AULA 02 PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL QUESTÕES COMENTADAS. 1) Prova: FCC MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AULA 02 PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL QUESTÕES COMENTADAS. 1) Prova: FCC MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica"

Transcrição

1 ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO AULA 02 PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL QUESTÕES COMENTADAS 1) Prova: FCC MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica NÃO se aplica, em regra, a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de a) barco mercante estrangeiro de propriedade privada em águas territoriais brasileiras. b) navio de cruzeiro de propriedade de empresa estrangeira em águas territoriais brasileiras. c) aeronave brasileira a serviço do governo brasileiro em espaço aéreo estrangeiro. d) barco pesqueiro brasileiro de propriedade particular em águas territoriais estrangeiras. e) aeronave comercial estrangeira em vôo no espaço aéreo brasileiro. RESPOSTA : LETRA D O Código Penal Brasileiro limita o campo de validade da lei penal com observância de dois vetores fundamentais: a territorialidade (art. 5º) e a extraterritorialidade (art. 7º). Com base neles se estabelecem princípios que buscam solucionar os conflitos de leis penais no espaço. A territorialidade é a regra. Excepcionalmente, admitem-se outros princípios para o caso da extraterritorialidade, que são os da personalidade, do domicílio, da defesa, da justiça universal e da representação. Território é o espaço em que o Estado exerce sua soberania política. Cezar Roberto Bitencourt, ao estudar a matéria, leciona: O território nacional abrange efetivo ou real- compreende: a superfície terrestre (solo e subsolo), as águas territoriais ( fluviais, lacustres e marítimas) e o espaço aéreo correspondente. Entende-se, ainda, como sendo território nacional por extensão ou flutuante as 1

2 embarcações e as aeronaves, por força de uma ficção jurídica. Em sentido estrito, território abrange solo ( e subsolo), contínuo e com limites reconhecidos, águas interiores, mas territorial ( plataforma continental) e respectivo espaço aéreo. a) barco mercante estrangeiro de propriedade privada em águas territoriais brasileiras. b) navio de cruzeiro de propriedade de empresa estrangeira em águas territoriais brasileiras. e) aeronave comercial estrangeira em vôo no espaço aéreo brasileiro. É a aplicação do princípio da territorialidade, que segundo Cleber Masson, é a principal forma de delimitação do espaço geopolítico de validade da lei penal nas relações entre estados soberanos. Nesse sentido, dispõe o art. 5º do Código Penal: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Essa é a regra geral. Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos no território nacional. c) aeronave brasileira a serviço do governo brasileiro em espaço aéreo estrangeiro. É a hipótese prevista no art. 5ª, 1º do CP, vejamos: Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto mar. (Cleber Masson, pag. 142). d) barco pesqueiro brasileiro de propriedade particular em águas territoriais estrangeiras. Não se aplica, em regra, a lei brasileira nesta hipótese em destaque por ausência de previsão legal. Portanto, essa é a assertiva correta. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Alterado pela L ) 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Alterado pela L ) 2

3 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. (Alterado pela L ) No que pertine a assertiva em destaque, a análise ao art. 5º do Código Penal, revela que o território nacional compreende os navios e aeronaves, de natureza particular, em alto mar ou no espaço aéreo correspondente ao alto mar e também os navios e aeronaves, de natureza pública, onde quer que se encontrem. 2)Prova: FCC TJ-PE - Analista Judiciário - Área Judiciária - e Administrativa A respeito da aplicação da lei processual no espaço, considere: I. embarcações brasileiras de natureza pública, onde quer que se encontrarem. II. aeronaves brasileiras a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. III. embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se acharem em alto mar. IV. aeronaves brasileiras mercantes ou de propriedade privada que se acharem no espaço aéreo brasileiro. V. embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se acharem no espaço aéreo de outro país. Considera-se território brasileiro por extensão as indicadas APENAS em a) I e V. b) III e IV. c) II e III. d) I, II, IV e V. e) I, II, III e IV. RESPOSTA: LETRA E Conforme retromencionado, território brasileiro por extensão, está previsto na norma insculpida no art. 5º, 1º do Código Penal, vejamos: Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. a) I e V: 3

4 I. embarcações brasileiras de natureza pública, onde quer que se encontrarem; - Território Nacional por Extensão, art. 5º, 1º do CPB. Aplica-se, portanto, a lei penal brasileira. V. embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se acharem no espaço aéreo de outro país. hipótese não prevista na norma do art. 5º do CPB, portanto, não se trata de território nacional por extensão. b) III e IV III - embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se acharem em alto mar. Art. 5º, 1º, segunda parte:... bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. - Trata-se de território brasileiro por extensão, aplica-se portanto, a lei penal brasileira. IV. aeronaves brasileiras mercantes ou de propriedade privada que se acharem no espaço aéreo brasileiro c) II e III. Ambas as hipóteses se tratam de território brasileiro por extensão, aplica-se portanto, a lei penal brasileira II. aeronaves brasileiras a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem; - Art. 5º, 1º, CP:... as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem... III - embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se acharem em alto mar. Art. 5º, 1º, segunda parte:... bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. d) I, II, IV e V Apenas a assertiva V não se subsume a regra do art. 5º, 1º do Código Penal e, portanto, não se trata de Território Brasileiro por Extensão. Vejamos: V. embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se acharem no espaço aéreo de outro país. e) I, II, III e IV No que se refere a aplicação da lei penal no espaço, essa é a assertiva mais correta, por se tratar da mais completa, uma vez que incorpora todas as hipóteses enunciadas no art. 5º, 1º do CPB. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza 4

5 pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 3) Prova: FCC DPE-MA - Defensor Público Sobre a aplicação da lei penal e da lei processual penal no tempo, desde que não sejam de natureza mista, a) vigora apenas o mesmo princípio da irretroatividade. b) vigora apenas o mesmo princípio da ultratividade da lei mais benéfica. c) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis. d) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis, salvo ultratividade da lei mais benéfica. e) vigoram os mesmos princípios da irretroatividade e da ultratividade da lei mais benéfica. RESPOSTA: LETRA C a) vigora apenas o mesmo princípio da irretroatividade. Alternativa errada. O princípio da irretroatividade rege a aplicação da lei penal e se trata de regra dominante em termos de conflito de leis penais no tempo. Este princípio encontra-se insculpido na regra prevista no art. 1º do CP ( Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. ) e no art. 5º, XXXIX da CF/88 (Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal). b) vigora apenas o mesmo princípio da ultratividade da lei mais benéfica. Alternativa errada, uma vez que não vigora apenas o princípio da ultratividade da lei mais benéfica. De fato, a lei penal mais benéfica, não é apenas retroativa, mas também ultrativa. A eficácia ultrativa da norma penal mais benéfica, sob o império da qual foi praticado o ato delituoso, deve prevalecer sempre que, havendo sucessão de leis penais no tempo, constata-se que o diploma legal anterior era mais benéfico ao agente. No que se refere, contudo, a aplicação da lei processual penal, o princípio que rege a é o esposado no art. 2º do CPP: Art. 2º - A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Trata-se 5

