O Desenvolvimento dos Mercados de Valores: Elementos Chave

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1 O Desenvolvimento dos Mercados de Valores: Elementos Chave Fernando Teixeira dos Santos Discurso na Sessão de Abertura das Jornadas Públicas El desarrollo en los mercados de valores: Elementos clave República Dominicana Punta Cana, 27 de Novembro de 2003 Senhor Secretário da Presidência da República Dominicana Senhor Superintendente da Superintendência de Valores da República Dominicana Caros colegas, Ilustres convidados, Senhoras e Senhores, Os mercados de capitais são actualmente um elemento insubstituível e de crescente importância em qualquer economia moderna e competitiva. Com efeito, estes mercados representam uma fonte alternativa de financiamento para os emitentes que desejam expandir as suas actividades; por outro lado, permitem conciliar os interesses desses emitentes - normalmente com elevadas necessidades de capitais de longo prazo - com os interesses dos investidores particulares, que desejam o máximo de segurança e rentabilidade para os seus investimentos. A crescente importância dos mercados de capitais no contexto económico mundial resulta de um conjunto de transformações que ocorreram em particular na última década, e que tiveram origem na conjugação de vários factores que importa recordar. Em primeiro lugar destaca-se o papel da globalização como elemento catalisador e transformador do mercado de capitais. De facto, a - 1 -

2 globalização, expressa num aumento de importância dos fluxos de capitais internacionais e na intensificação da concorrência entre os participantes no mercado, contribuiu de forma inevitável para o aumento da interdependência dos mercados. Uma segunda transformação importante é o aumento da desintermediação financeira: recursos que eram intermediados pelos bancos, passaram agora a ser captados directamente junto dos aforradores, o que contribuiu para a crescente dinamização dos mercados de capitais. Em terceiro lugar, salienta-se o aumento da importância dos investidores institucionais no mercado de capitais: induzindo ao aprimoramento dos mecanismos de negociação, compensação, liquidação e custódia, bem como à melhoria dos mecanismos de governos das sociedades emitentes. A este propósito refira-se a crescente importância dos fundos de pensões, constituindo um importante mecanismo de inclusão social na economia de mercado. Em quarto lugar, observa-se uma crescente internacionalização dos emitentes, que alargaram de forma substancial as suas alternativas de captação de poupanças, sendo possível o acesso, não apenas aos mercados internacionais de títulos de dívida, mas também a outros mercados, nomeadamente aos mercados accionistas. Em quinto lugar, destaca-se a internacionalização da actividade dos intermediários financeiros

3 Por fim, refira-se o papel que a criação de novos produtos e instrumentos financeiros tem tido no crescimento dos valores transaccionados no mercado de capitais. Como disse, os mercados apresentam-se como elemento dinamizador e promotor do desenvolvimento da denominada economia real. No entanto, o desenvolvimento dos mercados de valores é indissociável da existência de um enquadramento macro-económico, político e social favorável. A adopção de políticas monetárias capazes de reduzir as pressões inflacionistas e de políticas fiscais capazes de garantirem a consolidação orçamental, apresentam-se como factor de capacidade acrescida dos mercados de capitais em captar os tão necessários fluxos internacionais de investimento. Por outro lado, a promoção de uma cultura dos investidores e empresas mais direccionada para o mercado de capitais contribuirá fortemente para o desenvolvimento dos mercados de capitais ibero-americanos. Por fim, num mercado globalizado a nível mundial, a dimensão e a liquidez são importantes. Pequenos mercados, fragmentados, dificilmente se afirmam, dificilmente terão visibilidade. A consolidação, integração dos mercados é um novo desafio. Com efeito, para além de um enquadramento macro-económico, político e social favorável, o desenvolvimento dos mercados de capitais só é possível se for garantida a sua adequada regulação e supervisão. Mas, sabemo-lo, o desafio pressupõe opções ambiciosas e exigentes. Requer vontade política no sentido da reforma de estruturas regulatórias e - 3 -

