FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Direito. Mônica Lopes Teixeira

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1 FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Direito Mônica Lopes Teixeira O DIREITO DE IMAGEM: REDES SOCIAIS E SUA PROTEÇÃO JURÍDICA NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Pará de Minas 2015

2 Mônica Lopes Teixeira O DIREITO DE IMAGEM: REDES SOCIAIS E SUA PROTEÇÃO JURÍDICA NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Monografia apresentada à Coordenação de Direito da Faculdade de Pará de Minas - FAPAM, como requisito parcial a conclusão do Curso de Direito. Orientador: Prof. Júlio Moraes Oliveira Pará de Minas 2015

3 Mônica Lopes Teixeira O DIREITO DE IMAGEM: REDES SOCIAIS E SUA PROTEÇÃO JURÍDICA NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Monografia apresentada à Coordenação de Direito da Faculdade de Pará de Minas - FAPAM como requisito parcial a conclusão do curso de Direito. Aprovada em / / Júlio Moraes Oliveira Professor avaliador Professor Avaliador

4 Dedico este trabalho a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para que meu sonho torna-se realidade.

5 Agradeço a Deus por ter me dado forças para conseguir superar todos os desafios. Sem Ele nada seria possível. Agradeço aos meus pais Marlene e Elpidio que com muito carinho e apoio não mediram esforços para que eu pudesse concluir esta etapa da minha vida. A meu namorado Roberto, pela paciência, generosidade, companheirismo e por toda a confiança depositada em mim. Aos meus irmãos Alexandre, Alini e Dayane por todo o apoio, carinho e compreensão. Ao meu orientador Júlio, pela paciência na orientação e pelo aprendizado que tornaram possível a conclusão deste trabalho. E a todos os demais professores, mestres e doutores que passaram por minha vida. Por fim, agradeço a meus amigos e colegas por todos os momentos compartilhados durante esta trajetória.

6 O tempo é algo que não volta atrás. Por isso, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. William shakespeare

7 RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso tem por finalidade apresentar e abordar o tema direito de imagem em redes sociais e sua proteção jurídica na legislação brasileira. Primeiramente, será abordada uma contextualização dos direitos da personalidade demonstrando seu lento desenvolvimento e os diversos procedimentos para inserí-los no ordenamento jurídico brasileiro. Além da titularidade, classificação e tutela jurisdicional, tendo como base o princípio da dignidade da pessoa humana. Posteriormente, devido ao aumento de casos de divulgação de imagens ocorrendo hodiernamente sem o consentimento do titular, será demonstrada a proteção jurídica da imagem, conceito doutrinário e suas limitações, tendo como parâmetros a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e o Código Civil de Por fim, devido às redes sociais se encontrarem mais presentes na vida das pessoas, tornando-se um instrumento perigoso quando utilizadas inadequadamente, será demonstrado os danos ocasionados com a divulgação de imagens e suas formas de reparação, sendo exemplificado por meio de relatos de casos, e fundamentados com base nos posicionamentos dos Tribunais de Justiça acerca do tema com suas respectivas decisões. Palavras-chave: Direito da personalidade. Imagem. Redes sociais. Uso indevido. Danos. Proteção jurídica.

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO DIREITOS DA PERSONALIDADE Evolução histórica Conceito de direito da personalidade Titularidade e classificação dos direitos da personalidade Características do direito da personalidade Da proteção aos direitos da personalidade O DIREITO DE IMAGEM E SUA PROTEÇÃO JURÍDICA Definição do direito de imagem e conceito de imagem Trilogia conceitual (imagem-retrato, imagem-atributo e imagem-voz) Proteção jurídica da imagem e suas limitações DANOS DECORRENTES DA VIOLAÇÃO DO DIREITO DE IMAGEM EM REDES SOCIAIS Danos e meios de reparação Relato de casos CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 52

9 8 1. INTRODUÇÃO O tema a ser abordado neste trabalho será o direito de imagem em redes sociais e sua proteção jurídica na legislação brasileira. O desenvolvimento do mesmo deu-se em razão de se tornarem mais frequentes o desrespeito a este direito. A imagem vem sendo alvo de diversas violações, na qual, pessoas utilizam- se das redes sociais divulgam imagens de outras sem a prévia autorização, não se importando com as consequências advindas dessas exposições. Através das grandes repercussões dos inúmeros casos de exibições à imagem que vêm ocorrendo atualmente, este trabalho tem como objetivos principais a abordagem da proteção jurídica conferida pela legislação brasileira. Além de demonstrar a extensão da titularidade para requerer a tutela jurisdicional da imagem, bem como, abordar os danos causados com a divulgação de imagens em redes sociais. A imagem é um direito da personalidade atribuído a todos os seres humanos, sendo inviolável e protegida pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) e pelo Código Civil de Inicialmente será feita uma contextualização histórica sobre os direitos da personalidade, dispondo sobre o conceito, características, titularidade, classificação e proteção jurídica. Posteriormente, devido o uso indevido da imagem, será dedicado um capítulo para tratar do mencionado direito, abordando suas restrições e proteção no ordenamento jurídico brasileiro. Será realizada também uma análise com base na tricotomia da imagem, sendo essencial para a conclusão deste trabalho. Por último, serão demonstrados os danos advindos da divulgação de imagens nas redes sociais, a possibilidade ou não de cumulação e seus meios de reparação, sendo exemplificados por meio de casos famosos que tiveram grandes repercussões na mídia. Portanto, será utilizada uma metodologia bibliográfica, com dispositivos normativos da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) e do Código Civil de 2002, além de artigos jurídicos e periódicos coletados nas redes sociais.

