ECONOMIA E MERCADO MBA EM CONTROLADORIA E FINANÇAS PGCF. PROF. D.Sc. JOÃO EVANGELISTA DIAS MONTEIRO
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- Maria do Loreto Rocha das Neves
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1 ECONOMIA E MERCADO MBA EM CONTROLADORIA E FINANÇAS PGCF PROF. D.Sc. JOÃO EVANGELISTA DIAS MONTEIRO
2 1 OBJETIVOS DA AULA 6 Globalização e Blocos Econômicos Globalização Econômica e Financeira Mercosul e a integração da América do Sul NAFTA e a integração da América do Norte UE e a integração da Europa
3 2 O CONSENSO DE WASHINGTON E A NOVA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL O Consenso de Washington é um conjunto de trabalhos e ideias derivados de reuniões de economista do FMI, do Bird e do Tesouro dos Estados Unidos realizados em Washington D. C. no início dos anos de 1990.
4 3 O CONSENSO DE WASHINGTON E A NOVA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL As principais ideias consistiam em recomendações dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento. Para integrar a economia mundial os países em desenvolvimento deveriam adotar a seguinte estratégia: Abertura de seus mercados Comercial e Financeiro, Redução do papel do Estado na atividade econômica - O Estado Mínimo - privatizações, Adotar políticas direcionadas para a estabilidade de preços e equilíbrio fiscal. A maioria dos governos dos países em desenvolvimento foram influenciados por estas ideias.
5 4 GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e monetárias. Principais características: perda da importância do crédito bancário e crescimento dos mercados de títulos; crescimento dos chamados investidores institucionais (fundos de pensão, seguradoras, fundos mútuos etc.) processo de liberalização financeira; crescimento da participação dos países emergentes nos mercados internacional de títulos (beneficiado pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos); inovações financeiras: derivativos, modelos de risco etc.; progressos na tecnologia de comunicação.
6 5 GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA Vantagens: Eleva a liquidez internacional: maiores possibilidades de financiamento de déficits em transações correntes; No Brasil, a entrada de capitais de curto prazo teve uma vantagem adicional: ao possibilitar a valorização da taxa de câmbio, contribuiu para o sucesso do Plano Real (âncora cambial). Desvantagens: Eleva a vulnerabilidade externa do país frente a crises financeiras internacionais. Exemplo: vulnerabilidade da economia brasileira nos anos 90; Taxas de câmbio e juros mais instáveis; Efeito contágio
7 6 GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA OU PRODUTIVA Fluxos Comerciais e Financeiros internacionais crescem a taxas maiores que o próprio crescimento da economia mundial. O Grau de Abertura aumenta que quase todos os países. Grau de Abertura = Exportações + Importações PIB
8 7 GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA OU PRODUTIVA Globalização Econômica ou Produtiva: produção e distribuição de valores dentro de redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre grandes grupos multinacionais. Contribui para a melhoria do padrão de vida em escala mundial. Consequências: Aumento do desemprego estrutural em alguns países A tendência de desnacionalização do setor produtivo Concentração da produção e comércio em grandes empresas. Necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação) Formação de Blocos Econômicos
9 8 PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Área de Livre Comércio União Aduaneira Mercado Comum União Econômica e Monetário
10 9 BLOCOS ECONÔMICOS
11 10 BLOCOS ECONÔMICOS Mercosul e a integração da América do Sul NAFTA e a integração da América do Norte UE e a integração da Europa
12 11 MERCOSUL Processo de integração regional oficializado a partir da criação do Mercosul em março de Tratado de Assunção Países Membros Fundadores: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
13 12 MERCOSUL A principais implicações desta zona de livre comércio são: A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias ; Estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros países ou blocos econômicos; A coordenação de políticas de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de outras que se acordem, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os membros; Nas relações com países não signatários, os membros do bloco assegurarão condições equitativas de comércio.
14 13 MERCOSUL
15 14 MERCOSUL
16 15 FOCEM - MERCOSUL O Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), criado em 2004, destina-se a financiar programas para promover a convergência estrutural, desenvolver a competitividade e promover a coesão social, em particular das economias das economias menores e regiões menos desenvolvidas; apoiar o funcionamento da estrutura institucional e o fortalecimento do processo de integração. O Brasil é o maior contribuinte, aportando 70% dos recursos do Fundo. A Argentina é responsável pela integralização de 27% do montante; o Uruguai, pela contribuição de 2%; e o Paraguai, de 1%.
