Rodada #1 Direito Penal

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1 Rodada #1 Direito Penal Professor Pedro Ivo Assuntos da Rodada DIREITO PENAL (PEN): Noções Introdutórias, Infração penal: elementos, espécies. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade. Erro de tipo; erro de proibição. Imputabilidade penal. Concurso de pessoas. Crimes contra a pessoa. Crimes contra o patrimônio. Crimes contra a Administração Pública. Abuso de autoridade (Lei 4.898/65). Tráfico 13 ilícito de drogas (Lei /2006). Crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/90). Estatuto da Criança e do Adolescente. Estatuto do Desarmamento: Lei /2003 e Decreto 5.123/2004.

2 a. Teoria em Tópicos 1. A lei penal é a fonte formal imediata do Direito Penal e é classificada pela doutrina majoritária em incriminadora e não incriminadora. 2. Dizemos incriminadoras aquelas que criam crimes e cominam penas. 3. Dizemos não incriminadoras as que não criam delitos e nem cominam penas. As não incriminadoras subdividem-se em: 3.1. Permissivas: Autorizam a prática de condutas típicas Exculpantes: Estabelecem a não culpabilidade do agente ou caracterizam a impunidade de algum crime Interpretativas: Explicam determinado conceito, tornando clara a sua aplicabilidade. 4. A analogia jurídica consiste em aplicar a um caso não previsto pelo legislador a norma que rege caso análogo, semelhante. A analogia não diz respeito à interpretação jurídica propriamente dita, mas à integração da lei, pois sua finalidade é justamente suprir lacunas desta. Classifica-se em: 4.1. Analogia in malam partem: É aquela em que se supre a lacuna legal com algum dispositivo prejudicial ao réu. Isto não é possível no nosso ordenamento jurídico Analogia in bonam partem: Neste caso, aplica-se ao caso omisso uma norma favorável ao réu. Este tipo de analogia é aceito em nosso ordenamento jurídico. 2

3 5. A regra geral no Direito Penal é a da prevalência da lei que se encontrava em vigor quando da prática do fato, ou seja, aplica-se a lei vigente quando da prática da conduta Princípio do Tempus Regit Actum. 6. Novatio legis incriminadora ocorre quando um indiferente penal (conduta considerada lícita frente à legislação penal) passa a ser considerado crime pela lei posterior. Neste caso, a lei que incrimina novos fatos é irretroativa, uma vez que prejudica o sujeito. 7. A lei penal pode, também, ser mais gravosa. Aqui não temos a tipificação de uma conduta antes descriminalizada, mas sim a aplicação de tratamento mais rigoroso a um fato já constante como delito. Para esta situação também não há que se falar em retroatividade, pois, se a nova lei for mais grave terá aplicação apenas a fatos posteriores à sua entrada em vigor. Jamais retroagirá, conforme determinação constitucional. 8. O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei nova trata como lícito fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor, quando a lei nova descriminaliza fato que era considerado infração penal. Opera-se a extinção da punibilidade. Encontra embasamento no artigo 2º do Código Penal. 9. Segundo os princípios que regem a lei penal no tempo, a lei abolicionista É norma penal retroativa, atingindo fatos pretéritos, ainda que acobertados pelo manto da coisa julgada. Isto porque o respeito à coisa julgada é uma garantia do cidadão em face do Estado. Logo, a lei posterior só não pode retroagir se for prejudicial ao réu. 10. A prescrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura 3

4 carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do princípio da humanidade. 11. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 12. A lei mais favorável é retroativa. Sendo assim, somente podemos falar em retroatividade quando lei posterior for mais benéfica ao agente, em comparação àquela que estava em vigor quando o crime foi praticado. 13. Quando se diz que uma lei penal é dotada de ultratividade, quer-se afirmar que ela, apesar de não mais vigente, continua a vincular os fatos anteriores à sua saída do sistema. Assim, para a situação, em que um delito é praticado durante a vigência de uma lei que posteriormente é revogada por outra prejudicial ao agente, ocorrerá a ultratividade da lei. 14. As leis excepcionais e temporárias são auto revogáveis, ou seja, não há necessidade da edição de outra lei para retirá-las do ordenamento jurídico. É suficiente para tal o decurso do prazo ou mesmo o término de determinada situação. Para que sua aplicabilidade seja plena, o legislador percebeu ser necessária a manutenção de seus efeitos punitivos após sua vigência aos que afrontaram a norma quando vigorava. 15. As leis excepcionais e temporárias possuem ultratividade, pois se aplicam sempre ao fato praticado durante sua vigência. 16. Normas penais em branco são disposições cuja sanção é determinada, permanecendo indeterminado o seu conteúdo; Sua exequibilidade depende do 4

