Maria Jacqueline Nogueira Lima. Temas selecionados da educação

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1 Maria Jacqueline Nogueira Lima Temas selecionados da educação

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3 Sumário CAPÍTULO 3 História, Educação e Cultura Indígena...05 Introdução Educação e aculturação indígena História da cultura indígena no Brasil Influências culturais, educação e aculturação dos indígenas Educação indígena hoje Educação Indígena no Brasil: ontem e hoje Educação Indígena e cidadania Os povos indígenas e a escolarização: processos atuais de reinserção da cultura indígena via cursos de graduação direcionados a esse estrato da sociedade brasileira Reinserção da cultura indígena: educação e cidadania ativa Cursos de Formação Indígena: por que e para quê? Diferenças sociais e de raça, e singularidades na educação indígena Diferenças sociais e de raça na educação indígena Educação e singularidades culturais dos indígenas...19 Síntese...21 Referências Bibliográficas

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5 Capítulo 3 História, Educação e Cultura Indígena Introdução O objetivo deste capítulo é apresentar a cultura indígena no Brasil, buscando compreender como se insere e se exerce alguma influência sobre o processo educacional no país. Além disso, buscamos entender quais são os pressupostos que fazem com que a educação indígena atualmente tenda a se firmar de modo autônomo, frente ao processo de educação formal que é desenvolvido no país, observando as especificidades das etnias. O capítulo está dividido em quatro tópicos. No primeiro tópico intitulado Educação e aculturação Indígena, nós vamos procurar descrever a história da cultura indígena no Brasil, o contexto do descobrimento e as relações que se estabeleceram entre os nativos, os portugueses e os jesuítas que vieram para o país em Nesse contexto, abordamos a proposta de educação indígena instaurada pelos jesuítas e o processo de aculturação decorrente disto. Como você percebe a cultura indígena no Brasil no contexto da colonização? Qual tipo de educação era conveniente ao índio nesse contexto e quais foram investidas nesse sentido? Neste tópico, visamos responder a todas as dúvidas que possam surgir sobre o tema naquele contexto específico. No tópico 2, abordaremos a questão da educação indígena na atualidade. Intitulado Educação Indígena, o tópico procura descrever como a educação indígena hoje, enquanto produto de uma construção passada e reivindicada por educadores e antropólogos, tem sido formulada com vistas a contemplar as especificidades das etnias, buscando preservar e/ou recuperar os usos e costumes das nações indígenas presentes em território nacional. Você já se perguntou como as nações do litoral do Brasil podem ter perdido usos e costumes com maior intensidade em função dos contatos mais antigos com o homem branco, se comparadas com outras do interior do país? E como o país tem se organizado, em termos de formulação de políticas públicas educacionais, para tentar recuperar ou ao menos preservar a cultura indígena? Estas são algumas das questões problematizadas neste tópico. No tópico 3, vamos identificar como a escolarização indígena tem sido formulada no país nas últimas décadas, considerando questões referentes às etnias e à preservação cultural. Nesse âmbito, abordamos a criação dos cursos de graduação, em algumas universidades brasileiras, que foram criados com o intuito principal de preservar a cultura indígena e repassar seus saberes por meio de indivíduos oriundos das diferentes etnias indígenas existentes no país. O tópico, intitulado Os povos indígenas e a escolarização, processos atuais de reinserção da cultura indígena via cursos de graduação direcionados a esse estrato da sociedade brasileira, busca atender a essa premissa: preservação e disseminação da cultura indígena através dos próprios descendentes de tais culturas. Finalmente, no tópico 4, buscaremos entender como a questão das diferenças raciais é tratada no âmbito das escolas indígenas contemporaneamente, e como isto se reflete na cultura indígena. Nesse sentido, o tópico intitulado Diferenças sociais e de raça e singularidades na educação indígena, busca entender um pouco mais as singularidades presentes na cultura indígena brasileira, que não é una, mas multifacetada, dada a quantidade significativa de distintas nações existentes em território nacional. 05

6 Temas selecionados da educação Em suma, neste tópico abordamos a cultura indígena no Brasil desde a colonização até o presente, buscando entender suas influências sobre a cultura brasileira, bem como entender como estas culturas têm sobrevivido em ambiente propício à aculturação. 3.1 Educação e aculturação indígena Você já se perguntou quais eram as motivações dos jesuítas, primeiros educadores dos índios no Brasil, no processo de educação? A educação preconizada pelos jesuítas constituiu-se em educação ou aculturação? Por que os índios tinham que ser educados pelos jesuítas naquele contexto? Estas são algumas das questões problematizadas neste tópico. Nesse sentido, também buscamos identificar como o processo de aculturação, proposto no início da colonização no país, produziu reflexos sobre a educação indígena posteriormente História da cultura indígena no Brasil A sociedade brasileira recebeu, em sua formação histórico-cultural, importantes contribuições dos indígenas (ou população nativa) que já existia aqui na época do Descobrimento e da Colonização. As nações indígenas que ocupavam o litoral do país e o entorno das bacias dos rios Paraná e Paraguai foram as primeiras a terem contato com os portugueses, quando eles aportaram no Brasil a partir das naus comandadas por Pedro Álvares Cabral em Conforme Boris Fausto (2012), a população ameríndia que aqui existia era bastante homogênea em termos linguísticos e culturais. Podemos distinguir dois grandes blocos que subdividem essa população: os tupis-guaranis e os tapuias. Os tupis-guaranis estendiam-se por quase toda a costa brasileira, desde pelo menos o Ceará até a Lagoa dos Patos, no extremo sul. Os tupis, também denominados tupinambás, dominavam a faixa litorânea, do Norte até Cananéia, no sul do atual Estado de São Paulo; os guaranis localizavam-se na bacia do Paraná-Paraguai e no trecho do litoral entre Cananéia e o extremo sul do que viria a ser o Brasil. Apesar dessa localização geográfica dos tupis e dos guaranis, falamos em conjunto tupi-guarani, dada a semelhança de cultura e de língua. Em alguns pontos do litoral a presença tupi-guarani era interrompida por outros grupos, como os goitacazes na Foz do Rio Paraíba, pelos aimorés no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo, pelos tremembés na faixa entre o Ceará e o Maranhão. Essas populações eram chamadas Tapuias, uma palavra genérica usada pelos tupis-guaranis para designar índios que falavam outra língua. (FAUSTO, 2012, p ). Além dos tupis-guaranis e dos tapuias, ainda que não haja consenso quanto à validade histórica dos achados, conforme Fausto (2012), os próprios portugueses identificaram outras nações, as quais denominaram carijós, tupiniquins e tamoios, entre outras. Argumenta-se que as definições dadas pelos portugueses não têm validez do ponto de vista histórico, porque eles classificavam e demonstravam suas descobertas de forma amadora e impressionista, conforme Fausto nos indica, diferentemente da classificação em tupis-guaranis e tapuias, apresentada por esse autor, que é fruto inclusive de trabalhos recentes de antropólogos. Essas nações, conforme veremos, tiveram boa parte de suas populações extintas desde o Descobrimento. A dizimação desses povos nesse contexto aconteceu tanto por fatores como as doenças que contraíram dos brancos, quanto por outros fatores como guerras entre tribos. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), praticamente todas as nações indígenas perderam quase integralmente a população estimada existente na época do Descobrimento, como você poderá acompanhar nos exemplos a seguir. Embora as estatísticas não sejam fidedignas, apenas aproximadas, elas não deixam de ser impressionante. A seguir, exibimos os dados estimados referentes às populações indígenas existentes em 1500 conforme a etnia e seus remanescentes em 2000, cuja contagem foi feita por ocasião da comemoração dos 500 anos do Brasil. 06 Laureate- International Universities

