MARINA VIEGAS SATHLER PAVÃO A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE EM AMBIENTES DIGITAIS

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1 MARINA VIEGAS SATHLER PAVÃO A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE EM AMBIENTES DIGITAIS São Paulo 2011

2 MARINA VIEGAS SATHLER PAVÃO A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE EM AMBIENTES DIGITAIS: Uma análise da Esquizofrenia Digital no Twitter Monografia apresentada ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, em cumprimento às exigências do Curso de Pós Graduação Latu Sensu, para obtenção do título de Especialista em Gestão Integrada da Comunicação Digital para Ambientes Corporativos. Orientador: Profª. Drª. Elizabeth Saad Corrêa São Paulo 2011

3 Dedico este trabalho à minha família, pelo apoio incondicional. E aos #digicopos, pelo suporte acadêmico, técnico, emocional e emocionante.

4 Não sois máquinas! Homens é que sois! Charles Chaplin

5 RESUMO SATHLER, M. V. P. A construção da identidade em ambientes digitais: Uma análise da Esquizofrenia Digital no Twitter f. Monografia Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, O presente estudo aborda a identidade conforme concebida pelos estudiosos Bauman (2001) e Castells (2008). A partir do conceito de pós-modernidade proposto por Bauman e do recorte investigativo em elementos da teoria da Esquizofrenia Digital analisamos manifestações da identidade na ferramenta de microbloging Twitter. Partindo de critérios estabelecidos por meio de elementos da fragmentação de identidade e de traços de Esquizofrenia Digital foram selecionados seis perfis cujos conteúdos foram analisados e categorizados em quatro grupos: Fragmentação, Linguagem, Interação e Publicidade. Conforme os subitens de cada categoria foram realçados os comportamentos dos analisados, o que resultou em uma escala dos tipos de Esquizofrenia Digital, com a descrição das caraterísticas principais de cada tipo proposto. Assim, concluímos que a identidade também se modifica por meio dos usos que são feitos das ferramentas de interação digitais e que a Teoria da Esquizofrenia Digital, portanto, está diretamente relacionada com a manifestação e a construção da identidade no tempo pós-moderno, o que é uma forma de entender também o momento que vivemos. Palavras-chave: pós-modernidade, identidade, esquizofrenia digital

6 ABSTRACT SATHLER, M. V. P. The identity construction in digital environments: a digital schizophrenia analysis on Twitter f. Monografia Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, This study focuses on identity as conceived by the authors Bauman (2001) and Castells (2008). From the concept of post-modernity proposed by Bauman and the investigative approach on elements of the theory of Digital schizophrenia we analyze manifestations of identity in the microbloging tool Twitter. Based on criteria established by elements of identity fragmentation and symptoms of Digital Schizophrenia we selected six profiles whose contents were analyzed and categorized in four groups: Fragmentation, Language, Interaction and Advertising. The sub-items in each category were highlighted according to the subjects behavior, which resulted in a range of types of Digital Schizophrenia, with description to the main elements of each type proposed. Thus, we conclude that the identity also changes through the uses that people do of digital and interactive tools and also, that the Theory of Digital Schizophrenia, therefore, is directly related to the identity construction and its appearance in the post-modernity, which is also a way to understand the ages we live today. Palavras-chave: post-modernity, identity, digital schizophrenia

7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO IDENTIDADE NA PÓS-MODERNIDADE MULTIPLICIDADE DIGITAL ESQUIZOFRENIA DIGITAL METODOLOGIA DE PESQUISA Método e Abordagem Ambiente de Estudo Perfis selecionados ESQUIZOFRENIA DIGITAL NO TWITTER Descrição dos Perfis Aspectos da Análise Interpretação dos aspectos de análise Fragmentação Linguagem Interação Propaganda CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS... 63

8 Introdução O presente estudo tem como objetivo investigar as formas de construção da identidade em ambientes digitais, por meio de um recorte de perfis da ferramenta de microblogging Twitter, que apresentam traços de esquizofrenia digital. A esquizofrenia digital é um termo inspirado na medicina para representar uma forma de fragmentação de identidade que as pessoas apresentam em ambientes digitais. Não se refere somente ao fato de uma mesma pessoa utilizar diversos perfis em ferramentas distintas ou utilizar algumas ferramentas para determinados fins como o trabalho, enquanto utiliza outra para fins de lazer, por exemplo. A esquizofrenia digital está mais relacionada à construção de um simulacro do eu e dos significados que o indivíduo deseja atribuir ao perfil do que necessariamente ao uso que é feito da ferramenta. Esse recorte de estudo, é, portanto, uma das formas de se analisar como a identidade se constrói e se manifesta nos dias de hoje. Os estudiosos da pós-modernidade 1, como Zygmunt Bauman, Manuel Castells e Stuart Hall concordam que a identidade se tornou um dos temas centrais na pós-modernidade, principalmente porque as mudanças sociais, políticas e econômicas que o advento da internet proporcionou em nossa era foram impactantes o bastante para alterar, não somente o cotidiano das pessoas através da tecnologia, mas também para transformar os 1 Não há até o momento presente um consenso sobre a definição e o período que a pós-modernidade se refere. Alguns autores consideram que o período está mais relacionado com a mudança da estética na arte enquanto outros consideram que a mudança do período moderno para o pós-moderno está mais relacionada com as esferas sociais e políticas. Neste estudo o termo pós-moderno será utilizado em referência ao conceito empregado por Bauman (2001), que o utiliza para representar o período cujo as mudanças observadas no presente são relevantes o suficiente a ponto de transformar os modos que a sociedade se relaciona com elementos do passado, no sentido que os comportamentos humanos são modificados a partir da interação da sociedade com elementos novos, por exemplo, a Internet e as novas Tecnologias de Interação e Comunicação - as TICs. Bauman não delimita o tempo da pós-modernidade, mas utiliza o termo para referir-se ao período de mudanças e transformações constantes, que são possibilitados e potencializados pelas TICs. 8

9 modos de interação e a própria noção de identidade em praticamente todos os povos e em todas as partes do globo. Bauman (2001) defende que o momento em que vivemos a pós-modernidade - é de liquidez. O autor nomeia a pós-modernidade em seus estudos de Modernidade Líquida, como uma maneira de mostrar que esta era se caracteriza pela possibilidade de constante mudança, em contraponto aos períodos anteriores, o período sólido, em que as instituições de poder controlavam mais fortemente determinados setores da vida pública e privada, inclusive a identidade. Retrocedendo alguns séculos, podemos rapidamente estabelecer um paralelo de oposição entre a era atual com a Idade Média, em que a igreja controlava todos os setores, incluindo a vida privada, os lucros, a divisão do trabalho e a identidade que as pessoas deveriam exercer durante a vida em devoção a Deus e ao trabalho. Hoje vivemos um momento em que as instituições já não possuem uma atuação centralizadora e controladora. Também observamos que através da internet e do que Castells (2010) chama de sociedade em rede, o que existe na verdade é uma descentralização do poder: através das redes podemos identificar diversos centros de poder onde as pessoas se agrupam, por interesse ou por qualquer outro motivo. Também vivemos um momento em que a Indústria de Massa está se reinventando, exatamente porque o modelo de centralização unificada não tem funcionado como antes. A Modernidade Líquida, portanto, trouxe consigo uma série de mudanças que estão em curso e continuam se modificando enquanto acontecem. Neste momento é que o estudo da identidade se torna relevante, para que possamos compreender de que maneira este ambiente novo tem afetado as relações pessoais e empresariais, e vice versa, como as práticas de comunicação podem e devem se reinventar com base nestas transformações. Hobsbawm (apud Bauman, 2001) comenta: Exatamente quando a comunidade entra em colapso, inventa-se a identidade. Bauman (op.cit) também defende que a identidade é líquida, e não 9

10 pode ser definida em um conceito delimitador. A identidade é algo que existe há muito tempo entre os homens, e que ao longo dos anos, foi adquirindo novos sentidos, novos significados, acompanhando as transformações históricas pelas quais a sociedade passou. A Modernidade Líquida é, portanto, o momento em que mais experimentamos identidades líquidas, uma vez que as mudanças acontecem rapidamente. Este ambiente de constante alteração tem trazido aos indivíduos um estado contínuo de ansiedade: Estar inacabado, incompleto e subdeterminado é um estado cheio de riscos e ansiedade, mas seu contrário também não traz um prazer pleno, pois fecha antecipadamente o que a liberdade precisa manter aberto. (BAUMAN, 2001, p.74). Trata-se, portanto, do momento em que os indivíduos experimentam uma grande liberdade de expressão, e estão munidos de tecnologia que lhes permite acesso rápido e praticamente constante a ferramentas que possibilitam expressar-se de maneiras infinitas com textos, fotos, vídeos, voz, etc. - entre as mais diversas formas de arte e cultura. Para efetivar o estudo desta proliferação de identidades utilizaremos o método da Teoria Fundada, conforme proposto por Fragoso, Recuero e Amaral (2011) em uma análise de conteúdo de perfis selecionados no Twitter. O objetivo do estudo será identificar categorias de construção da identidade em ambientes digitais que possibilitem uma tipificação de graus de esquizofrenia digital, através dos elementos extraídos dos conteúdos publicados pelos autores dos perfis. 10

11 2. Identidade na Pós-Modernidade As transformações sociais, culturais, políticas e econômicas que o advento da internet operou em nossa sociedade são notáveis. Ao mesmo tempo em que vivenciamos estas transformações também passamos por um momento no qual as instituições de poder que serviram de base para a estrutura da sociedade ao longo da História estão sofrendo um processo de total ressignificação. Novos mecanismos e modelos de poder e influência surgem, através da rede ou suportados pela rede, de modo que, este conglomerado de acontecimentos culminam em uma crise generalizada. Stuart Hall defende: Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX. Isso está fragmentando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais. (HALL, 2006, p. 9) Essa fragmentação citada por Hall como parte do resultado da crise que vivemos tem implicações diretas na definição pós-moderna da identidade. Se tomarmos a narrativa de Bauman sobre a variação histórica da identidade será possível vislumbrar como a fragmentação faz parte de seu conceito. Para o autor, a identidade não existia como um conceito em si e somente passou a existir dado o momento em que a noção de pertencimento começou a habitar o pensamento coletivo. Pertencer e ser tornaram-se temas necessários e relevantes. Bauman explica que essa necessidade de identificar-se surgiu no período entre guerras, quando as pessoas foram obrigadas a sair de suas terras originais, passando a habitar lugares diferentes e se estabelecendo em novos territórios. Antes disso, as pessoas simplesmente nasciam, viviam e morriam no mesmo lugar, sem necessidade de questionar suas origens. Depois, com as mudanças que as Grandes Guerras trouxeram, a nação e a língua passaram a ser os conceitos relacionados à identidade de onde eu vim e o que eu sou estavam relacionados ao lugar ao qual se pertence. A identidade, portanto, neste momento histórico, estava diretamente relacionada aos fatores humanos como língua e região, e se 11