6 do princípio tempus regit actum, também chamado de princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata da lei processual. c) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis. Alternativa correta. No que se refere a aplicação da lei penal do tempo, de fato, segundo Cezar Roberto Bitencourt, existe a regra dominante em termos de conflito de leis penais no tempo. É a da irretroatividade da lei penal, sem a qual não haveria nem segurança nem liberdade na sociedade, em flagrante desrespeito ao princípio da legalidade e da anterioridade da lei, consagrado no art. 1º do Código Penal e no art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal. Contudo, resta salientar que o princípio da irretroatividade vige, somente em relação à lei mais severa. Admite-se, no direito transitório, a aplicação retroativa da lei mais benigna, hoje princípio consagrado em nossa Constituição Federal ( art. 5º, XL). Assim, pode-se resumir o conflito de direito intertemporal no seguinte princípio: o da retroatividade da lei mais benigna. Por outro lado, no que pertine a aplicação da lei processual penal no tempo, segundo Norberto Avena em sua obra Processo penal Esquematizado, o art.2º do CPP dispõe que a lei processual penal será aplicada desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Incide, enfim, o princípio tempus regit actum, também chamado de princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata da lei processual, significando que o tempo rege a forma como deve revestir-se o ato processual e os efeitos que dele podem decorrer. Logo, se no curso de um processo criminal sobrevier nova lei processual, os atos já realizados sob a égide a lei anterior manterão sua validade normal, Contudo, os atos posteriores serão praticados segundo os termos da nova normatização. d) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis, salvo ultratividade da lei mais benéfica. Alternativa Errada. O princípio da Ultratividade da lei mais benéfica aplica-se somente a lei penal, não se aplica, portanto, a lei processual penal que segue a regra prevista no art. 2º do CPP: A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (princípio tempus regit actum.) e) vigoram os mesmos princípios da irretroatividade e da ultratividade da lei mais benéfica. Alternativa Errada. Os princípios da irretroatividade e da ultratividade da lei mais benéfica, dizem respeito apenas a aplicação da lei penal no tempo, não são princípios norteadores do processo penal que se rege pelo princípio do princípio tempus regit actum, qual seja, da aplicação imediata das leis processuais penais. 4) Prova: FCC TRE-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária 6

7 NÃO é uma das condições necessárias dentre aquelas estabelecidas pelo Código Penal para aplicação da lei brasileira, ao crime cometido no estrangeiro praticado por brasileiro: a) entrar o agente no território nacional no prazo máximo de dois anos após o crime. b) ser o fato punível também no país onde foi praticado. c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição. d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro. e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro. RESPOSTA: LETRA A A questão trata a respeito da aplicação da lei brasileira aos crimes praticados fora do território nacional. Trata-se, portanto, das regras inerentes ao princípio da extraterritorialidade da aplicação da lei penal. A extraterritorialidade é a aplicação da legislação penal brasileira aos crimes cometidos no exterior. Justifica-se pelo fato de o Brasil ter adotado, relativamente à lei penal no espaço, o princípio da territorialidade temperada ou mitigada (CP, art. 5º), o que autoriza, excepcionalmente, a incidência da lei penal brasileira a crimes praticados fora do território nacional. A extraterritorialidade pode ser incondicionada ou condicionada. A extraterritorialidade incondicionada não está sujeita a nenhuma condição. A mera prática do crime em território estrangeiro autoriza a incidência da lei penal brasileira, independentemente de qualquer outro requisito. São as hipóteses previstas no art.7º, I do CP e, no tocante a esses crimes, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro (art. 7º, 1º). A extraterritorialidade condicionada relaciona-se ao s crimes indicados pelo art. 7º, II e 3º do Código Penal. A aplicação da lei penal brasileira aos crimes cometidos no exterior se sujeita ás condições descritas pelo art. 7º, 2º, alíneas a, b, c e d e 3º do Código Penal. a) entrar o agente no território nacional no prazo máximo de dois anos após o crime. Não existe previsão legal nesse sentido. As hipóteses de extraterritorialidade condicionadas estão previstas no art. 7º, art. 7º, 2º, alíneas a, b, c e d e 3º do Código Penal. Vejamos: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:... II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 7

8 b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça b) ser o fato punível também no país onde foi praticado hipótese prevista no art. 7º, 2º, b, CPB. c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição hipótese prevista no art. 7º, 2º, c, CPB. d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro hipótese prevista no art. 7º, 2º, d, CPB. e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro - hipótese prevista no art. 7º, 2º, e, CPB. 5) Prova: FCC Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município - Gestão Tributária - Prova 2 César, na vigência da Lei n o 01, foi condenado à pena de dois meses de detenção, pela prática de determinado delito. A sentença transitou em julgado. Antes do trânsito em julgado, entrou em vigor a Lei n o 02, que aumentou a pena desse crime para três meses de detenção. Após o trânsito em julgado, entraram em vigor duas outras leis: a Lei n o 03, que reduziu a pena dessa infração penal para um mês de detenção, e a Lei n o 04, que aboliu o referido delito. Nesse caso, a) aplica-se a pena resultante da média aritmética entre as penas de todas as leis referentes à mesma infração penal. b) não se aplica nenhuma das leis novas, que entraram em vigor após o trânsito em julgado da sentença. 8

9 c) aplica-se a Lei n o 02, por ter entrado em vigor antes do trânsito em julgado da sentença. d) aplica-se a Lei n o 03, por ter mantido a incriminação, com redução da pena imposta. e) aplica-se a Lei n o 04, que deixou de incriminar fato que anteriormente era considerado ilícito penal. RESPOSTA: LETRA E A questão trata a respeito do conflito de leis penais no tempo. Como a lei pode ser revogada, instauram-se situações de conflito. Nesse sentido, verifica-se o conflito de leis no tempo quando uma lei nova entra em vigor, revogando a anterior. A análise do art. 5º, XL, da CF/88 e dos arts. 2º e 3º do Código Penal permite a conclusão de que, uma vez criada, a eficácia da lei penal no tempo deve obedecer a uma regra geral e a várias exceções; A regra geral é a prevalência da lei que se encontrava em vigor quando da prática do fato, tempus regit actum. Dessa forma, resguarda-se a reserva legal, bem como a anterioridade da lei penal, em cumprimento às diretrizes do texto constitucional. As exceções se verificam na hipótese de sucessão de leis penais que disciplinem, total ou parcialmente, a mesma matéria. E, se o fato tiver sido praticado durante a vigência da lei anterior, cinco situações podem ocorrer: - A lei cria uma nova figura penal ( novatio legisincriminadora); - A lei posterior se mostra mais rígida em comparação coma lei anterior ( Lex gravior); - A lei posterior extingue o crime ( abolitio criminis); - A lei posterior é benigna em relação à sanção penal ou à forma de seu cumprimento ( Lex mitior); - A lei posterior contém alguns preceitos mais rígidos e outros mais brandos. (Cleber Masson, in Direito Penal Esquematizado, pág. 111). a) aplica-se a pena resultante da média aritmética entre as penas de todas as leis referentes à mesma infração penal. - Alternativa errada. Não existe a possibilidade de aplicação de média aritmética entre as penas das leis o que não se confunde com combinação de leis penais ( Lex Tertia), que se trata da possibilidade de o juiz, na determinação da lei penal mais branda, acolher os preceitos favoráveis da primitiva e, ao mesmo tempo, os da posterior, combinando-os para utilizá-los no caso concreto, de modo a extrair o máximo benefício resultante da aplicação conjunta dos aspectos mais interessantes ao réu. ( Op.cit. pág. 116) b) não se aplica nenhuma das leis novas, que entraram em vigor após o trânsito em julgado da sentença. Alternativa errada. Conforme se depreende dos dispositivos legais aplicáveis à espécies, aplicase a lei mais benéfica conforme se depreende do parágrafo único do art. 2º do CPB. Que dispõe: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 9

10 fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. c) aplica-se a Lei n o 02, por ter entrado em vigor antes do trânsito em julgado da sentença. Alternativa errada uma vez que a lei mais gravosa (aumentou a pena desse crime para três meses de detenção) não retroage para prejudicar o agente. A leipenal mais grave é a que de qualquer modo implicar tratamento mais rigoroso às condutas já classificadas como infrações penais. Se mais grave, a lei terá aplicação apenas a fatos posteriores à sua entrada em vigor. Jamais retroagirá, conforme expressa determinação constitucional. (art. 5º, XL, CF/88: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu) d) aplica-se a Lei n o 03, por ter mantido a incriminação, com redução da pena imposta. Alternativa errada. Muito embora a lei n.º 03, ser mais benéfica ao agente (novatio legis in melliius) do que as anteriores, por ter reduzido a pena dessa infração penal para um mês de detenção e, em tese, retroagiria para beneficiar o agente, ainda assim a lei n.º 04 é ainda mais benéfica, por ter abolido a conduta criminosa ( abolitio criminis). e) aplica-se a Lei n o 04, que deixou de incriminar fato que anteriormente era considerado ilícito penal. Alternativa Correta. Aplica-se a penal mais benéfica ao agente. Ocorrendo sucessão de leis penais no tempo, o fato previsto como crime ou contravenção penal tenha sido praticado na vigência de lei anterior, e o novel instrumento legislativo seja mais vantajoso ao agente, favorecendo-o de qualquer modo. A lei mais favorável deve ser obtida no caso concreto, aplicando-se a que produzir resultado mais vantajoso ao agente. Abolitio criminis- é a nova lei que exclui do âmbito do Direito Penal um fato até então considerado criminoso. Encontra previsão Legal no art. 2º, caput, do Código Penal ( Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória ) e tem natureza jurídica de causa de exclusão da punibilidade ( art. 107, inc. III, CP). (Cleber Masson, Direito Penal Esquematizado, pág. 112/113). 6) Q Prova: FCC TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução de Mandados Lucius foi condenado, pelo mesmo crime, no Brasil, à pena de três anos de reclusão e, no estrangeiro, à pena de um ano de reclusão. Cumpriu integralmente a pena imposta no outro país. Nesse caso, a pena imposta no Brasil a) será reduzida de um terço a um sexto b) será atenuada, a critério do juiz. c) será reduzida em metade. d) não sofrerá qualquer redução. e) será reduzida a dois anos 10

