IMPRENSA Resumo Diário 20 e 19 SET 2015

Transcrição

1 [domingo, 20] 1. Entrevista. Manuel Castro Almeida: "Os municípios vão poder atribuir dinheiro à criação de empresas". Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional garante que as primeiras verbas dos fundos estruturais vão chegar às empresas em Setembro e acredita que o banco de fomento está prestes a resolver os últimos entraves burocráticos para abrir - quase um ano depois do previsto. Autarca por devoção e secretário de Estado por circunstância, Manuel Castro Almeida é o cérebro do Portugal 2020, o programa que vai gerir o novo ciclo de fundos da União Europeia. A aposta do programa é a competitividade e nesse esforço até as autarquias vão participar. Para começar, através das comunidades intermunicipais, uma nova realidade política que está a nascer no interior do país, nas quais as câmaras serão cada vez menos empreiteiras e cada vez mais agentes de desenvolvimento. Nessa visão que pretende assegurar que em 2020 os portugueses tenham mais dinheiro no bolso, a palavra-chave é a descentralização. (págs. 16 a 18) 2. Bank of China mantém-se nos prejuízos. Instituição que abriu as portas em Lisboa em 2013 teve uma perda de 3,1 milhões em Portugal. A filial do Bank of China em Portugal, localizada em Lisboa, teve um prejuízo de 3,1 milhões de euros no ano passado, de acordo com as contas recentemente disponibilizadas no site do Banco de Portugal. Até agora, as perdas da instituição financeira chinesa, uma das maiores do seu país, somam 4,7 milhões de euros, já que o banco, presente em Portugal desde Abril de 2013, teve nesse ano uma perda líquida de 1,6 milhões. O relatório do Bank of China explica o prejuízo em Portugal com os custos de arranque da operação e com os custos com pessoal. (pág. 29) [domingo, 20] 1

2 3. Há menos 87 mil desempregados à procura de trabalho. Emprego. Emigração e sazonalidade explicam redução do número de desempregados, diz a CGTP. Mas também há mais oferta de trabalho. Se é engenheiro mecânico e está desempregado saiba que há uma empresa de Sever do Vouga à procura de alguém para chefe de assistência técnica e manutenção do ramo automóvel e industrial. O contrato é sem termo e o salário é de três mil euros brutos por mês. Mais alimentação, alojamento e viagens. Não, não são as deslocações para que se mude para Sever do Vouga. Quem aceitar o emprego terá de se mudar para Angola e a empresa compromete-se a pagar três viagens por ano a Portugal. Este é apenas um dos exemplos das mais de 20 mil ofertas disponíveis no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Só em agosto, destaca o IEFP, o número de novas propostas de emprego cresceu 30% face a igual período do ano passado, o que ajuda a explicar a descida do desemprego. Os dados mostram que, em agosto, estavam inscritos nos centros de emprego desempregados, são menos pessoas do que há um ano. Uma quebra de 14%. (pág. 21) [sábado, 19] 4. S&P sobe rating e espera continuidade das políticas a seguir às eleições. Agência diz não esperar do novo governo desvios significativos nas políticas a seguir às eleições. Se tal acontecer, avisa, pode voltar a cortar o rating. A dois dias do arranque oficial da campanha eleitoral, a agência de notação financeira internacional Standard & Poor s anunciou esta sextafeira a subida do rating português de BB para BB+, colocando-o a um passo de sair do nível lixo em que entrou no decorrer da crise das dívidas soberanas do euro. A incerteza do resultado eleitoral não assustou a agência, já que esta acredita que o novo governo irá sempre avançar para mais consolidação orçamental. (manchete e págs. 2 e 3) 2

3 5. Portugal sobe duas posições em ranking de inovação. Índice de inovação global coloca Portugal na 30.ª posição entre 141 países analisados. Entre 141 países, Portugal ocupa a 30ª posição num ranking de inovação das economias mundiais elaborado anualmente pela Universidade de Cornell, pela escola de gestão Insead e pela agência das Nações Unidas, WIPO (World Intellectual Property Organization). Esta classificação no índice de inovação global (cuja sigla inglesa é GII, de Global Innovation Index) divulgado nesta sexta-feira representa uma subida de duas posições em relação ao ano de 2014, obtendo uma pontuação de 46.6 numa escala de 0 a 100. (pág. 18) [sábado, 19] 6. Opinião. Ricardo Reis. As perguntas que ficaram por fazer. Quem quer ser meu primeiro ministro devia ter pelo menos uma ideia clara acerca deste desafios ao papel do Estado português. (pág. 2 dinheiro vivo) 7. Aspöck Portugal. Aqui se desenvolvem e fazem os faróis da Audi e da Mitsubishi. A fábrica de Oliveira de Azeméis é a maior do grupo austríaco, que investiu 25 milhões na sua expansão e na criação de um centro de ID. "Sem inovação tecnológica é a morte lenta", diz Domingos Pinto. (págs. 6 e 7 dinheiro vivo) 8. Portugal é tão sensível ao crude quanto a China. Consumo vale 3,8% do PIB. O país produz cada vez mais a sua própria energia, mas continua a ter dependência elevada do petróleo. Este continua a valer 80% das compras totais. Para o bem e para o mal, Portugal ainda é um país relativamente dependente (importador líquido) do petróleo e consome por ano um valor equivalente a 3,8% do produto interno bruto (PIB), tanto quanto a China ou a Lituânia, indicam cálculos do Dinheiro Vivo com base em números da petrolífera BP e do Fundo Monetário Internacional (FMI). (pág. 8 dinheiro vivo) 9. Banif, BCP e Novo Banco com 420 milhões para financiar inovação. Os três bancos assinaram um acordo para a distribuição dos fundos europeus. Banif, BCP e Novo Banco 3

