair do Iraque deixando a dinâmica de poderes na área numa configuração mais favorável aos interesses americanos do que a que existia antes da invasão. As perspectivas para os EUA não são, de facto, boas. Pelas razões atrás apontadas e porque a aposta feita na reconstrução das Forças Armadas e de Segurança iraquianas pode não chegar para garantir um mínimo de estabilidade ao país. O desafio da sua colocação sob o controlo do poder político está muito longe de estar vencido; com as fracturas que se verificam no campo políticoparidário ainda mais distante fica esse desfecho. Os militares continuarão a hesitar entre a lealdade à sua própria etnia, a lealdade ao seu país e a lealdade à cadeia de comando; ainda estão longe de se tornar numa garantia de verdadeira unidade nacional. Dez anos é o período de tempo que Anthony Coordsman estima necessário para o Iraque estabilizar. O grande desafio para os EUA é encontrar maneira de evitar interferências de Teerão na estabilização do Iraque e, ao mesmo tempo, levar o regime iraniano a actuar em observância plena dos procedimentos impostos pela Agência Internacional de Energia Atómica[3], o que, como vimos

2 atrás, são objectivos dificilmente conciliáveis. Em qualquer hipótese, a evolução das duas situações vão permanecer estreitamente ligadas. Nesta perspectiva, é possível que a onda de rumores sobre um próximo ataque seja parte da estratégia dos EUA para deixar claro que a saída do Iraque não deverá ser interpretada como abandono dos seus interesses na região. [1] Normalmente recorre-se a esquemas imaginativos de negócios; pode-se, em determinadas circunstâncias, pedir isenção de cumprimento, que é o que a Índia, por exemplo, tenta fazer. [2] O Partido mais próximo de Teerão (Iraqui National Alliance) ficou em terceiro lugar com 70 lugares no Parlamento. O segundo partido mais votado (também xiita e liderado pelo ainda Primeiro Ministro al Maliki), State of Law Block, consegui 89 posições. Quem ganhou as eleições, com 91 lugares, foi o bloco liderado pelo ex-primeiro-ministro Ilyad Allawi e que inclui sunitas. É óbvio que terá que ter um pelouro relevante no novo governo. [3] O novo director da Agência (Yukiya Amano) caracteriza o que o Irão tem feito como possíveis actividades relacionadas com o desenvolvimento de uma carga nuclear para instalar num míssil. 91 TEXTOS RELACIONADOS: 2012/08/12 OUTRA ESTRATÉGIA PARA CONTER O IRÃO? 2012/04/28 A POSTURA NUCLEAR DA NATO. DA CIMEIRA DE LISBOA PARA CHICAGO 2012/04/15 COMO SAIRÁ A COREIA DO NORTE DA HUMILHAÇÃO POR QUE PASSOU? 2012/03/25 ISRAEL, EM PREPARATIVOS PARA UMA GUERRA CONTRA O IRÃO? 2012/03/10 COREIA DO NORTE, DE NOVO NO NEGÓCIO DE OBTENÇÃO DE AJUDAS 2012/01/25 O IRÃO AMEAÇA ENCERRAR O ESTREITO DE ORMUZ! 2011/12/09 O ABATE (OU QUEDA) DE UM UAV NO IRÃO. ACIDENTE OU OPERAÇÃO CLANDESTINA? 2011/11/16 QUE DEVE SER FEITO EM RELAÇÃO AO IRÃO? 2011/08/05 COREIA DO NORTE. O QUE A TRAZ DE NOVO AO NOTICIÁRIO INTERNACIONAL? 2011/01/20 QUE FAZER COM O IRÃO? 2010/12/13 O IMBRÓGLIO COREANO 2010/11/29 O ENIGMA DA COREIA DO NORTE

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