DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NO TRATAMENTO PÓS-OPERATÓRIO DE LIPOASPIRAÇÃO. Juliana dos Santos 1, Denise Mercer 2
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- Amélia Aranha Dias
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1 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NO TRATAMENTO PÓS-OPERATÓRIO DE LIPOASPIRAÇÃO Juliana dos Santos 1, Denise Mercer 2 1. Acadêmica do curso de Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR). 2. Fisioterapeuta, Bióloga, Pós Graduada em fisioterapia Dermato Funcional, Magistério Superior, Ergonomia: Professora Orientadora Denise Mercer Adjunto da Universidade Tuiuti. Endereço para correspondência: julysantos7@hotmail.com, demercer@gmail.com RESUMO: A drenagem linfática atua diretamente sobre o sistema linfático, respeitando seu sentido fisiológico, auxiliando na eliminação dos dejetos metabólitos, melhorando a circulação linfática e a circulação venosa de retorno, diminuindo o quadro de edema ou evitando que este aconteça. A lipoaspiração é uma intervenção cirúrgica que retira o excesso de gordura do corpo, sendo que o máximo que pode ser retirado é entre 5 e 8% do peso total de gordura, é uma cirurgia estética, visando melhorar as formas, definindo o corpo. O edema pós-cirúrgico surge como uma resposta a agressão sofrida pela intervenção cirúrgica, pode aparecer também devido a deficiência da circulação linfática. A drenagem linfática é indicada nos tratamentos de pós-operatório de cirurgias, bem como nos casos de problemas com a circulação venosa de retorno, no surgimento e prevenção de edema. Pode ser contra-indicada em casos de câncer, problemas de insuficiência cardíaca, insuficiência renal e em casos de infecções agudas. Palavras-chave: drenagem linfátca, benefícios, edema, pós-operatório. ABSTRACT: Lymphatic drainage works directly on the lymphatic system, respecting its physiological sense, aiding in the elimination of metabolic wastes, improving circulation and lymphatic circulation of venous return, decreasing edema, or part of preventing this from happening. Liposuction is a surgical procedure that removes excess fat from the body, and the maximum that can be drawn is between 5 and 8% of the total weight of fat, is a cosmetic surgery to improve the forms, setting the body. The post-surgical edema appears as a response to aggression suffered by surgical intervention, may also appear due to deficiency of the lymphatic circulation. Lymphatic drainage is indicated in the treatment of post-operative recovery, as well as in cases of problems with the circulation of venous return in the onset and prevention of edema. May be contraindicated in cases of cancer, heart failure, kidney failure and in cases of acute infection. Keywords: lymphatic drainage, benefits, edema, postoperative. 1
2 1 INTRODUÇÃO A magia que o toque transmite, o bem-estar que uma massagem passa ao paciente, as mãos que aliviam dores, as mãos que curam através da massagem, através do leve toque, a drenagem linfática e um meio para todos esses benefícios, um conjunto de manobras que transmite uma melhora visível ao paciente. A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem terapêutica que trabalha com a circulação do sistema linfático, ao ser realizada estimula o fluxo da linfa, provocando a eliminação dos líquidos que se acumulam nos espaços intersticiais. É uma técnica de ritmo lento, leve e delicado, com movimentos suaves sobre a pele. É indicada por médicos e cirurgiões plásticos, como um complemento no tratamento pósoperatório, bem como para promover bem-estar, relaxamento, alívio de dores, são vários os benefícios desencadeados pela realização da massagem, pois ela desencadeia o papel de eliminar os resíduos. 2. ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO O sistema linfático assemelha-se ao sistema sanguíneo, que está intimamente relacionado anatômica e funcionalmente ao sistema linfático, afirma GUIRRO (2002). Segundo Guyton (2006) o sistema linfático representa uma via acessória por meio da qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue. As principais funções do sistema linfático são as de retorno de proteínas para a circulação, assim como a circulação perfeita da linfa pelos vasos e ainda a filtração de linfa pelos linfonodos. O sistema linfático transporta a linfa em uma única direção, circulando por todo corpo, por meio dos capilares e vasos linfáticos, conclui que o sistema linfático é uma via de transporte de nutrientes e resíduos metabólitos, e, que funciona como um reservatório de água, 2