10 9 2. DIREITOS DA PERSONALIDADE Neste capítulo será abordada a evolução histórica, conceito, características, titularidade, classificação e proteção jurídica dos direitos da personalidade. Nesse sentido, será demonstrado que os direitos da personalidade passaram por diversos períodos históricos antes de serem positivados no ordenamento jurídico brasileiro, tendo como fundamento o princípio da dignidade da pessoa humana. Os direitos da personalidade possuem uma lastra extensão, sendo protegidos pela legislação brasileira vigente, possuindo diversas características, as quais devem ser minuciosamente analisadas. Portanto, por serem direitos tidos como essenciais a condição humana será feito um breve relato sobre os tópicos acima mencionados, sendo necessários para um bom desempenho deste trabalho. 2.1 Evolução histórica Oliveira (2013) em seu artigo jurídico ensina que no decorrer dos anos, no contexto histórico da humanidade os direitos essenciais aos seres humanos eram tutelados conforme as classes sociais dos indivíduos, tendo como marco histórico o emprego de meios desumanos e cruéis contra as pessoas. Segundo Schreiber (2011), o liberalismo foi marcado pela não intervenção do Estado na esfera privada dos indivíduos, sendo este período contemplado pelas desigualdades sociais e econômicas. Assim, a liberdade das pessoas ficava condicionada a lei de quem possuía maior poder econômico, renunciavam direitos essenciais para a manutenção da dignidade da pessoa humana não existindo o livre arbítrio. A partir deste contexto surge a necessidade da quebra do direito liberal na busca de melhores condições de vida e respeito aos seres humanos. Os direitos da personalidade surgiram em meados do século XIX, tendo como marco inicial as revoltas e as guerras pautadas na desigualdade e no desrespeito entre as pessoas, buscando a proteção da dignidade da pessoa humana (SCHREIBER, 2011, p. 05). Nesse sentido, Novelino (2011) em sua obra ensina que: Os direitos da personalidade emanam diretamente da dignidade da pessoa humana (NOVELINO, 2011, p. 451).

11 10 Gonçalves (2011) afirma que a construção dos direitos da personalidade sustenta-se na tese de que os direitos com um valor econômico considerável também possuem a mesma proteção legal dos demais, pois são peculiares aos indivíduos e a eles estão unidos em caráter perpétuo, são os denominados direitos da personalidade, surgidos durante o jusnaturalismo, como o direito à vida, à imagem, dentre outros. A denominação direitos da personalidade foi concebida pelo direito natural francês e germânico, tendo como objetivo estabelecer direitos inerentes a pessoa humana, sendo considerados preexistentes, devendo serem observados pelo Estado. Os direitos da personalidade eram tidos como básicos e necessários para os indivíduos, nos quais todos os demais direitos relativos à pessoa não teriam importância se não houvesse os direitos da personalidade (SCHREIBER, 2011, p. 05). Nesse sentido, Farias e Rosenvald (2011) em sua obra ensinam que: os direitos da personalidade constituem construção jurídica relativamente recente, fruto do cuidado da doutrina germânica e francesa, especialmente após a II Guerra Mundial (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p. 147). Os direitos da personalidade antes de serem positivados na legislação brasileira vigente possuíam determinadas características, que continuam hodiernamente vigorando no ordenamento jurídico nacional estendendo-se para o âmbito internacional. Nesse sentido, Schreiber (2011) ensina em sua obra que: afirmava-se, nessa direção, que os direitos da personalidade eram absolutos, imprescritíveis, inalienáveis e indisponíveis, características ainda hoje repetidas na legislação pátria e estrangeira (SCHREIBER, 2011, p.05). O posicionamento do Estado Liberal, em especial ao que se refere às relações entre particulares, fez com que os direitos da personalidade passassem a adquirir relevância no âmbito jurídico (SCHREIBER, 2011, p. 05). Segundo Oliveira (2013), os Códigos Civis eram omissos em relação aos direitos da personalidade, se dando de forma lenta o seu reconhecimento em parte de diversos países. Porém, os direitos da personalidade passaram a ganhar destaque com sua positivação na CRFB/88, sendo tutelados expressamente no artigo 5º, caput e inciso X, e posteriormente consagrados pelo Código Civil de 2002 nos artigos 11 a 21, passando a regulamentar direitos inerentes aos seres humanos.

12 11 Nesse sentido, seu desenvolvimento ocorreu vagarosamente em razão das várias divergências e críticas entre os juristas sobre os direitos que iriam compor o rol dos direitos da personalidade, não sendo recepcionados pelo Código Civil alemão de 1896, e nem pelo Código Civil brasileiro de 1916, gerando dissabores para as pessoas que o aderiram, pelo fato da lei ser omissa a essa respectiva categoria de direitos (SCHREIBER, 2011, pp ). Os doutrinadores Farias e Rosenvald (2011) relatam que: entre nós, os direitos da personalidade foram admitidos após importantes contribuições doutrinárias, alçados à altitude legislativa por normas esparsas e consagrados pelo Texto Constitucional de 1988 (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p. 148). Desse modo, os direitos personalíssimos foram aceitos depois das importantes ajudas doutrinárias, erguidas aos atos legislativos e por normas espalhadas e reconhecidas por toda a CRFB/88 (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p. 148). Portanto, em meados do século XIX, essas divergências entre os juristas passaram a ser novamente analisadas sob a ótica da proteção da dignidade humana, buscando meios mais eficazes de proteção as pessoas em relação ao Estado, bem como entre particulares. Assim, surgindo no Brasil os direitos da personalidade, sendo estes positivados na CRFB/88, e posteriormente no novo Código Civil de 2002 (SCHREIBER, 2011, pp ). 2.2 Conceito de direito da personalidade Os direitos da personalidade podem ser percebidos entranhados no âmbito privado dos indivíduos, não sendo mensuráveis por valores econômicos, estando assim ligados aos seus valores reais. Nessa linha de raciocínio, a personalidade consiste em um conjunto de peculiaridades, sendo estas atribuídas a cada pessoa de forma individualizada. Os direitos da personalidade podem ser conceituados como a veracidade dos direitos subjetivos adquiridos durante toda a vida, sendo estes inerentes à condição de cada indivíduo. Deste modo, possuem a finalidade de garantir a eficácia do princípio da dignidade da pessoa humana por meio de uma proteção jurídica conferida aos direitos tidos como fundamentais (FARIAS; ROSENVALD, 2011, pp ). Nesse sentido, Farias e Rosenvald (2011) afirmam que:

13 12 Nessa ordem de ideias, é possível asseverar serem os direitos da personalidade aquelas situações jurídicas reconhecidas à pessoa, tomada em si mesma e em suas necessárias projeções sociais. Isto é, são os direitos essenciais ao desenvolvimento da pessoa humana, em que se convertem as projeções físicas, psíquicas e intelectuais do seu titular, individualizando-o de modo a lhe emprestar segura e avançada tutela jurídica (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p.149). Assim, através dos grandes avanços históricos os direitos da personalidade passaram a ganhar mais ênfase no âmbito jurídico, estando estes pautados na proteção da dignidade da pessoa humana, dentre outros princípios e valores pertinentes e essenciais a cada pessoa. Desse modo, a proteção jurídica poderá estender-se em face de outros seres humanos, bem como do Estado (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p.150). O autor Schreiber (2011) em sua obra afirma que: os direitos da personalidade consistem em atributos essenciais da pessoa humana, cujo reconhecimento jurídico resulta de uma contínua marcha de conquistas histórica (SCHREIBER, 2011 p.12). Para o autor, o termo direito da personalidade, refere-se a características pessoais dos seres humanos, sendo considerados direitos personalíssimos atribuídos a cada pessoa, possuindo previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro em virtude de um avanço histórico. Assim, por se tratarem de direitos positivados, torna-se obrigatória a observância no plano constitucional e nas relações jurídicas entre particulares, estendendo-se para o âmbito nacional e internacional. Os doutrinadores Filho e Gagliano (2015) afirmam que: conceituam-se os direitos da personalidade como aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais (FILHO; GAGLIANO, 2015, p.186). Segundo Venosa (2005), os direitos da personalidade são essenciais a todos os seres humanos, devendo ser respeitados por todos e reconhecidos pelo Estado, de modo a propiciar o mínimo de dignidade a pessoa humana, bem como uma convivência social harmônica.

14 Titularidade e classificação dos direitos da personalidade Em se tratando da titularidade dos direitos da personalidade, esta abrange a todos os seres humanos de forma geral, incluíndo os nascituros, esta última titularidade é conferida com fundamento na teoria da concepção. Tal teoria defende que mesmo não sendo atribuída a personalidade jurídica aos nascituros, estes possuem direitos aos quais são assegurados e protegidos pelo ordenamento jurídico vigente, estendendo-se aos direitos da personalidade (GAGLIANO; FILHO, 2015, p.191). A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88), em seu art. 5º. V, X, traz as seguintes disposições: Art.5º, V O direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; X São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Conforme o dispositivo acima mencionado, não há especificações sobre quais são as pessoas que possuem tal direito. Nesse sentido, este dispositivo deve ser interpretado de forma ampla, posto que faz menção à pessoas de forma genérica, proibindo a limitação de direitos e garantias a determinadas pessoas, sendo notável a abrangência da titularidade a todos os seres humanos sem qualquer distinção (GAGLIANO; FILHO, 2015, p.193). Gagliano e Filho (2015) relatam que: Sem demérito de reconhecer que a teoria dos direitos da personalidade tenha sido construída a partir de uma concepção antropocêntrica do direito, consideramos inadmissível a posição que limita a possibilidade de sua aplicação à pessoa natural (FILHO,GAGLIANO, 2015, p.193). A teoria sobre a titularidade dos direitos da personalidade tem sido alvo de grandes polêmicas no âmbito doutrinário, portanto, com o objetivo de terminar com essa discussão, o legislador fez inserir na redação do novo Código Civil de 2002 um dispositivo legal manifestando-se a esse respeito (GAGLIANO; FILHO, 2015, p.193).

15 14 O Código Civil de 2002 trouxe em seu art. 52 a seguinte redação: Art. 52. aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. Assim, conforme o dispositivo normativo acima mencionado, os direitos da personalidade, estendem-se as pessoas jurídicas no que lhe forem pertinentes, como por exemplo, o direito à imagem, à honra, dentre outros. Segundo Farias e Rosenvald (2014), o direito à imagem estende-se as pessoas jurídicas, porém, a proteção conferida à imagem não poderá lhe ser atribuída como a das pessoas físicas. O ordenamento jurídico brasileiro confere as pessoas jurídicas somente a titularidade da imagem-atributo, com base nas peculiaridades que as tornam particulares no âmbito social. Portanto, devido à inexistência dos elementos comportamentais, biológicos e psicológicos, não lhe são conferidas a imagem-voz e nem a imagem-retrato, as quais se estendem somente as pessoas naturais. De acordo com Gagliano e Filho (2015), no que diz respeito à classificação dos direitos da personalidade os classificam conforme a proteção atribuída pelo ordenamento jurídico, utilizando-se do critério da tricotomia, a qual se subdivide em três categorias, sendo elas: corpo, espírito, e mente. Assim, sem pretender esgotá-los, classificamos os direitos da personalidade de acordo com proteção à: a) Vida e integridade física (corpo vivo, cadáver, voz); b) Integridade psíquica e criações intelectuais (liberdade, criações intelectuais, privacidade, segredo); c) Integridade moral (honra, imagem, identidade pessoal) (FILHO; GAGLIANO, 2015, p. 199). Farias e Rosenvald (2011) defendem a tese de que os direitos da personalidade possuem o condão de tutela de seu titular, sendo esta proteção atribuída em razão da condição de ser pessoa humana, devendo ser analisada em seus diversos aspectos, tais como, o aspecto corporal, intelectual, e alma. Surge assim, à necessidade de classificação dos direitos da personalidade, devendo tal classificação estar em consonância com a projeção da proteção prevista no ordenamento jurídico em todos os ambientes em que a pessoa se encontra, tendo como fundamento jurídico o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.

