UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DAS MICROEMPRESAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Por: Jorgiane Guimarães Ferreira Orientador Prof.ª Aleksandra Sliwowska Bartsch Niterói 2007

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DAS MICROEMPRESAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Estratégica Por:. Jorgiane Guimarães Ferreira

3 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, aos meus pais, ao meu esposo Rodrigo e a Sueli que tanto me auxiliaram.

4 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus familiares e a todos que direta ou indiretamente estiveram me apoiando para concluir-lo com afinco.

5 5 RESUMO O objetivo deste estudo foi levantar questões sobre a importância das microempresas no Brasil com enfoque na geração de emprego e renda e nas restrições existentes ao seu funcionamento. Através de uma pesquisa bibliográfica este estudou fixou sua atenção no estabelecimento do conceito de micro empresa através da abordagem sobre as legislações brasileiras existentes sobre à micro empresa. Abordou-se também a importância do SEBRAE no apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte e a importância de uma visão empreendedora para o crescimento deste segmento empresarial na economia brasileira considerando as implicações decorrentes das dificuldades enfrentadas para sobreviver sem uma política de apoio e incentivo identificando a sua importância na economia brasileira.este estudo verificou que apesar de existir inúmeras limitações ao funcionamento dos pequenos negócios no Brasil, já existe uma política governamental voltada para o estímulo às empresas de menor porte pois aos poucos esta se descobrindo toda a importância do empreendedor e da micro e pequena empresa no desenvolvimento sustentável do País. PALAVRAS CHAVES: MICROEMPRESA EMPREENDEDORISMO DESENVOLVIMENTO - SEBRAE

6 6 METODOLOGIA O presente estudo será de natureza qualitativa é considera o critério de classificação de pesquisa proposto por Vergara (1990), que a qualifica quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa será exploratória e descritiva. Exploratória porque, embora se fale muito em microempresas, não se verificou a existência de estudos que aborde a importância delas para a economia brasileira com o ponto de vista pela qual a pesquisa tem a intenção de abordá-lo. Descritiva, porque visa descrever percepções, características e expectativas de uma microempresa dentro do cenário da economia brasileira. Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Classifica-se como uma pesquisa bibliográfica, pois se recorrerá para fundamentação teórico-metodológico do trabalho: livros, artigos de revistas e jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral, que possa levar a analise e reflexão sobre o tema proposto. Nesta fundamentação teórica será consultado principalmente Amaro e Paiva (2002), SEBRAE (2002), IBGE (2002), Vergara (1990) entre outros que expõe e defendem a idéia da importância das microempresas para a economia brasileira.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I - UM BREVE HISTÓRICO DO CONCEITO DE MICRO EMPRESA O SEBRAE e sua importância para as microempresas CAPÍTULO II - Microempresa Empreendedorismo e desenvolvimento CAPÍTULO III AS PERSPECTIVAS DA MICROEMPRESA NA ECONOMIA BRASILEIRA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 41

8 8 INTRODUÇÃO Só nas duas últimas décadas do século XX, quando as grandes empresas começaram a diminuir seus custos e o número de empregos, é que as micros e pequenas empresas passaram a ter um crescimento maior, fornecendo diversos produtos e serviços para as grandes. Era o processo de terceirização, que se espalhou por todo o mundo, aumentando a importância dos pequenos negócios para a economia dos países. Globalizados, o comércio, a indústria e os serviços vêm mudando em todo o mundo, beneficiando alguns setores e exigindo profundas reformulações de outros. O mundo está menor; os empregos diminuem e as microempresas ganham importância. O estímulo ao empreendedorismo, a formalização de negócios e o fortalecimento das microempresas são fundamentos indispensáveis para o desenvolvimento econômico. Consiste num elemento básico que deve ser contemplado pelas políticas públicas de governos comprometidos com a inclusão social, geração de empregos e competitividade empresarial. Foi somente em meados da década de 80 que se criou, juridicamente, o conceito de microempresa no Brasil. Depois disso, a Constituição Federal de 1988 avançou quando estabeleceu o tratamento diferenciado e simplificado ao segmento, cujo potencial em nosso país ainda precisa ser amplamente explorado como instrumento de combate à pobreza, distribuição de renda e aumento da produtividade global da economia. Não obstante a crescente relevância das microempresas na economia brasileira, bem como seu papel social na diminuição das desigualdades entre indivíduos e regiões, elas ainda enfrentam dificuldades diversas para operar no Brasil. Fruto direto de tais dificuldades é a elevada taxa

9 9 de mortalidade, que chega a 61% do total de micro empresas no primeiro ano de atividade (SEBRAE,1998). Assim, não obstante o Brasil tenha uma população empreendedora, por falta de preparo e apoio adequado, o brasileiro também muito fracassa. O país apresenta alta mobilidade social e econômica, nele despontam muitas oportunidades. Todavia, a falta de estrutura adequada em termos de aparato legal, contábil e gerencial, a legislação tributária ainda desfavorável, as exigências burocráticas, a carência de crédito e de uma política sistêmica de apoio e incentivo às micro e pequenas empresas levam a altas taxas de insucesso. Portanto, constitui-se, assim, em objetivo deste estudo levantar questões sobre a importância das microempresas no Brasil com enfoque na geração de emprego e renda e nas restrições existentes ao seu funcionamento. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), as unidades de menor porte representam a imensa maioria das empresas brasileiras. Realidade que se verifica não apenas para o conjunto da economia, como em todos os setores de atividade. Segundo Amaro: São essas empresas as que mais requerem esforços no sentido de elevar a produtividade e induzir a maior formalização da mão-de-obra ocupada, de modo a integrá-las ao setor moderno da economia. (2004, p.23) Tal estímulo, além de incentivar a geração de emprego e o aprimoramento da qualidade dos postos de trabalho, com reflexos positivos no nível de salários e outras remunerações, tenderá, automaticamente, a induzir uma maior desconcentração regional e amenizar a excessiva concentração de renda presente em nossa economia.

10 10 Constatada a crescente importância das microempresas na economia brasileira, este estudo propõem indagar sobre o perfil dessas firmas tendo portanto como objetivos específicos: Conceituar micro empresa e as restrições existentes ao seu funcionamento considerando as implicações decorrentes da falta de estrutura adequada em termos de aparato legal, contábil e gerencial. O presente estudo delimitará seu tema no período compreendido entre o início da década de 90, onde ocorreu a reestruturação da economia brasileira até os dias atuais fixando-se sua atenção no estabelecimento do conceito de micro empresa e aos problemas que limitam o crescimento desse segmento e estimulam a informalidade, cujas conseqüências impactam negativamente no mercado de trabalho, na produtividade, no sistema tributário e na competitividade da produção nacional. O presente estudo será de natureza qualitativa é considera o critério de classificação de pesquisa proposto por Vergara (1990), que a qualifica quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa será exploratória e descritiva. Exploratória porque, embora se fale muito em micro empresas, não se verificou a existência de estudos que aborde a importância delas para a economia brasileira com o ponto de vista pela qual a pesquisa tem a intenção de abordálo. Descritiva, porque visa descrever percepções, características e expectativas de uma microempresa dentro do cenário da economia brasileira. Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Classificase como uma pesquisa bibliográfica, pois se recorrerá para fundamentação teórico-metodológico do trabalho: livros, artigos de revistas e jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral, que possa levar a analise e reflexão sobre o tema proposto.

