Corte de gastos pelos novos prefeitos é inexorável, diz Afonso

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1 31out16 Corte de gastos pelos novos prefeitos é inexorável, diz Afonso Por Marta Watanabe Valor SÃO PAULO - Os novos prefeitos que assumirem seus mandatos a partir de 1º de janeiro precisarão segurar suas despesas, mesmo que não estejam formalmente submetidos a um teto para o crescimento de gastos, como a União ou os Estados. A receita em queda e a falta de acesso a crédito da grande maioria dos municípios obrigará naturalmente à contenção de despesas, diz José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Hoje, destaca Afonso, os municípios estão se financiando com atraso a fornecedores. Esse banco, porém, não funcionará por muito tempo. Quando a inadimplência é recorrente e crescente, há corte de fornecimento ou cai a velocidade de quem fornece, o que é equivalente a cortar crédito bancário. Ao mesmo tempo, diz ele, a arrecadação deve demorar a reagir e a demanda por serviços públicos como saúde e educação vai continuar crescendo. O economista defende uma flexibilização para a regra que submete os prefeitos a crime de responsabilidade fiscal caso deixem restos a pagar sem cobertura de caixa no último ano do mandato. Isso, diz Afonso, estimula a despesa não inscrita e mascarada, que terá de ser coberta durante o mandato dos próximos administradores. A seguir, os principais trechos da entrevista: Valor: Os municípios não estarão formalmente submetidos à limitação de crescimentos de gastos a partir de Isso significa que eles terão liberdade para gastar? José Roberto Afonso: Na verdade, não é necessário limitar gastos de municípios porque eles não podem emitir títulos, nem moedas e nem têm acesso à dívida. Raros municípios que conseguem ter acesso a crédito bancário. Rio de Janeiro e São Paulo são casos à parte. Mais de 90% das prefeituras brasileiras não têm acesso a crédito bancário. O financiamento deles se dá tradicionalmente junto a fornecedores e, no limite, junto a servidores, quando a crise aperta muito. Hoje é muito elevada a inadimplência das prefeituras porque a receita dos municípios vem caindo fortemente pelo desempenho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e pela queda da arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS). Como não é possível financiar as despesas com os bancos, resta cortar despesa ou não pagar.

2 Valor: Isso vai criar uma trava natural para o crescimento das despesas dos municípios? Afonso: A trava do município será dada pelo mercado em si, já que as prefeituras dependem dos fornecedores para continuar se financiamento. Quando a inadimplência é recorrente e crescente, há corte de fornecimento ou cai a velocidade de quem fornece, o que é equivalente a cortar crédito bancário. Por isso se ouve notícias de falta de merenda, de transporte escolar e de coleta de lixo... É o retrato da situação financeira. Os novos prefeitos não têm como gastar e não terão onde se financiar. Então o corte de gastos é inexorável. Não vejo como aumentar gastos a menos que tenham fornecedores dispostos a receber com atraso ou a não receber. Você aguenta meio ano, um ano, mas não se sustenta no longo prazo. Valor: O senhor acredita que haverá muitos prefeitos deixando restos a pagar sem cobertura de caixa? Afonso: O que me preocupa é uma prática contábil inadequada em que não se contabiliza restos a pagar porque não se empenha a despesa. Restos a pagar equivale a Devo, não nego, mas pago quando puder. Não empenhar é fazer de conta que eu não devo. E isso está generalizado pelo que se escuta de fornecedores e em conversas informais com autoridades fazendárias, diante do quadro de dificuldades. Isso é grave porque não permite diagnóstico correto das prefeituras e também dos Estados. Pelos indicadores do BC, Estados e municípios estão com superávit primário, o que não condiz com a realidade, quando alguns Estados sequer conseguem pagar folha salarial. Ou seja, os índices fiscais estão completamente descolados da realidade. No caso das prefeituras há sanções para quem deixar restos a pagar a descoberto no último ano do mandato e isso vai estimular a prática de não inscrever as despesas. O futuro prefeito deve olhar as contas: se o restos a pagar deste ano estiverem muito abaixo dos anteriores, pode se preparar que provavelmente é porque as despesas não foram contabilizadas. Valor: E há prefeituras que dizem que não sabem se terão caixa para os restos a pagar, mesmo que isso sujeite os administradores a crime de responsabilidade fiscal... Afonso: Eu acho que é melhor ter uma regra mais flexível para tratar os restos a pagar em tempo de recessão. Quando se aprovou a LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal], foi feita flexibilização para o limite de dívida e o de despesa de pessoal quando a economia está em recessão. Não se pensou em colocar essa flexibilização para os restos a pagar e essa medida deveria ser estudada com a devida cautela e claramente associada a períodos de recessão, como este que estamos vivendo. Eu não faria para sempre, para períodos de normalidade, apenas para períodos de recessão. Se houvesse essa flexibilização, isso estimularia a não ter esse empenho esqueleto, essa despesa mascarada que deve ser uma prática generalizada. É preciso separar também casos de prefeitos que não tenham caixas para restos a pagar porque aumentaram muito as despesas dos que estão com problemas de caixa por conta de quedas de receitas muito fortes. Valor: E o novo prefeito vai ter que fazer essa despesa não empenhada caber nas suas receitas no ano que vem?