16 15 Em sendo assim, a classificação deve ter em conta os aspectos fundamentais da personalidade que são: a integridade física (direito à vida, direito ao corpo, direito à saúde ou a inteireza corporal, direito ao cadáver...), a integridade intelectual (direito à autoria cientifica ou literária, à liberdade religiosa e de expressão, dentre outras manifestações do intelecto) e a integridade moral ou psíquica (direito à privacidade, ao nome, à imagem etc.) (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p. 177). Os direitos personalíssimos podem ser classificados em inatos, que são aqueles direitos que já nascem com os indivíduos, como à integridade física, moral, a vida, dentre outros, e também podem ser classificados em adquiridos, estes últimos podem ser entendidos como direitos derivados do próprio indivíduo, aos quais se encontram positivados no ordenamento jurídico brasileiro. Nesse sentido, para Gonçalves (2011) os direitos de personalidade são divididos em duas categorias: os inatos, como o direito à vida e à integridade física e moral, e os adquiridos, que decorrem do status individual e existem na extensão da disciplina que lhes foi conferida pelo direito positivo. Conforme Gagliano e Filho (2015), em se tratando da classificação dos direitos da personalidade acima mencionada, esta não deve ser interpretada como um rol taxativo, mas sim como referência acerca dos direitos da personalidade considerados primordiais. Deste modo, tal classificação não exaure o rol dos direitos personalíssimos, em razão da tutela conferida aos direitos ditos como essenciais a condição de vida das pessoas prevista no ordenamento jurídico. 2.4 Características do direito da personalidade Os doutrinadores Gagliano e Filho (2015) entendem que os direitos da personalidade por serem direitos inerentes aos seres humanos em seus aspectos físicos, mentais e morais, possuem determinadas características, as quais são consideradas próprias de cada indivíduo, sendo atribuídas como uma forma de individualização das pessoas no âmbito dos direitos particulares. Nesse sentido, os doutrinadores acima mencionados afirmam que: sendo direitos ínsitos à pessoa, em suas projeções física, mental e moral, os direitos da personalidade são dotados de certas características particulares, que lhes conferem posição singular no cenário dos direitos privados (GAGLIANO; FILHO, 2015, p.194).

17 16 Os direitos da personalidade possuem determinadas características, quais sejam: caráter absoluto, generalidade ou caráter necessário, extrapatrimonialidade, indisponibilidade, imprescritibilidade, impenhorabilidade e vitaliciedade (GAGLIANO; FILHO, 2015, p.194). O caráter absoluto dos direitos da personalidade se materializa na sua oponibilidade erga omnes, irradiando efeitos em todos os campos e impondo à coletividade o dever de respeitá-los. Tal característica guarda íntima correlação com a indisponibilidade, característica estudada abaixo, uma vez que não se permite ao titular do direito renunciar a ele ou cedê-lo em beneficio de terceiro ou da coletividade. Admite a doutrina especializada, porém, a existência de direitos da personalidade relativos, como ocorre, exemplificadamente, com o direito à saúde, ao trabalho, à educação e à cultura, à segurança e ao meio ambiente (GAGLIANO; FILHO, 2015, pp ). A primeira característica a ser analisada é o caráter absoluto, tal característica diz respeito à oponibilidade, ou seja, os direitos da personalidade possuem efeitos erga omnes, sendo assim, seus efeitos possuem aplicabilidade a todas as pessoas. Esta característica encontra-se relacionada com a indisponibilidade, a qual proíbe a disposição de direitos, não podendo o titular abrir mão do direito que lhe inerente em prol de outras pessoas. Portanto, produz efeitos erga omnes, devendo a observância por toda a coletividade. A doutrina entende que há direitos da personalidade que podem ser relativos, como o direito à saúde, educação, cultura, dentre outros, (GAGLIANO; FILHO, 2015, pp ). Nessa mesma linha de raciocínio Gonçalves (2011) em sua obra ensina que: O caráter absoluto dos direitos da personalidade é consequência de sua oponibilidade erga omnes. São tão relevantes e necessários que impõem a todos o dever de abstenção, de respeito. Sob outro ângulo, têm caráter geral, porque inerentes a toda pessoa humana (GONÇALVES, 2011, p. 195). Em se tratando da generalidade conhecida também como caráter necessário, esta por sua vez entende que os direitos da personalidade por serem essenciais a condição humana são atribuídos a todos os indivíduos, bastando-se para tanto a sua existência (FILHO; GAGLIANO, 2015, p.195).

18 17 A noção de generalidade significa que os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas, simplesmente pelo fato de existirem (FILHO; GAGLIANO, 2015, p.195). Em relação à extrapatrimonialidade, Gagliano e Filho (2015) entendem que uma das peculiaridades mais claras dos direitos legítimos da personalidade é a inexistência do objeto patrimonial imediato, mesmo que o prejuízo produza efeitos de natureza econômica. Porém, isso não proíbe que as manifestações de caráter pecuniário de determinadas naturezas de direitos possam adentrar no mercado jurídico. Dessa maneira, é certo alegar que em início os direitos personalíssimos são declarados extrapatrimoniais, não sendo impeditivo sob alguns aspectos, especialmente quando houver violação, podendo ser economicamente apreciáveis. Uma das características mais evidentes dos direitos puros da personalidade é a ausência de um conteúdo patrimonial direto, aferível objetivamente, ainda que sua lesão gere efeitos econômicos. Isso não impede que as manifestações pecuniárias de algumas espécies de direitos possam ingressar no comércio jurídico. Assim, é correto dizer que, em principio, os direitos da personalidade são considerados extrapatrimoniais, não obstante, sob alguns aspectos, principalmente em caso de violação, possam ser economicamente mensurados (GAGLIANO; FILHO, 2015, p.196). Farias e Rosenvald (2011) entendem que a extrapatrimonialidade dos direitos da personalidade restringem-se na insuscetibilidade de análise econômico dos direitos personalíssimos, mesmo que ocorra algum imprevisto que possa ocasionar lesão, cujos efeitos sejam de natureza pecuniária. Desse modo, afirmam em sua obra que: Já a extrapatrimonialidade consiste na insuscetibilidade de apreciação econômica dos direitos da personalidade, ainda que a eventual lesão possa produzir consequência monetária (na hipótese, a indenização por dano extrapatrimonial, comumente chamado de dano moral) (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p. 156). Os doutrinadores Gagliano e Filho (2015) mencionam a indisponibilidade como uma característica genérica dos direitos personalíssimos, pois esta abrange a intransmissibilidade e a irrenunciabilidade, as quais possuem limitações previstas na legislação brasileira. A primeira pode ser entendida como a impossibilidade de alteração do sujeito, não podendo haver a transferência da titularidade dos direitos personalíssimos. Em se tratando da irrenunciabilidade,

