PRODUÇÃO DE CARÁ (Dioscorea sp.) EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO. YAM (Dioscorea sp.) YIELD IN DIFFERENT PLANT DENSITIES

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1 PRODUÇÃO DE CARÁ (Dioscorea sp.) EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO NÉSTOR A. HEREDIA Z. 1 MARIA DO CARMO VIEIRA 2 ANDRÉIA MINUZZI 3 RESUMO - O trabalho foi desenvolvido na horta do Núcleo Experimental de Ciências Agrárias NCA, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS em Dourados MS, entre e , em Latossolo Roxo distrófico corrigido de textura argilosa pesada. O objetivo foi estudar a produtividade dos clones de cará Caramujo, Pezão, Roxo, Flórida e Mimoso, sob densidades de plantio de 4.000; 8.000; e plantas/ha, com as plantas conduzidas em forma rasteira. Os tratamentos foram arranjados como fatorial 5 x 4, no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. As parcelas tiveram 6,25 m de comprimento por 2,0 m de largura, com uma linha de plantas. Para o plantio, foram utilizados pedaços de rizomas de aproximadamente 120 g. As irrigações foram feitas por aspersão e as capinas manuais. Não foram utilizados agrotóxicos. A colheita foi efetuada quando a parte aérea das plantas, de três dos cinco clones, estavam em estado avançado de senescência. O parâmetro avaliado foi produção total, de rizomas e de tubérculos. A maior produção média total foi do clone Caramujo (65,79 t/ha), que foi superior em 12,06%; 57,96%; 83,98% e 85,79% em relação aos clones Pezão, Flórida, Roxo e Mimoso, respectivamente. Foi observado que os clones Flórida e Mimoso produziram apenas rizomas, os clones Caramujo e Pezão produziram rizomas e tubérculos aéreos e o clone Roxo teve plantas que produziram somente rizomas e outras que produziram rizomas e tubérculos aéreos. Embora não tenham ocorrido diferenças significativas entre as produções médias de rizomas entre os clones, a maior produção foi do Flórida (41,65 t/ha) e a menor foi do Pezão (28,65 t/ha). A melhor população para produção de rizomas e/ou de tubérculos foi plantas/ha, exceto para o Mimoso e Roxo, que produziram mais com plantas/ha. TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Dioscorea sp, produtividade, rizomas, tubérculos, populações. YAM (Dioscorea sp.) YIELD IN DIFFERENT PLANT DENSITIES ABSTRACT - An experiment was carried out at vegetable garden of Agricultural Experimental Center- NCA of Federal University of Mato Grosso do Sul in Dourados-MS, from September 12 th, 1997, to August 6 th, 1998, in a distrophic Eutrustox Soil, hard clay texture, in order to study yield of Caramujo, Pezão, Roxo, Flórida and Mimoso yam clones under plant densities of 4.000, 8.000, and plants/ha, which crept along the ground. A randomized complete block design in a 5x4 factorial scheme with four replications was used. Plots consisted of a length of 6.25m and a width of 2.0m with a row of plants. For planting, pieces of rhizomes with about 120g were used. Sprinkler irrigation and hand weeding were used. Fungicides, inseticides or herbicides were not used. Harvest was carried out when aerial parts from three of five clones were in advanced stages of senescence. The evaluated parameters were tuber and rhizome total yield. The higher average total yield was of Caramujo clone (65.79 t/ha) that was superior in 12.06%; 57.96%; 83.98% and 85.79% compared with Pezão, Flórida, Roxo and Mimoso clones, respectively. It was observed that Flórida and Mimoso clones produced only rhizomes, Caramujo and Pezão clones produced rhizomes and aerial tubers and Roxo clone had plants that produced only rhizomes and others produced 1. Professores Doutores do DCA/CEUD/UFMS, Caixa Postal 533, Dourados MS 2. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq 3. Estudante de Iniciação Científica PIBIC/UFMS;CNPq