5 complemento de outras normas jurídicas ou da futura expedição de certos atos administrativos; Classificam-se em: Normas Penais em Branco em Sentido Lato: São aquelas em que o complemento é determinado pela mesma fonte formal da norma incriminadora, ou seja, o complemento tem a mesma natureza jurídica e provém do mesmo órgão que elaborou a lei penal incriminadora Normas Penais em Branco em Sentido Estrito: São aquelas cujo complemento está contido em norma procedente de outra instância legislativa, ou seja, o complemento tem natureza jurídica diversa e emana de órgão distinto daquele que elaborou a lei penal incriminadora. 17. Alguns autores referem-se à chamada lei penal em branco inversa ou ao avesso. Trata-se de situação em que o preceito primário é completo, mas o secundário necessita de complementação. Neste caso, o complemento só pode ocorrer por lei sob pena de afronta ao princípio da reserva legal. 18. O entendimento majoritário é o de que deve haver a retroação da lei penal em branco, tal qual ocorre com as demais normas. Cabe, entretanto, ressaltar que quando o complemento se inserir em um contexto de excepcionalidade, a sua modificação, ainda que benéfica ao réu, não pode retroagir. Trata-se, simplesmente, da aplicação do disposto no art. 3º do Código Penal que garante a ultratividade das leis penais excepcionais. 19. Em princípio, o artigo 3º do Código Penal se aplica a norma penal em branco, na hipótese de o ato normativo que a integra ser revogado ou substituído por outro mais benéfico ao infrator, não se dando, portanto, a retroatividade. Essa aplicação só não se faz quando a norma, que complementa o preceito penal em branco, importa real modificação da figura abstrata nele prevista ou se assenta em motivo 5

6 permanente, insusceptível de modificar-se por circunstancias temporárias ou excepcionais, como sucede quando do elenco de doenças contagiosas se retira uma por se haver demonstrado que não tem ela tal característica. 20. Ocorre o conflito aparente de normas penais quando o mesmo fato se amolda a duas ou mais normas incriminadoras. A conduta, única, parece subsumir-se em diversas normas penais. Ou seja, há uma unidade de fato e uma pluralidade de normas contemporâneas identificando aquele fato como criminoso. 21. Não é admissível que duas ou mais leis penais ou dois ou mais dispositivos da mesma lei penal se disputem, com igual autoridade, exclusiva aplicação ao mesmo fato. Para evitar a perplexidade ou a intolerável solução pelo bis in idem, o direito penal (como o direito em geral) dispõe de regras, explícitas ou implícitas, que previnem a possibilidade de competição em seu seio. 22. A doutrina, regra geral, indica 04 princípios a serem aplicados a fim de solucionar o conflito aparente de leis penais, são eles: Princípio da Especialidade: Estabelece que a lei especial prevalece sobre a geral. Considera-se lei especial aquela que contém todos os requisitos da lei geral e mais alguns chamados especializantes Princípio da Subsidiariedade: Ocorre a subsidiariedade expressa, quando a própria norma reconhecer seu caráter subsidiário, admitindo incidir somente se não ficar caracterizado o fato de maior gravidade. No caso da subsidiariedade tácita a norma nada diz, mas, diante do caso concreto, verificase seu caráter secundário Princípio da Consunção: Conhecido também como princípio da absorção, é um princípio aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com existência de um nexo de dependência. De acordo com tal princípio, o crime 6

7 mais grave absorve o crime menos grave. Ao contrário do que ocorre no princípio da especialidade, aqui não se reclama a comparação abstrata entre as leis penais. Comparam-se os fatos, inferindo-se que o mais grave consome os demais, sobrando apenas a lei penal que o disciplina Princípio da Alternatividade: Ocorre quando uma norma jurídica prevê diversas condutas, alternativamente, como modalidades de uma mesma infração. Para estes casos, mesmo que o infrator cometa mais de uma dessas condutas alternativas, isto é, se, acaso, violar mais de um dever jurídico, será apenado somente uma vez. 23. Para determinar o tempo do crime, a doutrina criminal tem apresentado três teorias, quais sejam, a teoria da atividade, do resultado e da ubiquidade (mista). 24. Teoria da Atividade: O crime ocorre no momento em que foi praticada a ação ou omissão, ou seja, a conduta criminosa. 25. Teoria do Resultado: O crime ocorre no momento em que ocorreu o resultado. 26. Teoria da Ubiquidade: Também conhecida por teoria mista, já que para esta teoria o crime ocorre tanto no momento em que foi praticada a ação ou omissão (atividade) como onde se produziu, ou deveria se produzir o resultado (resultado). 27. O Código Penal adota claramente, em seu artigo 4º, a teoria da atividade para determinar o tempo do crime: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado 28. A adoção da teoria da atividade para a determinação do tempo do crime apresenta algumas consequências, tais como: Aplica-se a lei em vigor ao tempo da conduta, 7