3 bem como eletrólitos e ácidos e bases. MAIO (2004). [...] inicia seu trajeto nos espaços intersticiais que alcançam os troncos, e destes, finalmente, desemboca á direita no ducto linfático e esquerda no ducto torácico [...]. Para Ganong (1989) o fluxo linfático se dá por vários fatores: [...] se deve ao movimento do músculo esquelético, à pressão intratorácica negativa durante a inspiração, ao esfeito da sucção da alta velocidade do fluxo sanguíneo nas vias onde terminam os linfáticos e contrações rítmicas das paredes dos grandes ductos linfáticos [...]. Completa afirmando que os vasos linfáticos possuem válvulas que impelem a linfa em direção ao coração. O sistema linfático é composto por vasos linfáticos, gânglios, estes que também podem ser chamados de linfonodos, e, por tecido linfonóide. Estes formam o sistema que transporta o líquido e as proteínas que saíram do sangue para que possam voltar a circulação sanguínea, BERNE (2000). 2.1 VASOS E CAPILARES LINFÁTICOSO Os vasos linfáticos constituem um sistema acessório para drenagem de líquidos dos espaços teciduais para a circulação. O vaso linfático coleta a linfa dos tecidos e a transporta até o sistema venoso, assim como a veia, o vaso linfático possui um sistema de válvulas que relaxam e se contraem, isso impede que aconteça o refluxo da linfa. Os vasos linfáticos coletam a linfa dos tecidos e a transporta até o sistema venoso, estes vasos são dotados de um sistema de válvulas que relaxam e se contraem, impedindo o refluxo da linfa.guyton (1989) Leduc (2007) afirma que os vasos linfáticos formam um sistema acessório para a drenagem. [...] se formam por vários capilares linfáticos, estes que são um conjunto de redes interligadas, devido a isso os vasos linfáticos impedem o refluxo da linfa [...]. 3
4 O tronco linfático segundo Leduc (2007) é dividido em três partes, diretamente interligadas, o ducto torácico, que é o maior tronco linfático, este que se estende por toda a parede torácica seguindo para o pescoço, e também o ducto esquerdo e direito. Os vasos drenam os líquidos que estão presentes nos espaços teciduais até a circulação, com capacidade de permeabilidade muito grande, por onde circula o líquido que vem dos espaços teciduais, a linfa, RIBEIRO (2000). Os vasos terminais do sistema linfáticos são constituídos por uma rede Ganong (1989) relata que os vasos linfáticos possuem válvulas que atravessam os linfonodos regularmente em seu trajeto, Guyton (1989) complementa que os linfonodos irão filtrar as proteínas e resíduos presentes na linfa, devolvendo as proteínas para a circulação e excretando os resíduos. Os vasos linfáticos possuem em seu interior válvulas linfáticas que se projetam na direção da corrente linfática e dispostas de uma forma que permite o escoamento linfático mais rápido e livre, impedindo que aconteça o refluxo da linfa, afirma LEDUC (2007). de capilares linfáticos que possuem extremidades fechadas e muito 2.1 LINFONODOS permeáveis. BERNE (2000) [...] a função destes vasos linfáticos consiste em levar de volta a circulação o filtrado capilar plasmático, tarefa desempenhada graças à pressão tecidual facilitada pela atividade intermitente dos músculos esqueléticos, pelas contrações dos vasos linfáticos e pelo extenso sistema de válvulas unidirecionais [...]. Os linfonodos são formações que se dispõe ao longo dos vasos do sistema linfático e são encontrados em grande quantidade, apresentando variações de tamanho, forma e coloração, podendo se apresentar tanto em grupos quanto isolados, assim desempenhando uma função de regulador da corrente linfática, filtrando 4
5 impurezas da linfa e produzindo linfócitos e células de defesa especializadas, explica GUIRRO (2004). Maio (2004) explica que os linfonodos variam em números e em certas regiões do corpo são encontrados em maior concentração, formando cadeias, se apresentando de forma arredondada ou ovalada. [...] o linfonodo consiste em aglomerado de tecido reticuloendotelial revestido por uma cápsula de tecido conectivo, apresentando basicamente duas funções, a filtração da linfa, retendo partículas estranhas, e, na produção celular desempenhando papel imunológico [...]