11 11 Nesta fundamentação teórica nos valeremos principalmente de Amaro e Paiva (2002), SEBRAE (2002), IBGE (2002), Vergara (1990) entre outros que expõe e defendem a idéia da importância das micros empresas para a economia brasileira. Para alcançar os objetivos deste estudo ele se reportará da seguinte maneira: Inicialmente será apresentado o conceito de microempresa através da abordagem sobre as legislações brasileiras existentes sobre à micro empresa. Será abordado também a importância do SEBRAE 1 no apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte. A seguir no segundo momento será falado sobre a importância da microempresa na economia brasileira através de uma visão empreendedora destacando de uma forma bem genérica o perfil dessas firmas. No terceiro capítulo abordará sobre as questões pertinentes aos aspectos legal, contábil e gerencial de uma microempresa considerando as implicações decorrentes das dificuldades enfrentadas para sobreviver sem uma política de apoio e incentivo identificando a sua importância na economia brasileira. Por fim, as conclusões e considerações finais, bem como as referências nas quais o estudo sobre a importância da microempresa para a economia brasileira está pautado. 1 SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

12 12 CAPÍTULO I UM BREVE HISTÓRICO DO CONCEITO DE MICROEMPRESA O conceito de microempresa é amplo e diversificado, varia de região, estado ou município, depende de seu porte econômico-financeiro, do ramo de atividade e da forma jurídica. Foi somente em meados da década de 80 que se criou, juridicamente, o conceito de microempresa no Brasil. Em termos evolutivos, a primeira medida legal no Brasil estabelecendo tratamento especial às empresas de pequeno porte foi definida em 1984, com a instituição, pela Lei nº 7.256, do Estatuto da Microempresa, contemplando apoio ao segmento nas áreas administrativas, tributária, previdenciária e trabalhista. Tendo em vista a natural posição desfavorável das micro e pequenas firmas, a Constituição Federal estabeleceu, entre os princípios da ordem econômica, o tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País (art. 170, IX). O artigo 179 orienta as administrações públicas a dispensar tratamento jurídico diferenciado ao segmento, visando a incentivá-las pela simplificação ou redução das obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, por meio de leis. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-la pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. (art.179 da Constituição Federal, 1988)

13 13 O artigo 146 contém dois novos dispositivos, aprovados pela Reforma Tributária de 2003, prevendo que uma lei de hierarquia superior, a lei complementar, definirá tratamento diferenciado e favorecido para as Micro empresas, incluindo um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados e dos Municípios, além de um cadastro unificado de identificação. Foi verificado, portanto que os artigos 146, 170, 179 da Constituição de 1988 contêm os marcos legais que fundamentam as medidas e ações de apoio às micro e pequenas empresas MPE no Brasil. Em 1994, com a Lei 8.864, foi aprovado um segundo Estatuto prevendo tratamento favorecido nos campos trabalhista, previdenciário, fiscal, creditício e de desenvolvimento empresarial. Embora não tivesse causado grande impacto pela falta de regulamentação que a maioria de seus artigos reclamavam, esta lei chegou a inovar com a elevação da receita bruta anual da microempresa, além de fazer surgir, pela primeira vez, a figura da empresa de pequeno porte, conforme previsto na Constituição Federal. Tais artigos dependiam de regulamentação, pois não eram autoaplicáveis, o que significa dizer que seus dispositivos não continham regras claras e objetivas para serem aplicados diretamente, dependendo, portanto, de regulamentação por ato do Poder Executivo através de decretos regulamentares. O art. 11 da referida lei é um exemplo típico: "Art A escrituração da microempresa e da empresa de pequeno porte será simplificado, nos termos a serem dispostos pelo Poder Executivo na regulamentação desta Lei"., (Lei de 1994) Apesar de pouco aplicada durante a sua vigência, esta lei inovou ao aumentar o limite de receita bruta das microempresas, que passou de 96 mil para 250 mil UFIRs e, principalmente por conceituar, pela primeira vez, a figura da empresa de pequeno porte como sendo as que tivessem receita bruta igual ou inferior a 700 mil UFIRs.

14 14 Somente em 1996 ocorreu a implementação de uma medida importante, no campo tributário, através da ação decisiva do SEBRAE e das instituições de classe representativas das empresas de pequeno porte junto ao Congresso Nacional. Foi obtida a aprovação da Lei 9.317(Lei do Simples Federal, que regulou o sistema tributário /fiscal aplicável a estas empresas), alterado pela Lei nº , de 24 de outubro de 2000 que aprimorou e ampliou o sistema de pagamentos de impostos já em vigor para as microempresas através do Tributo Federal Simples (calculado com base em percentuais calculados sobre faturamento bruto do mês anterior). Segundo a referida Lei, o conceito formal de micro e pequena empresa foram estabelecidos considerando-se portanto a receita bruta anual. No Documento de Arrecadação Fiscal (DARF) do Tributo Federal Simples, ou Simples como é conhecido, estão incluídos o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), o PIS/Pasep, a Confins, a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), a contribuição da empresa sobre a folha de pagamentos e salário-educação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPIN) e Imposto para Salário da Seguridade social (INSS), inclusive as contribuições para terceiros: Sesi / Senai, Sesc. O tratamento jurídico simplificado e favorecido, estabelecido nesta Lei, visou facilitar a constituição e o funcionamento da microempresa e da empresa de pequeno porte, de modo a assegurar o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento econômico e social e representou um importante marco no que tange ao tratamento tributário dado a esse setor. Foi positivo o resultado para a formalização de empreendimentos e de postos de trabalho. Sem dúvida alguma, esta foi uma das maiores conquistas das micro e pequenas empresas brasileiras. Esta lei estabeleceu tratamento diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às microempresas e as empresas de

15 15 pequeno porte relativo aos impostos e contribuições que menciona. Na prática reduziu, consideravelmente, a carga tributária e simplificou a forma de recolhimento dos tributos federais, além de possibilitar a adesão de Estados e Municípios para concessão de benefícios do ICMS e do ISS, respectivamente. Observa-se porém que o princípio simplificador que norteou a adoção do Simples foi um dos grandes avanços em termos tributários verificado em nosso país. No entanto, durante todo esse tempo em que está em vigor, o sistema carregou imperfeições como a restrição imposta a vários segmentos. Inúmeras atividades, basicamente prestadores de serviços, não puderam optar pelo imposto único. Em 1999 foi aprovado um novo Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. A denominação "Estatuto" significa que diversos assuntos de interesse das microempresas e das empresas de pequeno porte foram reunidos em uma só lei. A Lei n.º 9.841/99, com fundamento nos artigos 170 e 179 da Constituição Federal, regulamentada pelo Decreto nº 3.474/00 estabeleceu diretrizes para a concessão de tratamento diferenciado aos pequenos negócios nos campos administrativos, tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial não abrangidos pela lei do Simples. Ou seja, o Estatuto tem por objetivo facilitar a constituição e o funcionamento da microempresa e da empresa de pequeno porte, assegurando o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento econômico e social e o Simples estabelece tratamento diferenciado nos campos dos impostos e contribuições. A aprovação desta lei foi um importante marco na história das micro e pequenas empresas brasileiras. No Estatuto de 1999, o critério adotado para conceituar micro e pequena empresa continuou sendo a receita bruta anual, cujos valores foram atualizados pelo Decreto nº 5.028/2004, de 31 de março de 2004, que corrigiu

16 16 os limites originalmente estabelecidos R$ ,00 e R$ ,00, respectivamente. Vale ressaltar, no entanto que os estados, tem uma gama variada de regulamentos para os pequenos negócios, com uma grande heterogeneidade de conceitos, definidos de acordo com a sua situação econômica e fiscal própria o que gera gastos e confusão burocrática. Convém ressaltar também que, por força do art. 7º da referida lei n.º 9.841/99, as microempresas devem adotar, em seguida ao seu nome, a expressão microempresa ou, abreviadamente ME, para a sua identificação. Atualmente, há uma multiplicidade de conceitos para definir micro e pequenas empresas, desde o faturamento ao pessoal ocupado. O SEBRAE (2003), em seus estudos e levantamentos sobre a presença da micro e pequena empresa na economia brasileira, utiliza além do faturamento o conceito de pessoas ocupadas nas empresas conforme os seguintes números: Microempresa: na indústria e construção: até 19 pessoas ocupadas; no comércio e serviços: até 09 pessoas ocupadas. Pequena empresa: na indústria e construção: de 20 a 99 pessoas ocupadas; no comércio e serviços: de 10 a 49 pessoas ocupadas. No entanto, essa classificação não esclarece a real dimensão de uma empresa, uma vez que o que deve ser levado em consideração não é o espaço físico a ser ocupado, e sim a capacidade de gerar riquezas. O mais recente conceito para definir micro e pequena empresa está baseado na lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 que institui o