12 remetia a um conceito fixo e final, ao qual Bauman se refere como identidade sólida. Com o tempo, neste conceito fixo de identidade foram agregados novas formas de poder e controle, exercidas pelas instituições igreja, governo, escola, economia, modos de produção, modos de consumo etc. Tempos depois, mais uma vez, a noção de identidade se transformou, passando a designar diretamente o papel exercido na sociedade, ou seja, o trabalho. Bauman explica: Houve um tempo que a identidade humana de uma pessoa era determinada fundamentalmente pelo papel produtivo desempenhado na divisão social do trabalho, quando o Estado garantia (se não na prática, ao menos nas intenções e promessas) a solidez e a durabilidade desse papel... (BAUMAN, 2005, p. 51) Novamente, com o passar do tempo, esta abordagem deixou de englobar os conceitos que definiam a identidade humana. O momento que estamos agora é justamente o de percorrer os novos caminhos que determinam o que as pessoas entendem por identidade. A era da Modernidade Líquida trouxe à tona diversas situações que colocam em xeque as definições que, até então, pareciam remeter a uma ideia unificada de identidade. A fragmentação, como uma realidade presente em nosso dia-a-dia, é uma forma de entender a liquidez que Bauman defende. Para o autor, a possibilidade de uma noção unificada e sólida de identidade nos dias atuais é nula: As identidades parecem fixas e sólidas apenas quando vistas de relance, de fora. A eventual solidez que podem ter quando contempladas de dentro da própria experiência bibliográfica parece frágil, vulnerável e constantemente dilacerada por forças que expõem sua fluidez e por contracorrentes que ameaçam fazê-la em pedaços e desmanchar qualquer forma que possa ter adquirido. (BAUMAN, 2001, p. 98) Deste modo, o espaço que vivemos adquire uma função fundamental sobre o que entendemos por identidade hoje, uma vez que não há mais um símbolo ou tampouco uma determinação ideológica detentora da identidade. O período que vivemos se caracteriza pela mudança constante e veloz dos valores da sociedade, o que generaliza a sensação de fragmentação neste período que Bauman denomina nova ordem. As formas com que 12

13 esta nova ordem afeta os indivíduos são muitas, inclusive através da produção e distribuição da cultura, o que também está refletido na atuação da mídia. A mídia se tornou cada vez mais presente na vida das pessoas e sua atuação se propaga de forma exponencial, através da tecnologia e das novas mídias. Mark Deuze, Peter Blank e Laura Speers comentam: No momento em que a mídia se torna invisível, nosso senso de identidade e mesmo nossa experiência da própria realidade se tornam irreversivelmente modificados, no sentido de que toda a nossa identidade não é centrada e racional, mas subvertida e dispersada através do espaço social (DEUZE; BLANK; SPEERS p. 142) Sendo assim, as diversas possibilidades de interação que obtemos hoje através das plataformas digitais elevam a potência das nossas formas de expressão, e possibilitam um espaço social sem fronteiras. Com das novas tecnologias experimentamos uma nova ordem social, com barreiras geográficas reduzidas e uma possibilidade de liberdade de expressão individual e coletiva que ainda não havia sido experimentada. Neste sentido, o que percebemos é que aquilo que sabemos de nós mesmos, e que percebemos de nós mesmos, está agora mais visível, mais exposto por todos e para todos e, ao mesmo tempo, se transformando muito rapidamente. A fluidez que percebemos no dia a dia, a velocidade com que as transformações afetam nosso ambiente e a fragmentação que está presente em praticamente todas as áreas nos levam a questionar constantemente Quem sou eu? Isto é, as convicções pessoais também se tornaram líquidas, em contraponto à identidade sólida comentada por Bauman. Assim sendo, a definição de identidade nos dias de hoje não é algo fixo. Assim como os valores, a identidade é algo volátil, que está em constante transformação, como um reflexo do que vivenciamos através das novas tecnologias e da mídia digital. Quando afirmamos que a tecnologia possibilitou novas formas de interação midiática, é importante frisar também que as pessoas passaram a lidar com a cultura e a mídia de novas maneiras, incorporando este elemento em suas vidas. MARTINO comenta: 13

14 O que vemos hoje é uma diluição das fronteiras entre os dois: é cada vez mais fácil para as pessoas deixarem de ser ordinary people e se tornarem media people, sobretudo quando se pensa nas ferramentas de produção caseira de imagens prontas para serem distribuídas na internet. (MARTINO, 2010, p. 192) As novas tecnologias e a mídia digital, portanto, possibilitam ao indivíduo uma nova posição na sociedade ele deixa de ser um receptáculo de informações emitidas pelas mídias de massa (TV, por exemplo) e adquire também um papel atuante, uma voz e uma nova percepção de si mesmo através desta nova ordem. Sua capacidade de expressar-se adquire um novo patamar, suas possibilidades são diversas, atribuindo ao indivíduo novas possibilidades de atuação na sociedade. 14

15 3. Multiplicidade Digital A fragmentação é algo que está presente em nossas vidas no dia a dia e está fortemente relacionada ao uso das tecnologias. Temos em mãos o poder de agilizar ou postergar nossas atividades, além de convergir informações e diversos tipos de dados em um único aparelho. A vida se tornou mais rápida e multitarefada ao mesmo tempo em que o mundo está colhendo os frutos do processo de globalização que se iniciou anos atrás. As cidades estão cada vez maiores e com mais pessoas enquanto o campo está cada vez mais restrito. Esse fenômeno desencadeia uma série de eventos, como por exemplo, a homogeneização cultural, comentada por Stuart Hall (2005, p.76). A homogeneização cultural é responsável pela existência da cultura universal: uma cultura abrangente e sem local específico, que pode ser vivenciada em qualquer lugar do globo, independente de sua origem. Esta homogeneização se torna mais potente através da tecnologia, que vem possibilitando acesso para cada vez mais pessoas, de forma que a cultura universal receberá novos elementos e se difundirá gradativamente. Da mesma maneira que a globalização vem acontecendo ao longo dos anos e vem transformando o mundo em uma aldeia global, há também a cultura da convergência, que é algo que já estamos vivenciando, mesmo que o acesso à internet ainda seja restrito a uma parte da população mundial. Jenkins argumenta: A convergência não é algo que vai acontecer um dia, quando tivermos banda larga suficiente ou quando descobrirmos a configuração correta dos aparelhos. Prontos ou não, já estamos vivendo numa cultura de convergência. (JENKINS, 2009, p. 43). De acordo com a visão de Jenkins, a convergência é algo que já está alterando profundamente todos os setores da sociedade, desde a produção da cultura até o comportamento das pessoas. Não há, de momento, um controle individual do uso das redes. As legislações digitais e os códigos de boas práticas e conduta estão em construção, o que determina ao usuário total responsabilidade pelo uso que faz das ferramentas. A convergência 15

16 mencionada por Jenkins é responsável também pela liberdade proporcionada ao indivíduo de se manifestar e se relacionar. É notável que a tecnologia facilitou nossas vidas em determinados aspectos e está incorporada em nosso dia a dia, além de estar incorporada em nossa cultura. Castells argumenta: É claro que a tecnologia não determina a sociedade. (...) Na verdade, o dilema do determinismo tecnológico é, provavelmente, um problema infundado, dado que a tecnologia é a sociedade, a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas. (CASTELLS, 2010, p. 43) Portanto, o que se destaca neste momento não são as tecnologias que estão em uso, mas sim a forma como são utilizadas pelas pessoas e o que seu uso proporciona a elas. Se a identidade é uma fonte de significados e experiência de um povo (CASTELLS, 2008, p. 22), então sua presença será percebida nas redes. Da mesma forma, as manifestações individuais revelarão elementos da identidade individual. Bauman (2001) defende que as pessoas tentam fazer de suas vidas uma obra de arte, através da contínua tentativa de unificar a identidade. Entretanto, a dificuldade que se encontra em realizar esta tarefa no mundo pós-moderno é tremenda, com a fragmentação e a fluidez que vivenciamos a cada dia. O exercício de tornar a identidade algo sólido, em contraponto à liquidez da modernidade, é algo que traz consequências emocionais: ansiedade, agonia, hesitação, angústia, impaciência entre outras emoções que são resultados deste constante processo de convivência com a fragmentação e tentativa de dar forma ao disforme (op.cit). E além da questão emocional, o ambiente digital também influencia a formação da identidade. Diversos locais estão disponíveis para serem habitados pelas pessoas, proporcionando uma liberdade de presença que ainda não havia sido experimentada. A separação entre real e virtual é algo que deixa de existir enquanto falamos, uma vez que a cultura de convergência possibilita uma interação contínua entre os dois momentos. A separação, portanto, não existe, pois o que acontece no ambiente virtual é uma extensão do que acontece no ambiente real. Temos, portanto, uma convergência de espaços que possibilita 16

17 às pessoas extensões de suas identidades, que antes estavam restritas aos papéis sociais ser um estudante, um filho e um jogador de futebol ao mesmo tempo, por exemplo. Da mesma maneira, possuir diversas contas de , Twitter ou Facebook, por exemplo, são formas de se fazer presente em diversos espaços ao mesmo tempo e são novas maneiras de exercer papéis sociais. Portanto, manter diversos perfis em redes sociais, para finalidades distintas ou com personalidades distintas não é necessariamente um problema nos dias de hoje, são novas possibilidades de manifestação da identidade e de interação: Chegou a vez da liquefação dos padrões de dependência e interação. Eles são agora maleáveis a um ponto que as gerações passadas não experimentaram e nem poderiam imaginar; mas, como todos os fluidos, eles não mantêm a forma por muito tempo. (BAUMAN, 2001, p. 14) As pessoas se tornaram ávidas por estarem conectadas e cientes dos acontecimentos do mundo a maior parte do tempo, e o importante papel que o consumo da tecnologia vem exercendo em nossas vidas é um exemplo de como a sua presença é relevante: Como diz Christopher Lasch: A vida moderna é tão completamente mediada por imagens eletrônicas que não podemos deixar de responder aos outros como se suas ações e as nossas estivessem sendo gravadas e transmitidas simultaneamente para uma audiência escondida, ou guardada para serem assistidas mais tarde (apud Bauman, 2001, p. 99) O ser humano, como um ser social, quer se comunicar e se expressar. O fato de a tecnologia proporcionar um ambiente e um aparelho para potencializar este desejo, faz aumentar as oportunidades e possibilita a exposição de uma vida pública que é criada pelo próprio indivíduo. Ou seja, o ambiente digital possibilita que o indivíduo manifeste sua identidade da forma a ser mais conveniente. Existem pessoas que preferem diferenciar o perfil profissional e o particular, criando dois perfis na mesma rede, ou utilizando redes distintas para cada fim. Mesmo que já existam redes específicas para conexões de trabalho, como o LinkedIn, as pessoas fazem uso das ferramentas da maneira que lhes pareça mais confortável, e não existem regras. A duplicidade de perfis ou a criação de perfis que simulam personalidades distintas é algo comum na 17

18 internet desde o tempo em que as salas de bate-papo começaram a se propagar. O ambiente digital é propício à simulação, uma vez que está mediado por um equipamento. Algumas ferramentas de interação restringem o cadastro ao registro de documentos, a fim de evitar a duplicidade de perfis, porém este controle não impede que sejam criados perfis fake 2. Os perfis fake são perfis de pessoas que não revelam sua verdadeira identidade, ou que revelam partes dela, e se utilizam de características genéricas ou de outras pessoas. Os perfis fake podem ser usados para fins de pirataria, crimes e spams e, nestes casos, observamos que a legislação de crimes online ainda está em construção, mas intervém quando acionada. Podem ser usados também, e neste sentido que nos interessa neste estudo, para representar identidades alternativas, ocultas, disfarçadas ou até mesmo inventadas, que podem ser identidades engraçadas ou depressivas, caricatas ou que apenas revelam características pessoais de forma anônima. Os motivos que levam uma pessoa a criar um perfil fake são diversos, mas o que se observa é que estes perfis são carregados de uma linguagem e uma manifestação específicos ao contexto em que se inserem, e que, portanto, fazem sentido naquele contexto. A comunidade que participa da rede desses perfis é também coadjuvante desse contexto, onde se cria uma cultura comum de aceitação do perfil fake. Também se observa que a identidade pessoal ou coletiva se faz presente nesses perfis, através da linguagem, da manifestação de opiniões e emoções etc. A manifestação da identidade através do perfil fake é uma representação da fragmentação que se vive na pós-modernidade. O fake é a manifestação de uma identidade que se descolou do todo, em um indivíduo ou comunidade, que luta por manter suas identidades estruturadas em uma só. Contudo, a cisão desta identidade é inevitável, pois como vimos, a identidade é flutuante. Bauman argumenta: 2 Fake, do inglês: falso, falsificado, cópia, falsificação, disfarçado. É um termo utilizado para se referir a perfis falsos em sites de relacionamento ou interação na Internet. De uma forma mais abrangente, também se refere a perfis em que não se pode identificar a verdadeira identidade do autor ou autora. 18