. linfático, ou seja, irão filtrar elementos nutritivos e descartas dejetos metabolitos presentes na linfa, em outras palavras, a principal função dos linfonodos é a preservação do organismo contra substancias estranhas, isto é, resposta de uma reação imunidade. RIBEIRO (2000). Leduc (2007) afirma que a função essencial dos linfonodos é a preservação do organismo contra qualquer agressão de substâncias estranhas, servem de reservatório para os linfócitos com condições para multiplicação e diferenciação destes. Tem uma reação imunológica, ou seja, defende o organismo de substâncias estranhas. Os linfonodos são dotados de uma cápsula fibrosa que se encontra 2.3 LINFA colada ao tecido conjuntivo, onde os vasos linfáticos depositam a linfa, estão localizados em maior concentração nas axilas, virilhas, pescoço, nas pernas na região poplítea, assim como em regiões menos superficiais. Os linfonodos servem como um filtro para o sistema A linfa é o líquido que flui pelos vasos linfáticos, que transborda dos espaços teciduais, tem origem nos espaços intersticiais, em sua composição assemelha-se ao plasma sanguíneo, ou seja, composta por 5
6 lipídios, carboidratos, enzimas e água, por isso é uma grande responsável pela nutrição celular. A linfa é filtrada pelo sistema linfático e retorna dos tecidos para a circulação, a quantidade de linfa escoada ao longo dos vasos é determinada pela pressão do interstício, assim como o grau de bombeamento dos vasos linfáticos, assim quanto maior a pressão, maior também a quantidade e a velocidade da linfa nos vasos. GUYTON (1989). Segundo Ribeiro (2000) quando o líquido intersticial penetra no sistema sanguíneo passa a ser chamado de linfa, esta se distingue do sangue porque não possui células sanguíneas, se encontra nos vasos linfáticos, carregada de proteínas, rica em anticorpos. A linfa é formada por água com meio intersticial e banha as células. Estas retiram desse líquido os elementos necessários a seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular. Em seguida, o líquido intersticial é, pelo jogo sutil de pressões retornando pela rede de capilares venosos[...]. Guyton e Hall (2006) complementam que a linfa mantém a mesma composição que o líquido intersticial ao entrar nos vasos linfáticos, carregada de proteínas. [...] as células retiram da linfa os elementos necessários para seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular, em seguida o líquido intersticial é, pelo jogo sutil das pressões, retomado pela rede de capilares venosos [...]. elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas. A linfa chega até o meio 3. EDEMA intersticial e banha as células. LEDUC (2007) [...] a água carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas, deixa a luz do capilar arterial, chega ao A quantidade de líquido nos espaços intersticiais depende da pressão capilar, da pressão do líquido intersticial, da permeabilidade dos 6
7 capilares e também se eles estão em atividade normal, bem como o fluxo linfático, e ainda, o volume total de líquido extracelular, ou seja, todo esse sistema deve estar em sincronia, pois caso haja alteração em alguma dessas funções leva ao excesso de líquido no interstício o que causa edema. As causas básicas do edema se dão pelo aumento da pressão hidrostática, pela obstrução da drenagem linfática e pelo aumento da pressão vascular. GUIRRO (2002). Para Guyton (1989) o grau de captação de células nos tecidos normais e o afastamento destas mesmas células quando a pressão intersticial fica aumentada, ocorrendo uma variação na dinâmica do transporte de líquido no nível da membrana capilar, elevando o fluxo da linfa o que mais uma vez pode causar edema. Segundo Leduc (2007) o estado de equilíbrio é atingido quando as vias de drenagem são suficientes para evacuar o líquido trazido pela filtragem, com isso há sempre renovação do líquido intersticial que doam as células os elementos necessários para seu metabolismo, mas quando acontece a interrupção desse ciclo surgirá edema, assim quando acontece o desiquilíbrio da filtragem e evacuação, os tecidos se enchem de líquido alterando a pressão intertecidual, fazendo com que a pele se desprenda formando o edema, este que está ligado diretamente a circulação linfática, se dá em consequência do aumento do aporte líquido, ou, em consequência de uma patologia linfática específica. Guyton e Hall (2006) relatam sobre dois tipos de edema, o intra e o extracelular, o primeiro se dá pela depressão do sistema metabólico dos tecidos e também pela falta de nutrição adequada ás celulas, enquanto o segundo ocorre quando há excesso de líquido nos espaços extracelulares, causado pelo vazamento anormal de líquido plasmático para os espaços intersticiais pelos capilares, assim como a falha do sistema linfático no retorno do líquido do interstício para o sangue. 7