19 18 entende-se que o ordenamento jurídico brasileiro não aderiu à possibilidade do titular renunciar o direito pela simples vontade. A intransmissibilidade e a irrenunciabilidade são característica que possuem previsão expressa no art. 11 do Código Civil de 2002, tal dispositivo traz a seguinte redação: Art.11- Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Gonçalves (2011) em sua obra ensina que as características acima citadas de forma expressa pelo Código Civil brasileiro de 2002, ocasionam a indisponibilidade dos direitos personalíssimos. Assim, é vedado a seus titulares transferí-los a terceiros, ou deles dispor, posto que tais direitos por serem considerados inerentes aos seres humanos se iniciam e terminam juntos com seus titulares. Nesse sentido, o autor acima mencionado entende que nenhuma pessoa tem o direito de usufruir dos bens intrínsecos pertencentes aos outros indivíduos, como à honra, à vida, à liberdade, dentre outros. Entretanto, determinados direitos da personalidade autorizam seu uso, deste que haja consentimento por parte de seu titular, mediante uma recompensa em dinheiro, como exemplo, a imagem. Nessa linha de raciocínio, Gagliano e Filho (2015), afirmam que: a indisponibilidade significa que nem por vontade própria do indivíduo o direito pode mudar de titular, o que faz com que os direitos da personalidade sejam alçados a um patamar diferenciado dentro dos direitos privados (GAGLIANO; FILHO, 2015, p. 196). Tome-se o exemplo o direito à imagem. Em essência, esse direito é intransmissível, uma vez que ninguém pode pretender transferir juridicamente a sua forma plástica a terceiro. Ocorre que a natureza do próprio direito admite a cessão de uso dos direitos à imagem. Não se trata da transferência do direito em si, mas apenas da sua faculdade de uso. Essa cessão, realizada contratualmente, deverá respeitar a vontade do seu titular, e só poderá ser interpretada restritivamente (GAGLIANO; FILHO, 2015, p. 197). Conforme Gagliano e Filho (2015), outra característica dos direitos da personalidade é a imprescritibilidade, assim, não existe prazo prescricional para exigir tais direitos, não ocorrendo à cessação do direito pelo não uso. Além disso, não devem ser adquiridos em razão de um lapso temporal, pois, a doutrina

20 19 entende que estes direitos são do instinto dos seres humanos. A observação a ser feita é que ao mencionar o direito personalíssimo na imprescritibilidade, estará especificando os efeitos em relação ao tempo para a obtenção ou cessação de direitos. A imprescritibilidade dos direitos da personalidade deve ser entendida no sentido de que inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo não uso. Ademais, não se deve condicionar a sua aquisição ao decurso do tempo, uma vez que, segundo a melhor doutrina, são inatos, ou seja, nascem com o próprio homem. Faça-se uma ressalva: quando se fala em imprescritibilidade do direito da personalidade, está-se referindo aos efeitos do tempo para a aquisição ou extinção de direitos (GAGLIANO; FILHO, 2015, p.198). Em relação à impenhorabilidade, os autores Gagliano e Filho (2015) ensinam que há certos direitos que se apresentam patrimoniais, como o caso dos direitos autorais. Os direitos relativos à moralidade não podem ser passíveis de penhora, no entanto, não há vedação legal da penhora de créditos referentes aos direitos de natureza patrimonial. Adotando esta tese, deve-se autorizar a penhora dos créditos cedidos pelo uso da imagem. A indisponibilidade dos referidos direitos autorais não é absoluta, podendo alguns deles ter o seu uso cedido para fins comerciais, mediante retribuição pecuniária, como o direito autoral e o de imagem, por exemplo. Nesses casos, os reflexos patrimoniais dos referidos direitos podem ser penhorados (GONÇALVES, 2011, p. 189). Para Gonçalves (2011), em sendo os direitos da personalidade, fundamentais aos seres humanos são indivisíveis e indisponíveis. Porém, em se tratando dos direitos autorais essa indisponibilidade é relativa, podendo haver a cessão de determinados direitos para o exercício da atividade mercantil, através de uma compensação em dinheiro, como por exemplo, o uso de imagem. Nesse caso, pode haver penhora dos efeitos de natureza patrimonial. No que tange à vitaliciedade, Gonçalves (2011) afirma que: Os direitos da personalidade inatos são adquiridos no instante da concepção e acompanham a pessoa até sua morte. Por isso, são vitalícios. Mesmo após a morte, todavia, alguns desses direitos são resguardados, como o respeito ao morto, à sua honra ou memória e ao seu direito moral de autor, por exemplo (GONÇALVES, 2011, p. 189).

21 20 Os direitos da personalidade são naturais sendo concebidos no momento da fertilização e permanece com os seres humanos até seu falecimento. Desse modo, são vitalícios, e mesmo depois da morte, determinados direitos são preservados, como por exemplo, a memória e honra da pessoa falecida (GONÇALVES, 2011, p. 189). 2.5 Da proteção aos direitos da personalidade Os direitos da personalidade são direitos essenciais, e necessários para que as pessoas possam viver com um mínimo de dignidade possível no âmbito em que convive. Porém, pensando nisso o legislador ao criar o novo Código Civil de 2002 inseriu um capítulo inteiro dedicado a esses direitos, tendo como objetivo a proteção jurídica dos direitos personalíssimos, bem como do princípio da dignidade humana, alcançando-se assim, um grande progresso legislativo (GONÇALVES, 2011, p.189). Segundo Gonçalves (2011), determinados direitos individuais pertencentes aos seres humanos ganharam destaque e ao longo do tempo foram admitidos pela doutrina e pelo texto normativo, sendo tutelados pela jurisprudência. Estes direitos ditos como individuais não podem ser alienados, não sendo passíveis de comercialização, razão pela qual possuem proteção no ordenamento jurídico vigente. O princípio da dignidade da pessoa humana já possuía previsão expressa no art. 1º, III, da CRFB/88, sendo considerado um dos fundamentos constitucionais do ordenamento jurídico vigente no alcance da proteção dos direitos da personalidade (GONÇALVES, 2011, p.190) O texto constitucional trouxe em sequência o art. 5º, X, com a seguinte redação: Art.5º, X- São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Nesse sentido, Gonçalves (2011) afirma que se uma pessoa vier a ocasionar um dano à outra em decorrência de uma violação aos direitos da personalidade, esta responderá civilmente pela conduta antijurídica praticada contra o titular do direito, podendo tal responsabilidade se estender para outros ramos do direito.