11 RESPOSTA: LETRA E Trata-se da aplicação do princípio do ne bis in idem, pela regra contida no art. 8º do Código Penal, evita-se que o agente seja punido duplamente pelo mesmo fato. ( Rogério Greco, in Código Penal Comentado, pág.25). Há situações em que os crimes cometidos fora do Brasil, ainda que já julgados no estrangeiro, serão novamente processados no Poder Judiciário brasileiro. Essa é a regra da extraterritorialidade, das hipóteses do art. 7.º do Código Penal, acima descrito. Nestes casos, quando houver nova condenação, agora pela lei brasileira, a pena cumprida no estrangeiro abaterá a pena que for imposta no Brasil, na forma do art. 8º, CPB. Admitindo-se que o réu seja condenado no Brasil por crime ao qual já foi processado no exterior (nas hipóteses de extraterritorialidade do art. 7.º do CP), a pena cumprida no estrangeiro detrairá a pena imposta no Brasil: Se forem idênticas as penas - a pena cumprida no estrangeiro será abatida na que restar fixada no Brasil (ex. duas privativas de liberdade). Se elas forem diversas - aquela cumprida no estrangeiro deve atenuar a pena imposta no Brasil, a critério a ser adotado pelo juiz (ex. uma pena restritiva de direitos e outra privativa de liberdade). a) será reduzida de um terço a um sexto b) será atenuada, a critério do juiz. c) será reduzida em metade. d) não sofrerá qualquer redução. Todas essas alternativas encontram-se erradas, tendo em vista a regra esposada no art. 8.º do CP, que dispõe: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. e) será reduzida a dois anos Aplicação literal da regra constante da segunda parte do art.2º, caput, do Código Penal: A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 7) Prova: FCC TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica O princípio válido, tratando-se de sucessão de leis penais no tempo, na hipótese de que a norma posterior incrimina fato não previsto na anterior, é o da a) Abolitio criminis. b) Ultratividade. c) Irretroatividade. 11

12 d) Retroatividade. e) Lei vigente na época no momento da prática de fato punível: Tempus regit actum. RESPOSTA: LETRA C a)abolitio criminis- é a nova lei que exclui do âmbito do Direito Penal um fato até então considerado criminoso. Encontra previsão Legal no art. 2º, caput, do Código Penal. b) Ultratividade Fala-se em ultra-atividade quando a lei mesmo depois de revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante sua vigência. (Rogério Greco, in Código Penal Comentado, pág.10) c) Irretroatividade é a alternativa correta. No que pertine a sucessão de leis penais no tempo, na hipótese de norma posterior incriminar fato não previsto na anterior, incide o princípio da irretroatividade da lei mais gravosa. Novatio legis incriminadora: É a lei que tipifica como infrações penais comportamentos até então considerados relevantes. A neocriminalização somente pode atingir situações consumadas após sua entrada em vigor. Não poderá retroagir, em hipótese alguma, conforme determina o art. 5º, XL, da CF/88. A novatio legis incriminadora, portanto, somente tem eficácia para o futuro. Jamais para o passado. ( Cleber Masson, Direito Penal Esquematizado, pág. 11/112). benéfica. d) Retroatividade somente se aplica na hipótese de lei posterior mais e) Lei vigente na época no momento da prática de fato punível: Tempus regit actum. - Tempus regit actum: é o nome do princípio que rege a aplicação da lei penal no tempo. Enunciado: a Lei Penal incide sobre fatos ocorridos durante a sua vigência. Este princípio tem por conseqüência hermenêutica o princípio da irretroatividade em que norma posterior não incrimina fato anterior. A norma posterior não incrimina fato anterior devido ao princípio da irretroatividade, porque tempus regit actum, ou seja, a lei penal incide sobre fatos ocorridos durante sua vigência. 8) Prova: FCC TCE-RO - Procurador No tocante à aplicação da lei penal, a) a lei brasileira adotou a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime. b) a lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. 12

13 c) a lei brasileira adotou a teoria do resultado quanto ao tempo do crime. d) o dia do fim inclui-se no cômputo do prazo, contando- se os meses e anos pelo calendário comum, desprezados os dias. e) compete ao juízo da causa a aplicação da lei mais benigna, ainda que transitada em julgado a sentença condenatória, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. RESPOSTA: LETRA A a) Alternativa correta. No que pertine ao lugar do crime, em sede de aplicação da lei penal, o Código Penal adotou a Teoria da Ubiqüidade, Mista ou Unitária em seu art. 6º (Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado), considerar lugar do crime tanto aquele em que ocorreu a ação, como o do resultado. b) Alternativa errada. Conforme se depreende da súmula nº 711 da lavra da STF, a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. c) No que pertine ao tempo do crime a lei brasileira adotou a teoria da ação, conforme se depreende do art. 4.º, que nos informa: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. d) Alternativa errada. O art. 10 do CP que regulamenta a contagem dos prazos de natureza penal material, dispõe: O dia do começo inclui-se no computo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. e) Alternativa errada. A aplicação da lei mais benigna ao agente compete ao juízo em que a ação penal estiver em trâmite. Contudo, se a condenação já tiver sido alcançada pelo trânsito em julgado, a competência será do juízo da Vara de Execuções Criminais. É o que se extrai da interpretação conjugada do art. 66, I, da Lei de Execução Penal com a da Súmula 611 do STF, vejamos: Art. 66. Compete ao Juiz da execução: I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; Súmula 611, STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna ). 9) Prova: FCC TRE-RS - Analista Judiciário - Área Judiciária Dentre os casos de extraterritorialidade incondicionada da lei penal, previstos no Código Penal, NÃO se incluem os crimes cometidos: a) contra a fé pública da União. b) contra o patrimônio de autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. 13

14 d) em aeronaves ou embarcações brasileiras. e) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. RESPOSTA: LETRA D As hipóteses de extraterritorialidades incondicionadas enunciadas no art. 7º do Código Penal são aquelas previstas em seu art. 7º, inc. I, tendo em vista a dicção do 1º do mesmo dispositivo legal em comento: Art. 7- Ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. a) Alternativa errada. Aplica-se a lei brasileira por força do art. 7º, inc. I, b, CP. b) Alternativa errada. Aplica-se a lei brasileira por força do art. 7º, inc. I, b, CP. c) Alternativa errada. Aplica-se a lei brasileira por força do art. 7º, inc. I, c, CP. d) Alternativa Correta. Trata-se da hipótese prevista no art. 7.º, II, c do CP, por força do disposto no 2º do mesmo dispositivo legal e que se insere nas hipóteses de extraterritorialidade condicionada enquanto que a questão pede os casos de extraterritorialidade incondicionada da lei penal, hipóteses enunciadas no inc. I do mesmo dispositivo legal. 2º - Nos casos do inciso li, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. a, CP. e) Alternativa errada. Aplica-se a lei brasileira por força do art. 7º, inc. I, 14