19 Estar inacabado, incompleto e subdeterminado é um estado cheio de riscos e ansiedade, mas seu contrário também não traz um prazer pleno, pois fecha antecipadamente o que a liberdade precisa manter em aberto. (BAUMAN, 2001, p. 74) A ansiedade de unificar aspectos de uma identidade fragmentada acompanha, portanto, a sociedade pós-moderna. Neste sentido é que vivemos uma multiplicidade digital, através da cultura da convergência e das diversas formas de manifestação em ambientes digitais, que nos permitem a exposição de fragmentos de nossa identidade, que se tornam também nossa vida pública. É, portanto, uma forma de vida que experimentamos nos dias de hoje, e que afeta diretamente a formação e reformação da identidade. A fragmentação que se faz presente em diversos aspectos da nossa vida e que também se replica nos ambientes digitais é um aspecto do comportamento humano que pode ser identificado através das manifestações individuais e coletivas em ambientes digitais. A esta manifestação de fragmentos de identidade está associada à esquizofrenia digital, que não se trata de uma doença clínica replicada aos ambientes digitais, mas do resultado de um processo de transformação que a pós-modernidade trouxe consigo, que vem causando alterações na subjetividade e nas formas de interação das pessoas, modificando, portanto, a formação da identidade individual e coletiva através das redes. Este estudo está relacionado às formas de manifestação da esquizofrenia digital em ambientes digitais como uma possível maneira de obter uma visão parcial de como a identidade tem se manifestado em ambientes digitais nos dias de hoje. 19

20 4. Esquizofrenia Digital A esquizofrenia é uma doença do grupo das psicoses, que causa desde alucinações, distúrbios da personalidade e alterações na formação do raciocínio lógico até a desenvoltura da linguagem. A sua causa ainda não está identificada pela medicina, mas, para alguns casos, existem tratamentos que podem proporcionar aos pacientes uma vida em sociedade, através do controle dos efeitos da doença. Os médicos indicam que as áreas que são mais comumente afetadas na vida dos esquizofrênicos são a cognitiva, sensoperceptivas e afetivas (COSTA;CALAIS, 2010, p. 3), e que levam o paciente a uma percepção fragmentada de si mesmo. Ou seja, o indivíduo possui dificuldade em processar uma síntese do eu (GENEROSO, 2008, p. 3), e esta dificuldade pode se manifestar de formas físicas, por exemplo, na fala. De acordo com STERIAN (2001), a etimologia da palavra é composta de dois termos de origem grega: skhizein, que significa fender, rasgar, dividir, separar e phrên, phrênos, que quer dizer pensamento. O termo esquizofrenia foi registrado pela primeira vez em 1906, mas a compreensão atual da doença se formou na modernidade, com a influência dos estudos de Freud sobre o inconsciente. É importante ressaltar que ao longo da história da humanidade os tratamentos dispensados aos doentes foram diversos. Foucault escreveu sobre a História da loucura e o desenvolvimento deste conceito até a idade moderna. Em História da Loucura na Idade Clássica, o autor relata as diversas formas que a loucura foi entendida ao longo dos séculos, mostrando que o conceito moderno da loucura contém em si as descobertas modernas da medicina, e que conforme ocorreram foram atribuindo novos significados à loucura, além de colocar em questionamento o próprio conceito da loucura e dos loucos perante a sociedade. 20

21 Foucault (2008) também comenta que o lugar que pertence aos loucos na sociedade se manteve indefinido aos longo dos séculos, embora na idade clássica se tenha registros de que eram cuidados em casa. A partir da Idade Média surgiram os hospícios, que exerciam a função de isolar os doentes do convívio social e estudar uma forma de reintegração destas pessoas à sociedade. Ainda hoje a prática da exclusão e da reclusão se mantém recomendada em alguns casos clínicos; não cabe a este estudo questionar os métodos da medicina, mas esta convenção que leva tais pessoas ao afastamento da sociedade resulta em uma falta de espaço para a loucura no cenário da sociedade atual. Esta realidade pode indicar uma forma de esquizofrenia coletiva, na qual a sociedade não reconhece esta parte de si como formadora de um todo. Deste modo, os loucos habitam uma parte marginal da sociedade, que se torna na prática um mecanismo de preconceito e exclusão. Conforme comenta Foucault: (...) esse retiro da loucura, essa separação essencial entre sua presença e sua manifestação, não significa que ela se retira, sem nenhuma evidência, para um domínio inacessível onde sua verdade permanecerá oculta. O fato de não ter nem signo certo nem presença positiva faz com que se ofereça, paradoxalmente numa imediaticidade sem inquietações, totalmente estendida em sua superfície, sem retorno possível para a dúvida. Mas nesse caso ela não se oferece como loucura; ela se apresenta sob os traços irrecusáveis do louco (...) (FOUCAULT, 2008, p. 181) Mesmo que a sociedade não reconheça, ainda nos dias de hoje, que os loucos fazem parte do todo, a presença deles habita o inconsciente coletivo, deixando marcas na identidade social, Foucault explica: O louco é o outro em relação aos outros: o outro no sentido da exceção entre os outros no sentido do universal (2008, p. 183). Ou seja, é a existência do louco que faz com que exista o são, o que é uma maneira de manifestação e definição de identidade: através da diferença. Neste sentido, o que chamamos de esquizofrenia digital vem de encontro com a concepção do termo e da medicina. Esquizofrenia é uma separação e uma divisão do pensamento; é a cisão de uma identidade em fragmentos. A diferença entre o indivíduo 21

22 louco e o são reside justamente na forma como administram as múltiplas identidades que cada um carrega. Uma pessoa sã consegue administrar que sua identidade é composta de elementos variados, maleáveis e mutantes, mas que fazem parte de um todo, que é o individuo. Já o esquizofrênico não tem a percepção do todo: para ele, cada faceta de sua personalidade compõe um novo indivíduo. Suas identidades variadas não são, portanto, fragmentos de si mesmo, mas são para o esquizofrênico, manifestações de um outro, de um terceiro, diferente de si. Outra semelhança entre o conceito médico e o conceito da esquizofrenia digital é a alteridade 3. Se o louco é aquele que se comporta de maneira diferente dos demais, seu comportamento é facilmente identificado pelos demais como diferente. A alteridade e a cisão do indivíduo em fragmentos definem a esquizofrenia digital: ela é composta de um eu e um outro, diferente do eu. Tanto o eu quanto o outro fazem parte de um mesmo elemento, a identidade, que se refere a um mesmo corpo, um indivíduo. Este conceito de esquizofrenia digital nos remete à ideia da representação e do simulacro: a manifestação da esquizofrenia digital acontece através da representação de uma identidade, que provavelmente está relacionada com a imagem que tal indivíduo possui de si mesmo ou está relacionada a uma imagem criada para determinado fim, mas que da mesma maneira, é a simulação de uma identidade. Neste sentido, a esquizofrenia digital nos ambientes digitais é uma forma de manifestação de um fragmento de identidade, que se revela através de uma representação terceira de si mesmo. A diferença entre a esquizofrenia digital e os papéis sociais reside principalmente no significado de seus usos para os indivíduos. A esquizofrenia digital, apesar do empréstimo do termo médico, está mais relacionada a uma emoção ou necessidade de expressar-se através de 3 Alteridade: Qualidade ou natureza do que é outro, diferente. Fato de ser um outro ou qualidade de uma coisa ser outra [F.: Do latim alter, 'outro', + -(i)dade]. Disponível em: < &y=7>. Acesso em 26 de junho

23 uma representação simulada enquanto o papel social tem relação direta com uma função exercida pelo indivíduo: Em temos mais genéricos, pode-se dizer que identidades organizam significados, enquanto papéis organizam funções (BAUMAN, 2008, p. 23). O estudo da esquizofrenia digital, como um fragmento da identidade, tem relevância para os estudos de comunicação digital porque reflete um comportamento social e individual, que tem relação direta com os efeitos da pós-modernidade em nosso tempo. O conjunto de transformações que resultam do desenvolvimento da cultura de convergência e da multiplicidade digital acarretam em mudanças importantes e estruturais, que implicam também mudanças nas formas de comunicação, produção e distribuição de cultura em todo o mundo. Portanto, entender o indivíduo com o qual se pretende comunicar é de extrema relevância para a atuação das áreas da comunicação, pois, mesmo que de novas formas, a comunicação se baseia ainda na relação entre emissor e receptor. O estudo da identidade é, portanto, uma forma de compreender as novas maneiras de posicionar-se nesta relação, conforme defende Bauman: Avento aqui a hipótese de que em linhas gerais, quem constrói a identidade coletiva, e para quê essa identidade é construída, são em grande medida os determinantes do conteúdo simbólico dessa identidade, bem como seu significado para que aqueles que com ela se identificam ou dela se excluem. (BAUMAN, 2008, p. 23-4) Desta maneira, entendemos que compreender os elementos da construção da identidade nos dias de hoje está fortemente relacionado com a responsabilidade que o comunicólogo possui em conhecer e entender a sociedade em que atua, e a esquizofrenia digital, como parte desse processo, pode indicar comportamentos e tendências relevantes para a representação da identidade em ambientes digitais. 23

24 5. Metodologia de Pesquisa Neste capítulo serão descritos o método e a abordagem utilizada para análise do corpus, bem como os caminhos que levaram à escolha dos analisados e tipo de análise a ser aplicada na pesquisa. 5.1 Método e Abordagem A esquizofrenia digital, enquanto teoria, pode ser verificada em ambientes digitais através da análise de conteúdo e do acompanhamento de casos que apresentam determinados elementos relacionados a esta teoria. Para tanto, recorremos ao método da Teoria Fundada, comentado pelas autoras Fragoso, Recuero e Amaral (2011), em que o pesquisador se lança ao estudo dos dados com uma pergunta inicial, porém sem uma hipótese fundamentada teoricamente. Através da observação dos dados, do background do pesquisador e do suporte teórico recolhido ao longo da observação, surge uma teoria a respeito do fenômeno observado: A análise dos dados vai, assim, auxiliando a refinar o próprio processo de coleta dos mesmos. Trata-se de um processo de retroalimentação constante entre o empírico e a análise do mesmo. O campo, assim, oferece pistas não apenas a respeito da relevância das questões da pesquisa mas, igualmente, auxilia a construir essas questões e confronta, também, o pesquisador com novas questões. (FRAGOSO; RECUERO; AMARAL, 2011, p. 92) Inicialmente, o presente estudo almejava identificar mecanismos de construção da identidade em ambientes digitais como uma maneira de traçar os novos modos de manifestação da identidade no mundo pós-moderno. Porém, em suas primeiras observações, esse objeto revelou-se muito amplo, sendo necessário um recorte para uma análise mais aprofundada. Entre os tipos de recorte criação de personas, atores sociais e esquizofrenia digital, o terceiro se mostrou interessante para a problematização de uma questão inicial que pautava o estudo: Por que a sociedade convive com a presença dos atores sociais, aceita a 24

