O IMPASSE IRANIANO 2008/07/20. Alexandre Reis Rodrigues

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1 2008/07/20 O IMPASSE IRANIANO Crescem os rumores de que está próximo um ataque cirúrgico da Força Aérea israelita às instalações nucleares do Irão; o exercício realizado no início de Junho, envolvendo mais de 100 F-15 e F-16, com muito treino de reabastecimento em voo a sugerir o ensaio de um ataque a grande distância, estão na origem desses rumores. Tem também havido referências a outros exercícios aéreos de Israel no espaço aéreo da Jordânia e do Iraque com treinos de aterragem em bases americanas neste último país, o que o respectivo ministro da Defesa desmentiu de imediato. O jornal israelita Haaretz, na edição de oito de Julho, referiase a altas entidades na Arábia Saudita como tendo dito que o seu país «não se importaria com um eventual ataque de Israel ao Irão». Se de facto houver um ataque, será o terceiro da Força Aérea israelita com o mesmo objectivo: destruir instalações nucleares em países próximos que possam estar a tentar construir um arsenal nuclear. O primeiro foi em 1981, contra o Iraque (central nuclear de Osirak), o segundo, o ano passado, contra o reactor construído pela Síria, com a ajuda da Coreis do Norte. Com estes antecedentes, a possibilidade de um ataque ao reactor de Bushehr (cuja entrada em funcionamento continua nas mãos da Rússia, já com mais de quatro anos de sucessivos adiamentos e sem data marcada) e às instalações nucleares de Natanz (onde se faz o enriquecimento do urânio) torna-se de facto plausível. O primeiro ataque, pelo que diz o registo das reacções diplomáticas que vieram a público, não teve a aprovação dos EUA; o segundo terá sido coordenado com a administração americana para escolha do momento mais oportuno, em função das negociações em curso com a Coreia do Norte. É difícil imaginar que um possível próximo ataque ao Irão possa ser levado a cabo sem o assentimento e colaboração americana, dada a enorme importância dos interesses directos dos EUA sobre a situação política na área e, em especial, a resolução do problema iraquiano. Aliás, neste caso particular, os calendários, israelita e americano, não jogam entre si. Os israelitas podem ter identificado neste momento (ou proximamente, entre as eleições americanas e a posse do novo presidente) uma janela de oportunidade que pode não se repetir tão cedo pelos seguintes motivos políticos e militares: a possível eleição de Obama pode alterar o actual relacionamento dos EUA com o Irão; este terá mais dificuldade em manter a estratégia de pintar os EUA como o grande opressor e, se surgir um acordo ou se o actual clima de hostilidade se atenuar, Israel pode perder espaço para agir; em termos operacionais, um ataque, dentro de seis a oito meses, ainda poderá ser feito sem ter que enfrentar os mísseis SA-20, adquiridos à Rússia e que se prevê estarem operacionais no início de Bush, não tendo conseguido qualquer progresso com a sua política de confrontação, pode estar a ver nos últimos desenvolvimentos da postura iraniana a possibilidade de dar um rumo mais diplomático ao actual relacionamento. Um ataque israelita, neste contexto, deitaria tudo a perder; porém, a guerra psicológica que a possibilidade de um ataque envolve serve bem os interesses americanos: diz a Teerão que se não há entendimento, então poderá haver luz verde para Israel avançar. Sob esta perspectiva, ao fazer soprar os ventos da guerra, Israel pode estar apenas a ajudar a estratégia americana. Mas há quem pense exactamente o contrário: Joschka Fischer mostra-se convicto de que Israel pode atacar em breve (artigo no jornal Público, 8 de Junho 2008). Ninguém duvida que Teerão já ponderou cuidadosamente sobre o que fará na eventualidade de um ataque; obviamente, nunca será nada do que as declarações de Ali Khamenei anunciaram: que nesse caso será lançado fogo a Telavive e à Esquadra americana no Golfo Pérsico. A possibilidade que salta à vista de todos é a interdição do Estreito de Ormuz (por onde passa 2/5 da produção mundial de petróleo) através da minagem das linhas de navegação; operacionalmente, é uma linha de acção relativamente acessível ao Irão, não obstante o controlo que a Marinha americana mantém sobre a situação na área. Não é, no entanto, uma opção verosímil porque se o Estreito fica interdito não será apenas para uma das partes; ficará também interdito ao Irão. Uma pequena percentagem das suas exportações de petróleo (cerca de um sexto) poderiam ser redireccionadas por terra para a