8 exceto se a do tempo do resultado for mais benéfica; e; apura-se a imputabilidade no momento da conduta. 29. Nos crimes permanentes, enquanto perdura a ofensa ao bem jurídico (Exemplo: extorsão mediante sequestro), o tempo do crime se dilatará pelo período de permanência. Assim, se o autor, menor, durante a fase de execução do crime vier a atingir a maioridade, responderá segundo o Código Penal e não segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA (Lei n /90). 30. Nos crimes continuados em que os fatos anteriores eram punidos por uma lei, operando-se o aumento da pena por lei nova, aplica-se esta última a toda unidade delitiva, desde que sob a sua vigência continue a ser praticado. 31. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. (Súmula nº 711, do STF). 32. No Crime Habitual em que haja sucessão de leis, deve ser aplicada a nova, ainda que mais severa, se o agente insistir em reiterar a conduta criminosa. 33. A regra geral, segundo a doutrina, para dirimir conflitos e dúvidas é a utilização do princípio da territorialidade, ou seja, aplica-se a lei penal aos crimes cometidos em território nacional. Há exceções que ocorrem quando o brasileiro pratica crime no exterior ou um estrangeiro comete delito no Brasil. Fala-se, assim, que o Código Penal adotou o princípio da territorialidade temperada ou mitigada. 8

9 34. Fala-se em princípio da territorialidade temperada ou mitigada por haverem exceções ao princípio da territorialidade. A doutrina trata tais excepcionalidades através dos seguintes princípios: Princípio da Nacionalidade ou da Personalidade: Autoriza a submissão à lei brasileira dos crimes praticados no estrangeiro por autor brasileiro ou contra vítima brasileira. Este princípio se subdivide em outros dois: Princípio da Personalidade Ativa: Só se considera a nacionalidade do autor do delito, ou seja, independentemente da nacionalidade do sujeito passivo e do bem jurídico ofendido, o agente é punido de acordo com a lei brasileira. Encontra-se disposto no art. 7.º, I, alínea d e II, b do Código Penal Princípio da Personalidade Passiva: Considera-se somente a nacionalidade da vítima do delito. Encontra previsão no art. 7.º, 3º, do Código Penal Princípio da Defesa Real ou da Proteção: A lei penal é aplicada independentemente da nacionalidade do bem jurídico atingido pela ação delituosa, onde quer que ela tenha sido praticada e independente da nacionalidade do agente. O Estado protege os seus interesses além das fronteiras. (Art. 7º, I, a, b e c, do Código Penal) Princípio da Justiça Universal: É um princípio baseado na cooperação penal internacional e permite a punição, por todos os Estados, da totalidade dos crimes que forem objeto de tratados e de convenções internacionais. Fundamenta-se no dever de solidariedade na repressão de certos delitos cuja punição interessa a todos os povos. Exemplos: Tráfico de drogas, comércio de seres humanos, genocídio etc. Encontra previsão no art. 7º, II, a, do Código Penal Princípio da Representação: Segundo este princípio, deve ser aplicada a lei penal brasileira aos crimes cometidos em aeronaves ou embarcações 9

10 brasileiras, mercantes ou de propriedade privada quando estiverem em território estrangeiro e aí não sejam julgados. Está previsto no artigo 7º, II, c, do Código Penal. 35. Em relação ao lugar do crime, o Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, valendo ressaltar que na própria previsão do art. 6 do Código Penal está incluída o lugar da tentativa, ou seja, "[...] onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado". 36. Busca-se, com a teoria mista do lugar do delito, solucionar o problema dos conflitos negativos de competência (Dentro do Território Nacional) e o problema dos crimes à distância (Brasil - Exterior), em que ação e o resultado se desenvolvem em lugares diversos. 37. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Sendo assim, concluímos que a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada quando idênticas. 10

11 b. Mapas Mentais 11

12 c. Revisão 01 QUESTÃO 01 - ADAPTADA - DEFENSOR - DPE-MA A prescrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do princípio da a) proporcionalidade. b) intervenção mínima do Estado. c) fragmentariedade do Direito Penal. d) humanidade. e) adequação social. QUESTÃO 02 - ADAPTADA - PERITO - PC-AC Observa-se nas leis temporárias que: a) não adotam a regra da retroatividade benigna. b) não são ultra-ativas nem retroativas. c) possuem a característica da retroatividade, sempre para beneficiar o réu. d) sua vigência depende da excepcionalidade que a gerou. e) sua vigência é previamente fixada pelo legislador. QUESTÃO 03 - ADAPTADA - DEFENSOR - DPE-MA João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na França. O autor do delito foi identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que residia no mesmo edifício que João. A Justiça francesa realizou o processo e ao final José foi definitivamente condenado a uma pena de 2 anos de prisão. Ambos retornaram ao país e José o fez antes mesmo de cumprir a sua condenação. Neste caso, conforme o Código Penal brasileiro, 12