25 existência das personas, mas não aceita e em certos casos não convive bem com os perfis fake? E em contrapartida, por que determinados perfis que são declaradamente fake, ou até mesmo perfis de publicidade, são muitas vezes aceitos? Seriam eles uma manifestação de identidade coletiva que ainda não está incorporada na cultura? Seria uma forma de detenção de poder de certas pessoas em detrimento das demais? Estas perguntas resultaram em um recorte na esquizofrenia digital uma vez que o interesse principal da pesquisa estava relacionado a uma percepção de significados culturais e de identidade, enquanto o estudo de personas e atores sociais estaria mais relacionado ao estudo de funções, conforme defendeu Bauman (2008). O estudo se constitui, portanto, da observação de determinados perfis em uma rede social (Twitter), cujos conteúdos serão posteriormente avaliados e categorizados através de uma análise qualitativa. O objetivo final será determinar possíveis graus de esquizofrenia digital nos perfis analisados. 5.2 Ambiente de Estudo Para verificar a manifestação da esquizofrenia digital como um elemento de formação de identidade em ambientes digitais utilizamos como amostra determinados perfis da rede social Twitter, que foram selecionados segundo alguns elementos de recorte preestabelecidos que serão descritos adiantes. O Twitter é uma ferramenta que permite a publicação de mensagens de texto de até 140 caracteres, chamadas tweets. É denominado microblog, por sua semelhança ao uso de blog e também por ser uma ferramenta para uso rápido, que pode ser utilizada tanto em computadores como em celulares e tablets. Embora existam ferramentas que aumentem o número de caracteres, as mensagens curtas são a maioria, uma vez que a ferramenta surgiu com o propósito de trocar mensagens rápidas, objetivas e em tempo real. O Twitter foi 25

26 lançado em julho de 2006, e rapidamente se espalhou pelo mundo. A última pesquisa do ComScore, divulgada em fevereiro de 2011, The Brazilian online audience afirmou que o Brasil é o segundo maior mercado do Twitter, com 22% da audiência da ferramenta em todo o mundo. Uma pesquisa da agência Bullet divulgada em 2009 estimou mais de 110 mil usuários no Brasil, com um perfil de heavy-users usuários com alta intensidade de consumo de internet, que utilizam a ferramenta para saber o que as pessoas estão falando e utilizam também a maioria das ferramentas 2.0 como: Facebook, YouTube, Orkut etc. A criação dos perfis é gratuita e sua identificação nas redes é precedida do que foi posteriormente incorporado ao Facebook, com a finalidade de taguear os usuários. A incorporação do Twitter na cultura mundial é notável. Já existem estudos que procuram identificar como esta ferramenta vem influenciando as formas de comunicação, por exemplo, a exibição endereço do perfil, em transmissões da TV indica a preocupação do veículo offline em atingir também audiência que se encontra conectada à internet enquanto assiste ao programa. Fragoso, Recuero e Amaral comentam: A perspectiva da internet como artefato cultural observa a inserção da tecnologia na vida cotidiana. Assim, favorece a percepção da rede como um elemento da cultura e não como uma entidade à parte, em uma perspectiva que se diferencia da anterior, entre outras coisas, pela integração dos âmbitos online e offline. (FRAGOSO; RECUERO; AMARAL 2011, p. 42) Sua relevância se comprova, portanto, como elemento da formação de uma cultura pós-moderna e de construção de identidades. A escolha do Twitter como ambiente de estudo ocorreu por sua característica principal estar atrelada a uma interação rápida, passageira e constante. Isto é, o Twitter é um ambiente favorável a manifestações e representações de identidade, porque não pressupõe um grande esforço para engarja-se ou para ser utilizado, visto que é possível acessá-lo de qualquer aparelho com conexão à internet e em qualquer lugar. Sua dinâmica favorece a divulgação de muitas mensagens em pouco tempo, o que leva o usuário a sentir uma sensação de liberdade, 26

27 em que permite que qualquer coisa seja dita e, teoricamente, esquecida rapidamente (embora o registro fique gravado caso não seja apagado). Alguns critérios básicos foram definidos para selecionar os perfis a serem analisados. Foram eles: a) perfis brasileiros e em língua portuguesa; b) perfis que não requerem o follow para ver o conteúdo, ou seja, perfis públicos; c) perfis cujo discurso revelem traços da identidade do indivíduo que fala; d) perfis: fakes declarados, personagens declarados, para fins de propagada ou representação de uma pessoa pública. A partir do recorte dos perfis, foi observado o conteúdo dos mesmos (tweets), através do acompanhamento da conta entre os dias 28 de abril de 2011 e 15 de junho de dias. Utilizou-se a captura da tela para armazenamento dos históricos dos perfis. 5.3 Perfis selecionados A pergunta inicial, conforme sugere a prática da Teoria Fundada, foi por que certos perfis são aceitos socialmente ainda que sejam claramente fake e outros perfis são criticados por não revelarem o nome de uma pessoa. Então, a partir dos requisitos expostos acima, foram selecionados três pares de perfis com características semelhantes entre si e entre os pares. O critério foi baseado principalmente na presença de linguagem que indicasse manifestações de identidade no discurso do autor, de modo a possibilitar uma visão parcial sobre como a identidade tem se manifestado em ambientes digitais nos dias de hoje e, ainda, de que maneira a esquizofrenia digital se faz presente Tabela 1: Perfis selecionados para análise 27

28 Propositadamente, foram selecionados os pessoas públicas e vastamente conhecidas no Brasil, e também internacionalmente. Além de apresentarem traços de manifestação de identidade em seus discursos, ambos os perfis estiveram sob grande exposição na mídia durante o período da análise, o que elevou os índices de interação a atualizações dos mesmos. Da mesma maneira, o esteve em pontual e larga exposição midiática durante o período analisado, por sua relação com o casamento real, que foi transmitido ao vivo em diversos canais de televisão do Brasil e do mundo, além de transmissão ao vivo pelo canal de vídeos online YouTube. O casamento real foi considerado até o momento o evento do ano, e foi assistido por mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo 4. Também o atuou de forma ativa no período de 10 a 14 de junho, data próxima ao Dia dos Namorados no Brasil, e o autor do também durante o mês de junho, esteve presente em um evento de Mídia Social no Brasil, o que também movimentou de forma atípica sua atividade. Já o não passou por datas ou eventos que alterassem a rotina de sua atividade, o que não anulou sua presença entre os analisados, uma vez que o foco da análise reside no conteúdo dos perfis. Contudo, os eventos descritos foram relevantes durante o período da análise e convém citá-los. Portanto, através da análise do conteúdo destes perfis, esperamos determinar possíveis graus de esquizofrenia digital, o que possivelmente poderá indicar uma visão parcial da construção da identidade nos dias atuais. 4 BBC Brasil: < Acesso em: 10 de jun

29 6. Esquizofrenia Digital no Twitter 6.1 Descrição dos Perfis Um dos principais critérios levado em conta para a escolha dos perfis desta análise foi a presença de discursos que revelassem traços da identidade do indivíduo que fala. Sabemos que o ambiente analisado, o digital, não é composto apenas de pessoas que estão dispostas a revelar informações sobre si mesmas, porém é inevitável manifestar pontos de vista e opiniões que revelam algo sobre si, mesmo quando o objetivo é simular uma personagem. A mecânica do Twitter em formato de blog com uma linha do tempo claramente estabelecida favorece a leitura dos perfis como se fossem uma história, como sugere o próprio nome usado para se referir ao conjunto dos tweets a timeline. Pensando a timeline como uma história, seria como analisar a história da vida destes perfis, através dos fragmentos que foram postados. THOMPSON (1995, p. 10) comenta que contar sobre nós mesmos é reconstruir uma narrativa, que se modifica enquanto é contada, sobre como chegamos onde estamos e para onde vamos em seguida. Isto vem de encontro com o que observamos nas timelines, que são também pequenos recortes do que acontece na vida das pessoas, e que em conjunto constroem um todo uno, que faz sentido em si mesmo e revela traços da identidade do autor. Foram selecionados, ao total, seis perfis, agrupados em pares que contêm alguma semelhança. Os possuem em comum o fato de pertencerem a pessoas que se utilizam desta conta para falar sobre assuntos que não falariam em suas contas públicas. Utilizam o artefato fake para se manifestarem livremente, sem preocupação com as consequências que suas ideias podem trazer em suas vidas pessoais e profissionais. aborda conteúdos relacionados a namoro e se concentra em assuntos que causam aborrecimento ou, como o nome sugere, que o deixam depressivo. O se concentra em interagir 29

30 especialmente com as mulheres, postando dicas e conteúdos relacionados a sexo, como conseguir um namorado, como se comportar em um encontro etc. Conta, até este momento, com seguidores, que costumam interagir com o perfil, enviando perguntas ou manifestando opiniões sobre os temas comentados. O autor ou autora também estimula a interação, com perguntas e provocações. A descrição que apresenta de si mesmo é PROIBIDO PARA MENORES DE 25 ANOS. O Twitter é apenas umas forma de dividir meus pensamentos e as coisas q acontecem cmg. oqoshpensam@gmail.com. Desde 09/04/10 (sic). A foto que utiliza no perfil não é a foto da pessoa que o atualiza, mas uma foto genérica e que não contém o rosto de uma pessoa: Imagem Já o é utilizado a maior parte do tempo para publicar frases em tom de desabafo, que falam do próprio dia a dia ou de acontecimentos do mundo. A interação é baixa em comparação com os demais perfis, muitas vezes menor do que 1 tweet por dia, apesar dos 215 seguidores que acompanham o perfil. A maior parte das frases não estimula respostas ou comentários, é puramente descritiva, e a quantidade de atualizações é baixa, com cerca de um post por dia e com intervalos de alguns dias. A descrição do perfil e a foto também revelam pouco sobre a pessoa que o São Paulo Questione-se diz a descrição, e a foto é do escritor Charles Bukowski, um alemão radicado 30

31 nos Estados Unidos, reconhecido como um dos maiores escritores de língua inglesa da modernidade: Sua obra obscena e estilo coloquial, com descrições de trabalhos braçais, porres e relacionamentos baratos, fascinaram gerações de jovens à procura de uma obra com a qual pudessem se identificar. 5 Imagem Ambos utilizam o fake porque preferem manifestar estas opiniões sem comprometer a imagem que possuem em seus perfis e preferem que as pessoas de seu convívio não saibam que são os responsáveis pelos mesmos. O Twitter é, portanto, para estas duas pessoas, uma válvula de escape para uma manifestação de um fragmento de si mesmos que preferem não compartilhar de forma pública. A segunda classe de perfis selecionados corresponde a perfis com uma grande quantidade de seguidores, que se tornaram famosos no universo do Twitter e também em outras mídias. O surgiu em ocasião do casamento do Príncipe William e Kate Middleton, em 29 de abril de 2011 no Reino Unido. Em seu divulgou que, em cerca de uma semana que o perfil estava criado, contava com mil seguidores e mil visitas ao blog. Durante a semana do Casamento Real, período em que foi analisado, o criador do perfil cedeu entrevistas a revistas, jornais e diversos sites que comentaram o sucesso que o perfil obteve em tão pouco tempo. As publicações foram relacionadas ao tema do casamento, através de uma abordagem cômica. Foi construída uma 5 Disponível no site: < Acesso em: 10 de jun