2 Arábia Saudita, por pipeline, mas não haveria alternativa para a saída do gás; o Irão deixaria de poder tirar partido económico dos seus recursos energéticos, por incapacidade de os exportar. O Irão tem uma poderosa máquina militar; uma máquina que está desenhada para garantir a sua integridade territorial e preservar a estabilidade interna. Os meios de que dispõe ( efectivos militares e Guardas da Revolução) e a configuração topográfica do seu território (com vários maciços montanhosos) desencorajam qualquer tentativa de invasão e muito menos de ocupação. O seu arsenal de mísseis balísticos e de cruzeiro é um importante elemento de dissuasão regional contra qualquer tentativa de ataque ao seu território. Tem, em qualquer caso, uma vulnerabilidade a um ataque aéreo cirúrgico, não obstante os investimentos feitos em defesa aérea, incluindo a aquisição de mísseis SA-20 à Rússia, e diversas medidas de protecção das suas instalações nucleares (dispersas e enterradas ). Enquanto não dispõe de armas nucleares, Teerão talvez tenha concluído que para dissuasão de qualquer tentativa de agressão, lhe bastará, pelo menos para já, apostar no terror do Ocidente perante uma interrupção das suas exportações de petróleo e gás, o que agravaria a escalada já quase incomportável de preços, ou usar a sua capacidade de projectar poder no exterior, punindo os inimigos longe da sua fronteira, através das organizações terroristas que apoia (Hezbollah, Hamas, etc.) e que tanto têm dificultado a solução dos problemas eternos do Médio Oriente. Com estas duas ferramentas e procurando aproveitar a oportunidade de os EUA estarem, de algum modo, com as mãos atadas pelo envolvimento militar no Iraque e Afeganistão, Teerão parece pensar que tem a seu favor condições únicas para desafiar o mundo e disputar a influência, em declínio, dos EUA na região. A evolução da situação, em especial a inexistência de soluções à vista para o Iraque e Afeganistão, parece estar a favorecer o Irão, mas em termos económicos, que são os que interessam a longo prazo, o panorama é desastroso; não foi cumprida qualquer das promessas sob as quais o Presidente Ahmadinejad ( campeão dos pobres ) foi eleito: distribuição mais justa da riqueza, mais emprego e menos inflação. Como isso não chegasse, a produção de petróleo decresceu cerca de 12% por falta de investimento nos métodos de extracção. Mais de metade das reservas de gás (a 2ª maior reserva do mundo) estão a ser sub-exploradas, também por falta de investimento na modernização das infraestruturas; o anacronismo vai ao ponto de Teerão já importar gás do Turquemenistão e proximamente do Azerbaijão, conforme recentes negociações. Os peritos consideram que o sector é muito mal gerido, mais uma das circunstâncias que afasta o investimento estrangeiro. A situação toca as raias da irracionalidade: os 10 biliões que se estima terem sido investidos no programa nuclear poderiam ter permitido construir 10 centrais convencionais, alimentadas pelo gás que é queimado nas explorações de petróleo por não estar disponível a tecnologia que já permite a sua recuperação. A alta dos preços do petróleo tem permitido tornear estas dificuldades e assim pôr o tempo do lado do Irão, passando quase incólume por quatro Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sem dificuldades de maior e continuando a fazer progredir o enriquecimento de urânio (de 164 centrifugadores que tinha em funcionamento há três anos, vai neste momento a caminho dos 9000, incluindo os da nova geração que têm capacidade tripla de processamento). Teerão tem sido exímio a tirar partido do tempo; sempre que este começa a faltar ou a paciência ocidental parece esgotar-se logo vêm promessas de colaboração, maior transparência e, quando indispensável, algum progresso. Baradei, o presidente da Agência da Energia Atómica das Nações Unidas, e mesmo Solana já embarcaram neste jogo por várias vezes, acabando, afinal, por nada conseguirem de concreto. Resta saber por quanto tempo mais pode o Irão manter esta situação, sem entrar em colapso económico. Muito depende da forma como funcionaram as sanções económicas, em especial, no que respeita à Alemanha e Itália, dois parceiros muito importantes; 3/4 das indústrias iranianas dependem de importações de material e de tecnologia alemã (1700 firmas a operar no Irão). Falta ver se os europeus, neste quadro, conseguem que as sanções sejam efectivas e se impedem que sejam boicotadas por terceiros, que é o que normalmente acontece, Entretanto a União Europeia, pela voz de Solana tentou mais uma ronda de negociações (19 Julho), desta vez com a presença de um observador americano, o subsecretário de Estado, William Burns, o que constitui uma mudança importante da postura americana, aparentemente mais um sinal de interesse em conversações diplomáticas. A maioria dos observadores tem referido a existência de contactos secretos; este é o primeiro público para além das três rondas de negociação sobre o Iraque mas que têm excluído o tema nuclear. A esta circunstância junta-se a vontade já expressa dos EUA de abrir um posto diplomático em Teerão, colocando alguns diplomatas junto da Embaixada da Suíça (criando uma Secção de Interesses), iniciativa a que o Presidente Ahmadinejad deu apoio, acrescentando que o Irão estava aberto a conversações com os EUA, em vários campos.