22 21 A proteção dos direitos da personalidade dá-se em vários campos do ordenamento jurídico, desfrutando, assim, de estatutos disciplinadores diversos, variáveis em função do enfoque adotado (GAGLIANO; FILHO, 2015, p. 225). A proteção aos direitos da personalidade não se limita somente aos dispositivos constitucionais acima descritos, tal proteção estende-se para o art. 12 do Código Civil de 2002, ao qual dispõe que: Art. 12 pode-se exigir que cesse a ameaça, ou lesão, a direito da personalidade e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Nesse viés, Farias e Rosenvald (2011) entendem que o titular do direito poderá com fulcro no mencionado dispositivo acima utilizar-se das tutelas judiciais sempre que houver ameaça, ou lesão aos direitos personalíssimos, tendo como objetivo principal resguardar esses direitos ditos como próprios e essenciais a condição de vida dos seres humanos, as quais podem ser classificadas em reparatórias (repressivas) e inibitórias (preventivas). Segundo Farias e Rosenvald (2011), a tutela preventiva é uma medida que trata especificadamente dos direitos personalíssimos podendo ser aplicada pelo juiz diante de uma situação de violação ao bem jurídico tutelado. Tal medida tem como objetivo assegurar a proteção desses direitos, aos quais são inerentes aos indivíduos, podendo por determinação judicial ser aplicada uma multa a quem deixar de observar o dispositivo normativo sendo esta uma forma de inibir tal violação aos direitos da personalidade. Os doutrinadores Gagliano e filho (2015), em sua obra ensinam que: A proteção dos direitos da personalidade poderá ser: a) preventiva principalmente por meio do ajuizamento de ação cautelar, ou ordinária com multa cominatória, objetivando evitar a concretização da ameaça de lesão ao direito da personalidade; b) repressiva por meio da imposição de sanção civil (pagamento de indenização) ou penal (persecução criminal) em caso de a lesão já haver se efetivado (GAGLIANO; FILHO, 2015, pp ). Conforme Gonçalves (2011), o titular do direito poderá acionar o Poder Judiciário quando houver violação aos direitos da personalidade, bem como ao princípio da dignidade da pessoa humana, atuando por meio das medidas judiciais adequadas, as quais podem ser classificadas como medidas judiciais de natureza preventiva, cominatória ou repressiva.

23 22 Em se tratando das primeiras, estas possuem efeitos suspensivos, visando à suspensão dos atos ofensivos a integridade moral, e física, em se tratando das medidas judiciais cominatórias, estas se encontram fundamentadas no Código de Processo Civil, e são aplicadas com intuito de fazer cessar os efeitos que possam causar ameaça de lesão a direitos, e por fim, as de natureza repressiva, visam antecipar os efeitos advindos da propositura de uma ação (GONÇALVES, 2011, pp ). Bittar (2015) afirma que os direitos da personalidade possuem proteção jurídica em ramos distintos do direito, quais sejam: constitucional, civil e penal, usufruindo, deste modo de regulamentos diferentes. Nessa linha de raciocínio, o autor acima citado ensina que: Desse modo, no âmbito constitucional, disciplinados, como liberdades públicas, recebem regulamentação como direitos de cunho fundamental no Estado, fruindo de garantias específicas, previstas no contexto da Carta Magna, na defesa da dignidade da pessoa, diante dos poderes públicos (BITTAR, 2015, p.87). Na esfera constitucional, os direitos fundamentais de primeira geração encontram-se regulamentados como direitos de caráter essencial no Estado, desfrutando de garantias individuais e políticas previstas no texto constitucional, com a finalidade de proteção da dignidade da pessoa humana, perante os poderes públicos. No plano penal, por via de diversas figuras, inseridas no Código próprio, contam esses direitos como tutela repressiva, em sua preservação contra atentados advindos de outras pessoas, em ações tipificadas como crimes (como os delitos contra a vida, a saúde, a honra, a intimidade, o segredo, os direitos intelectuais) (BITTAR, 2015, p.87). No âmbito da esfera penal, por meio de numerosas figuras introduzidas na legislação própria, os direitos de personalidade contam com a tutela repressiva para sua defesa contra violações resultantes de outras pessoas, em atos tipificados como delitos, como os crimes contra a vida, a honra, dentre outros. Por fim, no âmbito civil, os direitos da personalidade são tutelados através de mecanismos que tenham como finalidade resguardar os interesses particulares dos indivíduos incorporados na liberdade e na independência de cada pessoa (BITTAR, 2015, p. 87).

24 23 Concluí-se que antes de serem inseridos na legislação brasileira os direitos da personalidade passaram por diversos procedimentos, tendo como marco histórico diversos tratamentos desumanos contra as pessoas. Os direitos da personalidade surgiram pautados no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, em razão de serem considerados essenciais para um convívio coletivo harmônico de todos os indivíduos. Assim, em razão de serem considerados necessários a todos os seres humanos, os direitos da personalidade vagarosamente ganharam destaque no âmbito jurídico, aos quais foram recepcionados pelo texto constitucional e posteriormente pelo Código Civil de 2002, estendendo-se a todos.