32 nova personagem, com base na noiva Kate Middleton, com a ambientação do subúrbio do Rio de Janeiro Saquarema. As piadas rapidamente se espalharam, e o perfil começou a se tornar mais ativo, tendo feito cobertura em tempo real do casamento no dia 29 de abril. Poucos dias depois do casamento, em 3 de maio, seu criador, João Márcio Dias, publicou no blog um manifesto sobre a no qual identifica-se como o autor do perfil e explica os motivos que o levaram a criá-la e por que, daquele dia em diante, se tornaria menos ativo: Em uma semana dei umas 10 entrevistas pra jornais, blogs, revistas isso sem contar as citações e sites diversos como na Revista Época. Curti bem a brincadeira, mas sejamos francos: acabou a graça. 6 E complementa, com sua opinião sobre os perfis fake semelhantes Acho que muito o que falta pros fakes é perceber que chega uma hora que cansamos das mesmas piadas. Eu, como crítico ferrenho da PraçaNossísmo do humor, não seria coerente continuar ad infinitum com piadas de dobradinha, rabada e frituras. 7 Desde então, a atividade no blog e no perfil se tornaram bastante reduzidas, inclusive o número de seguidores caiu de mil para mil. Sua descrição no Twitter é alusiva às piadas que Saquarema - Princesa do Povo (me add: contato.princesakate@gmail.com) Imagem 6 Disponível no blog: < Acesso em: 03 de mai Op. cit. 32

33 De forma semelhante, o lança mão de um personagem, neste caso fictício, para representar o criador do perfil. Aqui encontramos uma diferença importante: este perfil não é um fake declarado, pois seu autor, além de utilizar uma foto de si mesmo, expõe no blog que é o autor do perfil e explica o motivo da criação do mesmo: O blog teve diversas motivações, os amigos me incentivaram bastante, a falta de humor no dia a dia também, mas creio que precisava descarregar um pouco a tensão gerada pelas perguntas que não posso responder pessoalmente. Confesso que ficou divertido poder responder questões sem filtro, na lata, doa a quem doer. 8 Neste caso, é um personagem criado por Marcelo Vitorino, publicitário e especialista em mídias A mesma informação se encontra também na descrição do São Paulo- Marcelo Vitorino. Twitter oficial do blog Pergunte ao Urso e também meu por tabela sobre coisas não oficiais! O meu pessoal Imagem Os dois últimos perfis escolhidos, conforme supracitado, foram selecionados também por se tratarem de pessoas públicas, que utilizam o Twitter como uma ferramenta de comunicação para os assuntos relacionados a trabalho, carreira, diversão, entre outros temas. São pessoas conhecidas internacionalmente e consideradas influenciadores importantes. O é o perfil oficial da companhia de telecomunicações Claro, e é também 8 Disponível no site: < Acesso em: 10 de jun

34 o perfil do jogador Ronaldo (Luis Nazário de Lima). A empresa o contratou como garotopropaganda há cerca de 1 ano e anteriormente, Ronaldo também havia sido garotopropaganda da companhia Tim. O uso que é feito deste perfil é um mix entre um perfil particular do jogador e um perfil oficial da operadora de celular, que se utiliza deste meio para publicar promoções, comunicados etc. O que se torna interessante neste perfil é que o jogador também o utiliza para comentar assuntos de sua vida profissional e particular, além de interagir com os seguidores de todas as partes do mundo, lançar desafios e promoções relacionadas às marcas com as quais trabalha, além da oficial Claro. O volume de seguidores milhão um dos maiores em números de seguidores no Brasil indica uma aceitação por parte do público deste perfil, de modo a se incluir na investigação da pergunta inicial deste estudo. Ainda que se proponha a ser o perfil do jogador em si, traz também uma marca agregada, como uma espécie de pílula dourada para o contato com o jogador. O período analisado compreendeu também a semana em que aconteceu seu último jogo pela Seleção Brasileira, no estádio Pacaembu, em São Paulo, 7 de junho de A apresentação do perfil e a foto são também um mescla da marca com o Brasil - O twitter oficial da Claro eh o twitter oficial do fenomeno. Siga e acompanhe seus comentários e as novidades da Claro Imagem O último perfil analisado, mas não menos importante, foi do comediante e Seu perfil foi considerado o mais influente do Twitter, pela 34

35 ferramenta Twitalyzer, em pesquisa publicada em 24 de março de Rafinha Bastos contém, até o momento, mais de 2,3 milhões de seguidores e é um dos perfis com mais seguidores do Brasil, segundo a pesquisa da ferramenta TweetRank. O conteúdo de suas publicações é diversificado, e transita entre matérias do programa que apresenta o CQC, sobre política, economia, entretenimento, entre outros. Apesar de o programa CQC ser patrocinado por diversas marcas, o comediante Rafinha não representa oficialmente nenhuma delas em seu perfil do Twitter, o que nos leva a crer que o conteúdo que publica está basicamente relacionado a opiniões e ideias próprias. Diferente do também Rafinha não tem o compromisso de representar uma marca, apesar de ser adepto à prática do tweet patrocinado, em que uma marca pode pagar para que seja feita uma publicação que a mencione. Sendo assim, o discurso de Rafinha também indica um compromisso com sua imagem pública, e também expressa opiniões a respeito do seguimento em que atua, assim A descrição e a foto do perfil de Rafinha remetem a seu perfil irreverente e Brasil - Funileiro e atriz. Imagem 6.2 Aspectos da Análise A partir da análise do conteúdo dos perfis foram observados aspectos da comunicação que permitissem um recorte sobre a manifestação da identidade e os graus de esquizofrenia presentes. 9 Fonte: < 35

36 Os aspectos foram agrupados em grandes categorias de significação, de modo a permitir uma visão qualitativa dos elementos do corpus: Categorias de aspectos analisados 1) Fragmentação: a fragmentação, como característica correspondente à esquizofrenia digital, é a principal categoria de análise do estudo. Ela é determinante para definir se o perfil contém ou não os principais aspectos da esquizofrenia digital, que não possui até o momento presente, uma definição específica que se possa identificar facilmente. Por este motivo, através da análise do conteúdo, foram selecionados aspectos que indiquem uma fragmentação do sujeito, tais como: i. declara-se um fake ou um personagem: indica em sua descrição ou durante o texto; ii. mescla discurso profissional e particular: fala de vida pessoal e também do trabalho; iii. discurso fragmentado, assuntos desconexos: mistura diversos temas, não se retém em um único assunto; iv. discurso em primeira pessoa do singular e também na primeira pessoa do plural: se identifica tanto como um representante de um conjunto de pessoas como a si mesmo; v. indica localidade física local ou regional: declara sua origem ou procura estabelecer um característica universal ; 36

37 2) Linguagem: A análise da linguagem utilizada pelos analisados permite traçar um perfil do interlocutor. Através da linguagem são manifestados traços da personalidade, marcas regionais, além de permitirem manifestar sentimentos com símbolos característicos de registro da Internet, que foram considerados parte da categoria linguagem por se enquadrarem em uma seção de finalidade comunicacional. A importância desta categoria é que ela permite uma visão ampla do comportamento do analisado, porque informa dados relevantes de sua relação com o meio e com o seu posicionamento em relação ao item anterior, a fragmentação. i. usa ironia: seu discurso é irônico, sarcástico com objetivo de produzir humor ou crítica; ii. manifesta opinião: declara seu posicionamento sobre assuntos seja por meio da ironia ou de comentário; iii. cria expressões próprias: cria hashtags ou procura utilizar expressões que lhe atribuam uma característica própria; iv. usa expressões próprias do Twitter: adere hashtags (#) com objetivo de se encaixar no contexto de conversação do Twitter ou para situar seu perfil em determinado assunto. Cria-se hashtags intencionalmente, classificaremos na categoria interação, porque possui o objetivo de gerar uma conversa em torno de si mesmo; v. usa elementos históricos e sociais para contextualizar sua fala: se utiliza de elementos que acontecem no Brasil e no mundo para interação ou se mantém em seu próprio contexto. 37

38 3) Interação: neste estudo, o elemento interação corresponderá a todas as formas explícitas permitidas pela ferramenta para conversar com as pessoas, mediante análise do contexto em que a conversa ocorre (ou não ocorre como uma conversa, de modo a não ser considerado na análise). Desta forma, estão incluídos o tweets que contém de outro perfil, considerando inclusive os retweets RTs quando o autor encaminha ou responde um tweet e os replys, que são simplesmente uma resposta. E também são levados em consideração o uso das hashtags (#) que visam categorizar os assuntos. i. usa RTs e replys: faz menção a outros usuários por motivo de conversa ou retwita algo para gerar uma conversa sobre o assunto; ii. usa hashtags: usa marcação # das hashtags com intenção de categorizar um assunto, com o propósito de gerar uma conversa sobre o tema; iii. posta fotos e vídeos: se utiliza de fotos e vídeos para interagir com os seguidores, demonstrar ou atrair conversas sobre o tema; iv. responde a críticas: preocupa-se em interagir com pessoas que eventualmente façam críticas à pessoa, o perfil ou a temas publicados. Este fator é relevante para verificar se o perfil está interessado em obter aceitação do público ou não. v. incita resposta e manifestação com chamadas: faz-se perguntas aos usuários esperando uma resposta para um contexto de conversa, ou mantém sua fala mais no nível da descrição, sem preocupar-se com a opinião dos seguidores. 38

39 4) Publicidade: este fator se revelou importante para esta análise uma vez que está relacionado com a pergunta inicial do estudo: Por que certos perfis são mais aceitos que outros? A presença ou ausência de elementos de publicidade no perfil podem influenciar no sucesso ou fracasso de um perfil fragmentado? Isso teria alguma relação direta com a esquizofrenia digital? Este recorte é também interessante para uma posterior aplicação prática do estudo em planejamento de mídia social para fins comercias e corporativos. i. faz publicidade abertamente: cita marcas e utiliza slogans, merchandising, promoções, etc; ii. faz menção direta à marcas: publica nome de marcas, porém, sem marcar a propaganda com o texto publicitário. Cita a marca como se fosse uma manifestação espontânea; iii. cita marcas indiretamente: comenta sobre elas mas não necessariamente com objetivo de divulgação. Aqui também serão consideradas menções negativas, irônicos ou meramente ilustrativas. iv. é patrocinado por alguma marca: seu perfil está explicitamente relacionado a uma marca; v. contém tweets enviados por terceiros: por meio da análise contínua dos tweets é possível verificar quando uma mensagem não foi escrita pela pessoa que mais atualiza, seja pela marcação de uma linguagem diferente ou por marcação de uma ferramenta que faz atualização automática (ex. Hootsuite). 39

40 Essas quatro categorias principais reúnem 20 fatores de análise, que por meio de uma tabela, indicarão uma escala para cada categoria. Desta maneira, as categorias agrupadas indicarão uma escala entre forte e fraco para o grau da esquizofrenia digital do perfil analisado. 6.3 Interpretação dos aspectos de análise A partir das quatro categorias de análise do conteúdo, faremos um recorte de tweets relacionados aos itens, na tentativa de verificar o grau da esquizofrenia digital de cada perfil Fragmentação A fragmentação, como elemento principal da esquizofrenia digital, é o elemento mais importante desta análise. A partir deste item será possível determinar se os perfis possuem traços fortes ou fracos de esquizofrenia. Partindo da descrição que o autor ou autora faz de si mesmo já encontramos elementos importantes para este recorte. Embora todos os selecionados tenham marcas de uma fragmentação em seu discurso, nem todos o manifestam claramente. Os são declaradamente fragmentos de uma identidade oculta sob o perfil Sou uma pessoa super famosa escondida nesse alterego! Meu nome real? Bukowski, Charles Esse lance de Twitter fake faz bem pro ego, as pessoas não me conhecem e me chamam de lindo, anjo, delicia (sic)... É uma beleza! Rsrs De maneira distinta se posiciona o pois seu objetivo principal é manter a personagem criada: 40

