União Europeia: Visão, Governação e Instituições. Carlos da Silva Costa Governador Lisboa, 28 de abril de 2016
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1 União Europeia: Visão, Governação e Instituições Carlos da Silva Costa Governador Lisboa, 28 de abril de 2016
2 Estrutura 1. Regras da UEM como base de confiança mútua 2. Reforço da integração: inevitável e desejável 3. Urgência de uma (re)ação global 2
3
4 2. Reforço da integração: inevitável e desejável A condescendência da aplicação das regras até 2010 teve custos elevados A resposta institucional incidiu no reforço da integração A resposta é ainda incompleta é necessária uma (re)ação global 4 A Europa admitiu que os mercados vigiavam e disciplinavam; os mercados assumiram que havia regras e que elas seriam cumpridas. A conjugação destas posições gerou um equívoco: que seria possível o todo funcionar sem o respeito das regras constituintes pelas suas partes. Semestre Europeu Reforço das regras orçamentais Reforço da vigilância macroeconómica União Bancária (em construção) Mecanismo Europeu de Estabilidade A prosperidade do todo depende da prosperidade das partes. Cada Estado-Membro deve adotar políticas que suportem um crescimento económico sustentado. O centro de poder europeu tem de garantir que o todo é superior à soma das partes. Para coordenação e corresponsabilização efetivas, a monitorização de políticas tem de ser eficaz e dispor de poder corretivo.
5 3. Urgência de uma (re)ação global Prevenção: Políticas nacionais sustentáveis, coordenadas e monitorizadas a nível europeu Competitividade da economia Sustentabilidade das finanças públicas Estabilidade Financeira Nacional Europeu 5 Política de rendimento que assegure o alinhamento salários/produtividade Reformas que melhorem o ambiente de negócios Reforço da colegialidade da decisão da Comissão Europeia, facilitando o enfoque no Mercado Único Política orçamental contracíclica, ajustada ao espaço orçamental específico Conselho de Finanças Públicas europeu (assegurar conformidade com regras constituintes, sem interferir em escolhas políticas) Eurogrupo como poder coordenador das políticas económicas nacionais Centro de coordenação e garantia de consistência Centro de otimização da trajetória do todo Política macroprudencial atenta à acumulação de riscos Urgência em completar a União Bancária... Finalizar os instrumentos-chave (SRF, EDIS) Ultrapassar assimetria entre decisão europeia e responsabilização das autoridades nacionais Assegurar maior coordenação política entre instituições UE e construir uma efetiva União Financeira
6 3. Urgência de uma (re)ação global Reação a choques: Primazia dos mecanismos europeus comuns Competitividade da economia Sustentabilidade das finanças públicas Estabilidade Financeira Europeu Fundo Monetário Europeu como instituição independente dos Estados-Membros, mandatada e capacitada para negociar com o país em causa apoio financeiro com condicionalidade associada. Estabelecimento de instrumentos de partilha de risco e mecanismos de decisão a nível europeu que assegurem uma atuação rápida, coordenada e eficaz para mitigar riscos para a estabilidade financeira (a nível nacional e na área do euro). Nacional Negociação, compromisso e execução da condicionalidade associada aos programas de ajustamento. 6
7 Mensagens finais O funcionamento da União Europeia depende do respeito das regras constituintes pelos Estados-Membros. Estas representam uma âncora de confiança num contexto de partilha de soberania, onde responsabilidade e solidariedade são indissociáveis. Não obstante os progressos no aprofundamento da UEM, importa prosseguir o reforço da arquitetura institucional. Os passos mais urgentes incluem: 1. Completar instrumentos e mecanismos já criados, com destaque para a União Bancária; 2. Atribuir a avaliação do cumprimento das regras orçamentais a entidade independente; 3. Atribuir ao Eurogrupo um poder efetivo de coordenação das políticas económicas nacionais, que zele pelo interesse do todo; 4. Garantir que a UEM tem os instrumentos adequados para ultrapassar situações de crise, com prioridade para a criação do Fundo Monetário Europeu. O reforço do quadro institucional europeu é necessário mas não suficiente. A prosperidade do todo depende da prosperidade das partes, sendo indispensável que cada Estado- Membro promova políticas conducentes ao crescimento económico sustentado. 7
8 Carlos da Silva Costa Governador Lisboa, 28 de abril de 2016
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