7 População Estimada em 1500 População remanescente em Tabela 1 População Estimada dos Aimorés na época do Descobrimento e atuais remanescentes. Fonte: IBGE < Elaborada pelo autor, População Estimada em 1500 População remanescente em Tabela 2 População Estimada dos Caetés da Costa do Nordeste na época do Descobrimento e atuais remanescentes. Fonte: IBGE < Elaborada pelo autor, Remanescente em 2000 Estimada em 1500 População Potiguar Figura 1 População Estimada dos Potiguares da Costa do Nordeste na época do Descobrimento e atuais remanescentes. Fonte: IBGE < Elaborada pelo autor, De acordo com os dados acima expostos, praticamente todas as 19 nações indígenas, que constam nos dados do IBGE como existentes no Brasil na época do Descobrimento perderam grande parte da população original, se compararmos os números desde o início da colonização até os 500 anos da nação brasileira. NÃO DEIXE DE LER... No site do IBGE existem publicações específicas sobre os 500 anos do Brasil. São informações bastante relevantes sobre a população indígena do país, assim como sobre outras etnias e sobre a população em geral. Para consultas, acesse: < 07

8 Temas selecionados da educação Em números absolutos, segundo o IBGE, o Brasil tem hoje uma população indígena da ordem de , de um total, à época do Descobrimento, estimado em Outros estudos apontam uma população original em torno de e uma população atual que não passa de cerca de Além disso, conforme aponta Fausto (2012, p. 35): Há uma falta de dados que não decorre nem da incompreensão nem do preconceito, mas da dificuldade de sua obtenção. Não se sabe, por exemplo, quantos índios existiam no território abrangido pelo que hoje é o Brasil e o Paraguai, quando os portugueses chegaram ao Novo Mundo. Os cálculos oscilam entre números tão variados como 2 milhões para todo o território e cerca de 5 milhões só para a Amazônia brasileira. De todo modo, houve uma dizimação em massa dos índios no Brasil, seja por causa da infecção por doenças como gripes, que pegaram dos brancos, seja pelos trabalhos forçados com os quais não estavam acostumados. Nesse sentido, grupos como os tupis praticavam a caça, pesca, coleta de frutas e agricultura, e migravam quando começava a haver escassez de alimento ou quando a terra estava exaurida devido à plantação. Os tupis plantavam principalmente milho, feijão, abóbora e mandioca, alimento principal do qual extraiam a farinha, que posteriormente foi difundida por todo o Brasil. Diferentes dos negros de origem africana, os índios em sua maioria não se adaptaram ao trabalho escravo, bem como reagiram de maneiras distintas à presença dos colonizadores e dos invasores. De acordo com Fausto (2012), para os índios a chegada dos portugueses constituiu uma verdadeira catástrofe. A chegada das naus portuguesas fez com que os índios tupis imaginassem os brancos, principalmente os padres, como associados aos xamãs (pajés), [...] que andavam pela terra, de aldeia em aldeia, curando, profetizando e falando-lhes de uma terra de abundância. (FAUSTO, 2012, p. 36). Desse modo, os brancos eram ao mesmo tempo temidos, odiados e respeitados como dotados de poderes especiais. Por outro lado, como não existia uma nação indígena e sim grupos dispersos, muitas vezes em conflito, foi possível aos portugueses encontrar aliados entre os próprios indígenas, na luta contra os grupos que resistiam a eles. Por exemplo, em seus primeiros anos de existência, sem o apoio dos tupis de São Paulo, a Vila de São Paulo do Piratininga muito provavelmente teria sido conquistada pelos tamoios. Tudo isso não quer dizer que os índios não tenham resistido muito fortemente aos colonizadores, sobretudo quando se tratou de escravizá-los. Os índios que se submeteram ou foram submetidos sofreram a violência cultural, as epidemias e mortes. (FAUSTO, 2012, p. 36). Conforme dados do IBGE, algumas nações fizeram alianças com os portugueses, alianças às quais se credita a responsabilidade pelo triunfo da colonização portuguesa. Os índios faziam alianças com os portugueses também com o objetivo de lutarem contra seus inimigos de outras nações, assim como esses inimigos fizeram alianças com os invasores holandeses e franceses. Conforme os dados do IBGE (2000) demonstram, alguns dos exemplos dessas alianças foram: Guerreiros temiminós liderados por Arariboia se aliaram aos portugueses para derrotar os franceses na baía de Guanabara, em 1560, que recebiam apoio dos Tamoios. [E o] chefe tupiniquim Tibiriçá, valioso para o avanço português na região de São Vicente e no planalto de Piratininga, combatia rivais da própria nação Tupiniquim e os Tapuias Guaianás, além de escravizar os Carijós para os portugueses. (IBGE, Brasil 500 Anos, Relações entre nativos e colonizadores, 2000, link: Portugal de fato escravizou e fez alianças espúrias com os índios conforme os interesses de ambas as partes. No entanto, os índios não levaram nenhuma vantagem nas alianças com o colonizador português e nem mesmo com os invasores (franceses e holandeses, em sua maioria) porque ficaram suscetíveis a doenças e à dizimação em função do contato com os brancos. 08 Laureate- International Universities