8 O edema pode ser causado por vários fatores, dentre eles os mais comuns ocorrem devido ao aumento da permeabilidade dos capilares, aumento da pressão intersticial, pressão elevada ou a queda da pressão nos capilares. Explica que a formação do edema geralmente acontece quando há a obstrução da circulação linfática, por alguma intervenção cirúrgica ou até mesmo deficiência do sistema linfático. RIBEIRO (2000). mas melhora seu aspecto geral especialmente quando é feita com cânulas de pequena espessura, para evitar ondulação no pós-operatório. [...]. Completa relatando que pode ser utilizado, além das cânulas, soluções com soro, o que diminui o sangramento, com essa técnica há mais facilidade na hora da aspiração, o que otimiza o procedimento. As complicações após a relização da intervenção cirúrgica são raras, as quando acontecem acarretam grandes problemas, como infecções, 4. LIPOASPIRAÇÃO hemorragias, embolia gordurosa, cicatriz hipertrófica, assimetria causada Maio (2004) explica que a lipoaspiração pode ser realizada por meio de seringas, cânulas e com a máquina de lipoaspiração, relatando que a técnica visa diminuir a quantidade de gordura, que se encontra em maior concentração na região do abdomen, flanco, glúteos e na parte interna das coxas. [...] de qualquer maneira a lipoaspiração não trata a lipodistrofia, pela cirurgia mal executada, e, em casos mais raros, o paciente pode até entrar em óbito. MAIO (2004). A lipoaspiração é realizada com pequenas incisões que remodelam todo corpo, pode ser feita de formas diferentes, através da cânula, por uma seringa acoplada a outra seringa hipodérmica, ou a lipo ultra-sônica mais realizada em regiões onde existe fibrose. Para o procedimento ser 8
9 executado o paciente deve estar sob ação anestésica, sendo ela anestesia peridural com sedação, local com sedação, ou na maioria dos casos, a anestesia geral. A cirurgia deve ser executada sempre com cuidado, podendo ser retirado, no máximo, entre 5 a 8% do peso de gordura corporal, e que este procedimento não é indicado para paciente com sobrepeso. MAUAD (2001). Ambos são facilitados pela técnica da drenagem manual. As manobras seguem uma sequência fisiológica, promovendo assim a evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular, realizando a captação e absorção, com os movimentos suaves, através da pressão adequada no sentido fisiológico. LEDUC (2007). [...]a captação é realizada no mesmo nível da infiltração e a evacuação é a transferência dos líquidos captados longe da zona de captação.[...] 5. DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL A drenagem linfática drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Os processos que contribuem para a evacuação dos líquidos intersticiais. Primeiro é a captação realizada pelos vasos linfáticos, quanto mais a pressão aumenta maior é a recaptação pelos vasos linfáticos. Segundo consiste na evacuação longe da região infiltrada, Guirro (2004) afirma que a drenagem linfática se baseia em movimentos de massagem cujo o principal objetivo é o aumento do volume da linfa pelos capilares linfáticos e assim aumenta o fluxo de seu transporte pelos vasos linfáticos. Ao ser realizada a drenagem suas manobras devem ser efetuadas de forma que facilitem a evacuação, descongestionando as vias linfáticas, e, as manobras precisas, dotadas de ritmo uniforme e pressão leve e constante. dos elementos recaptados pelos vasos. 9
10 Guirro (1996) também fala sobre esses dois processos, afirmando que a captação é realizada diretamente onde existe a presença de edema, melhorando a captação da linfa pelos capilares linfáticos, enquanto a evacuação vai finalizar o processo de captação, ou seja, vai fazer com que a linfa seja melhor captada pelos capilares, obtendo o esvaziamento de onde havia edema. [...] o efeito mais direto da drenagem é o aumento do volume e velocidade da linfa, trabalhando em todo sistema linfático, com ênfase sobre as regiões onde se encontram os linfonodos, a pressão rítmica sobre esta região estimula contrações rítmicas da musculatura lisa, o que acelera a passagem da linfa [...]