17 17 Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de pequeno porte. Esta lei alterou dispositivos das Leis n os e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943, da Lei n o , de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar n o 63, de 11 de janeiro de 1990; e revogou as Leis n os 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de [...] estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. (LEI nº123/2006 artº 1) Para efeitos desta lei, é considerada como micro empresa o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada anocalendário, receita bruta igual ou inferior a R$ ,00 (duzentos e quarenta mil reais). No entanto, o art 4 desta Lei Complementar exclui a caracterização como microempresa daquela em que haja participação de outra pessoa jurídica; que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; ou cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar. Também não poderá ser caracterizada como micro empresa aquela cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar ou seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos.

18 18 Vale ressaltar também que a Lei Complementar no mesmo artigo 4º também deixa fora da caracterização de microempresa,as empresas constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo ou sob a forma de sociedade por ações;que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; ou seja resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores Nacional : Com a aprovação desta lei também ficou instituído o Simples Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional. (LEI nº123 / 2006) O Simples Nacional unifica através de recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, os seguintes impostos e contribuições: o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins, PIS/Pasep; INSS patronal; ICMS e ISS; Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro-IOF;Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros-II; Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados IE; Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural IPTR; CPMF e FGTS. No art. 17º, Seção II que trata das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional, da referida Lei nos é colocado que não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de

19 19 pequeno porte que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). As empresas que também tenha sócio domiciliado no exterior; de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;que preste serviço de comunicação; que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa não poderão participar ou ingressar no Simples Nacional. A abrangência dessa vedação ao ingresso ao Simples nacional também se estende as empresas que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; que exerça atividade de importação de combustíveis;que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas, bem como de outros produtos tributados pelo IPI com alíquota de valor superior a 20% (vinte por cento) ou com alíquota específica;que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios;que realize cessão ou locação de mão-de-obra; que realize atividade de consultoria;que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. No entanto, o novo imposto único, mantendo sua incidência sobre uma base declaratória, ainda não é o ideal para se enfrentar a fundo a questão da informalidade e para universalizar o sistema. (SEBRAE,2006)

20 20 A burocracia e os tributos são dois dos principais entraves que levam empresas para a informalidade como forma de sobrevivência que, por outro lado, consiste também num fator que limita seu crescimento, uma vez que restringe o crédito e a realização de operações com negócios formais. 1.1 O SEBRAE e sua importância para as microempresas. O SEBRAE é uma instituição técnica de apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte, voltada para o fomento e difusão de programas e projetos que visam à promoção e ao fortalecimento das micro e pequenas empresas. Foi fundada em julho de 1972, com uma associação civil, sem fins lucrativos e teve como sócios fundadores o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), a Financiadora de Estudos e Projetos S/A. - FINEP e a Associação Brasileira de Bancos de Desenvolvimento - ABDe, e tinha como objetivo social à prestação de serviços de organização empresarial em todos os seus aspectos, notadamente o tecnológico, econômico, financeiro e administrativo, e como finalidade à adoção de um sistema brasileiro de assistência à pequena e média empresa. No início recebeu essa entidade o nome de Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena e Média Empresa - CEBRAE. O atual SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas foi criado mediante a transformação do Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa - CEBRAE, em serviço social autônomo através da Lei n /90, no seu artigo 8º que o desvinculou da Administração Pública Federal. O objetivo atual do SEBRAE é trabalhar de forma estratégica, inovadora e pragmática para fazer com que o universo dos pequenos negócios

21 21 no Brasil tenha as melhores condições possíveis para uma evolução sustentável, contribuindo para o desenvolvimento do país como um todo. A atuação do SEBRAE no campo administrativo-gerencial, é feito através do planejamento, coordenação e orientação de programas técnicos, projetos e atividades de apoio às Micro e pequenas empresas(mpe). O trabalho desenvolvido pelo sebrae só é possível devida a parceria entre os setores público, privado e as principais entidades de fomento e pesquisa do país. Sem essa parceria esse modelo não seria eficaz. Ele é predominantemente administrado pela iniciativa privada. Constitui-se em serviço social autônomo - uma sociedade civil sem fins lucrativos que, embora operando em sintonia com o setor público, não se vincula à estrutura pública federal. É composto por um órgão central de coordenação (o SEBRAE Nacional) e 27 agentes, dotados de autonomia administrativa e financeira, que atuam em todos os Estados da Federação, além de ter a Agência de Promoções de Exportações (APEX). O SEBRAE conta com recursos provenientes do adicional da contribuição do INSS, relativo a 0,3% sobre a folha salarial das empresas. Um de seus principais instrumentos é o Fundo de Aval às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FAMPE), que viabiliza a concessão de avais e facilita o acesso ao crédito. A atuação do SEBRAE se dá, também, através de uma série de programas de capacitação das empresas e de formação e treinamento de mão-de-obra, envolvendo o Governo Federal, Estadual e Municipal. A instituição é fruto, portanto, de uma decisão política da cúpula empresarial e do Estado, que se associaram para criá-la e cooperam na busca de objetivos comuns. É, por isso mesmo, uma entidade empresarial voltada para atender ao segmento privado, embora desempenhe função pública.

22 22 Dentre os diversos programas de apoio às micro e pequenas empresas desenvolvidos pelo SEBRAE destaca-se o programa de incubadora de empresas, que cria um ambiente especialmente planejado para acolher as micro e pequenas empresas nascentes e em operação, que buscam a modernização de suas atividades de forma a transformar idéias em produtos, processos e serviços. Vale ressaltar, portanto, o quanto é importante e essencial o trabalho desenvolvido por essa associação, no que diz respeito à análise das micro e pequenas empresas em suas mais diversas vertentes, para que se cumpra o escopo de torná-las propulsoras do desenvolvimento econômico e social no Brasil.

23 23 CAPÍTULO II Microempresa Empreendedorismo e desenvolvimento A força dos pequenos negócios move a economia brasileira. No Brasil dos números e das estatísticas, as micro e pequenas empresas geram 13,6 milhões de empregos, representam 98,9% dos estabelecimentos formais e respondem por 99,8% das firmas que nascem a cada ano. (SEBRAE,2003) O tamanho do segmento das micro e pequenas empresas é considerável. Existem no Brasil quase 8,5 milhões de empresas formais, da indústria, comércio, serviços e agricultura. Nada menos do que 98% delas são micro e pequenas empresas, as MPEs. (SEBRAE, 2003) A presença predominante de empresas de menor porte é resultado da tendência de crescente participação das micro e pequenas firmas no total de estabelecimentos e no emprego ao longo dos últimos anos. Com efeito, entre 1990 e 1999, foram constituídas no Brasil 4,9 milhões de firmas, das quais 55% foram microempresas. (IBGE,2002) O significativo aumento da participação das microempresas reflete-se na quantidade líquida de empregos por elas gerados, isto é, no saldo entre contratações e desligamentos no período : mais de 1,4 milhão. Nas firmas de grande porte, a geração foi de somente 29,7 mil novos postos de trabalho no mesmo período. (IBGE,2002) No Brasil real, essas empresas são sinônimo de distribuição de renda e de reinserção dos excluídos do mercado de trabalho na atividade econômica e no convívio social. Todas as empresas contribuem para o desenvolvimento do país, as grandes e as pequenas. A importância das pequenas está em seu papel redistribuidor de renda, particularmente as microempresas, que podem ser individuais ou familiares (TEIXEIRA. 2001, p. 64) Constatada a crescente importância das micros e pequenas empresas na economia brasileira, cabe indagar sobre o perfil dessas firmas. Em