3 Afonso: Ele não tem que zerar no primeiro ano e sim até o fim do mandato. Mas começa o mandato estrangulado financeiramente. Ele estará recebendo despesas não pagas do antecessor e as receitas estarão em queda, um quadro do ponto de vista financeiro muito complicado. Se nos próximos anos a economia voltar a crescer de forma célere e a arrecadação também, ele poderia eventualmente cobrir a herança e fazer boa gestão. Valor: E o senhor acha que a arrecadação já pode se recuperar a partir de 2017? Afonso: Acho muito difícil, não vejo a menor perspectiva. As previsões mais otimistas são de crescimento real relativamente baixo. Vai levar o próximo mandato inteiro para se recuperar o que se perdeu em dois anos. Mas há um problema mais, uma pergunta que não quer calar: até onde essa queda de receitas é conjuntural e até onde é estrutural. Setores chaves para a arrecadação que estão em crise, como petróleo e energia elétrica, que têm presença estatal importante, estão promovendo ajustes e dificilmente vão crescer como no passado, vão levar muito tempo para isso. Além disso há mudanças no dia a dia das pessoas, do whatsapp ao Uber. Práticas comerciais anteriores estão sendo mantidas hoje mas com valor de faturamento muito menor. Valor: E a demanda por serviços públicos prestadas por municípios deve continuar aumentando? Afonso: Sim, o desempregado teve que tirar o filho da escola particular e colocar na pública. E ele perdeu o plano de saúde. Essa pressão que já é muito forte em 2016 vai aumentar mais ainda no ano que vem. Vai levar um tempo para o desempregado arranjar trabalho e se sentir seguro para tirar o filho da escola pública e para deixar de usar o SUS [Sistema Único de Saúde]. Eu temo que se a crise econômica não for revertida rapidamente e convertida em melhora importante de arrecadação no curto prazo, muitos governos terão dificuldade para prestar serviços sociais básicos: segurança pública nos Estados e saúde e educação nos municípios. A melhoria de produtividade é importante, mas há limite para conseguir fazer mais com menos. Vídeo com a jornalista : %3Finexoravel%3F-diz-afonso

