REQUALIFICAÇÃO DO NOGUEIRAL
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- Aline Lobo Lage
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1 CÂMARA MUNICIPAL DE TORRES NOVAS REQUALIFICAÇÃO DO NOGUEIRAL ESTUDO PRÉVIO JAN. 17 1
2 E JUSTIFICATIVA ARQUITECTURA PAISAGISTA REQUALIFICAÇÃO DO NOGUEIRAL ESTUDO PRÉVIO ENQUADRAMENTO O Projecto de Arquitectura Paisagista para requalificação da zona ribeirinha (margem norte do Almonda), consiste em toda a extensão da Avenida Dr. João Martins de Azevedo e que inclui o Jardim Municipal, passeios e faixa de rodagem da referida avenida, Rua Alexandre Herculano, Largo José Lopes dos Santos, Rua do Caldeirão e Avenida dos Bombeiros Voluntários, Travessa da Palha, Rua do Vale e Terreiro das Tufeiras. A coerência da acção é conseguida pela extensão da intervenção ao se tentar conectar todos os pontos fulcrais desta zona da cidade ao centro histórico e às ARU5 aprovadas. A promoção da utilização do rio Almonda e áreas que lhe são adjacentes será conseguida ao conferir valências de recreio e lazer de usufruto colectivo através da integração de um conjunto de espaços de carácter formal e informal a fruir pela população torrejana. A ligação ao centro deve ser concretizada com a renaturalização das margens do rio, a elaborar com base em soluções que visem a sua recuperação biofísica e integração paisagística, criando uma faixa elástica de protecção e conservação da linha de água e margens, de enquadramento dos espaços a criar e de integração da relação destes com o centro histórico. Articula-se no objectivo claro de criar uma harmonia visual e funcional como um todo, bem como o seguir de uma lógica de uso futuro e de manutenção da contemporaneidade do espaço público, tendo em conta a interligação entre espaços a reabilitar no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano aprovado para o Município, por forma a existir uma lógica de pensamento na contiguidade funcional do território. O espaço disponível para as várias intervenções tem aproximadamente uma área de m2 e deverá incluir as seguintes valências:. Articulação formal e funcional entre as diferentes valências existentes e a criar;. Solução conceptual minimizadora dos riscos dos espaços potencialmente inundáveis;. Espaços abertos multifuncionais com predominância do elemento natural sobre o inerte; 2
3 . Vegetação espontânea no âmbito geral da área de intervenção. Utilização de vegetação de formação unicamente espontânea na constituição de galerias ripícolas para revestimento e estabilização das margens da linha de água;. Espaços verdes de protecção, conservação e enquadramento;. Área exterior para eventos culturais de pequena/média dimensão como espectáculos e apresentações;. Zonas de recreio formal e informal de lazer e respectivo equipamento urbano de apoio;. Ecovia de lazer;. Pesqueiros;. Cais pata embarcações;. Reabilitação e execução dos Ancoradouros do Rio Almonda ;. Valorização das obras de arte existentes e eventual reforço;. Valorização dos pontos de interesse cultural e turístico existentes na área de intervenção. Reformulação dos acessos ao rio para prática desportiva (edifício de apoio). Recuperação/reparação e reabilitação das obras hidráulicas existentes;. Redefinição dos pontos de conflito viários (entroncamento entre a Rua 25 de Abril e a Avenida Dr. João Martins de Azevedo, rotunda no nó entre a Avenida Dr. João Martins de Azevedo, Rua do Bom Amor e Rua do Caldeirão;. Nova abordagem à plataforma criada pelo Largo José Lopes dos Santos, Rua do Caldeirão, Avenida dos Bombeiros Voluntários e Jardim das Laranjeiras ;. Acolher a Feira das velharias e outros eventos similares Entregáveis;. Acolher campanhas de divulgação;. Melhoramentos no Terreiro das Tufeiras e reabilitação do muro de suporte existente;. Espaço para grandes eventos;. Aproveitamento do potencial hídrico e solar para gerar de energia;. Precauções relativas aos acessos dos vários edifícios existentes tendo em conta a tipologia dos mesmos e o nível de tráfego expectável, não só mas também, em relação ao quartel dos bombeiros voluntários de Torres Novas e as respectivas viaturas de combate a incêndios e de emergência;. Propor a reformulação e edificação de espaços modulares para restauração/bebidas, serviços/comércio e sanitários públicos; 3