41 @princesa_kate estão me informando que eu tenho mais seguidores que aquela fake recalcada SAQUABEACH É AGORA EU SOU PRINCESA E NINGUÉM VAI ME SEGURAR DAQUELE GENTE EU NÃO SOU FAKE! PODE PERGUNTAR Já o se declara um personagem, porém revela a identidade do autor do perfil, e utiliza ambos para se manifestar. Em sua própria descrição no Twitter já procura deixar Marcelo Vitorino. Twitter oficial do blog Pergunte ao Urso e também meu por tabela sobre coisas não oficiais! O meu pessoal é Aparentemente este perfil comporta duas identidades diferentes. Seria uma forma de esquizofrenia digital em que o autor não utiliza do perfil fake, mas exercita uma identidade fragmentada de forma explícita, e sem ocultar sua verdadeira identidade. É interessante notar que, embora desde a criação do blog e dos perfis tenha utilizado para dialogar com seus seguidores sobre os temas de ambos os perfis, no último período da análise o autor tomou a decisão de separar os temas entre os dois perfis, de modo a manter os temas do Blog Pergunte ao Urso estritamente neste perfil e utilizar para temas profissionais, como palestras, participações do autor em eventos, entre amigos e amigas, hoje termina um processo de transição do uso deste perfil de twitter e também do meu perfil no a partir de hoje fica focado nos assuntos tratados no blog. Divulgação de posts e diálogo com leitores do Mídias sociais, eventos, corporativo ou qualquer tema sem relação com o Pergunte ao Urso, siga Na prática, gosta do blog? siga gosta do autor? siga mvitorino_. Se curtir os 2, siga Antes meu perfil no facebook era alimentado agora passará a ser alimentado 41

42 Nota-se, portanto, que este autor tem uma preocupação em utilizar os perfis para dialogar com seu público, que até o momento estava acostumado com a fragmentação do autor em dois perfis. Entretanto, esta mecânica deixou de atender as necessidades do autor, que optou por uma cisão mais forte, com total separação de temas, perfis e identidades. Deste momento em diante, Marcelo Vitorino se tornou exclusivamente um profissional de Publicidade e especialista em Mídias Sociais, enquanto Pergunte ao Urso se mantém como uma parte de sua identidade, porém sem referência direta à sua pessoa. Os perfis de Rafinha Bastos e Ronaldo, por se tratarem de pessoas públicas, procuram manter certa coerência com a imagem já conhecida do público. Mesmo assim, de algumas maneiras, marcam por meio da linguagem o fragmento de identidade que estão expostos nos Oi, meu nome é Rafinha Bastos. Eu sou comediante. Comediante faz piada. O twitter oficial da Claro eh (sic) o twitter oficial do fenomeno (sic). No caso destes dois perfis, é importante ressaltar que a mídia influencia muito o quê está sendo dito. Portanto, para todos os tipos de conversa e manifestações publicados, é necessário observar que os fatores comerciais estão presentes, por exemplo, quando o jogador Ronaldo utiliza o tema de seu último jogo pela seleção para divulgar o novo cliente de sua agência 9ine a Duracell. Inicialmente o jogador comenta sobre o vídeo que seus filhos fizeram durante o jogo em teoria um assunto de sua vida privada mas que nesta situação havia sido utilizado como parte de uma ação de vces (sic) viram meus filhos me filmando? lidos (sic) demais deem uma olhada Da mesma maneira cita a marca Nike, relacionado ao Vces (sic) viram o video (sic) q a Nike fez pra mim? 42

43 Ronaldo utiliza a primeira pessoa na maior parte do tempo, mas também aparecem tweets de propaganda, que utilizam chamadas para promoções e novidades da Claro, em que a marcação da pessoa que fala é O Xperia Arc com Android 2.3 chega primeiro na Claro com uma oferta super bacana: R$ 349 a partir do Sob Medida R$270. Algumas vezes também aparece a marcação da terceira pessoa, onde entendemos que está sendo utilizado o perfil do jogador para a fala de um terceiro, no caso a Já viram o novo iphone4 Branco? A Claro oferece variedade de iphones para vc escolher. Aproveite a oferta de lançamento Assim, a fragmentação deste perfil se confirma, tanto pelo uso de várias formas de marcação da pessoa que fala, quanto pela forma que são abordados os temas da vida particular e profissional. Esta forma de fragmentação já não ocorre no perfil de Rafinha Bastos, que se posiciona a maior parte do tempo como um comediante, falando em primeira pessoa, e principalmente sobre os temas relacionados ao seu universo de atuação profissional o Já q a Globo mostrou o casamento de Willian e Kate, aguardo amanhã na BBC o casório de Ivanilde e Os Brasil tudo (sic) assistindo aos programa (sic) CQC. Na sua Visitei o Orkut de vários amigos. Pelo que notei, a maioria morreu em A fragmentação dos perfis também se manifesta por meio dos assuntos que são tratados nos perfis. Todos eles procuram estabelecer uma coerência em suas postagens, porém os assuntos são diversos. A mecânica de funcionamento do Twitter também facilita uma troca assuntos muito rápida, que também está relacionado com o diálogo que os seguidores estabelecem. Dos perfis observados, notamos que aquele que menos se preocupa em manter uma coerência dos tweets é Uma pequena sequência de tweets podem mostrar a variedade de temas, que não estão necessariamente relacionados: 43

44 @depressiveguy Sabe o que eu não queria? Me dar Se você não consegue resolver os problemas, aprenda a livrar-se Serumanos (sic), quando vamos nos tocar que 8 horas de trabalho por dia é ridiculamente O estado normal das coisas nunca é bom! Você sempre tem que se esforçar e muito para que pareçam ao menos razoáveis! O tom altamente pessoal deste perfil se sobressai na maior parte dos tweets analisados, que demonstram principalmente os sentimentos do autor em relação à vida e ao trabalho, de uma forma melancólica. Seu interesse mais claro é utilizar-se do perfil fake como uma forma de desabafo para estes sentimentos, e o tom confessional de seu texto é uma forma de manifestar seus pensamentos conforme lhe ocorrem, sem um compromisso de transmitir uma mensagem específica para seus seguidores. Também por este motivo, notamos que sua fala é praticamente 100% do tempo em primeira pessoa. De uma maneira parecida se posiciona Sua fala está na maior parte do tempo em primeira pessoa, e grande parte dos tweets falam de sua vida privada, sem mencionar nome de pessoas ou qualquer elemento que possa ser relacionado à sua identidade verdadeira. Este perfil também possui tom confessional, porém, se posiciona de uma forma diferente diante dos seguidores, pois tem um interesse maior em interagir com os usuários que os seguem a maioria composta de mulheres. Por este motivo, suas publicações mesclam pensamentos e emoções relacionados à sua vida, como trabalho, namorada, vida sexual e também temas que possam gerar uma conversa com suas seguidoras, perguntado a opinião delas em certo assunto, postando fotos e vídeos, ou também fazendo perguntas Agora veio o eu te amo...atrasado, mas veio! Pq precisamos trabalhar hein (sic)? O dinheiro não pode simplesmente cair na nossa conta? 44

45 @oqueoshpensam MULHERADA ME AJUDEM!!! o q (sic) devo dar de presente para minha namorada dia 12? De uma forma semelhante se porém, como já dito, seu interesse é dar vida a uma personagem. A maioria dos seus tweets fala sobre o casamento, preparativos e sentimentos relacionados ao eventos, sempre de forma cômica e irônica. Existe uma coesão de tema, mas também notamos uma fragmentação das postagens, que não seguem necessariamente uma linha do tempo, ou um assunto somente. Em meio a descrições dos preparativos (fictícios) aparecem pedaços de música, piadas e interações com seguidores. De certa forma, se estabelece um discurso que mescla aspectos da vida pessoal e profissional da personagem, sempre em primeira Os súditos fofos estão me entrevistando. Só não posso demorar porque senão a rabada vai Súditos que quiserem mandar perguntas para que eu responda podem fazer isso agora ou vão conhecer a masmorra. E na sequência destes posts comentando uma entrevista do autor do perfil, aparece uma publicação Xuxa Rainha, Kate Princesinha O uso da primeira pessoa aparece de forma semelhante no O autor comenta fatos de sua vida pessoal em meio aos post relacionados ao Finalmente em solo brasileiro...após 3 horas a bordo de uma aeronave com a família inspiração para os Simpsons, estou bem E na sequência, ele The Urso Daily is out: > Top stories A forma como os perfis marcam ou não marcam sua localização geográfica também pode indicar uma forma de fragmentação do perfil. Todos publicam na descrição do perfil a localização, com exceção que pelo que foi analisado, é o perfil que mais 45

46 preocupa em ocultar a verdadeira identidade do autor. Em conformidade com o posicionamento de seus utilizam a localidade Brasil lhes interessa que o perfil seja o mais abrangente possível, uma vez que utilizam também como uma forma de gerar negócios. Em contrapartida, com uma intenção de comunicar-se com públicos regionais ou simplesmente sem intenção de atingir um público utilizam São Paulo como local. E finalmente, o perfil em que se verifica uma maior manipulação do discurso com objetivo de simular uma utiliza a cidade carioca Saquarema como local. Esta cidade serve de ambientação para suas piadas, com utilização de gírias e expressões que se relacionem com o local que o autor deseja relacionar à Agora só posso comer com a Dona Beth. Sorte que eu trouxe uns pacotes de Fofura lá de Saquarema, então fico beliscando enquanto vejo TV. O último aspecto importante sobre a fragmentação do perfil é o gênero e o número dos autores. Nos não é possível identificar a pessoa que escreve, o que resulta em uma indefinição do gênero do autor ou autora. Apesar dos demais perfis possuírem um indivíduo que se declara o autor, não se deve excluir a possibilidade de existirem colaboradores, homens e mulheres, o que culmina na existência de autores e autoras. O único caso em que podemos afirmar que existem outros autores porém, neste estudo, faremos referência ao jogador Ronaldo como autor principal dos tweets analisados. Quando necessário faremos referência e exemplificação dos tweets enviados por terceiros. Nesta categoria concluímos que existem graus variados de esquizofrenia digital, que se manifestam por meio da fragmentação do discurso e do posicionamento do autor em relação ao seu ambiente e contexto. Para exemplificar esses diferentes graus, utilizamos uma escala com base nas respostas sim e não aos subitens da análise: 46

47 6.3.2 Linguagem Através desta categoria se pretende verificar se o grau de esquizofrenia digital também se reflete na linguagem utilizada pelos analisados. Castells defende que: A construção de identidades vale-se da matéria-prima fornecida pela história, geografia, biologia, instituições produtivas e reprodutivas, pela memória coletiva e por fantasias pessoais, pelos aparatos de poder e revelações de cunho religioso. (CASTELLS, 2008, p. 22) Deste modo, além dos aspectos de fragmentação, consideramos que a linguagem irá refletirá posicionamentos e intenções do autor que irão de encontro com o grau da esquizofrenia digital que seu perfil apresenta. Isto quer dizer que, quanto mais esquizofrênica sua postura, mais seu discurso estará carregado da identidade que deseja simular. Embora tenha se apresentado com o perfil com menor índice de fragmentação, e, portanto, com um grau de esquizofrenia digital menor, a linguagem utilizada se apresentou fortemente característica e de acordo com a postura que utiliza. O conteúdo de seus tweets está altamente relacionado ao tema de sua profissão o humor. Mesmo quando ele comenta sobre temas de sua vida pessoal, o faz de maneira irônica. Deste modo, fica claro que o autor deseja manter seu discurso alinhado com seu posicionamento no Twitter e com a identidade que deseja manifestar neste espaço. Rafinha deseja se posicionar de forma humorística em temas de diversas áreas, porém, sua intenção não é necessariamente 47