4 Corte de gastos é inexorável, diz pesquisador da FGV Por Marta Watanabe De São Paulo Os novos prefeitos que assumirem seus mandatos a partir de 1º de janeiro precisarão segurar as despesas, mesmo que não estejam formalmente submetidos a um teto para o crescimento de gastos a partir de 2017, como a União ou os Estados. A receita em queda e a falta de acesso a crédito da grande maioria dos municípios obrigará naturalmente à contenção de despesas, diz José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). Na verdade, diz, não é preciso limitar gastos de municípios porque eles não podem emitir títulos, nem moedas e nem têm acesso à dívida e mais de 90% das prefeituras não têm acesso a crédito bancário, avalia. O financiamento delas, explica, se dá tradicionalmente com fornecedores e com servidores, quando a crise aperta muito. "Hoje é elevada a inadimplência das prefeituras com fornecedores. Quando isso é recorrente, há corte de fornecimento ou cai a velocidade de quem fornece. O corte de gastos é inexorável. Não vejo como aumentar gastos a menos que haja fornecedores dispostos a receber com atraso ou a não receber. Você aguenta meio ano, um ano, mas não se sustenta no longo prazo." O economista lembra que no último ano do mandato a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) veda ao prefeitos deixar aos sucessores restos a pagar sem cobertura de caixa. Isso, diz, pode levar as prefeituras a não contabilizar restos a pagar porque não se empenha a despesa. "Restos a pagar equivale a 'Devo, não nego, mas pago quando puder.' Não empenhar é fazer de conta que eu não devo. Isso está generalizado pelo que se escuta de fornecedores e em conversas informais com autoridades fazendárias." Isso é grave, diz, porque não permite diagnóstico correto das prefeituras e dos Estados. "O futuro prefeito deve olhar as contas: se o restos a pagar deste ano estiverem muito abaixo dos anteriores, pode se preparar que provavelmente é porque as despesas não foram contabilizadas". Afonso defende uma regra mais flexível para tratar os restos a pagar em tempo de recessão. Quando se aprovou a LRF, recorda ele, foi feita flexibilização para o limite de dívida e de despesa de pessoal quando a economia está em recessão. "Não se pensou em colocar essa flexibilização para os restos a pagar e a medida deveria ser estudada com a devida cautela e claramente associada a períodos de recessão." É preciso separar também, defende, casos de prefeitos que não têm caixa para os restos a pagar porque as receitas tiveram queda forte daqueles que elevaram muito as despesas. Se o prefeito herdar despesas não inscritas, diz Afonso, começa o mandato estrangulado financeiramente. "Ele estará recebendo despesas não pagas do antecessor e as receitas estarão em queda, um quadro do ponto de vista financeiro muito complicado. Se nos próximos anos a economia voltar a crescer de forma célere e a arrecadação também, ele poderia eventualmente cobrir a herança e fazer boa gestão." O próprio economista, porém, não vê perspectivas para melhora rápida da arrecadação já em "Vai levar o próximo mandato inteiro para se recuperar o que se perdeu em dois anos."

5 Há também, diz ele, uma pergunta que não quer calar: até onde essa queda de receitas é conjuntural e até onde é estrutural. Ele lembra que há setores chave para a arrecadação que estão em crise e vão levar muito tempo para crescer como no passado, como petróleo e energia elétrica. "Além disso, há mudanças no dia a dia das pessoas, do Whatsapp ao Uber. Práticas comerciais anteriores estão sendo mantidas hoje mas com valor de faturamento muito menor." Ao mesmo tempo, lembra, as prefeituras, respondem com mais de metade do gasto público com saúde e educação no Brasil. Com certeza, diz, a demanda por esses serviços aumentou por conta da crise. "O desempregado teve que tirar o filho da escola particular e colocar na pública e perdeu o plano de saúde. Essa pressão já é muito forte em 2016 e vai aumentar mais em 2017." Vai levar um tempo para o desempregado arranjar trabalho e se sentir seguro para tirar o filho da escola pública e deixar de usar o SUS. "Eu temo que se a crise econômica não for revertida e convertida em melhora importante da arrecadação no curto prazo, muitos governos terão dificuldade para prestar serviços básicos: segurança pública nos Estados e saúde e educação nos municípios. A melhoria de produtividade é importante, mas há limite para conseguir fazer mais com menos." %3Finexoravel%3F-diz-afonso

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