15 10) Prova: CESPE TJ-PI - Juiz No que se refere à aplicação da lei penal, assinale a opção correta. a) Em relação ao lugar do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria do resultado, considerando praticado o crime no lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. b) Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, mas, nas de multa, não se desconsideram as frações da moeda. c) A abolitio criminis, que possui natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade, conduz à extinção dos efeitos penais e extrapenais da sentença condenatória. d) Desde que em benefício do réu, a jurisprudência dos tribunais superiores admite a combinação de leis penais, a fim de atender aos princípios da ultratividade e da retroatividade in mellius. e) Em relação ao tempo do crime, o legislador adotou, no CP, a teoria da atividade, considerando-o praticado no momento da ação ou omissão RESPOSTA: LETRA E a) Alternativa Errada. No que pertine ao lugar do crime o código penal em seu art. 6º adotou a Teoria Mista ou da Ubiqüidade ( Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado ), que nos dizeres de Cleber Masson, lugar do crime é tanto aquele em que foi praticada a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir o resultado. b) Alternativa Errada. Inteligência do disposto no art. 11 do Código Penal em vigor: Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. c) Alternativa Errada. A abolitio Criminis possui natureza de causa de excludente de punibilidade, conforme art. 107, III, CP. Além de conduzir à extinção da punibilidade, faz cessar todos os efeitos PENAIS da sentença condenatória, permanecendo, contudo, seus efeitos civis. (Rogério Greco, in Código Penal Comentado, pág. 13). d) Alternativa Errada. Cleber Masson, ao tratar da matérias, leciona que a combinação das leis penais reside na possibilidade ou não de o juiz, na determinação da lei penal mais branda, acolher os preceitos favoráveis da primitiva e, ao mesmo tempo, os da posterior; O cerne da discussão reside em definir se cabe ou não ao Poder Judiciário a formação de uma lex tertia, ou seja, uma lei híbrida. A jurisprudência do STJ E STF NÃO ADMITE A COMBINAÇÃO DE LEIS (teoria da ponderação unitária ou global) Contudo, há uma exceção: Em um julgado histórico, o STF admitiu a combinação de leis penais, contrariando anterior posicionamento, decidindo pelo cabimento, a autor de crime de tráfico de drogas, cometido na égide da Lei n /76, do benefício do art. 33, 4º, da Lei n /06. O STF aduziu que a 15

16 vedação à combinação de leis era apenas produto da jurisprudência e da doutrina, sem amparo constitucional, filiando-se à teoria da ponderação diferenciada, pela qual considerada a complexidade de cada uma das leis, é preciso proceder-se ao confronto de cada uma de suas disposições. Contudo, esse posicionamento não se firmou, tendo o STF retomado a sua posição tradicional, repelindo a combinação de leis penais, novamente acolhendo a teoria da ponderação unitária ou global. Por fim, o código penal militar, em seu art. 2º, 2º, proíbe expressamente a combinação de leis. e) Alternativa Correta. Dicção do art. 4º do Código Penal ( Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado ) Teoria da Atividade: Para essa teoria, o que importa é o momento da conduta, comissiva ou omissiva, mesmo que o resultado dela se distancie no tempo. (Rogério Greco, in Código Penal Comentado, pág. 20). 11) Prova: CESPE TJ-AL - Auxiliar Judiciário A tripulação de determinado navio africano de propriedade privada, quando a embarcação já se encontrava em águas territoriais brasileiras, percebeu a presença de um passageiro clandestino que, jogado ao mar antes de a embarcação atracar no porto de Maceió, morreu afogado. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal. a) A lei penal brasileira só será aplicada ao caso se os responsáveis pelo delito não forem julgados em seus países de origem. b) Nesse caso, aplica-se a lei penal brasileira para a punição dos responsáveis pelo delito, ainda que todos sejam de nacionalidade estrangeira. - c) Deve ser aplicada ao caso exclusivamente a lei penal do país de origem do navio, já que não se trata de embarcação que estava a serviço de país estrangeiro. d) Aplica-se a essa situação a lei penal do país onde se localizava o último porto em que a embarcação havia atracado antes de ingressar em águas marinhas brasileiras. e) Segundo previsão expressa do Código Penal, a lei brasileira será aplicada ao caso narrado apenas se a vítima for de nacionalidade brasileira. RESPOSTA: LETRA B a), c), d), e) Alternativas incorretas. Para os crimes cometidos em águas territoriais brasileiras, incide a regra da territorialidade insculpida no art. 5º do CP: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. b) Alternativa correta. Por ter ocorrido o fato em águas brasileiras, significa que ocorreu dentro do território nacional. É a aplicação da regra prevista no 16

17 art. 5.º, 2º do CP: 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 12) Prova: CESPE STM - Analista Judiciário - Área Judiciária - Específicos O direito penal brasileiro adotou expressamente a teoria absoluta de territorialidade quanto à aplicação da lei penal, adotando a exclusividade da lei brasileira e não reconhecendo a validez da lei penal de outro Estado. Certo Errado Questão errada. Conforme o disposto no art. 5.º do CP ( Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional ). O Brasil adotou o princípio da Territorialidade Temperada ou mitigada. 13) Prova: CESPE Polícia Federal - Agente da Polícia Federal Julgue os itens a seguir com base no direito penal. Será submetido ao Código Penal brasileiro o agente, brasileiro ou não, que cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra administração pública, estando a seu serviço, ou cometer crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, de empresa pública ou de sociedade de economia mista. A circunstância de a conduta ser lícita no país onde foi praticada ou de se encontrar extinta a punibilidade será irrelevante para a responsabilização penal do agente no Brasil. Certo Errado COMENTARIOS: Assertiva Correta. As hipóteses narradas na questão dizem respeito àquelas elencadas no art. 7º, I do Código Penal, que tratam da extraterritorialidade incondicionada da lei penal brasileira. Quais sejam: Art. 7- Ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 17

18 b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Cleber Masson, ao estudar a matéria, informa que a extraterritorialidade incondicionada, não está sujeita a nenhuma condição. A mera prática do crime em território estrangeiro autoriza a incidência da lei penal brasileira. Independentemente de outro requisito. No tocante aos crimes previstos no art. 7º, I, CP o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro (art. 7º, 1º, CP). ( Cleber Masson, in Direito Penal esquematizado, pág. 147). 14) Prova: CESPE DPE-MA - Defensor Público Em relação à extraterritorialidade das normas previstas no CP assinale a opção correta. a) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a vida do presidente da República, exceto se o agente tiver sido condenado no estrangeiro. b) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a administração pública praticados por quem esteja ao seu serviço, exceto se o agente for absolvido no estrangeiro. c) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes de genocídio praticados por brasileiros natos, mas não os praticados por estrangeiros, ainda que residentes no Brasil. d) Os crimes praticados no estrangeiro, em embarcações brasileiras mercantes, ficam sujeitos à lei brasileira, desde que, entre outras condições, não sejam julgados no estrangeiro. e) Os crimes cometidos no exterior por agente estrangeiro contra o patrimônio de sociedade de economia mista instituída pelo poder público federal brasileiro não se sujeitam à lei brasileira. RESPOSTA: LETRA D a), b), e) alternativas Erradas. O crime cometido contra presidente da república são aqueles previstos no art. 7.º, I, do CP e se trata de hipótese de extraterritorialidade incondicionada. É a aplicação do Princípio da Defesa, Real ou da Proteção, no qual permite submeter à lei penal brasileira os crimes praticados no estrangeiro que ofendam bens jurídicos pertencentes ao Brasil, qualquer que seja a nacionalidade do agente e o local do delito. Adotado no art. 7º, I, alíneas a, b e c compreendendo os crimes contra : 18