4 INTRODUÇÃO O projecto apresentado corresponde à interpretação do programa base definido pela câmara Municipal o qual entendemos que assenta essencialmente nos objectivos de valorizar o uso activo da circulação pedonal e no melhoramento das zonas urbanas de fruição e lazer. Consideram-se ainda como objectivos principais a potenciação do Rio Almonda enquanto garante de um Continuum Naturale e elemento determinante da Paisagem Natural e génese da Paisagem Urbana Histórica. São considerados dois polos fundamentais de intervenção: Largo José Lopes dos Santos e Avenida Dr. João Martins de Azevedo, os quais entendemos deverão estar intimamente relacionados entre si, assim como com todo o Centro Histórico da cidade. Pretendemos que este eixo, já hoje determinante nos fluxos urbanos e na vivência da cidade, bem como em toda a sua imagem quando aglutinados com o Castelo e o curso do Almonda. Entendemos pois que os espaços agora tratados, terão necessariamente de ser vistos como elementos potenciadores da vida urbana da cidade. CARACTERIZAÇÃO A área de intervenção localiza-se no centro da cidade de Torres Novas, no seio do tecido urbano, ao longo do Rio Almonda, numa extensão de quase 1km. A área de intervenção para a requalificação da zona ribeirinha (margem norte do Almonda), abrange assim: toda a extensão da Avenida Dr. João Martins de Azevedo incluindo o Jardim Municipal, passeios e faixa de rodagem, bem como o Largo José Lopes dos Santos, Rua do Caldeirão e Avenida dos Bombeiros Voluntários. 4
5 A zona em estudo é também determinante ao nível dos diferentes equipamentos urbanos destes sendo de realçar o Cineteatro Virgínia, os Bombeiros Municipais, o Montepio Nª Sra. da Nazaré e edifício Startup, bem como a futura Câmara Municipal. Ao Nível comercial, não se podendo considerar como eixo enquadra contudo diferentes estabelecimentos, sendo de realçar o Centro Comercial. PROPOSTA De forma a facilitar a compreensão da presente proposta, a mesma foi dividida em 2 zonas: - Avenida Dr. João Martins de Azevedo - Praça do Teatro Virgínia Avenida Dr. João Martins de Azevedo A intervenção na Av. João Martins de Azevedo baseia-se em dois conceitos chave, por um lado, a redefinição da via de circulação e passeios adjacentes, e por outro a criação de um percurso de fruição junto ao rio. 5
6 Actualmente, a largura da via apresenta 9.50m, sendo que parte desta está permanentemente ocupada por veículos estacionados numa das suas bermas. O espaço ocupado por estas viaturas é de cerca de 2.50m, levando a que a largura máxima utilizável para rodagem seja de 7.00m. Deste modo, a presente proposta desocupa parte do espaço ocupado pelas viaturas estacionadas na berma da zona habitacional, deslocando estes lugares para as zonas livres entre as caldeiras do alinhamento arbóreo existente. Esta relocalização do estacionamento desocupará cerca de 1.50m de largura da via, permitindo que o passeio no lado oposto seja alargado 1.00m, sem prejudicar a largura actual da via de circulação automóvel (7.00m). O alargamento do passeio presente no lado ribeirinho, permitirá a duplicação do alinhamento arbóreo existente, retomando deste modo a expressão da Alameda de castanheiros que em tempos caracterizou a Avenida. A fruição do rio será assegurada através de um caminho secundário que corre junto à sua margem. Este é cruzado por acessos que permitem a ligação directa às pontes que fazem a ligação ao Jardim das Rosas. Os espaços ajardinados são redesenhados através da simplificação das formas, permitindo aumentar a sua a possibilidade de uso, a relação das vivências com o rio e reduzindo significativamente os custos de manutenção. 6
7 No jardim a montante propõe-se a substituição e relocalização do quiosque, construindo-se um equipamento de linhas leves e contemporâneas, próximo da margem de forma também aqui aumentar a relação com o rio. No jardim do antigo parque infantil, propõe-se um aumento significativo das zonas verdes e a racionalização dos circuitos pedonais de fruição e acesso à ponte. Neste espaço propõe-se a relocalização do quiosque de jornais actualmente situado no fim da Av. 25 de Abril. Largo José Lopes dos Santos A intervenção no Largo José Lopes dos Santos, tem em vista a transformação deste espaço numa nova centralidade na Cidade de Torres Novas, que por um lado devolve dignidade ao Cineteatro Virgínia, e por outro enaltece o uso pedonal. 7
8 A proposta visa assim a criação de uma grande praça que dignifique a importância do Cineteatro e os restantes equipamentos Bombeiros e Montepio, e simultaneamente se assuma como um centro de lazer e beneficiador da qualidade da imagem da cidade. Pelo redesenhar dos diferentes eixos de circulação viária e pedonal cruzados com a leitura e importância dos diferentes espaços, obtivemos uma racionalização das ruas e o aumento muito significativo das áreas activas de circulação pedonal, nomeadamente, na ligação entre a Ponte da Levada e o início da Avenida. Nesta zona que hoje felizmente integra o laranjal contíguo e fechado ao uso urbano, desenhamos a criação de um novo jardim, o jardim a que chamamos Jardim das Laranjeiras. Esta reformulação obriga à deslocalização do quiosque, que se propõe melhorar e instalar no referido novo jardim, como elemento potenciador do uso do mesmo. Considera-se também a relocalização do monumento ao Bombeiro, integrando-o de forma dignificante nesta nova praça. Procurou-se compensar ao máximo o número de lugares de estacionamento hoje possíveis no Largo, conseguindo-se manter em número cerca de metade (25) dos lugares actualmente disponíveis. Torres Novas, Janeiro 2017 Coordenador Geral: Luis Pereira, arquitecto paisagista 8
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