9 Tampouco não foram tranquilas as tentativas de escravização dos índios no Brasil. Ainda que os jesuítas, em sua controversa missão de evangelização/catequização dos índios, tenham contribuído para sua escravização, mesmo assumindo posição contrária à escravidão, conforme relatos históricos, não fizeram grandes esforços (por não conseguirem ou não quererem) no sentido de conter as tentativas de escravização dos índios, que eles próprios utilizavam como serviçais nas terras tupiniquins. A escravidão dos índios não foi um bom negócio para os portugueses como fora a dos negros de origem africana. Isso tanto é verdade que Portugal proibiu a escravidão indígena já a partir de Dessa proibição, foram excluídos somente os aimorés, dada à predisposição que tinham para a guerra e outros atributos que os diferenciavam das demais nações indígenas. NÓS QUEREMOS SABER! Os Jesuítas, membros da Companhia de Jesus, sempre estiveram ao lado dos portugueses desde a Descoberta do Brasil, quando foi celebrada a primeira missa. Sua atuação junto aos portugueses se constituía em catequizar ou converter os conquistados, no caso do Brasil, os indígenas, para a prática da religião católica que Portugal professava. Sua atuação facilitou em muito o contato com os índios no Brasil desde o Descobrimento. Dentre os mais conhecidos, o padre Manoel de Nóbrega foi sem dúvida dos mais importantes membros da Cia de Jesus no Brasil. Seus relatos, assim como os de outros jesuítas, constituem-se como fiel retrato do Brasil colonial. A obra História da Companhia de Jesus no Brasil, de Serafim Leite, é importante fonte de informação sobre os jesuítas no Brasil. As nações como a dos tupinambás e dos aimorés influenciaram o padrão cultural que posteriormente se desenvolveu no país. Na época da chegada dos portugueses, de modo geral, essas nações se comunicaram e trocaram mercadorias com os futuros colonizadores, em seus primeiros contatos. Esta foi a forma que os portugueses encontraram de se aproximarem, e posteriormente fazerem alianças com os índios, e ficou conhecida como escambo. Nessas trocas, os índios permutavam instrumentos rudimentares e algumas peças, valiosas para os portugueses, por enfeites, como espelhos e outras bugigangas. Nesses primeiros contatos entre ambos os povos, os portugueses foram investigando a possibilidade de existência de riquezas na nova terra, e em seguida descobriram o pau-brasil. Enquanto riqueza a ser explorada, o pau- -brasil o foi à exaustão, o que quase levou à sua extinção. Esta planta nativa existia em abundância outrora, e foi muito utilizada na construção e na feitura de móveis, porém sua presença foi drasticamente reduzida pelo corte predatório. Assim, conforme relatos históricos, a expropriação das riquezas do país começou com a exploração do pau-brasil. NÃO DEIXE DE LER... A história do Brasil, rica em detalhes, principalmente no que concerne ao contexto desde a Descoberta e Colonização até a Independência, tem em Boris Fausto um dos mais importantes e respeitados narradores. Seu livro História do Brasil, publicado pela Editora da Universidade de São Paulo, já em sua 14ª edição, é uma fonte honesta e instigante sobre toda a nossa história e seus atores principais, e não só a história indígena. 09

10 Temas selecionados da educação Influências culturais, educação e aculturação dos indígenas Os índios influenciaram de modo importante a cultura brasileira em geral. Em especial se destacam os costumes alimentares e outros hábitos. No que concerne ao uso da terra, o plantio de culturas alternadas e o descanso da terra são hábitos até hoje utilizados por agricultores no país. Além disso, o ato de colocar fogo em áreas extensas para o preparo da terra para posterior plantação, um método inadequado de limpeza da terra, é largamente utilizado ainda hoje em vários cantos do país, é uma invenção atribuída aos índios. Quanto aos costumes alimentares, a cultura indígena nos brindou com alimentos ricos, e outros nem tão ricos assim, em vitaminas, por exemplo. Algumas de suas influências estão presentes na mesa do brasileiro cotidianamente, por exemplo, o consumo do feijão e da farinha, assim como o uso do milho na alimentação vem dessa influência. Os primeiros a utilizar a farinha beneficiada da mandioca que plantavam foram os indígenas, que ensinaram os portugueses a apreciar esse tão típico prato, ou complemento da alimentação, hoje presente na cultura brasileira. Hoje em dia, não há um só brasileiro que não faça, ou tenha feito uso, da farinha de mandioca na sua alimentação. Figura 2 Índios em seu ofício de plantar e colher alimentos típicos. Fonte: Shutterstock, A cultura da farinha, típica dos tupis, hoje é parte da cultura brasileira mais tradicional. Da mesma forma o milho e o feijão, assim como, em menor grau, mas com grande influência na cultura brasileira, a abóbora, em seus vários tipos e tamanhos. Esses costumes e usos são agora parte inseparável de uma cultura brasileira. Além disso, convém assinalar que a miscigenação ocorreu entre negros e índios, europeus e índios, assim como entre europeus e negros. Como resultado, temos uma população bastante miscigenada, principalmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No Norte, a maior parte da população é de origem indígena, enquanto no Sul, em que pese a existência remota de comunidades indígenas, a miscigenação não ocorreu da mesma maneira que nas outras três regiões. Com relação à educação dos indígenas, as primeiras tentativas nesse sentido foram feitas pelos padres jesuítas, que vieram junto com os portugueses nas naus de Pedro Álvares Cabral. Nesses primeiros tempos, como era o costume dos jesuítas em todas as terras conquistadas pelos portugueses, a ideia era catequizar ou evangelizar, o que na verdade foi, na maior parte dos casos, um processo de aculturação, conforme os relatos históricos nos mostram. 10 Laureate- International Universities