48 gerar um debate político, social ou econômico sobre os assuntos, mas está mais relacionado sobre manifestar-se ironicamente. Neste sentido, notamos que a linguagem que utiliza é altamente irônica e sarcástica, além de fazer relações não somente com temas de sua vida particular, como também com acontecimentos do dia a dia do Brasil e do mundo. Ele também se utiliza muitas vezes de assuntos do momento, que estão aparecendo nos Trending Topics (um ranking que o Twitter publica com os dez assuntos mais comentados no momento), utilizando hashtags ou fazendo referências aos vídeos. Alguns exemplos dos tweets Um assunto polêmico A imagem faz referência ao vídeo abaixo, que contém um garoto falando sobre mamilos. O título do vídeo é um assunto polêmico e obteve milhões de acessos em poucos dias após sua publicação. O vídeo original não se encontra mais publicado no YouTube, porém existem diversas cópias disponíveis Disponível no site: < Acesso em: 19 de jun

49 Outro exemplo de como Rafinha pega carona nos temas do momento seria em o vídeo da Banda Mais Bonita da Cidade oração 11, que obteve mais de 5 milhões de visualizações em uma semana. Além de produzir uma sátira do filme em parceria com a banda, Rafinha Bastos publicou o link de outras paródias que foram produzidas, e continuou falando do assunto durante algum tempo depois que o vídeo foi lançado, em 21 de maio de 2011: Em 25 de maio publica sua e cia em A Banda Mais Bonita da Internet: Em 27 de maio publica um novo post sobre o mesmo assunto, com o link de uma oração Mais uma incrível versão de Oração E ainda, em 8 de junho, publica uma nova Porra reitor! A banda mais bonita da universidade [UFPB] (8 de junho) No caso de Rafinha, portanto, a análise do conteúdo revela que a marcação da sua identidade está mais fortemente relacionada a seus propósitos na rede do que com uma fragmentação de sua personalidade. Isto quer dizer que dentro do que se propõe há uma coerência do discurso, que indica que de fato seu perfil é um manifestação fragmentada da identidade do comediante Rafinha Bastos, mas que não necessariamente se qualifica como uma esquizofrenia digital. Uma segunda subcategoria surgiu durante a análise do conteúdo, e diz respeito aos perfis que marcam fortemente a fragmentação por meio da linguagem. Assim como no caso os autores procuram interagir com o contexto local em que estão, e se utilizam das hashtags para participar de conversas. Deste modo, todos os demais perfis estão 11 Disponível em: < Acessado em: 15 de jun

50 carregados de manifestações espontâneas de opinião sobre os assuntos que circulam no Twitter, e o que diferencia a maneira como o fazer é o tom da linguagem utilizada. Observamos que os perfis que desejam marcar mais fortemente o fragmento de identidade que fazem um forte uso da ironia, de modo a manifestarem a opinião por meio dela. Diferente do humorista Rafinha Bastos que utiliza a linguagem como uma extensão de sua profissão no ambiente digital, estes perfis usam a linguagem para marcar traços de suas identidades. O é um dos que mais utiliza esta forma de expressão para produzir uma identidade. Seu propósito é dar vida ao personagem, que é uma espécie de paródia da Duquesa Catherine Middleton antes do casamento com o príncipe inglês William, enquanto ainda era conhecida como Kate Middleton. Para produzir o humor o autor se utilizou de elementos do contexto do casamento real, como os pais do noivo e da noiva e inclusive a própria rainha da Inglaterra. Atribuiu a eles características humanas que fazem contraponto ao requinte e extremo formalismo utilizado tanto pela mídia quanto pelo povo inglês para tratar os representantes da Monarquia. Desta maneira, a combinação do humor com a reversão dos padrões formais utilizados no tratamento da família real britânica resultou em um novo conjunto, como se fosse a história de outras pessoas, sem relação com o personagens que inspiraram o cenário deste perfil. Alguns tweets ilustram uma narrativa de família real que subverte a imagem que a mídia transmite Hoje eu tenho tanta coisa pra fazer. Não quero nem saber, hoje é o mozão (sic) [Príncipe William] quem vai pra cozinha. É só colocar a lasanha congelada no Amanhã eu tenho chá de panela. Podem trazer peneira, espumadeira, colher de pau e pano de prato que eu tô Vendo Jequiti Pronta entrega (10% de desconto pra pagamento a vista) E aqui encontramos alguns exemplos de como a linguagem pode simular uma nova imagem dos próprios personagens envolvidos no contexto do casamento real: 50

51 @princesa_kate PESSOAL EU NAO (sic) PAGUEI PRA #ROYALWEDDING ESTAR NO TT, OK? ISSO É COISA DO MEU CUNHADO QUERENDO CHAMAR AS NOVINHAS PRA FESTA E PASSAR O Ontem mamãe estava com uma unha encravada que tava (sic) machucando o pé dela. Ainda bem que a Suellen sabe é pedicure e resolveu o Espero que a dona beth tenha varrido bem esse Palácio de Buckingham pq (sic) nao (sic) to afim (sic) de comprar vanish pra lavar meu vestido hein (sic) A linguagem foi especialmente importante para este perfil atingir seu objetivo na criação de uma princesa ambientada na cidade de Saquarema no Rio de Janeiro e moradora do subúrbio: Tweet inspirado em uma letra de Dance potranca, d-dance com emoção! Eu sou a princesa da nova geração! Cobertura no Twitter em tempo Como saber quem é de Saquarema: estão tomando banho na fonte Em contrapartida ao em que a ironia e o humor foram cruciais para uma melhor simulação da identidade representada, o perfil faz pouco uso da linguagem para marcar sua presença a manifestar sua identidade na rede. A atuação de Ronaldo está mais relacionada à interação com os seguidores que analisaremos na categoria seguinte do que a um traço forte de identidade que se manifesta por meio da linguagem. Também de maneira distinta aos demais analisados, o se mantém mais centrado em si mesmo, faz pouco uso de hashtags e não participa de movimentos pontuais, como foi o caso do comediante Rafinha Bastos, como os filmes um assunto polêmico e oração. se mostrou um perfil mais descritivo do que atuante e participativo, o que não diminuiu o caráter esquizofrênico de sua presença digital. Seu interesse maior está em falar de si mesmo do que em interagir com demais usuários, de modo que ele mesmo comenta sobre isto: 51

52 @depressiveguy Tem como vcs me darem uns RTs aí pra eu me sentir A minha ideia não é deixar ninguém triste. Só queria que as pessoas pensassem sobre as coisas. Se isso resulta em tristeza, não tenho Estou aqui exercitando o prazer erótico exibicionista. Mas sou tão incompetente que faço isso Eu não me conheço. Vc me conhece, mas nem sabe disso. Eu te conheço vagamente e tô satisfeito assim. Os se aproximam mais da forma de linguagem utilizada A ironia e a participação em interação também são marcantes para marcar a relação que desejam estabelecer com seguidores, de modo a produzir conversas e manifestar Processo natural de seleção, obrigado! Não sei pq (sic) eu estava seguindo um otário #unfollow Com este tweet o autor deixou claro que não está preocupado em agradar todos os seus seguidores, respondendo com humor, como um modo de se mostrar alheio à crítica. Um exemplo de tweet que funciona de maneira parecida. O autor está interessado em se aproximar de seus seguidores, solicitando a atenção deles e agindo com Amigos, se ouvirem alguém falar por mim ou de mim na minha ausência, perguntem onde está a procuração Deste modo, observamos que a linguagem é um fator relevante na manifestação e na construção da identidade em ambientes digitais. Ainda que em alguns casos o grau de esquizofrenia digital não tenha se mostrado tão intenso partindo do recorte da fragmentação e da linguagem que reitera este recorte é possível afirmar que por meio de um estudo do conteúdo dos perfis podem surgir outras formas de manifestações de identidade, como por exemplo, os atores sociais e as personas. Ou seja, afirmar que um perfil contém traços de 52

53 esquizofrenia digital observando apenas as características de fragmentação seria uma forma incompleta de análise Interação A partir das análises prévias de fragmentação e linguagem foi possível obter uma visão parcial dos perfis que mais se enquadram na Teoria da Esquizofrenia Digital. A categoria de a interação objetiva verificar se os perfis são ativamente participativos no ambiente em que se inserem o que supostamente determina se o fragmento de identidade que manifesta por meio do perfil possui uma característica mais privada do que pública. Neste sentido, o que podemos inferir é que os perfis de pessoas públicas serão mais participativos, e que os perfis que apresentarem um grau de esquizofrenia digital mais alto serão menos participativos. Para uma análise cruzada, observamos o seguinte gráfico: Esquizofrenia vs. Interação 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 80% 80% 80% 80% 80% 40% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Notamos que, em conformidade com as análises de linguagem, os perfis que procuram estabelecer um traço forte de identidade por meio da comunicação com seguidores ou manifestação de opiniões são aqueles com índices de interação mais Na participam ativamente de conversas e estão engajados em responder seus seguidores, além de incitar a interação com perguntas, chamadas e postagem de fotos e vídeos. 53

54 Em contra que tem um índice de fragmentação mais baixo possui um nível de interação mais alto o que também observamos no recorte da linguagem. E finalmente, o mostrou-se pouco participativo em relação aos demais, também em conformidade com o que foi observado por meio do uso da linguagem em seu perfil. não é um perfil criado para gerar interações, não possui intenções comerciais, o que resultando em um nível de interação mais baixo, uso de uma linguagem mais descritiva do que engajadora e um índice de fragmentação mais elevado. conversas: Alguns exemplos de tweets que foram considerados engajadores e incitadores quando alguém fala nas eleições de 2010, qual a primeira coisa que vem a (sic) sua mente? gostei do meu título Duquesa de Cambridge. Ficou fino, parece nome de queijo chique, Galera sigam o Sheik, o novo atacante Pq (sic) o símbolo da páscoa é um coelho? Use a tag #RafinhaBastos. Os 5 + criativos levam DVD do meu solo A Arte do Insulto (mande até hoje Quanto mais vocês fumam mais ficam distantes de uma aliança! Propaganda A importância de se analisar este item está em identificar se o perfil analisado possui interesses comerciais, o que pode ser um fator de influência sobre todos os demais. Conforme comentado no início da análise, alguns fatores foram considerados de antemão, principalmente no caso dos por se tratarem de pessoas públicas. Neste sentido, faz-se necessário considerar que o número de seguidores e o nível de interação também sofrerão influência da exposição destas pessoas na mídia e dos 54

55 interesses comerciais que residem nas relações que as marcas desejam estabelecer com consumidores. Dentre os perfis analisados, no quesito publicidade, se destaca que é patrocinado pela marca Claro. Observamos que seu perfil estabelece traços de uma identidade que representa o jogador Ronaldo, mas que também recebe atualizações de terceiros, para enviar promoções e novidades da marca. A separação do discurso é bem marcada, uma vez que os tweets promocionais se descolam da linguagem utilizada pelo Já viram o novo iphone4 branco? A Claro oferece variedade de iphones para vc (sic) escolher. Aproveite a oferta de lançamento Convém considerar que, mesmo patrocinado pela marca que aparece tanto no nome do perfil quanto na imagem de fundo, Ronaldo utiliza a ferramenta para falar diretamente com seus fãs, que parecem pouco se importar com a presença da marca. Isto sugere que a aceitação do público para com um perfil comercial está relacionado também com a relação que o perfil e o garoto propaganda em questão estabelecem com os seguidores. Também há de se considerar o alto nível de interação que o jogador apresenta, respondendo tweets de torcedores nacionais e internacionais, chegando a atender pedidos de publicações em outros idiomas para facilitar o acompanhamento de seu perfil, entre pedidos de RT e feliz Sure, happy Your my idol, its my bday today any chance of happy bday for biggest fan in Dublin Ireland Neste sentido, observamos que este perfil é o que estabelece uma relação mais aberta com a propaganda. Tanto a Claro como Ronaldo demonstram que estão abertos para a interação no Twitter, e se posicionam de maneira que a propaganda não se torna invasiva para o seguidor, que está na realidade, acompanhando o perfil do jogador que vem com uma marca embutida, não o contrário. Esta marcação já não ocorre no perfil que não é patrocinado por nenhuma marca mas faz uso do tweet promovido em seu perfil, isto é, as empresas podem pagar por um post em que Rafinha Bastos comenta algo sobre a marca, indicando um serviço, um link ou uma hashtag. A maneira como são esses tweets aparecerão 55