3 As negociações em curso com a UE são sui-géneris: todas as partes as dão por bem-vindas mas nenhuma admite fazer cedências ou alterar políticas; bem pelo contrário. Khamenei fala mesmo em linhas vermelhas que o Irão nunca passará; já se sabe que a mais importante é a de parar as actividades de enriquecimento de urânio, o que para a UE é pré-condição de negociações. Nestes termos, não obstante o passo importante da junção dos EUA a este novo encontro, não se vê que a, curto prazo, se possa registar qualquer progresso (acabo de saber que foi decidido dar mais duas semanas para o Irão esclarecer o que pretende fazer em função das propostas feitas!). Para encontrar um espaço de onde as duas partes principais (EUA e Irão) possam sair de forma airosa deste conflito, seria necessária uma estratégia nova para lidar com o problema. Bush acedeu, finalmente, a enviar um observador, no meio de um coro de protestos dos neoconservadores, que não se conformam com a cedência («a compete intellectual collapse», diz John Bolton); não é provável que possa ir mais longe no relativamente curto espaço de tempo que falta para concluir a sua presidência, embora possa ir abrindo caminho para uma solução pelo seu sucessor. A Europa continuará a não contar, porque apenas tem incentivos materiais a oferecer; só Solana é que parece não ter compreendido que não é nisso que Teerão está interessado. O que o Irão pretende é ver reconhecidas as suas preocupações de segurança, o que depende apenas dos EUA. Se for possível acomodar os interesses das duas partes, então talvez possa haver alguma esperança. Mas os EUA parecem ser os primeiros a não acreditar nessa hipótese; se acreditassem não dariam a prioridade que estão a dar à instalação do escudo de protecção antimíssil na Europa, cuja razão de ser segundo dizem é protegê-los do Irão. 142 TEXTOS RELACIONADOS: 2012/08/12 OUTRA ESTRATÉGIA PARA CONTER O IRÃO? 2012/04/28 A POSTURA NUCLEAR DA NATO. DA CIMEIRA DE LISBOA PARA CHICAGO 2012/04/15 COMO SAIRÁ A COREIA DO NORTE DA HUMILHAÇÃO POR QUE PASSOU? 2012/03/25 ISRAEL, EM PREPARATIVOS PARA UMA GUERRA CONTRA O IRÃO? 2012/03/10 COREIA DO NORTE, DE NOVO NO NEGÓCIO DE OBTENÇÃO DE AJUDAS 2011/12/09 O ABATE (OU QUEDA) DE UM UAV NO IRÃO. ACIDENTE OU OPERAÇÃO CLANDESTINA? 2011/12/07 AFRICOM, UM OLHAR MAIS ABRANGENTE SOBRE ÁFRICA Pedro Barge Cunha[1] 2011/10/14 A NATO E A PCSD DA UE, NO PÓS LÍBIA 2011/08/05 COREIA DO NORTE. O QUE A TRAZ DE NOVO AO NOTICIÁRIO INTERNACIONAL? 2011/07/07 A RETIRADA AMERICANA DO AFEGANISTÃO 2011/05/29

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