AVALIAÇÃO DA PRECISÃO NO PARALELISMO DAS PAREDES DAS CANALETAS DOS BRAQUETES DOS INCISIVOS DA TÉCNICA DE ROTH

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1 UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO UNICID FACULDADE DE ODONTOLOGIA MESTRADO EM ORTODONTIA AVALIAÇÃO DA PRECISÃO NO PARALELISMO DAS PAREDES DAS CANALETAS DOS BRAQUETES DOS INCISIVOS DA TÉCNICA DE ROTH VIVIANE CHAVES DE ALMEIDA São Paulo 2012

2 UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO UNICID FACULDADE DE ODONTOLOGIA MESTRADO EM ORTODONTIA AVALIAÇÃO DA PRECISÃO NO PARALELISMO DAS PAREDES DAS CANALETAS DOS BRAQUETES DOS INCISIVOS DA TÉCNICA DE ROTH VIVIANE CHAVES DE ALMEIDA Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ortodontia. Orientador: Prof. Dr. Paulo Eduardo Guedes Carvalho São Paulo 2012

3 Ficha Elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza. UNICID A447a Almeida, Viviane Chaves de. Avaliação da precisão no paralelismo das paredes das canaletas dos braquetes dos incisivos da técnica de Roth. / Viviane Chaves de Almeida. --- São Paulo, p., anexos. Bibliografia Dissertação (Mestrado) Universidade Cidade de São Paulo - Orientador: Prof. Dr. Paulo Eduardo Guedes Carvalho. 1. Braquetes ortodônticos. 2. Torque. 3. Incisivo. 4. Ortodontia. I. Carvalho, Paulo Eduardo Guedes, orient. II. Título. BLACK D41

4 FOLHA DE APROVAÇÃO Almeida, V C. de. Avaliação da precisão no paralelismo das paredes das canaletas dos braquetes dos incisivos da técnica de Roth. [Dissertação de Mestrado]. São Paulo (SP): Universidade Cidade de São Paulo; São Paulo, 06 / 12 / Banca Examinadora 1) Prof. Dr. Paulo Eduardo Guedes Carvalho Julgamento:... Assinatura:... 2) Profa. Dra. Ana Carla Raphaelli Nahás Scocate Julgamento:... Assinatura:... 3) Prof. Dra. Renata Castro Julgamento:... Assinatura:... Resultado:...

5 Agradeço a DEUS DEDICATÓRIA Por ter me concedido uma vida maravilhosa e uma família tão especial. Hoje, mais do nunca, compreendo a existência de uma força maior... Sei que essa força me ajudou a seguir por este caminho que chegou ao fim... Sei também que será essa mesma força que me fará seguir sempre em frente por qualquer caminho! Aos meus queridos pais Jario Lucio e Clautides, por revestirem minha existência de amor, carinho e dedicação. Por cultivarem na minha infância todos os valores que me transformaram em uma adulta responsável e consciente. Neste dia especial, ofereço a vocês a minha vitória... Vocês que tanto confiaram nos meus passos, oferecendo-me crédito para acertar e errar. Vocês que souberam me acolher quando a tarefa se mostrava árdua, impulsionando-me a superar os obstáculos. A vocês exemplo de vida e força, agradeço a possibilidade da realização de mais um sonho. Ao meu querido irmão Vinicius e a minha cunhada Luciana. Valiosos presentes de DEUS. Agradeçolhes pelo apoio, incentivo e amizade. Muito obrigada por vocês fazerem parte também da realização deste objetivo e estarem sempre presentes em todos os momentos da minha vida. Ao meu querido noivo Alan agradeço pelo carinho, paciência, cumplicidade, e por ser esta pessoa maravilhosa que eu tanto respeito e admiro. Sua presença e ajuda foram fundamentais para a realização deste trabalho e o nosso amor é o que me impulsiona a ter novos sonhos...

6 AGRADECIMENTO ESPECIAL Ao mestre Prof. Dr. Paulo Eduardo Guedes Carvalho, meu orientador, pelos ensinamentos, paciência e colaboração, tornando possível a realização deste trabalho, o meu sincero agradecimento e a minha mais profunda admiração e respeito.

7 AGRADECIMENTOS Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar. Augusto Cury Muito obrigada por sonharem comigo, me ajudando a transformar esse sonho em realidade. Aos professores do curso de mestrado da Universidade Cidade de São Paulo, Dr. Acácio Fuziy, Dra.. Ana Carla Raphaelli Nahás- Scocate, Dr. Danilo Furquim Siqueira, Dr. Hélio Scavone Júnior, Dra. Karyna Martins do Valle- Corotti e Dra. Rívea Inês Ferreira, pelos ensinamentos e pela experiência compartilhada. Aos professores Dr. Flávio Vellini-Ferreira e Dr. Flávio Augusto Cotrin- Ferreira, pela incontestável dedicação e competência no direcionamento científico da prática docente, acrescentando experiência e cultura à minha formação profissional. Ao cirurgião dentista Washington Júnior, responsável pela análise estatística, pelo seu grandioso trabalho. Aos amigos de curso, Alessandro, Aluana, Andréia, Carolina, Caroline, Cristiano, Daniel, José Alaor, Leonardo, Rodrigo e Victor pela amizade e pelos momentos compartilhados.

8 A minha sócia e grande amiga Soraya pelo companheirismo e incentivo constantes. E ainda por compartilhar comigo esta grande dádiva que é ensinar. A minha amiga Geórgia que me acolheu carinhosamente em São Paulo, nos meus dias de curso, e dividiu comigo todos os momentos da minha trajetória em ser professora. Sem suas palavras de amizade e apoio nada teria sido tão maravilhoso. A todos os pacientes da clínica pela parcela de contribuição no aprendizado e a todos os funcionários da instituição, em especial à querida Arlinda. A TODAS as pessoas que de uma maneira ou de outra me ajudaram na realização deste trabalho.