24 24 termos bastante genéricos, pode-se segmentá-las em três amplas categorias segundo estudos feitos pelo SEBRAE: um variado universo de micro unidades familiares, na sua maioria administradas no lar, utilizando tecnologias tradicionais, intensivas em trabalho não-qualificado e inseridas nos setores de vestuário/ confecções, calçados e artigos de couro, móveis, confeitaria, trefilaria e produtos de ferro, etc; um subconjunto de menor dimensão de micro e pequenas empresas presentes na maioria das atividades no setor terciário da economia, administradas por proprietários com algum grau de competência e conhecimento de mercado, em geral instaladas em local próprio e com algum tipo de apoio institucional; um subconjunto provavelmente ainda menor de pequenas empresas integradas a grandes empresas em clusters industriais, em geral como fornecedoras de matérias primas (são exemplos à indústria de calçados do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, a indústria têxtil de Americana, em São Paulo, e a indústria de móveis de São João do Aruaru, no Ceará), e aquelas localizadas em nichos de alta tecnologia. A última categoria reflete uma das facetas das mudanças de grande monta que vêm ocorrendo na estrutura produtiva nacional, num novo ambiente de reestruturação industrial e de abertura comercial. O Estado produtor e as grandes e pesadas estruturas empresariais que vigoraram no Brasil até os anos 80 perdem cada dia mais espaço no mundo globalizado de hoje. A nova realidade tem exigido estruturas produtivas ágeis e dinâmicas, melhor adaptada às novas tecnologias e ao ambiente de incerteza. A substituição da relação trabalhista pela comercial (terceirização) e a tendência à redução do núcleo duro da firma (trabalhadores em tempo

25 25 integral e com contratos por prazo indefinido) são uma realidade. Com isso, as pequenas firmas crescem graças à terceirização, especialmente no setor de serviços, e também pelo fato de se tornarem mais competitivas em relação às grandes empresas, em vista da maior flexibilidade. Destacam-se os nichos tecnológicos, unidades produtoras enxutas e flexíveis, que, ao lado do crescente movimento de terceirização, apontam que os grandes empregadores do futuro tendem a ser as empresas de menor porte. As categorias de micro e pequenas empresas caracterizadas sejam por relações de produção familiares seja por algum grau de competência não são menos importantes. Nelas concentra-se grande parte da mão-de-obra ocupada, especialmente a alocada no setor informal do mercado de trabalho (que já é maior que o formal, atualmente). São essas empresas as que mais requerem esforços no sentido de elevar a produtividade e induzir a maior formalização da mão-de-obra ocupada, de modo a integrá-las ao setor moderno da economia brasileira. Tal estímulo, além de incentivar a geração de emprego e o aprimoramento da qualidade dos postos de trabalho, com reflexos positivos no nível de salários e outras remunerações, tenderá, automaticamente, a induzir uma maior desconcentração regional e amenizar a excessiva concentração de renda presente em nossa economia. Em termos gerais, o que se observa é que o emprego que se reduz na indústria de transformação vai sendo direcionado para os outros setores de atividade com presença marcante de empresas de pequeno porte. Como conseqüência, gestões no sentido de viabilizar as pequenas unidades de produção inseridas tanto no processo de reestruturação produtiva em curso quanto nos setores mais tradicionais, bem como no sentido de incentivar seu crescimento têm que ser parte essencial de qualquer política de geração de emprego e renda atualmente.

26 26 Devido à redução da oferta de emprego, está sendo cada dia mais importante à visão empreendedora do profissional para a percepção de oportunidades do mercado e a geração de soluções tecnológicas, com base na iniciativa e na sua capacidade de vender idéias inovadoras e criar contextos favoráveis a novas modalidades de negócios. O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa. É o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros. (SCHUMPETER, 1984, p.75) No Brasil, uma análise dos donos de empresas também mostra que, para ser empreendedor, não é preciso ter nascido com capacidades especiais. Um levantamento feito pelo Sebrae/Fipe (2000), analisando as micro empresas abertas entre 1995 e 1999, mostra o perfil médio do empreendedor brasileiro, que demonstra médias bastante comuns dentro da realidade brasileira. De acordo com a pesquisa, o empreendedor médio é do sexo masculino (68% do total), tem pelo menos o segundo grau completo (64% do total), tem de 25 a 49 anos de idade (76% do total) e havia acabado de sair de um emprego anterior, decidido a montar seu próprio negócio (70% do total). Não existe, no entanto, uma fórmula que faça com que alguém se torne um empreendedor. Para Bernhoeft (1996), a criação de uma atividade própria é uma decisão de caráter pessoal, influenciada por uma série de fatores que tanto podem ser estimuladores como podem funcionar como inibidores. Embora existam pessoas que apresentem características empreendedoras desde muito cedo, para ser um empreendedor não basta apenas identificar oportunidades de negócio, é preciso realizá-las. Para clarificar o papel do empreendedor, é interessante notar as características que Drucker (1987) coloca. Para ele, o empreendedor é um agente de mudanças. Ele está sempre buscando a mudança, reage a ela, e a

27 27 explora como sendo uma oportunidade. O espírito empreendedor é, desta forma, uma característica de um indivíduo ou de uma instituição, não um traço de personalidade, pois o bom empreendedor não pode necessitar sempre de ter a certeza a seu lado ele precisa saber assumir e lidar com os riscos. Longenecker (1997), assinala para três pré-disposições que fariam parte intrínseca da personalidade do empreendedor: uma enorme necessidade de realização, uma disposição para assumir riscos moderados e uma forte autoconfiança. Portanto,o empreendedorismo atualmente é considerado o principal fator de desenvolvimento de um país Para Schumpeter (1984), Economista austríaco considerado o ícone da economia moderna, o desenvolvimento econômico está fundamentado em três fatores principais: as inovações tecnológicas, o crédito bancário e o empresário inovador. Este empresário inovador, mencionado por Schumpeter (1984), hoje conhecido como empreendedor, é capaz de empreender um novo negócio, mesmo sem ser dono do capital. A capacidade de empreender está relacionada às características do indivíduo, aos seus valores e modo de pensar e agir. Os empreendedores são responsáveis pelo desenvolvimento econômico. Promovem o rompimento da economia em fluxo circular para uma economia dinâmica, competitiva e geradora de novas oportunidades. A verdadeira concorrência na economia está entre empresas inovadoras que geram novos produtos e que retiram do mercado produtos antigos. A dinâmica capitalista promove um permanente estado de inovação, mudança, substituição de produtos e criação de novos hábitos de consumo. A destruição criativa é responsável pelo crescimento econômico de um país.