11 NÃO DEIXE DE VER... O filme A Missão (The Mission, EUA, 1986) é um importante relato, abstraindo-se o drama pessoal vivido pelo personagem principal, de como os jesuítas procederam para a catequização dos índios em processo de aculturação no começo da colonização. A obra tem direção de Roland Joffé. O processo de evangelização empregado pelos jesuítas fazia parte de um plano maior de conquista que objetivava tornar aliadas as nações, ou etnias, encontradas pelos portugueses na busca pelas riquezas locais. Tornando-as aliadas pela força da escravização ou pela via da catequização, poderiam prosseguir com o processo de expropriação da terra conquistada, com a anuência dos nativos daquelas terras. Portanto, como se pode notar, os índios cujas nações eram mais amigáveis foram em princípio catequizados e escravizados, em um processo muitas vezes controverso e cruel, na busca desenfreada dos portugueses pela conquista de riquezas. 3.2 Educação indígena hoje Neste tópico, pretendemos identificar como a educação indígena vem se afirmando como necessidade e produto de etnias específicas da população brasileira. Nesse sentido, buscamos entender o percurso da legislação vigente até a atualidade, no que se refere aos objetivos propostos para a educação de povos indígenas no Brasil Educação Indígena no Brasil: ontem e hoje A educação indígena no Brasil contemporâneo, diferentemente do que se praticou até bem pouco tempo, e graças à intervenção consistente e insistente dos antropólogos e outros atores sociais na preservação da cultura indígena, tem se pautado pela busca de soluções para a manutenção da tradição e da cultura das diferentes nações existentes no país, buscando resgatar e preservar seus costumes. Conforme dados do IBGE no ano de 2000, por ocasião das comemorações dos 500 anos do Brasil, o levantamento populacional das nações indígenas contou com a existência de grande número de nações. Dados mais recentes de 2010 apontam uma população indígena total de (baseados na autodeclaração, inclusive dos descendentes frutos de miscigenação), conforme tabela com dados do Censo 2010 do IBGE, reproduzida abaixo: Localização do Domicílio População indígena por situação de domicílio Total Urbana Rural Total Terras Indígenas Fora de Terras indígenas Tabela 3 População Indígena por situação do domicílio, segundo a localização do domicílio Brasil, Fonte: IBGE, Censo demográfico 2010 (< 11

12 Temas selecionados da educação Como podemos perceber, houve um incremento da população indígena no Brasil se comparados os anos de 2000 e Como salientado, parte desse crescimento da população indígena se deve também ao fato de as pessoas serem classificadas como indígenas a partir da autodeclaração. Nesses dados, portanto, constam indivíduos que são filhos de índios com outras etnias ou cor/raça presentes em território brasileiro, mas que se autodeclaram índios, em função mesmo de alguns benefícios que a legislação traz àqueles que se declaram provenientes de algumas etnias, por exemplo, as cotas. No que concerne à educação indígena no Brasil de hoje, diferentemente do que fora praticado até meados do século XX, a legislação educacional conta com capítulos específicos da LDB que asseguram inclusive a inclusão da história indígena nos currículos escolares como conteúdo obrigatório, bem como estabelecem as condições em que a educação deve ser oferecida, considerando-se as etnias existentes no país. O Plano Nacional de Educação, Lei n de janeiro de 2001, a partir do diagnóstico do quadro da educação indígena no país desde o século XVI também estabelece normas que são seguidas atualmente na educação indígena. Conforme o documento citado: No Brasil, desde o século XVI, a oferta de programas de educação escolar às comunidades indígenas esteve pautada pela catequização, civilização e integração forçada dos índios à sociedade nacional. Dos missionários jesuítas aos positivistas do Serviço de Proteção aos Índios, do ensino catequético ao ensino bilíngue, a tônica foi uma só: negar a diferença, assimilar os índios, fazer com que eles se transformassem em algo diferente do que eram. Nesse processo, a instituição da escola entre grupos indígenas serviu de instrumento de imposição de valores alheios e negação de identidades e culturas diferenciadas. Só em anos recentes esse quadro começou a mudar. Grupos organizados da sociedade civil passaram a trabalhar junto com comunidades indígenas, buscando alternativas à submissão desses grupos, como a garantia de seus territórios e formas menos violentas de relacionamento e convivência entre essas populações e outros segmentos da sociedade nacional. A escola entre grupos indígenas ganhou, então, um novo significado e um novo sentido, como meio para assegurar o acesso a conhecimentos gerais sem precisar negar as especificidades culturais e a identidade daqueles grupos. Diferentes experiências surgiram em várias regiões do Brasil, construindo projetos educacionais específicos à realidade sociocultural e histórica de determinados grupos indígenas, praticando a interculturalidade e o bilinguismo e adequando-se ao seu projeto de futuro. (PNE, 2001, IN: FUNAI, 2008, Coletânea Legislação Indigenista Brasileira, cp.5 Educação, p. 468). Mais adiante o documento explicita como se delineia a política de educação indígena: O tamanho reduzido da população indígena, sua dispersão e heterogeneidade tornam particularmente difícil a implementação de uma política educacional adequada. Por isso mesmo, é de particular importância o fato de a Constituição Federal ter assegurado o direito das sociedades indígenas a uma educação escolar diferenciada, específica, intercultural e bilíngue, o que vem sendo regulamentado em vários textos legais. Só dessa forma se poderá assegurar não apenas sua sobrevivência física, mas também étnica, resgatando a dívida social que o Brasil acumulou em relação aos habitantes originais do território. Em que pese a boa vontade de setores de órgãos governamentais, o quadro geral da educação escolar indígena no Brasil, permeado por experiências fragmentadas e descontínuas, é regionalmente desigual e desarticulado. Há ainda muito a ser feito e construído no sentido da universalização da oferta de uma educação escolar de qualidade para os povos indígenas, que venha ao encontro de seus projetos de futuro, de autonomia e que garanta a sua inclusão no universo dos programas governamentais que buscam a satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, nos termos da Declaração Mundial sobre Educação para Todos. (PNE, 2001, IN: FUNAI, 2008, Coletânea Legislação Indigenista Brasileira, cp.5 Educação, p ) No contexto atual, a educação indígena é responsabilidade de Estados e municípios. Muitos deles contam com a atuação de universidades, principalmente públicas, na formação de professores para atenderem a essa população que, conforme a legislação em vigor enfatiza, devem ser preferencialmente de origem também indígena. Muito se avançou no caminho de superação da aculturação e na busca da preservação desta que é uma das matrizes da cultura brasileira. Nesse campo, os antropólogos têm sido de inestimável valor para expressar o rico conteúdo da cultura indígena presente em todo o país, 12 Laureate- International Universities