9 Resumo Almeida, V.C. Avaliação da precisão no paralelismo das paredes das canaletas dos braquetes dos incisivos da técnica de Roth. [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo; RESUMO Os braquetes programados itencionam proporcionar prescrições exatas das inclinações, angulações, torques e rotações, fundamentais para o correto posicionamento dos dentes, nos três planos do espaço. Este trabalho teve como objetivo avaliar a precisão no paralelismo das paredes das canaletas dos braquetes dos incisivos superiores e inferiores, da técnica de Roth. Para tanto, foram selecionados 20 braquetes de cada uma das seguites marcas comerciais disponíveis no mercado brasileiro: Abzil, GAC, Morelli, Ormco, Rocky e Unitek, totalizando 360 braquetes, sendo 120 de incisivos centrais superiores, 120 de incisivos laterais superiores e os outros 120 de incisivos inferiores. No estudo, foi utilizado um Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), e as imagens obtidas foram analisadas através do software AutoCAD A precisão do paralelismo das paredes das canaletas dos braquetes foi mensurada por meio de ângulos da parede incisal (API) e da parede cervical (APC), medidos em relação à linha da base do braquete, subtraindo-se os valores de API dos de APC. Os testes estatísticos aplicados foram a análise de variância ANOVA, teste de múltipla comparação Games-Howell e, para a comparação dos valores de referência, foi usado o teste t. Concluiu-se que em relação aos parâmetros de paralelismo perfeito, apresentaram-se adequados os braquetes das marcas GAC, Rocky Mountain e Abzil para todos os tipos de braquetes avaliados. Os braquetes das marca Ormco tiveram resultados favoráveis para os braquetes de incisivos inferiores e centrais superiores, enquanto os da Unitek mostraram paralelismo adequado para os braquetes de incisivos centrais e lateriais superiores. Desta forma, a falta de padrão e precisão nas diferentes marcas serve de alerta ao profissional que deve estar preparado para corrigir as possíveis deficiências existentes nos acessórios ortodônticos. Palavras-chave: Braquetes Ortodônticos; Incisivo; Ortodontia; Torque.

10 Abstract Almeida, V.C. Accuracy evaluation of parallelism of the slot walls of Roth incisor brackets. [Master sthesis]. São Paulo: University of São Paulo City; ABSTRACT The programmed brackets should give exact prescription of inclination, angles, torque and rotation. These factors are fundamental for the correct teeth positioning, on the three dimensions of space. This work aimed to evaluate the accuracy in the parallelism of slot walls of lower and upper Roth technique brackets. For that, 20 brackets were selected, one of each of the following brands available in the market: Abzil, GAC, Morelli, Ormco, Rocky e Unitek, with a total of 360 brackets, being 120 of upper central incisors, 120 of upper lateral incisors and 120 lower incisors. In this study, a Scanning Electron Microscope (SEM) was used and the images obtained were analyzed through AutoCAD 2008 software. The precision of the parallelism of the brackets' lower and upper slots walls was measured using the angles of the incisor wall (IWA) and of the cervical wall (CWA), measured in relation with the bracket's base line, subtracting the IWA values form CWA ones. The applied statistical tests were the variance analysis ANOVA, multiple comparisons Games- Howell test and for the reference values comparison it was used "t" test. It could be concluded that according to the parameters of perfect parallelism, GAC, Rocky Mountain and Abzil brands were in proper shape for all brackets type tested. The Ormco brackets were in accord for lower and central upper incisor bracket, while Unitek brackets showed good results for central and lateral upper incisor brackets. The lack of standard and precision on the different brands is an alert to the professional that should be prepared to correct the possible shortcomings on the orthodontic accessories. Key words: Orthodontic Brackets; Incisor; Orthodontics; Torque.

11 Lista de Figuras LISTA DE FIGURAS p. Figura 1 - Base de prova em alumínio Figura 2 - Base de prova com braquetes na posição de captação de imagem Modelo piloto Figura 3 - Estrutura de madeira com canaleta guia Figura 4 - Estrutura de madeira com papel milimetrado colado em sua superfície, com linhas paralelas e perpendiculares às bases de prova posicionadas para colagem Figura 5 - Estrutura de madeira com os segmentos de fio guia para colagem.. 58 Figura 6 - Figura 7 - Posicionamento dos braquetes sobre a base de prova, padronizada pela estrutura de madeira Modelo piloto Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), modelo Philips XL-30, com sistema EDS (EDAX) Figura 8 - Obtenção dos pontos C1 e I Figura 9 - Obtenção dos pontos C2 e I Figura 10 - Demarcação do ponto BC Figura 11 - Demarcação do ponto BI Figura 12 - Todos os pontos de referências Figura 13 - Linha cervical, incisal e da base e ângulos da parede cervical e incisal Figura 14 - Ilustração comparativa dos intervalos de confiança de 95% para as marcas comerciais (ICS) Figura 15 - Ilustração comparativa dos intervalos de confiança de 95% para as marcas comerciais (ILS) Figura 16 - Ilustração comparativa dos intervalos de confiança de 95% para as marcas comerciais (IncInf)... 79

12 Lista de Figuras Figura 17 - Ilustração dos intervalos de confiança de 95% para todas as condições experimentais deste trabalho, plotados contra a faixa de referência (-1 ; 0 ; +1 )... 83

13 Lista de Gráficos LISTA DE GRÁFICOS p. Gráfico 1 - Gráfico caixa apresentando os tempos de medições Gráfico 2 - Gráfico de concordância entre os dois tempos de medições

14 Lista de Tabelas LISTA DE TABELAS p. Tabela 1 - Tabela 2 - Tabela 3 - Tabela 4 - Tabela 5 - Média e desvio padrão dos dois tempos de medições, teste de Wilcoxon (erro sistemático) e de erro Dahlberg (casual) Parâmetros estatísticos e estatística descritiva dos dados experimentais (unidade = grau) Teste de normalidade de Shapiro-Wilk (SW) para a variável dependente (Pp) Teste de homogeneidade de Levene para a variável dependente (Pp) Análise de variância de fator único para a variável dependente Pp para todos os grupos de braquetes ICS, ILS e IncINF Tabela 6 - Teste Robusto de Brown-Forsythe Tabela 7 - Tabela 8 - Tabela 9 - Teste de Games-Howell (GH) entre as marcas comerciais para os braquetes tipo ICS Teste de Games-Howell (GH) entre as marcas comerciais para os braquetes tipo ILS Teste de Games-Howell (GH) entre as marcas comerciais para os braquetes tipo IncINF Tabela 10 - Testes t para uma amostra, para cada marca comercial e tipo de braquete, contra os valores de referência (-1 ; 0 ; +1 )... 81