19 a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; ( Cleber Masson, in Direito Penal Esquematizado, pág. 143.) c) Alternativa Errada. O art.7º. inc. I, aliena d do CP, trata de outra hipótese de extraterritorialidade incondicionada da lei penal brasileira: de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. Trata-se da aplicação do Princípio da Justiça Universal, que segundo Cleber Masson, também é conhecido como princípio da justiça cosmopolita, da competência universal, da jurisdição universal, da jurisdição mundial, da repressão mundial ou da universalidade do direito de punir, é característico da cooperação penal internacional, porque todos os Estados da comunidade internacional podem punir os autores de determinados crimes que se encontrem em seu território, de acordo com as convenções ou tratados internacionais, pouco importando a nacionalidade do agente, o local do crime ou o bem jurídico atingido. Fundamenta-se no dever de solidariedade na repressão de certos delitos no dever de solidariedade na repressão de certos delitos cuja punição interessa a todos os povos. (É adotado também no art. 7.º, II, a, do CP). d) Alternativa Correta. Aplicação da regra esposada no art. 7.º, II, c, CP: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro II - os crimes: c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. Trata-se da aplicação do Princípio do pavilhão, da bandeira, subsidiário ou da substituição. Segundo esse princípio, deve ser aplicada a lei penal brasileira aos crimes cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando estiverem em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 19

CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO

CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO CURSO TROPA DE ELITE PREPARAÇÃO PARA A GUERRA POLÍCIA FEDERAL 2012 AGENTE/ESCRIVÃO PROF. EMERSON CASTELO BRANCO DISCIPLINA: DIREITO PENAL 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 1.1 PRINCÍPIO DA

Leia mais

AP A L P I L CA C Ç A Ã Ç O Ã O DA D A LE L I E P E P N E A N L A Art. 1º ao 12 do CP

AP A L P I L CA C Ç A Ã Ç O Ã O DA D A LE L I E P E P N E A N L A Art. 1º ao 12 do CP APLICAÇÃO DA LEI PENAL Art. 1º ao 12 do CP LEI PENAL NO TEMPO Princípio da Legalidade ou Reserva Legal Art. 5º, inciso XXXIX da CR/88: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia

Leia mais

EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES São hipóteses em que a lei brasileira é aplicada aos crimes ocorridos fora do Brasil. Exportação da Lei Brasileira. Obs: intraterritorialidade

Leia mais

UNIP-Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto. Direito Penal. Geraldo Domingos Cossalter

UNIP-Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto. Direito Penal. Geraldo Domingos Cossalter UNIP-Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto Direito Penal Geraldo Domingos Cossalter Ribeirão Preto Outubro 2012... 1 Geraldo Domingos Cossalter RA B35759-2 Direito Penal Trabalho apresentado ao

Leia mais

Direito Penal 1 (Material de apoio)

Direito Penal 1 (Material de apoio) APLICAÇÃO DA LEI PENAL PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Art. 1º CP e Art 5º, XXXIX, CF) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (cláusula pétrea da Constituição Federal

Leia mais

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR Princípio da Legalidade / Princípio Legalidade / Princípio da Anterioridade Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Lei

Leia mais

TÍTULO I Da Aplicação da Lei Penal Militar - Artigos 1 a 28.

TÍTULO I Da Aplicação da Lei Penal Militar - Artigos 1 a 28. TÍTULO I Da Aplicação da Lei Penal Militar - Artigos 1 a 28. 24 ART.1 - Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. XXXIX-CF/88 Para Delmanto o enunciado do art. 1º

Leia mais

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores NOÇÕES DE DIREITO PENAL PARA CONCURSO DA POLÍCIA FEDERAL focada no cespe/unb SUMÁRIO UNIDADE 1 Aplicação da Lei Penal 1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade 1.2 Lei penal no tempo e no espaço

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A Lei Penal no tempo: "novatio Legis" incriminadora, "abolitio criminis", "novatio legis in pejus" e a "novatio legis in mellius" Trata da lei penal no tempo, e das regras, institutos

Leia mais

2. Distinguir Direito Penal Adjetivo de Direito Penal Substantivo

2. Distinguir Direito Penal Adjetivo de Direito Penal Substantivo UD I DIREITO PENAL MILITAR Assunto 01 A Lei Penal Militar e a Justiça Militar 1. Distinguir Direito Penal de Direito Penal Militar A ordem jurídica militar, que se encontra inserida na ordem jurídica geral

Leia mais

A Lei Penal no Espaço.

A Lei Penal no Espaço. A Lei Penal no Espaço cynthiasuassuna@gmail.com O Lugar do Crime A determinação do lugar do crime (locus commissi delicti) é decisiva no tocante à competência penal internacional. Surge o problema quando

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL I AULA DIA 06/03/2015. Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

DIREITO PROCESSUAL PENAL I AULA DIA 06/03/2015. Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA DIREITO PROCESSUAL PENAL I AULA DIA 06/03/2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 7.2 Integração - Enquanto as formas de interpretação partem de textos legais para alcançar,

Leia mais

Ana Cristina Mendonça. Processo Penal. 2ª edição revista e atualizada

Ana Cristina Mendonça. Processo Penal. 2ª edição revista e atualizada Ana Cristina Mendonça 13 Processo Penal 2ª edição revista e atualizada 2017 capítulo 1 DA APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL Leia a lei: Arts. 1º e 2º, do CPP e arts. 1º, 2º e 6º do Decreto-Lei 4.657/42.

Leia mais

PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS SISTEMAS PROC PENAIS e LEI PROC PENAL. Profª. Karem Ferreira Facebook: Karem Ferreira OAB

PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS SISTEMAS PROC PENAIS e LEI PROC PENAL. Profª. Karem Ferreira Facebook: Karem Ferreira OAB PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS SISTEMAS PROC PENAIS e LEI PROC PENAL Profª. Karem Ferreira Facebook: Karem Ferreira OAB Twitter: @Prof_KaFerreira 1. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS 1.1. Devido Processo Legal

Leia mais

20/11/2014. Direito Constitucional Professor Rodrigo Menezes AULÃO DA PREMONIÇÃO TJ-RJ

20/11/2014. Direito Constitucional Professor Rodrigo Menezes AULÃO DA PREMONIÇÃO TJ-RJ Direito Constitucional Professor Rodrigo Menezes AULÃO DA PREMONIÇÃO TJ-RJ 1 01. A Constituição Federal de 1988 consagra diversos princípios, os quais exercem papel extremamente importante no ordenamento

Leia mais

TERRITORIALIDADE - Artigo 5 o do Código Penal A lei penal, como qualquer lei de Estado, é elaborada para ter vigência em seu território.

TERRITORIALIDADE - Artigo 5 o do Código Penal A lei penal, como qualquer lei de Estado, é elaborada para ter vigência em seu território. TERRITORIALIDADE - Artigo 5 o do Código Penal A lei penal, como qualquer lei de Estado, é elaborada para ter vigência em seu território. Esse é o âmbito de eficácia da legislação penal. Contudo, em determinados

Leia mais

Direito Penal Militar

Direito Penal Militar Fabiano Caetano Prestes Ricardo Henrique Alves Giuliani Mariana Lucena Nascimento 36 Direito Penal Militar Parte Geral e Especial 3ª edição revista e atualizada 2017 Capítulo 1 DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Leia mais

26/08/2012 PROCESSO PENAL I. PROCESSO PENAL I Relação com os outros ramos do direito

26/08/2012 PROCESSO PENAL I. PROCESSO PENAL I Relação com os outros ramos do direito I 5ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 I Relação com os outros ramos do direito 2 1 Relação do direito Processual Penal com outros ramos do Direito e ciências auxiliares Direito Constitucional.

Leia mais

1 CONCEITO DE DIREITO PENAL

1 CONCEITO DE DIREITO PENAL RESUMO DA AULA DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL PARTE 01 1 CONCEITO DE DIREITO PENAL; 2 FONTES DO DIREITO PENAL; 3 LEI PENAL; 4 INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL; 5 APLICAÇÃO DA LEI PENAL; 6 QUESTÕES COMENTADAS.

Leia mais

PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (OU DA ULTIMA RATIO OU DA SUBSIDIARIEDADE) O Direito Penal só deve se preocupar com a proteção dos bens jurídicos

PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (OU DA ULTIMA RATIO OU DA SUBSIDIARIEDADE) O Direito Penal só deve se preocupar com a proteção dos bens jurídicos PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA (OU DA ULTIMA RATIO OU DA SUBSIDIARIEDADE) O Direito Penal só deve se preocupar com a proteção dos bens jurídicos mais importantes e necessários à vida em sociedade. Só

Leia mais

Rodada #1 Direito Penal

Rodada #1 Direito Penal Rodada #1 Direito Penal Professor Pedro Ivo Assuntos da Rodada NOÇÕES DE DIREITO PENAL: 1 Aplicação da lei penal. 1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade. 1.2 A lei penal no tempo e no espaço.