13 contribuindo com uma vasta produção acadêmica nesse sentido, trabalho que em grande parte deve muito a Darcy Ribeiro. VOCÊ O CONHECE? Darcy Ribeiro, nascido em Minas Gerais em 1922, esse eminente antropólogo formado pela Universidade de São Paulo, foi um dos mais importantes pesquisadores sobre a história indígena e a história do Brasil por seu turno. Sua importância e o respeito que adquiriu como pesquisador o levou a cargos como Ministro da Educação dentre outros, dada sua reconhecida competência para lidar com os fenômenos da cultura nacional. Faleceu em Brasília, em Educação Indígena e cidadania A educação indígena hoje se insere em um contexto em que os índios reconhecidamente fazem parte da nação brasileira, conforme determina e explicita a Constituição Federal de 1988 como nenhuma outra Constituição do país foi capaz de admitir. Com terras demarcadas e outras ações encabeçadas pela Fundação Nacional do Índio Funai, as comunidades indígenas do país passam por um reconhecimento jamais experimentado desde o Descobrimento. Ao contrário da pouca importância que as comunidades indígenas tinham desde meados do século XX, na atualidade a legislação e o próprio empoderamento de lideranças indígenas modificaram substantivamente a maneira como o índio se insere no contexto da sociedade brasileira, e da cultura como um todo. A Constituição promoveu e regulamentou a demarcação de terras indígenas de acordo com os requisitos de tempo e necessidades de migrações dessas nações ao longo de um território, e promoveu a cidadania àqueles que viveram excluídos ou alijados dela durante boa parte da existência da nação brasileira desde Certamente ainda existem problemas, como os conflitos com grileiros e outros grupos que tentam expropriar terras indígenas, mas a Constituição sem dúvida deu aos indivíduos dessas etnias a oportunidade de serem tratados como cidadãos, e de reivindicarem seus direitos perante a lei, conforme eles sejam violados por outrem, como os invasores de terras, cujas práticas de grilagem têm sido mais comuns no Norte do país. Nesses casos, embora na maior parte das vezes pouco possa ser feito, a lei resguarda os direitos dos índios e tende a protegê-los como cidadãos. Esse é um avanço importante a destacar no que concerne à maneira como o Brasil tem tratado seus nativos. NÓS QUEREMOS SABER! O que a cidadania tem a ver com a educação indígena? A cidadania, requisito para ser considerado indivíduo portador de direitos no contexto da sociedade de direitos brasileiros, implica que todos os brasileiros têm direitos civis, políticos e sociais assegurados pela Constituição Federal de Nesse âmbito de cidadãos, os indígenas são portadores de alguns direitos específicos, como a preservação de sua cultura e sua disseminação como conteúdo obrigatório, visto tratar-se de elemento constitutivo da cultura nacional desde a fundação, ou seja, desde o Descobrimento. Assim, a educação indígena tem tudo a ver com a cidadania. 13

14 Temas selecionados da educação A cidadania indígena tem se constituído a partir da demarcação de terras, da educação bilíngue e diferenciada, e do respeito às diferenças, ainda que muito da legislação ainda careça de implementação efetiva. Esse, entretanto, é um problema maior que atinge a todos os brasileiros: o quanto a lei é respeitada. O mais importante, neste caso, são as mudanças que se percebem, como a educação diferenciada, as reivindicações provenientes de lideranças indígenas e a busca do respeito e o apego às tradições. Figura 3 Imagem representando a Constituição Federal de 1988: repositório dos direitos dos indígenas e de todos os brasileiros. Fonte: Shutterstock, Os povos indígenas e a escolarização: processos atuais de reinserção da cultura indígena via cursos de graduação direcionados a esse estrato da sociedade brasileira Neste tópico, pretendemos identificar, através de alguns exemplos, como os cursos de graduação criados para indivíduos oriundos de tribos indígenas têm contribuído para manter, ou mesmo reinserir, a cultura indígena entre os povos vítimas da aculturação ao longo dos séculos de contato com o homem branco Reinserção da cultura indígena: educação e cidadania ativa A Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE nº 3 de 14 de dezembro de 1999, estabelece normas e diretrizes da educação indígena, observadas certas especificidades. Em três dos seus artigos estão expostas as peculiaridades do ensino e da formação para a educação ou escolarização indígena, a saber: 14 Laureate- International Universities