13 a) não se aplica a lei penal brasileira, pois José já foi condenado pela justiça francesa. b) aplica-se a lei penal brasileira por ser o furto um delito submetido à extraterritorialidade incondicionada. c) aplica-se a lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro da Justiça. d) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a lei mais favorável. e) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em outro país. QUESTÃO 04 - ADAPTADA - ADVOGADO - CÂMARA DE ATIBAIA Acerca da aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta. a) A lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, ainda que decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram. b) A lei posterior, que de alguma forma favorecer o agente, será aplicada aos fatos anteriores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado. c) Considera-se praticado o crime no momento do resultado. d) Um crime praticado contra a vida ou a liberdade do Presidente da República, se cometido no estrangeiro, ficará sujeito à legislação do país em que tenha ocorrido. e) Ao crime cometido no território nacional aplica-se a lei brasileira, sem possibilidade de aplicação de qualquer tratado ou regra de direito internacional. QUESTÃO 05 - ADAPTADA - ADVOGADO - CÂMARA DE ATIBAIA De acordo com o Código Penal, a) considera-se lugar do crime aquele em que o resultado se produziu. b) no cômputo do prazo, não se inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento. c) aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações estrangeiras, de propriedade privada, que estejam em porto ou mar territorial do Brasil. 13

14 d) a sentença estrangeira não pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado à reparação do dano. e) em se tratando de pena cumprida no estrangeiro pelo mesmo crime, caso sejam diferentes as penas impostas, aquela cumprida no estrangeiro não atenuará a imposta no Brasil. QUESTÃO 06 - ADAPTADA - AUDITOR - TCM-RJ Determinada lei dispõe: Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei a) fere o princípio da legalidade. b) fere o princípio da anterioridade. c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. e) é uma norma penal em branco. QUESTÃO 07 - ADAPTADA - ANALISTA DE PROMOTORIA - MPE-SP Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que a) em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no artigo 4, adotou a teoria da ubiquidade. b) para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa, pois é considerado tempo do crime todo o período em que se desenvolver a atividade criminosa. c) em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no artigo 6, adotou a teoria da atividade. d) a nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em favor do agente, todos os efeitos penais e civis. e) o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica é absoluto, previsto constitucionalmente, sobrepondo-se até mesmo à ultratividade das leis excepcionais ou temporárias. 14

15 QUESTÃO 08 - ADAPTADA - DEFENSOR - DPE-MA Assinale a alternativa INCORRETA. a) Segundo entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade. b) O princípio tempus regit actum determina que a lei penal aplicável ao fato delitivo será aquela vigente à época em que este for julgado. c) No caso de crime permanente, aplica-se ao crime integral a nova lei, ainda que mais gravosa, se esta entrar em vigência durante a execução da conduta criminosa. d) Em matéria de direito penal transitório intertemporal, vige a regra da retroatividade da lei penal mais benéfica. e) Em relação às leis temporárias, vige a regra da ultra-atividade, de modo que se aplicam aos fatos praticados durante a sua vigência, embora decorrido o período de sua duração. QUESTÃO 09 - ADAPTADA - JULGADOR ADMINISTRATIVO - SEFAZ-PE Acusado em processo que apurou o crime de lavagem de dinheiro em concurso com o crime de organização criminosa teve uma pena altíssima. Quando lhe restava um terço para o cumprimento da pena, as modalidades criminosas praticadas tiveram suas penas reduzidas na metade. Nesse caso, o agente a) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada somente com os fatos ocorridos posteriormente, acompanhando as normas do processo penal. b) será favorecido com o reconhecimento da extinção de metade da pena restante para o cumprimento, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada neste patamar proporcionalmente, diante dos fatos praticados anteriormente. c) será favorecido com o reconhecimento da possibilidade de indenização pelo Estado, diante da lei posterior, devendo cumprir integralmente sua pena em face do trânsito em julgado. 15

16 d) será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada mesmo com os fatos praticados anteriormente. e) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada no caso de prever expressamente o efeito retroativo. QUESTÃO 10 - ADAPTADA - JUIZ - TJ-SC A afirmação de que o Direito Penal não constitui um sistema exaustivo de proteção de bens jurídicos, de sorte a abranger todos os bens que constituem o universo de bens do indivíduo, mas representa um sistema descontínuo de seleção de ilícitos decorrentes da necessidade de criminalizá-los ante a indispensabilidade da proteção jurídico-penal, amolda-se, mais exatamente, a) ao conceito estrito de reserva legal aplicado ao significado de taxatividade da descrição dos modelos incriminadores. b) à descrição do princípio da fragmentariedade do Direito Penal que é corolário do princípio da intervenção mínima e da reserva legal. c) à descrição do princípio da culpabilidade como fenô- meno social. d) ao conteúdo jurídico do princípio de humanidade relacionado ao conceito de Justiça distributiva. e) à descrição do princípio da insignificância em sua relativização na busca de mínima proporcionalidade entre gravidade da conduta e cominação de sanção. 16