28 28 O processo de destruição criativa promove as empresas inovadoras, que respondem às novas solicitações do mercado, e fecha as empresas sem agilidade para acompanhar as mudanças. Ao mesmo tempo, orienta os agentes econômicos para as novas tecnologias e novas preferências dos clientes. Elimina postos de trabalho ao mesmo tempo em que cria novas oportunidades de trabalho e possibilita a criação de novos negócios. (SCHUMPETER, 1984 p.78) Dornelas (2001), chama de empresário inovador aquele ser iluminado que é capaz de aproveitar as chances das mudanças tecnológicas e introduzir processos inovadores nos mercados que gera crescimento e desenvolvimento na economia. Segundo uma pesquisa realizada pela Global Enterpreneurship Monitor (GEM) 2, que mede o empreendedorismo em 31 países de todos os continentes analisaram durante dois anos as relações entre empreendedorismo e desenvolvimento em 10 países: os integrantes do G7, mais Dinamarca, Finlândia e Israel. Veja o que eles concluíram e recomendaram ao final dos estudos: Países interessados em promover o desenvolvimento econômico devem apoiar o empreendedorismo e incentivar o aumento da dinâmica empreendedora. Para que o empreendedorismo cresça de forma auto-sustentável, em longo prazo, é necessário comprometimento e investimento em educação no ensino de terceiro grau; Para a formação de uma cultura mais empreendedora, é aconselhável incluir as habilidades e capacidades necessárias 2 A Global Enterpreneurship Monitor tem por objetivo monitorar a dinâmica empreendedora do país, coletando informações que podem orientar e influenciar programas, políticas e ações de instituições de natureza pública ou privada, no sentido de favorecer os micros e pequenos negócios.

29 29 para criar uma empresa nos programas de ensino de primeiro, segundo e terceiro graus. Deve-se enfatizar, nas ações de incentivo ao empreendedorismo, o desenvolvimento da capacidade individual de procurar e identificar novas oportunidades; Resultados mais eficazes e mais rápidos surgem quanto mais as mulheres participarem da dinâmica empreendedora. Segundo pesquisas realizadas também pela Global Enterpreneurship Monitor (GEM), o Brasil está entre os dez primeiros países mais empreendedores do mundo. Em 2000, o Brasil ficou com a primeira colocação, caindo para a 5ª, em 2001, para a 7ª em 2002 e subindo um ponto (6º lugar) em No Brasil, a GEM é coordenada pelo Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, e pelo IBQP, Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Paraná. A novidade é que está aumentando o percentual de abertura de negócios pela percepção de novas oportunidades do que por necessidade. Em 2002, o país havia ficado em primeiro lugar em empreendedorismo por necessidade entre os países pesquisados. Já em 2003, o Brasil apresentou a terceira maior população empreendedora por oportunidade registrada pela pesquisa. Em 2002, estimava-se que havia no Brasil 14 milhões de empreendedores. Desse total, 56% eram empreendedores por necessidade, ou seja, gente que perdeu o emprego formal, era subempregado ou nem tinha emprego e teve que abrir negócios para sobreviver; e 43% eram empreendedores atentos a novas oportunidades de negócios. Em 2003, o número de empreendedores manteve-se estável. Porém, foi registrado que os empreendedores por necessidade caíram para 43%.

30 30 Enquanto isso, o percentual de empreendedores por oportunidades passou para 53%, representando uma inversão significativa entre os dois pólos do empreendedorismo no país. Apesar destes números favoráveis, ainda falta muito para se comemorar. Além do problema do desemprego, que leva as pessoas à atividade empreendedora, ou melhor, autônoma, ainda há enormes entraves burocráticos à atividade.

31 31 CAPÍTULO III AS PERSPECTIVAS DA MICROEMPRESA NA ECONOMIA BRASILEIRA. As microempresas e empresas de pequeno porte são, hoje, em todo o mundo e destacadamente no Brasil, um segmento dos mais importantes, visto serem agentes de inclusão econômica e social pelo acesso às oportunidades ocupacionais e econômicas, tornando-se sustentáculo da livre iniciativa e da democracia, sendo responsável pela esmagadora maioria dos postos de trabalho gerados no País. Segundo Hentz: A importância das pequenas e microempresas aparece, sobremaneira, no desenvolvimento local e regional que facilitam, como fonte geradora de empregos, como contribuintes tributários e, especialmente, como prestadoras de serviços de interesse direto do consumidor (assistência técnica, pequenos reparos em imóveis e veículos, etc.) e distribuidores de produtos no varejo. (2002, p.142) Esse segmento teve, e tem, importante papel na estabilidade e mobilidade social, atuando como um colchão entre as tecnologias e estratégias de terceirização adotadas pelas grandes empresas e a necessidade dos cidadãos buscarem no trabalho sua ocupação, renda, cidadania e auto-estima. Admitindo a empresa de forma geral como a instituição mais importante do mundo moderno, também as microempresas, representando as menores células dessa estrutura chamada mercado, passaram a interferir substancialmente não só na economia, mas também na sociedade como um todo. Segundo dados do IBGE, no período de 1990 a 1999 foram constituídas no Brasil 4,9 milhões de empresas, dentre as quais 2,7 milhões são

32 32 microempresas. Apenas no ano de 1999 foram constituídas empresas no País, com as microempresas totalizando , representando um percentual de 56,32% do total de empresas constituídas no Brasil. Dessa forma, apesar de se caracterizarem por pequenas células produtivas, reduzidas tanto em número de membros quanto no nível da produção e comercialização, somadas, representam a mola propulsora da economia contemporânea, seja na geração de empregos, seja na arrecadação de impostos ou ainda na circulação do capital. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000), existem no Brasil cerca de 3,5 milhões de empresas, das quais 98% são de micro e pequeno porte. Assim, somente 2% do número de empresas brasileiras corresponde a empresas de grande porte, e, portanto, mais estruturadas. Outro indicador de sua importância conforme já falado anteriormente é o fato de as Microempresas serem grandes geradoras de empregos, que constituem hoje um dos maiores problemas brasileiros e mundiais. Com base nos dados disponíveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2000) do IBGE e Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/TEM, 2000), é possível afirmar que as atividades típicas das micros empresas mantêm cerca de 35 milhões de pessoas ocupadas em todo o país, o equivalente a 59% das Pessoas Ocupadas no Brasil, incluindo neste cálculo Empregados, Empresários e os Conta Própria (indivíduo que possui seu próprio negócio mas não tem empregados). Entretanto, apesar de toda sua importância, as taxas de mortalidade alcançam, em geral, setenta por cento nos primeiros anos. Isso se dá pelo fato de as pequenas empresas não terem condições de concorrer com as grandes, cabendo ao Estado uma interferência séria e planejada, visando possibilitar a

33 33 sobrevivência e a competição não predatória do que dá dinamicidade à economia. Atualmente, a série de dificuldades que recai sobre a pequena e a microempresa no Brasil, observada dia a dia de forma mais contundente, retrata uma realidade cada vez mais desestimulante para aqueles que vivem destes negócios. Abrir uma empresa no Brasil pode levar até um ano, enquanto que em países desenvolvidos bastam apenas três dias. Mais do que isso, o empreendedor ainda precisa enfrentar dificuldades para ter acesso ao crédito, altos custos tributários e trabalhistas e encarar a concorrência desleal daqueles que apelam para a informalidade. Por estas razões, grande parte das empresas que abrem, fecham em menos de 5 anos. Empresas que têm empreendedores que acreditam no projeto e elaboram uma estratégia para obter uma vantagem competitiva têm mais chance de sucesso. Num estudo desenvolvido pelo Sebrae / SP, constatou-se que de cada 100 empresas abertas no país, 35 não chegam ao final do primeiro ano de vida; 46 não sobrevivem ao segundo; e 56 desaparecem no terceiro ano de vida. Constatou-se também que o que leva uma empresa ao fechamento não são os impostos ou a necessidade de crédito, mas, principalmente, a falta de preparo, informação, planejamento e conhecimento específico sobre o negócio Despeito de importantes avanços obtidos pelos pequenos negócios brasileiros no campo das políticas públicas, a realidade enfrentada pelo segmento é crítica, considerado que do ponto de vista da competitividade inexiste uma relação equilibrada entre estas e as grandes empresas e, principalmente, que estão expostas diretamente à competição desleal e predatória das empresas que operam na informalidade. Neste aspecto estimase que existem mais de 10 milhões de negócios na informalidade, sendo que a maioria não tem movimento econômico suficiente para suportar o peso da carga tributária e o custo burocrático da sua formalização.