Leia mais

Conceitos Ab-rogação: é a revogação total de uma lei por outra parte Derrogação: é a revogação parcial de uma lei.

Conceitos Ab-rogação: é a revogação total de uma lei por outra parte Derrogação: é a revogação parcial de uma lei. Conceitos Ab-rogação: é a revogação total de uma lei por outra parte Derrogação: é a revogação parcial de uma lei. Retroatividade pro réu A regra da irretroatividade da lei penal mais gravosa também deve

Leia mais

TEORIA GERAL DO DELITO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

TEORIA GERAL DO DELITO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES TEORIA GERAL DO DELITO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Introdução 1.1 - Infração penal no Brasil O Brasil é adepto do sistema dualista ou dicotômico, ou seja, divide a infração penal em duas espécies:

Leia mais

CURSO de DIREITO - Gabarito

CURSO de DIREITO - Gabarito UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TRANSFERÊNCIA 2 o semestre letivo de 2008 e 1 o semestre letivo de 2009 CURSO de DIREITO - Gabarito INSTRUÇÕES AO CANDIDATO Verifique se este caderno contém: PROVA DE REDAÇÃO

Leia mais

DIREITO PENAL PONTO 1: TEORIA DA INFRAÇÃO PENAL PONTO 2: TEORIA DA NORMA PENAL PONTO 3: TEORIA DO DELITO

DIREITO PENAL PONTO 1: TEORIA DA INFRAÇÃO PENAL PONTO 2: TEORIA DA NORMA PENAL PONTO 3: TEORIA DO DELITO 1 PONTO 1: TEORIA DA INFRAÇÃO PENAL PONTO 2: TEORIA DA NORMA PENAL PONTO 3: TEORIA DO DELITO TEORIA DA INFRAÇÃO PENAL Bibliografia de apoio: Direito Penal Parte Geral. Davi André Costa e Silva. Editora:

Leia mais

CONCURSO MPU/2013 DIREITO PENAL MILITAR PROF. VLADIMIR LUÍS SILVA DA ROSA

CONCURSO MPU/2013 DIREITO PENAL MILITAR PROF. VLADIMIR LUÍS SILVA DA ROSA CONCURSO MPU/2013 DIREITO PENAL MILITAR PROF. VLADIMIR LUÍS SILVA DA ROSA 22/04/2013 1 Professor Vladimir Luís Silva da Rosa. Doutorando em Direito Penal/UBA-Arg. Mestre em Direito Ambiental/UCS. Especialista

Leia mais

CURSO PRF 2017 DIREITO PENAL. diferencialensino.com.br AULA 003 DIREITO PENAL

CURSO PRF 2017 DIREITO PENAL. diferencialensino.com.br AULA 003 DIREITO PENAL AULA 003 DIREITO PENAL 1 PROFESSOR MÁRCIO TADEU 2 AULA 03 APLICAÇÃO DA LEI PENAL TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena

Leia mais

Grupo CERS ONLINE 0.

Grupo CERS ONLINE 0. Grupo CERS ONLINE 0 APRESENTAÇÃO Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.379, DE 2006 (MENSAGEM N o 20, de 2006) Aprova o texto do Tratado sobre Extradição entre o Governo da República Federativa

Leia mais

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL CARGOS: OFICIAL DE JUSTIÇA E ANALISTA JUDICIÁRIO FUNÇÃO JUDICIÁRIA PROVA OBJETIVA: 9.1.3. A Prova Objetiva será

Leia mais

AULA 01: INFRAÇÃO PENAL. APLICAÇÃO DA LEI PENAL: NO TEMPO; NO ESPAÇO; EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CP.

AULA 01: INFRAÇÃO PENAL. APLICAÇÃO DA LEI PENAL: NO TEMPO; NO ESPAÇO; EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CP. AULA 01: INFRAÇÃO PENAL. APLICAÇÃO DA LEI PENAL: NO TEMPO; NO ESPAÇO; EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CP. SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do Curso e Cronograma - Sumário 01 I Infração Penal

Leia mais

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29 Sumário Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 1. Introdução... 1 2. Princípios... 4 2.1. Princípio da legalidade... 5 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal... 5 2.3. Princípio da irretroatividade

Leia mais

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores

SUMÁRIO. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores. Questões de provas anteriores DIREITO PENAL SUMÁRIO UNIDADE 1 Aplicação da Lei Penal 1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade 1.2 Lei penal no tempo e no espaço 1.3 Tempo e lugar do crime 1.4 Lei penal excepcional, especial

Leia mais

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB 6ª PARTE RIA. Prof. JOSÉ HABLE

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB 6ª PARTE RIA. Prof. JOSÉ HABLE PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB 6ª PARTE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA RIA Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com A Legislação tributária ria A palavra lei, como tantas outras usadas na linguagem

Leia mais

1. LEI PENAL NO ESPAÇO. REGRA: PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE TEMPERADA Relativizado pelas normas, regras e tratados internacionais.

1. LEI PENAL NO ESPAÇO. REGRA: PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE TEMPERADA Relativizado pelas normas, regras e tratados internacionais. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Lei Penal no Espaço PONTO 2: Local do Crime PONTO 3:Eficácia da Lei Penal em Relação a Pessoas que exerçam certas funções públicas - Imunidades PONTO 4: Conflito Aparente de Normas

Leia mais

PLANO DE ENSINO. I Identificação. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 2º. II Ementário

PLANO DE ENSINO. I Identificação. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 2º. II Ementário I Identificação Disciplina Direito Penal I Código EST0042 Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 2º II Ementário PLANO DE ENSINO Ordenamento jurídico e o direito penal. Limites constitucionais

Leia mais

Vamos hoje começar a falar sobre o lugar do crime (art. 6º CP) Lugar do crime

Vamos hoje começar a falar sobre o lugar do crime (art. 6º CP) Lugar do crime Turma e Ano: Master A (2015) 11/02/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 04 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 04 CONTEÚDO DA AULA: Lugar do crime (art. 6º CP teoria da

Leia mais

Rodada #1. Direito Penal

Rodada #1. Direito Penal Rodada #1 Direito Penal Professora Lorena Nascimento Assuntos da Rodada Direito Penal Aplicação da lei penal. Imputabilidade penal contra a administração em geral (praticados por funcionário público ou

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Súmula 122 do Superior Tribunal de Justiça e competência para o julgamento de contravenções penais: uma análise à luz da jurisprudência dos Tribunais Superiores Alexandre Piccoli

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Considerações sobre a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, 4º, da Lei Antitóxicos César Dario Mariano da Silva* Pedro Ferreira Leite Neto** Logo após a publicação da

Leia mais

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33 CAPÍTULO 1 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL... 13 1. Noções preliminares...13 2. Peculiaridades dos princípios do Direito Penal...13 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal...14 3.1 Abrangência do princípio

Leia mais

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL Reserva legal - Art. 1.º do CP

Leia mais

29/05/2017 PAULO IGOR DIREITO PENAL PMDF (SOLDADO)

29/05/2017 PAULO IGOR DIREITO PENAL PMDF (SOLDADO) PAULO IGOR DIREITO PENAL PMDF (SOLDADO) Requisito: Atualmente para ingressar na PMDF é necessário possuir nível superior em qualquer área, limite de idade até 30 anos, estatura mínima de 1,65m para homens

Leia mais

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO

Leia mais

Conceito e Denominações

Conceito e Denominações Prof. Mauro Stürmer Conceito e Denominações Direito Penal - Conceito Formal conjunto de normas jurídicas pelas quais os Estado proíbe determinadas condutas (ação ou omissão), sob a ameaça de determinadas

Leia mais

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO.