15 Lista de Abreviaturas e Siglas LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS MEV APC API t dp et al Microscópio eletrônico de varredura Ângulo da parede cervical Ângulo da parede incisal Grandeza calculada pela aplicação do teste t Student Desvio padrão E colaboradores % Percentagem De polegada + Sinal de positivo Graus x Por... mm ROCKY cm USP DIN Lb Nmm ICS ILS IncInf Milímetros Rocky Mountain Orthodontics Centímetros Universidade de São Paulo Norma Alemã Libra Newtons por milímetro Incisivo Central Superior Incisivo Lateral Superior Incisivos Inferiores

16 Lista de Quadros LISTA DE QUADROS p. Quadro 1 - Relação das marcas comerciais dos braquetes e seus respectivos modelos e empresas fabricantes... 54

17 Sumário SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Prescrição de braquete e atrito Avaliação da precisão do braquete e do torque PROPOSIÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Material Material da pesquisa Métodos Confecção das bases de prova Posicionamento dos braquetes Obtenção das imagens dos braquetes Demarcação dos pontos de referência Traçado das linhas de referência e obtenção dos ângulos APC e API Mensuração dos ângulos APC, API e paralelismo da canaleta Análise estatística Estimativa do erro do método RESULTADOS Análise do erro do método Avaliação comparativa do paralelismo dos braquetes entre as marcas comerciais Parâmetros estatísticos e estatística descritiva dos dados Modelo experimental para comparação entre as marcas Teste paramétrico de análise de variância ANOVA Teste complementar de múltipla comparação Games- Howell Comparação com os valores de referência Testes t para uma amostra DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS ANEXOS p.

18 1 INTRODUÇÃO

19 Introdução 2 1. INTRODUÇÃO O tratamento com o aparelho ortodôntico fixo tem como objetivo inicial promover o alinhamento e nivelamento da coroa e da raiz dos dentes por meio dos braquetes. Estes braquetes transmitem a força realizada pelo fio para o dente, de maneira a produzir o movimento ortodôntico (VELLINI-FERREIRA, 2008). A Ortodontia atual passou por intensas modificações nas últimas décadas. Isto vem acontecendo desde os avanços históricos feitos por Angle, em 1925, com a criação da técnica Edgewise, que recebeu esta denominação devido à utilização de fios retangulares, inseridos no interior dos braquetes (arco de canto). Nesta técnica, dobras de primeira, segunda e terceira ordens são realizadas nos fios, com a finalidade de obter a movimentação dentária desejada. Em 1972, um artigo publicado por Andrews denominado As seis chaves da oclusão normal, foi o primeiro passo para o desenvolvimento de um aparelho préajustado, definido a partir do exame da coroa clínica dos dentes de indivíduos com oclusão normal. Desta forma, características presentes em oclusões ótimas naturais foram identificadas, estabelecendo-se valores para angulação, inclinação e proeminência vestibular, sendo estes incorporados nos braquetes para cada dente. A partir destes estudos, surgiu a técnica Straight-Wire (arco reto) que permitiu aos dentes assumirem estas posições desejadas, por meio do uso de arcos contínuos e sem dobras (ANDREWS, 1976). O advento dos braquetes programados foi uma das grandes evoluções da Ortodontia. Neste contexto, tendo como ponto de partida o desenho e as prescrições do aparelho Straight-Wire original, alguns autores alteraram os valores de determinadas características dos braquetes. Dentre estes, destaca-se o trabalho de Roth (1987), que na busca de soluções a partir de sua experiência clínica, apresentou um único conjunto de braquetes para terapia de casos com e sem extrações. A partir de então, esta prescrição tem sido largamente empregada pelos ortodontistas de todo o mundo. No panorama atual, o ortodontista se depara com diferenciadas filosofias, ou maneiras de abordar o planejamento do tratamento, com diversas opções de mecânica, para a realização de determinados movimentos ortodônticos, e com uma variada quantidade de modelos de braquetes, e de prescrições, para o

20 Introdução 3 posicionamento dentário. É possível se optar por um tipo ou outro de aparelho, a ser aplicado no caso clínico, dependendo das suas necessidades. Desta maneira, para os ortodontistas adeptos das técnicas que utilizam aparelhos pré-ajustados, a correta prescrição de inclinações, angulações, torques e rotações dos dentes são fundamentais, uma vez que todas as mecânicas ortodônticas possuem como meta o posicionamento correto dos dentes nos três planos do espaço (BRITO JUNIOR e URSI, 2006). A quantidade de torque e angulação inseridos nos braquetes, que determinam uma prescrição ou outra, depende da fidedignidade do processo de fabricação dos mesmos. Segundo Colpaert, em 1974, o metal mais utilizado na manufatura de braquetes é o aço inoxidável austenítico (AISI American Institute of Steel and Iron, aço inoxidável tipo 316L), o qual possui 18% de cromo, 8% de níquel, 2 a 3% de molibdênio e baixo conteúdo de carbono. As propriedades mecânicas deste tipo de aço devem conferir uma boa resistência mecânica e tenacidade, resistência moderada ao calor e ótima resistência à corrosão atmosférica e química, tornado-o bastante atrativo industrialmente. Além disso, de acordo com este autor, os materiais utilizados na fabricação dos aparelhos devem ser manufaturados, de tal forma que as dimensões internas da canaleta sejam precisas, pelo menos em um milésimo de polegada. Adicionado a isso, os braquetes devem ser resistentes às deformações decorrentes das forças da mastigação a que estarão submetidos. A confiabilidade que se tem uma medida está relacionada com o conceito de precisão, que segundo Ferreira (1999) significa o funcionamento sem falhas, regularidade na execução ou exatidão. Para tanto, precisão está ligada com a confiabilidade de uma determinada medida. Um material preciso é perfeitamente fiel às regras a qual está vinculado. Pesquisadores como Streva (2005), Cornejo (2005), Bóbbo (2006), Gomes Filho (2007), Zanesco (2008) e Ramos (2009) realizaram estudos referentes à confiabilidade da precisão do torque em braquetes pré-ajustados, onde compararam diversas marcas de braquetes comercializadas no Brasil, mostrando que cada uma delas, com maior ou menor grau de significância estatística, estavam em desacordo com os valores da prescrição da técnica, por eles pesquisados. Da mesma forma, Cash et al (2004), Assad-Loss et al (2010), Bhalla et al (2010) e Joch (2010) observaram em seus estudos falta de precisão em relação as canaletas dos braquetes estudados.