34 34 A busca da competitividade sistêmica da economia, por meio do estabelecimento do equilíbrio das relações das pequenas empresas com os grandes grupos econômicos e com o Estado é que poderá reverter o quadro de elevados índices de desemprego, concentração de renda e informalidade, tornando-se, portanto, o ponto central para qualquer da proposta. Para que as micro e pequenas empresas possam se estabelecer de modo coerente e plenamente eficaz, em face de uma economia globalizada, precisam estar aptas a um processo de centralização, por meio de estratégias integracionistas. Saldini (2001), torna consistente este argumento quando nos coloca que estas estratégias desenvolvem-se tanto no sentido de uma integração vertical, polarizando uma relação complementar (e não concorrencial) entre as micro e pequenas empresas e as grandes empresas, como no sentido de uma integração horizontal, mediante a associação ou cooperação de empresários de micro e pequenas empresas, para a compra de matérias primas, materiais, maquinaria, para a comercialização, para o uso comum de máquinas etc., de forma a conquistar, no conjunto, maior poder que as forças individuais. Ainda segundo Saldini (2001), do ponto de vista da sua inserção no mercado, pode-se distinguir duas formas fundamentais de micro e pequenas empresas: Aquelas que produzem certa mercadoria ou serviço para o consumidor direto, ou para o distribuidor (ou intermediário comercial); Aquelas que produzem certa mercadoria ou serviço para uma grande ou média empresa. No primeiro caso, as chamadas empresas de produção final, por encontrarem-se livres no mercado, definem o tipo de produto, sua qualidade, seu preço e seu público-alvo.

35 35 Na outra forma, do segundo caso, as chamadas empresas satélites, produzem uma mercadoria (ou serviço) para uma grande empresa matriz ou subcontratante. Assim, o mercado destas formas de micro e pequenas empresas está restrito às empresas subcontratadas que utilizam sua produção como insumo. Estas duas formas fundamentais encontram-se em dificuldades para enfrentar o mercado, pois têm condições menos favoráveis de competitividade, no primeiro caso, e de cooperação, no segundo. No Brasil, a maioria das microempresas encerram suas atividades com pouco mais de um ano de exercício social, conforme pesquisas existentes. Algumas conseguem prolongar seu ciclo de vida, desempenhando o seu papel na vida econômica e social, de sua comunidade, como geradoras de empregos e produtos que representam a riqueza da comunidade e de uma nação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000) somente 29% das micro e pequenas empresas conseguem se manter em atividade até o quinto ano de sua existência 71% delas são fechadas antes de completar este prazo. Dentre os principais fatores que contribuem para o encerramento das atividades, encontram-se aqueles relacionados à falta de tecnologia. Ações relacionadas à flexibilidade e agilidade nas decisões são indispensáveis para a solução destes problemas. Segundo Montanõ (1999), Para que se contextualize a realidade das microempresas no atual cenário brasileiro, a enumeração de alguns fatores associados ao seu sucesso e insucesso, são pertinentes. Os fatores associados ao seu sucesso são: Empresa de maior porte (mais de dois empregados); Maior escolaridade do proprietário; Experiência prévia;

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 Conteúdo 1. O Sistema SEBRAE; 2. Brasil Caracterização da MPE; 3. MPE

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: As relações com as grandes empresas e com o Estado e as relações com a contabilidade e com os empregados.

Resumo Aula-tema 01: As relações com as grandes empresas e com o Estado e as relações com a contabilidade e com os empregados. Resumo Aula-tema 01: As relações com as grandes empresas e com o Estado e as relações com a contabilidade e com os empregados. Todos nós já vivenciamos casos de empreendedores, na família ou no grupo de

Leia mais

Programa de Formalização do Micro Empreendedor Individual Sustentabilidade Social. Florianópolis - SC

Programa de Formalização do Micro Empreendedor Individual Sustentabilidade Social. Florianópolis - SC Programa de Formalização do Micro Empreendedor Individual Sustentabilidade Social Florianópolis - SC 27 de outubro de 2014 A INFORMALIDADE NO BRASIL A INFORMALIDADE Pesquisa ECINF IBGE Pertencem ao setor

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

36,6% dos empresários gaúchos julgam que o. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que. 66,0% das empresas contempladas pela medida a

36,6% dos empresários gaúchos julgam que o. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que. 66,0% das empresas contempladas pela medida a 36,6% dos empresários gaúchos julgam que o faturamento é a melhor base tributária para a contribuição patronal. 74,4% dos empresários gaúchos consideram que a medida contribuirá parcialmente ou será fundamental

Leia mais

Legislação Básica da Micro e Pequena Empresa

Legislação Básica da Micro e Pequena Empresa Legislação Básica da Micro e Pequena Empresa A Constituição Federal e o Estatuto Os artigos 146, 170, 179 da Constituição de 1988 contêm os marcos legais que fundamentam as medidas e ações de apoio às

Leia mais

Como funcionam as micro e pequenas empresas

Como funcionam as micro e pequenas empresas Como funcionam as micro e pequenas empresas Introdução Elas são 99,2% das empresas brasileiras. Empregam cerca de 60% das pessoas economicamente ativas do País, mas respondem por apenas 20% do Produto

Leia mais

1 Ver Castelo (2005). 2 GVconsult (2005).

1 Ver Castelo (2005). 2 GVconsult (2005). A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas na Construção Civil Relatório de Pesquisa Equipe Técnica Prof. Dr. Fernando Garcia Profa. Ms. Ana Maria Castelo Profa.Dra. Maria Antonieta Del Tedesco Lins Avenida

Leia mais

Super Simples Indícios da Reforma Tributária Brasileira

Super Simples Indícios da Reforma Tributária Brasileira Super Simples Indícios da Reforma Tributária Brasileira 1. Introdução O dia 7 de agosto do corrente ano entrou para a história como uma das mais importantes datas para a possível concretização da reforma

Leia mais

Participações Societárias no Simples Nacional

Participações Societárias no Simples Nacional 1 Participações Societárias no Simples Nacional 1. INTRODUÇÃO: Este tema tem sido objeto de constantes dúvidas de contribuintes e contabilistas no ato de abertura de novas empresas. O regime unificado

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros Categoria Setor de Mercado Seguros 1 Apresentação da empresa e sua contextualização no cenário competitivo A Icatu Seguros é líder entre as seguradoras independentes (não ligadas a bancos de varejo) no

Leia mais

Regime Tributário Unificado e Simplificado

Regime Tributário Unificado e Simplificado SUPER SIMPLES, uma abordagem para escolas de idiomas A partir de 1/7/07, estará em funcionamento o regime único de tributação, instituído pela Lei Complementar nº123, conhecida também como Super Simples

Leia mais

FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA MÓDULO 9

FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA MÓDULO 9 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA MÓDULO 9 Índice 1. Lucro presumido...3 2. Lucro real...4 2 Dentre os regimes tributários, os mais adotados são os seguintes: 1. LUCRO PRESUMIDO Regime de tributação colocado

Leia mais

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO LEI N. 1.021, DE 21 DE JANEIRO DE 1992 "Define microempresa para efeito fiscal previsto na Lei Complementar n. 48/84 e dá outras providências." O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE seguinte Lei: FAÇO SABER que

Leia mais

COMO ABRIR SEU NEGÓCIO

COMO ABRIR SEU NEGÓCIO COMO ABRIR SEU NEGÓCIO 08 a 11 de outubro de 2014 08 a 11 de outubro de 2014 Reflexão Qual o principal motivo para buscar a formalização de seu negócio? É importante lembrarmos que: Para desenvolver suas

Leia mais

Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei nº 9.841/99)

Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei nº 9.841/99) Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei nº 9.841/99) A aprovação da Lei nº 9.841/99, de 05 de outubro de 1999, mais conhecida por "Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte",