4 operacionais, requer por certo a incontornável convergência legislativa e regulatória com ordens jurídicas com as quais os nossos mercados domésticos mantenham um diálogo empresarial mais forte e dinâmico. Pressupõe a adopção de soluções tecnológicas compatíveis com a celeridade e fiabilidade dos sistemas de negociação e de liquidação e compensação, por exemplo, num crescendo de sofisticação e integração nos circuitos internacionais que cada vez se impõem com maior visibilidade na comunidade financeira global. A este respeito, o Instituto Iberoamericano tem mantido um profícuo diálogo com a Federação Iberoamericana das Bolsas de Valores e aqui na República Dominicana mais uma vez - tendo ficado patente a actualidade e pertinência destas reflexões que se impõem a todos nós, supervisores e supervisionados, como uma evidência. Estas linhas mestras são, por isso, assumidamente estratégicas na perspectiva das Autoridades do Conselho do Instituto no sentido da promoção de um crescimento sustentado dos nossos mercados. De facto, o desenvolvimento do mercado de capitais não pode ser prosseguido sem se garantir a sua integridade e transparência, bem como uma adequada protecção dos investidores, particularmente os investidores não profissionais. O debate que tem sido mantido ao nível do Conselho das Autoridades do Instituto tem evidenciado que estes objectivos só serão conseguidos através de uma regulação e supervisão adequadas e eficazes dos mercados, por sua vez prosseguidas por entidades com efectivos poderes e capacidade de supervisão em geral e de enforcement em particular. Este ponto poderá, aliás, ser considerado paradigmático na - 4 -

5 síntese que venhamos a promover desta V Reunião das Autoridades do Conselho do Instituto Iberoamericano de Mercados de Valores. Destaca-se, em especial, o papel essencial das autoridades reguladoras como garante da qualidade da informação prestada pelos emitentes de valores mobiliários e intermediários financeiros, bom como da correcta difusão dessa informação a todos os agentes do mercado. De facto, o eficiente funcionamento do mercado de capitais depende intrinsecamente da qualidade e veracidade da informação veiculada, pelo que não é possível promover adequadamente o mercado de capitais sem atender devidamente a estes aspectos de particular relevância. A este propósito, recordem-se as recentes iniciativas internacionais no âmbito da prestação de informação, as quais abrangem a actividade dos analistas financeiros, auditores e empresas de rating de crédito. Para além disso, e ainda que não limitada á questão da informação, salientam-se também os esforços de diversas entidades de supervisão no sentido de aperfeiçoar as designadas regras de Corporate Governance, outro elemento essencial para o regular funcionamento dos mercados. O sucesso das iniciativas tomadas pelas entidades de supervisão com o objectivo de proteger o investidor e garantir a integridade e transparência dos mercados depende em grande medida do grau de envolvimento internacional das entidades de supervisão nessas mesmas iniciativas. Com efeito, num mundo cada vez mais globalizado, impõe-se o reforço da cooperação e partilha de informações, tanto entre entidades de supervisão congéneres como ao nível das instâncias internacionais. No entanto, é fundamental que, internamente, cada regulador enquadre as suas acções de regulação e supervisão no âmbito das melhores práticas internacionais

6 Sendo um organismo que tem por objectivo impulsionar o desenvolvimento de mercado de valores transparentes e íntegros, o Instituto Iberoamericano de Mercados de Valores apresenta-se como uma entidade privilegiada para promover e coordenar algumas iniciativas tomadas pelas entidades de supervisão das diferentes jurisdições nele representadas e de permitir uma melhor identificação das soluções mais ajustadas às especialidades de cada um dos mercados que decorrem do seu diferente nível de desenvolvimento. Na reunião aqui na República Dominicana, as Autoridades do Conselho do Instituto Iberoamericano dos Mercados de Valores, puderam verificar mais uma vez que, apesar da diversidade existente a nível económico e político entre os seus membros, as sinergias que podem resultar de um reforço de cooperação entre as autoridades que integram a comunidade iberoamericana permitirão certamente ultrapassar com sucesso os desafios que cada um dos diversos mercados de capitais ibero-americanos enfrenta, em particular no que respeita ao nível da respectiva competitividade e capacidade de atracção dos fluxos de investimento internacionais. Muito obrigado. Fernando Teixeira dos Santos Presidente do Conselho das Autoridades do Instituto Iberoamericano de Mercados de Valores e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de Portugal - 6 -

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