21 Introdução 4 Diante destas considerações, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a precisão no paralelismo das paredes das canaletas dos braquetes dos incisivos superiores e inferiores, da técnica de Roth, em seis marcas comerciais. Vários parâmetros mecânicos são dependentes desta condição, como a expressão do torque, a relação entre o calibre do fio e a dimensão da canaleta do braquete e a relação de atrito existente neste acessório. Desta maneira, a precisão no paralelismo das paredes das canaletas dos braquetes está diretamente relacionada com uma boa finalização de oclusão, tornando a pesquisa relevante para os profissionais usuários da técnica de Roth, à medida que servirá de base para a escolha entre as marcas de braquetes disponíveis no mercado, permitindo um tratamento com melhores resultados para os seus pacientes.

22 2 REVISÃO DE LITERATURA

23 Revisão de Literatura 6 2. REVISÃO DE LITERATURA Para uma melhor compreensão, a revisão de literatura foi dividida em dois tópicos, que constam a seguir: 2.1) Prescrição de braquete e atrito Holdaway, em 1952, publicou um artigo sobre a angulação dos braquetes na Técnica Edgewise para um melhor posicionamento dos dentes, onde foram propostas algumas modificações em relação aos conceitos básicos, com o intuito de diminuir as dobras nos fios. Relatou que muitos ortodontistas discutiam as angulações da técnica e também as dobras de terceira ordem, que eram necessárias para uma correta finalização do caso. Concluiu que apesar da grande importância da angulação dos braquetes, muitos outros fatores deveriam ser aprofundados para resolver os problemas com os quais os ortodontistas se defrontavam, como a preparação de ancoragem nos casos de extrações, no fechamento de espaços, para que as raízes fossem finalizadas de forma a ficarem paralelas entre si, e a posição ideal dos incisivos, mantendo uma boa inclinação vestibulolingual. Andrews, em 1972, realizou um estudo com 120 modelos de gesso de indivíduos não tratados ortodonticamente, com oclusão normal, de forma a avaliar a morfologia da face vestibular da coroa e sua dimensão incisogengival. A partir disto, o autor propôs inclinações e angulações para cada dente permanente, a fim de se obter as seis chaves da oclusão normal ao final do tratamento ortodôntico: 1- Relação interarcos: a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior deve ocluir no sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior, como descrita por Angle. 2- Angulação da coroa: todas as coroas dos dentes são anguladas para mesial. 3- Inclinação da coroa: refere-se à inclinação vestibulolingual das coroas dos dentes. Os incisivos superiores são inclinados para vestibular. Os incisivos inferiores e os dentes posteriores são inclinados para lingual, desde o canino até os primeiros molares. As coroas dos molares são ligeiramente mais inclinadas do que as dos caninos e pré molares. 4- Ausência de rotações. 5- Presença de pontos de contato interproximais em todos os dentes. 6- Plano oclusal com ausência ou curva de Spee

24 Revisão de Literatura 7 muito suave. Estas chaves são elementos interdependentes para a obtenção de uma oclusão perfeita, servindo de base para a avaliação da oclusão estática. Assim surgiu a técnica Straight-Wire, onde foram incorporadas dobras de primeira, segunda e terceira ordem nos braquetes, com a finalidade de atingir o controle tridimensional do posicionamento dentário. Assim após a sua pesquisa, redigiu os seguintes valores de torque: IC IL C 1PM 2PM 1M 2M SUPERIOR INFERIOR Este mesmo autor, em 1976, demonstrou a construção de braquetes, com o centro da canaleta posicionado no centro da coroa clínica. O perfeito ajuste dos braquetes à coroa dental acontecia pelo fato de suas bases serem contornadas na vertical e na horizontal. Portanto, a distância entre a base da canaleta, com a base do braquete, variava de acordo com cada tipo de dente (in-out). O autor afirmou que estas modificações diminuíam consideravelmente o número de dobras, e consequentemente promovia uma melhora nos resultados dos tratamentos. Ricketts, em 1976, explicou que a Terapia Bioprogressiva representaria uma evolução da técnica Edgewise, pois as mudanças propostas tornariam a técnica mais flexível e versátil. Estudos realizados em pacientes e em crânios de oclusão normal, associados à experiência clínica, determinariam à prescrição da Terapia Bioprogressiva. Sendo assim, Ricketts prescreveu os seguintes valores de torque: IC IL C 1PM 2PM 1M 2M SUPERIOR 22 o 14 o 7 o -7 o -7 o -14 o -14 o INFERIOR 0 o 0 o 7 o 0 o 14 o 22 o Explicou esta prescrição, salientando que 22 de torque para o incisivo superior pareceria excessivo; entretanto, o torque só seria expresso, se fosse utilizado um arco retangular ou quadrado durante todo o tratamento, e recomendou que fosse realizada uma sobrecorreção para pacientes com má oclusões de Classe

25 Revisão de Literatura 8 II, 2 a divisão, ou com ângulo interincisivo de 125 ou menor. Quanto ao incisivo lateral superior, inicialmente o torque recomendado era de 17 e angulacão de 5, porém, com a experiência, alterou-se essa prescrição para 14 de torque e 8 de angulação. No segmento posterior inferior, recomendou-se torque progressivo, de forma que o primeiro pré molar seja posicionado verticalizado em relação ao plano oclusal e, a partir do segundo pré molar, que a coroa encontre-se mais para lingual. Na pesquisa encontrou de 20 a 25 de torque para o primeiro molar inferior, recomendando a prescrição de 22, havendo em média, uma diferença de 10 de torque entre o primeiro e segundo molar. Considerou-se muito importante o torque nas raízes dos molares inferiores para uma ancoragem apropriada nesta técnica. Em outro estudo, ainda em 1976, Andrews alertou que o tratamento ortodôntico com o aparelho Straight-Wire necessitaria englobar mais do que somente o aparelho original. Devido ao seu nome, os ortodontistas poderiam subentender que, no tratamento com o aparelho Straight-Wire, não havia necessidade da incorporação de dobras nos fios, o que por muitas vezes, se fazia necessária. Salientou que o aparelho Straight-Wire inicialmente seria desenvolvido para casos sem extrações, situação que se aplicaria para cerca de metade dos pacientes, no entanto, como acabou sendo também utilizado para casos com extrações, houve a necessidade de aplicação de dobras de 1ª e 2ª ordem. Andrews salientou ainda que a inclinação dos incisivos deveria estar diretamente relacionada com o ANB do paciente. Portanto, o torque apropriado para os incisivos superiores e inferiores poderia ser determinado ainda no início do tratamento. A partir deste conceito, os novos braquetes do aparelho Straight-Wire ofereceram aos ortodotistas três desenhos, para os incisivos superiores e inferiores, em relação à inclinação das coroas dentárias, como é descrito a seguir: ANB > 5 ANB de 0 a 5 ANB < 0 IC IL IC IL IC IL SUPERIOR INFERIOR No mesmo ano Roth (1976), depois de utilizar os braquetes da prescrição de Andrews, durante cinco anos em seu consultório particular, salientou que para um melhor resultado no final do tratamento seria necessário que a mandíbula estivesse