Leia mais

Gestão de Pequenas e Medias Empresas

Gestão de Pequenas e Medias Empresas Gestão de Pequenas e Medias Empresas Os pequenos negócios são definidos por critérios variados ao redor do mundo. Para o Sebrae, eles podem ser divididos em quatro segmentos por faixa de faturamento, com

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

RESENHA TRIBUTÁRIA ATUALIZADA

RESENHA TRIBUTÁRIA ATUALIZADA RESENHA TRIBUTÁRIA ATUALIZADA! As mudanças no PIS e no Cofins! Lucro real e presumido! IR e CSLL! Simples Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br) Sócio-Diretor da Cavalcante & Associados, empresa

Leia mais

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza EMPREENDEDORISMO Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza ORGANIZAÇÃO CONCEITO: A sociedade humana é feita de organizações que fornecem os meios para o atendimento de necessidades

Leia mais

Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Lei Complementar n.º 123/2006

Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Lei Complementar n.º 123/2006 Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte Lei Complementar n.º 123/2006 Baião & Filippin Advogados Associados Adv.: João Paulo de Mello Filippin Lei Complementar n.º 123/2006 Desburocratização;

Leia mais

AULA 03 SOCIEDADE EFEITOS DA PERSONIFICAÇÃO PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA SOCIEDADE X SÓCIO B SÓCIO A EMPREGADO C.CORRENTE EFEITOS LEASING CREDORES

AULA 03 SOCIEDADE EFEITOS DA PERSONIFICAÇÃO PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA SOCIEDADE X SÓCIO B SÓCIO A EMPREGADO C.CORRENTE EFEITOS LEASING CREDORES PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA AULA 03 3.1 S X SÓCIO A SÓCIO B EFEITOS DA PERSONIFICAÇÃO SÓCIO A EMPREGADO C.CORRENTE LEASING NACIONALIDADE NOME EMPRESARIAL EFEITOS LEGITIMIDADE PROCESSUAL TITULARIDADE

Leia mais

Debate Sobre a Desoneração da Folha de Pagamento

Debate Sobre a Desoneração da Folha de Pagamento Debate Sobre a Desoneração da Folha de Pagamento Julho de 2011 1 Debate sobre desoneração da folha de pagamento deve ser feito com cautela e tendo como ponto de partida a compensação vinculada (principal

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

Palestra Ana Afonso Formalização da atividade

Palestra Ana Afonso Formalização da atividade Bem-Vindos! APRESENTAÇÃO Ana Afonso organizadora profissional em São Paulo atua desde 2006 realizando serviços de organização de espaços, gestão de residências, treinamento de funcionários domésticos,

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

Contmatic - Escrita Fiscal

Contmatic - Escrita Fiscal Lucro Presumido: É uma forma simplificada de tributação onde os impostos são calculados com base num percentual estabelecido sobre o valor das vendas realizadas, independentemente da apuração do lucro,

Leia mais

ASSESPRO/NACIONAL DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO - PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO DA MP 540/2001

ASSESPRO/NACIONAL DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO - PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO DA MP 540/2001 ASSESPRO/NACIONAL DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO - PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO DA MP 540/2001 A Medida Provisória N o 540/2011 instituiu alguns benefícios fiscais e contemplou nesta o Setor de T.I.

Leia mais

Recursos Próprios. Amigos e Familiares

Recursos Próprios. Amigos e Familiares Recursos Próprios Chamado de booststrapping, geralmente é a primeira fonte de capital utilizada pelos empreendedores. São recursos sem custos financeiros. O empreendedor tem total autonomia na tomada de

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

AUTOR(ES): PAMELA CRISTINA FRANCO, MAIARA VEZANI, REBECA MOSQUETTO MARION

AUTOR(ES): PAMELA CRISTINA FRANCO, MAIARA VEZANI, REBECA MOSQUETTO MARION TÍTULO: A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA AUTOR(ES): PAMELA CRISTINA

Leia mais

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes.

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes. Por Palmira Santinni No Brasil, nos últimos anos, está ocorrendo um significativo aumento na criação de novas empresas e de optantes pelo

Leia mais

MANUAL DE PREENCHIMENTO DO TERMO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL

MANUAL DE PREENCHIMENTO DO TERMO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL MANUAL DE PREENCHIMENTO DO TERMO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL A pessoa jurídica, optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas

Leia mais

Orientações sobre Micro Empreendedor Individual

Orientações sobre Micro Empreendedor Individual Orientações sobre Micro Empreendedor Individual Micro Empreendedor individual Definição Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário.

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor Movimento incentiva a escolha pelos pequenos negócios na hora da compra A iniciativa visa conscientizar o consumidor que comprar dos pequenos é um ato de cidadania que contribui para gerar mais empregos,

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes

EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes 1 Em análise de qualquer empreendimento encontram-se dois tipos de empreendedor: o que empreende em relação à oportunidade

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Chile Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios A Lei nº 20.416 estabelece regras especiais para as Empresas de Menor Tamanho (EMT).

Leia mais

http://www.consultorpublico.com.br falecom@consultorpublico.com.br

http://www.consultorpublico.com.br falecom@consultorpublico.com.br LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006. (ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE) O ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE E O ESTADO E MUNICÍPIOS

Leia mais

XII Seminário Internacional de Países Latinos Europa América.

XII Seminário Internacional de Países Latinos Europa América. XII Seminário Internacional de Países Latinos Europa América. La Gestión Contable, Administrativa y Tributaria en las PYMES e Integración Europa-América 23 24 de junio 2006 Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Prof. Cássio Marques da Silva 2015 SIMPLES NACIONAL LC 123, 14 de Dezembro de 2006 Alterada pela LC 127, 14 de Agosto de 2007 Alterada pela LC 128, 19 de Dezembro de 2008 Alterada pela LC 133, 28 de Dezembro

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

A atividade contábil e o ISS

A atividade contábil e o ISS A atividade contábil e o ISS Janeiro de 2014. A prática da atividade de contabilista pode ser exercida por profissional autônomo, sociedade empresária e sociedade simples. Para tanto, o responsável tem

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação

Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação O processo de desindustrialização pelo qual passa o país deve-se a inúmeros motivos, desde os mais comentados, como a sobrevalorização

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

CONSIDERAÇÕES SOBRE A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO CONSIDERAÇÕES SOBRE A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO por RODOLFO MACHADO MOURA 1 em 30 de janeiro de 2014 Consulta o Presidente do SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO DO PARANÁ SERT PR, o SR.

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG Curso de Graduação Administração Modalidade a Distância Dados do Curso Contato Ver QSL e Ementas Universidade Federal do Rio Grande / FURG 1) DADOS DO CURSO: COORDENAÇÃO: Profª MSc. Suzana Malta ENDEREÇO:

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Breves considerações tributárias quanto a atividade de empresário (antiga firma individual) na atividade de representação comercial Juliano César Borges de Vito* Um dos fatores preponderantes

Leia mais

O SUPER SIMPLES E AS EMPRESAS DO RAMO DE SAÚDE José Alberto C. Muricy e. Colaboração: Daniel Queiroz Filho Outubro/2014

O SUPER SIMPLES E AS EMPRESAS DO RAMO DE SAÚDE José Alberto C. Muricy e. Colaboração: Daniel Queiroz Filho Outubro/2014 O SUPER SIMPLES E AS EMPRESAS DO RAMO DE SAÚDE José Alberto C. Muricy e Jorge Pereira de Souza Colaboração: Daniel Queiroz Filho Outubro/2014 PROGRAMA A INTRODUÇÃO DO SUPER SIMPLES PARA OS SERVIÇOS DE

Leia mais

IMPACTOS DAS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NA ROTINA FISCAL DAS EMPRESAS

IMPACTOS DAS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NA ROTINA FISCAL DAS EMPRESAS IMPACTOS DAS MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NA ROTINA FISCAL DAS EMPRESAS A pesquisa Muito se fala sobre as mudanças na legislação tributária e é certo de que estas sempre impactam na rotina fiscal