17 d. Revisão 02 QUESTÃO 11 - CESPE - ASSESSOR - TCE-RN Segundo o princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deverá cuidar da proteção dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida social. QUESTÃO 12 - CESPE - ASSESSOR - TCE-RN A revogação de um tipo penal pela superveniência de lei descriminalizadora alcança também os efeitos extrapenais de sentença condenatória penal. QUESTÃO 13 - CESPE - TITULAR DE NOTAS - TJ-SE Em decorrência do princípio da irretroatividade, lei penal mais grave superveniente não se aplica na hipótese de crime continuado, independentemente das circunstâncias fáticas. QUESTÃO 14 - CESPE - ANALISTA - TJ-RO No conflito entre o jus puniendi do Estado, de um lado, e o jus libertatis do acusado, a balança deve se inclinar a favor do primeiro, porquanto prevalece, em casos tais, o interesse público. QUESTÃO 15 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-PE Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento de pena que se enquadra perfeitamente no caso em apreço. Nessa situação hipotética, a lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova legislação, antes da cessação da permanência do crime. QUESTÃO 16 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO

18 Por adotar a teoria da ubiquidade, o CP reputa praticado o crime tanto no momento da conduta quanto no da produção do resultado. QUESTÃO 17 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO A lei material penal terá vigência imediata quando for editada por meio de medida provisória, impactando diretamente a condenação do réu se a denúncia já tiver sido recebida. QUESTÃO 18 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO Considerando os princípios informativos da retroatividade e ultratividade da lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada mesmo quando a ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência. QUESTÃO 19 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO A novatio legis in mellius só poderá ser aplicada ao réu condenado antes do trânsito em julgado da sentença, pois somente o juiz ou tribunal processante poderá reconhecê-la e aplicá-la. QUESTÃO 20 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO Ainda que se trate de crime permanente, a novatio legis in pejus não poderá ser aplicada se efetivamente agravar a situação do réu. 18

19 e. Revisão 03 QUESTÃO 21 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-PE A lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova legislação, antes da cessação da permanência do crime. QUESTÃO 22 - CESPE - ANALISTA - TRE-MS O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às consequências jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da condenação, nem abarca as medidas de segurança. QUESTÃO 23 - CESPE - ESCRIVÃO - POLÍCIA FEDERAL No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a aplicação da lei apenas durante o seu período de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei penal mais benéfica, que comporta duas espécies: a retroatividade e a ultra-atividade. QUESTÃO 24- CESPE - ESCRIVÃO - POLÍCIA FEDERAL A contagem do prazo para efeito da decadência, causa extintiva da punibilidade, obedece aos critérios processuais penais, computando-se o dia do começo. Todavia, se este recair em domingos ou feriados, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. QUESTÃO 25 - CESPE - JUIZ - TJ-PI Em relação ao lugar do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria do resultado, considerando praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. QUESTÃO 26 - CESPE - JUIZ - TJ-PI

20 Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, mas, nas de multa, não se desconsideram as frações da moeda. QUESTÃO 27 - CESPE - JUIZ - TJ-PI A abolitio criminis, que possui natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade, conduz à extinção dos efeitos penais e extrapenais da sentença condenatória. QUESTÃO 28 - CESPE - JUIZ - TJ-PI Desde que em benefício do réu, a jurisprudência dos tribunais superiores admite a combinação de leis penais, a fim de atender aos princípios da ultratividade e da retroatividade in mellius. QUESTÃO 29 - CESPE - JUIZ - TJ-PI Em relação ao tempo do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria da atividade, considerando-o praticado no momento da ação ou omissão. QUESTÃO 30 - CESPE - ANALISTA - TJ-ES Uma das funções do princípio da legalidade refere-se à proibição de se realizar incriminações vagas e indeterminadas, visto que, no preceito primário do tipo penal incriminador, é obrigatória a existência de definição precisa da conduta proibida ou imposta, sendo vedada, com base em tal princípio, a criação de tipos que contenham conceitos vagos e imprecisos. 20

21 f. Normas comentadas CÓDIGO PENAL PARTE GERAL TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (No Direito Penal, o princípio da legalidade se manifesta pela locução nullum crimen nulla poena sine previa lege, prevista no artigo 1º, do Código Penal brasileiro, segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena sem prévia cominação legal. Além do status lege, o princípio também tem força constitucional. Nesse sentido, a Constituição da República consagrou-o no art. 5º, inciso XXXIX, que aduz "não haverá crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal" (princípio da legalidade e princípio da anterioridade). Portanto, trata-se de real limitação ao poder estatal de interferir na esfera das liberdades individuais.) Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 21