26 Revisão de Literatura 9 em posição de estabilidade (relação cêntrica). Visando um melhor detalhamento no posicionamento dos dentes, para uma maior estabilidade dos casos, obedecendo às seis chaves da oclusão normal de Andrews, envolveu-se em estudos sobre oclusão. O autor concluiu que por apresentar resultados consistentes, existiam muitas vantagens no uso da técnica Straight-Wire. Isto porque a mesma possibilitava a diminuição no tempo das consultas, no tempo do tratamento, e quando os braquetes eram bem posicionados, era possível controlar a movimentação ortodôntica de forma mais eficiente quando comparada com a utilização de dobras nos fios. Entretanto, segundo acreditava o autor, uma quantidade mínima de erro inerente ao processo de fabricação dos braquetes poderia acontecer e assim, os ortodontistas precisariam fazer algumas dobras de compensação. Acreditou que isso seria desprezível, diante do resultado final clínico proporcionado pelo uso dos braquetes Straight-Wire. Para Roth, as vantagens do uso deste aparelho seriam: melhor controle das posições dentárias, maior precisão no posicionamento dos braquetes, facilidade de ligação braquete/fio, fácil identificação dos braquetes, portanto, facilidade de construção e maior conforto ao paciente. Diante destas considerações, o autor enfatizava ainda que, na finalização dos casos ortodônticos, deveria haver uma determinada angulação dos incisivos e caninos superiores, bem como, um determinado torque dos incisivos centrais e laterais superiores, para que fosse obtida uma sobressaliência adequada, de forma que estes dentes ocupassem um espaço suficiente para conter o arco inferior no fechamento da oclusão. Dellinger, em 1978, analisou as diferenças existentes entre a prática clínica com aparelhos Straight-Wire e a teoria da mesma. Foram analisados 50 casos ortodônticos, onde se observaram variações anatômicas e a adaptação do braquete na superfície oclusal. A teoria partiria do pressuposto que as posições e inclinações, vestibular e lingual, das coroas dentárias seriam as mesmas para todos os pacientes e, teoricamente, a base do braquete encaixaria perfeitamente nas faces vestibulares dos dentes. Este fato não acontecia realmente na prática, já que nenhum dente seria igual ao outro. A adaptação do braquete na superfície vestibular dos dentes levaria a desvios indesejáveis nas inclinações e angulações dos elementos dentários. A maioria dos casos ortodônticos não seria tratada com fios full size para finalizar o tratamento. Isso traria como consequência uma falta de controle do torque. Deverse-ia acrescentar o processo industrial de fabricação dos braquetes que aumentaria a deficiência no controle do torque durante o tratamento. O autor enfatizou também

27 Revisão de Literatura 10 que os ortodontistas clínicos costumam alinhar os dentes com base no ponto de contato ou nas bordas incisais e isso poderia ser um problema, considerando as proporções de dentes com anatomias diferentes. Depois de comparar a teoria e a prática do aparelho Straight-Wire, o autor considerou que se poderia chegar a um bom resultado usando esses aparelhos, desde que todos os cuidados necessários fossem tomados. Meyer e Nelson (1978) relataram que a ciência se divide em teoria e prática. A maioria das inovações técnicas surgiu como resultado de experiências práticas, e a evolução do desenho dos braquetes ortodônticos aconteceu desta forma. Os autores avaliaram a aplicação dos princípios biomecânicos, discorrendo que o torque em Ortodontia é uma força rotacional do dente em sentido vestibular ou lingual para se obter um encaixe perfeito dos dentes superiores com os inferiores no final do tratamento. Essa força de torque seria obtida pela interação do fio retangular nas canaletas retangulares dos braquetes, produzindo forças iguais em sentidos opostos, causando rotação do braquete. Por isso o posicionamento final do dente, dependeria da máxima expressão do braquete pré-ajustado, em interação com um fio retangular, de diâmetro igual ao da canaleta do braquete ( full-size ). Os autores afirmaram que era necessário o uso de fios full-size no final do tratamento para obter o torque desejado, já que fios retangulares de menor calibre produziriam uma folga na canaleta que alteraria o torque. Também afirmaram que a magnitude de variação de torque feita pelo posicionamento errado do braquete no dente, no sentido vertical, seria igual à variação de torque produzida pelo jogo existente entre a canaleta e o fio retangular no momento do encaixe. Por este motivo os autores relataram a importância dos braquetes pré-torqueados, sua interação com o fio retangular, e que o mesmo preencha totalmente a canaleta, pois este conjunto, é que possibilitará a obtenção do torque adequado, ao final do tratamento. Relataram ainda que os tratamentos realizados com braquetes pré-ajustados, não deveriam ser vistos clinicamente de forma fácil, comparados àqueles com os braquetes Edgewise. Creekmore, em 1979, realizou um estudo enfatizando a importância da posição do braquete como fator de variação do torque. Relatou a relevância da folga existente entre a canaleta e o fio para o movimento de inclinação dentária. Afirmou a necessidade de ajustes na inclinação, aplicando torque, ao final do tratamento. As angulações se comportariam diferentemente das inclinações. No caso de braquetes geminados, os resultados não seriam muito diferentes independentemente da

