A COREIA DO NORTE UMA BAIXA NO EIXO DO M AL?

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1 2008/07/08 A COREIA DO NORTE UMA BAIXA NO EIXO DO M AL? A Coreia do Norte, ao entregar um relatório sobre as suas actividades nucleares, deu mais um passo para cumprir os compromissos assumidos no acordo de Fevereiro de 2007, no Grupo dos Seis, para abandono do respectivo programa. No entanto, ninguém arrisca concluir que esteja à vista o abandono total da estratégia nuclear que segue há pouco mais de duas décadas; aliás, a maioria dos especialistas considera que as cedências serão só parciais, apenas na medida do necessário para receber as contrapartidas que ajudarão a remediar, pelo menos temporariamente, as carências energéticas e alimentares em que o país tem vivido. Não se espera que a Coreia do Norte abandone o estatuto de potência nuclear que considera necessário como elemento de suporte do regime e como instrumento para dar dimensão estratégica ao relacionamento com vizinhos. De facto, o acordo de Fevereiro de 2007 deixou de lado questões cruciais, nomeadamente as duas mais importantes: a das armas nucleares que entretanto foram construídas e o enriquecimento de urânio. O relatório, como se esperava, também não adianta o que quer que seja sobre esses dois pontos; fala do plutónio obtido do funcionamento do reactor de Yongbyon, reconhecendo terem sido conseguidos 37 quilos (os EUA calculavam cerca de 50), mas nada diz sobre as actividades de enriquecimento de urânio, nem do número de armas nucleares produzidas. Também nada esclarece sobre as actividades de proliferação de armamento nuclear, nas ajudas dadas à Líbia e à Síria. Segue-se o desafio de verificar a veracidade dos factos narrados no relatório, o que, em grande parte, depende da colaboração que a Coreia do Norte der aos inspectores. Se os dados fornecidos não forem confirmados ou forem considerados incompletos, os EUA suspenderão o levantamento das restrições comerciais, decidido imediatamente após a entrega do relatório e que mantinham em vigor ao abrigo do Trading with the Enemy Act. Paralelamente, os EUA começaram a considerar a eventual retirada da Coreia do Norte da lista de países apoiantes de actividades terroristas; será tomada uma decisão até 10 de Agosto, de acordo com o prazo previsto de 45 dias. A linha dura nos EUA não está contente; considera que Bush está a fazer cedências excessivas, movido mais pelo interesse em conseguir um sucesso para o fim da sua presidência, sem cuidar suficientemente dos respectivos custos; lembram que Bush não está a ter em conta que com Kim Jong nada é irreversível. Na realidade, é isso o que nos dizem os factos, mas, por outro lado, com a paragem do reactor de Yongbyon e a implosão da sua torre de arrefecimento (um gesto essencialmente simbólico, mas, em qualquer caso, de grande importância) o líder coreano fez concessões importantes. Para já deixou de ter capacidade de continuar a produzir plutónio. Bush tem tentado responder aos que o acusem de complacência de que a eventual retirada da Coreia do Norte da lista de países que apoiam actividades terroristas terá um reduzido impacto na situação coreana. O país tornar-se-á elegível para receber ajudas de instituições internacionais, designadamente o World Bank e o Asian Development Bank mas isso não significa que a ajuda virá automaticamente; ficará dependente de um outro processo de decisão. É óbvio, porém, que Bush, neste segundo mandato, tem seguido uma linha mais pragmática e, sobretudo, mais flexível, aliás, a orientação que Collin Powell preconizava mas que não foi autorizado a implementar. Não é evidente, porém, que os progressos recentes das negociações se fiquem a dever à mudança de postura da administração americana; podem ser, simplesmente, o resultado do facto de a Coreia ter conseguido, entretanto, alcançar o seu objectivo principal (ter um arsenal nuclear) e considerado que, a partir daí, já podia negociar questões acessórias. Gary Semore, que negociou o Agreed Framework de 1994, acordo feito durante a administração de

2 Clinton, considera que se deu um «passo inicial útil» mas que falta muito trabalho ainda para encerrar o assunto. Ninguém espera o contrário; basta lembrar que o relatório que desencadeou esta fase mais promissora do processo chegou com seis meses de atraso, depois de várias vicissitudes, umas decorrentes da falta de entendimento sobre os processos de verificação no terreno, outras relacionadas com o contencioso que existe entre a Coreia do Norte e o Japão, o que tem minado as conversações no Grupo dos Seis. No entanto, há um dado novo que importa destacar: o anúncio feito pelo Secretário da Defesa de que as comissões dos militares americanos na Coreia do Sul passarão a ser de três anos e permitirão o acompanhamento de famílias. A alteração é de peso; significa que a zona deixa de ser considerada de guerra, situação que impede a presença de famílias e limita a duração da comissão a apenas um ano, que é o caso presente. Qualquer que seja o tempo necessário para concretizar esta nova política (serão certamente alguns anos dadas as suas implicações logísticas) o seu anúncio tem uma importante dimensão política que não deve passar desapercebida: ou é sinal de que os EUA já deixaram de considerar a Coreia do Norte como parte do Eixo do Mal (improvável) ou é um gesto dos EUA para sinalizar o desejo de um novo relacionamento, sem a componente de confrontação do passado, portanto, reforçando a via diplomática (provável). Muito embora nada possa ser dado como certo, qualquer dessas duas possibilidades é um desenvolvimento positivo no esforço de desnuclearização da península coreana e, a mais longo prazo, na estabilização de uma região ainda muito dominada por graves tensões entre as principais potências. 119 TEXTOS RELACIONADOS: 2012/08/12 OUTRA ESTRATÉGIA PARA CONTER O IRÃO? 2012/04/28 A POSTURA NUCLEAR DA NATO. DA CIMEIRA DE LISBOA PARA CHICAGO 2012/04/15 COMO SAIRÁ A COREIA DO NORTE DA HUMILHAÇÃO POR QUE PASSOU? 2012/03/25 ISRAEL, EM PREPARATIVOS PARA UMA GUERRA CONTRA O IRÃO? 2012/03/10 COREIA DO NORTE, DE NOVO NO NEGÓCIO DE OBTENÇÃO DE AJUDAS 2012/01/25 O IRÃO AMEAÇA ENCERRAR O ESTREITO DE ORMUZ! 2011/12/09 O ABATE (OU QUEDA) DE UM UAV NO IRÃO. ACIDENTE OU OPERAÇÃO CLANDESTINA? 2011/12/07 AFRICOM, UM OLHAR MAIS ABRANGENTE SOBRE ÁFRICA Pedro Barge Cunha[1] 2011/11/16 QUE DEVE SER FEITO EM RELAÇÃO AO IRÃO? 2011/08/05 COREIA DO NORTE. O QUE A TRAZ DE NOVO AO NOTICIÁRIO INTERNACIONAL?

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