25 24 3 O DIREITO DE IMAGEM E SUA PROTEÇÃO JURÍDICA Neste capítulo será abordada a definição do direito de imagem, conceito, trilogia conceitual, proteção jurídica e suas limitações. Este capítulo foi inserido com intuito de demonstrar o que vem a ser imagem na esfera doutrinária, a qual encontra-se tutelada no âmbito constitucional, bem como na legislação civil, podendo ser analisada sob a ótica de seus três aspectos, sofrendo determinadas restrições. Assim, com todo o esboço acima levantado, bem como as violações a este direito ocorrendo hodiernamente com maior frequência, torna-se essencial um estudo sobre os respectivos tópicos aqui mencionados. 3.1 Definição do direito de imagem e conceito de imagem O direito de imagem apresenta-se como um direito inviolável protegido pela CRFB/88 e pelo Código Civil de Porém, em razão de ser considerado pela doutrina um direito personalíssimo inerente a cada pessoa este compõe o rol dos direitos de personalidade (GONÇALVES, 2011, p.202). O direito de imagem explícita o comando que cada indivíduo possui sobre alguma representação auditiva, ocular ou até mesmo palpável, sendo esta individualizada, podendo ser obtida por métodos tecnológicos de captação como vídeos, filmes, fotografias, armazenamento de informações por meio de computadores. Desse modo, estendendo-se para a atividade artística da invenção humana, por meio da escultura, pintura, desenhos, dentre outros (SCHREIBER, 2011, p.102). Portanto, o direito à imagem encontra-se como um direito autônomo, no qual sua proteção jurídica independe de lesão à honra do titular, tendo em vista que o direito à honra refere-se à soma dos conceitos positivos que cada pessoa goza no âmbito social. Neste viés, Schreiber (2011) ensina que: O direito à imagem independe, portanto, do direito à honra, enquanto o último diz respeito a reputação da pessoa em seu meio social, o direito à imagem exprime o controle que cada pessoa humana detém sobre qualquer representação audiovisual ou tátil da sua individualidade, alcançada por instrumentos técnicos de captação, como filmes, teleobjetivas, registros computadorizados, bem como pela ação artística da criatividade humana nas telas de pintura, na escultura de qualquer tipo, inclusive artesanato (SCHREIBER, 2011, p.102).

26 25 Segundo Farias e Rosenvald (2011), o direito de imagem é um direito personalíssimo, sendo a imagem derivada de cada pessoa, onde a mesma estende- se, prolonga-se e diferencia-se no âmbito social. A imagem é o vestígio da sua personalidade, podendo-se destacar do corpo e das representações de indeterminados processos, dentre estes, pode-se destacar as pinturas, os desenhos, as fotografias, os filmes, e outros. De acordo com Gagliano e Filho (2015), o direito de imagem deve ser pautado entre os direitos de natureza moral e não dos direitos relacionados ao corpo, pois, havendo violação do direito de imagem este repercutirá com maior intensidade no âmbito moral do que no físico. Em relação à imagem essa pode ser conceituada como uma demonstração da personalidade, onde é percebido reflexos da fisionomia e sensações das pessoas, assim como os atributos e hábitos que os tornam particulares, sendo esta uma forma de se destacar perante a sociedade. Conforme afirmam Farias e Rosenvald (2011) em sua obra: Efetivamente, a imagem corresponde à exteriorização da personalidade, englobando, a um só tempo, a reprodução fisionômica do titular e as sensações, bem assim como as características comportamentais que o tornam particular, destacado, nas relações sociais (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p.212). Gonçalves (2011) afirma que: No sentido comum, a imagem é a representação pela pintura, escultura, fotografia, filme etc. de qualquer objeto e, inclusive, da pessoa humana, destacando-se, nesta, o interesse primordial que apresenta o rosto (GONÇALVES, 2011, p.202). Conforme Cavalieri Filho (2012), a imagem é um direito personalíssimo, sendo esta uma forma da pessoa ser identificada de forma individualizada pela sociedade, ou seja, será levada em consideração a imagem que tiver sido projetada ao longo da vida, servindo como base para traduzir sua personalidade. Dessa forma, a imagem pode ser destacada por pinturas, esculturas, desenhos, cartazes, fotografias, filmes, podendo ser utilizada somente mediante autorização.

27 26 Consiste no direito que a pessoa tem sobre a sua forma plástica e respectivos componentes distintos (rosto, olhos, perfil, busto) que a individualizam no seio da coletividade. Incide, pois, sobre a conformação física da pessoa, compreendendo esse direito um conjunto de caracteres que a identifica no meio social. Por outras palavras, é o vinculo que une a pessoa à sua expressão externa, tomada no conjunto, ou em partes significativas (como a boca, os olhos, as pernas, enquanto individualizadoras da pessoa) (BITTAR, 2015, p.153). A imagem baseia-se no direito que o ser humano possui sobre a sua aparência física em diversos e diferentes elementos, como por exemplo, o rosto, perfil, olhos, dentre outros. Desse modo, recaindo sobre a forma física do indivíduo, sendo tais peculiaridades essenciais para identificá-lo no âmbito da sociedade. A imagem é o liame que une o indivíduo à sua fisionomia externa, podendo ser total ou parcial (como a boca, as pernas, e outros aspectos que permitem a individualização de uma pessoa dentre outras) (BITTAR, 2015, p. 153). Segundo Pinto (2014), os seres humanos de forma geral acreditam que o direito à imagem encontra-se ligado apenas ao retrato. No entanto, a imagem não é somente a reparação do aspecto físico de uma pessoa, mas sim qualquer forma de exibição que possa diferenciar os indivíduos perante a sociedade. 3.2 Trilogia conceitual (imagem-retrato, imagem-atributo e imagem-voz) A imagem possui tutela expressa no texto constitucional e no Código Civil de 2002, podendo ser analisada sob três aspectos, tais como: a imagem-retrato, a imagem-atributo e a imagem-voz. A imagem-retrato, refere-se às características fisionômicas do titular, à representação de uma pessoa pelo seu aspecto visual, enfim, é o seu pôster, a sua fotografia, encarada tanto no aspecto estático- uma pinturaquanto no dinâmico- um filme-, conforme proteção dedicada pelo art.5º, X, da Constituição da República (FARIAS;ROSENVALD, 2011, p.212). A primeira imagem a ser analisada é a imagem-retrato, onde se podem destacar diferentes características fisionômicas das pessoas. A exibição desta se dá através do aspecto visual, onde sua fotografia poderá ser destacada como um aspecto estético, podendo ser feito mediante uma pintura, desenho ou retrato, ou no aspecto dinâmico que seria um filme, conforme tutela expressa no art. 5, X da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