15 Art. 6º A formação dos professores das escolas indígena será específica, orientar-se-á pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e será desenvolvida no âmbito das instituições formadoras de professores. Parágrafo único. Será garantida aos professores indígenas a sua formação em serviço e, quando for o caso, concomitantemente com a sua própria escolarização. Art. 7º Os cursos de formação de professores indígenas darão ênfase à constituição de competências referenciadas em conhecimentos, valores, habilidades e atitudes, na elaboração, no desenvolvimento e na avaliação de currículos e programas próprios, na produção de material didático e na utilização de metodologias adequadas de ensino e pesquisa. Art. 8º A atividade docente na escola indígena será exercida prioritariamente por professores indígenas oriundos da respectiva etnia. No Brasil, já temos algumas universidades que oferecem a graduação em educação indígena para a formação de professores desta mesma etnia, conforme veremos adiante Cursos de Formação Indígena: por que e para quê? Nas universidades brasileiras, prioritariamente nas federais, a preocupação acadêmica com a preservação das raízes culturais indígenas já existe há bastante tempo. Com a legislação em vigor desde o início dos anos de 1990, essa preocupação se transformou em ações concretas no sentido da preservação e resgate da cultura indígena no país. Como resultado, foram criados cursos de formação de professores de origem indígena em algumas destas universidades, com destaque para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que criou o Curso de Educação Básica Indígena: Formação Intercultural de Professor (Fiei), estruturado com a intenção de formar docentes de origem indígena para o Ensino Fundamental e Ensino Médio em algumas áreas específicas, conforme determinado no projeto pedagógico do curso, em parte reproduzido abaixo: O curso tem como objetivo formar e habilitar professores indígenas, com enfoque intercultural, para lecionar nas Escolas de Ensino Fundamental e de Ensino Médio, com áreas de concentração em LÍNGUA, ARTE e LITERATURA; CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA; CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES. Está dirigido para professores indígenas, que estão no exercício do Magistério nas escolas indígenas de suas aldeias e que ainda não tiveram a oportunidade de se qualificar para a profissão que exercem, através de um Curso Superior. Pretende formar educadores interculturais, comprometidos com sua comunidade indígena, que possam intervir em sua realidade de modo a transformá-la, tendo como eixo a reflexão sobre a prática vivida, utilizando, para isto, os instrumentos culturais construídos no curso, através de um processo de pesquisa-ação. Está organizado em tempos/espaços diferenciados, dando ênfase e valorizando a experiência socioprofissional dos educandos, com tempos de formação na UFMG e tempos no próprio espaço de atuação e vivência dos estudantes. A etapa de formação na universidade é denominada de Etapa Intensiva, e o período de formação que continua nas aldeias é chamado de Etapa Intermediária. Tem a duração de cinco anos, constituído de 10 Etapas Intensivas e 09 Etapas Intermediárias. (Curso de Educação Básica Indígena: Formação Intercultural de Professor FIEI, Projeto Pedagógico do Curso, S/D, p. 4) Conforme explicitado no Projeto Pedagógico do curso, a intenção é formar professores com dupla habilitação, que compreende a habilitação no Ensino Fundamental e a habilitação no Ensino Médio, com áreas de concentração em Língua, Arte e Literatura, Matemática e Ciências da Natureza, Ciências Sociais e Humanidades. O curso de licenciatura em Educação Indígena foi criado em conformidade com a legislação vigente, visando formar professores indígenas com foco no seu papel de educador indígena, atuando sobre especificidades referentes ao ambiente e à cultura. Nesse sentido, o curso foi estruturado com três eixos temáticos que se dividem em: Conhecimento Socioambiental, Múltiplas Linguagens e Escola e seus sujeitos. Estes eixos estruturam a abordagem dos conteúdos curriculares de natureza científico-cultural, assim como situam as diferentes atividades acadêmicas. (Curso de Educação Básica Indígena: Formação Intercultural de Professor FIEI, Projeto Pedagógico do Curso, S/D, p. 4) 15

16 Temas selecionados da educação Como se pode perceber por estas e outras iniciativas, como o curso de Aperfeiçoamento em Gestão Etnoterritorializada em Educação Escolar Indígena, criado no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a criação destes cursos é resultado da demanda crescente por uma educação indígena que contemple as questões étnicas, e da legislação pertinente, que busca incorporar elementos de modo categórico no processo de ensino e aprendizagem indígenas. Assim, de acordo com a legislação pertinente ao tema da educação indígena hoje, a educação deve ser protagonizada por um elemento proveniente de comunidades indígenas, ou um professor de origem indígena, para que o processo educacional realmente tenha como base a preservação ou manutenção da cultura. Nesse sentido, muitas comunidades indígenas têm atuado no sentido de envolver seus membros na escolarização até o Ensino Superior ou Pós-graduação, para que estes retornem a suas comunidades de origem e atuem como docentes na educação básica, propiciando aos seus uma escolarização que prioriza a valorização cultural indígena e sua preservação. Um programa pioneiro no sentido de desenvolver uma educação escolar indígena praticada pelos membros das próprias comunidades foi implementado em Minas Gerais. Conforme Pereira (2009, p. 3), [...] a partir de 1995 que a Secretaria Estadual da Educação instituiu o Projeto de Implantação das Escolas Indígenas no Estado, com o objetivo de criar escolas nas quatro áreas indígenas e suas respectivas etnias oficialmente reconhecidas até aquele momento. São elas: Krenak, Maxacali, Pataxó e Xacriabá. Trata-se de um projeto da Secretaria de Estado da Educação (SEE), em convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Estadual de Floresta (IEF). Esse projeto foi o primeiro passo no Estado de Minas Gerais, e um dos primeiros no país, para adequar a educação indígena à Constituição Federal (ensino indígena preferencialmente ministrado por indivíduos provenientes de comunidades indígenas). Até aquele período histórico, conforme indicado em Pereira (2009), os professores eram, em sua maioria, leigos, e os poucos indígenas que lecionavam, também leigos, tinham completado apenas a 4ª série do Ensino Fundamental. A partir desse cenário foi criado o Curso de Formação de Educadores Indígenas de Minas Gerais para o Magistério de Primeiro Grau. O processo de criação do curso foi iniciado em 1993 após dois encontros entre as entidades estatais participantes e representantes de comunidades indígenas, dando início ao Programa de Implementação de Escolas Indígenas de Minas Gerais. A implementação desse programa teve como participantes ativos membros das principais comunidades indígenas do Estado (Maxacalis, Xacriabás, Krenak e Pataxó). Tais etnias, junto com as entidades como a Fundação Nacional do Índio, reivindicavam melhores condições escolares nas comunidades indígenas. Esse projeto, e sua implementação posterior, foi a primeira semente do curso de graduação em educação indígena da Universidade Federal de Minas Gerais, em cuja elaboração sempre estiveram envolvidos alguns dos professores da Faculdade de Educação, comprometidos com a questão da escolarização indígena. O curso de formação de professores é o principal produto do projeto, que os Maxacalis batizaram de Uhitup (alegria). O principal objetivo do projeto é a construção de uma educação indígena diferenciada, dentre outros, conforme destaca Pereira (2009, p. 4-5): construir democraticamente uma proposta experimental, diferenciada, bilíngue e intercultural para a formação específica do professor de cada nação indígena mineira; habilitar o professor em formação para o exercício da profissão; viabilizar o ingresso do professor indígena na carreira do magistério e sua integração no Plano de Carreira do Magistério e no Plano de Cargos e Salários da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais. 16 Laureate- International Universities