Leia mais

O IMPACTO DOS TRIBUTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

O IMPACTO DOS TRIBUTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA TRIBUTOS CARGA TRIBUTÁRIA FLS. Nº 1 O IMPACTO DOS TRIBUTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 1. - INTRODUÇÃO A fixação do preço de venda das mercadorias ou produtos é uma tarefa complexa, onde diversos fatores

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Pequenos Negócios no Brasil. Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

Pequenos Negócios no Brasil. Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br Pequenos Negócios no Brasil Pequenos Negócios no Brasil Clique no título para acessar o conteúdo, ou navegue pela apresentação completa Categorias de pequenos negócios no Brasil Micro e pequenas empresas

Leia mais

BREVE ANÁLISE SOBRE AS ALTERAÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123 DE 2006 (LEI DO SIMPLES NACIONAL) PELO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 60 DE 2014

BREVE ANÁLISE SOBRE AS ALTERAÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123 DE 2006 (LEI DO SIMPLES NACIONAL) PELO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 60 DE 2014 BREVE ANÁLISE SOBRE AS ALTERAÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123 DE 2006 (LEI DO SIMPLES NACIONAL) PELO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 60 DE 2014 (com ênfase nas sociedades prestadoras de serviços médicos)

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 03 O objetivo da Empresa e as Finanças Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO O objetivo da Empresa e as Finanças... 3 1. A relação dos objetivos da Empresa e as

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

Simples Nacional: Saiba mais sobre os benefícios para a advocacia OABRJ

Simples Nacional: Saiba mais sobre os benefícios para a advocacia OABRJ Simples Nacional: Saiba mais sobre os benefícios para a advocacia OABRJ Simples Nacional: Saiba mais sobre os benefícios para a advocacia A advocacia foi inserida no Simples Nacional por meio da Lei Complementar

Leia mais

"Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada

Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada "Gestão Contábil para micro e pequenas empresas: tomada de decisão Julio Cesar. Pergunta: - O que é importante na tomada de decisão. O que devemos saber para decidir algo?? Algumas INFORMAÇÕES acerca do

Leia mais

OIT DESENVOLVIMENTO DE EMPRESA SOCIAL: UMA LISTA DE FERRAMENTAS E RECURSOS

OIT DESENVOLVIMENTO DE EMPRESA SOCIAL: UMA LISTA DE FERRAMENTAS E RECURSOS OIT DESENVOLVIMENTO DE EMPRESA SOCIAL: UMA LISTA DE FERRAMENTAS E RECURSOS FERRAMENTA A QUEM É DESTINADA? O QUE É O QUE FAZ OBJETIVOS Guia de finanças para as empresas sociais na África do Sul Guia Jurídico

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 110, DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 110, DE 2015 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 110, DE 2015 Institui programa de concessão de créditos da União no âmbito do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, denominado Nota Fiscal Brasileira, com o objetivo de incentivar

Leia mais

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas 1) Resumo Executivo Descrição dos negócios e da empresa Qual é a ideia de negócio e como a empresa se chamará? Segmento

Leia mais

PLANO BRASIL MAIOR MEDIDAS TRIBUTÁRIAS

PLANO BRASIL MAIOR MEDIDAS TRIBUTÁRIAS PLANO BRASIL MAIOR MEDIDAS TRIBUTÁRIAS REINTEGRA Medida Incentivo fiscal à exportação. Beneficiados Pessoa jurídica produtora que efetue exportação direta ou indireta. Condições Exclusivo para bens manufaturados

Leia mais

EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER?

EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER? EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER? Anderson Katsumi Miyatake Emerson Oliveira de Almeida Rafaela Schauble Escobar Tellis Bruno Tardin Camila Braga INTRODUÇÃO O empreendedorismo é um tema bastante

Leia mais

Edital 1/2014. Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica

Edital 1/2014. Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica Edital 1/2014 Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica A (PoloSul.org) torna pública a presente chamada e convida os interessados para apresentar propostas de incubação

Leia mais

Agenda para Micro e Pequenas Empresas

Agenda para Micro e Pequenas Empresas Agenda para Micro e Pequenas Empresas As Micro e Pequenas Empresas (MPE) são de vital importância para o desenvolvimento econômico de Goiás, pois atuam em diversas atividades econômicas, tais como indústria,

Leia mais

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

Simples Nacional: sociedades simples podem ser consideradas "micro ou pequena empresa" (art. 146, III, "d" da CRFB) diante da legislação civil?

Simples Nacional: sociedades simples podem ser consideradas micro ou pequena empresa (art. 146, III, d da CRFB) diante da legislação civil? Simples Nacional: sociedades simples podem ser consideradas "micro ou pequena empresa" (art. 146, III, "d" da CRFB) diante da legislação civil? SILAS SANTIAGO MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA-EXECUTIVA

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

98,3% 90,3% 64,2% 38% 63,3% 3º trimestre/2014. das empresas avaliaram o sistema 80,7% tributário brasileiro qualitativamente como ruim ou muito ruim.

98,3% 90,3% 64,2% 38% 63,3% 3º trimestre/2014. das empresas avaliaram o sistema 80,7% tributário brasileiro qualitativamente como ruim ou muito ruim. 3º trimestre/2014 das empresas avaliaram o sistema 80,7% tributário brasileiro qualitativamente como ruim ou muito ruim. 98,3% 90,3% 64,2% 38% 63,3% das indústrias gaúchas avaliam que o número de tributos

Leia mais

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=95334

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=95334 http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=95334 (Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara') Agência Câmara Tel. (61) 3216.1851/3216.1852 Fax. (61) 3216.1856

Leia mais

O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DOS BANCOS DE DESENVOLVIMENTO. Rodrigo Teixeira Neves Outubro, 2014

O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DOS BANCOS DE DESENVOLVIMENTO. Rodrigo Teixeira Neves Outubro, 2014 O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DOS BANCOS DE DESENVOLVIMENTO Rodrigo Teixeira Neves Outubro, 2014 Sistema Financeiro Nacional Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à Vista Bancos Múltiplos Bancos Comerciais

Leia mais

Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de Bens e Serviços no Brasil. Setembro 2015

Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de Bens e Serviços no Brasil. Setembro 2015 Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de Bens e Serviços no Brasil Setembro 2015 Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de bens e serviços 1. Investimento Direto Estrangeiro Constituição de

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS

ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS ESPECIALISTAS EM PEQUENOS NEGÓCIOS O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada em 1972. Desvinculado da administração pública

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) Regulamenta o inciso XVI do art. 22 da Constituição Federal que trata da organização do sistema nacional de emprego, para a adoção de políticas

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO As condições para o financiamento do desenvolvimento urbano estão diretamente ligadas às questões do federalismo brasileiro e ao desenvolvimento econômico. No atual

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Crédito diferencial de alíquota no Ativo Imobilizado - SP

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Crédito diferencial de alíquota no Ativo Imobilizado - SP Crédito 17/09/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Crédito do ICMS próprio adquirido do Simples Nacional com destino

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 5

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 5 ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 5 Índice 1. Direito Civil - Continuação...3 1.1. O Estatuto das Pequenas e Médias Empresas... 3 1.1.1. Origem e Evolução das Micro e Pequenas Empresas no Brasil...

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL Novembro de 2010 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E O ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA Em comemoração ao Dia da Consciência Negra

Leia mais

RESOLUÇÃO N 007 /2014

RESOLUÇÃO N 007 /2014 RESOLUÇÃO N 007 /2014 SICME/MT - Aprovar o benefício fiscal para as empresas fornecedoras de máquinas, equipamentos e insumos às indústrias de confecções participantes dos APL(s) Arranjos Produtivos Locais

Leia mais