28 27 A imagem-atributo, é o consectário natural da vida em sociedade, consistindo no conjunto de características peculiares da apresentação e da identificação social de uma pessoa. Diz respeito, assim, aos seus qualificativos sociais, aos seus comportamentos reinterados que permitem identificá-los (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p.212). Já a imagem-atributo refere-se às qualidades sociais e comportamentais que permitem identificá-la, ou seja, está relacionada com a qualificação da pessoa, sendo assim, as qualificações sociais e comportamentais se reinteram permitindo sua diferenciação no seio da sociedade. Entretanto, não se pode confundir a imagem-atributo com a imagem exterior, tomando-se sempre os devidos cuidados com o retrato moral. A imagem-voz concerne à identificação de uma pessoa através de seu timbre sonoro. Aliás, sem dúvida, a personalidade de alguém não se evidencia menos na voz que nas características fisionômicas. É importante deixar claro que o direito à imagem é um só, apenas projetando-se em diferente aspectos. Significa dizer que não existem três diferentes direitos, mas um único direito protegido constitucionalmente em sua tridimensionalidade (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p. 213). Por fim, a imagem-voz diz respeito à identificação de uma pessoa por meio do seu timbre ou outros aspectos sonoros, sem dúvida, a personalidade dos indivíduos não se destaca menos na voz do que em suas características fisionômicas. Contudo os doutrinadores Gagliano e Filho (2015) entendem que a imagem possui somente dois aspectos, sendo eles a imagem - retrato, podendo ser definida pela parte fisionômica de cada indivíduo, devendo ser analisada de forma individualizada, e a imagem-atributo que refere-se ao comportamento da pessoa ao longo de sua vida, repercutindo no âmbito social. Entretanto, Farias e Rosenvald (2014) destacam o direito à imagem como sendo uno, devendo ser analisado conforme suas peculiaridades. Assim, não há três tipos de direitos, mas sim três formas de analisar a projeção do comportamento das pessoas perante a sociedade, estando tal direito protegido pelo ordenamento jurídico brasileiro com base na sua trilogia conceitual. 3.3 Proteção jurídica da imagem e suas limitações

29 28 A imagem possui previsão expressa no artigo 5º, V, e X, da CRFB/88 e no artigo 20 do Código Civil de 2002, sendo considerado um direito da personalidade irrenunciável, e indisponível, encontrando-se limitado pela a autorização por parte do titular, devendo observância e respeito a esse direito sob pena de indenização pelos danos que lhe vier a causar. Portanto nesse sentido Gonçalves (2011) define que: A Carta Magna foi explicitada em assegurar, ao lesado, direito de indenização por dano moral decorrente da violação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Nos termos do art. 20 do Código Civil, a reprodução de imagem para fins comerciais, sem autorização do lesado, enseja o direito a indenização, ainda que não lhe tenha atingido a honra, a boa fama ou a respeitabilidade (GONÇALVES, 2011, p. 201). Os dispositivos normativos previstos na CRFB/88 e no Código Civil de 2002 possuem a função de limitação ao uso indevido da imagem, aos quais impondo o consentimento do titular do direito como uma forma de proteção da imagem projetada ao longo da vida. Assim, podendo ser aplicado o instituto da responsabilidade civil para a pessoa que deixar de observar estes dispositivos, pois o direito de imagem assim como os demais direitos explicitados como de personalidade, são indisponíveis. Os doutrinadores Farias e Rosenvald (2014) ensinam que uma vez autorizado o uso da imagem o titular está dispondo de forma relativa deste direito, não podendo futuramente ingressar na justiça alegando danos à imagem ou reparação civil. A imagem é um direito autônomo e essencial a todos os seres humanos, em assim sendo, torna-se necessária sua proteção pelo ordenamento jurídico. Nesse sentido, os autores aqui mencionados afirmam em sua obra que: O direito à imagem é autônomo e independente, sendo inerente à própria personalidade e merecendo tutela jurídica específica (FARIAS; ROSENVALD, 2011, p.215). O artigo 5º, inciso V da CRFB/88 confere proteção jurídica a imagem atributo, propiciando ao titular o direito de resposta, bem como a respectiva reparação pelos danos decorrentes de sua violação. Novelino (2011), em sua obra ensina que o inciso X do artigo 5.º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) possui o condão de tutela da vida particular dos seres humanos, lhe sendo assegurada a

30 29 sua inviolabilidade. Essa proteção encontra-se fundamentada na teoria das esferas, sendo aceita por vários doutrinadores estendendo-se no âmbito jurisprudencial alemão, na qual a tutela da vida íntima das pessoas poderá ser determinada pela extensão da violação dos direitos da personalidade. A esfera da publicidade compreende os atos praticados em público com o desejo de torná-los públicos. Não basta apenas que o ato seja praticado em local não reservado (elemento espacial), exige-se um elemento volitivo interno: a renúncia. Esta pode ser expressa (como a que ocorre nos programas televisivos de reality show) ou tácita (pessoas públicas em eventos públicos, como shows, comícios, noite de autógrafos, entrega de prêmios e solenidades em geral), mas somente será válida se ocorrer de forma casuística e temporária ( não exercício ) (NOVELINO, 2011, p.452). Conforme Novelino (2011), a área da publicidade abrange as ações que são desenvolvidas em público, tendo como finalidade a divulgação perante toda a sociedade. Porém, não basta somente que as ações sejam executadas em lugares públicos (elemento espacial), pois se torna essencial à presença de um elemento volitivo interno, (a recusa). No que tange ao último elemento, este poderá ser de forma expressa, sendo esta considerada uma forma de manifestação da vontade mediante uma expressão que conta se uma pessoa aceitou ou não algo, (como por exemplo, um gesto), ou tácita que é outra forma de manifestação da vontade que decorre do comportamento da pessoa. Em se tratando da segunda esfera defendida pelo autor acima citado, este ensina em sua obra que: A esfera pessoal abrange as relações com o meio social sem que, no entanto, haja vontade ou interesse na divulgação; a esfera privada compreende os dados relativos a situações de maior proximidade emocional ( contextos relacionais específicos ), como, por exemplo, as opções pessoas ou a orientação sexual do indivíduo. As duas esferas integram a vida privada do indivíduo (NOVELINO, 2011, p.452). A esfera pessoal compreende a ligação com a sociedade, ainda que, não exista vontade ou interesse na publicação da imagem. Esse campo particular abrange elementos referentes a circunstâncias próximas ao emocional de cada pessoa, dando a todos a possibilidade de escolha conforme seus interesses, como exemplo, a opção sexual feita por cada indivíduo. A esfera íntima se refere ao modo de ser de cada pessoa, ao mundo intrapsíquico aliado aos sentimentos identitários próprios (autoestima,

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