22 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei temporária é a que caracteriza viger durante determinado período de tempo previamente estabelecido pelo legislador na própria lei. Lei excepcional é a promulgada para viger enquanto persistir determinada situação anormal. Por exemplo: epidemias e guerras. Atende às transitórias necessidades estatais. Ambas possuem duas características: são ultra-ativas e são auto revogáveis.) Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 22

23 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Eficácia de sentença estrangeira Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. Contagem de prazo 23

24 Art O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Frações não computáveis da pena Art Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. Legislação especial Art As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. 24

25 g. Gabarito D B D A C A E B D B C E E E C E E C E E E E C E E E E E C C 25

26 h. Breve comentário às questões QUESTÃO 01 - ADAPTADA - DEFENSOR - DPE-MA A prescrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos condenados são desdobramentos do princípio da a) proporcionalidade. b) intervenção mínima do Estado. c) fragmentariedade do Direito Penal. d) humanidade. e) adequação social. O enunciado da questão expõe claramente o princípio da humanidade. Para Zaffaroni, esse princípio determina "a inconstitucionalidade de qualquer pena ou consequência do delito que crie uma deficiência física, como também qualquer consequência jurídica inapagável do delito." QUESTÃO 02 - ADAPTADA - PERITO - PC-AC Observa-se nas leis temporárias que: a) não adotam a regra da retroatividade benigna. b) não são ultra-ativas nem retroativas. c) possuem a característica da retroatividade, sempre para beneficiar o réu. d) sua vigência depende da excepcionalidade que a gerou. e) sua vigência é previamente fixada pelo legislador. As leis temporárias, salvo situações muito específicas, não gozam de retroatividade ou ultratividade. São leis feitas para vigorar em um período de tempo previamente fixado pelo legislador. Trazem em seu bojo a data de cessação de sua vigência. São leis que desde a sua entrada em vigor está marcada para morrer. 26

27 QUESTÃO 03 - ADAPTADA - DEFENSOR - DPE-MA João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na França. O autor do delito foi identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que residia no mesmo edifício que João. A Justiça francesa realizou o processo e ao final José foi definitivamente condenado a uma pena de 2 anos de prisão. Ambos retornaram ao país e José o fez antes mesmo de cumprir a sua condenação. Neste caso, conforme o Código Penal brasileiro, a) não se aplica a lei penal brasileira, pois José já foi condenado pela justiça francesa. b) aplica-se a lei penal brasileira por ser o furto um delito submetido à extraterritorialidade incondicionada. c) aplica-se a lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro da Justiça. d) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a lei mais favorável. e) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em outro país. Questão que exige o conhecimento do art. 7º, do Código Penal: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: [...] 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável QUESTÃO 04 - ADAPTADA - ADVOGADO - CÂMARA DE ATIBAIA Acerca da aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta. 27

28 a) A lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, ainda que decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram. b) A lei posterior, que de alguma forma favorecer o agente, será aplicada aos fatos anteriores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado. c) Considera-se praticado o crime no momento do resultado. d) Um crime praticado contra a vida ou a liberdade do Presidente da República, se cometido no estrangeiro, ficará sujeito à legislação do país em que tenha ocorrido. e) Ao crime cometido no território nacional aplica-se a lei brasileira, sem possibilidade de aplicação de qualquer tratado ou regra de direito internacional. Nos termos do art. 3º, do código Penal, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. QUESTÃO 05 - ADAPTADA - ADVOGADO - CÂMARA DE ATIBAIA De acordo com o Código Penal, a) considera-se lugar do crime aquele em que o resultado se produziu. b) no cômputo do prazo, não se inclui o dia do começo, mas sim o do vencimento. c) aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de embarcações estrangeiras, de propriedade privada, que estejam em porto ou mar territorial do Brasil. d) a sentença estrangeira não pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado à reparação do dano. e) em se tratando de pena cumprida no estrangeiro pelo mesmo crime, caso sejam diferentes as penas impostas, aquela cumprida no estrangeiro não atenuará a imposta no Brasil. Nos termos do art. 5º, 2º, do CP, é também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas 28