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: REVISÃO PONTO 2: a) CRIME CONTINUADO PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME CONTINUADO ART. 71 CP 1 é aquele no qual o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois

Leia mais

IUS RESUMOS. Norma Penal. Organizado por: Samille Lima Alves

IUS RESUMOS. Norma Penal. Organizado por: Samille Lima Alves Norma Penal Organizado por: Samille Lima Alves SUMÁRIO I. NORMA PENAL... 3 1. Caracterizando a norma penal... 3 1.1 A Teoria de Binding e a norma penal... 3 1.2 Classificação das normas penais... 4 1.3

Leia mais

Concurso Público Sem especialidade. Conteúdo

Concurso Público Sem especialidade. Conteúdo Concurso Público 2016 Sem especialidade Conteúdo Aplicação da lei penal. Imputabilidade penal. Concurso de pessoas. Espécies de pena. Aplicação da pena. Medidas de segurança. Extinção da punibilidade.

Leia mais

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de )

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de ) PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de 7-12-1940) Contagem Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Imposição

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Professor Victor Alves Aula dia 14/03/2017

DIREITO TRIBUTÁRIO. Professor Victor Alves Aula dia 14/03/2017 DIREITO TRIBUTÁRIO Professor Victor Alves Aula dia 14/03/2017 Conceito de Tributo: Art. 3º do CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

NOÇÕES DE DIREITO PENAL NOÇÕES DE DIREITO PENAL TEORIA, DIREITO POSITIVO, LEGISLAÇÃO 10 QUESTÕES DE PROVAS IBFC COM GABARITOS Edição Maio 2017 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material,

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição e competência: Jurisdição é o poder e a competência é a delimitação desse poder. 1 Competência em razão da matéria: 1) Competência da Justiça Especial: o Justiça Militar

Leia mais

AULA 01 - APLICABILIDADE DA LEI PENAL

AULA 01 - APLICABILIDADE DA LEI PENAL AULA 01 - APLICABILIDADE DA LEI PENAL Olá, Pessoal! Sejam bem vindos! Hoje trataremos de um tema importantíssimo que é questão presente em praticamente todas as PROVAS de Direito Penal. Estudaremos como

Leia mais

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA III COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO FIXADA A COMARCA COMPETENTE (RATIONE LOCI), QUAL SERÁ A JUSTIÇA COMPETENTE EM RAZÃO DA NATUREZA DA INFRAÇÃO OU FATOS INCRIMINADORES

Leia mais

Prof. Raul de Mello Franco Jr. - UNIARA PODER EXECUTIVO. 3ª aula. Prof. Raul de Mello Franco Jr.

Prof. Raul de Mello Franco Jr. - UNIARA PODER EXECUTIVO. 3ª aula. Prof. Raul de Mello Franco Jr. PODER EXECUTIVO 3ª aula Prof. Raul de Mello Franco Jr. SUBSÍDIOS do PRESIDENTE, do VICE e dos MINISTROS São fixados pelo CN, por decreto-legislativo (art. 49, VIII, CF). Devem ser fixados em parcela única.

Leia mais

Professor Wisley Aula 01

Professor Wisley Aula 01 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 Caros alunos, Iniciamos nossa preparação para o concurso da Polícia Rodoviária Federal.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Associação ocasional (artigo 18, III, da Lei nº. 6.368/76) Eloísa de Souza Arruda, César Dario Mariano da Silva* Com o advento da nova Lei de Drogas (Lei 11.343/06) uma questão interessante

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Revisão Criminal. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Revisão Criminal. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Revisão Criminal Gustavo Badaró aula de 10.11.2015 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Condições da ação 3. Pressupostos processuais 4. Procedimento 1. NOÇÕES

Leia mais

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro LINDB (decreto lei nº 4657/42)

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro LINDB (decreto lei nº 4657/42) Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 02 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

Leia mais

- CPF: AULA INAUGURAL

- CPF: AULA INAUGURAL AULA INAUGURAL 1. APRESENTAÇÃO INICIAL... 2 2. SOBRE O CURSO... 3 3. SOBRE O CONCURSO... 4 4. CRONOGRAMA DE AULAS... 5 5. APLICAÇÃO DA LEI PENAL... 6 5.1 PRECEITOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS... 6 5.2 CLASSIFICAÇÃO

Leia mais

1 Conflito de leis penais no tempo.

1 Conflito de leis penais no tempo. 1 Conflito de leis penais no tempo. Sempre que entra em vigor uma lei penal, temos que verificar se ela é benéfica ( Lex mitior ) ou gravosa ( Lex gravior ). Lei benéfica retroage alcança a coisa julgada

Leia mais

4 PODER LEGISLATIVO 4.1 PERDA DOS MANDATOS DOS PARLAMENTARES CONDENADOS CRIMINALMENTE 14, 3º, II,

4 PODER LEGISLATIVO 4.1 PERDA DOS MANDATOS DOS PARLAMENTARES CONDENADOS CRIMINALMENTE 14, 3º, II, 4 PODER LEGISLATIVO 4.1 PERDA DOS MANDATOS DOS PARLAMENTARES CONDENADOS CRIMINALMENTE Se uma pessoa perde ou tem suspensos seus direitos políticos, a consequência disso é que ela perderá o mandato eletivo

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO CESPE Características. Prof. Alberto Macedo

DIREITO TRIBUTÁRIO CESPE Características. Prof. Alberto Macedo DIREITO TRIBUTÁRIO CESPE Características Prof. Alberto Macedo Não há sucesso no que não se gerencia, não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende

Leia mais

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11 Sumário Notas Preliminares Finalidade do Direito Penal...2 Bens que podem ser protegidos pelo Direito Penal...2 Códigos do Brasil...3 Código Penal atual...3 Direito Penal...3 Garantismo...3 Garantias...4

Leia mais

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE)

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE) NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE) LUIZ FLÁVIO GOMES Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal

Leia mais

PONTO 1: PRESCRIÇÃO 1. PRESCRIÇÃO PRESTAÇÃO JURISDICIONAL IUS PUNIENDI IUS EXECUTIONIS

PONTO 1: PRESCRIÇÃO 1. PRESCRIÇÃO PRESTAÇÃO JURISDICIONAL IUS PUNIENDI IUS EXECUTIONIS 1 DIREITO PENAL PONTO 1: PRESCRIÇÃO 1. PRESCRIÇÃO PRESTAÇÃO JURISDICIONAL IUS PUNIENDI IUS EXECUTIONIS O Estado dispõe do direito de punir (ius puniendi) e o direito de executar (ius executionis). O criminoso

Leia mais

Tribunais Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Direito Civil Nilmar de Aquino

Tribunais Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Direito Civil Nilmar de Aquino Tribunais Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Direito Civil Nilmar de Aquino 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 1. Introdução Lei que regulamenta

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Administrativo Delegado da Polícia Federal Período: 2004-2016 Sumário Direito Administrativo... 3 Princípios Administrativo... 3 Ato Administrativo... 3 Organização

Leia mais

DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 002 II. Fontes. A Lei Penal... 004 III. Teoria Geral do Crime... 018 IV. Concurso de Crime... 026 V. Teoria do Tipo... 033 VI. Ilicitude...

Leia mais

Direito Processual Civil Recursos

Direito Processual Civil Recursos ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS TRIBUNAIS ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS TRIBUNAIS Jurisdição quanto ao grau hierárquico dos seus órgãos é: 1) inferior; 2) superior. Essas espécies de jurisdições pressupõe

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Crimes hediondos anteriores à Lei 11.464/2007: progressão de regime após cumprimento de um sexto da pena - parte I Luiz Flávio Gomes * No nosso livro Direito penal-pg, v. 2 (L.F.

Leia mais

DIREITOS HUMANOS E A CONSTITUIÇÃO

DIREITOS HUMANOS E A CONSTITUIÇÃO DIREITOS HUMANOS E A CONSTITUIÇÃO Aula 06 NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... Identificamos a evolução histórica dos direitos humanos Direitos Humanos Direitos fundamentais Geração x Dimensões Documentos Históricos

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Processual Penal Jurisdição e Competência Promotor de Justiça Período 2006 2016 1) CESPE - PJ (MPE TO)/MPE TO/2012 Assunto: Jurisdição e competência A respeito

Leia mais

P ESSO ENAL ELEITORAL

P ESSO ENAL ELEITORAL Evânio Moura P ESSO ENAL ELEITORAL CRIMES ELEITORAIS, JURISDiÇÃO E COMPETÊNCIA Curitiba Juruá Editora 2014 Visite nossos sites na Internet www.jurua.com.br e www.editorialjurua.com e-mai1: editora@jurua.com.br

Leia mais

PONTO 1: Extinção da Punibilidade PONTO 2: Prescrição Penal 1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

PONTO 1: Extinção da Punibilidade PONTO 2: Prescrição Penal 1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Extinção da Punibilidade PONTO 2: Prescrição Penal 1. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE Com a prática da infração penal, surge para o Estado o direito de punir o agente, ou seja, a punibilidade,

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 475, DE 2009 Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, para indicar hipóteses de ação penal pública incondicionada à representação. O CONGRESSO

Leia mais

Algumas questões tiveram um nível relativamente elevado, considerando o cargo a que destinadas. Contudo, não vejo possibilidade de recurso.