2 388 rhizomes and aerial tubers. Rhizome yields showed that Flórida was the best (41.65 t/ha in average) and Pezão was the smaller (28.65 t/ha). The better INDEX TERMS: Dioscorea sp, productivity, rhizomes, tubers, population. population to rhizome and tuber yield was plants/ha, except to Mimoso and Roxo which produced more with plants/ha. INTRODUÇÃO O cará (Dioscorea sp) é uma hortaliça com expressivo consumo mundial e considerada cultura alternativa em expansão, pois seu consumo ultrapassou a batata-doce, a mandioca e a própria batata (Anuário..., 1994). Como alimento, é rico em carboidratos, proteínas, fósforo, cálcio, ferro e vitaminas B 1 e B 2 (Abramo, 1990; Anuário..., 1994). Seu amido é parecido com o do milho, em sabor, textura e cor. A farinha pode ser adicionada à do trigo para a fabricação de pães ou pode ser utilizada em diversos pratos, doces ou salgados (Abramo, 1990). O cará pertence à família Dioscoreaceae, gênero Dioscorea, e as espécies mais conhecidas para o cultivo são a Dioscorea alata L., na qual se classificam vulgarmente o Cará-Mimoso (rizomas com boa aparência, uniformes, casca lisa, polpa amarelada e de ótima qualidade quando cozidos) e o Cará-Flórida (rizomas alongados ou cilíndricos, casca marrom-clara, polpa granulosa) e a Dioscorea cayennensis Lam. ou Caráda-Costa (é plantado no litoral nordestino, produz poucos rizomas por planta e de tamanho grande) (Anuário..., 1994). Segundo Heredia Z. e Vieira (1994), a planta de cará pode produzir rizomas e/ou tubérculos, de acordo com o clone e a forma de condução da cultura. Os tubérculos do cará são confundidos com os rizomas-filhos de inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott ), confusão iniciada pelo povo africano que usa a palavra yam (fome) para denominar várias espécies de raízes comestíveis e que estão nos primeiros lugares no consumo popular (Abramo, 1990). Segundo Heredia Z., Vieira e Ortiz (1998), o formato arredondado dos tubérculos do cará Caramujo deve influir para que na Região Nordeste do Brasil ele seja confundido com os rizomas de inhame. A propagação de cará é feita utilizando-se tubérculos ou rizomas cortados, em proporções não superiores a 250 g (Abramo, 1990; Anuário..., 1994). Heredia Z., Vieira e Ortiz (1998) observaram que o uso de mudas grandes induziu maior produção de rizomas dos clones de cará Roxo, Caramujo, Pezão e Flórida e que para o Mimoso as melhores mudas foram as obtidas do corte das pontas dos rizomas. As produções de tubérculos dos clones Caramujo e Pezão foram maiores com o uso de mudas formadas pelas pontas dos rizomas. Para o plantio, segundo Abramo (1990), são utilizados espaçamentos entre fileiras e entre covas diretamente ligados ao método de produção escolhido. Quando se usam covas fundas ou montículos, a distância exigida é de 1,20 m entre linhas e 0,80 m entre covas, enquanto o plantio em terreno plano, recomenda-se 1,20 m x 0,50 m. Os espaçamentos citados implicam no uso de tutoramento, uma vez que as plantas de cará são do tipo trepadeira. No entanto, pelos resultados de trabalhos experimentais desenvolvidos em Dourados-MS, constatou-se que é possível conduzir as plantas de cará em forma rasteira e que as maiores produções relacionaram-se com densidades de e plantas/ha (Heredia Z. e Vieira, 1994; Heredia Z., Vieira e Ortiz, 1998). Heredia Z., Vieira e Siqueira (1996), observaram que o uso dos colmos de milho como tutoramento induziu produções menores em relação às obtidas por Heredia Z. e Vieira (1994), que conduziram em forma rasteira as plantas de cará Liso (D. alata) e Caramujo (D. cayennensis). Além disso, concluíram que há necessidade de se iniciarem pesquisas visando ao estabelecimento de tratos culturais específicos que favoreçam a obtenção de maiores produções. Daí, o trabalho ter tido como objetivo conhecer a produtividade dos clones de cará Caramujo, Pezão, Roxo, Flórida e Mimoso, sob quatro densidades de plantio, com as plantas conduzidas em forma rasteira. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi desenvolvido na horta do Núcleo Experimental de Ciências Agrárias NCA, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS, em Dourados MS, entre e , em Latossolo Roxo distrófico corrigido de textura argilosa pesada. Os tratamentos foram arranjados como fatorial 5 (clones) x 4 (densidades de plantio), no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. As parcelas tiveram 6,25 m de comprimento por 2,0 m de largura, contendo uma fileira de plantas cujos distanciamentos foram de 1,250 m; 0,625 m; 0,417 m

