-- Verificação do Protocolo Adicional (Regime de Caudais) e Anexo ao Protocolo Adicional (Bases do Regime de Caudais)

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Luiz Felipe Coelho Aranha
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1 DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE RECURSOS HÍDRICOS -- Verificação do Protocolo Adicional (Regime de Caudais) e Anexo ao Protocolo Adicional (Bases do Regime de Caudais) Relatório da Convenção sobre cooperação para protecção e o aproveitamento sustentável das águas das bacias hidrográficas Luso-Espanholas Situação em 7 de Julho de 2006

2 Resumo da situação em 7 de Julho de 2006 Bacia do Minho Precipitação: O valor acumulado nas estações de referência foi, em 31 de Maio de 590 mm. Uma vez que, segundo os dados finais espanhóis do ano anterior, não houve excepção em 2004/05, este ano também não haverá excepção pois a precipitação ocorrida até final de Abril já suplantou largamente a precipitação acumulada de referência (501.2 mm ou mm, se considerarmos, como os espanhóis, a média até 2001/02). Escoamento: Desde o início do ano e até 7 de Julho já se escoaram 6519 hm3 na fronteira, muito superiores aos 3700 mínimos anuais. Bacia do Douro Precipitação: Foi interrompida em Março a excepção criada no ano hidrológico anterior. Face ao valor de mm de precipitação acumulada até 30 de Abril (superior ao limiar de mm) não há excepção este ano. Escoamento: Em Miranda já passaram desde o início do ano até 7 de Julho 3578 hm3, tendo-se ultrapassado o volume mínimo. No Pocinho já se ultrapassaram os 3800 hm3 devidos em Saucelhe. É certo que Pocinho não é Saucelhe mas este é geralmente 75% de Pocinho o que permite dizer que já passaram cerca de 3300 hm3 em Saucelhe. A continuar com um volume de afluências próximos dos mínimos de referência nos 3 meses remanescentes do ano hidrológico não irá ocorrer qualquer problema de incumprimento já que os valores de cerca de 200 hm3/mês em falta são, no geral, escoamentos inferiores aos valores médios. Em Crestuma já passaram mais de 50% de escoamento acima do valor mínimo anual (7976 versus 5000 hm3). Bacia do Tejo Precipitação: Não há excepção nem pelo limiar anual de 60% da média nem com a verificação alternada dos 70% deste ano com os 80% do ano anterior. Escoamento: Em Cedilho/Fratel passaram desde o início do ano até 7 de Julho apenas 1800 hm3 (muito inferior aos 2700 hm3 mínimos anuais devidos no final de Setembro). Sem uma repetição das chuvas do mês de Março dificilmente se conseguirá assegurar naturalmente por escorrência própria o volume remanescente, o que vai obrigar Espanha a fazer descargas. Em Muge só passaram 2963 hm3 dos 4000 devidos no final de Setembro. Prevêem-se os mesmos problemas da secção de Cedilho/Fratel para se escoarem os 1037 hm3 que são devidos pelo Protocolo Adicional, ainda que caiba apenas à parte portuguesa assegurar só 100 hm3 desse total. Bacia do Guadiana Precipitação: Não há excepção. Face aos 4228 hm3 armazenados até Março, o volume anual a fornecer em Badajoz deverá ser 600 hm3. Escoamento: Até final de Abril escoaram-se em Monte da Vinha 240 hm3 (75% do valor passado em Badajoz 320 hm3, segundo os dados espanhóis). No final de Julho o valor de escoamento totalizado em Monte da Vinha era de 315 hm3, o que leva a supor por analogia que a correspondente totalização em Badajoz seja da ordem de grandeza dos 420 hm3. O facto dos caudais em Monte da Vinha serem menores do que os calculados no açude de Badajoz advém da extensão do desenvolvimento da uma crista do açude, com cerca de 500m, e de este ter comportas de fundo que, a meu ver, só podem estar fechadas enquanto se usa o ramo mínimo da curva de vazão no cálculo dos caudais. Também devem ocorrer problemas de afogamento do descarregador do açude para valores das dezenas de metros cúbicos que suspeito não estão contabilizados. O descarregador de Monte da Vinha também afoga para caudais superiores a m3/s mas a curva de vazão utilizada no cálculo de caudais está estabelecida para a gama de valores ocorrida quer este ano quer no ano passado. Esta diferença será ultrapassada com a transferência da secção de controlo do açude de Badajoz para a Ponte Real (a montante deste).

Bacia Hidrográfica do Minho Será excepção se: Precipitação acumulada na na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Julho, inferior a 70% da média acumulada,

3 Bacia Hidrográfica do Minho Será excepção se: Precipitação acumulada na na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Julho, inferior a 70% da média acumulada, para o mesmo período. Estações udométricas de verificação: Lugo, Ourense e Ponferrada. Precipitação Média Acumulada até 01/Julho 70% da Média 716 mm mm Precipitação Acumulada de Referência * até 01/Julho/2006 Verifica-se Excepção? mm

Estação Semanas com dados Semanas necessárias Lugo 40 40

4 Estação Semanas com dados Semanas necessárias Lugo Ponferrada Ourense Bacia Hidrográfica do Lima

5 Bacia Hidrográfica do Douro

Será excepção se: Precipitação acumulada na na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Junho, inferior a 65% da média acumulada, para o mesmo período.