Algumas questões tiveram um nível relativamente elevado, considerando o cargo a que destinadas. Contudo, não vejo possibilidade de recurso. Olá, pessoal Para quem não me conhece ainda, meu nome é Renan Araujo e sou professor aqui no Estratégia Concursos, lecionando as matérias de Direito Penal, Processual Penal e Legislação aplicada ao MP

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Profa. Luanna Tomaz INTRODUÇÃO Origem: Surge na França em 1884. Medida judicial que determina o sobrestamento da pena, preenchidos determinados requisitos. Natureza Jurídica:

Leia mais

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n. 16 - CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG À DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS CENTRO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Recurso relativo a questão n. 16 (caderno A ) da prova de

Leia mais

Tribunais Regionais Federais e. Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais

Tribunais Regionais Federais e. Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais. Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais S Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os. 1 2 Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõemse de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível,

Leia mais

4.8 Comunicabilidade das condições, elementares e circunstâncias 4.9 Agravantes no concurso de agentes 4.10 Cabeças 4.11 Casos de impunibilidade

4.8 Comunicabilidade das condições, elementares e circunstâncias 4.9 Agravantes no concurso de agentes 4.10 Cabeças 4.11 Casos de impunibilidade Sumário NDICE SISTEMÁTICO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO CÓDIGO PENAL MILITAR 1. DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 1.1 O princípio da legalidade e suas funções de garantia 1.2 Abolitio criminis e novatio legis

Leia mais

O PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM E SUA APLICABILIDADE NOS PROCESSOS DISCIPLINARES MILITARES

O PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM E SUA APLICABILIDADE NOS PROCESSOS DISCIPLINARES MILITARES O PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM E SUA APLICABILIDADE NOS PROCESSOS DISCIPLINARES MILITARES ALEXANDRE HENRIQUES DA COSTA 1º Tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Autor das obras Direito Administrativo

Leia mais

Quadro Sinótico Competência por Prerrogativa de Função

Quadro Sinótico Competência por Prerrogativa de Função 2016 Quadro Sinótico Competência por Prerrogativa de Função Lucas Rodrigues de Ávila Prova da Ordem 2016 O que é competência por prerrogativa de função? "Um dos critérios determinadores da competência

Leia mais

D E C L A R A Ç Ã O PARA ELEIÇÕES 2012

D E C L A R A Ç Ã O PARA ELEIÇÕES 2012 D E C L A R A Ç Ã O PARA ELEIÇÕES 2012 Nome do Candidato: Nome do pai: Nome da mãe: Partido Político ou Coligação: Cargo a que concorre: ( ) Prefeito ( ) Vice-Prefeito ( ) Vereador Município: Declaro,

Leia mais

Direito Penal Militar

Direito Penal Militar FABIANO CAETANO PRESTES Defensor Público Federal de Categoria Especial. Atual Subdefensor Público-Geral Federal (biênio 2013/2015). Membro nato do Conselho Superior da Defensoria Pública da União (CSDPU).

Leia mais

19 - (FCC TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE

19 - (FCC TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE 19 - (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) O juiz A) só poderá atribuir definição jurídica diversa, mesmo sem modificar a descrição do fato contido na denúncia, se implicar

Leia mais

Direito Penal. Dr. Pietro Chidichimo CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Direito Penal. Dr. Pietro Chidichimo CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 1. Artigo 107, do Código Penal: Morte do agente Anistia Graça e Indulto Abolitio Criminis Decadência Perempção Renúncia Perdão Retratação Perdão Judicial ü Atestada por

Leia mais

A extinção da punibilidade pelo pagamento nos delitos contra a ordem tributária

A extinção da punibilidade pelo pagamento nos delitos contra a ordem tributária A extinção da punibilidade pelo pagamento nos delitos contra a ordem tributária Sumário: 1. Nota introdutória; 2. O instituto extinção da punibilidade; 3A extinção da punibilidade nos crimes contra a ordem

Leia mais

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança:

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança: Ponto 8 do plano de ensino Medidas de segurança: Conceito, natureza, sistemas, pressupostos, espécies, duração, locais de internação e tratamento, duração, exame de verificação de cessação de periculosidade,

Leia mais

A importância da resolução de exercícios de provas anteriores Autor: Dicler Forestieri Ferreira

A importância da resolução de exercícios de provas anteriores Autor: Dicler Forestieri Ferreira Nobres amigos concurseiros, hoje, ao invés de comentar alguma prova ou alguma parte do programa de Direito Penal usualmente cobrado, venho lhes provar a importância de se conhecer o estilo das questões

Leia mais

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE)

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE) NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE) LUIZ FLÁVIO GOMES Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal

Leia mais

Olá, amigos! Valeu! 1. Apresentação e estrutura textual (0,40). 2. Endereçamento à Vara Criminal da Comarca de São Paulo (0,20),

Olá, amigos! Valeu! 1. Apresentação e estrutura textual (0,40). 2. Endereçamento à Vara Criminal da Comarca de São Paulo (0,20), Olá, amigos! A peça do simulado é a prova prática do Exame de Ordem 2009.3 (CESPE). Percebam que o gabarito elaborado pela banca é bastante simples em comparação àquele da queixa do ciclo de correções.

Leia mais

Comentários às questões de Direito Constitucional Prova: Técnico do Seguro Social Professor: Jonathas de Oliveira

Comentários às questões de Direito Constitucional Prova: Técnico do Seguro Social Professor: Jonathas de Oliveira Comentários às questões de Direito Constitucional Prova: Professor: Jonathas de Oliveira 1 de 5 Comentário às questões de Direito Constitucional Técnico do INSS Caderno Beta 1 No cômputo do limite remuneratório

Leia mais

Crimes Contra a Ordem Tributária João Daniel Rassi

Crimes Contra a Ordem Tributária João Daniel Rassi Crimes Contra a Ordem Tributária João Daniel Rassi LEI 8.137/90 QUESTÕES PRELIMINARES Disposições constitucionais Dado histórico: PERGUNTA-SE: A EXISTÊNCIA DE CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA NÃO IMPLICA

Leia mais

Crime Circunstância Órgão competente Fundamento

Crime Circunstância Órgão competente Fundamento Crime Circunstância Órgão competente Fundamento Doloso contra a vida (Júri) Abuso de autoridade Crimes "Internacionais" Descaminho Militares Autor militar federal e vítima militar Justiça Militar art.

Leia mais

CRIMES HEDIONDOS. Conceito. Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto

CRIMES HEDIONDOS. Conceito. Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto Conceito Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto Sistema legal temperado? Habeas Corpus (HC) 118533 tráfico privilegiado; Crimes militares Art. 5º, XLIII - a lei considerará

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Competência. Gustavo Badaró aulas de e

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Competência. Gustavo Badaró aulas de e Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Competência Gustavo Badaró aulas de 20.09.2016 e 04.10.2016 n 1. Noções Gerais PLANO DA AULA n 2. Organograma do Poder Judiciário n 3. Concretização da

Leia mais

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Período 2010 2016 1) CESPE - JF TRF2/TRF 2/2013 A respeito de aspectos diversos relacionados às penas, assinale a opção correta. a) No concurso formal perfeito,

Leia mais

Súmula 18 STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

Súmula 18 STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 18 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Revisão Criminal: Questões Polêmicas. Habeas Corpus: Conceito, Espécies, Condições da Ação, Questões

Leia mais