17 16 FOCEM - MERCOSUL
18 17 COMÉRCIO (BRASIL MERCOSUL)
19 18 NAFTA - North American Free Trade Agreement Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (1 de janeiro de 1994). Países Membros: Canadá, México e Estados Unidos da América. País Associado: Chile.
20 19 NAFTA - North American Free Trade Agreement As finalidades deste bloco econômico, explicitados no Artigo 102 do acordo que formaliza o mesmo, são: Eliminar as barreiras alfandegárias (imposto de importação), e facilitar o movimento de produtos e serviços entre os territórios dos países participantes; Promover condições para uma competição justa dentro da área de livre comércio; Aumentar substancialmente oportunidades de investimento dos países participantes;
21 20 NAFTA - North American Free Trade Agreement As finalidades deste bloco econômico, explicitados no Artigo 102 do acordo que formaliza o mesmo, são: Oferecer proteção efetiva e adequada e garantir os direitos de propriedade intelectual no território de cada um dos participantes; Criar procedimentos efetivos para a implementação e aplicação deste tratado, para sua administração conjunta e para a resolução de disputas; Estabelecer uma estrutura para futura cooperação trilateral, regional e multilateral para expandir e realçar os benefícios deste acordo.
22 21 NAFTA - CONTROVÉRSIAS Há controvérsias sobre a NAFTA desde que foi primeiramente proposta. Corporações transnacionais tendiam a incentivar a NAFTA na crença de que baixas taxas tarifarias aumentariam seus lucros. Uniões trabalhistas no Canadá e nos Estados Unidos se opuseram a NAFTA por medo de que os empregos saíssem do país devido a menores custos de mão-de-obra no México. Fazendeiros no México se opuseram, e ainda se opõem, à NAFTA devido aos fortes subsídios de agricultura para os fazendeiros nos Estados Unidos que têm pressionado os preços da agricultura Mexicana.
23 22 NAFTA - CONTROVÉRSIAS Os salários no México tiveram uma redução de até 20% em alguns setores. Além disso, a NAFTA foi acompanhada de uma redução dramática da influência das Uniões trabalhistas nas áreas urbanas do México. A assinatura do NAFTA também foi acompanhada por um aumento dramático de imigração ilegal do México para os Estados Unidos.
24 23 ÁREAS MONETÁRIAS E A EXPERIÊNCIA EUROPÉIA Como a Moeda Única Europeia Evoluiu O Euro e a Política Econômica na Zona do Euro A Teoria das Áreas Monetárias Ótimas O Futuro da UEM Resumo
25 24 Membros da União Europeia
26 25 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Iniciativas de Reforma da Moeda Europeia, Relatório Werner (1969) Propôs um programa de três fases para a concretização da União Econômica e Monetária para: Eliminar os movimentos intereuropeus das taxas de câmbio Centralizar as decisões da política monetária da UE Reduziria as barreiras comerciais remanescentes na Europa
27 26 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Dois motivos principais inspiraram a adoção do euro: Garantir à Europa um papel mais destacado no sistema monetário mundial; Transformar a União Europeia em um mercado efetivamente unificado.
28 27 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU O Sistema Monetário Europeu, Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo acompanhados, em certos períodos, por outros países europeus participaram de uma flutuação conjunta informal contra o dólar, conhecida como serpente. A maioria das taxas de câmbio podiam flutuar para cima ou para baixo até 2,25% em relação a um valor ao par. A Serpente evoluiu para o Sistema Monetário Europeu (SME). Oito participantes originais do mecanismo de câmbio (França, Alemanha, Itália, Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo e Holanda) do SME passaram a operar uma rede formal de taxas de câmbio mutuamente fixadas em março de 1979.
29 28 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Controles cambiais e realinhamentos frequentes eram ingredientes essenciais para manter o sistema até meados da década de Após a metade da década de 1980, esses controles foram abolidos como parte do programa 1992 mais amplo de unificação do mercado. Durante a crise monetária que ocorreu em setembro de 1992, a Grã-Bretanha e a Itália permitiram que suas moedas flutuassem. Em agosto de 1993, a maioria das bandas do SME foi ampliada para ± 15% em face dos contínuos ataques especulativos.