17 Para saber mais, vale a pena ler o artigo da professora Veronica Mendes Pereira intitulado: Educação Escolar Indígena em Minas Gerais, publicado em 2009 na Revista Paidéia do Curso de Pedagogia da Universidade Fumec, ano 6, n. 6, jan./jun Disponível em: < fumec.br/revistas/paideia/article/view/942/713>. Assim, hoje a educação indígena é de fundamental importância, e tem sido planejada, conforme se pode verificar pelo caso prático relatado acima, para preservar os usos e costumes ou para resgatá-los entre os membros das diferentes etnias existentes no país. A legislação já existe, e muitas ações têm sido efetuadas nesse sentido, para que as raízes culturais não se percam para as novas gerações, ainda que parte delas seja fruto da miscigenação em muitas regiões do país. O mais importante é que a escolarização indígena siga os parâmetros estabelecidos para sua preservação, e dissemine as boas práticas da manutenção da cultura, que é parte do patrimônio de todos os brasileiros. Os cursos de formação indígena como os da UFMG devem prosperar, assim como os cursos de formação (licenciaturas) para a Educação no Campo, por motivos muitos parecidos afinal: a preservação de modos de vida e de culturas que, de outro modo, podem se perder ao longo do tempo, empobrecendo a cultura geral do país. O objetivo expresso dos cursos de formação indígena em nível de graduação, como o curso da UFMG, seria formar docentes aptos a atuar na realidade de suas nações e etnias, com o intuito de produzir mudanças qualitativas nas suas comunidades, bem como fomentar mudanças no ensino das populações indígenas, considerando sempre as questões relativas às reais necessidades dos remanescentes dessas nações. Além disso, os professores formados nesses cursos estariam aptos a produzir material didático- -pedagógico aplicável nas suas comunidades de origem e em outras similares. Outros aspectos a destacar são os calendários acadêmicos compatíveis, e a estrutura do sistema de ensino e do processo de escolarização indígena, que deveria ser conduzido com base nas necessidades que seus membros, com formação adequada, fossem capazes de detectar e adequar para as novas gerações. Quanto aos cursos de pós-graduação, como o curso de Aperfeiçoamento da UFRJ, eles atendem a uma demanda de formação específica a ser realizada após a graduação. Ainda que não se destinem somente aos indivíduos provenientes de nações indígenas, é uma iniciativa que demonstra como a questão tem mobilizado educadores e instituições, no sentido de acomodá-la no âmbito acadêmico. Trata-se de uma resposta positiva às necessidades de formação no contexto da educação indígena, com vistas a uma melhor adequação da lei e das necessidades das comunidades por educadores formados, e com sólidos conhecimentos na área. Os cursos de graduação para oriundos de comunidades indígenas, como o que foi criado na Universidade Federal de Minas Gerais, surgiram como resultado da luta dos próprios índios, e de outros atores importantes, tendo em vista as necessidades educacionais dos indígenas que vivem (ou viviam) nas aldeias, e sua ânsia por um aprendizado diferenciado em relação ao que os brancos que coabitam as mesmas regiões do Estado recebem. A universidade aceitou o desafio de ampliar a oferta de educação indígena, que já existia no Estado para o Ensino Médio, criando um curso específico de graduação para oriundos de comunidades indígenas. Este exemplo é indicativo de que a cultura indígena tem sido assimilada como uma componente importante e de necessária preservação por parte dos próprios remanescentes das diferentes nações existentes no país. Não por acaso, outras iniciativas nesse sentido têm surgido em Estados como Santa Catarina. 17