6 Será excepção se: Precipitação acumulada na na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Junho, inferior a 65% da média acumulada, para o mesmo período. Estações udométricas de verificação: Salamanca (Matacán), León (Virgen del Camino) e Soria (Observatório). Precipitação Média Acumulada até 01/Junho 65% da Média mm mm Precipitação Acumulada de Referência * até 01/Junho/2006 Verifica-se Excepção? mm

7 O período de excepção cessa no primeiro mês a seguir ao mês de Dezembro em que a precipitação de referência sobre a bacia hidrográfica, acumulada desde o início do ano hidrológico, seja superior à média dos valores acumulados das precipitações sobre a bacia hidrográfica no mesmo período. Estação Semanas com dados Semanas necessárias León Salamanca Soria 36 36

Ou quando a precipitação acumulada na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Abril, inferior a 70%

8 Bacia Hidrográfica do Tejo Será excepção se: Precipitação acumulada na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Abril, inferior a 60% da média acumulada, para o mesmo período. Ou quando a precipitação acumulada na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Abril, inferior a 70% da média acumulada, para o mesmo período, e a precipitação de referência no ano hidrológico anterior tenha sido inferior a 80 % da média anual. Estações udométricas de verificação: Cáceres e Madrid (Retiro).

9 Caso I Precipitação Média Acumulada até 01/Abril 60% da Média mm mm Precipitação Acumulada de Referência * até 01/Abril/ mm Verifica-se Excepção Caso I? Caso II Precipitação Média Acumulada até 01/Abril 70% da Média mm mm Precipitação Acumulada de Referência * até 01/Abril/ mm Verifica-se Excepção Caso IIa? Precipitação Média Anual 80% da Média mm mm Precipitação Ac. Ref. em 2004/ mm Verifica-se Excepção Caso IIb? Faltam mm para não entrar em regime de caudais de excepção Verifica-se Excepção (Caso I ou Caso II)? O período de excepção cessa no primeiro mês a seguir ao mês de Dezembro em que a precipitação de referência sobre a bacia hidrográfica, acumulada desde o início do ano hidrológico, seja superior à média dos valores acumulados das precipitações sobre a bacia hidrográfica no mesmo período. Estação Semanas com dados Semanas necessárias Cáceres Madrid 27 27

hm 3, ou quando o armazenamento na parte espanhola da bacia for inferior a 2650 hm 3.

10 Bacia Hidrográfica do Guadiana Será excepção se: Precipitação acumulada na parte espanhola da bacia hidrográfica, desde o início do ano hidrológico até 1 de Março, inferior a 65% da média acumulada, para o mesmo período, e armazenamento na parte espanhola da bacia inferior a 3150 hm 3, ou quando o armazenamento na parte espanhola da bacia for inferior a 2650 hm 3. Estações udométricas de verificação: Talavera la Real (Base Aérea) e Ciudad Real. As albufeiras de referência para a avaliação do armazenamento na bacia são La Serena, Zújar, Cijara, Garcia de Sola, Orellana e Alange.

Volume Total Armazenado de Referência * até 01/Março/2006 Verifica-se Excepção? 3960 hm 3 Precipitação Acumulada de Referência * até 01/Março em 65% da Média 198.2 mm 182.

11 Volume Total Armazenado de Referência * até 01/Março/2006 Verifica-se Excepção? 3960 hm 3 Precipitação Acumulada de Referência * até 01/Março em 65% da Média mm mm Regime de Caudais O escoamento anual a observar será de 500 hm 3. O período de excepção cessa no primeiro mês a seguir ao mês de Dezembro em que a precipitação de referência sobre a bacia hidrográfica, acumulada desde o início do ano hidrológico, seja superior à média dos valores acumulados das precipitações sobre a bacia hidrográfica no mesmo período. As albufeiras de referência são La Serena, Zújar, Cijara, Garcia de Sola, Orellana e Alange. Estação Semanas com dados Semanas necessárias Badajoz Ciudad Real 23 23

12 Escoamentos Mensais e Anuais (dam 3 ) Foz do Mouro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Anual 2005/ Média / Miranda Média / Pocinho Média / Crestuma Média / Fratel Média Ponte 2005/ Muge Média Monte da Vinha 2005/ Média / Pomarão Média

13 Comparação de Caudais de Fronteira Castro / Miranda (Douro) Saucelle / Pocinho (Douro)

14 Cedillo / Fratel (Tejo) Badajoz / Monte da Vinha (Guadiana)

15 DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE RECURSOS HÍDRICOS -- ANEXOS -- Volumes Armazenados Ano Hidrológico de 2005/06

16 Volumes armazenados na parte portuguesa da bacia do Tejo Volumes armazenados na parte espanhola da bacia do Tejo Volumes armazenados na parte portuguesa da bacia do Guadiana

17 Volumes armazenados na parte espanhola da bacia do Guadiana

18 Volumes armazenados na parte espanhola da bacia do Douro

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