30 29 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Predominância Monetária Alemã e a Teoria da Credibilidade do SME A Alemanha tem uma inflação baixa e um banco central independente. O país também tem a reputação de ter políticas antiinflacionárias rígidas. Teoria da credibilidade do SME Fixando as taxas de câmbio em relação ao Marco, os outros países do SME, de fato, importaram a credibilidade do Bundesbank alemão na luta contra a inflação As taxas de inflação têm convergido gradualmente na direção dos níveis baixos da Alemanha.
31 30 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Convergência da inflação entre seis membros originais do SME,
32 31 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU A Iniciativa 1992 da EU Para alcançar maior unidade econômica interna, os países da EU lançaram mão de: Taxas de câmbio mútuas fixas Medidas diretas que estimulassem o fluxo livre de bens, serviços e fatores de produção O processo da unificação do mercado se iniciou em 1957 quando os membros originais da UE formaram uma união alfandegária. A Single European Act (Lei Européia Única) de 1986 permitiu o movimento livre de bens, pessoas, serviços e capital e estabeleceu muitas políticas novas.
33 32 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU União Econômica e Monetária Em 1989, o relatório Delors lançava a base para uma moeda única, o euro. União Econômica e Monetária (UEM) Uma União Europeia na qual as moedas nacionais seriam substituídas por uma única moeda, administrada por um único banco central que operaria em nome de todos os membros da UE.
34 33 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Três estágios do plano Delors: Todos os membros da EU deveriam ingressar no Mecanismo de Taxa de Câmbio (MTC) As margens das taxas de câmbio seriam reduzidas e certas decisões de política macroeconômica seriam colocadas sob um controle mais centralizado da EU. Substituição de moedas nacionais por uma única moeda europeia e a atribuição de todas as decisões de política monetária a um Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC)
35 34 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Tratado de Maastricht (1991) Estabelecia as regras para o processo de transição do sistema de taxa de câmbio fixa do SME para a UEM. Especificava um conjunto de critérios de convergência macroeconômica que os países da UE deveriam satisfazer para serem admitidos à UEM. Inclui fases para uma política social harmoniosa dentro da UE e para a centralização da decisão da política estrangeira e de defesa.
36 35 COMO A MOEDA ÚNICA EVOLUIU Os Critérios de Convergência de Maastricht e o Pacto de Estabilidade e Crescimento e especifica que os países membros da UE devem satisfazer a diversos critérios de convergência: Estabilidade de preço Taxa de inflação de no máximo 1,5% superior à média dos três estados membros da EU com a menor inflação Estabilidade da taxa de câmbio Taxa de câmbio estável dentro do MTC, sem ter desvalorizado sua moeda por própria iniciativa Disciplina orçamentária Déficit do setor público máximo de 3% do seu PIB Dívida pública máxima de 60% do seu PIB
37 36 O EURO E A POLÍTICA ECONÔMICA O Sistema Europeu dos Bancos Centrais Consiste no Banco Central Europeu em Frankfurt mais 17 bancos centrais nacionais. Conduz a Política Monetária para a zona do euro. Depende dos políticos em dois aspectos: Os membros do SEBC são eleitos por indicação política. O Tratado de Maastricht deixa a política de taxa de câmbio da zona do euro nas mãos de autoridades políticas, em última instância.
38 37 O FUTURO DA UNIÃO EUROPEIA O sistema entrou em colapso crise econômica em vários países. Os problemas que a UEM enfrentará nos próximos anos: A Europa não é uma área monetária ótima. A união econômica está bem mais à frente da união política. Os mercados de trabalho da UE são muito rígidos. O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) restringe as políticas fiscais.
39 38 RESUMO A globalização financeira tem características diferentes da globalização econômica. A globalização financeira é global e a globalização econômica é regional. Com o processo de globalização, os países buscaram nas uniões regionais a forma para garantir o acesso a mercado. A Formação dos blocos econômicos gera alguns benefícios para os países membros, mas por outro lado, gera alguns malefícios e desafios. Existem diferenças importantes entre os processos de integração da América do Sul (MERCOSUL), da América do Norte (Nafta) e da Europa (União Europeia)
40 39 Professor D.Sc. João Evangelista
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