29 em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. QUESTÃO 06 - ADAPTADA - AUDITOR - TCM-RJ Determinada lei dispõe: Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei a) fere o princípio da legalidade. b) fere o princípio da anterioridade. c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. e) é uma norma penal em branco. A questão exige o conhecimento do art. 1º, do Código Penal, segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Tal dispositivo legal, segundo a doutrina majoritária, abarca o princípio da reserva legal e da anterioridade. No fato apresentado pela banca, não houve afronta à anterioridade, mas a reserva legal foi maculada. QUESTÃO 07 - ADAPTADA - ANALISTA DE PROMOTORIA - MPE-SP Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que a) em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no artigo 4, adotou a teoria da ubiquidade. b) para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa, pois é considerado tempo do crime todo o período em que se desenvolver a atividade criminosa. c) em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no artigo 6, adotou a teoria da atividade. d) a nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em favor do agente, todos os efeitos penais e civis. 29

30 e) o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica é absoluto, previsto constitucionalmente, sobrepondo-se até mesmo à ultratividade das leis excepcionais ou temporárias. A questão está de acordo com a súmula nº 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. QUESTÃO 08 - ADAPTADA - DEFENSOR - DPE-MA Assinale a alternativa INCORRETA. a) Segundo entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade. b) O princípio tempus regit actum determina que a lei penal aplicável ao fato delitivo será aquela vigente à época em que este for julgado. c) No caso de crime permanente, aplica-se ao crime integral a nova lei, ainda que mais gravosa, se esta entrar em vigência durante a execução da conduta criminosa. d) Em matéria de direito penal transitório intertemporal, vige a regra da retroatividade da lei penal mais benéfica. e) Em relação às leis temporárias, vige a regra da ultra-atividade, de modo que se aplicam aos fatos praticados durante a sua vigência, embora decorrido o período de sua duração. Nos termos da súmula nº 711, do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. QUESTÃO 09 - ADAPTADA - JULGADOR ADMINISTRATIVO - SEFAZ-PE Acusado em processo que apurou o crime de lavagem de dinheiro em concurso com o crime de organização criminosa teve uma pena altíssima. Quando lhe restava um terço para o cumprimento da pena, as modalidades criminosas praticadas tiveram suas penas reduzidas na metade. Nesse caso, o agente 30

31 a) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada somente com os fatos ocorridos posteriormente, acompanhando as normas do processo penal. b) será favorecido com o reconhecimento da extinção de metade da pena restante para o cumprimento, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada neste patamar proporcionalmente, diante dos fatos praticados anteriormente. c) será favorecido com o reconhecimento da possibilidade de indenização pelo Estado, diante da lei posterior, devendo cumprir integralmente sua pena em face do trânsito em julgado. d) será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada mesmo com os fatos praticados anteriormente. e) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada no caso de prever expressamente o efeito retroativo. Nos termos do parágrafo único do art. 2º, a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. QUESTÃO 10 - ADAPTADA - JUIZ - TJ-SC A afirmação de que o Direito Penal não constitui um sistema exaustivo de proteção de bens jurídicos, de sorte a abranger todos os bens que constituem o universo de bens do indivíduo, mas representa um sistema descontínuo de seleção de ilícitos decorrentes da necessidade de criminalizá-los ante a indispensabilidade da proteção jurídico-penal, amolda-se, mais exatamente, a) ao conceito estrito de reserva legal aplicado ao significado de taxatividade da descrição dos modelos incriminadores. 31

32 b) à descrição do princípio da fragmentariedade do Direito Penal que é corolário do princípio da intervenção mínima e da reserva legal. c) à descrição do princípio da culpabilidade como fenô- meno social. d) ao conteúdo jurídico do princípio de humanidade relacionado ao conceito de Justiça distributiva. e) à descrição do princípio da insignificância em sua relativização na busca de mínima proporcionalidade entre gravidade da conduta e cominação de sanção. Conforme leciona Rogério Sanches, o Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que a sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter subsidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem juridicamente tutelado (caráter fragmentário). É a partir daí que se verifica a importância do princípio da intervenção mínima (destinado especialmente ao legislador), segundo o qual o Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário (ultima ratio), mantendo-se subsidiário. Deve servir como a derradeira trincheira no combate aos comportamentos indesejados, aplicando-se de forma subsidiária e racional à preservação daqueles bens de maior significação e relevo. QUESTÃO 11 - CESPE - ASSESSOR - TCE-RN Segundo o princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deverá cuidar da proteção dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida social. Certa. Pelo princípio da intervenção mínima, o Direito Penal deve se abster de intervir em condutas irrelevantes e só atuar quando estritamente necessário, mantendo-se subsidiário e fragmentário. QUESTÃO 12 - CESPE - ASSESSOR - TCE-RN A revogação de um tipo penal pela superveniência de lei descriminalizadora alcança também os efeitos extrapenais de sentença condenatória penal. 32