4 assinaram ontem acordos de garantia de 420 milhões de euros com o Fundo Europeu de Investimento (FEI). Estas são as primeiras transações a beneficiarem do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), através do qual o Plano de Investimento para a Europa será executado pela Comissão Europeia e o grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI). (pág. 10 dinheiro vivo) [sábado, 19] 10. Bancos garantem 420 milhões para empresas nacionais. BCP, Novo Banco e Banif assinaram acordos com o Fundo Europeu de Investimento para conceder créditos às PME nacionais. Os três bancos assinaram acordos de garantia no valor de 420 milhões de euros com o Fundo Europeu de Investimento (FEI), que pertence ao Banco Central Europeu, de forma a garantirem um aumento de concessão de crédito a pequenas e médias empresas inovadoras, divulgou ontem a Comissão Europeia em comunicado. É a primeira vez em que transacções beneficiam Portugal através de apoos do FEI. Neste âmbito, o Novo Banco e o Millennium BCP vão ter disponíveis para emprestar às empresas 200 milhões de euros cada um, enquanto o Banif ficará responsável por conceder os restantes 20 milhões de euros. (pág. 18) 11. Portela + Montijo = 72 movimentos por hora. Proposta sobre aeroporto complementar já está a circular pelas várias entidades envolvidas. O memorando de entendimento que pretende fixar o aeroporto complementar ao da Portela na base aérea do Montijo, e que o Governo espera assinar ainda antes do final da legislatura, já está na posse das várias 4

5 entidades envolvidas (ministérios das Finanças, da Economia e da Defesa, NAV, Câmara de Lisboa, Câmara do Montijo e ANA), segundo apurou o Expresso junto de fontes próximas do processo. O documento define o Montijo como localização complementar recorde-se que na equação chegaram a estar também as bases aéreas de Alverca, Sintra, Monte Real e Beja e prevê o aumento do número de movimentos por hora em Lisboa dos atuais 40 que a Portela consegue operar para um total de 72. (pág. 5 economia) 12. Entrevista. Castro Almeida. Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional. O grande objetivo é tornar os portugueses mais ricos. Há 650 milhões para quem inclui e emprega. O responsável pelo lançamento do Portugal 2020 critica os resultados de décadas de fundos comunitários e pede uma rutura a decisores, autarcas e empresários na forma de gastar o dinheiro de Bruxelas. O problema que temos para resolver é este: em 30 anos foram transferidos 100 mil milhões da União Europeia. Inegavelmente, temos muito mais infraestruturas e equipamentos públicos mas, face aos demais europeus, os portugueses continuam tão pobres como há 20 anos, critica o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida. (págs. 16 e 17 economia) 13. Maioria dos gestores diz que há margem para reduzir a austeridade. Redução na sobretaxa de IRS e nos cortes dos salários são sugestões de 58,33% dos gestores formados pelo The Lisbon MBA para O pior é o equilíbrio das contas públicas. 58,33% dos inquiridos consideram que, no próximo ano, há, de facto, margem para aliviar mas, atente-se, com alguma moderação. Só 19,44% dos mesmos consideram que nos podemos ver livres da austeridade sem nenhuma espécie de constrangimentos. Pessimistas, 22,22% acham que não há qualquer hipótese de lhe dizermos adeus tão cedo (à austeridade). Outro dado significativo neste barómetro é que mais de 70% dos gestores garantem que as medidas propostas pelo governo para o equilíbrio das contas públicas por redução da despesa ou através de aumento de impostos são manifestamente insuficientes. Igualmente insuficiente é, para metade dos inquiridos, o papel do Estado enquanto regulador da atividade económica. (pág. 20 economia) 5

6 14. Uma oficina de startups ligada ao mundo. A Faber Ventures está a criar ligações com os principais ecossistemas de empreendedorismo do mundo como Londres, São Francisco e Berlim para aumentar as hipóteses de sucesso das startups do seu portefólio. Ao contrário de outros investidores que estão talhados apenas para aportar capital, a Faber coloca à disposição dos empreendedores não só capital-semente, como recursos especializados muito importantes para acelerar o arranque do projeto, nomeadamente, engenheiros de sfotware e designers, apoio na gestão e especialistas em recrutamento de talento e até relações públicas. É uma espécie de estúdio de montagem de startups. Quando o produto ou serviço está pronto para lançar no mercado, coinvestimos muitas vezes com os outros investidores na ronda semente, afirma Alexandre Barbosa, fundador da Faber Ventures. (pág. 24 economia) 6