28 Revisão de Literatura 11 espessura do fio que foi utilizado para o término do caso, porque os braquetes geminados seriam tão largos que a angulação seria estabelecida até mesmo com fios finos. Para braquetes simples, a folga seria excessiva com fios finos, requerendo acabamento com um fio mais espesso, do diâmetro da canaleta. Mas para a obtenção da inclinação desejada faria muita diferença que os fios usados manifestassem o torque ao término do tratamento, independente do braquete ser simples ou geminado. Ao ser utilizada uma canaleta 0,022 e concluindo com um fio 0,018 x 0,025, a folga provocaria uma perda de 15, e portanto, a ativação deveria estar acima dos 15 para provocar o movimento desejado. Segundo o autor, a tolerância industrial seria de 2 de variação na obtenção da inclinação. Assim, tendose dois incisivos, um com inclinação muito vestibular e o outro com acentuada inclinação lingual, ao ser colocado um fio 0,018 x 0,025 em uma canaleta 0,018 x 0,025, o que é vestibularizado inclinaria para lingual com 2 de tolerância. Ao passo que o elemento inclinado para lingual receberia uma inclinação vestibular com 2 de tolerância. Sem um ajuste, os dois dentes estariam 4 fora do alinhamento um do outro. Assim, até mesmo no acabamento com um fio espesso na canaleta, os ajustes seriam necessários para compensar a folga existente, e desta forma levarem os dentes a uma posição final adequada. Ao usar um fio 0,018 x 0,025 em uma canaleta 0,022, haveria 15 de perda. Assim, se fosse usado 7 de inclinação do incisivo central e 3 no lateral, nenhum destes dentes seriam influenciados por um fio 0,018 x 0,025 em uma canaleta 0,022 x 0,028, porque a perda seria maior que todas as inclinações presentes, quando da inserção do arco na canaleta. Ao colocarse um fio 0,016 x 0,022 em uma canaleta 0,022, há quase 27 de perda pela folga existente. Com um fio 0,019 x 0,025 em uma canaleta de 0,022, há 10,5 de perda. Então, novamente, inclinações inferiores a 10,5 seriam ineficazes com um fio 0,019 x 0,025 em uma canaleta 0,022. Com um fio 0,021 x 0,028 haveria 2 de perda e se assemelham no ajuste. E constatou que fio 0,017 x 0,025 tem 4.5 de perda em uma canaleta 0,018 de abertura, considerando que um fio 0,018 quadrado tem só 3 de perda. Assim, o controle do torque seria melhor com um fio 0,018 quadrado que com um 0,017 x 0,025. Pois a razão do torque seria primeiramente de colocar os dentes em sua inclinação ideal, conseguindo uma boa oclusão. Porém, boa estética não assegura boa função. Ao se avaliar a precisão do aparelho ortodôntico, não só se deveriam considerar os braquetes e suas

29 Revisão de Literatura 12 inclinações, mas também os arcos usados durante o tratamento para correta ação do torque e posicionamento adequado dos dentes. Em 1983, Alexander idealizou uma nova prescrição, na qual a quantidade do torque inserido nos braquetes seria definida pela quantidade de torque apresentado no arco retangular utilizado em 50 casos ortodônticos bem finalizados. O autor preconizou a utilização de canaleta 0,018 trabalhando com fio retangular de finalização de 0,017 x 0,025. A folga existente entre o braquete e o fio representaria uma diferença de 4 de torque no final do tratamento. Assim o autor definiu sua prescrição de braquetes da seguinte forma: IC IL C 1PM 2PM 1M 2M SUPERIOR 14 o 7 o -3 o -7 o -7 o -10 o -10 o INFERIOR -5 o -5 o -7 o -11 o -17 o -22 o 0 /27 Alexander acreditava que os -3 de torque dos caninos superiores comparado com -7 de outras prescrições evitaria o ajuste de torque no final do tratamento. O torque 0 na região dos segundos molares inferiores seria para o uso de ômegas nestes dentes, já que seria necessário afastá-lo da gengiva para não feri-la e evitar o acúmulo de alimento. Tendo esses cuidados com o ômega no segundo molar, o autor assegura que o ortodontista estaria inserindo torque no molar, porém se o ômega não fosse incorporado no fio, a utilização de um tubo com torque seria necessário. A principal diferença que o autor mencionou com as outras prescrições, seria os -5 de torque dos incisivos inferiores, que permitiria a manifestação da sua posição original utilizando um fio retangular de 0,017 x 0,025. Roth, em 1987, salientou que em relação aos recursos materiais utilizados para a operacionalização da técnica Straight-Wire, tempo de atendimento ao paciente e de tratamento, e também em relação à seleção de fios entre outros, o sistema pré-ajustado da prescrição de Roth proporcionava condições vantajosas em relação às outras técnicas convencionais. Percebeu ainda que para conseguir uma oclusão ideal necessitava de uma curva de compensação dentária no arco superior, e a curva reversa no arco inferior, além de um grande controle de ancoragem nos casos com extração. Compreendeu então, que a grande variedade de braquetes utilizadas por Andrews, estava se tornando um problema. Então desenvolveu braquetes que seriam aplicados na maioria dos casos, o que se caracterizou como a

30 Revisão de Literatura 13 segunda geração de braquetes pré-ajustados. Diante desta análise de seus estudos, propôs braquetes com os seguintes valores de torque: IC IL C 1PM 2PM 1M 2M SUPERIOR 12 o 8 o -2 o -7 o -7 o -14 o -14 o INFERIOR -1 o -1 o -11 o -17 o -22 o -30 o -30 Os braquetes anteriores seriam posicionados mais para incisal que os de Andrews (no meio da coroa clínica), teriam um torque vestibular maior em 5 nos incisivos centrais superiores e a sua forma de arco seria mais aberta para melhorar a inclinação dos caninos. Roth acreditava que essas alterações permitiriam aos dentes serem levados a uma posição levemente sobrecorrigida nos três planos do espaço, e com isso seriam acomodados em uma posição ideal. Roth destacou ainda que no desenvolvimento da mecânica do aparelho ortodôntico, o torque é a força de compreensão mais difícil por parte dos especialistas da área, e a menos utilizada, uma vez que o operador necessita de dominá-la completamente para não provocar efeitos que possam prejudicar o tratamento, ao invés de contribuir. Outra nova prescrição de braquetes surgiu em 1987, projetada por Hilgers, tendo como objetivo a simplificação da Terapia Bioprogressiva. Os valores por ele preconizados foram: IC IL C 1PM 2PM 1M 2M SUPERIOR 22 o 14 o 7 o -7 o -7 o -10 o -10 o INFERIOR -1 o -1 o 7 o -11 o -17 o -27 o -27 O autor explicou que era necessário o aumento do torque vestibular de coroa dos incisivos superiores para conseguir um ângulo interincisivo de aproximadamente 126 sempre que um fio full size fosse instalado. Porém, sempre que fosse necessário diminuir o torque, o ortodontista só teria que diminuir o calibre do fio retangular. Em relação aos caninos superiores, o torque vestibular traria uma melhor vista estética e a diferença de torque com o incisivo lateral (7 / -14 ) seria importante para manter a integridade do contorno da superfície vestibular. Verificou também que o torque vestibular dos caninos superiores e inferiores facilitariam os