18 Temas selecionados da educação 3.4 Diferenças sociais e de raça, e singularidades na educação indígena Agora temos como objetivo entender e procurar definir como as diferenças sociais e de raça se refletem na educação indígena Diferenças sociais e de raça na educação indígena No contexto da educação indígena em curso no Brasil, as diferenças sociais se apresentam desde a escolarização. Isto ocorre porque, dentre outras razões, os indivíduos provenientes de nações indígenas, na maior parte das vezes, têm que se adequar a uma escola dita normal, que aceita alunos sem observação de suas diferenças e sem trabalharem conteúdos particularizados. Portanto são duas questões que se colocam aqui: a questão da cultura indígena como umas das influências mais fortes sobre a cultura brasileira, e a questão da inserção dos indígenas na comunidade escolar, no que concerne à preservação e à observação de seus usos e costumes. Nos parâmetros curriculares nacionais, a questão indígena e a influência de sua cultura sobre a brasileira são conteúdos obrigatórios. Ao mesmo tempo, se observa que esta cultura ainda é pouco disseminada e preservada dentro dos espaços das próprias escolas indígenas (que ainda são em pequeno número, considerando a necessidade), localizadas no interior dos territórios das aldeias ou tribos. Temos, portanto, dois aspectos de igual importância a considerar: a educação indígena como conteúdo obrigatório nas escolas em geral no país, e o processo de escolarização nas escolas dos índios, como ele ocorre e o quanto está inserido na realidade social. Quanto ao tema da escolarização normal e o conteúdo curricular obrigatório que trata de etnias e suas influências sobre a cultura brasileira, podemos perceber que há um esforço contínuo por parte das escolas e dos docentes de produzir material que contemple essa especificidade da cultura brasileira, multifacetada como é. Dessa maneira, o currículo das escolas tem contemplado a questão ao tratar da cultura brasileira de forma a pelo menos introduzir a cultura indígena enquanto influência sobre a cultura geral do país, desde o processo do Descobrimento. Como se trabalha esse conteúdo em sala de aula é de difícil mensuração, mas o fato é que todas as escolas tendem a respeitar os PCNs, e adotar a exposição da cultura indígena como componente da cultura brasileira nas escolas, sejam elas públicas ou particulares. Quanto ao processo de escolarização nas escolas indígenas, tem acontecido em precárias condições de boa parte das escolas situadas no campo. No caso de aldeias indígenas, como se pode perceber pelos dados do Censo Demográfico de 2010, o percentual de alfabetizados mesmo, em terras próprias dos índios, na faixa etária de 15 anos ou mais de idade, supera os 30%. Fora das terras indígenas, em áreas urbanas, a alfabetização desta faixa etária se aproxima da alfabetização da mesma faixa etária nos demais estratos da população urbana brasileira. 18 Laureate- International Universities

19 Distribuição percentual das pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, por localização do domicílio segundo a condição de alfabetização - Brasil (%) Total Terras Indígenas Alfabetizados Fonte: IBGE, Genso Demagráfico Fora de Terras Indígenas Analfabetos Figura 4 Distribuição percentual das pessoas indígenas. Fonte: < Nesse sentido, podemos perceber que as escolas nas aldeias ainda não conseguem atingir um percentual maior de alfabetizados por razões que se descortinam desde a rotina diferenciada de vida desses indígenas, até as condições precárias das escolas no interior das comunidades, aliadas à falta de docentes com formação adequada para proceder à alfabetização satisfatória nas aldeias, principalmente quando se trata de regiões remotas do Norte do país. Algumas das questões a considerar são problematizadas em cursos de formação, como os oferecidos na UFMG. Dentre essas questões, está a da adequação das escolas, faculdades e universidades para ofertarem cursos que capacitem os docentes provenientes de tribos indígenas. Ainda, faltam materiais didático-pedagógicos entre outros pra procederem a essa formação. Portanto, a formação indígena adequada e desejável ainda está longe do ideal, visto que são poucas as instituições no país que conseguem ofertar cursos para docentes indígenas, embora estes tendam a aumentar. No presente, são ainda insuficientes, e a alfabetização no interior das aldeias e territórios se depara com a falta de docentes preparados, e que dominem metodologias adequadas para lidar com a diversidade cultural proveniente das diferentes etnias indígenas existentes em território brasileiro. Como observado de modo geral, faltam capacitados para lidar com essa realidade, além de um projeto político-pedagógico que possa ser aplicado aos indígenas conforme as especificidades culturais desses povos Educação e singularidades culturais dos indígenas A dimensão do país e a variedade de nações indígenas nele presentes, constituem-se como duas singularidades com relação à adequação de um processo de ensino e aprendizagem no interior de nações indígenas. Outra singularidade diz respeito às características linguísticas, apontadas pelo Censo 2010, que detectou 274 línguas indígenas faladas por indivíduos pertencentes a 305 etnias diferentes. Com a ressalva de que os estudos precisam ser complementados para definir se estes números são reais, ou se as etnias são subgrupos dentro de um grande grupo linguístico ou étnico. Ainda assim, o IBGE ultrapassou em muito o que a Funai esperava encontrar nesse sentido. Essas disparidades, em termos de línguas e etnias, demonstram que o caminho para a formação de docentes em educação indígena ainda é longo, pois são necessárias adequações em vários níveis para que esses docentes consigam atingir minimamente a escolarização básica adequada a esses povos. 19

20 Temas selecionados da educação Iniciativas como a da Universidade de Minas Gerais demonstram que é possível unir as necessidades de várias nações em um tronco comum de disciplinas, e a partir dele os professores em formação passarem a definir sua instrução com base nas experiências que carregam da docência, que são anteriores à graduação. Esse caminho pode ser uma solução para pensar a formação docente de indígenas para que atuem nas diferentes nações do país. E esta adequação tem, devido às disparidades regionais, de ser pensada conforme as regiões geográficas de atuação desses docentes. Nesse sentido, o mapa do Brasil tem que ser redesenhado conforme as necessidades dessas nações orientadas à formação docente. Em termos práticos, por exemplo, as fronteiras do Estado do Amazonas e do Pará não necessariamente coincidem com as terras indígenas demarcadas de determinada nação indígena. Para contatar esses povos e conseguir a instalação de escolas indígenas, o Estado e os municípios desta região devem entrar em processo de cooperação para elaboração de um plano que contemple os indivíduos provenientes de tais etnias, cujos interesses sejam disseminar a cultura, e dar-lhes uma formação adequada ao contexto étnico-linguístico destas regiões. As políticas públicas têm que ser formuladas lado a lado com as comunidades, de forma a atenderem aos interesses destas e dos municípios e Estados, com relação à alfabetização indígena. Estas são propostas que já estão em lei, e cabe aos Estados e municípios buscarem parcerias para que de fato se estabeleçam modelos de ação que contemplem a formação docente, guardadas as especificidades étnico-linguísticas. Ou seja, singularidades dizem respeito a etnias, a línguas nativas, a pressupostos e modos de vida. Nenhuma dessas variáveis pode ser ignorada na elaboração de políticas públicas que visem à educação indígena e, sobretudo, à formação do docente indígena. 20 Laureate- International Universities

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