. Segundo Maio (2004) a pressão e o ritmo devem ser adequados, sendo que a pressão pode variar de acordo com o tecido onde se está realizando a massagem, mas o ritmo deve ser constante, lento e suave. Completa afirmando que a drenagem aumenta o volume e a velocidade da linfa a ser transportada pelos vasos linfáticos, o que influencia na capacidade de absorção dos capilares linfáticos, aumentando o volume e a velocidade da linfa, assim como a reabsorção dos capilares sanguíneos, com isso vai diminuir e atenuar a formação de edemas, melhora a nutrição celular e também a reabsorção mais rápida de hematomas. a drenagem linfática deve ser realizada na direção da circulação sanguínea, respeitando o fluxo linfático, sempre no sentido proximal para distal. [...]isso é baseado no conceito de que é necessário esvaziar antes de trazer novos líquidos, pois do contrário, se congestionaria ainda mais um sistema já saturado.[...]. A massagem estimula a melhor circulação linfática e venosa, e que as manobras devem ser realizadas no sentido proximal para distal, com movimentos superficiais, leves e lentos, respeitando o sentido fisiológico do sistema linfático. A postura do terapeuta é importante para que os movimentos sejam realizados precisamente e 1
11 também para que ao paciente seja proporcionado um bom tratamento e promova relaxamento. Conclui que os movimentos da massagem quando realizados de forma correta, na sequência correta, ou seja, seguindo o sentido fisiológico do sistema linfático o efeito é melhor. HOLLIS (2001). Guirro (1996) afirma que a drenagem dos linfonodos deve ser realizada com muito cuidado, uma leve pressão com as palmas das mãos ou com as pontas dos dedos, sem utilizar os polegares. Explica também que os movimentos com os dedos são leves, circulares e concêntricos, unidirecionais, enquanto o bracelete deve exercer pressão obedecendo sempre o sentido fisiológico. dos espaços intersticiais. Os processos que contribuem para a evacuação dos líquidos intersticiais. Primeiro é a captação realizada pelos vasos linfáticos, quanto mais a pressão aumenta maior é a recaptação pelos vasos linfáticos. Segundo consiste na evacuação longe da região infiltrada, dos elementos recaptados pelos vasos. Ambos são facilitados pela técnica da drenagem manual. As manobras seguem uma sequência fisiológica, promovendo assim a evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular, realizando a captação e absorção, com os movimentos suaves, através da pressão adequada no sentido fisiológico. LEDUC (2007). [...]a captação é realizada no mesmo nível da infiltração e a evacuação é a transferência dos líquidos captados 6. DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL longe da zona de captação.[...] Guirro (2004) afirma que a drenagem linfática se baseia em A drenagem linfática drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo o equilíbrio hídrico movimentos de massagem cujo o principal objetivo é o aumento do volume da linfa pelos capilares 1
12 linfáticos e assim aumenta o fluxo de seu transporte pelos vasos linfáticos. Ao ser realizada a drenagem suas manobras devem ser efetuadas de forma que facilitem a evacuação, descongestionando as vias linfáticas, e, as manobras precisas, dotadas de ritmo uniforme e pressão leve e constante. Guirro (1996) também fala sobre esses dois processos, afirmando que a captação é realizada diretamente onde existe a presença de edema, melhorando a captação da linfa pelos capilares linfáticos, enquanto a evacuação vai finalizar o processo de captação, ou seja, vai fazer com que a linfa seja melhor captada pelos capilares, obtendo o esvaziamento de onde havia edema. [...] o efeito mais direto da drenagem é o aumento do volume e velocidade da linfa, trabalhando em todo sistema linfático, com ênfase sobre as regiões onde se encontram os linfonodos, a pressão rítmica sobre esta região estimula contrações rítmicas da musculatura lisa, o que acelera a Segundo Maio (2004) a pressão e o ritmo devem ser adequados, sendo que a pressão pode variar de acordo com o tecido onde se está realizando a massagem, mas o ritmo deve ser constante, lento e suave. Completa afirmando que a drenagem aumenta o volume e a velocidade da linfa a ser transportada pelos vasos linfáticos, o que influencia na capacidade de absorção dos capilares linfáticos, aumentando o volume e a velocidade da linfa, assim como a reabsorção dos capilares sanguíneos, com isso vai diminuir e atenuar a formação de edemas, melhora a nutrição celular e também a reabsorção mais rápida de hematomas. a drenagem linfática deve ser realizada na direção da circulação sanguínea, respeitando o fluxo linfático, sempre no sentido proximal para distal. [...]isso é baseado no conceito de que é necessário esvaziar antes de trazer novos líquidos, pois do contrário, se congestionaria ainda mais um sistema já saturado.[...]. passagem da linfa [...]. 1