31 Revisão de Literatura 14 movimentos de desoclusão. O autor relatou a necessidade de variação de torque nos incisivos inferiores e superiores dependendo do tipo facial. O torque de -1 nos incisivos inferiores daria bastante flexibilidade para o aumento ou diminuição do torque, conforme fossem necessários ajustes para o tipo dolicofacial ou braquifacial. Ricketts e Gugino (1989 apud Petrelli,1993) apresentaram uma evolução da técnica Bioprogressiva, desenvolvendo três conjuntos de braquetes, cuja aplicação dependeria do tipo facial. Foram denominadas três formulas de tratamento: proversão, neutroversão e retroversão. A proversão seria indicada para pacientes braquifaciais que apresentassem Classe II divisão 2 e para algumas Classe II divisão 1. A neutroversão seria indicada para pacientes mesofaciais com má oclusão Classe I com mordida profunda ou mordida aberta anterior moderada. Finalmente, a retroversão seria indicada em pacientes dolicofaciais, para produzir verticalização dos incisivos superiores, em pacientes com maxilares atrésicos e portadores de Classe II divisão 1 com indicação para uso de elásticos. Os torques indicados foram os seguintes: TORQUE SUPERIOR IC IL C 1PM 2PM 1M 2M Proversão Neutroversão Retroversão TORQUE INFERIOR IC IL C 1PM 2PM 1M 2M Proversão Neutroversão Retroversão Andrews, em 1989, afirmou que a evolução caminhava para a individualização dos braquetes de acordo com a especificação de cada paciente, e que já havia a intenção de reduzir as dobras dos fios desde Entretanto, para finalização e caracterização da oclusão dos pacientes, cujos dentes fossem diferentes, da forma e posição programada dos braquetes, haveria ainda a necessidade de dobras nos fios. Portanto, não seria mais necessário fabricar braquetes para cada paciente, o que torna o tratamento muito dispendioso. Diante destas considerações, o autor enfatiza que o posicionamento dos braquetes é um

32 Revisão de Literatura 15 fator decisivo para o tratamento. Assim conclui seus estudos, afirmando que o aparelho por ele desenvolvido considerava a morfologia dos dentes e a posição dos mesmos em uma oclusão normal, usando fios sem dobras, mas era necessário organizar um aparelho totalmente programado, utilizando braquetes padrão, ou seja, um braquete para cada dente, enfatizando ainda que para os caninos deveria haver braquetes para casos com e sem extração, alterando a angulação e acrescentando a anti-rotação, porém com o mesmo torque. McLaughlin e Bennett (1989) relataram que somente com os estudos de Andrews, em 1972, foi possível o surgimento do aparelho pré-ajustado, mas muitos outros profissionais buscavam meios para alcançar bons resultados antes deste marco. O aparelho pré-ajustado estabeleceu que as bases dos braquetes seriam ajustadas aos dentes em uma determinada posição, e os fios contínuos seriam inseridos nas canaletas dos braquetes. O ortodontista despenderia menos tempo de consulta, pois não seria necessário confeccionar dobras nos primeiros fios. Entretanto, na fase de acabamento, na maioria dos casos, haveria a necessidade de inserção de dobras de terceira ordem, pois o aparelho foi desenvolvido baseado em médias, e assim sendo, não seriam solucionados todos os casos, devido a grande variação de forma e tamanho dos dentes. Além disso, os braquetes deveriam ser posicionados corretamente, para evitar o reposicionamento e as dobras de compensação. Owen (1991) comparou o aparelho Straight-Wire com Vari Simplex Discipline (VSH), iniciando o tratamento em 500 pacientes e finalizando mais de 300. Os casos foram instalados alternadamente, com finalidade de analisar o número de arcos usados, número de dobras necessárias no fio, tempo de tratamento, número de braquetes soltos e qualidade da oclusão final. Concluiu-se que o número de arcos VSH foi ligeiramente menor, atribuindo esta diferença ao aumento da distância interbraquete, que possibilitava um alinhamento mais fácil. O número de dobras foi idêntico. O tempo de tratamento do VSH foi ligeiramente menor, devido também à distância interbraquetes que facilitou a fase inicial do tratamento. Os braquetes soltos foram em menor quantidade no VSH, pois a maior distância interbraquetes promovia forças leves. Quanto à oclusão final, não foi observada nenhuma diferença entre os dois tratamentos. Durante este período, Owen verificou que 20% dos casos precisavam de dobras de terceira ordem para um melhor posicionamento dos