3 389 e 0,313 m para as densidades de 4.000; 8.000; e plantas/ha, respectivamente. O solo foi preparado mediante uma aração e uma gradagem. Para o plantio, foi aberto um sulco de 0,20 m de largura x 0,20 m de profundidade ao qual foram incorporados por metro linear (0,2 m 2 de área corrigida): 30 g de calcário dolomítico fï ller (1,5 t/ha), 8 g de adubo (400 kg/ha) e 150 g de cama-defrango de corte semi-decomposta (7,5 t/ha). Para a propagação do cará, foram utilizados pedaços de rizomas, de aproximadamente 120 g, que foram enterrados nas covas à profundidade de cerca de 0,15 m. Durante o ciclo da cultura, foram feitas irrigações por aspersão, em forma complementar às chuvas. As capinas foram cinco e realizadas manualmente, com auxílio de enxadas. Não foram realizadas pulverizações com agrotóxicos, apesar de ter sido detectada infestação de formigas cortadeiras que foram controladas diretamente no formigueiro, com iscas comerciais. A colheita foi efetuada manualmente, quando as partes aéreas das plantas dos clones Mimoso, Flórida e Roxo, estavam com mais de 90% de senescência e as dos clones Pezão e Caramujo mostravam em torno de 70% de senescência. O parâmetro avaliado foi a produção total, de rizomas e de tubérculos. RESULTADOS E DISCUSSÃO As produções médias totais diferiram significativamente entre clones e entre densidades de plantio, não havendo diferenças significativas para a interação. A maior produção média total foi do clone Caramujo (65,79 t/ha) que foi superior em 12,06%; 57,96%; 83,98% e 85,79% em relação aos clones Pezão, Flórida, Roxo e Mimoso, respectivamente (Tabela 1). Esse fato confirma o exposto por Larcher (1986) de que o padrão de resposta de uma planta e seu específico potencial de adaptação são características geneticamente determinadas. As produções de rizomas não diferiram significativamente entre os clones (Tabela 1), apesar de o Flórida ter produzido, em média, 41,65 t/ha, que foi superior em 17,62%; 23,77%; 32,01% e 45,38% em relação às produções dos clones Mimoso, Roxo, Caramujo e Pezão, respectivamente. Essa analogia produtiva pode estar relacionada com o C.V. de 48,48%, que é considerado alto, e que não permitiu o aparecimento de diferenciacões estatísticas entre os clones. Ao relacionar a forma de produção de componentes amídicos das plantas (Tabela 1), foi observado que os clones Flórida e Mimoso produziram apenas rizomas, Caramujo e Pezão produziram rizomas e tubérculos aéreos e, no clone Roxo, houve plantas que produziram apenas rizomas e outras que produziram rizomas e tubérculos aéreos. Analisando-se esse resultado percebe-se que pode ter havido uma mistura de genótipos ou ser um caráter intrínseco do clone (Goodwin e Mercer, 1983), uma vez que não ocorreu produção de tubérculos na densidade de plantas/ha. A densidade de plantas/ha, independente dos clones (Tabela 2), induziu produção média total de 66,71 t/ha que foi superior em 19,34%; 66,11% e 144,99% em relação às produções obtidas com ; TABELA 1 - Produção total (t/ha), de rizomas e de tubérculos de cinco clones de cará. Dourados, UFMS, Clones Produção ( t/ha ) Total Rizomas Tubérculos Caramujo 65,79 a 31,55 a 34,24 A Pezão 58,71 ab 28,65 a 30,06 A Roxo 35,76 b 33,65 a 2,30 B Flórida 41,65 ab 41,65 a 0,00 B Mimoso 35,41 b 35,41 a 0,00 B C.V. ( % ) 35,87 48,48 67,08 Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas e maiúsculas, nas colunas, não diferem entre si a 5% e 1% de probabilidades, respectivamente, pelo Teste de Tukey.

4 e plantas/ha, respectivamente. Com base nesses resultados, constata-se que houve respostas modificativas que adaptaram as plantas às condições ambientes, durante o seu período de crescimento (Larcher, 1986); que não se chegou à pressão populacional que diminuisse as capacidades produtivas totais dos clones por causa da competição por fatores de crescimento, tais como luz, nutrientes e água, o que se reflete em decréscimo da produção (Heredia Z., 1988) e que os aumentos obtidos das maiores densidades foram devidos, provavelmente, ao aumento do número de rizomas e/ou de tubérculos para cada clone, com base no número de plantas/ha, e não ao aumento do peso individual desses rizomas e/ou tubérculos. As produções totais de 40,31; 28,67; 22,83; 22,65 e 21,70 t/ha observadas nos clones Caramujo, Pezão, Mimoso, Roxo e Flórida sob plantas/ha, respectivamente, confirmam os resultados obtidos por Heredia Z. e Vieira (1994), Heredia Z., Vieira e Siqueira (1996), Heredia Z., Vieira e Griep (1997) e Heredia Z., Vieira e Ortiz (1998)), que trabalhando com densidades entre e plantas/ha conseguiram produções máximas entre 38,3 e 43,7 t/ha com o clone Caramujo e mínima de 17,2 t/ha com o Mimoso. Entretanto, o aumento da densidade de plantas permitiu