56 é apresentada pelo comediante e difere da forma utilizada por Ronaldo no sentido que, ao aparecer um tweet patrocinado dentre os demais tweets de Rafinha, claramente percebemos a troca de registro no perfil. A linguagem e a postura utilizadas se modificam e fica explícito o caráter publicitário da mensagem. Não pretendemos aqui analisar se a prática é eficiente ou não, mas em relação à influência que a propaganda pode exercer na formação de identidade do é possível afirmar que há implicações para o nível de sua fragmentação por meio da mudança da linguagem. O que também se observa em Rafinha é que, apesar de se posicionar de forma aberta à propaganda em seu perfil, muitas vezes o comediante faz críticas e sátiras a outras marcas, o que de certa maneira torna seu discurso incoerente. Nos tweets abaixo observamos a menção a marcas em contexto de Todo cliente da Nextel q (sic) usa o viva-voz, é obrigado a levar uma catarrada no pescoço. Lei 152 art 7 Respeito quem facilita a minha vida. Obrigado Microsoft, obrigado Itaú, obrigado Kinder Ovo sempre me frustrou. Maldito otimismo. E no tweet abaixo observamos uma menção à marca que Vivo que difere da abordagem O vídeo Eduardo e Mônica é sensacional. Excelente trabalho Notamos uma alteração na linguagem utilizada por Rafinha, que indica, portanto, uma fragmentação em sua forma de manifestar-se, mesmo que não seja possível provar que o tweet da Vivo seja patrocinado. De forma distinta observamos a presença de marcas no que também não é patrocinado por nenhuma empresa específica. O que observamos de mais característico neste perfil foi o uso das marcas para uma ambientação da personagem, e também para construção do humor. Não há um uso publicitário do perfil, durante o período 56

57 analisado encontramos apenas um tweet que poderia ser classificado como publicitário, indicando um blog que promoveu a cobertura em tempo real do Cobertura ao vivo com os súditos do Te Dou um Dado? Todas as demais menções a marcas foram utilizadas para demarcar uma linguagem e uma ambientação, da mesma maneira que foi observado na meu casamento só entra Itaipava, Pessoal que tá (sic) com fome ai (sic) na igreja, fala com a Lucia que descola uns pastéis e um Dolly jequiti. Esqueceu que sou revendendora? Quero participar do Roda Itaipava, lógico! é a cerveja da terra da familia real brasileira. No caso deste perfil, portanto, podemos considerar que o uso das marcas não pode ser qualificado como uma propaganda, mas é um elemento que auxilia a construção da identidade do perfil, na construção de um registro próprio. Nos perfis em que não foram observadas ocorrências diretas ou indiretas de menção a marcas ou patrocinadoras consideramos que os demais itens fragmentação, linguagem e interação possuem uma relevância maior na sua construção da identidade. Não possuir um uso comercial não desvaloriza a interação que os autores estabelecem com seu uso, conforme observamos no caso do A publicidade se torna, portanto, um elemento a mais de construção de identidade e fragmentação quando ocorre, e sua análise deve partir não apenas da presença ou ausência, mas também do uso que é feito e o contexto em que aparece. Da mesma maneira, para os anunciantes, se torna relevante considerar os demais elementos presentes no perfil, com o objetivo de verificar se a publicidade fará sentido para os seguidores, ou se soará falsa, forjada ou até mesmo irrelevante. 57

58 7. Conclusão Concluímos que a análise do conteúdo é uma forma importante de observar a construção da identidade de perfis em ambientes digitais, e que a esquizofrenia digital, como um elemento da identidade, pode ocorrer de diversas formas e se manifestar em graus distintos. Mais do que observar se há ou não a presença de uma forma de esquizofrenia este estudo procurou mostrar que este elemento é, na realidade, um elemento presente na vida pósmoderna, e que de maneiras mais acentuadas e menos acentuadas, estará presente no digital. A fragmentação, como parte da cultura pós-moderna, é algo que encontramos em todos os perfis analisados, em escalas mais fortes e mais fracas. É importante observar que, mesmo que o termo esquizofrenia digital faça uma referência à medicina, para o ambiente digital o único ponto de convergência é de fato a fragmentação. A forma como as pessoas tem utilizado as redes digitais torna esta realidade mais próxima aos nossos olhos, uma vez que cisão do indivíduo em diversos fragmentos se torna mais aparente, tanto pelo uso que se faz das ferramentas em si, como pela possibilidade de criar novas identidades. Isso não quer dizer que a esquizofrenia digital é essencialmente uma consequência maligna da cultura de convergência, mas que é realidade com a qual convivemos desde já. Conforme Castells (2010) comenta, a Internet possibilitou novas formas de interação social, que levaram os indivíduos a se manifestarem na rede de maneiras distintas, causando inclusive um questionamento sobre as novas fronteiras entre o ambiente público e privado, uma vez na pósmodernidade estamos em contato com os acontecimentos do dia a dia dos outros a todo o momento. Deste modo, o que concluímos desta análise é que é possível dividir a manifestação da esquizofrenia digital em alguns tipos do mais forte (tipo 1)ao mais fraco (tipo 4). 58

59 Tipo 1: o autor não declara sua identidade verdadeira, utiliza um fake ou um personagem para manifestar suas ideias. Sua atuação se restringe basicamente aos temas relacionados a sua vida pessoal, e seu interesse maior está em falar de si mesmo. O nível de interação com seguidores e demais perfis é baixo não há presença de conversa ou incitação à participação. Não faz promoção de marcas ou publicidade (@depressiveguy). Tipo 2: o autor não declara sua identidade verdadeira, utiliza um fake ou personagem para manifestar suas ideias, mas procura construir uma identidade específica a este perfil, que possivelmente remetem a elementos de si mesmo. Publica assuntos relacionados tanto a sua vida pessoal quanto profissional. Tem um alto índice de conversação com seus seguidores, e está aberto a promover marcas Tipo 3: o autor não se declara um fake, mas utiliza um personagem/papel social para manifestar suas ideias. A linguagem que utiliza e a forma como emprega os elementos do contexto social e histórico que se inserem indicam que a construção do personagem é o principal elemento do perfil. O emprego de publicidade ou promoção de marcas pode ser feito, desde que analisada a relevância da marca na narrativa criada pelo Tipo 4: o autor não se declara um fake, mas utiliza o perfil para manifestar suas ideias relacionadas a tema específicos do ambiente em que atua. A fragmentação do perfil é explícita mas o grau de aceitação é alto, o que pode indicar que este tipo de fragmentação se tornou socialmente aceito. Sua atuação é interativa, e seu objetivo maior é gerar conversas, atraindo novos seguidores e se posicionando com um influenciador na rede. Altamente compatível com a promoção de marcas e publicidade (@claroronaldo). Mais do que categorizar os perfis analisados em tipos, notamos que as suas características podem variar entre um tipo e outro, da mesma forma que a identidade não pode ser definida de apenas uma maneira, pois se transforma o tempo todo, os graus de 59

60 esquizofrenia dos perfis também são flutuantes. Neste estudo ressaltamos as características mais frequentes durante o período analisado, e objetivamos problematizar a relevância de uma percepção de tipos de esquizofrenia para a construção da identidade em ambientes digitais. Retomando a pergunta que motivou este estudo: Por que alguns perfis declaradamente fake parecem ser mais aceitos do que outros? Bem, o que o estudo demonstrou é que a aceitação não depende exclusivamente do fato de ser ou não um perfil fake, mas que depende também de outros elementos, como a linguagem e principalmente a interação. O que se nota é que os seguidores e os usuários aderem perfis que se mostram coerentes com o que desejam mostrar de si mesmos, como acontece que é declaradamente um garoto propaganda. Desta forma, quando um tweet promocional aparece, isto não choca o seguidores, pois eles já sabem que estão sujeitos a isto. O que o seguidor não deseja é ser enganado, como se pôde verificar que após o casamento real deixou de atualizar o perfil, revelou a verdadeira identidade do autor, e perdeu seguidores. Ou seja, quando o posicionamento do perfil é autêntico e contém uma proposta clara, nossa análise indica que há maiores chances de ocorrer aceitação. Concluímos que os tipos de esquizofrenia digital podem sim servir como um parâmetro para entender melhor a construção da identidade em ambientes digitais, de modo a revelar formas de atuação dos usuários, posicionamentos, opiniões, intenções e os desejos das pessoas quando em ambientes interativos digitais. A relevância deste estudo, como afirma Castells (2008), está em compreender que não apenas a cultura de convergência está transformando as pessoas, mas que também as mudanças estão acontecendo em todos os setores na memória coletiva, nas religiões, nas ciências, na política, na economia e nas interações e que estas mudanças estão influenciando o homem pós-moderno a se comportar de novas maneiras, tanto em ambientes digitais, conforme vimos neste estudo, como também em seu cotidiano. 60

61 8. Bibliografia BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Zahar, Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001; BLANK, P., DEUZE, M., SPEERS, L. Vida Midiátia. Revista USP: Cibercultura, São Paulo, n. 86, p.142-5, CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, CEVASCO, Maria Elisa. Para ler Raymond Williams. São Paulo: Paz e Terra, COSTA, Naiara Lima; CALAIS, Sandra Leal. Esquizofrenia: intervenção em instituição pública de saúde. Psicol. USP, São Paulo, v. 21, n. 1, Disponível em: < Acesso em: 24 maio FOUCAULT, Michel. O louco no jardim das espécies. História da loucura na idade clássica. São Paulo: Perspectiva, A casa dos loucos. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, FRAGOSO, Suely; RECUEIRO, Raquel; AMARAL, Adriana. Métodos de pesquisa para Internet. Porto Alegre: Sulina, FREDERICO, Celso. Debord: do espetáculo ao simulacro. Revista Matrizes. São Paulo, v. 4, n. 1, p , GENEROSO, Claudia Maria. O funcionamento da linguagem na esquizofrenia: um estudo lacaniano. Rio de Janeiro: Ágora, v. 11, n. 2, jul./dez., Disponível em: < Acesso em: 24 maio HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph,

62 MARTINO, Luís Mauro Sá. Comunicação & identidade: quem você pensa que é? São Paulo: Paulos, SILVA, F. L. Humano, transumano, pós-humano. MSG Revista de Comunicação e Cultura, São Paulo, v.3, p. 26-8, STERIAN, Alexandra. Esquizofrenia. São Paulo: Casa do Psicólogo, Disponível em: < nia"&hl=pt-br&ei=u- DZTc3sLsGWtwfc05TpDg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CDYQ6A EwAA#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 29 maio THOMPSPN, John B. The media and modernity: a social theory of the media. Cambridge: Polity Press, WILLIAMS, Raymond. Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007 BULLET. Twitter no Brasil. Disponível em: < Acesso em 10 de junho The Brazilian Online Audience. ComScore, Fevereiro TWITTER WIKIPEDIA. Disponível em < Acesso em 10 de junho

63 8. Anexos Anexo 1: Tabela de Análise do Conteúdo 63

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