33 Revisão de Literatura 16 incisivos superiores, acreditando que um aumento no valor do torque dos braquetes poderia eliminar quase que totalmente os torques adicionais. Balut et al (1992) pesquisaram as variações no posicionamento de braquetes pré-ajustados por meio de colagem direta. Os autores consideravam que o aparelho pré-ajustado não eliminaria totalmente a necessidade de dobras nos fios pelas variações na estrutura dentária. Foi avaliada a colagem direta feita por dez professores de ortodontia em cinco modelos pré-tratamento de cinco pacientes com diferentes más-oclusões. Os autores encontraram discrepâncias no posicionamento em altura (média de 0,34mm) e angulação (5,54 ) entre braquetes adjacentes. Os braquetes dos dentes anteriores inferiores foram os que ficaram mais bem posicionados. Os braquetes que apresentaram maior discrepância vertical foram os segundos pré molares superiores por possuirem uma coroa clínica curta. Os autores concluíram que as irregularidades da superfície dos dentes e variações anatômicas dos mesmos dificultariam o posicionamento dos braquetes no momento da colagem. Sims, Walters e Birnie (1994) verificaram que a aparelhagem ortodôntica fixa estava recebendo considerável atenção na literatura, mas não estavam sendo investigadas as variações das dobras de segunda ordem (DDS) e dobras de terceira ordem (torque) que são aplicadas na base do braquete ou no próprio fio ortodôntico. Desta forma, resolveram avaliar os valores da força de atrito nos braquetes com canaleta 0,022 x 0,028 das marcas Minitwin, Activa e Straight-Wire, aplicando torque em fios de aço inoxidável 0,018 x 0,025. Observaram que imperfeições na fundição dos braquetes e a lisura de superfície dos fios podem ser fatores importantes na força de atrito. A resistência ao deslizamento do fio foi verificada por uma máquina Instron. Os resultados mostraram que os braquetes autoligados da marca Activa produziram menor atrito que os ligados convencionalmente. O braquete Minitwin foi levemente mais resistente ao movimento que o braquete Straight-Wire durante o torque. O oposto foi encontrado quando o torque foi aplicado, sendo que o aumento da inclinação apresentou um efeito mais marcante no braquete da marca Activa. Em 1995, surgiu a Terapia Bioeficiente desenvolvida por Viazis para reduzir o tempo consumido na fase inicial do tratamento e atuar, de forma mais individualizada, na fase de acabamento. Os braquetes apresentados nesta técnica diferem dos encontrados anteriormente, já que possuem uma forma triangular que daria uma distância interbraquete maior para conferir maior flexibilidade ao

34 Revisão de Literatura 17 tratamento ortodôntico. O autor mencionou várias vantagens dos braquetes da Terapia Bioeficiente comparando-os com os tradicionais, onde ressaltou a incorporação de um torque maior anterior. Esse torque foi previsto tendo em vista que a maioria dos ortodontistas finalizava seus casos com fios de diâmetros menores que as canaletas utilizadas, e também ajudaria a neutralizar qualquer efeito de inclinação produzido durante o fechamento de espaços. A prescrição de braquetes para o sistema Bioeficiente foi planejada com o propósito de sobrecorrigir as más-oclusões e tornar possível a utilização de fios de maior diâmetro desde o início do tratamento. A prescrição desse sistema é: IC IL C 1PM 2PM 1M 2M SUPERIOR 12 o 8 o -2 o -7 o -7 o -14 o -14 o INFERIOR -1 o -1 o -11 o -11 o -22 o -30 o -30 Harradine e Birnie, no ano de 1996, detectaram em suas experiências clínicas, as vantagens e desvantagens dos braquetes autoligados Activa e a avaliação das forças friccionais entre os fios e esses braquetes. Verificaram que a principal vantagem clínica era a combinação da baixa fricção com o excelente controle do encaixe do fio na canaleta do braquete. Os benefícios encontrados foram o rápido alinhamento de dentes muito irregulares, a menor necessidade de ancoragem e a facilidade de utilização das mecânicas de deslize. A desvantagem mais significante foi a taxa de fracasso da colagem, quando comparada aos braquetes convencionais da mesma marca. No ano seguinte, Read-Ward, Jones e Daviest (1997) fizeram um estudo clínico comparando a resistência à fricção de três braquetes autoligados: Activa ( A Company), Móbil-Lock Variable Slot (Forestadent) e Speed (Strite Industries Ltd.) com braquetes convencionais metálicos Ultratrim (Dentaurum Hawley, Russell and Baker Ltd.). Os efeitos da espessura dos fios (0,020 ; 0,019 x 0,025 ; 0,021 x 0,025 ), a angulação do braquete (0, 5 e 10 graus), bem como a presença de saliva humana, foram investigados. Os resultados mostraram que tanto o aumento da espessura do fio, como da angulação braquete-fio, resultaram no aumento da resistência de fricção estática para todos os tipos de braquetes testados. Com a presença de saliva, os efeitos foram inconstantes. Os braquetes Móbil-Lock Variable Slot tiveram a menor fricção para todos os fios quando a angulação era de 0,

35 Revisão de Literatura 18 porém, quando a angulação foi introduzida, os valores se compararam aos dos demais braquetes. Os braquetes Activa tiveram a segunda menor resistência friccional, exceto com fios 0,019 x 0,025. Os braquetes Speed demonstraram menor força de fricção com fios de secção redonda, mas com fios de secção retangular ou na presença de angulações, sua fricção foi muito aumentada. Os braquetes Ultratrim produziram uma grande variação individual, confirmando a dificuldade da padronização da ligação braquete-fio com amarrilho metálico. Em geral, os braquetes autoligados mostraram uma redução da resistência friccional quando comparados aos braquetes ligados com fios metálicos. Ugur e Yukay (1997) realizaram um levantamento das medidas das inclinações vestibulolinguais das coroas dentárias sobre modelos de gesso de oclusões normais e modelos ortodônticos pós-tratamento. Foram examinados grupos com oclusões normais, tratados com aparelho Edgewise padrão e com os braquetes da técnica de Roth, cada um com 10 indivíduos, objetivando uma alteração nos valores do torque. Foram medidas, em modelos de estudo, as inclinações das coroas dos incisivos centrais aos segundos molares para os arcos dentários superior e inferior, a partir do plano oclusal funcional, e foram calculadas as inclinações dentárias médias. No grupo com oclusão normal, os incisivos centrais e laterais superiores apresentaram inclinação lingual, os incisivos centrais inferiores, inclinação leve para vestibular e os incisivos laterais inferiores para lingual. Entretanto, os desvios padrão dos valores médios foram elevados para os dentes anteriores superiores e inferiores. Os dentes posteriores superiores, de canino a molar, apresentaram uma inclinação lingual e os dentes posteriores inferiores apresentaram uma inclinação lingual progressivamente crescente, dos incisivos laterais aos molares. Nos grupos tratados, os incisivos centrais e laterais superiores apresentaram inclinação vestibular da coroa e os molares inferiores apresentaram maior inclinação lingual, quando comparados ao grupo com oclusão normal. Não foi observada variação significante entre os valores médios de torque nos grupos tratados com braquetes padrões Edgewise e com a técnica de Roth. Utilizando o microscópio de força atômica, que permite a manutenção de um espaçamento constante durante o escaneamento da amostra, sem causar qualquer dano à superfície, Matasa (1997) avaliou quatro braquetes da técnica Edgewise, dois confeccionados em aço inoxidável, sendo um novo e o outro usado e recondicionando, um braquete de cerâmica e outro de acrílico, ambos usados, mas

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