33 Errada. Nos termos do art. 2º, do CP, ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Perceba que o Código Penal só se refere aos efeitos penais da sentença condenatória. Permanecem os civis, políticos e administrativos desde que tenha sido o fato objeto de sentença transitada em julgado. QUESTÃO 13 - CESPE - TITULAR DE NOTAS - TJ-SE Em decorrência do princípio da irretroatividade, lei penal mais grave superveniente não se aplica na hipótese de crime continuado, independentemente das circunstâncias fáticas. Errada. Conforme a súmula nº 711, do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. QUESTÃO 14 - CESPE - ANALISTA - TJ-RO No conflito entre o jus puniendi do Estado, de um lado, e o jus libertatis do acusado, a balança deve se inclinar a favor do primeiro, porquanto prevalece, em casos tais, o interesse público. Errada. Contraria o princípio clássico do "in dubio pro réu". QUESTÃO 15 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-PE Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento de pena que se enquadra perfeitamente no caso em apreço. Nessa situação hipotética, a lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova legislação, antes da cessação da permanência do crime. Correto. Nos termos da súmula nº 711, do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 33

34 QUESTÃO 16 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO Por adotar a teoria da ubiquidade, o CP reputa praticado o crime tanto no momento da conduta quanto no da produção do resultado. Errado. Com relação ao local do crime, no Brasil adota-se a teoria da ubiquidade, que considera que o local do crime é tanto onde ocorreu a conduta quanto onde ocorreu ou deveria ocorrer o resultado.(art. 6º). Entretanto, quanto ao tempo do crime, no Brasil, adota-se a teoria da atividade, ou seja, considera-se praticado o crime no momento da conduta. QUESTÃO 17 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO A lei material penal terá vigência imediata quando for editada por meio de medida provisória, impactando diretamente a condenação do réu se a denúncia já tiver sido recebida. Errada. Regra geral, é vedada, então, a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a direito penal e processual penal. QUESTÃO 18 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO Considerando os princípios informativos da retroatividade e ultratividade da lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada mesmo quando a ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência. Certa. A lei penal nova que traz benefícios é chamada de lex mitior ou novatio legis in mellius. Essa lei retroage para beneficiar o réu, até mesmo quando já há coisa julgada. QUESTÃO 19 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO A novatio legis in mellius só poderá ser aplicada ao réu condenado antes do trânsito em julgado da sentença, pois somente o juiz ou tribunal processante poderá reconhecê-la e aplicá-la. 34

35 Errada. A retroação beneficia tanto o réu quanto o condenado, de sorte que, de fato, a lei nova mais benéfica será aplicada mesmo quando a ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência. QUESTÃO 20 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-GO Ainda que se trate de crime permanente, a novatio legis in pejus não poderá ser aplicada se efetivamente agravar a situação do réu. Errada. Nos termos da súmula nº 711, do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou permanência. QUESTÃO 21 - CESPE - ESCRIVÃO - PC-PE A lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova legislação, antes da cessação da permanência do crime. Errada. Nos termos da súmula nº 711, do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou permanência. QUESTÃO 22 - CESPE - ANALISTA - TRE-MS O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às consequências jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da condenação, nem abarca as medidas de segurança. Errado. O princípio da legalidade, enunciado em sua expressão nullum crimen nulla poena sine previa lege, torna a questão incorreta. Conforme define o Código Penal, em seu art. 1.º, não há crime nem pena sem lei prévia. Assim, tanto o crime como a pena, que é uma consequência jurídica da infração penal (medida de segurança), têm de estar previstos em lei formal. QUESTÃO 23 - CESPE - ESCRIVÃO - POLÍCIA FEDERAL

36 No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a aplicação da lei apenas durante o seu período de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei penal mais benéfica, que comporta duas espécies: a retroatividade e a ultra-atividade. Certo. A atividade da lei é a regra e, sob a fundamentação na denominada teoria da ação, tem inteira aplicação para a fixação do tempo do crime e da lei aplicável. Quando a lei regula situações fora de seu período de vigência, ocorre a chamada extra-atividade, que é a exceção. Ao regular situações passadas, isto é, ocorridas antes do início de sua vigência, a extra-atividade denomina-se retroatividade; quando se aplica mesmo após a cessação de sua vigência, a extraatividade será chamada de ultra-atividade. QUESTÃO 24- CESPE - ESCRIVÃO - POLÍCIA FEDERAL A contagem do prazo para efeito da decadência, causa extintiva da punibilidade, obedece aos critérios processuais penais, computando-se o dia do começo. Todavia, se este recair em domingos ou feriados, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. Errado. Nos termos do art. 10 do Código Penal, o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Para efeito da decadência os prazos são contados de acordo com a regra do art. 10, diferentemente da contagem do prazo processual, em que se exclui o dia do começo e se este for domingo ou feriado o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. QUESTÃO 25 - CESPE - JUIZ - TJ-PI Em relação ao lugar do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria do resultado, considerando praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Errado. Segundo o art. 4.º do CP, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Neste caso, o legislador infraconstitucional adotou a teoria da ubiquidade, que 36

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