melhor expressividade produtiva dos clones. Ao relacionar as produções de rizomas com as densidades de plantio (Tabela 2), verificam-se diferenças significativas, sendo que a melhor produção foi com plantas/ha (46,14 t/ha) e que foi superior em 17,05%; 50,69% e 124,96% em relação às produções obtidas com , e plantas/ha, respectivamente. O fato de os clones Mimoso e Roxo terem obtido menores produções sob plantas/ha, indicam que o padrão de resposta dessas plantas e seu específico potencial de adaptação são características geneticamente determinadas (Larcher, 1986). Pelas produções médias de tubérculos (Tabela 1), constata-se que o clone Caramujo (34,24 t/ha) foi 13,91% e 1383,25% mais produtivo que Pezão e Roxo, respectivamente. Foram observadas produções semelhantes entre os clones Caramujo (25,05 a 47,39 t/ha) e Pezão (22,63 a 51,37 t/ha) sob densidades de plantio de a plantas/ha, respectivamente, o que permite postular que estas densidades proporcionaram maior manutenção de umidade no solo, pela menor taxa de evaporação, induzindo à diminuição dos precursores para os hormônios inibidores da formação de tubérculos (Goodwin e Mercer, 1983). Esse postulado é corroborado com os altos percentuais de tubérculos em relação à produção total e que variaram de 48,62% ( plantas/ha) a 58,05% ( plantas/ha) para o clone Caramujo e de 32,79% (4.000 plantas/ha) a 60,37% ( plantas/ha) para o Pezão. Além disso, mostra que, embora a planta inteira seja autotrófica, seus órgãos individuais são heterotróficos, dependendo uns dos outros para obter nutrimentos e fotossintatos (Strauss, 1983). Isso porque, segundo Hashad, Stino e El-Hinnamy (1956), os fotossintatos são translocados das folhas para os ramos e, finalmente, para os locais de armazenamento. Além do fato de o conteúdo de fotossintatos dos ramos variar com a velocidade de translocação durante o crescimento e com o grau de utilização em processos metabólicos envolvidos na formação de novos tecidos. TABELA 2 - Produção total (t/ha), de rizomas e de tubérculos de cará, sob quatro densidades de plantas. Dourados, UFMS, Densidades Produção ( t/ha ) (plantas/ha) Total Rizomas Tubérculos ,23 c 20,51 b 6,72 b ,16 bc 30,62 ab 9,54 b ,90 b 39,42 ab 16,46 ab ,71 a 46,14 a 20,57 a C.V. ( % ) 35,87 48,48 67,08 Médias seguidas pelas mesmas letras, nas colunas, não diferem entre si a 1% de probabilidades pelo Teste de Tukey.

5 391 CONCLUSÕES Os resultados obtidos permitiram concluir que o aumento da pressão populacional induziu a diminuição da capacidade produtiva das plantas, sem ter chegado à máxima densidade que diminuisse a produtividade total de todos os clones estudados, e que se trabalhou com clones que podem produzir somente rizomas ou rizomas mais tubérculos aéreos. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, pelas bolsas concedidas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMO, M. A. Taioba, cará e inhame: o grande potencial inexplorado. São Paulo: Editora Ícone, p. ANUÁRIO A GRANJA DO ANO. São Paulo: Centaurus, Cará e inhame, p GOODWIN, T. W.; MERCER, E. I. Introduction of plant biochemistry. 2. ed. Great Britain: Pergamon Press, p. HASHAD, M. N.; STINO, K. R.; EL-HINNAMY, S. I. Transformation and translocation of carbohidrates in taro plants during growth. Annals of Agriculture Science. Cairo, v. 1, n. 1, p HEREDIA Z., N. A.; VIEIRA, M. C. Produção de dois clones de cará (Dioscorea sp) considerando três populações, em Dourados MS. SOBInforma, Curitiba, v. 13, n. 2, p , HEREDIA Z., N. A.; VIEIRA, M. C.; ORTIZ, A. C. S. Produção de clones de cará em função de tipos de mudas. SOBInforma, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p , HEREDIA Z., N. A.; VIEIRA, M. C.; GRIEP, R. Produção dos clones de cará Liso e Caramujo conduzidos em forma rasteira e tutorada. In : CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 37, 1997, Manaus. Resumos... Manaus: SOB, (Resumo 125). HEREDIA Z., N. A.; VIEIRA, M. C.; SIQUEIRA, J. G. Produção de quatro clones de cará em Dourados MS. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 14, n. 1, p , maio LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Paulo: Pedagógica e Universitária, p. STRAUSS, M. S. Anatomy and morphology of taro: Colocasia esculenta (L.) Schott. In: WANG, J. K. Taro: a review of Colocasia esculenta and its potential. Honolulu: University of Hawaii Press, 1983, p