13 A massagem estimula a melhor circulação linfática e venosa, e que as manobras devem ser realizadas no sentido proximal para distal, com movimentos superficiais, leves e lentos, respeitando o sentido fisiológico do sistema linfático. A postura do terapeuta é importante para que os movimentos sejam realizados precisamente e também para que ao paciente seja proporcionado um bom tratamento e promova relaxamento. Conclui que os movimentos da massagem quando realizados de forma correta, na sequência correta, ou seja, seguindo o movimentos são os mesmos citados por Leduc, sempre respeitando os limites fisiológicos, no sentido da circulação linfática, ativando a circulação. Guirro (1996) afirma que a drenagem dos linfonodos deve ser realizada com muito cuidado, uma leve pressão com as palmas das mãos ou com as pontas dos dedos, sem utilizar os polegares. Explica também que os movimentos com os dedos são leves, circulares e concêntricos, unidirecionais, enquanto o bracelete deve exercer pressão obedecendo sempre o sentido fisiológico. sentido fisiológico do sistema linfático o efeito é melhor. HOLLIS (2001). As manobras se baseiam em 7. CONCLUSÃO pressões com as palmas das mãos e com a ponta dos dedos, produzindo aumento da pressão tissular promovendo a evacuação, os movimentos devem ser circulares com os polegares, circulares com a ponta dos outros dedos, pressões em bracelete, tudo em sincronia, ressalta LEDUC (2007). Assim como Maio (2004) afirma que os principais Ao ser realizada uma intervenção cirúrgica, neste caso a lipoaspiração, o tratamento pósoperatório é indispensável, pois toda cirurgia provoca lesão, surgem edemas, o que pode ser considerado normal, como uma resposta do organismo devido a agressão que a cirurgia realiza. 1
14 A drenagem atua como um complemento a cirurgia, pois é ela que vai auxiliar na melhora do quadro póscirúrgico apresentado pelo paciente. probabilidade de surgimento de problemas circulatórios, nutrindo as células e trazendo sensação de bemestar. Os benefícios da drenagem no tratamentos pós-operatório de lipoaspiração, principalmente, é diminuir o quadro de edema, age através dos compostos presentes na REFERÊNCIAS BERNE, Robert M., LEVY, Matthew N. Fisiologia. 4ª edição. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, linfa nutrindo as células, o que permite a absorção de proteínas e eliminando resíduos que não são importantes para o metabolismo. GANONG, Willian F., Fisiologia Médica, 5ª edição. São Paulo, Editora Atheneu, A drenagem linfática manual ativando o volume e velocidade da linfa atua como um sistema auxiliar na GUIRRO, Elaine, Fisioterapia em Estética, 2ª edição, São Paulo,editora Manole, diminuição de edemas causados por traumas e edemas pós-cirúrgicos, com isso é evidente que no tratamento pósoperatório é necessário e indispensável realizar a drenagem, devido aos benefícios que promove. A técnica da drenagem realizada com todos os cuidados necessários é eficaz, sempre quando respeita o sentido fisiológico do sistema linfático, atuando na melhora da circulação, diminuindo a GUIRRO, Elaine., GUIRRO, Reinaldo. Fisioterapia em Estética 3ª edição revisada e ampliada, São Paulo, editora Manole, GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana, Rio de Janeiro, Editora Guanabara, GUYTON, Arthur C., HALL, John E., Tratado de Fisiologia Médica 11ª edição. Rio de Janeiro, Editora Elsevier,
15 HOLLIS, Margaret. Massagem na Fisioterapia. 2ª edição, São Paulo, editora Santos, LEDUC, Albert. Drenagem Linfática: Teoria e Prática. 3ª edição. São Paulo, Editora Manole, MAIO, Maurício de. Tratado de Medicina Estética Vol. I, São Paulo, editora Roca, MAIO, Maurício de. Tratado de Medicina Estética Vol. II, São Paulo, editora Roca, MAIO, Maurício de. Tratado de Medicina Estética Vol. III, São Paulo, editora Roca, MAUAD, Raul. Estética e Cirurgia Plástica tratamento no pré e pósoperatório. Editora senac, São Paulo, RIBEIRO, R. Denise. Drenagem Linfática Manual Corporal. São Paulo, editora Senac,
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